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Journal of Specialist 
 Scientific Journal – ISSN:2595-6256 
 Nº 4, volume 4, article nº 7, Out/Dez 2018 
 D.O.I: http://dx.doi.org/XXXXXX/XXXX-XXXX/XXXXXX 
 Accepted: 20/03/2019 Published: 01/04/2018 
 
 
The Learning Difficulties in Person with Autism and the Contributions of the Applied 
Behavior Analysis-ABA 
As Dificuldades de Aprendizagem em Pessoa com Autismo e as Contribuições da 
Análise do Comportamento Aplicada-ABA. 
 
 Rosana do S. Pinheiro Matos1 
Graduada em Serviço Social e Psicologia pela 
 Universidade Federal do Pará – UFPA 
Abstract 
It is noticeable how much the number of autistic identified in Brazil has grown, and 
with this comes up some questions such as: how can a person with autism learn? Is 
there an effective way to teach? In order to cope with this disorder that seriously 
impairs learning, much research has been done to find ways to intervene in the 
behavioral, social and academic development of people with autism. In view of this, 
three questions are raised that are considered relevant to the study of this research: 
What are the principles of behavioral psychology, directly linked to learning that can 
contribute to interventions in people with autism? What are the limitations that make 
autistic learning difficult? How can ABA contribute to the development of learning for 
people with autism? A literature review was conducted investigating studies that dealt 
with Autism Spectrum Disorder related to learning as well as the contributions that 
the Applied Behavior Analysis offers to the learning process of the person with 
autism. 
Keywords: Autism, learning, behavioral theories and Applied Behavior Analysis. 
 
Resumo 
É perceptível o quanto cresceu o número de autista identificados no Brasil, e com 
isso vem à tona alguns questionamentos como, por exemplo: como uma pessoa 
 
 
Journal of Specialist v.4, n.4, p.1-20, Out-Dez, 2018 
 
1 Pós graduanda em Transtorno do Espectro Autismo pela Faculdade Ciência e Conhecimento- FCC, 
Belém, 2019. 
 
 
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com autismo pode aprender? Existe forma eficaz de ensinar? Para fazer o 
enfrentamento desse transtorno que prejudica seriamente o aprendizado, muitas 
pesquisas foram realizadas buscando formas de intervir no desenvolvimento 
comportamental, social e acadêmico das pessoas com autismo. Em vista disso, 
levantam-se três questões que são consideradas relevantes para o estudo desta 
pesquisa: Quais os princípios da Psicologia comportamental, diretamente ligados à 
aprendizagem que podem contribuir com as intervenções em pessoas com autismo? 
Quais as limitações que dificultam a aprendizagem no autista? Como a ABA pode 
contribuir com o desenvolvimento da aprendizagem da pessoa com autismo? 
Realizou-se uma pesquisa bibliográfica investigando estudos que abordassem sobre 
o Transtorno do Espectro Autismo-TEA relacionados à aprendizagem, bem como as 
contribuições que a Análise do Comportamento Aplicada oferece para o processo de 
aprendizagem da pessoa com autismo. 
 
Palavras-chave: Autismo, aprendizagem, teorias comportamentais e Análise do 
Comportamento Aplicada. 
 
 
 
1- Introdução 
É perceptível o quanto cresceu o número de autista identificados no Brasil, e 
com isso vem à tona alguns questionamentos como, por exemplo: como uma 
pessoa com autismo pode aprender? Existe forma eficaz de ensinar? Partindo 
destas perguntas convém buscarmos saber do que se está lançando mão para a 
obtenção da aprendizagem da pessoa com autismo. 
Quando se busca a gênese da história do autismo observa-se que esta 
síndrome foi descrita pela primeira vez em 1943, pelo pesquisador austríaco, Leo 
Kanner (Cunha, 2012). Segundo Lowenthal e Mercadante (2009), Leo Kanner fez 
um estudo com onze crianças entre 02 e 11 anos que aparentavam ter o mesmo 
quadro patológico ao qual ele chamou de “distúrbio autístico do contato afetivo” (p. 
35), cuja característica principal, era a incapacidade de interagir com as pessoas de 
maneira comum desde a primeira infância. 
Hoje se percebe que este transtorno do neurodesenvolvimento tem sido muito 
diagnosticado. Muszkat, Araripe, Andrade, Muñoz & Mello (2014), sinalizam para os 
dados da OMS citados pela United Nations-UN que aponta a existência de cerca de 
70 milhões de pessoas com autismo clássico no mundo inteiro. Oliveira (2015), 
sinaliza para os dados da CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão 
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ligado ao governo dos Estados Unidos, que afirmam que existe hoje um caso de 
autismo a cada 110 pessoas naquele País. Ainda de acordo com a autora, estima-se 
que o Brasil tenha cerca de dois milhões de autistas com mais de 300 mil 
ocorrências só no Estado de São Paulo. Diante deste número crescente da 
população de pessoas com autismo, os pais e profissionais ligados às várias áreas 
das ciências têm buscado maneiras de lidar com essa síndrome que de acordo com 
o DSM-5 (2014), afeta a comunicação social e a interação social em múltiplos 
contextos, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento. 
Para fazer o enfrentamento desse transtorno que prejudica seriamente o 
aprendizado, muitas pesquisas foram realizadas buscando formas de intervir no 
desenvolvimento comportamental, social e acadêmico das pessoas com autismo. 
Nesta busca surge uma ciência e tecnologia estruturada a partir da Análise do 
Comportamento conhecida no Brasil como ABA (do inglês, Applied Behavior 
Analysis) - Análise do Comportamento Aplicada. A ABA segue os princípios da 
Psicologia comportamental de Skinner, segundo o qual, “Na perspectiva do 
condicionamento operante, os comportamentos são aprendidos no processo de 
interação entre o indivíduo e seu ambiente físico e social” (Skinner, 1953 citado por 
Camargo e Rispoli, 2013, p. 641). 
Em vista disso, levantam-se três questões que são consideradas relevantes 
para o estudo desta pesquisa: Quais os princípios da Psicologia comportamental, 
diretamente ligados à aprendizagem que podem contribuir com as intervenções em 
pessoas com autismo? Quais as limitações que dificultam a aprendizagem no 
autista? Como a ABA pode contribuir com o desenvolvimento da aprendizagem da 
pessoa com autismo? 
 
2- Revisão da literatura 
Buscando responder aos questionamentos citados acima, inicialmente será 
abordado sobre a análise comportamental desenvolvida por Skinner que embasa 
todo o trabalho de intervenção da ABA. Posteriormente serão apontadas as 
características ligadas ao autismo que dificultam a aprendizagem e finalizando, será 
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descrito de forma breve o trabalho do analista do comportamento frente a esse 
transtorno. 
 
Os processos de aprendizagem sob o ponto de vista da teoria comportamental 
e Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). 
Segundo Ostermann e Cavalcante (2011 p.12), “Skinner foi o teórico 
behaviorista que mais influenciou o entendimento do processo ensino aprendizagem 
e a prática escolar”. 
Skinner fez um estudo amplo sobre a relação entre ambiente e 
comportamento no processo de aprendizagem e para isso propôs o modelo de 
seleção por consequências. A teoria da aprendizagem de Skinner é também 
conhecida como condicionamentooperante através do qual a frequência de um 
comportamento aumenta ou diminui pelas consequências que o comportamento 
produz. (Bee e Boyd, 2010). 
No comportamento operante “o indivíduo atua, faz, age, opera sobre o 
ambiente, modificando-o e sendo por ele modificado. Para haver seleção de 
comportamentos o organismo tem que se comportar”. (Rodrigues,2012 p. 39). Ou 
seja, se diante de um estímulo, num determinado ambiente, um organismo se 
comporta e é reforçado positivamente, então a probabilidade do mesmo 
comportamento ocorrer no mesmo contexto será aumentada. Entretanto, se num 
determinado contexto um comportamento nunca for reforçado, ou for reforçado 
negativamente, então a probabilidade do comportamento extinguir é aumentada. 
Filho, Ponce e Almeida (2009), sinalizam que a teoria de Skinner propõe a existência 
do reforço positivo que fortalece o comportamento que o procede e o reforço 
negativo que fortalece a resposta de remover o comportamento que o precede. 
Somente quando se começa a relacionar os aspectos do comportamento com os do 
meio ambiente é que há de fato condições de se compreender o ser 
 
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humano. Para a teoria Skinneriana, o ambiente afeta um organismo depois, 
bem como antes, de esse organismo responder e, além disso, ao estímulo e à 
resposta sempre se acrescenta a consequência. Isso quer dizer que uma 
resposta comportamental reforçada numa determinada ocasião tem maior 
probabilidade de ocorrer numa outra ocasião semelhante, isso em 
decorrência do fenômeno da generalização que os seres humanos 
conseguem implementar quando das suas relações com o ambiente (físico e 
social).(Filho, Ponce, Almeida, 2009, pg. 29). 
 
De acordo com Hübner (2012), nesta relação entre organismo e ambiente, é 
importante especificar três aspectos: o momento em que a resposta ocorre; a 
resposta dada, e as consequências dessa resposta. As inter-relações entre elas são 
chamadas de contingências de reforço que é o objeto de análise de um behaviorista 
skinneriano. 
É importante sinalizar que o ambiente, para Skinner, “inclui todos os conjuntos 
de condições e circunstâncias que afetam o comportamento, não importando se tais 
condições estão dentro ou fora da pele”. (Rodrigues, 2012, p.39). Com isso Skinner 
também realizou estudos com os comportamentos que não são diretamente 
observáveis, mas que também são influenciados pelo ambiente. 
Para o behaviorismo radical, aquilo que pensamos ou sentimos não é a causa 
iniciadora do nosso comportamento. Não choramos por estarmos tristes, nós 
choramos e ficamos tristes, provavelmente, porque algo aconteceu. Não 
dançamos por estamos alegres, dançamos e também ficamos alegres porque 
sentimento e ação pública estão inseridos em um contexto mais abrangente. 
Quaisquer eventos encobertos (pensamentos, sentimentos e outros) são 
vistos como fenômeno a ser explicado e não são tomados como ‘a’ 
explicação. (Rodrigues, 2012, p. 44) 
Skinner também desenvolveu sua teoria sobre comportamento verbal que 
segundo Zilio (2010), as respostas verbais não geram consequências diretas no 
ambiente como ocorre no comportamento operante, mas ocorre de maneira indireta 
através do ouvinte. Para melhor entendimento (Soares 2105, p. 13), exemplifica: 
“para que um inglês possa ser compreendido (tendo assim seu comportamento 
verbal reforçado) é necessário que aquele que ouve e interage com ele tenha sido 
treinado para fortalecer este comportamento”. 
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De acordo com Soares (2015), para Skinner o comportamento (público ou 
privado) é produto de três níveis de variação e seleção: filogênese, ontogênese e 
cultura. 
1. História filogenética que delineia em milhões de anos, os reflexos e os 
padrões comportamentais inatos típicos das espécies. (Skinner 1981/2007 
como citado em Soares, 2015) sinaliza que neste nível são selecionadas as 
características que aumentam as chances de sobrevivência e reprodução de 
uma espécie. 
2. História ontogenética é a história de vida dos indivíduos desde que nascem. 
Desta forma, sobre os reflexos e padrões típicos da espécie surgem os 
comportamentos operantes que à medida que vão interagindo com o mundo, 
o modificam e são modificados pelas consequências que produzem. 
3. A história cultural e das práticas culturais, constituídas pela sociedade ao 
longo de milhares de anos. 
Ao nascer, o ser humano apresenta qualidades biológicas inatas essenciais 
para agir no ambiente. Inicialmente lança mão do condicionamento 
respondente, que é decorrente dos reflexos orgânicos de que dispõe desde o 
nascimento. Além de responder naturalmente, o ser humano também opera 
no ambiente a partir de condicionamentos operantes desenvolvidos nas suas 
relações físicas, materiais e sensíveis com o mundo, processos esses 
relacionados aos comportamentos voluntários humanos. (Filho; Ponce; 
Almeida, 2009, p. 29). 
Segundo Henklain e Carmo (2013), o Behaviorismo Radical adota os 
seguintes pressupostos: 
(a) o comportamento humano está submetido a leis universais, mas cada 
pessoa é singular na exata medida em que possui uma dotação genética 
específica e uma história idiossincrática de aprendizagem no contexto de 
uma determinada cultura; 
(b) o comportamento humano pode ser conhecido e explicado; não se trata 
de um fenômeno espontâneo ou desordenado; 
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(c) o comportamento humano é uma relação: ele constrói o mundo à sua 
volta e, nesse processo, também está se construindo, pois, as 
consequências (mudanças produzidas no mundo) de seu comportamento o 
alteram como um todo. 
Transtorno do Espectro do Autismo-TEA e suas especificidades que dificultam 
a aprendizagem. 
A classificação recente do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos 
mentais DSM 5 (2014), passa a agregar o autismo, a síndrome de Asperger, o 
transtorno desintegrativo e o transtorno global do desenvolvimento em uma única 
categoria: Transtorno do Espectro do Autismo-TEA. Na tabela 1 são apresentados 
os níveis de gravidade, segundo esse manual, com dois grupos de sintomas 
característicos. 
 
Nível de 
gravidade 
Comunicação social. Comportamentos restritos e 
repetitivos. 
Nível 3 
“Exigindo 
apoio 
muito 
substanci
al”. 
 
 
 
Nível 2 
“Exigindo 
apoio 
substanci
al”. 
 
 
 
 
 
Déficits graves nas habilidades de comunicação social 
verbal e não verbal causam prejuízos graves de 
funcionamento, grande limitação em dar início a 
interações sociais e resposta mínima a aberturas sociais 
que partem de outros. Por exemplo, uma pessoa com 
fala inteligível de poucas palavras que raramente inicia 
as interações e, quando o faz, tem abordagens 
incomuns apenas para satisfazer a necessidades e 
reage somente a abordagens sociais muito diretas. 
 
 
Déficits graves nas habilidades de comunicação social 
verbal e não verbal; prejuízos sociais aparentes mesmo 
na presença de apoio; limitação em dar início a 
interações sociais e resposta reduzida ou anormal a 
aberturas sociais que partem de outros. Por exemplo, 
uma pessoa que fala frases simples, cuja interação se 
limita a interesses especiais reduzidos e que apresenta 
comunicação não verbal acentuadamente estranha. 
 
 
 
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Inflexibilidade de 
comportamento, extrema 
dificuldade em lidar com a 
mudança ou outros 
comportamentos 
restritos/repetitivos interferem 
acentuadamente no 
funcionamento em todas as 
esferas. Grande 
sofrimento/dificuldade para 
mudar o foco ou as ações. 
 
Inflexibilidade do 
comportamento, dificuldade 
de lidar com a mudança ou 
outros comportamentos 
restritos/repetitivos aparecem 
com frequência suficiente 
para serem óbvios ao 
observador casual e 
interferem no funcionamento 
em uma variedade de 
contextos. Sofrimento e/ou 
dificuldade de mudar o foco 
ou as ações. 
 
 Tabela 1- Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. (DSM-5 p. 52). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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De acordo Cunha (2012), o autismo pode surgir nos primeiros meses de vida, 
entretanto, a percepção dessa síndrome pode se dar a partir dos três anos através 
dos seguintes sinais: uso insatisfatório de sinais sociais, emocionais, de 
comunicação, falta de reciprocidade afetiva. Apresentam limitação na comunicação 
não verbal, apresentam expressões gestuais inexistentes, utiliza a mão de um adulto 
para pegar um objeto, não aponta e nem faz gesto que expressem pedido. Tem 
dificuldade para responder a sinais visuais e tem dificuldade de se expressar por 
meio de mímicas. 
Dourado (2011) aponta que a habilidade de atenção compartilhada é pré- 
requisito para o desenvolvimento da linguagem e das habilidades sociais. A criança 
autista, normalmente, não desenvolve adequadamente a atenção conjunta 
dificultando que algumas nem consigam desenvolver a linguagem oral. 
Pessoa com autismo podem apresentar alguns comportamentos típicos: 
movimentos serpentiformes e balanços das mãos, o andar nas pontas dos pés, 
rejeitam determinados sons, dificuldade de manter contato visual, rejeição ao ser 
tocado, preferência restrita por alimentos, estereotipias vocais, apego às rotinas, não 
brinca de forma funcional com determinados brinquedos, por exemplo; com um 
carrinho de brinquedo eles preferem ficar fazendo as rodas do carrinho girar, 
comportamentos agressivos, falta de interesse por jogos e brincadeiras, isolamento 
social, entre outros. 
 
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Nível 1 
“Exigindo 
apoio”. 
 
 
 
 
 
 
 
Na ausência de apoio, déficits na comunicação social 
causam prejuízos notáveis. Dificuldade para iniciar 
interações sociais e exemplos claros de respostas 
atípicas ou sem sucesso a aberturas sociais dos outros. 
Pode parecer apresentar interesse reduzido por 
interações sociais. Por exemplo, uma pessoa que 
consegue falar frases completas e envolver-se na 
comunicação, embora apresente falhas na conversação 
com os outros e cujas tentativas de fazer amizades são 
estranhas e comumente malsucedidas. 
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Inflexibilidade de 
comportamento causa 
interferência significativa no 
funcionamento em um ou 
mais contextos. Dificuldade 
em trocar de atividade. 
Problemas para organização 
e planejamento são 
obstáculos à independência. 
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Gómes e Terán (2014) sinalizam para as áreas onde as pessoas com autismo 
têm uma habilidade normal ou mesmo extraordinárias: habilidade para desenhar, 
aritmética, memória, habilidade musical, cálculos de datas e calendários e 
entonação musical perfeita. 
Para a Associação Dar Resposta (2014), muitas crianças têm competências 
cognitivas normais, no entanto, apresentam dificuldades nas competências sociais e 
de linguagem. A maioria das pessoas com autismo desenvolve a fala e aprende a se 
comunicar. 
Martins (2011), também aponta alguns sintomas comportamentais: os 
sintomas sociais e comunicativos podem ser observados durante o primeiro ano em 
comportamentos como o contacto visual, a orientação pelo nome ou a reciprocidade 
social e emocional. As crianças autistas não desenvolvem interação social com os 
pais. Apresenta ausência de sorriso social, ausência de reação às carícias e 
ausência de uma postura antecipatória para serem seguradas quando um adulto se 
aproxima para pegá-las no colo. Esses são os primeiros sintomas notados. Segundo 
a autora a surdez é um dos principais diagnósticos diferenciais a ser investigados 
uma vez que estas crianças demonstram muitas vezes uma indiferença aos sons 
que as rodeiam ou ausência de reação/resposta à voz humana. 
Um aspecto importante no registro da reciprocidade social é a incapacidade 
de desenvolver empatia, uma vez que não conseguem deduzir os 
sentimentos ou estado mental daqueles à sua volta, o que os torna incapazes 
de interpretar ou responder adequadamente ao comportamento social dos 
outros. Os adolescentes/adultos com perturbação do espectro do autismo 
com funcionamento relativamente elevado podem desenvolver 
relacionamentos amorosos, mas deparam-se geralmente com dificuldades em 
responder aos interesses e emoções dos outros, surgindo também uma 
variedade de dificuldades sociais e reduzidas taxas de independência de vida 
ou de emprego. (Martins, 2011, p. 6) 
 
A Analise do Comportamento Aplicada- ABA: ciência e tecnologia na 
aprendizagem da pessoa com autismo. 
 
Para Martins (2011), uma prioridade na educação de crianças com autismo, 
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são as intervenções com a finalidade de desenvolver uma comunicação funcional. 
No Brasil um dos recursos que se tem lançado mão para a intervenção no 
aprendizado do autismo, é a análise do comportamento aplicada que segundo 
Guilhardi; Romano e Bagaiolo (2015), ABA é uma linha de atuação dentro da análise 
comportamental cujos conceitos teóricos e filosóficos são aplicados às necessidades 
e problemas específicos, como no caso, o autismo. Estes autores sinalizam que a 
ABA surgiu algumas décadas após Skinner iniciar seus estudos em psicologia 
comportamental na década de 1930. Inicialmente Skinner baseava suas pesquisas 
através da análise experimental de comportamento com sujeitos infra-humanos. 
Duas décadas depois as pesquisas passaram ser feitas com sujeitos humanos. 
Entre 1950 e 1960 a análise do comportamento passou a ser aplicada em pacientes 
institucionalizados (em manicômios, prisões e hospitais). 
ABA deve ser entendida enquanto campo do conhecimento como uma abordagem 
científica, tecnológica e profissional. Como uma abordagem científica, ABA busca 
avaliar, explicar e modificar comportamentos baseado nos princípios do 
condicionamento operante introduzidos por B.F. Skinner (Skinner, 1953 citado por 
Camargo e Rispoli, 2013). 
Baer e col (1968), citados por Gilhardi; Romano e Bagaiolo (2015), sugeriram 
que para garantir a cientificidade e a qualidade da ABA, os analistas do 
comportamento devem se orientar por sete dimensões nas suas intervenções: 
1- Aplicada para atender às necessidades do indivíduo e da sociedade. Para isso 
deve-se estudar o comportamento socialmente relevante. A intervenção deve ser 2- 
Conceitual seguindo os princípios e a filosofia do Behaviorismo Radical, estudando o 
comportamento como produto de eventos ambientais (dentro e fora da pele) e 
indicar procedimentos embasados nesse escopo teórico; os comportamentos em 
estudo devem ser identificados emedidos com precisão e confiabilidade, antes, 
durante e após a introdução dos procedimentos comportamentais. Assim atinge-se a 
dimensão de uma intervenção 3- Comportamental. A intervenção deve ser 4- 
Analítica apontando que a mudança comportamental foi produto dos procedimentos 
e programas comportamentais e não produto de outras variáveis espúrias (não 
controladas). A intervenção tem que ser 5- Efetiva, ou seja, deve produzir mudanças 
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comportamentais almejadas e produzir mudanças 6- Generalizadas, ou seja, que os 
novos padrões comportamentais sejam conservados no tempo, estejam em 
diferentes ambientes ou contextos e que novos comportamentos relacionados sejam 
desenvolvidos sem intervenção direta. Finalizando, a ABA tem que ser 7-
tecnológica, já que os procedimentos derivados do escopo teórico da análise do 
comportamento devem ser bem descritos e definidos, de maneira que outras 
pessoas que trabalham com a mudança comportamental possam utilizá-los de 
maneira fidedigna. 
A análise do comportamento aplicada ao autismo requer uma intervenção 
buscando o aprendizado principalmente nos grupos de sintomas característicos da 
síndrome: comunicação social e comportamentos restritos e repetitivos, além de 
outros comportamentos como birra, agressão, auto lesão, etc. 
Guihardi, Romano e Bagaiolo (2011), apontam que o analista do 
comportamento pode ajudar para a mudança de comportamento planejando 
contingências de aprendizagem em ambiente individualizado e protegido 
(consultório) e planejando o manejo de contingências em ambiente natural (escola). 
Inicialmente o analista do comportamento realiza uma avaliação abrangente 
das habilidades demonstradas pelo indivíduo, dos seus comportamentos 
inadequados e de sua capacidade de aprender. “A ênfase da avaliação é na 
descrição de como elementos do ambiente estão relacionados aos comportamentos 
exibidos pelo cliente, o que é chamado de análise funcional” (Cardoso, 2014). 
Segundo Guihardi, Romano e Bagaiolo (2011), focando nas habilidades pré 
acadêmicas e acadêmicas, é desenvolvido um currículo a partir dos dados da 
avaliação. Este currículo é composto por programas e cada programa descreve o 
procedimento de ensino que será executado para maximizar o comportamento alvo 
específico. A aplicação do programa é realizada por uma pessoa especialmente 
treinada para esse fim. Ressaltando que o currículo e o programa são 
individualizados e específicos para cada indivíduo, respeitando as peculiaridades do 
repertório comportamental de cada um. 
Segundo as mesmas autoras acima, com os dados e registros a partir da 
 
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avaliação dos repertórios da criança, identificam-se os comportamentos-alvo da 
intervenção: 1- comportamentos que estão em excesso ou comportamentos 
disruptivos que inviabilizam uma boa interação social e dificultam a aprendizagem de 
novos repertórios comportamentais, 2- comportamentos que precisam ser elevados 
ao máximo (contato visual, atenção compartilhada, brincar, pré-acadêmicos, 
acadêmicos, sociais, verbais e aqueles observados em atividades de vida diária). 
O desenvolvimento de novas habilidades ocorre por meio de procedimentos 
graduais de ensino, em que comportamentos complexos são divididos em 
suas partes componentes. Cada parte é ensinada individualmente e, após o 
estudante dominar todos os passos de ensino, o comportamento como um 
todo é sintetizado e generalizado (Cardoso,2014). 
Alguns tipos de procedimento de ensino da ABA elencados por Guihardi, 
Romano e Bagaiolo (2011). 
Reforçamento- por exemplo, a uma criança com dificuldade de contato visual 
é disponibilizado, após a emissão de cada contato visual, um evento supostamente 
reforçador a mesma (acesso ao desenho da televisão-estímulo reforçador). Se em 
circunstâncias posteriores observar-se um aumento na frequência do contato visual, 
então, é possível dizer que esse comportamento de estabelecer o contato visual 
está sendo reforçado e que a consequência usada (o desenho da televisão) está 
desempenhando a função de estímulo reforçador para aquela resposta da criança. 
Pareamento de estímulos- consiste em parear estímulos ambientais que 
funcionam como estímulos reforçadores para o indivíduo com estímulos novos (sem 
relevância para o indivíduo). Como no exemplo a cima, suponhamos que a criança 
tenha maximizado seu contato visual através do desenho da televisão (reforçador), 
então cada vez que for apresentado o desenho como reforçador, são apresentados 
concomitantemente outros estímulos, tais como elogios, brinquedos etc. Este é o 
procedimento de pareamento de estímulos. 
Modelagem- consiste em reforçar pequenas respostas que se aproximam 
topograficamente da resposta desejada. Por exemplo, se uma criança diagnosticada 
com autismo não emite pedido, como por exemplo, o uso da palavra “dá”; então 
podemos ir reforçando “tentativas” ou aproximações da resposta “dá”. Podemos 
reforçar apenas a emissão do som “a”, de forma que os sons emitidos pela criança 
fiquem cada vez mais próximos de “dá”. 
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Tentativa discreta- esse procedimento é frequentemente usado no ensino de 
programas pré-acadêmicos, verbais e acadêmicos em ambiente estruturado. A 
instrução varia de acordo com o comportamento que está sendo ensinado em cada 
programa: pode ser um movimento que a criança tem que imitar, ou um pedido (por 
exemplo: “por favor, pegue a bola”). Este procedimento é chamado de unidade de 
ensino ou, na literatura conceitual analítico-comportamental, contingência de três 
termos em que o terapeuta arranja os estímulos e faz um pedido (Sd), o estudante 
responde com ou sem ajuda (R) e é reforçado por seu sucesso (Sr). Geralmente, a 
tentativa discreta é realizada em contexto planejado. (Cardoso, 2014). 
O analista do comportamento planeja a realização das sessões de 
atendimento em mais de um local (por exemplo: no consultório, em um 
parque) de forma que comportamentos ensinados em um contexto possam 
também ocorrer em outros contextos. O analista do comportamento também 
planeja com os familiares e outras pessoas, situações cotidianas nas quais a 
criança deve ser encorajada a emitir as respostas ensinadas durante as 
sessões de intervenção comportamental. Se a criança aprendeu a imitar o 
comportamento do aplicador de bater palmas, ela deverá ser encorajada a 
imitar esse comportamento emitido por outras pessoas em momentos de 
“cantar parabéns” de festas de aniversário, em outras situações de 
comemoração, durante a música tocada na escola etc. (Guihardi, Romano e 
Bagaiolo, 2011, 59 ). 
 
3- Metodologia da pesquisa 
 
Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, cuja metodologia é qualitativa de 
revisão integrativa da literatura investigando estudos que abordassem sobre o 
Transtorno do Espectro Autismo-TEA relacionados à aprendizagem, bem como as 
contribuições que a Análise do Comportamento Aplicada oferece para o processo de 
aprendizagem da pessoa com autismo. Desta forma,o estudo buscou suporte em 
outros diferentes estudos que possibilitou tirar conclusões sobre o tema deste artigo. 
Na pesquisa foram utilizados livros, revistas eletrônicas, Biblioteca Virtual em 
Saúde (BVS) – sistema coordenado pelo Centro Latino Americano e do Caribe de 
Informação em Ciências da Saúde (BIREME) – que agrega em seu sistema várias 
bases de dados eletrônicas, entre as quais LILACS e SciELO. Para critérios de 
 
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inclusão foram selecionados os anos de publicação de 2009 a 2019 e como critério 
de exclusão não foram selecionados artigos que não tivessem como tema autismo e 
aprendizagem, além de excluir também, outras formas utilizadas no processo de 
aprendizagem dessas pessoas. 
Os descritores empregados foram: Autismo, aprendizagem, teorias 
comportamentais e Análise do Comportamento Aplicada. 
Para a seleção dos trabalhos, foi realizada, inicialmente, a leitura dos 
resumos e, confirmada sua relação com o objetivo deste estudo, deu-se a leitura 
completa dos achados. Os estudos que não apresentavam texto completo 
disponibilizado foram recuperados por meio do sistema de permuta entre bibliotecas. 
 
4- Resultados|discussão 
Com o objetivo de analisar os fatores envolvidos na aprendizagem da pessoa 
com autismo e as contribuições da Análise do Comportamento Aplicada, esta 
pesquisa bibliográfica resultou em um total de 25 referências sendo: 12 livros, 03 
teses, 01 manual, 01 revistas eletrônicas, 06 artigos de biblioteca virtual, 01 blog, 01 
guia para família após diagnóstico. Todas as referências foram utilizadas no 
trabalho. Segue abaixo a tabela com as referências utilizadas. 
Autor Ano Título Fonte 
Bee, H. & Boyd, 
D. 
2011 Teorias da aprendizagem. Livro: A criança em 
desenvolvimento (traduzido do 
inglês). 
Camargo, S. P. H. 
& Rispoli, M. 
2013 Análise do comportamento aplicada 
como intervenção para o autismo: 
definição, características e 
pressupostos filosóficos. 
http://www.ufsm.br/revistaeduca
caoespecial 
Cardoso, R. Y. 2014 A intervenção ABA direcionada ao 
autismo. 
anapaulahsj.blogspot.com/2014
/06/a-intervencao-aba-
direcionada-ao-autismo.html 
Cunha, E. 2012 Para conhecer e identificar o 
autismo. 
Comportamento autístico. 
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Out-Dez, 2018 
Livro: Autismo e inclusão: 
psicopedagogia práticas 
educativas na escola e na 
família 
 
 
Tabela 2- Principais características dos artigos analisados. 
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http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial
http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial
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Dar resposta. 2014 Perturbação do Espectro do Autismo: 
E agora? — Guia para as famílias 
após o diagnóstico. 
https://issuu.com/darresposta/d
ocs/guia_dar_ebo 
Dourado, F. 2011 O autismo no segundo ano de vida. Livro: Autismo e cérebro social 
Filho, I. A. T., 
Ponce, R. de F. & 
Almeida, S. H. V 
2009 As compreensões do humano para 
Skinner, Piaget, Vygotski e Wallon: 
pequena introdução às teorias e 
suas implicações na escola. 
pepsic.bvsalud.org/pdf/psie/n29
/n29a03.pdf 
Fonseca, V. 2014 Papel das funções cognitivas, 
conativas e executivas na 
aprendizagem: uma abordagem. 
neuropsicopedagógica.pepsic.b
vsalud.org/scielo.php?script=sci
_arttext&pid=S0103-
84862014000300002 
Giusta, A. S. 2013 Concepções de aprendizagem e 
práticas pedagógicas. 
www.scielo.br/scielo.php?pid=S
0102-
46982013000100003&script=sci
_arttext&tlng=es 
Goméz, A. M. S. 
& Terán, N.E. 
2014 O autismo e o desenvolvimento do 
individuo. 
Livro:Transtorno de 
aprendizagem e autismo. 
Guilhardi, C., 
Romano, C, 
Bagaiolo, L. 
2009 Análise Aplicada do Comportamento 
(ABA) 
Livro: Autismo e cérebro social. 
Guilhardi, C., 
Romano, C, 
Bagaiolo, L. 
2011 Análise Aplicada do 
Comportamento-ABA 
Livro: Transtorno do Espectro 
do Autismo 
Guilhardi, C., 
Romano, C, 
Bagaiolo, L. 
2015 Análise Aplicada do Comportamento 
-ABA 
 
https://grupogradual.com.br/w
p-
content/uploads/2015/07/
Artigo-Marcos-
Mercadante-
definitivo.pdf 
Henklain, H. O. & 
Carmo, M. J. S. 
2013 Contribuições da análise do 
comportamento à educação: um 
convite ao diálogo. 
http://www.scielo.br/pdf/cp/v43n
149/16.pdf 
Hübner, M. M. C. 2012 O Skinner que poucos conhecem: 
contribuições do autor para um 
mundo melhor, com ênfase na 
relação professor-aluno. 
Livro: Contribuições da análise 
do comportamento à prática 
educacional. 
Lowenthal, R. & 
Mercadante, M. T. 
2009 Historias e estórias Livro: Autismo e cérebro social. 
DSM-5 2014 Transtorno do Espectro Autista Livro : Manual diagnóstico e 
estatístico de transtornos 
mentais- DSM-5. 
Martins, A. L. F. 2011 Avaliação dos Distúrbios da 
Linguagem no Autismo Infantil 
Journal of Specialist v.4, n.4, p.15-20, 
Out-Dez, 2018 
http://hdl.handle.net/10400.6/96
3 Ubibiorum- Repositório digital 
da UBI. 
 
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http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982013000100003&script=sci_arttext&tlng=es
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982013000100003&script=sci_arttext&tlng=es
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982013000100003&script=sci_arttext&tlng=es
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982013000100003&script=sci_arttext&tlng=es
http://www.scielo.br/pdf/cp/v43n149/16.pdf
http://www.scielo.br/pdf/cp/v43n149/16.pdf
http://hdl.handle.net/10400.6/963
http://hdl.handle.net/10400.6/963
 
 
 
Journal of Specialist 16 de 20 
 
Muszkat. M, 
Araripe. B. L, 
Andrade, N. C, 
Muñoz, P. O. L & 
Mello. C. B. 
2014 Neuropsicologia do autismo. Livro: Neuropsicologia: teoria e 
prática. 
Oliveira, C. U. 2015 Um retrato do autismo no Brasil. www.usp.br/espacoaberto/?mat
eria=um-retrato-do-autismo-no-
brasil 
Ostermann, F. & 
Cavalcante, C. J. 
H. 
2010 Burrhus Frederic Skinner (1904-
1990). 
Livro: Teorias de Aprendizagem 
Rodrigues, M. E. 2012 Behaviorismo Radical, Análise do 
Comportamento e Educação: o que 
precisa ser conhecido? 
Livro: Contribuições da análise 
do comportamento à prática 
educacional. 
Soares, C. C. C. 2015 Aquisição do Repertório de Tato 
Discriminado de Eventos Privados: 
Desafios na Análise Comportamental 
Clínica. 
https://ibac.com.br/wp-
content/uploads/2017/08/monog
rafia_Aluna_Camila-
Carvalho.pdf 
Zilio, D. 2010 A natureza comportamental da 
mente: behaviorismo radical e 
filosofia da mente 
books.scielo.org/id/vsgrn/pdf/zili
o-9788579830907.pdf 
 
 Para melhor entendimento sobre a análise do comportamento aplicada- ABA 
fez-se uma pesquisa sobre a teoria da psicologia comportamental Skinneriana 
abordando os principais conceitos que embasam essa teoria que são aplicados às 
intervenções da ABA. Desta forma, este estudo apontou que a teoria 
comportamental de Skinner busca investigar o comportamento observável de forma 
científica e sistemática. Por outro lado, foram encontrados estudos que abordaram a 
teoria de Skinner como base de aplicação para resolução de comportamentos 
problemas na pessoa com autismo, através da análise do comportamento aplicada. 
 Outros estudos apontaram as contribuições da Análise do Comportamento com 
o campo da educação. Foi utilizado também um guia para as famílias que fornecea 
pais e educadores informações sobre o espectro do autismo, bem como dos 
recursos e métodos terapêuticos disponíveis e intervenções disponíveis em 
Portugal. Neste estudo foi incluído também o manual DSM 5 que aponta as 
características do autismo trabalhadas neste estudo. Foi também utilizado um livro 
cuja edição já está em 12ª edição, que foi traduzido do inglês. 
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http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=um-retrato-do-autismo-no-brasil
http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=um-retrato-do-autismo-no-brasil
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5- Considerações finais 
Este estudo mostrou através da pesquisa bibliográfica que o TEA vem 
crescendo de forma significativa. Observou-se que na busca por um tratamento 
eficaz para o autismo evidencia-se também a promoção da Análise do 
comportamento aplicada como uma tecnologia cuja ferramenta principal, é sua base 
científica na linha do behaviorismo de Skinner. Foi mostrado como se dá a 
aprendizagem segundo a abordagem de Skinner que sinaliza que os 
comportamentos são aprendidos e mantidos pelas contingências de reforço em um 
determinado ambiente. Como sinalizam Ostermann e Cavalvanti (2010 p.12-13), “O 
ensino é um processo de condicionamento através do uso de reforçamento das 
respostas que se quer obter. Assim, os sistemas instrucionais visam o controle do 
comportamento individual face a objetivos preestabelecidos”. 
A ABA está sendo apontada como um recurso bastante eficaz para trabalhar 
as dificuldades desencadeadas pelo autismo. Como apontam Camargo e Rispoli 
(2013), no Brasil, ABA está ganhando espaço na intervenção para o autismo, 
entretanto poucos profissionais estão capacitados para atuar na área. 
Desta forma, este estudo mostra sua relevância por mostrar que a pessoa 
com autismo pode ter seus comportamentos problemas modificados e suas 
habilidades maximizadas possibilitando que a pessoa com autismo possa se 
desenvolver de forma adequada para conviver em diferentes meios dentro de sua 
comunidade. Isto é possível através dos recursos promovidos pela Análise do 
comportamento Aplicada através dos analistas do comportamento. 
 Espera-se que a revisão aqui exposta sirva de incentivo para que 
profissionais da área da saúde, envolvidos em trabalho relacionado ao autismo 
busquem ampliar seus conhecimentos a cerca da ABA relacionada ao autismo, e a 
partir daí buscar os cursos oferecidos e já ofertados em algumas regiões do Brasil. 
 
 
 
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6- Referências 
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rev). Porto Alegre : Artmed. 12ª ed.(Obra original publicada em 2011). 
Camargo, S. P. H. & Rispoli, M. (2013) Análise do comportamento aplicada como 
intervenção para o autismo: definição, características e pressupostos 
filosóficos. In Revista Educação Especial. v. 26 n. 47 pp. 639-650Recuperado 
de http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial 
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Recuperado de anapaulahsj.blogspot.com/2014/06/a-intervencao-aba-
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Cunha, E. (2012). Autismo e inclusão: psicopedagogia práticas educativas na 
escola e na família (4ª d). Rio de Janeiro. Ed. Wak editora. 
 
Dar resposta. (2014). Perturbação do Espectro do Autismo: E agora? — Guia para 
as famílias após o diagnóstico. Recuperado de 
https://issuu.com/darresposta/docs/guia_dar_ebook. 
 
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Filho, I. A. T., Ponce, R. de F. & Almeida, S. H. V.(2009). As compreensões do 
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teorias e suas implicações na escola. Recuperado de 
pepsic.bvsalud.org/pdf/psie/n29/n29a03.pdf 
Fonseca, V. (2014). Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na 
aprendizagem: uma abordagem. Revista Psicopedagógica. vol.31 no. 96 São 
Paulo. Recuperado de 
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Goméz, A. M. S. & Terán, N. E. (2014) Transtorno de aprendizagem e autismo. (A. 
A. Navarro. Trad.) (Ed rev). Ed. Equipe cultural. 
Guilhardi, C., Romano, C, Bagaiolo, L.( 2015). Análise Aplicada do Comportamento 
(ABA): Contribuições para a intervenção com Autismo. Disponível em 
https://grupogradual.com.br/wp-content/uploads/2015/07/Artigo-Marcos-
Mercadante-definitivo.pdf 
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http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982013000100003&script=sci_arttext&tlng=es
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982013000100003&script=sci_arttext&tlng=es
https://grupogradual.com.br/wp-content/uploads/2015/07/Artigo-Marcos-Mercadante-definitivo.pdf
https://grupogradual.com.br/wp-content/uploads/2015/07/Artigo-Marcos-Mercadante-definitivo.pdf
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Guilhardi, C., Romano, C, Bagaiolo, L.(2011). Análise Aplicada do Comportamento 
(ABA) In J. S. Schwartzman & C. A. Araújo(Orgs),Transtorno do Espectro do 
Autismo( Cap. 21pp. 278-296) São Paulo Editora MEMNON. 
Guilhardi, C., Romano, C, Bagaiolo, L.(2009) Análise Aplicada do Comportamento 
(ABA) In M. T. Mercadante & M. C Rosário (Orgs) Autismo e cérebro social. 
(Cap. 14 pp. 91-95) São Paulo Ed. Segmento forma. 
Henklain, H. O. & Carmo, M. J. S.(2013). Contribuições da análise do 
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Hübner, M. M. C. (2012). O Skinner que poucos conhecem: contribuições do autor 
para um mundo melhor, com ênfase na relação professor-aluno In J. S. Carmo 
& J. M. F. X. Ribeiro (Orgs), Contribuições da análise do comportamento à 
prática educacional. (Cap. 3, PP. 73-86)Santo André, SP: ESETec Editores 
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Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais- DSM-5 / [American 
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Rodrigues, M. E. (2012). Behaviorismo Radical, Análise do Comportamento e 
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(Orgs), Contribuições da análise do comportamento à prática educacional. 
(Cap. 2, PP. 37-71)Santo André, SP: ESETec Editores Associados. 
 
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http://www.scielo.br/pdf/cp/v43n149/16.pdf
http://hdl.handle.net/10400.6/963
http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=um-retrato-do-autismo-no-brasil
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Zilio, D. (2010). A natureza comportamental da mente: behaviorismo radical e 
filosofia da mente [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura 
Acadêmica. Recuperado de books.scielo.org/id/vsgrn/pdf/zilio-
9788579830907.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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