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Os Desafios da Precariedade do Sistema Prisional Brasileiro
O sistema prisional brasileiro enfrenta desafios significativos, evidenciados pela 
superlotação, violência e condições desumanas. A precariedade dessas 
instituições reflete problemas estruturais e sociais que precisam ser abordados 
com urgência. Neste contexto, dois problemas principais se destacam: a 
negligência governamental e a estrutura precária das prisões. 
Primeiramente, vale salientar, a negligência governamental é um dos principais 
fatores que contribuem para a precariedade das prisões no Brasil. A 
Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, assegura que “ninguém será 
submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”, garantindo os 
direitos fundamentais a todos os cidadãos, incluindo os presos. No entanto, a 
realidade das prisões brasileiras contradiz essa garantia constitucional. A falta 
de investimentos adequados em infraestrutura e em políticas de ressocialização 
demonstra um descaso do governo em relação à questão penitenciária. Essa 
negligência desencadeia um ciclo de violência e reincidência, uma vez que o 
ambiente prisional não oferece condições para a reabilitação dos indivíduos.
Seguidamente, cabe ser dito sobre a estrutura precária das prisões brasileiras é 
outro fator crítico que agrava a situação. O filme “Carandiru”, de 2003, baseado 
no livro de Drauzio Varella, retrata a realidade de uma das maiores 
penitenciárias do país antes de seu fechamento em 2002. A superlotação, a 
violência e a insalubridade são aspectos evidenciados na obra, e, infelizmente, 
persistem até hoje. Notícias recentes confirmam que essas condições ainda são 
comuns em muitos presídios brasileiros. A superlotação, por exemplo, continua 
a ser um problema grave, com celas projetadas para poucos detentos abrigando 
um número muito maior, comprometendo a dignidade humana e a segurança. 
Além disso, a falta de recursos básicos, como alimentação adequada e 
atendimento médico, evidencia a precariedade estrutural.
Com base nos argumentos apresentados, para enfrentar os desafios da 
precariedade do sistema prisional brasileiro, é necessário, portanto, um 
compromisso efetivo do governo em cumprir os direitos constitucionais dos 
presos e investir em melhorias estruturais nas prisões. Além disso, políticas 
públicas voltadas para a ressocialização e reintegração dos detentos são 
essenciais para quebrar o ciclo de reincidência e violência que persiste. 
Somente com ações concretas e uma mudança de perspectiva em relação ao 
papel das prisões na sociedade, será possível transformar o atual cenário e, 
assim, garantir uma justiça verdadeiramente humana e eficaz.

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