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Atividade Supervisionada_ Ana Cláudia Silva e João Sholl.

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Introdução:
Como classificar cultura?
Partindo de uma reflexão do texto “Você tem Cultura?” do Antropólogo Roberto Da Matta. ¹, podemos realmente nos perguntar: Como classificar cultura?
Segundo o texto citado, cultura pode ser definida como uma categoria, um conceito intelectual que nos ajuda a delimitar e entender o acontece a nossa volta, nos ajuda a discernir entre as duas vertentes de interpretação do significado da palavra cultura, que para alguns se refere a conhecimento adquirido, inteligência e até títulos acadêmicos e para outra vertente é utilizada de forma discriminatória por não conhecer, entender e até aceitar que cultura é plural.
Somos uma nação que foi colonizada e miscigenada por vários povos e conseqüentemente por várias culturas, sem que uma delas seja superior ou inferior a outra, muito pelo contrário, todas possuem seu grau único de multiplicidade e podem gerar novas manifestações em uma mesma região, país ou continente. 
Com o advento da informática temos hoje a cultura sendo vista e experimentada de modo quase instantâneo, pois até mesmo a “Internet” é um novo tipo de manifestação cultural, pois possui até linguagem e comportamentos próprios inerentes a sua utilização. 
	
Exemplificar a diversidade do que se pode entender e classificar como cultura é impossível neste texto, mas cito alguns exemplos discutidos no Ciclo de Debates que ocorreu no estado do Espírito Santo. Neste, o Antropólogo Roberto Da Matta aborda uma série de questões que envolve a sociedade brasileira e consequentemente sua cultura. Neste debate existem várias citações, tais como: a nossa cultura carnavalesca, que segundo o antropólogo, os norte americanos entendem como uma manifestação cultural “incoerente”, em função de sermos um país em desenvolvimento, com diversas necessidades básicas a serem resolvidas, e gastar tanto com uma festa que envolve uma estrutura financeira muito elevada. Em outro exemplo, cita a cultura política da “amizade”, o nepotismo que tanto execramos, mas que quando alcançamos cargos políticos de destaque, nos vimos forçados a ocupar com parentes, amigos e “conhecidos”. Além do exemplo cultural da informalidade que a sociedade “finge” desconhecer, mas compactua de forma hipócrita, quando condena este tipo de prática, mas, por exemplo, faz sua aposta no jogo do bicho ou compra produtos falsificados nas esquinas das cidades brasileiras.
Atualmente não temos mais a ilusão de que cultura é somente a que vivenciamos a da nossa “aldeia”, pois em um mundo globalizado todos vivem e experimentam diversas realizações culturais quase que em tempo real a todo o momento, fazendo até o etnocentrismo, que é quase um paradoxo, uma contra cultura, ser respeitado também como manifestação cultural. A grande dificuldade é entender, processar e aceitar todas as informações que recebemos de forma intensa, mas que nem sempre é de fácil entendimento para o nosso parco conhecimento e elevada dificuldade em aceitar tudo que nos é estranho e diferente.
A sociedade atual se intitula amplamente eclética, mas na maioria dos “posicionamentos”, se revela preconceituosa em seus núcleos exclusivos, como por exemplo, quem escuta MPB (Música Popular Brasileira) não pode escutar “Funk” ( ue apesar de ser originário da cultura norte americana, foi incorporado e sofreu modificações e adaptações para a cultura brasileira), mas ambas fazem parte da nossa cultura. 
Conclusão:
 
O ponto focal da pergunta: “Como classificar cultura?”, não é a grande dificuldade, esta é a menor das preocupações, o difícil é fazer com que as variadas manifestações culturais se complementem, aceitem e principalmente convivam, incluindo até o etnocentrismo.
A falta de entendimento de alguns membros da nossa mundial sociedade, que ainda não consegue ou não quer entender que cultura é algo que nasce se repete, se recicla, recria e se movimenta a todo instante nos dias atuais com uma velocidade enorme e que cabe a cada um viver a manifestação que lhe é mais agradável, pois já não existe a possibilidade de retorno a antigos pensamentos limítrofes. Já rompemos a barreira do regionalismo, quando pensávamos que cultura era a nossa realidade e da dos outros era de menor importância. 
Concluímos este trabalho em uma visita a cidade de Tiradentes_MG, para assistirmos a um Festival de Jazz, que é uma música nascida nos Estados Unidos da América no século passado, mas que já é amplamente absorvida pela cultura brasileira, mas ainda tida como elitista, por alguns puristas. Nesta passagem por este local extremamente rico culturalmente, com a tentativa de preservação do mobiliário arquitetônico, a religiosidade, folclore e do artesanato, tivemos um choque como cariocas urbanos que somos em observar algo que nos é impossível no nosso Estado e nas grandes Capitais Brasileiras: a cordialidade dispensada a todos que passam pela cidade, além das ruas com casas de janelas e quintais baixos sem o exagero das grades, cadeados e do medo constante que nos é inerente.
 
Referências bibliográficas:
1. DA MATTA, R.”Você tem cultura?”. Jornal da Embratel, Edição Especial, set/1981.
2. DA MATTA, R. Ciclo de debates - Estado e sociedade: Desafios e oportunidades – A reforma do Estado e Cultura – Realização LCA Promoção em Junho de 2006_ no Espírito Santo.
Disponível em:
www.youtube.com.br
www.youtube.com/watch?v=oNLrZ-m8S7s
www.youtube.com/watch?v=cmsMFuF1yBk
www.youtube.com/watch?v=lcbMCkoPYak
Acesso em: 08 nov. 2011.
Capa:
João Sholl: Colagem aleatórias.
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