Filosofia_ Sociologia - Documentos Google

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 FAEX 
 FACULDADE DE EXTREMA 
 Curso de Graduação em Direito 
 Samyra Thamires de Toledo Rocha 
 Teoria do poder de Michel Foucault 
 Extrema 
 2023 
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 Samya Thamires de Toledo Rocha 
 Trabalho apresentado no curso de graduação em Direito 
 como parte dos requisitos necessários à obtenção do título 
 Teoria do poder de Michael Foucault; Filosofia e Sociologia 
 Professor: Douglas da Velga Nascimento 
 Extrema 
 2023 
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 Resumo 
 Foucault foi um dos mais importantes filósofos franceses e suas ideias influenciaram 
 diversas áreas do pensamento contemporâneo, sua teoria do poder é uma corrente 
 teórica que tem o objetivo de analisar e desmistificar o poder em todas as suas 
 formas. Neste trabalho será apresentado análises sobre o poder soberano, poder 
 disciplinar, micropoder, biopoder, panóptico e biopolítica. 
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 Sumário 
 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 
 1.1 Poder Soberano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 
 1.2 Poder Disciplinar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 
 2 Micropoder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 
 2.1 Biopoder. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 
 2.2 Biopolítica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 
 3 Panóptico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 
 4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 
 5 Referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 
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 1. Introdução 
 A teoria do Poder de Foucault é uma das abordagens mais influentes na análise dos 
 fenômenos sociais, Foucault propôs uma nova forma de entender o poder, ele fala 
 que o poder não se concentra apenas nas mãos de uma única instituição ou 
 pessoa, mas sim se dispersa por toda a sociedade, ele menciona que o poder não é 
 algo que as pessoas ou as instituições possuem, mas sim uma relação que se 
 estabelece entre elas. Foucault também criticou a visão tradicional de poder, que o 
 estabelece como algo que é imponível de cima para baixo, o poder não se impõe de 
 maneira clara e evidente, outra ideia central seria que na teoria do poder de 
 Foucault, o poder não é apenas repressivo, mas também produtivo, ele é capaz de 
 criar novas formas de comportamento e subjetividade nas pessoas, fazendo com 
 que elas sintam a necessidade de se comportar de determinadas maneiras. 
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 1.1 Poder Soberano 
 O poder soberano de Foucault é um dos aspectos mais conhecidos e discutidos de 
 sua obra, ele é definido como o poder soberano é aquele exercido por uma instância 
 coletiva, como um monarca ou um Estado, geralmente por meio da lei e da força. 
 Foucault afirma que o poder não é exercido unilateralmente pelo Estado, mas sim 
 através de relações complexas entre o Estado e outros agentes sociais. O poder 
 soberano é típico da forma de Estado moderna, na qual o poder é centralizado e 
 monopolizado pelo Estado, o Estado detém o monopólio da violência legítima e é o 
 único órgão capaz de tomar decisões em nome do interesse público. 
 Embora o poder soberano seja comumente associado ao Estado moderno, Foucault 
 argumenta que o poder soberano existe em todas as sociedades e em todas as 
 épocas históricas, ele identifica três formas principais de poder soberano, o poder 
 monárquico, o poder do Estado moderno e o poder da administração colonial. 
 O primeiro tipo de poder identificado por Foucault, é o poder monárquico era 
 exercido por meio de instrumentos institucionais, como tribunais de justiça e 
 exércitos, Foucault argumenta que o poder soberano, na forma de reis e monarcas, 
 foi a forma dominante de poder na Europa pré-moderna, os monarcas tinham o 
 poder absoluto sobre seus súditos, e suas decisões não podiam ser questionadas. 
 O segundo tipo de poder identificado por Foucault, é o poder do Estado moderno, 
 ele argumenta que o Estado moderno substituiu o monarca como a principal fonte 
 de poder soberano,para Foucault, o Estado moderno é uma instituição complexa e 
 hierarquizada, que exerce seu poder por meio de suas agências governamentais, 
 como a polícia, tribunais, prisões e militares. 
 Por fim, o terceiro tipo de poder soberano identificado por Foucault é o poder da 
 administração colonial, que seriam as potências coloniais europeias que exerceram 
 poder soberano sobre as populações colonizadas por meio da imposição de suas 
 leis, diretivas, e práticas administrativas. 
 A teoria do poder soberano de Foucault é uma importante contribuição para a 
 compreensão do poder nas sociedades humanas, a análise do poder soberano 
 permite compreender a natureza do poder como algo que é exercido de cima para 
 baixo, e que pode ser mantido por meio de mecanismos que internalizam a 
 submissão à lei, a compreensão do poder soberano é fundamental para a 
 compreensão da dinâmica de poder nas sociedades humanas e fornece uma lente 
 através da qual podemos entender e desafiar as estruturas de dominação que 
 encontramos em nossas sociedades. 
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 1.2 Poder Disciplinar 
 Para o filósofo Michel Foucault, o poder disciplinar é um tipo específico de poder 
 que se manifesta em instituições modernas, como as prisões, as escolas, os 
 hospitais, os quartéis e fábricas, segundo Foucault, essas instituições são 
 caracterizadas pela sua capacidade de exercer um controle minucioso e disciplinar 
 sobre os indivíduos que nelas estão inseridos, limitando seus movimentos, seus 
 comportamentos e até mesmo seus pensamentos. 
 O poder disciplinar é uma forma de poder que se estende por toda a vida social, em 
 vez de estar concentrado em instituições políticas formais ou nas mãos de uma elite 
 governante, a ideia de Foucault é exercer por meio de mecanismos que visam 
 normalizar e controlar os corpos e comportamentos dos indivíduos, de modo a 
 torná-los obedientes e produtivos. Esses mecanismos incluem a vigilância 
 constante, a hierarquização e o treinamento sistemático dos corpos através de 
 técnicas que é a forma de poder que organiza e controla as sociedades modernas, 
 reproduzindo assim as relações de dominação e subordinação. 
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 2. Micropoder 
 O micropoder é um conceito mais amplo que o poder soberano e o poder disciplinar, 
 tendo como foco não os macroprocessos de poder, mas sim as relações cotidianas 
 que ocorrem nas instituições sociais, como a família, a escola, o trabalho e a igreja. 
 Foucault defende que o poder não se concentra apenas no Estado, mas surge a 
 partir das relações sociais, das práticas cotidianas, das hierarquias de gênero e das 
 relações de poder, o micropoder é difuso e se manifesta de diversas formas, desde 
 as formas mais sutis de controle social até as formas mais brutais de dominação, o 
 micropoder não se trata de um poder absoluto e centralizado, mas sim de um poder 
 que é exercido pelos indivíduos uns sobre os outros. O micropoder é invisível, 
 insidioso e muitas vezes aceito como algo natural. 
 Foucault defende que o micropoder é amplamente disseminado em nossas relaçõessociais, ele está presente na dinâmica entre pais e filhos, professores e alunos, 
 médicos e pacientes, entre outros, ele opera em pequenos detalhes que 
 aparentemente passam despercebidos, mas que na verdade são responsáveis por 
 moldar nossa subjetividade e nossa relação com o mundo. 
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 2.1 Biopoder 
 O biopoder é a forma como o poder é exercido sobre o corpo dos indivíduos e como 
 é controlado os processos biológicos da existência humana, por outro lado, a 
 biopolítica é uma forma de governo que age sobre a vida dos indivíduos e das 
 populações, a biopolítica foi concebida por Foucault como um tipo de racionalidade 
 política que se foca na segurança, na saúde e no bem-estar das populações e que 
 usava instrumentos como o censo, a medicina e a higiene para controlar o corpo 
 social, o biopoder, de acordo com Foucault, refere-se ao poder exercido sobre as 
 populações em vez de indivíduos, isto é, que o foco do biopoder está em gerenciar 
 a vida humana como uma totalidade e tentar maximizar a eficiência e eficácia do 
 sistema social, o biopoder envolve a vigilância constante e a gestão das 
 necessidades biológicas e sociais das pessoas. 
 Para Foucault, o biopoder também pode ser entendido como uma estratégia de 
 controle social, umas das principais maneiras pelas quais isso é feito é por meio da 
 padronização, isso ocorre quando as pessoas são pressionadas a se encaixar em 
 certos padrões de comportamento ou identidade, um exemplo, as pessoas podem 
 ser pressionadas a se vestir de maneira particular, a falar de uma determinada 
 forma ou a adotar certos valores e crenças, o objetivo é garantir a conformidade 
 social e minimizar a disrupção do sistema.