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PSICOLOGIA E TRABALHO TOYOTISMO PROFESSOR LUIS GABRIEL DOS SANTOS CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIDOMBOSCO CURSO DE PSICOLOGIA PSICOLOGIA E TRABALHO Toyotismo é um modo de organização da produção capitalista originário do Japão, resultante da conjuntura desfavorável do país. O toyotismo foi criado na fábrica da Toyota no Japão após a Segunda Guerra Mundial. Este modo de organização produtiva, elaborado por Taiichi Ohno e que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês). No início dos anos 80, Ohno aposentou-se da Toyota. Em 1988, escreveu e publicou um livro (O Sistema Toyota de Produção: Além da Produção em Larga Escala) que traz as inovações que caracterizam o sistema dentro do contexto histórico em que foram surgindo. Taiichi Ohno morreu em Toyota City em 28 de Maio de 1990. Nos anos 50, o engenheiro japonês Eiji Toyoda passou alguns meses em Detroit conhecendo a indústria automobilística americana, sistema dirigido pela linha fordista de produção, onde o fluxo normal é produzir primeiro e vender depois quando já dispunham de grandes estoques. Toyoda ficou impressionado com as gigantescas fábricas, a quantidade de estoques, o tamanho dos espaços disponíveis nas fábricas e o alto número de funcionários. Para ele, naqueles moldes, seu país, arrasado por um período pós-guerra, não teria condições de desenvolver uma forma semelhante de produção. O Japão foi o berço da automação flexível pois apresentava um cenário diferente dos EUA e da Europa: Um pequeno mercado consumidor, capital e matéria prima escassos, e grande disponibilidade de mão-de-obra não-especializada, impossibilitavam a solução taylorista-fordista de produção em massa. Toyota Corolla 1960 Eiji Toyoda Jeep Toyota 1950 Liberdade Espírito de equipe Progresso Características do sistema Toyota: 1 - Mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez. A mecanização flexível consiste em produzir somente o necessário, contrariando o fordismo, que produzia o máximo possível e estocava o excedente. A produção toyotista é flexível à demanda do mercado. A mecanização flexível é o contrário de produção em massa Características do sistema Toyota: 2 - Processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho. Características do sistema Toyota: 3 - Implantação de sistemas de controle de qualidade total Por meio da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo Ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo. Características do sistema Toyota: 4 – Sistema Just in Time: Esta técnica de produção foi originalmente elaborada nos EUA,no início do século XX, por iniciativa de Henry Ford mas não foi posta em prática. Só no Japão, destruído pela II Guerra Mundial, é que ela encontrou condições favoráveis para ser aplicada pela primeira vez. Em visita às indústrias automobilísticas americanas, na década de 50, o engenheiro japonês Eiji Toyoda passou alguns meses em Detroit para conhecê-las e analisar o sistema dirigido pela linha fordista atual. Características do sistema Toyota: 4 – Sistema Just in Time: Esta técnica de produção foi originalmente elaborada nos EUA,no início do século XX, por iniciativa de Henry Ford mas não foi posta em prática. Só no Japão, destruído pela II Guerra Mundial, é que ela encontrou condições favoráveis para ser aplicada pela primeira vez. O sistema just in time (JIT), que visa envolver a produção como um todo. Seu objetivo é "produzir o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário", o que foi vital numa fase de crise econômica onde a disputa pelo mercado exigiu uma produção ágil e diversificada. Just in time é um sistema de gestão que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes. O just in time é o principal pilar do sistema Toyota ou Produção Enxuta. Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados. O conceito de just in time está relacionado ao de produção por demanda, onde primeiramente vende- se o produto para depois comprar a matéria prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo. O JIT parte do princípio de que qualquer elemento que não agregasse valor ao produto deveria ser eliminado. Classificaram o desperdício em sete tipos principais: 1- tempo que se perdia para consertos ou refugo, 2- produção maior do que o necessário, ou antes, do tempo necessário, 3- operações desnecessárias no processo de manufatura, 4- transporte, 5- estoque, 6- movimento humano e 7- espera. Ao término dos anos 60 a Toyota já estava totalmente dentro desse novo modelo de produção flexível e o modelo era divulgado dentro e fora do Japão. Os princípios ideológicos e organizacionais desse modelo passaram a sustentar as práticas empresariais como modelo de administração e na década de 1980, o toyotismo tornou-se a ideologia universal da produção sistêmica do capital. A chamada gestão flexível ou “qualidade total” se baseia basicamente em automatização (utilização de máquinas capazes de parar automaticamente quando surgem problemas), just-in-time, trabalho em equipe, administração por estresse, flexibilização da mão-de-obra, gestão participativa, controle de qualidade e subcontratação. Trabalho em equipe: A ideia consiste em agrupar os trabalhadores em equipes, com a orientação de um Rida (líder). Este trabalharia junto com os demais operários, com a função de coordenar o grupo e substituir qualquer um que venha faltar. Trabalho em equipe: Enquanto no fordismo cada trabalhador é responsável por uma parte da produção e após realizá-la passa adiante para que outro trabalhador realize a parte que lhe cabe, no toyotismo vemos eliminado esse tempo entre um trabalhador e outro, considerado “tempo morto” e que não agrega valor. O trabalho em equipe representa, na verdade, a pressão que cada trabalhador sofre para desempenhar sua função com qualidade, sob pena de ser rejeitado pelo grupo, ainda que neste grupo todos se encontrem nas mesmas condições. O trabalho consiste em produzir fechaduras para carros. Doze mulheres, brasileiras e japonesas, em pé, uma ao lado da outra, cada uma desenvolve uma parte da produção e é responsável pelo controle de qualidade dessa mesma parte. No final da linha, uma brasileira reexamina todas as peças e imediatamente comunica qualquer defeito dando um grito. Por exemplo, ao encontrar algum defeito na peça, em voz bem alta (até mesmo para que sua voz ultrapasse o barulho das máquinas) diz o nome da operária responsável pela parteCLIMA ORGANIZACIONAL PSICOLOGIA E TRABALHO Avaliação de Desempenho Referências: • BORGES, Lívia de Oliveira; MOURÃO, Luciana. (Orgs.) O trabalho e as organizações: atuações a partir da Psicologia. Porto Alegre: Artmed, 2013. • Capítulo 09. Gestão do Clima Organizacional (pág. 253) O que é clima organizacional? Percepção global das pessoas a respeito de seu ambiente de trabalho capaz de influenciar o comportamento profissional e afetar o desempenho da organização. Borges e Mourão (2013). Clima: Percepção do ambiente de trabalho Percepção da relação entre a pessoa e o ambiente de trabalho Percepção da relação entre a pessoa e o trabalho que ela faz Percepção da relação entre a pessoa e a chefia Percepção da relação entre a pessoa e a empresa Percepção da relação entre a pessoa o ambiente físico Percepção da relação entre a pessoa o os colegas Borges e Mourão (2013). Elementos do clima organizacional • Fatores identificados em cada organização são específicos e por isso não podem ser universais; • Contudo alguns aspectos aparecem em diferentes organizações e países diversos: Liderança Suporte organizacional Relacionamento entre colegas Suporte da liderança Clareza da tarefa Borges e Mourão (2013). Consequências de um clima organizacional ruim • Baixo nível de cooperação e preocupação com as tarefas. •Desperdício de recursos: tempo, dinheiro, patrimônio e potencial (falta de interesse em executar as funções). • Baixa qualidade das tarefas: atrasos, desvios de padrão e ou retrabalhos. • Criação de intrigas, ações hostis, conflitos, tensões e etc. • Estimula reações contra a organização. •Desenvolvimento de estratégias oportunistas e competitividade acirrada e destrutiva. Borges e Mourão (2013). Fatores que se relacionam com o clima organizacional CULTURA ORGANIZACIONAL Desempenho Efetividade POLÍTICAS, NORMAS E PROCEDIMENTOS CLIMA ORGANIZACIONAL COMPORTAMENTOS E ATITUDES Borges e Mourão (2013). Gestão do clima organizacional Identificar, divulgar e incentivar a adoção de ações destinadas a reduzir ou eliminar as problemáticas advindas de problemas identificados no clima organizacional e monitorar seus resultados. Borges e Mourão (2013). Modelo de gestão do clima organizacional Pesquisa de Clima Organizacional Ações de Melhoria Execução dos Planos de Ações de Melhoria Diagnóstico das necessidades de mudança Elaboração dos Planos de Ações de Melhoria CICLO DE GESTÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL Monitoramento das Ações de Melhoria Avaliação do Ciclo anterior Borges e Mourão (2013). Benefícios da gestão do clima organizacional • Induz o alto desempenho organizacional e pessoal sustentável. • Interliga sistemicamente outras ações de gestão de pessoas. • Cria e mantém canal de comunicação com os funcionários. • Alimenta o sistema de planejamento e gestão. • Auxilia a gestão em reflexões internas e na própria avaliação institucional para a tomada de decisões prospectivas. • Oferece subsídio para a tomada de decisão gerencial • Os ciclos de Gestão do Clima permitem observar erros e acertos na condução dos processos e atividades. Pesquisa de clima organizacional Instrumento para aferição do Clima Organizacional. Captar a percepção dos funcionários sobre o ambiente de trabalho É importante a integração da gestão de clima com o processo de planejamento institucional Borges e Mourão (2013). Premissas para implantar uma pesquisa de clima organizacional • Envolvimento dos dirigentes e demais gestores • Questionário com afirmativas simples • Fácil entendimento da escala • Anonimato e singularidade de acesso • Tratamento ético dos dados (confiabilidade) • Esforços pós-pesquisa: gestão do clima (planos de ação e monitoramento) Borges e Mourão (2013). Exemplo de pesquisa de clima organizacional 92 perguntas distribuídas em 6 dimensões compostos de 13 subgrupos. DIMENSÃO SUBGRUPO PERGUNTAS LIDERANÇA (22) Sistema de Liderança 19 Cultura da Excelência 3 ESTRATÉGIAS E PLANOS (13) Formulação das Estratégias 4 Desdobramento e Operacionalização das Estratégias 5 Formulação do Sistema de Medição do Desempenho 4 CIDADÃO E SOCIEDADE (5) Interação com a sociedade 5 INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO (18) Gestão das Informações da Organização 16 Gestão das Informações Comparativas 2 PESSOAS (26) Sistema de Trabalho 10 Educação e Capacitação 4 Qualidade de Vida 4 Satisfação e Comprometimento 8 PROCESSOS (8) Gestão de Processos 8 Funcionamento da pesquisa Processo de aplicação • Cada dirigente recebe um lote de cartões, contendo login de USUÁRIO e SENHA aleatórios, para ser distribuído aos trabalhadores da sua unidade. Singularidade do acesso Anonimato das respostas Confiabilidade do armazenamento Borges e Mourão (2013). Funcionamento da pesquisa Instrumento de Pesquisa • Aplicação via web • Questões afirmativas (não induzir o respondente a erro de interpretação) • Escala de 5 pontos DESFAVORÁVEL FAVORÁVEL Nunca Poucas vezes As vezes Quase sempre Sempre Exemplo de questões da pesquisa de clima organizacional Eu sou informado por meu chefe sobre o que ele acha do meu desempenho. Nunca ( ) Poucas vezes ( ) As vezes ( ) Frequentemente ( ) Sempre ( ) Meu desempenho profissional é avaliado da maneira adequada. Nunca ( ) Poucas vezes ( ) As vezes ( ) Frequentemente ( ) Sempre ( ) Sinto que tenho prazer em trabalhar nesta empresa. Nunca ( ) Poucas vezes ( ) As vezes ( ) Frequentemente ( ) Sempre ( ) Produtos resultantes da pesquisa de clima organizacional • Relatório institucional Informações completas coletadas com a pesquisa Ranking completo das unidades Permite uma avaliação formal da gestão Direcionado à alta administração Propostas de ação para a instituição como um todo • Relatórios Setoriais Ranking somente da posição relativa em comparação às demais unidades Importante para treinamento e desenvolvimento focado no setor Borges e Mourão (2013). Características da pesquisa de clima organizacional • Estatísticas e gráficos a serem utilizados: Devem ser de entendimento simples, de fácil aplicação e objetivos. Deve levar em consideração o que se busca observar (poder de ação sobre as observações encontradas). Devem permitir a possibilidade de criação de um histórico. Média, média ponderada e índices específicos com importância institucional. Borges e Mourão (2013). Como os subsistemas de RH se relacionam com o clima organizacional? Qualidade de vida no trabalho • Prazer no trabalho e fora dele Borges e Mourão (2013). O clima organizacional é subjetivo Serve como diagnóstico Mesmo sendo subjetivo, é algo que demostra uma percepção geral do ambiente de trabalho Um clima organizacional ruim tende a piorar as relações sociais, a produtividade e inclusive a imagem da organização Conclusões Borges e Mourão (2013). Teste CLIMOR – Teste não privativo do psicólogo Descrição Composição do Kit 01 Manual 01 Bloco com 25 folhas de aplicação 01 Bloco com 25 folhas de avaliação individual 01 Bloco com 25 folhas de avaliação coletiva 25 Correções informatizadas (navegador homologado para uso: Google Chrome) Objetivo A Escala de Avaliação do Clima Organizacional – CLIMOR tem por objetivo avaliar o clima organizacional, definido como um conjunto de características estáveis resultantes da interação entre o colaborador (percepção individual), seus colegas (microambiente) e a organização (macroambiente). População Abrange pessoas com idade a partir dos 18 anos de idade, de ambos os sexos e escolaridade mínima equivalente ao ensino fundamental. Teste CLIMOR – Teste não privativo do psicólogo Aplicação Individual ou coletiva. Tempo Sem limite de tempo, sendo que a maioria das aplicações leva em média 20 minutos. Correção Manual e Informatizada. Descrição A Escala de Avaliação do Clima Organizacional – CLIMOR foi criada pela necessidade de desenvolvimento de instrumentos adequadosde medida de comportamento humano no contexto da psicologia organizacional e do trabalho, partindo do pressuposto que o clima organizacional seria resultante de características da organização, de elementos que a integram, bem como de sua dinâmica de funcionamento, tal como percebidas pelos colaboradores. Pode ser utilizado com aproveitamento para avaliar resultados de programas de intervenção oferecidos como forma de melhorar o clima organizacional na organização. Está composta por 32 frases, que se agrupam em cinco fatores: Comunicação, Integração e Satisfação; Desenvolvimento Profissional e Benefícios; Ergonomia; Condições de Trabalho e Processo Decisório, além da Avaliação Total. O sujeito responde cada uma das questões, registrando suas respostas na folha de aplicação. Para a correção deve-se utilizar o protocolo de correção individual e coletivo (caso deseje avaliar um setor ou a empresa como um todo). Existem estudos de validade, precisão e tabela normativa em Quartisdefeituosa e completa dizendo: kizú (risco). Isso irrita as trabalhadoras pois, não raro, surgem defeitos que somente são visíveis aos olhos dela que parece sentir prazer em gritar o dia todo, e algumas vezes “coincide” de ser a mesma pessoa a ser chamada atenção o dia inteiro. De acordo com as vendas é estabelecido um objetivo de produção para cada dúzia de trabalhadores, para os quais Ohno disponibiliza apenas 90% dos recursos que ele deveria normalmente oferecer e desafia os operários a atingir a produção necessária. Estes, por sua vez, discutem entre si e descobrem maneiras de vencer o desafio. Porém, quando pensam ter vencido, Ohno retira novamente a porcentagem de recursos, e assim sucessivamente. Na Toyota, os trabalhadores chamam a isso de ‘sistema Oh! No!’ (do inglês Oh! Não!)”. A flexibilização da mão-de-obra passa a ser outro requisito essencial para o trabalhador inserido no sistema toyotista. É preciso ser polivalente para assumir qualquer posto que se faça necessário. Baseado neste princípio de multifuncionalidade é deflagrada nas últimas décadas a teoria das competências, onde o indivíduo precisa desenvolver uma série de capacidades para se inserir ou se manter no mercado de trabalho. Ainda com referência aos princípios subjacentes ao modelo japonês de produção temos a gestão participativa onde os trabalhadores são levados a se sentirem como participantes da empresa. Assumem um posto de liderança frente a um grupo (líderes coordenadores da linha de montagem, por exemplo) e, com a ilusão de se tornarem “gerentes”, passam a responder pela marcha da produção, ao mesmo tempo em que executam o processo de controle de qualidade. É uma sobrecarga de trabalho e responsabilidades, contudo aos olhos do trabalhador numa análise superficial, é sinal de valorização (empowerment) dentro da fábrica. Referências ALVES, Giovanni. Toyotismo e neocorporativismo no sindicalismo do século XXI. Outubro, São Paulo, n.5, p. 47-58, 2001. GOUNET, Thomas. El toyotismo o el incremento de la explotación. Disponível em:. Acesso em: 21 jun. 2004. WOOD JR, Thomaz. Fordismo, Toyotismo e Volvismo. Os caminhos da indústria em busca do tempo perdido. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, 32 (4): 6-18. Set./out. 1992. http://www.wpb.be/icm/98es/98es11.htm-23k http://www.wpb.be/icm/98es/98es11.htm-23k PSICOLOGIA E TRABALHO SIGNIFICADO DO TRABALHO • PROFESSOR LUIS GABRIEL DOS SANTOS • Aula de 16/08/2024 • UNIDOMBOSCO • CURSO DE PSICOLOGIA Trabalho Tripalium A palavra “trabalho” tem sua origem no vocábulo latino “TRIPALIU“: denominação de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu). Desse modo, originalmente, “trabalhar” significa ser torturado no tripaliu. Trabalho em Japonês: Shigoto = 仕事 O significado da palavra shigoto é bastante simples, mas tem vários significados indefinidos. Um dos principais significados de shigoto é “Fazer algo” e “Servir algo”. Ganbatte – Faça o seu melhor TrabalhoXemprego Na perspectiva marxista o trabalho pode ser compreendido, de forma genérica, como uma capacidade de transformar a natureza para atender necessidades humanas (Fernandes et al, 2023). Para Zanelli et all (2010), o emprego é uma forma específica de trabalho econômico (que pressupõe a remuneração), regulado por um acordo contratual (de caráter jurídico). Trabalhoe emprego • O trabalhoémaisantigoque o emprego. • O trabalho existe desde omomento que o ser humano começou a transformar a natureza e o ambiente ao seu redor. Trabalho e emprego O emprego é algo recente na história da humanidade. O emprego é um conceito que surgiu por volta da Revolução Industrial, é uma relação entre homens que vendem sua força de trabalho por algum valor, alguma remuneração. Trabalho O trabalho é o esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através da aplicação de capacidades físicas e mentais. Emprego É a relação, estável, e mais ou menos duradoura, que existe entre quem organiza o trabalho e quem realiza o trabalho. Emprego É uma espécie de contrato no qual o possuidor dos meios de produção paga pelo trabalho de outros, que não são possuidores do meio de produção. Origem: guildas medievais (Aktouf, 2004) Seguindo a ideia de Hackman e Oldhan (1975), Morin (1996) define o sentido do trabalho como uma estrutura afetiva formada por três componentes: 1 - Significado, 2 – Orientação, 3 - Coerência. TOLFO, 2007 • O significado refere-se às representações que o sujeito tem de sua atividade, assim como o valor que lhe atribui. • A orientação é sua inclinação para o trabalho, o que ele busca e o que guia suas ações. • E a coerência é a harmonia ou o equilíbrio que ele espera de sua relação com o trabalho. TOLFO, 2007 TOLFO, 2007 • Um trabalho com sentido pode ser influenciado por quatro variáveis subjetivas: • (a) o significado do trabalho, entendido como a concepção do que é trabalho para o indivíduo; • (b) o valor (grau de importância, centralidade) que o sujeito atribui ao trabalho; • (c) os valores éticos individuais; e • (d) o motivo (a razão) pelo qual ele trabalha. TOLFO, 2007 Referências • Fernandes, F. R.; Gedrat, D. C.; Vieira, A. G. O significado do trabalho: um olhar contemporâneo. Cadernos da Fucamp, v.22, n.56, p.99-106/2023 • Tolfo, S.R.; Piccinini, V. “Sentidos e significados do trabalho: explorando conceitos, variáveis e estudos empíricos brasileiros” Psicologia & Sociedade; 19, Edição Especial 1: 38-46, 2007 PROCESSOS DE ESCOLHA E TRANSIÇÃO DE CARREIRA PROFESSOR LUIS GABRIEL DOS SANTOS Unidombosco CURSO DE PSICOLOGIA PSICOLOGIA E TRABALHO O QUE É HISTÓRICO DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E DE CARREIRA? Processo no qual o indivíduo tem a possibilidade de receber: (1) auxílio sobre as dúvidas que possui em relação à escolha de uma profissão, (2) estabelecimento de princípios referentes à carreira, (3) Inserção e reinserção profissional, (4) orientações sobre o mercado de trabalho e até mesmo aposentadoria (Lehman, 2010; Soares, 2009) TRÊS PILARES DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E DE CARREIRA (OPC): Autoconhecimento Conhecimento das realidades profissionais Avaliação psicológica HISTÓRICO DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E DE CARREIRA (OPC) • Relação com Avaliação Psicológica • Avaliação Psicológica – 1905 – Binet e Simon Objetivo: avaliação cognitiva no contexto da escola HISTÓRICO DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E DE CARREIRA (OPC) Orientação profissional e de carreira – 1909 – Choosing a Vocation – Frank Parsons Objetivo: apresentar um questionário para adolescentes e jovens com preocupações nesse contexto PRINCIPAIS CONCEPÇÕES TEÓRICAS EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E DE CARREIRA (OPC): ENFOQUE NA AVALIAÇÃO • O desenvolvimento de instrumentos de avaliação em OCP conferiu um caráter científico e prestígio social • Porém o excessivo foco em testes tem a limitação de funcionar como um modelo prescritivo médico • Lembramos que testagem não é sinônimo de avaliação psicológica • Primeiros modelos: • Traço e Fator, de Franks Pearson • Modelos de relação entre pessoal e ambiente – PE-fit – anos 1950 PRINCIPAIS CONCEPÇÕES TEÓRICAS EM OCP: TEORIA DE PERSONALIDADES VOCACIONAIS E AMBIENTES DE TRABALHO • John Holland • As pessoas tendem a buscar e criar ambientes de trabalho que permitem manifestar suas preferências e características pessoais • Seis tipos de pessoas e ambientes: • Realista • Investigativo • Artístico • Social • Empreendedor • Convencional PRINCIPAIS CONCEPÇÕES TEÓRICAS EM OCP: TEORIA DE LIFE SPAN, LIFE SPACE • Donald Super • Foco no desenvolvimento • Propõe certas tarefas de desenvolvimento ligadas a certos períodos etários aproximados PRINCIPAIS CONCEPÇÕES TEÓRICAS EM OCP: TEORIA SOCIAL COGNITIVADE CARREIRA • Lent, Brown e Hackett, a partir de teoria de Bandura • Como os interesses se formam, como as pessoas organizam suas decisões e como se iniciam e permanecem (ou não) em suas trajetórias acadêmicas e profissionais • Leva em conta aspectos contextuais, como questões socio econômicas • Constructos estudados: • Adaptabilidade de carreira • Autoeficácia para tomada de decisão de carreira • Autoeficácia para escolha profissional • Mecanismos de autodirecionamento no processo de desenvolvimento de carreira: • O que eu quero ser? • Por que eu quero ser? • Como eu tomo a decisão? TESTES PSICOLÓGICOS MAIS COMUNS APLICADOS A OCP E FAVORÁVEIS NO SINEPSI (EM 2024): • EAE-EP - Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional • EAP - Escala de Aconselhamento Profissional • EMEP – Escala de Maturidade para a Escolha Profissional • Teste de fotos de profissão: BBT-Br • AIP – Avaliação dos Interesses Profissionais • NEO FFI-R - Inventário Personalidade Cinco Fatores Revisado EAE-EP - ESCALA DE AUTOEFICÁCIA PARA ESCOLHA PROFISSIONAL EAE-EP - ESCALA DE AUTOEFICÁCIA PARA ESCOLHA PROFISSIONAL Descrição A Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional – EAE-EP, é um instrumento de avaliação psicológica nacional, criado e desenvolvido para a população brasileira, sendo sua aplicação indicada para ocorrer em situações de orientação profissional, no âmbito clínico e escolar. A EAE-EP auxilia os psicólogos a tomarem decisões sustentadas na avaliação da autoeficácia por meio de quatro fatores: - Autoeficácia para Autoavaliação; - Autoeficácia para Coleta de Informações Ocupacionais; - Autoeficácia para Busca de Informação Profissional Prática; - Autoeficácia para Planejamento de Futuro. EAE-EP - ESCALA DE AUTOEFICÁCIA PARA ESCOLHA PROFISSIONAL Além destes quatro fatores, a avaliação do EAE-EP se dá por meio de um Escore Geral, que fornece uma estimativa geral da crença da pessoa em sua capacidade para se engajar em tarefas relacionadas à escolha profissional. Tais tarefas envolvem aptidão para avaliar suas características pessoais, habilidades e interesses; coletar informações sobre profissões em diferentes meios; buscar informações sobre o mundo do trabalho por meio de relacionamentos interpessoais; e planejar o futuro profissional, com foco em questões financeiras. Em sua versão final está composta por 47 itens, que consistem de frases que se iniciam em verbos no infinitivo, referentes a ações relacionadas à escolha profissional. O estímulo ao qual as pessoas respondem é “quanto você acredita na sua capacidade de: “ e deve ser respondido em Escala Likert de quatro pontos. EAE-EP - ESCALA DE AUTOEFICÁCIA PARA ESCOLHA PROFISSIONAL Objetivo A Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional – EAE-EP, tem por objetivo identificar as crenças de pessoas quanto à própria capacidade para se engajar em tarefas relativas à escolha profissional. População Estudantes das três séries do Ensino Médio. Aplicação Individual ou coletiva. Tempo Sem limite de tempo, em geral não ultrapassa vinte minutos. Correção Manual ou informatizada (gratuita, mediante a compra do bloco de respostas). EAP - ESCALA DE ACONSELHAMENTO PROFISSIONAL EAP - ESCALA DE ACONSELHAMENTO PROFISSIONAL • DESCRIÇÃO A escala e composta por 61 frases, relacionadas a atividades profissionais. O adolescente/adulto classifica as frases de acordo com seu grau de vontade para desenvolver as referidas atividades. A correção e realizada de acordo com a soma dos valores atribuídos para os itens que são divididos em sete dimensões (Ciências Exatas, Artes/Comunicação, Ciências Biológicas/da Saúde, Ciências Agrarias/Ambientais, Atividades Burocráticas, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Entretenimento) e pela avaliação quantitativa e qualitativa. EAP - ESCALA DE ACONSELHAMENTO PROFISSIONAL OBJETIVO Avaliar as preferencias por atividades profissionais. PUBLICO-ALVO Adolescentes e adultos, a partir dos 17 anos. APLICAÇÃO Individual ou coletiva, sem limite de tempo, sendo que a maioria das aplicacoes leva em media de 15 minutos. EMEP – ESCALA DE MATURIDADE PARA A ESCOLHA PROFISSIONAL: EMEP – ESCALA DE MATURIDADE PARA A ESCOLHA PROFISSIONAL: DESCRIÇÃO A escala é formada por 45 itens distribuídos em cinco subescalas: Determinação, Responsabilidade, Independência, Autoconhecimento e Conhecimento da Realidade Educativa e Socioprofissional. Para responder à escala, o avaliado deve considerar com que frequência atua ou pensa em cada uma das situações propostas nos itens. As respostas devem ser assinaladas no livro de aplicação e a correção é feita com ajuda de um crivo de avaliação que possibilita a contagem da pontuação das cinco subescalas avaliadas bem como a escala total. Todos os resultados devem ser anotados no livro de avaliação para então serem interpretados. EMEP – ESCALA DE MATURIDADE PARA A ESCOLHA PROFISSIONAL: OBJETIVO Avaliar a maturidade para a escolha profissional e detectar quais dos aspectos que a compõem estão mais e menos desenvolvidos. PÚBLICO-ALVO – Indivíduos cursando o nono ano do ensino fundamental, primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio; – Pessoas que já concluíram o ensino médio e que estão escolhendo sua futura profissão ou ocupação; – Alunos universitários em reorientação. APLICAÇÃO Individual ou coletiva. Não existe limite de tempo para a realização do teste, geralmente são necessários de 15 a 30 minutos para sua execução. ÁREAS DE APLICAÇÃO Psicologia Clínica, Psicologia Escolar e Orientação Profissional. TESTE DE FOTOS DE PROFISSÃO: BBT-BR TESTE DE FOTOS DE PROFISSÃO: BBT-BR Descrição: O Teste de Fotos de Profissões (BBT, acrónimo do alemão Berufsbildertest) é um instrumento projetivo utilizado para clarificar o perfil de inclinação profissional, desenvolvido por Martin Achtnich na Suiça. O teste tem como base a teoria de Leopold Szondi, segundo a qual, fatores pulsionais determinam as escolhas do indivíduo em todos os níveis da existência. O BBT é frequentemente utilizado nas áreas de aconselhamento de carreira, orientação profissional e desenvolvimento pessoal, entre outros. TESTE DE FOTOS DE PROFISSÃO: BBT-BR População: Destinado à indivíduos a partir dos 12 anos de idade. Aplicação: Individual. Tempo de aplicação: Em média 02 horas. Contexto recomendado: Orientação vocacional/ profissional AIP –AVALIAÇÃO DOS INTERESSES PROFISSIONAIS AIP –AVALIAÇÃO DOS INTERESSES PROFISSIONAIS DESCRIÇÃO O teste é composto por 200 frases, divididas em 100 pares de atividades, que estão relacionadas aos 10 campos de interesses descritos pelas autoras: Campo Físico/Matemático (CFM); Campo Físico/Químico (CFQ); Campo Cálculos/Finanças (CCF); Campo Organizacional/Administrativo (COA); Campo Jurídico/Social (CJS); Campo Comunicação/Persuasão (CCP); Campo Simbólico/Linguístico (CSL); Campo Manual/Artístico (CMA); Campo Comportamental/Educacional (CCE); Campo Biológico/Saúde (CBS). O jovem seleciona a atividade que mais lhe desperta interesse e registra sua escolha na folha apropriada. A correção é realizada pela classificação das respostas dadas, por meio da avaliação quantitativa e qualitativa. AIP –AVALIAÇÃO DOS INTERESSES PROFISSIONAIS OBJETIVO Avaliar os interesses profissionais dos jovens. PÚBLICO-ALVO Adolescentes e adultos. APLICAÇÃO Individual ou coletiva, sem limite de tempo, sendo que a maioria das aplicações leva em média de 30 minutos. NEO FFI-R - INVENTÁRIO PERSONALIDADE CINCO FATORES REVISADO NEO FFI-R - INVENTÁRIO PERSONALIDADE CINCO FATORES REVISADO Descrição O inventário de personalidade NEO-FFI-R, é uma versão curta do inventário NEO PI-R, que consta de 60 itens. É indicado para situações de limitação de tempo e quando se deseja apenas obter uma informação global da personalidade. Instrumento de avaliação da personalidade normal, baseado no modelo pentafatorial das personalidades - cinco grandes fatores de personalidade(BigFive), apresenta cinco escalas, cada uma com 12 itens que medem cada domínio. Os cinco domínios são: - Neuroticismo, - Extroversão, - Abertura, - Amabilidade, e - Conscienciosidade. As principais áreas de aplicação são: Psicologia do Trabalho e das Organizações, Psicologia Clínica, Psicologia da Saúde, Orientação profissional, Pesquisa do comportamento humano em geral. NEO FFI-R - INVENTÁRIO PERSONALIDADE CINCO FATORES REVISADO Objetivo O Inventário de Personalidade NEO-FFI-R tem por objetivo realizar a avaliação da personalidade de sujeitos adultos. População Apropriado para pessoas acima de 18 anos de idade, com nível de instrução correspondente ao ensino médio completo, não possuindo normas para pessoas acima dos 60 anos. Aplicação Individual ou coletiva – aplicação lápis-papel Online – aplicação à distância (navegador homologado para uso: Google Chrome) Tempo Sem limite de tempo, sendo que a maioria das aplicações leva em média de 10 a 15 minutos. Correção Somente informatizada (gratuita, mediante a compra do bloco de respostas). REFERÊNCIA Baptista, M. N., Muniz, M., Reppold, C. T., Nunes, C. H. S. S., Carvalho, L. F., Primi, R., ... Pasquali, L. (2019). Compêndio de Avaliação Psicológica. Petrópolis, RJ/Vozes. Cap 22. PSICOLOGIA E TRABALHO TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS PROFESSOR LUIS GABRIEL DOS SANTOS UNIDOMBOSCO CURSO DE PSICOLOGIA PSICOLOGIA E TRABALHO Experiência de Hawthorne •De 1924 até 1932. •Foi feita em uma fábrica da Western Eletric Company, situada nos EUA, em Chicago, bairro de Hawthorne. •Na época fabricava equipamentos para empresas telefônicas. •Era conhecida bem estar de seus funcionários •Durante mais de 20 anos teve nenhuma greve ou manifestação. •A fabrica contava com cerca de 40 mil empregados http://en.wikipedia.org/wiki/File:WET.jpg http://en.wikipedia.org/wiki/File:WET.jpg http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://hollywoodphony.files.wordpress.com/2009/09/att-3g-iphone.jpg&imgrefurl=http://hollywoodphony.wordpress.com/2009/09/25/iphone-mms-penis-pictures-crash-servers/&usg=__CxUjsxkxS8PStnZji7PlhgCSWEE=&h=300&w=450&sz=40&hl=pt-BR&start=7&sig2=cNgbj6smPokbH_CcJNUrag&um=1&itbs=1&tbnid=dfXffy9iRifCzM:&tbnh=85&tbnw=127&prev=/images?q=AT&T+iphone&um=1&hl=pt-BR&safe=off&client=firefox-a&sa=G&rls=org.mozilla:pt-BR:official&tbs=isch:1&ei=XsSVS8CeF8W0lAf40oj-AQ http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://hollywoodphony.files.wordpress.com/2009/09/att-3g-iphone.jpg&imgrefurl=http://hollywoodphony.wordpress.com/2009/09/25/iphone-mms-penis-pictures-crash-servers/&usg=__CxUjsxkxS8PStnZji7PlhgCSWEE=&h=300&w=450&sz=40&hl=pt-BR&start=7&sig2=cNgbj6smPokbH_CcJNUrag&um=1&itbs=1&tbnid=dfXffy9iRifCzM:&tbnh=85&tbnw=127&prev=/images?q=AT&T+iphone&um=1&hl=pt-BR&safe=off&client=firefox-a&sa=G&rls=org.mozilla:pt-BR:official&tbs=isch:1&ei=XsSVS8CeF8W0lAf40oj-AQ Experiência de Hawthorne •Coordenada pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos (National Research Council). • A experiência foi coordenada por Elton Mayo • Era relacionada com a fadiga, acidentes no trabalho, rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal. Fábrica da Western Electric em Hawthorne Etapas da Experiência •1ª Fase - Os Estudos da Iluminação •2ª Fase - Sala de montagem de relés •3ª Fase - O programa de entrevistas •4ª Fase - Sala de montagem de terminais 1ª Fase - Os Estudos da Iluminação •As experiências foram realizadas por um comitê constituído por três membros da empresa pesquisada e quatro representantes da Escola de Administração de Empresas de Harvard. •Analisar o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários; 1ª Fase - Os Estudos da Iluminação • Teve início em 1924. •Foram escolhidos dois grupos que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas •Um grupo de observação trabalhava sobre intensidade de luz variável, enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante. 1ª Fase - Os Estudos da Iluminação Era esperado que os funcionários produzissem mais quando a intensidade de iluminação aumentava e, o contrário, quando diminuía. 1ª Fase - Os Estudos da Iluminação 1ª Fase - Os Estudos da Iluminação •Os pesquisadores não conseguiram provar qualquer relação entre a intensidade de iluminação e o ritmo de produção. • Reduziu-se a iluminação na sala experimental. • Esperava-se uma queda na produção, mas o resultado foi o oposto, a produção aumentou. 1ª Fase - Os Estudos da Iluminação •Comprovou-se a que o fator psicológico age sobre o fator fisiológico: a eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas. •A produtividade sobe quando há a percepção dos trabalhadores que a direção da empresa dá atenção a eles. Gráfico do estudo da iluminação 2ª Fase - Sala de montagem de relés • Relé: É um interruptor acionado eletricamente. http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.salfatis.com.br/lojavirtual/Imagens/Produtos/{10536020-1152-4189-BFD9-DDC5B27DBB04}_Rel%C3%A9 de Sobrecarga GTK-12M.JPG&imgrefurl=http://www.salfatis.com.br/lojavirtual/Produtos.asp?Categoria=29&SubCategoria=103&usg=__XEIDfPMm--bPXLnNzYktGl7hVu4=&h=400&w=559&sz=56&hl=pt-BR&start=58&sig2=rKdtvXzEEhVK6OnDm5YOxg&um=1&itbs=1&tbnid=F3G0J3cHS4ee1M:&tbnh=95&tbnw=133&prev=/images?q=rel%C3%A9&start=54&um=1&hl=pt-BR&safe=off&client=firefox-a&sa=N&rls=org.mozilla:pt-BR:official&ndsp=18&tbs=isch:1&ei=FfeVS-zlLYG0tgf84eHsDQ http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.salfatis.com.br/lojavirtual/Imagens/Produtos/{10536020-1152-4189-BFD9-DDC5B27DBB04}_Rel%C3%A9 de Sobrecarga GTK-12M.JPG&imgrefurl=http://www.salfatis.com.br/lojavirtual/Produtos.asp?Categoria=29&SubCategoria=103&usg=__XEIDfPMm--bPXLnNzYktGl7hVu4=&h=400&w=559&sz=56&hl=pt-BR&start=58&sig2=rKdtvXzEEhVK6OnDm5YOxg&um=1&itbs=1&tbnid=F3G0J3cHS4ee1M:&tbnh=95&tbnw=133&prev=/images?q=rel%C3%A9&start=54&um=1&hl=pt-BR&safe=off&client=firefox-a&sa=N&rls=org.mozilla:pt-BR:official&ndsp=18&tbs=isch:1&ei=FfeVS-zlLYG0tgf84eHsDQ 2ª Fase - Sala de montagem de relés •Começou em 1927. •Foi criado um grupo de observação: cinco moças montavam os relés, enquanto uma sexta fornecia as peças para abastecer o trabalho. 2ª Fase - Sala de montagem de relés •A sala de provas era separada do departamento (onde estava o grupo de controle) por uma divisão de madeira. •O equipamento de trabalho era idêntico ao utilizado no departamento, apenas incluindo um plano inclinado com um contador de peças que marcava a produção em uma fita perfurada. 2ª Fase - Sala de montagem de relés 2ª Fase - Sala de montagem de relés Conclusões: As moças gostavam de trabalhar na sala de provas porque era divertido e a supervisão branda (ao contrário da supervisão de controle rígido na sala de montagem) permitia trabalhar com liberdade e menor ansiedade; Havia um ambiente amistoso e sem pressões, na qual a conversa era permitida, o que aumentava a satisfação no trabalho; 3ª Fase - O programa de entrevistas Em 1928 iniciou-se o Programa de Entrevistas (Interviewing Program) com os empregados para conhecer suas atitudes e sentimentos. 3ª Fase - O programa de entrevistas • Seriam entrevistados todos os funcionários da empresa, anualmente. •A partir desta fase as pesquisas passaram a ter um enfoque nas relações humanas e não mais na parte operacional. 3ª Fase - O programa de entrevistas •O resultado do inicio do programa foi sentido imediatamente: a produtividade dos operários aumentou e a supervisão melhorou. •A melhoria dos resultados dos operários foi atribuída a um sentimento de importância desencadeado pelo programa. 4ª Fase - Sala de montagem de terminais •Para analisar a relação entre a Organização Informal dos Operários e a Organização Formal da Fábrica, foi escolhido um grupo experimental para trabalhar em uma sala especial com condições de trabalho idênticas àsdo departamento. •Um observador ficava dentro da sala e um entrevistador fora entrevistando o grupo. Conclusões da experiência •Nível de Produção é Resultante da Integração Social •Não só da capacidade física ou fisiológica do empregado (como afirmava a teoria clássica), mas por normas sociais e expectativas que o envolvem. •Quanto mais integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto maior a sua disposição de produzir. Conclusões da experiência •Comportamento Social dos Empregados •Os trabalhadores não reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros do grupo. •O grupo que define a quota de produção. •O grupo pune o indivíduo que sai das normas grupais. Conclusões da experiência •Grupos informais •A empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de diversos grupos sociais informais. •Esses grupos informais definem suas regras de comportamento, suas formas de recompensas ou sanções sociais, seus objetivos, sua escala de valores sociais, suas crenças e expectativas. Conclusões da experiência •Relações Humanas •Os indivíduos dentro da organização participam de grupos sociais e tem uma constante interação social. •Cada indivíduo é uma personalidade diferenciada que influi no comportamento e atitudes uns dos outros com quem mantém contatos. Conclusões da experiência • A importância do Conteúdo do Cargo. • A maior fragmentação do trabalho não é a forma mais eficiente. •Mayo e seus colaboradores verificaram que a extrema especialização defendida pela Teoria Clássica (Administração Científica) não cria necessariamente a organização mais eficiente. • Foi observado que os operários trocavam de posição para variar a monotonia, contrariando a política da empresa. Conclusões da experiência •Ênfase nos aspectos emocionais. •Os elementos emocionais, não planejados e mesmo irracionais do comportamento humano passam a merecer atenção especial por parte de quase todas as grandes figuras da Teoria das Relações Humanas. Decorrência da Teoria das Relações Humanas •Com o advento da Teoria das Relações Humanas, uma nova linguagem passa a dominar o repertório administrativo: • Fala-se agora em motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo etc. •Os princípios tayloristas passam a ser contestados. Críticas a Escola de Relações Humanas •Após o domínio da Teoria das Relações humanas por cerca de mais de uma década, ao final dos anos 50, entrou em declínio, passando a ser intensamente criticada, a tal ponto que suas concepções passaram a ser profundamente revistas e alteradas. • Inadequada visualização dos problemas das relações industriais; •Concepção ingênua e romântica do operário; • Enfoque manipulativo das relações humanas. Referências • HAMPTON, David R. – Administração Contemporânea – 2ª ed. Trad.Lauro Santos Blandy e António César Amaru Maximiano. São Paulo: McGraw-Hill, 1983. • FREDERICO, Manuela; LEITÃO, M. Anjos – Princípios de Administração para enfermeiros. ISBN: 972- 8485-09-3. • CHAMBEL,Maria José; CURRAL, Luis -Psicossociologia das organizações- 1ª ed. Texto editora. Lisboa, 1995. ISBN: 972-47-0656-7 • ZANELLI, José Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS, Antonio Virgílio Bittencourt. (Orgs.) Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2014. CULTURA ORGANIZACIONAL PROFESSOR LUIS GABRIEL DOS SANTOS Unidombosco CURSO DE PSICOLOGIA PSICOLOGIA E TRABALHO REFERÊNCIAS • ROBBINS, S. Comportamento Organizacional. Pearson, 2020. Cap 16. • ZANELLI, José Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS, Antônio Vírgílio Bittencourt (Org.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2014. Cap. 13 DEFINIÇÕES SOBRE A CULTURA • Cultura = do latim “colere” - cultivo da terra, ao trabalho relativo à produção de plantas úteis aos seres humanos • Passou a se referir a cuidados com crianças • O termo também agregou o significado de culto aos deuses • 1871 - Edward Burnett Tylor - Primitive Culture: cultur: utilizado para simbolizar os aspectos espirituais de uma comunidade, e a palavra francesa civilization, que se referia às produções materiais. • Cultur + civilization = culture = leis, os costumes ou outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo ser humano como ser so cial. Zanelli (2014) EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE CULTURA DA ANTIGUIDADE AOS TEMPOS ATUAIS Zanelli (2014) SÍNTESE DOS ASPECTOS QUE AMPLIARAM A COMPREENSÃO DO CONCEITO DE CULTURA • 1. A cultura se sobrepõe à herança genética. • 2. O contexto cultural diminui progressivamente a força dos instintos humanos. • 3. A cultura constitui instrumento de adaptação. • 4. O ser humano superou os obstáculos das diferenças ambientais. • 5. O ser humano aprende, ou seja, não se move a partir de padrões genéticos. • 6. O processo de socialização influencia o comportamento. • 7. A cultura resulta do aprendizado obtido da totalidade da experiência histórica das gerações antecedentes. • 8. Os “gênios” são pessoas com alto nível de inteligência que acessam conhecimentos e experiências produzidos pelos seres humanos vivos e mortos de seu sistema cultural. Zanelli (2014) ESTUDOS SOBRE A CULTURA • Etnografia • Bronislaw Malinowski • Contato inter-subjetivo entre o antropólogo e o seu objeto, seja ele uma tribo indígena ou qualquer outro grupo social. • Pesquisa etnográfica - trabalho de campo intenso e prolongado • Compreender o universo sociocultural CLASSIFICAÇÃO DE CULTURA PARA KEESING (1974) • 1. Sistema adaptativo: constitui-se a partir de padrões comportamentais socialmente estabelecidos e transmitidos, cuja finalidade é adaptar as comunidades humanas às suas características biológicas. • 2. Idealismo (subdividido em três abordagens diferentes). • • Sistema cognitivo: sistema de conhecimento que pode ser observado, constituindo-se do que é necessário conhecer ou acreditar. • Sistema estrutural: resultado da criação acumulativa, submetido às regras inconscientes que se constituem na mente humana. A ênfase está em desvendar, na estruturação dos domínios culturais (mito, arte, parentesco e linguagem), os princípios da mente que geram tais elaborações culturais. • Sistema simbólico: conjunto de mecanismos de controle, planos, receitas, regras, instruções, cujo objetivo é orientar o comportamento das pessoas. Zanelli (2014) CLASSIFICAÇÃO DE CULTURA PARA KEESING (1974) • Na psicologia a cultura pode ser concebida dos seguintes modos: • fonte de expressão do inconsciente humano, • formas de cognição que caracterizam diferentes comunidades, • símbolos compartilhados • valores básicos profundamente arraigados que influenciam e explicam os comportamentos e as formas de agir dos seres humanos e dos grupos. Zanelli (2014) COMO A CULTURA PODE SER VISTA PELAS SEGUINTES ESCOLAS DA PSICOLOGIA? • Psicanálise • Histórico-Cultural • Epistemologia Genética • Cognitivo Comportamental • Psicodrama • Gestalt Terapia Zanelli (2014) RELAÇÕES ENTRE OS FENÔMENOS PSICOSSOCIAIS CULTURA E ORGANIZAÇÃO • Para Shein, para compreender uma cultura é preciso: • Nível dos artefatos, das criações, da arquitetura, do layout, dos modelos de comportamentos visíveis, roupas, cartas, mapas • Nível dos valores, em geral valores manifestos • Nível dos pressupostos inconscientes NÍVEIS DE APRESENTAÇÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL • O ser humano cria cultura e também é criado pela cultura – interacionismo simbólico • Cultura é um sistema de símbolos que serve como mecanismo de controle • A ação simbólica precisa ser interpretada para ser entendida • A cultura permite que os comportamentos sejam descritos de modo entendido, pois seus significados variam • A cultura é um contexto de significados Zanelli (2014) CONCEITO DE CULTURA PARA OS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS • Início: Experiência de Hawtorne • A cultura pode ser compreendida comouma variável da organização, algo que ela tem (a organização tem uma cultura) ou como uma metáfora, o que a organização é (a organização é uma expressão cultural na sua totalidade). Zanelli (2014) CULTURAS NACIONAL E ORGANIZACIONAL • Hofstede (1980). Entre 1968 e 1972 analisaram 116 mil questionários aplicados em 72 subsidiárias diferentes da IBM localizadas em 36 países distintos em dimensões culturais: • 1. Distância do poder: a distribuição do poder é equânime ou não? • 2. Evitar incertezas: existe preocupação com o futuro, ou o que prepondera é o “aqui e agora”? Existem, ou não, projetos para prospectar o futuro? • 3. Individualismo/coletivismo: as pessoas se preocupam apenas consigo próprias ou também com as demais pessoas com que estabelecem relações? O que prevalece, o interesse individual ou coletivo? • 4. Masculinidade/feminilidade: os valores sociais dominantes enfatizam a assertividade, o dinheiro e bens materiais ou o bem- estar das pessoas? • 5. Orientação de curto prazo/orientação de longo prazo: o que é mais importante, focar o passado, o presente ou o futuro? As culturas nacionais que conferem importância ao futuro, em decorrência, valorizam a orientação ou o planejamento de longo prazo em suas organizações. Zanelli (2014) •Cultura, Subculturas e Contratultura Organizacional • Subculturas são grupos de pessoas com um padrão especial ou peculiar de valores, mas que não são inconsistentes com os valores dominantes na organização. • Contracultura: quando os valores de deter minadas unidades setoriais se tornam desalinha dos com a cultura hegemônica ou dominante da organização Zanelli (2014) • Como se formam as culturas organizacionais? Filosofia dos fundadores da organização Critérios de seleção Dirigentes Socialização Cultura Organizacional • histórias, • rituais, • símbolos • linguagem • Processo de construção da cultura organizacional Zanelli (2014) • Como é o impacto da cultura organizacional sobre o desempenho e a satisfação Fatores Objetivos • Inovação e assunção de riscos • Atenção aos detalhes • Orientação para os resultados • Orientação poro os pessoas • Orientação paro as equipes • Agressividade • Estabilidade Cultura Organizacional Intensa Fraca Desempenho Satisfação Percebidos como MISSÃO, VISÃO E VALORES DE UMA EMPRESA • O tripé missão, visão e valores de uma empresa são conceitos fundamentais para criação, organização e desenvolvimento empresarial. • A partir de sua definição, é possível fazer o planejamento estratégico, direcionar os funcionários e criar laços com os clientes. • A Razão de Ser da organização. • O por que ela existe. • O para que ela existe. Missão Segundo Peter Drucker uma empresa não é definida pelo seu nome ou produto e sim pela sua missão, criada pela sua razão de existir. A partir desse conceito, os funcionários ganham direção, foco, significado e realização na empresa. • Google: organizar as informações do mundo todo e torná-las acessíveis e úteis em caráter universal; • Mercedez-Bens: aperfeiçoar o nosso negócio de automóveis, fornecendo veículos de alta performance e confiabilidade; • Caritas: Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo a vida e participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social. • Walmart: nós economizamos o dinheiro das pessoas para que elas possam viver melhor; Missão: Exemplos •É um modelo mental claro e objetivo de um estado ou situação altamente desejável !!! de uma realidade futura – possível descrito de forma simples, objetiva partilhada por todos os dirigentes e colaboradores da entidade Visão •A visão é a forma como a empresa caminha, seu direcionamento e trajetória. •É a imagem do futuro que se deseja alcançar, através da missão, do foco e do trabalho. Visão Seu conceito é claro, curto e objetivo: abranger toda a organização, ter fácil assimilação para qualquer pessoa e ser desafiadora e mobilizadora, além de apresentar um propósito nobre, ético, inspirador e de valor. • Fiat: estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em produtos e serviços automobilísticos. • TeleEletrobras S.A: ser uma empresa reconhecida pela sua excelência de desempenho, comprometida com a melhoria da qualidade de vida da população, gerando uma energia limpa, a partir de um combustível abundante no Brasil e mantendo-se sempre na vanguarda tecnológica. • Kopenhagen: ser um grupo competitivo que atue de forma abrangente no segmento alimentício, através de um portfólio de produtos com qualidade, representado por marcas fortes, com características e propostas únicas. Visão: Exemplos Princípios e Valores Gestor Voluntário Princípios e Valores Greenpeace •Independência - Não aceita doações de governos, empresas ou partidos políticos. Nosso trabalho existe graças à contribuição de milhões de colaboradores em todo o mundo, que garantem nossa independência. •Não-violência - A não-violência é um requisito fundamental para as nossas atividades. Ela está embutida em nossas ações, nossas palavras e em nossa forma de atuação.. •Confronto não-violento - O Greenpeace trabalha usando confrontos não-violentos e criativos para chamar a atenção do público para um determinado problema.. •Ação conjunta - Nós acreditamos que a mudança de atitudes individuais pode fazer uma grande diferença para o futuro do planeta. Juntos, nós podemos enfrentar os problemas e promover soluções. PSICOLOGIA E TRABALHO INSERÇÃO PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO EM ORGANIZAÇÕES E NO TRABALHO • PROFESSOR LUIS GABRIEL DOS SANTOS • AULA DE 23/08/2024 • UNIDOMBOSCO • CURSO DE PSICOLOGIA ZANELLI, José Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS, Antonio Virgílio Bittencourt. (Orgs.) Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2014. Cap 15: Inserção Profissional do Psicólogo em Organizações e no Trabalho • Papel das instituições no mundo atual (escolas, empresas, orfanatos, instituições de longa permanência, etc.). • Objetivo: explorar, analisar, compreender como interagem as múltiplas dimensões que caracterizam a vida das pessoas, dos grupos e elas organizações, em um mundo crescentemente complexo e em transformação; • Visão ampla de como se configura a área da Psicologia Organizacional e do Trabalho, como campo de atuação profissional, reconstruindo sua trajetória histórica, tanto no plano internacional como nacional. ZANELLI, BORGES-ANDRADE E BASTOS (2014) ▸Para compreendermos integralmente o ser humano, precisamos também entender sua inserção no mundo do trabalho e as relações que são criadas no interior das organizações em que se insere. ▸É a partir do trabalho e da forma como o organizamos que conseguimos atender às nossas necessidades e às demandas sociais. ▸Tanto as organizações quanto o trabalho, sendo parte desses fenômenos de natureza psicossocial, passam também a ser objeto de estudo e de atuação dos psicólogos. Seguimentos do texto 1 - Desenvolvimento histórico da Psicologia Organizacional e do Trabalho como área de conhecimento e como campo de aplicação; 2 – Reflexão das transformações em curso no mundo do trabalho, visando descrever as tendências de mudança na forma de atuação da Psicologia Organizacional ; 3 - Descrição do campo atual da Psicologia Organizacional e do Trabalho; 4 - Reflexões sobre a identidade do psicólogo, sobre o futuro da Psicologia Organizacional e do Trabalho. • Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Desenvolvimento internacional Industrialização nos países dominantes, do cenário ocidental, no fim do século XIX e início do século XX; Nascimento da psicologia como ciência; 1899 - Laboratório de Psicologia do Trabalho em Modena, Itália; 1903 – The Theory of advertising - Walter Dill Scott 1911 – Theprinciples of scientific management 1913 – Psychology and industrial efficiency - Hugo Münsterberg - a seleção de pessoal e o uso de testes psicológicos com a finalidade de maximizar o ajuste das pessoas aos cargos. Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Desenvolvimento internacional Hugo Münsterberg - a necessidade de que os trabalhadores atuem em cargos que se ajustem às suas habilidades emocionais e mentais, para que haja eficiência no trabalho, produtividade da empresa e satisfação do trabalhador. 1911 - Frederick Winslow Taylor - The Principles of Scientific Management Grandes Guerras – Avaliação psicológica; Anos de 1920 e 1930 - Experiência de Hawthorne - Elton Mayo 1933 - Mayo - The Human Problems of Industrial Civilization Era das Relações Humanas 1954 - Abraham Maslow – Motivation and Personality Modelo de gestão japonês – Empowerment, just in time, gestão da qualidade total Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Primeiro período de constituição histórica da POT (até 1945) Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Segundo período de constituição histórica da POT (até a década de 1960). Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Terceiro período de constituição histórica da POT (fim da década de 1960 até a década de 1970). Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Quarto período de constituição histórica da POT (da década de 1990 até a década de 2010). Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Desenvolvimento da psicologia organizacional e do trabalho no Brasil Histórico agrário e escravocrata Pouca industrialização – Exceção de Visconde de Mauá, Matarazzos, etc. 1924 - As primeiras aplicações de testes psicológicos no Brasil, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Seleção de empregados, principalmente nas empresas ferroviárias 1930 - Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT) – São Paulo Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Fases do desenvolvimento da POT no Brasil Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Desenvolvimento da psicologia organizacional e do trabalho no Brasil • No primeiro período, Léon Walther trouxe a psicotécnica para o País, que foi acolhida como instrumental para a viabilização das propostas tayloristas. As aplicações de testes psicológicos, ou, mais apropriadamente, do exame psicotécnico, com a finalidade de selecionar empregados. • O segundo período, psicologia organizacional, nasce com a intensificação do processo de industrialização no País, iniciado sobretudo a partir da Era Vargas – CLT – 1943. Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Desenvolvimento da psicologia organizacional e do trabalho no Brasil • No Brasil, até os anos de 1980, a formação em POT foi largamente influenciada pela obra de um autor norte-americano, Joseph Tiffin, publicada em primeira edição no ano de 1942: Industrial Psychology. • 1984 - Silvia Lane e Wanderley Codo - Psicologia social: o homem em movimento - construção de um modelo de atuação que não se pautasse exclusivamente nas necessidades da gestão e, em consequência, da empresa ou do capital Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Desenvolvimento da psicologia organizacional e do trabalho no Brasil • Terceiro período: A preocupação com as organizações (produtividade, qualidade, competitividade), com a gestão (modelos de gestão de pessoas, políticas de pessoal) e com os trabalhadores (em termos de saúde, bem-estar e qualidade de vida) de uma forma integrada, é o que define o campo no momento presente. Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Campos intradisciplinares que configuram a psicologia organizacional e do trabalho. Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Exemplos de conhecimentos e habilidades exploratórias e de intervenção em seis âmbitos de análise Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2014) Interfaces entre POT e outras áreas da psicologia Z a n e l l i , B o r g e s - A n d r a d e e B a s t o s ( 2 0 1 4 ) Interfaces entre a psicologia organizacional e do trabalho e outros campos disciplinares e profissionais Z a n e l l i , B o r g e s - A n d r a d e e B a s t o s ( 2 0 1 4 ) Estrutura da atuação profissional em psicologia organizacional e do trabalho Z a n e l l i , B o r g e s - A n d r a d e e B a s t o s ( 2 0 1 4 ) Estrutura da atuação profissional em psicologia organizacional e do trabalho Z a n e l l i , B o r g e s - A n d r a d e e B a s t o s ( 2 0 1 4 ) Estrutura da atuação profissional em psicologia organizacional e do trabalho Z a n e l l i , B o r g e s - A n d r a d e e B a s t o s ( 2 0 1 4 ) Competências gerais necessárias para atuar em psicologia organizacional e do trabalho. Z a n e l l i , B o r g e s - A n d r a d e e B a s t o s ( 2 0 1 4 ) TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO E PRATICAS EMERGENTES NA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO Mudanças econômicas, sociais, culturais, tecnológicas, etc. Aumento do subemprego e desemprego Terceirização, trabalho temporário Emprego mais fluido, empowerment Relação: Valores pessoais X Valores organizacionais Relação: Vida profissional X Vida familiar PERSPECTIVAS DO CAMPO E DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE DO PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO BRASILEIRO Tendências: • Mais ênfase em fenômenos grupais e organizacionais em relação aos individuais e do trabalho; • um maior peso de conceitos e técnicas cognitivas e comportamentais; uma maior atenção a variáveis afetivas e motivacionais; • um maior reconhecimento da complexidade e multideterminação de atitudes e comportamento no trabalho; • um interesse por tópicos relativos a altos níveis de gestão: processos decisórios e estratégias quando comparados à atenção anterior ao nível de supervisão e de gestão de pessoas; • uma maior atenção aos produtos da vida laboral e seus impactos fora do trabalho: estresse, relação entre família e trabalho, carreiras, etc. PERSPECTIVAS DO CAMPO E DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE DO PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO BRASILEIRO Desafios: • Foco no “modelo médico” • Falta de competências políticas necessárias a agentes de mudança • Foco no individual • Importância de competências multiprofissionais e de comunicação • “Alargamento” da atuação do psicólogo • Importância da questão ética • Talvez essas tendências sejam importante para toda a psicologia, não só para a POT. PSICOLOGIA E TRABALHO TAYLORISMO-FORDISMO PROFESSOR LUIS GABRIEL DOS SANTOS CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIDOMBOSCO CURSO DE PSICOLOGIA PSICOLOGIA E TRABALHO Modos de Gestão - Management • Gestão significa ato de gerir; gerência, administrar. • Modo de gestão é o conjunto de práticas administrativas colocadas em execução de uma organização (empresa) para atingir os objetivos que ela se tenha fixado. • O Modo de gestão compreende as condições e a organização do trabalho, a estrutura organizacional (como as tarefas são formalmente divididas, agrupadas e coordenadas), a natureza das relações hierárquicas, os sistemas de avaliação e controle dos resultados e as políticas de gestão do pessoal. ÊNFASE NA EFICIÊNCIA Existe uma única maneira certa de executar uma tarefa. (The best way) Administração Científica Taylorismo Administração Científica Dois princípios resumem o núcleo do pensamento de Taylor: • Divisão e distinção entre a concepção e a execução; a primeira (concepção) compete aos especialistas (engenheiros, etc.); a segunda compete aos trabalhadores manuais (operários, etc.) • A obrigatoriedade da aplicação à indústria dos princípios do “método científico”. Princípios da Administração Científica de Taylor - 1911 Em seu Principles of Scientific Management, Taylor enuncia cinco princípios: • Substituir os métodos empíricos e improvisados (rule-of-thumb method) por métodos “científicos” e testados (planejamento) • Selecionar os trabalhadores para suas melhores aptidões e treiná-los para cadacargo (seleção ou preparo) • Supervisionar se o trabalho está sendo executado como foi estabelecido (controle) • Disciplinar o trabalho (execução) • Trabalhador fazendo somente uma etapa do processo de montagem do produto (singularização das funções) Princípios básicos • Desenvolver a melhor forma de se executar cada tarefa; • Escolher um indivíduo para fazê-lo; • Estudar tempos e movimentos da tarefa; • Assegurar que o trabalho seja executado da maneira indicada, através de treinamento e do aumento da remuneração para os trabalhadores que seguirem os procedimentos corretos; • Dividir a carga de trabalho entre os empregados, de modo que atividades como planejamento, organização e controle sejam as responsabilidades principais dos gerentes e não dos operários. Administração Científica HENRY FORD (1863-1947) Americano, nascido em Michigan. Em 1899 fundou sua primeira empresa a Detroit Automobile Company, empresa que fechou devido a discordância com outros diretores sobre a adoção da produção em massa. Anos mais tarde fundou outra empresa voltada para carros de corrida, que também não teve êxito. Persistiu na ideia e montou o carro 999, que se tornou campeão. Com 40 anos de idade, em 1903, fundou a Ford Motor Company e o primeiro empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir em massa automóveis em menos tempo e a um menor custo. Como único dono da Ford Company, ele se tornou um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo. A ele é atribuído o "fordismo“. De modo artesanal uma pessoa que realiza as cinco fases necessárias na fabricação de um produto só consegue produzir 1 UNIDADE Administração Científica Cinco pessoas, cada uma especializada na execução de uma das cinco fases da fabricação, fabricam 10 UNIDADES Administração Científica O FORDISMO Aplicação dos conceitos de Taylor Criação da linha de montagem - as peças passam pelo funcionário. Ele não precisa buscar, gerando menor desperdício de tempo e aumento de produtividade. Empresa “Vertical” A Ford possuia toda a cadeia de suprimentos (fábrica de vidros, seringueiras e siderurgia) FORDISMO FORDISMO x TAYLORISMO "O que havia de especial em Ford (e que, em última análise, distingue o fordismo do Taylorismo) era a sua visão, seu reconhecimento explícito de que a produção de massa significava consumo de massa”. “Um novo sistema de reprodução do trabalho, uma nova política de controle e gerência do trabalho, uma nova estética e uma nova psicologia, em suma, um novo tipo de sociedade democrática, racionalizada, modernista e populista“ PRODUÇÃO EM MASSA LINHA DE MONTAGEM INOVAÇÕES DE FORD FORDISMO Prof. Marcos Cruz – mdccruz01@gmail.com PEÇAS PADRONIZADAS Componente para qualquer produto final Uniformidade das peças Simplicidade, reduzido número de peças PRODUÇÃO EM MASSA TRABALHADOR ESPECIALIZADO Processo dividido em etapas Tarefa fixa LINHA DE MONTAGEM MECANIZADA Produto deslocava-se ao operário Produção passou de 12h39min para 1h33min Redução da Carga horária para 8h e 5 dias por semana Duplicou o Salário para US$ 5,00/dia LINHA DE MONTAGEM 800 CARROS POR DIA Ford adotou uma abordagem revolucionária na fabricação de automóveis, utilizando princípios da administração científica. Máquinas e trabalhadores foram colocados em sequência na fábrica de Ford de modo que um automóvel pudesse ser montado sem interrupções ao longo de uma linha de produção móvel. Utilizava-se energia mecânica e uma esteira para extrair o trabalho dos trabalhadores. Do mesmo modo, a fabricação das partes também foi radicalmente modificada. LINHA DE MONTAGEM 1908 – Lançamento do Modelo “T” Manual do Proprietário – 64 páginas, com perguntas e respostas 140 prováveis problemas Não fazia segredo de suas técnicas Funcionário deveria poder comprar o produto que fabricava INOVAÇÕES Os custos caíram significativamente e o Modelo-T tornou-se o primeiro carro accessível a maioria dos americanos (custava U$$500,00) e Ford dominou o setor por muitos anos. O modelo Ford T foi o primeiro veículo produzido em linha de produção. Esse modelo foi um sucesso de vendas no mundo todo. A produção do Modelo T foi mantida até 1927 CURIOSIDADES Em 1923 foram produzidos 2,1 milhões de unidades do Modelo T. Em 1926 a Ford montava automóveis em 19 países além dos Estados Unidos. Em 1908, quando teve sua primeira unidade vendida, o Ford T custava US$ 825,00. Em 1925 o preço era de US$ 260,00 Foi o Modelo T que tornou padrão o uso de direção do lado esquerdo em grande parte do mundo. O ditado que o Modelo T poderia “ser encomendado em qualquer cor, desde que preto”, vem em parte do fato de que 12 das 15 milhões de unidades produzidas eram pretas, e que as outras três milhões, produzidas em verde, vermelho e azul, eram tão escuras que dificilmente distinguiam-se dos pretos. Ao longo dos quase 19 anos em que esteve em produção, saíram das fábricas da Ford um total de 15 milhões de Modelos T, número que só viria a ser batido em 1972 pelo VW Fusca. Em 2003, a Ford restaurou seis unidades do Modelo T. A versão de 2003, denominada Modelo T-100, foi fabricada totalmente à mão, sendo idêntica à original de 1914. O modelo ignora as necessidades dos trabalhadores, além do contexto social, gerando conflitos e choques, às vezes violentos, entre administradores e trabalhadores. Como consequência, os trabalhadores se sentem explorados, pois percebem que esse tipo de administração é uma técnica para fazer o operário trabalhar mais e ganhar relativamente menos. Críticas ao modelo Transformou o homem em uma máquina. O operário passou a ser tratado como uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado a tomar iniciativas, já que os gerentes não ouvem as ideias dos funcionários subalternos, uma vez que estes são considerados desinformados. Trata os indivíduos como um só grupo, não reconhecendo a variação entre eles, gerando descontentamento por parte dos trabalhadores. Críticas ao modelo Charlie Chaplin Tempos Modernos - Legendado Português https://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ Taylor e a Administração Científica https://www.youtube.com/watch?v=x_V04KFGd60 https://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ https://www.youtube.com/watch?v=x_V04KFGd60 Referências • HAMPTON, David R. – Administração Contemporânea – 2ª ed. Trad.Lauro Santos Blandy e António César Amaru Maximiano. São Paulo: McGraw-Hill, 1983. • FREDERICO, Manuela; LEITÃO, M. Anjos – Princípios de Administração para enfermeiros. ISBN: 972-8485-09-3. • CHAMBEL,Maria José; CURRAL, Luis -Psicossociologia das organizações- 1ª ed. Texto editora. Lisboa, 1995. ISBN: 972-47-0656-7 PSICOLOGIA E TRABALHO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • PROFESSOR LUISGABRIEL DOS SANTOS • 14/08/2024 • Unidombosco • CURSO DE PSICOLOGIA -Turma 7°módulo Manhã • PSICOLOGIA E TRABALHO Apresentação do professor • Luis Gabriel dos Santos • Psicólogo –CRP 08-8989 • Especialista em Administração de pessoas • Mestre e Doutor em Ciências Sociais Aplicadas • Pós doutorado em Gestão de Pessoas • Área de atuação: Psicologia organizacional, organizações e instituições Luis Gabriel Abravanel dos Santos 2002 –Formatura em Psicologia na PUC PR 2002 –CRP 08/08989 2004–Atuação na área de POT 2004 –Especialização em Administração de Pessoas -UFPR 2005 –Mestrado em Administração - UFPR 2005 –Tutor no curso de administração - UFPR 2007/2009–Professor do Departamento de Psicologia- UFPR Luis Gabriel Abravanel dos Santos 2013/2014–Doutorado sanduíche na França 2011/2014– Doutorado em Administração –UP 2013/2017–Consultoria em Gestão de Pessoas 2011/2013–Professor do Departamento de Administração - UFPR 2013/2017–Consultoria em Gestão de Pessoas 2016 –atual –Professor e vice coordenação do curso de psicologia 2023 –atual –Professor e da PUC-PR Ementa Psicologia e Trabalho Visão histórica e crítica sobre o mundo do trabalho.Papel do psicólogo do trabalho e organizacional e sua postura ética. Diferentes abordagens do processo de gestão de pessoas. Saúde mental no trabalho. Objetivos • Compreender as diferentes origens históricas da Psicologia Organizacional e do Trabalho; • Dominar os princípios conceituais e procedimentos técnicos dos processos de gestão de pessoas; • Entender os principais campos de atuação do psicólogo organizacional e do trabalho. Objetivos Conhecer ferramentas básicas para avaliação, diagnóstico E intervenções de problemas que envolvem o humano nas organizações; Identificar os fatores organizacionais que originam o adoecimento nos trabalhadores: sintomas, componentes psicológicos (LER/DORT, Síndrome de Burnout, Estresse, quadros psicopatológicos) e suas implicações para o desempenho profissional; Exercitar a construção e a análise de propostas de intervenções que promovam a saúde do trabalhador e o desenvolvimento em contextos de trabalho. Avaliação diagnóstica O que vocês imaginam sobre Psicologia Organizacional e do Trabalho? Avaliação diagnóstica 1- Sedividamem8grupose aguardem orientações Avaliação diagnóstica 2–Cada gruposerá responsável porumdesses temas: • 1 –Campo de atuação em Psicologia Organizacional e do Trabalho. • 2 -Indivíduos e o trabalho. • 3 -Diagnóstico Organizacional –Técnicas utilizadas. • 4 –Os seis processos de gestão de pessoas: agregar pessoas, aplicar pessoas, recompensar pessoas, desenvolver pessoas, manter pessoas, monitorar pessoas. • 5 –Consultoria interna, consultoria externa e gestão de benefícios sociais. • 6 –Emoções e afetos no trabalho. • 7 –Saúde e segurança do trabalhador. • 8 –Fatores de risco e proteção psicossocial no trabalho. Avaliação diagnóstica 3–Peguemumfolha e faremosumbrainstormsobreo tema: Em 10 minutos, escrevam o que vier a cabeça sobre o seu tema e aguardem demais orientações. BibliografiaBibliografia Básica: GOULART, Iris Barbosa (Org.). Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e temas correlatos. 3. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/2317/pdf/0 SOARES, Leandro Queiroz. Interações socioprofissionais e assédio moral no trabalho: “ou você interagido jeito deles ou vai ser humilhado até não aguentar mais”. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/2743/pdf/0 ROBBINS, Stephen P.; JUDGE, Tim; SOBRAL, Filipe. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 14. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2010. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/1986/pdf/0 Bibliografia Complementar: BITENCOURT, Cláudia (Org.). Gestão contemporânea de pessoas. Porto Alegre: Bookman, 2004. CHANLAT, Jean-François; TÔRRES, Ofélia de Lanna Sette (Org.). O indivíduo na organização, v.1: dimensões esquecidas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. ZANELLI, José Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS, Antônio Vírgílio Bittencourt (Org.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004. JACQUES, Maria da Graça; COD, Wanderley (Org.). Saúde mental e trabalho: leituras. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. LÉVY, André et al. Psicossociologia: análise social e intervenção. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/2317/pdf/0" / https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/2743/pdf/0" / https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/1986/pdf/0 BORGES, Lívia de Oliveira; MOURÃO, Luciana. (Orgs.) O trabalho e as organizações: atuações a partir da Psicologia. Porto Alegre:Artmed, 2013. ZANELLI, José Carlos; BORGES- ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS, Antônio Vírgílio Bittencourt (Org.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004. O QUE SERÁ DISCUTIDO NESSA DISCIPLINA? Caracterizar o percurso histórico da Psicologia e Trabalho, conhecer as questões nas organizações, saúde mental nas relativas a psicologia gestão de pessoas e organizações. Combinados Postura de profissional em formação: Evitar conversas paralelas; atrasos; faltas; plágio. Participação ativa e questionadora (argumentativa) em sala de aula. Leitura dos textos e materiais indicados. Realização das atividades propostas. O QUE ESPERAR DO PROFESSOR ? Facilitadores dos conteúdos trabalhados. Abertura para diálogo, críticas; sugestões. Material postado e organizado no Canvas. Aulas preparadas. Avisos: em sala; via Teams, e-mail e/ou Representante de Turma. Abertura. Sintam-se a vontade de perguntar ou falar comigo sobre qualquer assunto. • I. Psicologia Escolar/Educacional; • II.Psicologia Organizacional e do Trabalho; • III.Psicologia Clínica; • IV. Psicologia de Trânsito; • V. Psicologia Jurídica; • VI. Psicologia do Esporte; • VII. Psicologia Hospitalar; • VIII. Psicopedagogia; • IX. Psicomotricidade; • X. Psicologia Social; • XI. Neuropsicologia • XIIPsicologia da Saúde (CFP 03/2016) • XIII Avaliação Psicológica (CFP 18/2019) Á re a s tra d ic io n a is Á re a s E m e rg e n te s RESOLUÇÃO CFP N.º 013/2007 Atuação em Psicologia Organizacional e do Trabalho - POT •Atua em atividades relacionadas a análise e desenvolvimento organizacional, ação humana nas organizações, desenvolvimento de equipes, consultoria organizacional, seleção, acompanhamento e desenvolvimento de pessoal, estudo e planejamento de condições de trabalho, estudo e intervenção dirigidos à saúde do trabalhador. RESOLUÇÃO CFP N.º 013/2007 Desenvolve, analisa, diagnostica e orienta casos na área da saúde do trabalhador, observando níveis de prevenção, reabilitação e promoção de saúde. RESOLUÇÃO CFP N.º 013/2007 Participa de programas e/ou atividades na área da saúde e segurança de trabalho, subsidiando os quanto a aspectos psicossociais para proporcionar melhores condições ao trabalhador. Atua como consultor interno/externo, participando do desenvolvimento das organizações sociais, para facilitar processos de grupo e de intervenção psicossocial nos diferentes níveis hierárquicos de organizações. RESOLUÇÃO CFP N.º 013/2007 Atua na relação capital/trabalho no sentido de equacionar e dar encaminhamento a conflitos organizacionais. Desempenha atividades relacionadas ao recrutamento, seleção, orientação e treinamento, análise de ocupações e profissiográficas e no acompanhamento de avaliação de desempenho de pessoal, atuando em equipes multiprofissionais. Utiliza métodos e técnicas da psicologia aplicada ao trabalho, como entrevistas, testes, provas, dinâmicas de grupo, etc. para subsidiar as decisões na área de recursos humanos como: promoção, movimentação de pessoal, incentivo, remuneração de carreira, capacitação e integração funcional; e promover, em consequência, a auto realização no trabalho. RESOLUÇÃO CFP N.º 013/2007 Atuação em POT • Psicologia do Trabalho • Psicologia Organizacional • Gestão de Pessoas https://coggle.it/diagram/V98FWoPua70QPXHL/t/%C3%A1reas-de- atua%C3%A7%C3%A3o-psicologia-organizacional-do-trabalho-pot https://coggle.it/diagram/V98FWoPua70QPXHL/t/%C3%A1reas-de-atua%C3%A7%C3%A3o-psicologia-organizacional-do-trabalho-pot https://coggle.it/diagram/V98FWoPua70QPXHL/t/%C3%A1reas-de-atua%C3%A7%C3%A3o-psicologia-organizacional-do-trabalho-pot O que fazer para a próxima aula? • Ler os seguintes artigos: • Fernandes, F. R.; Gedrat, D. C.; Vieira, A. G. O significado do trabalho: um olhar contemporâneo. Cadernos da Fucamp, v.22, n.56, p.99-106/2023 • Tolfo, S.R.; Piccinini, V. “Sentidos e significados do trabalho: explorando conceitos, variáveis e estudos empíricos brasileiros” Psicologia & Sociedade; 19, Edição Especial 1:38-46, 2007 Obs: A temática da aula será: Sentido e significado do trabalho PROFESSOR LUIS GABRIEL DOS SANTOS CURSO DE PSICOLOGIA Unidombosco