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TREINAMENTO DE CÁLCULO DE INCERTEZA Daniel Juliano - danieljuliano.atto@gmail.com remesp.org.br | (11) 95708-4486 Histórico da Metrologia CONSTRUÇÃO DA PIRÂMIDE KHUFU (EGITO 2900 A.C.) ⇒ PADRÃO “CUBITO REAL EGÍPCIO”, FEITO DE GRANITO COM COMPRIMENTO DO ANTEBRAÇO E A MÃO DO FARAÓ KHUFU INGLATERRA, 1305, REI EDUARDO I ⇒ 1 POLEGADA = 3 GRÃOS SECOS DE CEVADA COLOCADOS LADO A LADO. SURGEM SAPATOS EM TAMANHO PADRÃO remesp.org.br | (11) 95708-4486 2 Histórico da Metrologia das atividades metrológicas em 1978 era composto por (ISO GUIA25 e EN45001) Em 1.999 remesp.org.br | (11) 95708-4486 3 É a ciência da medição! O que é Metrologia? remesp.org.br | (11) 95708-4486 4 O Decreto nº 6.275, de 28 de novembro de 2007, estabelece que compete à Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO (CGCRE) atuar como organismo de acreditação de organismos de avaliação da conformidade. A CGCRE é, portanto, dentro da estrutura organizacional do Inmetro, a unidade organizacional principal que tem total responsabilidade e autoridade sobre todos os aspectos referentes à acreditação, incluindo as decisões de acreditação. O que é INMETRO? E CGCRE? remesp.org.br | (11) 95708-4486 5 Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO Algumas atribuições: Gerenciar o Sistema Brasileiro de Certificação (CGCRE); Promover e supervisionar o sistema de normalização técnica consensual; Coordenar a RBC, RBLE e RNML; Prover o país de padrões metrológicos nacionais; Realizar os trabalhos inerentes a metrologia legal; Supervisionar a emissão de regulamentos técnicos no âmbito governamental. remesp.org.br | (11) 95708-4486 6 Rede Brasileira de Calibração - RBC Conjunto de laboratórios, vinculados às industrias, universidades e institutos tecnológicos, habilitados à realização de serviços de Calibração de instrumentos de medir e medidas materializadas. ACREDITAÇÃO SERVIÇOS ACREDITADOS remesp.org.br | (11) 95708-4486 7 ACREDITAÇÃO X CERTIFICAÇÃO Acreditação é o procedimento pelo qual um organismo oficial e imparcial reconhece formalmente que um laboratório, instituição ou pessoa é competente para realizar tarefas específicas. Certificação é o procedimento pelo qual um organismo imparcial credenciado atesta por escrito que o sistema da qualidade, produto, processo ou serviço está conforme requisitos especificados. remesp.org.br | (11) 95708-4486 O que a Metrologia Agrega à indústria? Melhora a qualidade dos produtos e processos incrementando a competitividade nacional e internacional; Assegurar a conformidade dos produtos e processos com a especificação; Normalização e Padronização; Implantação de Sistema da Qualidade (ISO 9001, ISO 17025, ISO/TS16949, etc...); Fidelização dos clientes atuais e conquista de novos; Minimizar custos; Melhorar a qualidade de vida e segurança do consumidor. remesp.org.br | (11) 95708-4486 9 Importância da Metrologia na Indústria remesp.org.br | (11) 95708-4486 Norma da Qualidade e Documentos de Apoio remesp.org.br | (11) 95708-4486 Arredondamento Matemático Temos 3 opções para buscarmos o arredondamento matemático, conforme abaixo: Opção 1 – O último algarismo é 6, 7, 8 ou 9, elimina esse algarismo e adiciona 1 no algarismo anterior (penúltimo número) Opção 2 – O último é 0, 1, 2, 3 ou 4, elimina o último algarismo e mantém o mesmo algarismo do número anterior (penúltimo número) Opção 3 - O último é 5, elimina o último algarismo e olha para o algarismo anterior (penúltimo número), se for par mantém o mesmo algarismo, e se for ímpar, adiciona um número ao penúltimo algarismo remesp.org.br | (11) 95708-4486 Exemplo Prático Arredondar o número 0,09546 1° algarismo eliminado - 0,0955 2° algarismo eliminado - 0,096 3° algarismo eliminado - 0,10 remesp.org.br | (11) 95708-4486 Exercício do Arredondamento Matemático para Metrologia remesp.org.br | (11) 95708-4486 Mensurando (VIM 2.6) Grandeza específica submetida a medição; Objeto da medição. Observação: A especificação de um mensurando pode requerer informações de outras grandezas, como tempo, temperatura ou pressão. Exemplo: Pressão de vapor de uma dada amostra de água a 20°C. remesp.org.br | (11) 95708-4486 15 População e Amostra Os métodos estatísticos são próprios para o estudo de populações. População é um conjunto de dados que descreve algum fenômeno de interesse, ou seja, dados que tem em comum determinada característica. Amostra é um subconjunto de dados selecionados de uma população. Ou seja, a partir da amostra, estuda-se a população. Sendo assim, uma amostra deve ter as mesmas características que a população de onde foi retirada. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Cálculo Estatístico Básico Podemos aumentar a quantidade de informações fazendo um número de medições repetidas e realizando alguns cálculos estatísticos. Os dois cálculos estatísticos mais importantes são, a determinação da média ou média aritmética, e o desvio padrão do conjunto de números. Se repetidas medições dão diferentes respostas, você pode não estar cometendo nenhum erro. Isto pode ser devido as variações naturais do processo de medição. Se existe variação nas medições quando elas são repetidas, o melhor é realizar muitas medições e fazer a média. A média nos fornece uma estimativa do valor “verdadeiro”. remesp.org.br | (11) 95708-4486 17 Média do Valor Central A média nos fornece uma estimativa do valor “verdadeiro”. (x são valores encontrados, n é o n.º de leituras) Quanto maior o número de medições, melhor a estimativa do valor “verdadeiro”. O ideal seria obter a média de um conjunto infinito de valores, pois quanto mais resultados usar, mais próximo da estimativa ideal da média. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Desvio Padrão Quando realizamos 3 ou mais repetições, na medição de uma mesma massa de um produto, podemos quantificar a média e a dispersão dos resultados, sendo esta última caracterizada pelo desvio padrão experimental. Suponhamos que os valores encontrados nesta medição tenham sido 70,05mm, 70,03mm, 70,07mm, o que fornece uma média igual a 70,05mm. A dispersão dos resultados é medida pela extensão dos desvios das medidas em relação a média. Portanto, devemos fazer: Desvio 1 = Indicação 1 – média = 70,05 – 70,05 = 0,00mm Desvio 2 = Indicação 2 – média = 70,03 – 70,05 = - 0,02mm Desvio 3 = Indicação 3 – média = 70,07 – 70,05 = 0,02mm Qual o desvio médio em relação a média? Desvio médio = soma dos desvios dividido pelo número de resultados. remesp.org.br | (11) 95708-4486 19 Desvio Padrão Quando medições repetidas fornecem resultados diferentes, nós precisamos saber quão dispersas estão essas medições. Com o conhecimento da amplitude da dispersão, nós podemos iniciar o julgamento da qualidade das medições ou do conjunto de medições. O modo usual de quantificar a dispersão é o desvio padrão. De um número pequeno de medições, somente pode ser obtido um valor estimado do desvio padrão da população. O símbolo s é geralmente usado para o desvio padrão estimado. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Desvio Padrão Qual o desvio padrão de 104, 105 e 106? Qual a média? E o desvio padrão de 203, 205 e 207? Qual a média? remesp.org.br | (11) 95708-4486 Cálculo da Média e do Desvio Padrão s s s s s remesp.org.br | (11) 95708-4486 Cálculo da Média e do Desvio Padrão s s s s s remesp.org.br | (11) 95708-4486 Exercício Tendência do Voltímetro remesp.org.br | (11) 95708-4486 Quais são as Unidades de Base? remesp.org.br | (11) 95708-4486 Múltiplos e Submúltiplus remesp.org.br | (11) 95708-4486 Tem nomes e símbolos, aceitos por convenção. Exemplo: m é o símbolo de metro A é o símbolo de ampère 26 Termos Metrológicos da ISO-GUM Distribuição Normal, Retangular e Triangular Incerteza TipoA Incerteza Tipo B Incerteza Padrão (u) Incerteza Padrão Combinada (uc) Coeficiente de Sensibilidade (C) Incerteza Expandida (U) Graus de Liberdade (ν) Fator de abrangência (k) Nível de confiança ou probabilidade de abrangência remesp.org.br | (11) 95708-4486 Incerteza Padrão (u) Incerteza do resultado de uma medição expressa como equivalente a um desvio padrão. Foi padronizado que a soma de incertezas somente deve ser realizada quando todas as incertezas forem incertezas padrão. Todas as incertezas contribuintes devem ser expressas na mesma probabilidade de abrangência (nível de confiança), convertendo-se então em incerteza padrão. A incerteza padrão é a margem cujo tamanho pode ser pensada como “equivalente a mais ou menos um desvio padrão”. A incerteza padrão é expressa pelo símbolo u. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Incerteza Padrão (u) A incerteza padrão u ( xi ) Tipo A pode ser obtida estatisticamente de duas Maneiras: 1 – Calculando o Desvio Padrão Experimental A partir de n medidas obtidas sob condições de repetitividade, Para maior confiabilidade estatística n>10 2 – Importando o Desvio Padrão Experimental Quando poucas medidas estão disponíveis em casos onde se realiza somente uma medição n=1, ou duas n=2, pode-se importar o Desvio Padrão Experimental. Isto vale para casos onde um grande número m de medidas tenham sido feitas anteriormente numa situação que representa o mesmo processo de medição. remesp.org.br | (11) 95708-4486 29 Teorema do Limite Central (exercício do dado) remesp.org.br | (11) 95708-4486 30 Avaliação da Incerteza Padrão Tipo B É toda aquela obtida por outros meios que não a análise estatística de uma série de observações remesp.org.br | (11) 95708-4486 31 Avaliação da Incerteza Padrão Tipo B remesp.org.br | (11) 95708-4486 32 Avaliação da Incerteza Padrão Tipo B INCERTEZA mencionada em certificados Nestes casos a incerteza padrão é dada pela expressão: remesp.org.br | (11) 95708-4486 33 Graus de Liberdade A estatística denota por “ν” o número de graus de liberdade associado à determinação do desvio padrão. O número de graus de liberdade “ν” é calculado, baseado no número total de amostras (n) usados para estimar o desvio padrão experimental menos um, isto é: ν = n - 1 remesp.org.br | (11) 95708-4486 34 Distribuição Normal Foi desenvolvida pelo matemático francês Abraham de Moivre. Suas características fundamentais são a média e o desvio padrão. Num conjunto de dados obtidos por medição, muitas vezes os valores tendem a ficar mais próximos da média, do que afastados dela. Este comportamento é típico de uma distribuição normal ou Gaussiana. Sendo assim, a distribuição normal é a distribuição de valores numa forma característica de dispersão (curva Gaussiana) na qual os valores mais prováveis caem mais perto da média do que longe dela. A média refere-se ao centro da distribuição e o desvio padrão ao espalhamento da curva. A distribuição normal é simétrica em torno da média. remesp.org.br | (11) 95708-4486 35 Distribuição t Student Características: Contínua Simétrica Varia de -∞ até +∞ Desvio padrão de acordo com n t é mais achatada no centro e mais espalhada nas caudas do que a distribuição normal O uso da estatística t pressupõe que a variável observacional tenha, na população (de onde foi colhida amostra), distribuição normal. À medida que n cresce, a distribuição t tende a distribuição normal. (A aproximação entre t e normal começa a ficar “boa” a partir de n ≥30.) remesp.org.br | (11) 95708-4486 36 Probabilidade de Abrangência ou Nível de Confiança As probabilidades de abrangência mais utilizadas em metrologia. Ex.: O resultado na medição da massa de uma amostra é (360,0 ± 3,5) g para uma probabilidade de abrangência de aproximadamente 95,45%. Significa que a massa da amostra está dentro do intervalo de 356,5 a 363,5 g com 95,45% de probabilidade. Ainda existe 4,55% de probabilidade de que o valor da massa caia fora deste intervalo. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Distribuição Retangular ”Quando não existem informações suficientes disponíveis para supor a forma da distribuição de probabilidade de determinada grandeza, assume-se distribuição retangular por questão de segurança”. (ISO GUM) 2a (=±a) Distribuição Formato: Usar quando: Um certificado ou outra especificação dá limites sem especificar um nível de confiança. É feita uma estimativa sob a forma de uma faixa máxima (± a) sem se ter conhecimento do formato da distribuição. Ex.: - Resolução do instrumento de medição - Outras componentes de incertezas cuja distribuição de Probabilidade não são conhecidas. remesp.org.br | (11) 95708-4486 38 Distribuição Triangular Distribuição triangular Usar quando: Valores próximos de x são mais prováveis do que próximos dos limites. É feita uma estimativa sob a forma de uma faixa máxima (± a) descrita por uma distribuição simétrica. remesp.org.br | (11) 95708-4486 39 Exercício Distribuição de Probabilidade Normal remesp.org.br | (11) 95708-4486 Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza. Medição (VIM 2.1) remesp.org.br | (11) 95708-4486 41 Componentes da Incerteza (Variáveis) ATENÇÃO Toda medição esta sujeita a diversas influências, que originam erro no resultado de uma medição remesp.org.br | (11) 95708-4486 42 Indicação e Erro de Indicação Indicação (de um instrumentos de medição) (VIM 3.2): Valor de uma grandeza fornecido por um instrumento de medição. Erro de indicação (de um instrumentos de medição) (VIM 5.20): Indicação de um instrumento de medição menos um valor verdadeiro de grandeza de entrada correspondente. EI = I - VVC remesp.org.br | (11) 95708-4486 43 Resultado de uma Medição Valor atribuído a um mensurando obtido por medição. Observações: 1) Quando um resultado é dado, deve-se indicar claramente se ele se refere: -à indicação; -ao resultado não corrigido; -ao resultado corrigido; -e se corresponde ao valor médio de várias medições. 2) Uma expressão completa do resultado de uma medição inclui informações sobre a incerteza da medição. RM = RC ± U95% remesp.org.br | (11) 95708-4486 44 Correção A correção é igual ao erro, porém com sinal trocado, ou seja: C = - E remesp.org.br | (11) 95708-4486 45 Correção do Erro Sistemático O objetivo de se determinar o erro de uma medição, consiste no fato de que este resultado é usado para corrigir o valor desta medição. remesp.org.br | (11) 95708-4486 É O ERRO SISTEMÁTICO DA INDICAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO Tendência (Td) de um instrumento de medição é normalmente estimada pela média dos erros de indicação de um número apropriado de medições repetidas. Td = Média das medições do Instrumento (Indicação) – Média das medições do Padrão (VVC) Tendência de um Instrumento de Medição (VIM 5.12) remesp.org.br | (11) 95708-4486 Exercício Deriva com a Temperatura remesp.org.br | (11) 95708-4486 Resolução (VIM 5.12) Menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida. Para dispositivo mostrador digital, é a variação na indicação quando o dígito menos significativo varia de uma unidade. Este conceito também se aplica a um dispositivo registrador. Incerteza da Resolução *ures = (menor divisão)/2 *O divisor poderá ser outro em razão do método utilizado em cada medição. Como por exemplo, quando usado uma lupa gradual. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Estabilidade (VIM 5.14) Aptidão de um instrumento de medição em conservar constantes suas características metrológicas ao longo do tempo. Observações: 1) Quando a estabilidade for estabelecida em relação a uma outra grandeza que não o tempo, isto deve ser explicitamente mencionado. 2) A estabilidadepode ser quantificada de várias maneiras, por exemplo: pelo tempo no qual a característica metrológica varia de um valor determinado; ou em termos da variação de uma característica em um determinado período de tempo. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Estabilidade (VIM 5.14) Geralmente utiliza-se cartas de controle (média e amplitude) para avaliar a estabilidade do processo de medição com o tempo. remesp.org.br | (11) 95708-4486 51 Desvio de Linearidade A curva do desvio de linearidade tipicamente tem a forma de um S. Os fabricantes geralmente especificam o máximo desvio de linearidade. (Exemplo: ± 1g) remesp.org.br | (11) 95708-4486 52 Histerese (H) Histerese ocorre quando há diferença entre a indicação para um dado valor do mensurado quando este foi atingido por valores crescentes e a indicação quando o mensurado é atingido por valores decrescentes. A Histerese é um fenômeno bastante típico nos instrumentos mecânicos, tendo como causas, principalmente, folgas e deformações associadas ao atrito. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Repetitividade das Medições (VIM 3.6) Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição. 1 – Estas condições são denominadas condições de repetitividade. 2 – Condições de repetitividade incluem: mesmo procedimento de medição; mesmo observador; mesmo instrumento de medição, utilizando nas mesmas condições; mesmo local; repetição em curto espaço de tempo. 3 – Repetitividade pode ser expressa quantitativamente em função das características da dispersão dos resultados. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Reprodutibilidade das Medições (VIM 3.7) Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob condições variadas de medição. Observações: 1 – para que uma expressão de reprodutibilidade seja válida, é necessário que seja especificadas as condições alteradas, sendo que as condições alteradas podem incluir: princípio de medição; método de medição; observador; instrumento de medição; padrão de referência; local. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Determinação do “k” Corrigido 1- Usar a equação de WELCH SATTETHRWAITE para calcular os graus de liberdade efetivos (υeff) associados a Incerteza Combinada. 2- Com o υeff calculado da Tabela de Coeficientes de Student, selecionar o coeficiente correspondente ao nível de confiança de 95,45%. Obs.: Pode-se obter valores estimados do Fator de Abrangência (k) pela expressão remesp.org.br | (11) 95708-4486 56 Tabela dos Coeficientes de Student Valores de t=f(ν) probabilidade de abrangência de 95,45%. ν = n-1 ν: graus de liberdade n: número de repetições t: coeficiente de Student (t=k) ν ou νeff 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 k 13,97 4,53 3,31 2,87 2,65 2,52 2,43 2,37 2,32 2,28 ν ou νeff 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 K 2,25 2,23 2,21 2,20 2,18 2,17 2,16 2,15 2,14 2,13 ν ou νeff 25 30 35 40 45 50 100 ∞ k 2,11 2,09 2,07 2,06 2,06 2,05 2,025 remesp.org.br | (11) 95708-4486 57 Probabilidade de Abrangência Uma declaração típica do significado de probabilidade de abrangência (nível de confiança): “A incerteza apresentada foi obtida através da multiplicação da incerteza padrão combinada pelo fator de abrangência k=____, proporcionando uma probabilidade de abrangência de aproximadamente 95%” remesp.org.br | (11) 95708-4486 Incerteza da Medição (VIM 3.9) Parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que caracteriza dispersão dos valores que podem ser fundamentalmente atribuídos a um mensurado. Obs.: O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou um múltiplo dele), ou a metade de um intervalo correspondente a um nível de confiança estabelecido; A incerteza de medição compreende, em geral, muitos componentes. Alguns destes componentes podem ser estimados com base na distribuição estatística dos resultados das séries de medições e podem ser caracterizados por desvios padrão experimentais. Os outros componentes, que também podem ser caracterizados por desvios padrão, são avaliados por meio de distribuição de probabilidade assumidas baseadas na experiência ou em outras informações; Entende-se que o resultado da medição é a melhor estimativa do valor do mensurado e que todos os componentes da incerteza, incluindo aqueles resultantes dos efeitos sistemáticos, como os componentes associados com correções e padrões de referência, contribuem para a dispersão. remesp.org.br | (11) 95708-4486 59 Incerteza da Medição (U) Benefícios Mede a qualidade de um resultado usuários podem escolher a relação custo/qualidade apropriado laboratórios podem escolher o melhor método, otimizando também o equilíbrio entre custo e qualidade. Torna mais eficiente o uso de um resultado apresentação correta do resultado, com um número adequado de algarismos significativos, evidenciando sua credibilidade; melhor interpretação dos resultados, levando em conta sua incerteza. Permite efetiva comparação entre resultados de diferentes laboratórios (na indústria e na intercomparação) no laboratório (coerência interna - auditorias) com valores de referência de normas ou especificações (para, p.ex., análise de conformidade) Permite identificar pontos fracos e críticos nos métodos, possibilitando (quando viável) a melhoria dos mesmos remesp.org.br | (11) 95708-4486 Incerteza da Medição (VIM 3.9) remesp.org.br | (11) 95708-4486 61 Grandeza de Influência (VIM 2.7) Grandeza que não é o mensurado mas que afeta o resultado da medição deste. Ex.: A temperatura de um micrômetro usado na medição de um comprimento. A frequência na medição da amplitude de uma diferença de potencial em corrente alternada. remesp.org.br | (11) 95708-4486 62 Efeito da Temperatura na Indicação do Instrumento Se a temperatura (1) no momento da medição aumenta ou diminui com o tempo, a tendência (2) do instrumento passa a aumentar ou a diminuir. Alguns instrumentos fazem compensação automática do efeito da temperatura sobre a tendência evitando que o instrumento passe a medir com erros acima do Erro Máximo Admissível (3). remesp.org.br | (11) 95708-4486 63 Incerteza Padrão Combinada A determinação da incerteza padrão combinada (uc) é obtida como sendo a raiz quadrada positiva da soma quadrática das diversas incertezas padrão (ui), não correlacionadas, envolvidas no processo de medição. Para grandezas correlacionadas temos: uc=u1+u2+u3+...+un remesp.org.br | (11) 95708-4486 64 Incerteza Expandida (U) É aquela que define um intervalo em torno do resultado de uma medição, que pode ser razoavelmente atribuído ao mensurando. remesp.org.br | (11) 95708-4486 65 Incerteza Expandida (U) A incerteza expandida é obtida pela multiplicação do fator de abrangência (k) pela incerteza padrão combinada (uc). Up=k.uc FATOR DE ABRANGÊNCIA (k) Fator numérico usado como multiplicador da incerteza padrão combinada, de modo a obter a incerteza expandida. A Distribuição de Probabilidade da U é aproximadamente NORMAL. O menor valor do FATOR DE ABRANGÊNCIA (k) é: k=2 - para nível de confiança de aproximadamente 95% k=3 - para nível de confiança de aproximadamente 99% remesp.org.br | (11) 95708-4486 Arredondamento da Incerteza Expandida (U) Deve-se arredondar o resultado encontrado na incerteza expandida (U) para o mesmo número de algarismos do mensurando e verificar qual o percentual do resíduo. Caso o resíduo seja ≥5% devemos acrescentar um digito no último algarismo, caso seja ≤4,99% devemos simplesmente eliminar o resíduo. Exemplo para um Mensurando com Resolução igual a 0,01bar: Resultado da Incerteza Expandida é U = 0,098561bar Resíduo = 0,008561, equivalente a 8,7% Portanto, resultado final da U = 0,10bar remesp.org.br | (11) 95708-4486 Exercício Arredondamento da Incerteza Expandida (U) remesp.org.br | (11) 95708-4486 O Processo de Avaliaçãoda Incerteza remesp.org.br | (11) 95708-4486 69 Exercício 1 Cálculo de Incerteza Completo remesp.org.br | (11) 95708-4486 Rastreabilidade (VIM 6.10) Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão estar relacionado a referências estabelecidas, geralmente padrões nacionais ou internacionais, através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas estabelecidas. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Deriva com a Temperatura remesp.org.br | (11) 95708-4486 72 Deriva com a Temperatura remesp.org.br | (11) 95708-4486 73 Exercício 2 Cálculo de Incerteza Completo remesp.org.br | (11) 95708-4486 Manômetro TEMPERATURA: A temperatura do ambiente de trabalho deverá situar-se entre 18ºC e 25ºC. Abaixo ou acima desses limites a indicação da pressão pode não ser confiável. remesp.org.br | (11) 95708-4486 75 Condições de Referência Condições de uso prescritas para ensaio de desempenho de um instrumento de medição ou para intercomparação de resultados de medições (VIM 5.7). As condições de referência geralmente incluem os valores de referência ou as faixas de referência para as grandezas de influência que afetam o instrumento de medição. Ex.: Condições ambientais durante a calibração: Temperatura: (20 ± 2)ºC Umidade relativa ao ar: (50 ± 10)% remesp.org.br | (11) 95708-4486 Erros Máximos Admissíveis e Faixa de Medição Erros Máximos Admissíveis (VIM 5.21): Valores extremos de um erro admissível por especificações, regulamentos, etc., para um dado instrumento de medição. Faixa de Medição (VIM 5.4): Conjunto de valores de um mensurado para o qual admite-se que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro dos limites especificados. remesp.org.br | (11) 95708-4486 77 Erros X Incerteza É importante não confundir os termos “erro” e “incerteza”. Erro é a diferença entre o valor medido e o “valor verdadeiro convencional” do mensurado. Incerteza é a quantificação da dúvida sobre o resultado da medição. Sempre que possível nós devemos corrigir todos os erros conhecidos: por exemplo, aplicando as correções apresentadas nos certificados de calibração. Qualquer erro cujo valor nós conhecemos e não corrigimos é uma fonte de incerteza. remesp.org.br | (11) 95708-4486 78 Especificações Técnicas MANUAL DE INSTRUÇÕES DE UM TERMÔMETRO Sensing Range: -50 to 100°C (-58 to 212°F). Accuracy: ±0,56°C (1,0°F) over sensing range (includes linearity, hysteresis, repeatability). Ambient Temperature Effects per 28°C (50°F): ±0,50°C (0,90°F) for process temperatures from -40 to 100°C (-40 to 212°F). remesp.org.br | (11) 95708-4486 79 Especificações de Instrumentos ESPECIFICAÇÃO DEFINE A QUALIDADE DO INSTRUMENTO, QUE É UM CONCEITO SUBJETIVO, PORTANTO A ESPECIFICAÇÃO TENDE A MOSTRAR SOMENTE O QUE O INSTRUMENTO TEM DE BOM. remesp.org.br | (11) 95708-4486 80 Especificações de Instrumentos BOAS ESPECIFICAÇÕES POSSUEM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS: Fornecem informações suficientes e completas que, permite ao usuário determinar antecipadamente os limites de desempenho para todas as saídas e/ou entradas; São fáceis de interpretar e de usar; Definem os efeitos do ambientes e de carga. remesp.org.br | (11) 95708-4486 Calibração (VIM 6.1) CALIBRAÇÃO: Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. remesp.org.br | (11) 95708-4486 82 Incerteza do Resultado de Medição Resultado Medido remesp.org.br | (11) 95708-4486 83 Exercício 3 Cálculo de Incerteza Completo remesp.org.br | (11) 95708-4486 Daniel Juliano danieljuliano.atto@gmail.com.br (11) 98138-1364 ENTRE EM CONTATO remesp.org.br | (11) 95708-4486 image2.png image3.png image4.jpg image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image52.png image53.png image55.png image56.png image57.png image58.png image50.png image51.png image16.png image59.png image60.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.jpg image24.png image25.png image26.jpg image27.jpg image28.jpg image29.jpg image30.jpg image31.jpg image32.jpg image33.jpg image34.jpg image35.jpg image36.jpg image37.png image38.jpg image39.png image40.png image41.jpg image42.jpg image43.jpg image44.jpg image45.jpg image46.png image1.png