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Farmacoterapia Diabetes 
Mellitus 
A diabetes é um distúrbio metabólico 
caracterizado por hiperglicemia persistente. É 
classificada em: 
• Diabetes Mellitus tipo I: caracterizada 
pela ausência de secreção de insulina 
decorrente da destruição autoimune 
das células beta do pâncreas. 
Tratamento é feito com administração 
de insulina. 
• Diabetes Mellitus tipo II: caracterizada 
pela resistência à insulina, dificulta a 
entrada da glicose nas células. 
Tratamento é feito com dieta, atividade 
física e hipoglicemiante oral. 
Fisiologia receptores GLUT 
• Domínio extracelular: parte receptora 
da insulina 
• Domínio intracelular: proteína acoplada 
a enzima tirosina-quinase. 
Quando a insulina se liga ao receptor, ativa a 
tirosina-quinase e inicia a reação de 
fosforilação, libera fosfato no meio 
extracelular, que se liga a IRS, que é 
fosforilada e transfere o fósforo para a 
proteína PI-3K. A PI-3K se movimenta e 
transfere o fósforo para a AKT. AKT transfere 
o fósforo para a vesícula, que é fosforilada. 
Quando a vesícula é fosforilada ela se move 
para a membrana e expõem a GLUT 4. 
 
 
GLUT 1: possui alta afinidade por glicose, 
atividade inalterada na presença de insulina. 
Está presente nos adipócitos, músculos e 
cérebro. 
GLUT 2: possui baixa afinidade por glicose, 
não consegue bombear muita glicose para 
dentro da célula. Está presente nos rins, 
pâncreas, fígado. 
GLUT 3: possui alta afinidade por glicose, 
bombeia bastante glicose para dentro da 
célula. Está presente no cérebro. 
GLUT 4: transportador insulina-dependente, 
localizada dentro do citoplasma em uma 
vesícula. Toda vez que a GLUT 4 for utilizada, 
a vesícula precisa migrar até a membrana e 
se fundir com a membrana para expor a 
GLUT 4 para fora da célula. 
Está presente nos músculos e adipócitos. 
GLUT 5: proteína transportadora de frutose, 
presente nos espermatozoides. 
GLUT 1,2,3 e 5 estão localizadas na superfície 
da membrana. 
GLUT 4 não funciona no indivíduo diabético 
dependente de insulina. A maior parte das 
células no corpo são músculos e tecido 
adiposo, que possuem GLUT 4, com isso irá 
sobrar muita glicose na corrente sanguínea. 
Os outros receptores não conseguem captar 
quantidade suficiente de glicose. 
Sintomas Diabetes 
Fadiga – não há entrada suficiente de glicose 
no músculo, não há produção de ATP 
Perda de peso – sem entrada de glicose na c 
Polidipsia – hiper saturação de glicose 
sanguínea 
Poliuria 
Polifagia 
 
Consequências Vasculares 
As células endoteliais sofrem lesões por conta 
da alta concentração de glicose. Podendo 
levar a infarto, gangrena, aneurisma, AVC. 
Consequências Neuropáticas 
A alta concentração de glicose destrói os 
nervos periféricos, com isso a pessoa perde a 
sensibilidade e sensação de dor. 
Retinopatia Diabética 
O excesso de glicose causa lesão na retina. 
Diagnóstico 
• Glicemia 
• Hemoglobina Glicada 
• Teste de tolerância oral à glicose 
 
Tratamento Farmacológico 
1. Sulfoniureias 
Aumentam a secreção de insulina por meio do 
estímulo das células beta do pâncreas. 
Glimepirida, glicazida, glibenclamida 
Efeitos adversos: Hipoglicemia; diminuição de 
lipídios circulantes, com consequente aumento 
de peso devido a atividade da insulina, 
diarreias e náuseas. 
2. Meglitinidas 
Estimula a liberação de insulina através de 
sua ligação à subunidade SUR1 e inibição 
do canal de K+/ATP das células β. 
Nateglinida, Repaglinida 
Efeitos adversos: Susceptibilidade aumentada 
à infecções das vias respiratórias superiores. 
3. Tiazolidinedionas 
Intensificam a ação da insulina nos tecidos-
alvos, atuam como agonistas do receptor de 
hormônio nuclear, o receptor-γ ativado por 
proliferador peroxissomico (PPAR-γ) 
Pioglitazona 
4. Biguanidas 
Aumenta a sensibilidade à insulina, sendo o 
alvo molecular das biguanidas a 
proteinocinase dependente de AMP (AMPPK), 
o fármaco ativa a AMPPK, bloqueando a 
degradação dos ácidos graxos e inibindo a 
gliconeogênese e a glicogenólise hepáticas. 
Metformina 
Efeito adverso: desconforto abdominal 
5. Análogos da Incretina 
Estimulam a produção de insulina pelas 
células beta do pâncreas. 
Liraglutida 
6. Inibidores do cotransportador de 
sódio-glicose 
Diminui a reabsorção de glicose na corrente 
sanguínea, ao ser filtrada é eliminada. 
Dapaglifozina, Empaglifozina 
Efeitos adversos: Aumento da incidência de 
infecções micóticas genitais e infecções do 
trato urinário, que afetam cerca de 8 a 9% 
dos pacientes. 
7. Insulina 
Tratamento para DM tipo I 
Diferença entre as insulinas: velocidade de 
ação farmacológica

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