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IMUNOLOGIA E 
MICROBIOLOGIA
AULA 3
Professor Luiz Otávio Felgueiras
Os fungos
• Durante muito tempo se acreditou
que os fungos fizessem parte do
reino Vegetal ou Plantae. Até que
em 1969 eles foram colocados em
um único reino separado, o Reino
Fungi.
• Apresentam crescimento lento – 7 a
15 dias ou até mais.
• Podem ser encontrados em
diferentes locais: solo, água,
alimentos, ar, vegetais, detritos,
animais e no próprio homem.
• Na natureza podemos encontrar
fungos saprófitos, parasitas ou
ainda vivendo em simbiose.
Fungos Plantas
Clorofila Não sintetizam Sintetizam
Parede Celular Quitina Celulose
Reserva 
energética
Amido Glicogênio
Os fungos
• Fungos filamentosos (Bolores) e fungos carnosos:
• O talo (corpo) do fungo filamentoso ou do carnoso é
formado por filamentos longos de células conectadas,
as hifas.
• Hifas septados - As hifas dos fungos filamentosos
apresentam septos que dividem as hifas e unidades
uninucleadas.
• Hifas cenocíticas – Algumas classes de fungos não
apresentam septos em suas hifas, aparentando células
longas e com muitos núcleos.
• As hifas tem o seu crescimento com base no
alongamento de suas extremidades. Quando um
fragmento de hifa é partido ele é capaz de formar uma
nova hifa.
Os fungos
• Hifas vegetativas – Porção das hifas responsável
pela nutrição do fungos.
• Hifas reprodutivas (ou aéreas) – Porção das hifas
responsável pela reprodução do fungos.
• Quando o ambiente é favorável ao desenvolvimento
do fungo as hifas se desenvolvem formando um
micélio. Por isso, podemos encontrar os termos
micélios vegetativos e micélios reprodutivos.
Os fungos
• Leveduras:
• São seres unicelulares que não
apresentam filamentos, ou seja não há
formação de hifas, com corpos esféricos
ou ovais.
• Podem ser encontradas sobre frutas e
folhas como um pó branco.
• As leveduras são seres anaeróbios
facultativos, ou seja são capazes de
utilizar as moléculas de oxigênios
quando estas estão presentes ou um
outro composto orgânico na ausência
dele para atuar como aceptor final dos
elétrons.
Saccharomyces Cerevisiae
Foto: Wikmedia Commons
• Leveduras de brotamento – A célula 
parental forma um broto em sua 
superfície externa. Ocorre então a 
duplicação do núcleo parental e uma 
nova parece celular é sintetizada entre 
o broto e a célula parental.
• Uma única levedura é capaz de 
produzir até 24 novas células por 
brotamento. 
• Pseudo-hifa – Cadeia de brotos que 
não se separam durante o 
brotamento.
• Leveduras de fissão – Os fungos se 
dividem formando duas novas 
células iguais. A proliferação das 
leveduras em meio sólido pode levar 
a produção de colônias semelhantes 
as bactérias.
Schizosaccharomyces
• Fungos dimórficos – São fungos que 
possuem duas formas de crescimento, 
tanto como fungos filamentosos como 
na forma de leveduras.
• O dismorfismo é uma característica 
mais relacionada aos fungos 
patogênicos, sendo nestas espécies 
dependente da temperatura. 
• 37°C – Forma de levedura
• 25°C – Forma filamentosa
Obs.: O Mucor indicus depende da concentração de CO2.
Ciclo de vida dos fungos
• Os fungos filamentosos podem se reproduzir assexuadamente 
através da fragmentação das hifas.
• Em ambos os casos, seja na reprodução sexuada ou assexuada, irá 
ocorrer a formação de esporos.
• Esporos assexuais – Formados pelas hifas do organismo. Os 
indivíduos gerados serão geneticamente idênticos ao parental.
• Esporos sexuais – Menos frequentes. Resultam da fusão de núcleos 
de duas linhagens opostas do cruzamento dentro de uma mesma 
espécie de fungos.
Esporos assexuais
• Conídio ou conidiósporo – São 
produzidos em cadeia na extremidade 
do conidióforo. Podem ser unicelulares 
ou multicelulares e não são 
armazenados em bolsa.
• Esporangiósporo – São produzidos no 
interior do esporângio, ou bolsa, na 
extremidade de uma hifa identificada 
como esporangióforo.
Esporos sexuais
• É formando em três etapas:
• Plasmogamia – Um núcleo haploide de uma célula doadora penetra no 
citoplasma de uma célula receptora.
• Cariogamia - Ocorre a fusão dos núcleos formando um zigoto diploide.
• Meiose – É formado um núcleo haploide, o esporo sexual.
Ciclo de vida de Rhizopus, um zigomiceto.
Adaptações nutricionais
• São quimio-heterotróficos absorvendo os nutrientes e não 
ingerindo-os.
• Tem o ambiente com pH próximo de 5,0 como o ideal.
• Quase todos os fungos são aeróbicos, mas as leveduras são na 
sua maioria anaeróbicas facultativas.
• Grande parte é capaz de crescer em ambientes com 
concentrações relativamente altas de açúcar e sal por serem 
mais resistentes à pressão osmótica.
• Podem se desenvolver em substâncias com baixo grau de 
umidade.
• Frequentemente são capazes de metabolizar carboidratos 
complexos.
Filos de fungos de importância médica
• Zigomiceto ou fungos de conjugação.
• Fungos filamentosos saprofíticos com hifas 
cenocíticas.
• Rhizopus stolonifer – Mofo preto do pão
• Ascomiceto ou fungos de saco.
• Fungos com hifas septadas e algumas 
leveduras.
• Talaromyces
• Basidiomiceto
• Fungos com hifas septadas. Incluem fungos 
capazes de formar cogumelos.
• Penicillium
Doenças causadas por fungos
• Micose – Qualquer infecção de origem fúngica.
• Infecções crônicas, ou seja de longa duração, porque os fungos crescem 
lentamente.
• Podem ser classificadas em cinco grupos diferentes:
• Micoses sistêmicas;
• Micoses subcutâneas;
• Micoses cutâneas,
• Micoses superficiais e
• Micoses oportunistas.
Micoses sistêmicas
• Infecções profundas, no interior do corpo.
• Não são restritas a nenhuma região em 
particular, podendo afetar vários órgãos e 
tecidos.
• Normalmente causadas por fungos que 
vivem no solo, sendo a inalação dos esporos 
sua rota de transmissão.
• Não são contagiosas entre animais e 
humanos ou entre humanos.
• Exemplo - Blastomicose norte-americana 
ou doença de Chicago.
Blastomyces dermatitidis
Micoses subcutâneas
• Infecções localizadas abaixo da pele.
• Causadas por fungos saprofíticos que 
vivem no solo e na vegetação.
• Ocorre através da implantação direta 
dos esporos ou de fragmentos de 
micélio em perfurações da pele. 
• Exemplo – Esporotricose.
Sporothrix schenckii
Micoses cutâneas
• Também conhecidas como 
dermatomicoses.
• São causadas por fungos conhecidos como 
dermatófitos, capazes de secretar 
queratinase.
• Infectam as camadas mais internas da 
epiderme, o do cabelo e as unhas.
• A transmissão pode ocorrer entre humanos 
ou entre animais e humanos. Seja por 
contato direto ou contato com fios e células 
epidérmicas infectadas.
• Exemplo – Pé de atleta.
Trichophyton interdigitale
Micoses superficiais
• Encontradas ao longo dos fios de 
cabelos e células superficiais da 
epiderme.
• Prevalentes em climas tropicais.
• Exemplo: Pitiríase versicolor
Malassezia furfur
Patógeno oportunista
• Causados por fungos na maior parte do tempo 
inofensivos, mas que podem ser tornar 
patogênicos quando o hospedeiro estiver 
debilitado ou traumatizado.
• Exemplo – Pneumocystis (Causador da 
pneumonia) é a infecção mais frequente em 
portadores do HIV.
• Infecções por leveduras ou candidíases, 
causadas Candida albicans (Sapinho ou 
candidíase vulvovaginal)
Pneumocystis
Candida albicans
Fungos com potenciais 
socioeconômicos
• Aspergillus niger - Usado na produção de ácido cítrico 
para alimentos e bebidas.
• Saccharomyces cerevisiae – Usado na produção do pão 
e do vinho. Também pode ser utilizada para a produção 
de proteínas quando modificada geneticamente, 
inclusive a vacina para hepatite B.
• Trichoderma usado na produção de sucos de frutas já 
que produz a enzima celulase.
• Penicillium notatum usado como antibiótico.
• Taxomyces é capaz de produzir taxol usado como 
antitumoral.
• Entomophaga utilizado para controlar mariposas em 
plantações.
Trichoderma
Saccharomyces 
cerevisiae
Aspergillus niger
Referências bibliográficas
• Tortora, Gerard J. Microbiologia [recurso eletrônico] / 
Gerard J. Tortora, BerdellR. Funke, Christine L. Case ; 
tradução: Aristóbolo Mendes da Silva ... [et al.] ; revisão 
técnica: Flávio Guimarães da Fonseca. – 10. ed. – Dados 
eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2012.
• https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-
6736(14)61641-X/fulltext
	Slide 1: Imunologia e microbiologia aula 3
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	Slide 4: Os fungos
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	Slide 8: Os fungos
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	Slide 12: Ciclo de vida dos fungos
	Slide 13: Esporos assexuais
	Slide 14: Esporos sexuais
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	Slide 16: Adaptações nutricionais
	Slide 17: Filos de fungos de importância médica
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	Slide 19: Doenças causadas por fungos
	Slide 20: Micoses sistêmicas
	Slide 21: Micoses subcutâneas
	Slide 22: Micoses cutâneas
	Slide 23: Micoses superficiais
	Slide 24: Patógeno oportunista
	Slide 25: Fungos com potenciais socioeconômicos
	Slide 26: Referências bibliográficas

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