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se m io lo gi a m éd ic a mdb. L E T Í C I A G O M E S S O U T O M A I O R @ m e d i b u l a n d i a Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR DAVI – AULA 1 Semiologia Medica – Anamnese - Parte 1 - É o estudo dos sinais e sintomas, sendo: Sinais = manifestações objetivas (sendo um exemplo um paciente mancando, visto que você identifica rapidamente); Sintomas = manifestações subjetivas (sendo um exemplo um paciente com queixa de dor abdominal, você não vê aquela dor); O conjunto deles forma o que chamamos de síndromes clínicas. 1. Inspeção; 2. Palpação; 3. Percussão; 4. Ausculta; O exame clínico é realizado pela junção da anamnese + exame físico. Então, o diagnóstico vai ser dado com base no resultado de ambos. Cumprimente-se (com bom dia, boa tarde), apresente-se (eu sou fulano), motivo de estar lá (eu vou te atender), tempo e permissão (você permite que eu faça isso? Tudo bem para você). Uma anamnese ativa é quando o paciente tem uma facilidade maior em descrever o caso, a passiva é quando o médico ajuda guiando sem sugestão, no fim existe a mista. É de extrema importância não tendenciar as perguntas, como: Essa dor você sente em que hora do dia? Essa dor você sente pela manhã? 1. Identificação do paciente; 2. Queixa Principal (QP); 3. História da Doença Atual (HDA); 4. Interrogatório Sistemático (onde pergunta sistema por sistema); 5. Antecedentes Pessoais Fisiológicos (condições de crescimento, nascimento da pessoa, infância...); 6. Antecedentes Pessoais Patológicos (você possui outra doença?) 7. Antecedentes Familiares (alguma doença na família) 8. Antecedentes Sociais (bebe? fuma? droga? atividade física? renda familiar? viagens recentes? IDENTIFICAÇÃO: Perguntar sobre: 1. Nome Completo; 2. Idade; 3. Sexo; 4. Etnia; 5. Estado Civil; 6. Profissão; 7. Naturalidade; 8. Procedência; 9. Religião; OBS: é bom perguntar naturalidade e procedência pois em um exemplo a pessoa pode morar/proceder em joão pessoa, mas ter nascido em patos; sobre a profissão, se o paciente relata ser aposentado é de importância perguntar qual a profissão que estava antes, visto que pode influenciar como a pessoa se sente questiona na queixa. QUEIXA PRINCIPAL - QP: - Principal motivo, o + importante para a procura do médico, chamado de sintoma guia; - Anotar as palavras do próprio paciente sem aspas; - Outros sintomas deixar em outro local; - Incluir a duração da QP (tempo) e depois mais na frente destrinchar essa dor; - Evitar termos diagnósticos na QP; EX: dor nas juntas há 10 dias, tosse há um mês... HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL – HDA: O médico precisa mostrar facilitação com uma postura/ação que encoraje o paciente a destrinchar mais a história; considerar e refletir sobre as palavras que mais se repetem; TÉCNICAS BÁSICAS DO EXAME FÍSICO: ANTES DE COMEÇAR A ANAMNESE: ANAMNESE: COMPOSIÇÃO DA ANAMNESE: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 - DETALHAMENTO QUE MOTIVOU A INTERNAÇÃO: Início = quando (data), como (de modo súbito ou gradual?), porque (fatores que desencadearam, como numa ressaca se foi em um show no dia anterior); Duração = É contínuo? Recorrente? Intermitente? - CARACTERÍSTICAS DO SINTOMA QUANDO COMEÇOU: Definindo a localização, intensidade, se tem relação da queixa com outras funções do organismo; - EVOLUÇÃO: Registro de como evoluiu a queixa = se começou como uma dor por uma queda, se foi para upa, pediu ajuda, se foi a médicos, quais medicamentos toma ou tomou, quais exames feitos... - RELAÇÃO COM OUTRAS QUEIXAS; - RELAÇÃO DO SISTEMA ATUAL; • Qualidade e tipo da dor; • Localização da queixa; • Irradiação da queixa (migração é diferente); • Intensidade (de 0 a 10); • Curso; • Progressão; • Fatores que melhoram ou pioram o sintoma; • Sintomas associados (diarreia, febre?); • Efeitos de tratamento (medicamentos? exames?) • Repercussão (grau leve ou grave e se teve alguma alteração dos hábitos atuais); Na HDA é quando podemos utilizar termos mais técnicos; É preciso que ocorra descrição cronológica dos eventos; Evitar perguntas sugestivas; Fazer perguntas acessíveis com atenção e respeito. CARACTERÍSTICAS DO SINTOMAS: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR PAULO – AULA 2 Semiologia Medica - Anamnese - Parte 2 - INTERROGATÓRIO SISTEMATOLÓGICO: É sinônimo de revisão dos sistemas que na verdade é um complemento da HDA. Documenta a existência ou ausência de sintomas comuns relacionados com cada um dos principais sistemas corporais. Pode-se dizer mesmo que este só estará concluído quando um interrogatório sintomatológico abre todos os sistemas. A principal utilidade reside no fato de permitir ao médico levantar possibilidades e reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA. É nesse momento que se origina a suspeita diagnóstica mais importante e avaliamos a promoção das prática de saúde (no entanto, melhor perguntar sobre a promoção ao final do interrogatório ao invés do final a cada sistema para não ficar cansativo e longo). A única maneira de realizar uma boa anamnese (IS) é seguir um roteiro dirigido que abranja vários sistemas do organismo e o estudante DEVE E PRECISA registrar os sintomas presentes e os NEGADOS pelo paciente. Precisamos negativar pelo menos 3 coisas de cada sistema: • Nega halitose, nega sialorreia, nega trismo Toda queixa positiva deve ser interrogada diretamente: Em como se deu seu início; Quais são as características do sintoma; Fatores que melhoram ou pioram; Se tem relação com outras queixas; Como esse sintoma evolui ao longo do tempo; Qual a situação atual e o sintoma presente agora. SINTOMAS GERAIS: • Febre; • Astenia = sensação de fraqueza; • Alterações de peso; o Especificar perda ou ganho de peso; o Quantos quilos; o Intervalo de tempo e motivo • Sudorese (generalizada ou localizada); • Calafrios; • Câimbras; o Parte do corpo; o Fatores de melhora; o Surgimento; o Frequência; Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PELE E FÂNEROS: • Alteração da pele na cor, textura, temperatura (cianose ou palidez, relacionando com frieza), sensibilidade, prurido e lesões; o Cianose; o Palidez; o Icterícia; o Hiperemia; o Hipercromia; o Hipocromia: ausência de cor em alguma parte do corpo • Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, alterações nas unhas; • Hirsustismo: distribuição masculina de pelos na mulher; • Hipertricose: desenvolvimento exagerado de pelos pelo corpo; • Alopecia: é a perda de cabelo em áreas em que normalmente ele deveria crescer. CABEÇA, PESCOÇO E FACE: • Dor; • Alterações na dor, tumorações, alteração de movimento e pulsações anormais. OLHOS: • Dor ocular e cefaleia: normalmente bem localizada pelo paciente ou de localização imprecisa no globo ocular. • Sensação de corpo estranho (areia): quase sempre acompanhada de cor; • Prurido; • Queimação ou ardência: acompanha ou não da sensação dolorosa; • Lacrimejamento: é a eliminação independente de choro (A quantidade que sair é normal? Está seco? Melhor de se observar em crianças, pelo choro). • Sensação de olho seco • Xantopsia, Iantopsia e Cloropsia: visão amarelada, violeta e verde (pode acontecer por uso de medicamentos em dosagens não corretas – digoxina) • Diminuição ou perda da visão (catarata); o Uni ou bilateral; o Súbita ouem extensão. O exame precede de uma anestesia local por nebulização com xilocaína. A laringoscopia direta é muito utilizada para facilitar a intubação traqueal, utilizada em procedimentos de urgência. EXAMES DOS LINFONODOS: Vamos avaliar: • A localização; • O tamanho; • A consistência; • A mobilidade; • A sensibilidade; • Alterações na pele (edema, calor, rubor, fístula) Nisso tudo precisamos avaliar o qual grande pode ser! Seria patológico? A consistência é mole? Dura? Sabemos que ser mole é um melhor diagnóstico. Sobre a mobilidade, melhor que se mova, caso contrário muito provável ser uma neoplasia maligna. Há sensibilidade? Dor no local? SOBRE ADENOMEGALIA: • Generalizada: linfomas, colagenoses, tuberculose e sífilis; • Localizadas: processos infecciosos locais (ouvido inflamado por exemplo?) EXAME FÍSICO DA CAVIDADE BUCAL: EXAME FÍSICO DA LARINGE: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 EXAME DA TIREÓIDE: Avaliar hipersensibilidade, consistência e presença de nódulos. Inspeção - observar presença de aumento da glândula (bócio), tentando definir se é difuso ou localizado. Palpação - Abordagem posterior → paciente sentado e o examinador de pé atrás dele; as mãos e os dedos rodeiam o pescoço, com os polegares fixos na nuca e as pontas dos indicadores e médios quase a se tocarem na linha mediana; o lobo direito é palpado pelos dedos da mão esquerda, enquanto os dedos da outra mão afastam o esternocleidomastóideo; para o lobo esquerdo as coisas se invertem. Abordagem anterior → paciente sentado ou de pé e o examinador sentado ou de pé, postado à sua frente; são os polegares que palpam a glândula, enquanto os outros dedos apoiam-se nas regiões supraclaviculares; flexão do pescoço ajuda por causa do relaxamento do músculo esternocleidomastóideo. Ao fazer a palpação, solicitar ao paciente que realize deglutições, o que permite caracterizar melhor os contornos e limites da glândula, pois a tireoide se eleva durante o ato de deglutir. Ausculta - avaliar presença de sopros sobre a tireoide. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA SUELLY – AULA 6 Semiologia Medica – Sindromes Sistemicas SÍNDROME FEBRIL: A febre nada mais é que a temperatura acima da faixa da normalidade; já a hipotermia seria a temperatura abaixo da normalidade, enquanto a hipertermia seria a síndrome provocada por exposição excessiva ao calor com desidratação, perda de eletrólitos e falência dos mecanismos termorreguladores corporais. VALORES NORMAIS: Temperatura axilar = 35,5-37ºC Temperatura bucal = 36-37,4ºC Temperatura retal = 36-37,5ºC CLASSIFICAÇÃO: Febre leve (com base na temperatura axilar) = até 38ºC Febre moderada (com base na temperatura axilar) = 38 a 39ºC Febre alta (com base na temperatura axilar) = acima de 39ºC Hiperpirexia > 41ºC OK E QUAL SERIA A DIFERENÇA ENTRE UMA HIPERTERMIA E UMA HIPERPIREXIA? A hipertermia pode acontecer por uma exposição excessiva, normalmente caracterizada por ser menos grave que a hiperpirexia, sendo um estágio anterior. CAUSAS DA FEBRE: Infecções por bactérias, vírus, fungos, protozoários; • Lesões mecânicas por processos cirúrgicos ou esmagamentos; • Neoplasias malignas como linfoma, leucemia, carcinomas; • Afecções vasculares como infarto do miocárdio, hemorragia ou trombose venosa; • Doenças do sistema nervoso central por lesão de medula ou grandes hemorragias; • Distúrbios dos mecanismos imunitários ou doenças imunológicas. PARTINDO PARA ANAMNESE E EXAME FÍSICO O QUE SE OBSERVA? Observamos: • Febre; • Calafrios; • Sudorese; • Astenia; • Inapetência; • Náuseas e vômitos; • Cefaleia; • Mialgia; • Artralgia; • Oligúria Observamos: • Temperatura elevada; • Taquicardia; • Taquipneia; • Sudorese; • Vômitos; • Delírio; • Confusão mental; • Convulsões. CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS DA FEBRE: Nos atentarmos em pergunta como surgiu essa febre: 1. Se foi de forma súbita ou gradual; 2. Qual sua intensidade? De 0 a 10? 3. Qual a duração? Curta ou prolongada; 4. Qual foi seu modo de evolução; 5. Seu término aconteceu em crise ou em lise. O que seria terminar em crise? De forma súbita. O que seria terminar em lise? De forma lenta. FEBRE DE CURTA DURAÇÃO: mais frequente em viroses, pode aguardar alguns dias, na expectativa de surgir alguma manifestação que permita localizar sua origem. ANAMNESE: EXAME FÍSICO: RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 FEBRE PROLONGADA: quando a febre ultrapassa a 1 semana devemos pensar em doenças como: tuberculose, linfoma, malária, endocardite infecciosa, pielonefrite, febre tifoide, doença de chagas aguda, colagenose. SÍNDROME EDEMEIGÊNICA: Um edema é o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células. FISIOLOGIA DO EDEMA: O balanço de forças faz com que aconteça uma permanente circulação de líquido intersticial em torno dos capilares. Dessa forma, a produção de aldosterona regula a retenção de sódio no rim e a eliminação de potássio. A aldosterona provoca, por sua vez, a produção do hormônio antidiurético. CAUSAS DO EDEMA: • Síndrome nefrítica; • Síndrome nefrótica; • Insuficiência cardíaca; • Cirrose hepática; • Desnutrição proteica; • Processos alérgicos; • Pielonefrite; • Gravidez; • Toxemia gravídica; • Edema pré-menstrual; • Obesidade; • Hipotireoidismo; • Medicamentos LOCALIZADAS: varizes, flebites e trombose venosa, processos inflamatórios, afecções dos linfáticos, postura. PARTINDO PARA ANAMNESE E EXAME FÍSICO O QUE SE OBSERVA? Observamos: • O tempo de duração desse edema; • Localização do edema; • Como se deu a evolução do edema; • Quais sintomas associados ao edema ou ao local do edema o paciente pode sentir. Como a queimação nos pés, por exemplo. Observamos: • Sobre a localização e distrubuição: é generalizado ou localizado? Onde? • Intensidade do edema em cruzes: +/até 4+ • Consistência: mole e duro; • Presença do sinal do cacifo: +/4+ • Temperatura da pele: frio, quente, normal; • Sensibilidade da pele: doloroso, indolor; • Coloração: branco ou avermelhado; Outras alterações: na pele local ou em torno do edema, podemos ter úlceras, lesões, hiperpigmentação, atrofias, cor, textura e espessura. LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO: Sobre a localização e distribuição, podemos ter um edema de face, palpebral ou de membros. Caso seja generalizado chamamos de ANASARCA. Ao avaliarmos precisamos dizer se é bilateral e em caso de membro especificar. INTENSIDADE E CONSISTÊNCIA: EDEMA MOLE: facilmente depressível e retenção hídrica não é de longa duração. EDEMA DURO: maior resistência para obter o sinal de cacifo, possui uma proliferação fibroblástica: edema de longa duração ou que acompanhou repetidos surtos inflamatórios. ELASTICIDADE: Um edema elástico não tem um cacifoque perdure muito, a pele retorna imediatamente à sua situação normal. Num edema inelástico, o cacifo persiste por mais tempo. ANAMNESE: EXAME FÍSICO: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 VARIAÇÕES: EDEMA INFLAMATÓRIO: é localizado, mole, elástico, doloroso, com pele vermelha e quente; TROMBOSE VENOSA PROFUNDA: edema de toda a perna, ou desde a raix da coxa, com cor mais escura de todo membro; temos hipertermia regional, febre, sensação de aperto ou peso em todo segmento comprometido; EDEMA VARICOSO DOS MMII: mole quando no início ou duro se for mais antigo, inelástico, com pele de tonalidade escuro, espessa e grosseira. EDEMA RENAL: acontece de forma generalizada, facial (bipalpebral), mole, inelástico, indolor, com pele em temperatura normal. DESNUTRIÇÃO GRAVE: acontece de forma generalizada, mole, no início do MMII, inelástico, indolor, discreto. CIRROSE HEPÁTICA: acontece de forma generalizada, de modo discreto +/++, ascite concomitante, MMII, edema maleolar, mole, inelástico, indolor. EDEMA CARDÍACO: intensidade variada, mole, inelástico, indolor, com pele lisa e brilhante. EDEMA LINFÁTICO E ELEFANTÍASE: O edema linfático – instalação insidiosa, inicia pela extremidade do membro afetado, ascende em meses ou anos. É duro, não depressível, frio, leva à deformidade do membro e não diminui substancialmente com o repouso e elevação do membro. O edema de longa duração produz hiperqueratose da pele e lesões verrucosas que caracterizam a elefantíase. SÍNDROME CONSUMPTIVA: A perda de peso é causa de internação hospitalar, podendo fazer parte do quadro clínico de doenças sistêmicas avançadas. Pode simbolizar primeiro sintoma de malignidade ou manifestação de doenças psiquiátricas. Independente da causa de base, há correlação entre perda de peso e aumento da morbimortalidade. A perda de peso significativa pode ser definida como perda maior que 5% do peso habitual no período de 6 a 12 meses. • Magreza: é estar abaixo do peso mínimo normal, não significa subnutrição; equivale a redução do peso em 10-15% do valor padronizado em função do sexo, idade e estatura. • Patológica: pode ser consequência de diabetes, tuberculose, hipertireoidismo, neoplasia, anorexia nervosa, ingesta insuficiente; • Constitucional: traço genético. A CAQUEXIA é a extrema magreza com comprometimento do estado geral. As doenças consumptivas costumam ser: tuberculose, cirrose, desnutrição, neoplasia maligna e AIDS. CLASSIFICAÇÃO E CAUSA DA PERDA DE PESO: Perda de peso involuntária com o aumento de apetite; Aumento do gasto energético ou perda de calorias pelas fezes ou urina; Quantidade de calorias ingeridas é insuficiente para suprir o déficit energético. Essa perda pode ser -> por hipertireoidismo, diabetes mellitus descompensado, síndrome de má absorção, feocromocitoma, aumento da atividade física, fatores econômicos. • DOENÇAS CRÔNICAS ACOMETIDAS: cardiopatia, pneumopatia, doenças renal, doenças neurológicas. • DOENÇAS INFECCIOSAS ACOMETIDAS: tuberculose, infecção fúngica, doenças parasitárias, endocardite bacteriana subaguda, HIV. Além disso, pode acontecer por doenças gastrointestinais, psiquiátricas, uso de drogas e álcool, medicamentos e isolamento social. ANOREXIA FISIOLÓGICA DA IDADE: A regulação do apetite sofre alterações com o envelhecimento; homens atigem o máximo corporal aos 40 e as mulheres aos 50 anos. Ocorre por progressiva perda de massa magra nas extremidades e estoque de gordura central, atrofia gordurosa gera aparência caquética. Acontece declínio natural do paladas e olfato, além de poder ocorrer distúrbios de visão e cognição no idoso que contribui na diminuição de ingesta. PARTINDO PARA ANAMNESE E EXAME FÍSICO O QUE SE OBSERVA? Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Observamos: • Quando começou? Quanto tempo está assim? • Qual padrão da perda de peso? • Foi algo voluntário ou involuntário? • Como está seu apetite? • Tem feito atividade física? • Saber condição socioeconômica; • Uso de medicamentos? Observamos os 9D’s de Robbins: • Dentição (alteração na cavidade oral?); • Disfagia; • Distúrbio do paladar (disgeusia); • Diarreia; • Depressão; • Doença crônica; • Demência; • Disfunção (física, cognitiva e psicossocial) ou dependência; • Drogas. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA PERDA DE PESO: M E A L S ON W H E E L S MEDICATION: medicamentos; EMOTIONAL PROBLEMS: problemas emocionais como depressão; ANOREXIA: nervosa ou devido alcoolismo; LATE LIFE: paranoia; SWALLOWING: deglutição; ORAL FACTORS: fatores orais; NO MONEY: problemas financeiros; WANDERING: comportamentos alterados; HIPER/HIPO: tireoidismo, hipoadrenalismo, hiperadrenalismo; ENTERIC PROBLEMS: problemas entéricos; EATING: problemas para se alimentar sozinho; LOW SALT, LOW CHOLESTEROL: dieta sem gordura e sal; STONES, SOCIAL PROBLEMS: problemas sociais NA PROPEDÊUTICA: Checamos os sinais vitais, medidas, pele, cavidade oral, tireóide, palpa os linfonodos. Fazemos a propedêutica cardiovascular, respiratória e abdominal. Pode ser feito um toque retal, exame neurológico, mini exame do estado mental e o grau de dependência nas atividades diárias. Observamos anorexia, astenia, emagrecimento, caquexia, fadiga, cabelos, unhas, peles fracos e quebradiços, panículo adiposo escasso, pele seca e rugosa. ANAMNESE: EXAME FÍSICO: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR DAVI – AULA 08 Semiologia Medica – Exame Fisico do Sistema Respiratorio PONTOS ANATÕMICOS: • Os ápices pulmonares ultrapassam 3-4cm da borda superior da clavícula. • Ângulo de Louis: é uma saliência transversal entre a junção do manúbrio com o corpo do esterno, corresponde a articulação da 2º costela → corresponde ao ponto da bifurcação da traqueia e do ponto mais da aorta. • Ângulo de Charpy: formado pelos dois rebordos costais. Ele vai servir para definir o biotipo. INSPEÇÃO: LINHAS E REGIÕES TORÁCICAS REGIÃO ANTERIOR LINHA VERTICAL: • Linha médio-esternal: no meio do esterno, limitando os dois hemitórax. • Linha esternal: passam pelas bordas laterais do esterno, do lado direito e esquerdo. • Linha paraesternal: é equidistante entre a esternal e a hemiclavicular. • Linha hemiclavicular: = “linha mamilar”. Traçada a partir do ponto mediano da clavícula. LINHAS HORIZONTAIS: • Linhas claviculares (superiores e inferiores): estão nas duas bordas das clavículas. • Linhas das 3º e 6º articulações: passam pela junção da 3º e 6º articulações condroesternais; Existe a direita e a esquerda. REGIÕES ANTERIORES: • Região supraclavicular (direita e esquerda): limitada pela borda do músculo trapézio, pela linha clavicular superior e pela esternal (prolongamento cervical). • Região clavicular (direita e esquerda): projeção superficial da clavícula.• Região infraclavicular (direita e esquerda): é limitada pela linha clavicular inferior, pela borda anterior do M. deltoide, pela linha da 3º articulação e pela linha esternal. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 • Região mamária (direita e esquerda): é limitada pela linha da 3º articulação, pela linha axilar anterior, pela linha da 6º articulação e pela linha esternal. • Região inframamária (direita e esquerda): limitada pela 6º articulação, pela linha axilar anterior e pela arcada costal. • Região supra-esternal: limitada pela laringe, pela fúrcula esternal e pelas bordas inferiores internas dos Mm. Esternocleidomastóideos. • Região esternal superior: limitada pela fúrcula esternal, pela linha da 3º articulação e pelas linhas esternais. • Região esternal inferior: projeção da superfície do esterno, abaixo da linha da 3º articulação. LINHAS E REGIÕES TORÁCICAS LATERAIS: Linhas axilares: • Linha axilar anterior: sai da prega anterior da axila. Separa a região anterior da lateral do tórax. • Linha axilar média: é equidistante entre as linhas axilares • Linha axilar posterior: sai da prega posterior da axila. E separa a região lateral da posterior. Regiões axilares: • Região axilar (direita e esquerda): é limitada pelo côncavo da axilar, pela linha axilar anterior, pela linha axilar posterior e pela linha da 6º articulação. • Região infra-axilar (direita e esquerda): é limitada pela linha da 6º articulação, pela linha axilar anterior, pela linha axilar posterior e pela arcada costal. INSPEÇÃO: LINHAS E REGIÕES TORÁCICAS TÓRAX POSTERIOR: Linhas verticais: • Linha escapular: ela acompanha toda a borda medial da escápula; paciente com membros pendentes. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 • Linha paravertebral: é tangente à borda lateral das vértebras. • Linha vertebral: passa pelos processos espinhosos das vértebras dorsais. Linha horizontal: • Linha escapular: passa pelas bordas (superior e inferior) da escápula. Regiões posteriores: • Região supra-escapular (direita e esquerda): limitada pela borda superior do trapézio, pela linha escapular superior e pela linha vertebral. • Região supra-espinal (direita e esquerda): = fossa supra espinal. • Região infra-espinal: = projeção superficial da escápula, abaixo da sua espinha. • Região interescapulovertebral: entre a borda interna da escápula e linha médioespinhal. • Região infra-escapular (direita e esquerda): limitada pela linha escapular inferior, pela linha axilar posterior, pela borda inferior do tórax e linha vertebral. EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO: ---------INSPEÇÃO:--------- Estática: Forma do tórax: podemos encontrar normal ou patológica (tonel/globoso, cifótico/cifoescoliótico, infudibuliforme, cariniforme/piriforme, achatado) OBS.: globoso → enfisematoso OBS. 2: achatado → raquitismo • Condições das partes moles e ósseas: cicatrizes, atrofia, edema, circulação colateral. • Abaulamentos e retrações • Erupções cutâneas • Ginecomastia • Circulação colateral • Cor do paciente (cianose/palidez): cianose = sinal tardio de insuficiência respiratória. • Hipocrastismo digital (= baqueteamento digital): falanges distais dos dedos das mãos e dos pés ficam mais largas lateralmente + unhas em “vidro de relógio”. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 Dinâmica: • Movimentos respiratórios: Frequência (dispneia, ortopneia, taquipneia, bradipneia, trepopneia, platipneia, apneia) e sincronia. OBS. Normal → 12 – 20 irpm OBS.2: trepopneia → derrame pleura; platipneia → hipovolemia, síndrome hepatopulmonar, mixoma atrial. ALTERAÇÕES DO RITMO: Cheyne-Stokes: pausa de apneia, seguidas de movimentos respiratórios que vão crescendo gradativamente para diminuírem aos poucos. → insuficiência cardíaca, tumores cerebrais, intoxicação por morfina e fisiológica em crianças e idosos. Biot: é irregular, com pausas de apneia aleatórias → meningites, lesões bulbares, corresponde a grave sofrimento cerebral. Kussmaul: respirações profundas e ruidosas seguidas de pausas e expirações breves e rápidas, corresponde a acidose metabólica. • Retrações inspiratórias: tiragem e sinal de hoover. • Uso de musculatura acessória. ---------PALPAÇÃO:--------- Condições das partes moles e arcabouço ósseo, sensibilidade, enfisema subcutâneo, contratura e atrofia muscular, calos ósseos. • Expansibilidade torácica (manobra de Ruault → em cima e Lasegue → nas laterais) • Frêmito tóraco vocal (FTV): é mais intenso no hemitórax direito; é melhor transmitido em meio sólido; depende da permeabilidade das vias aéreas. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 FTV diminuído: obstrução brônquica e barreira FTV aumentado: condensação É pesquisado em 7 pontos posteriores e 6 anteriores. • Frêmito brônquico • Frêmito pleural • Gânglios. ---------PERCUSSÃO:--------- É feita nos mesmos pontos do FTV. O som Claro pulmonar: é o som normal. • Maciço: ausência de ar ou algo denso no local, é curto e + seco. Ex.: derrame pleural. Macicez hepática: 5° EIE Macicez cardíaca: 3° EIE • Timpânico: presença de ar • Submaciço: é curto e seco. Pode ser visto em pacientes com DPOC, supuração, neoplasias. ---------AUSCULTA:--------- Sons da respiração: som traqueal, som bronquial, som broncovesicular e murmúrio vesicular. OBS.: o murmúrio vesicular → suave, sem pausa entre a inspiração e expiração, insp. > exp. Se está diminuído ou ausente, é quando há diminuição da ventilação pulmonar ou barreira. A ausculta pulmonar é feita nos mesmos 7 e 6 pontos. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 RUIDOS ADVENTÍCIOS: Contínuos: é o mecanismo da passagem de ar por vias aéreas muito estreitas faz vibrar suas paredes. Seu aparecimento depende apenas da velocidade do ar. Podendo ser na inspiração ou expiração. 1. Roncos: sons graves, semelhante ao roncar ou ressonar das pessoas. OBS.: são predominantes na inspiração. OBS.2: podem sugerir secreção nas vias aéreas. 2. Sibilos: sons agudos, semelhantes ao assobio ou chiado. OBS.: brônquios ou bronquíolos estreitados. OBS. 2: predominante na expiração OBS.3: podem ser encontrados em pacientes com asma brônquica, DPOC, asma, bronquite. Descontínuos: mecanismo controverso, reabertura súbita e sucessiva de pequenas vias aéreas, durante a inspiração, com rápida equalização de pressão, causando uma série de ondas sonoras explosivas. 1. Estertores finos: (creptantes); têm maior duração, são agudos, pouco intensos e principalmente inspiratório. 2. Estertores grossos: (bolhosos); têm menos duração, são graves, mais intensos e podem ser na inspiração ou na expiração. Atritos pleurais: apresentam som grave, é mais intenso na inspiração (ranger do couro atritado). O mecanismo corresponde a fricção entre dois folhetos pleurais inflamados durante o movimento respiratório. Ausculta da voz: OBS.: normalmente não é possível distinguir nenhuma palavraque está sendo falada. Se for ouvida com clareza pode ser sinal de patologia. OBS.2: só é necessário fazer ausculta da voz quando há aumento do FTV à palpação ou sopro à ausculta. • 33 • Ressonância normal • Ressonância reduzida • Ressonância aumentada Broncofonia: ausculta da voz sem nitidez Pectorilóquia: voz falada com nitidez Egofonia: voz anasalada Afônica: cochicada com nitidez RESUMO: INSPEÇÃO: ESTÁTICA: tórax de forma normal, sem alterações de partes moles e ósseas, sem abaulamentos e retrações; DINÂMICA: fr= 16 irpm, ritmo regular e sincrônico com movimentos abdominais, expansibilidade preservada e simétrica, ausência de tiragem; PALPAÇÃO: Sensibilidade conservada, ausência de contratura ou atrofia musculares, ausência de enfisema, subcutâneo e calos ósseos. Expansibilidade conservada e simétrica, FTV normodistribuido. Ausência de frêmitos brônquicos e pleural PERCUSSÃO: SCP presente e simétrico, submacicez hepática à partir do 5º EICD. Mobilidade dos limites pulmonares preservadas; AUSCULTA: MV presente, normodistribuido, ausência de ruídos adventícios. Ressonância vocal normal. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA SUELY – AULA 07 Semiologia Medica – Sinais e Sintomas do Sistema Respiratorio INTRODUÇÃO: Principais sintomas e sinais das afecções do aparelho respiratório: • Tosse; • Expectoração; • Hemoptise; • Vômica; • Dispneia; • Sibilancia; • Dor torácica; • Cianose; TOSSE: É o reflexo de defesa: sendo a limpeza das vias aéreas para se manterem permeáveis. Além disso, é a expulsão súbita de ar dos pulmões com ruído característico provocado pela abertura súbita da glote. 1. Inspiração rápida e profunda 2. Fechamento da glote 3. Contração dos músculos expiratórios (diafragma) 4. Expiração forçada → mecanismo expulsivo importante; abertura súbita da glote Essa abertura súbita da glote vai gerar o ruído característico. A causa da tosse pode ser por estímulos receptores da mucosa respiratória, como numa asma brônquica, embolia pulmonar. • Causa inflamatória: hiperemia, edema, secreção, ulceração; • Causa mecânica: poeira, corpo estranho, aumento ou diminuição da pressão pleural → derrame pleural e atelectasia; • Causa química: gases irritantes; • Causa térmica: frio e calor em excesso. REFLEXO DA TOSSE: Como consequência temos o aumento da pressão da árvore brônquica pela distensão dos septos alveolares; hemorragia conjuntivas (sendo típico de coqueluche); fraturas em arcos costais; hérnias inguinais e desconforto em cirurgiados recentes. TOSSES AGUDAS OU CRÔNICAS: 1. Aguda: 3 semanas • Tabagismo; • Sinusites crônicas; • Asma e variante tussígena da asma; • Tuberculose; • Refluxo gastroesofágico; • Bronquiectasia; • Bronquite crônica; • Câncer de pulmão; • Uso de ieca; CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS: Perguntar sobre: o Data de início; o Frequência, se aumentou ou diminuiu; o Intensidade; o Fatores que desencadeiam essa tosse; o Tonalidade; o Relação com o decúbito (se é fator de piora, além de ser piora noturna); Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 o Presença ou não de expectoração: tosse úmida/produtiva não deve ser tratada, já a tosse seca pode ser apenas irritação das vias respiratórias; o Em que período do dia está mais presente; o Sintomas associados; o Duração: de forma aguda ou crônica; o Fatores de melhora ou piora; o Resposta medicamentosa; TIPOS DE TOSSE: • Tosse-síncope: crise intensa de tosse → perda de consciência. (coqueluche) • Tosse bitonal: paresia/paralisia de uma corda vocal por comprometimento do N. laríngeo • Tosse quintosa: em acessos; durante a madrugada, acompanhada de vômitos e sensação de asfixia. (coqueluche) • Tosse seca: pode se originar fora da árvore brônquica (canal auditivo externo, faringe, seios paranasais, palato mole, inibidores de IECA) • Tosse rouca: típica da laringite crônica, comum em pacientes tabagistas. OBS.: enfisematosos → tosse seca; bronquiticos → tosse produtiva • Tosse reprimida: é evitada por causa de dor torácica ou abdominal. (inicio da pleuropneumopatias, pneumotórax espontâneo) • Tosse psicogênica: surge por tensão emocional. Pode ser equivalente a pigarro. É um diagnóstico de exclusão. EXPECTORAÇÃO: A maioria das vezes é uma consequência da tosse, sendo como a expulsão de secreção proveniente da laringe, traqueia, brônquios e pulmões. É importante saber reconhecer e distinguir de vômito e de regurgitação. A presença de expectoração é um dos fatores que distinguem uma síndrome brônquica de uma pleural. OBSERVAR: o Volume (colher de chá), o Cor, o Odor, o Transparência, o Consistência. CLASSIFICAÇÃO E TIPOS • Mucóide: muito H2O, proteínas e eletrólitos, com poucas células e aumento da viscosidade. Asmático: término da crise, rico em eosinófilos, e por isso, um escarro mais perolado. Formas iniciais de bronquites • Mucopurulenta: é de transição • Hemoptóico: com presença de raios de sangue • Serosa: com H2O, eletrólitos, proteínas e poucas células. Edema pulmonar agudo: rico em espuma rósea. • Purulenta: rica em piócitos e com uma alta [ ] de células. OBS.: DPOC magro → não expectora; DPOC gordo: expectoração constante. OBS. 2: bronquíticos crônicos: mucoide → purulenta. (Sinal de infecção pneumocócica e hemófila) OBS. 3: quando possui bronquiectasia = eliminação de secreção pela manhã. Presença ou ausência: diferencia lesões alveolares (pneumonias bacterianas → no início: sem expectoração, depois com secreção abundante – amarela esverdeada a hemoptoico) das intersticias (pneumonias viróticas). VÔMICA: É uma eliminação pela glote de grande quantidade de pus, catarro hemático, ou líquidos de outras naturezas. Pode ser única ou fracionada, proveniente do tórax ou abdome. Alguns abcessos/cistos drenados para os brônquios. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 Causas: abcessos pulmonares, pneumonia necrosante, mediastinites supuradas e abcessos subfrênicos. HEMOPTISE: É procedente do trato respiratório inferior (traqueia, pulmão...). É caracterizada como sangue pela boca através da Glote. Epistaxe → hemorragia nasais, rinorragia por traumatismo ou manipulação de espirros. ORIGEM: • De origem brônquica temos a ruptura dos vasos maiores • De origem alveolar temos a ruptura dos capilares ou transução de sangue. Hemoptise da A. brônquica: maciço, sangue recente ounão, com ou sem catarro. Ex.: bronquiectasia, estenose mitral, fistulas arteriovenosas, tuberculose. Hemoptise da A. pulmonar: é de menor volume. Ex.: pneumonias, abcessos e tromboembolias. HEMATÊMESE x HEMOPTISE: • Hematêmese: aspecto de borra de café, podendo conter ou não restos alimentares, de odor ácido, não arejado. Presença de histórico de úlceras gastroduodenais e esofagite. São não espumosas, com náuseas e vômitos. • Hemoptise: podem ocorrer com ou sem a ruptura vascular. Sangue com aspecto arejado. A tosse (prurido na garganta), é espumosa e vermelho-vivo. Tem como sintomas a dispneia (tamponamento traqueal) e a febre OBS.: o prognóstico de hemoptise não é decidido pelo volume de sangue eliminado. NA SEMIOLOGIA: • Volume de sangue • Número de episódios e intervalos entre eles • Início (quando e como?) • Sintomas associados • Aspecto (vermelho-vivo? Muco ou pus? Sangue? Espumoso? Com bolhas de ar ou coágulos?) PRINCIPAIS CAUSAS DA HEMOPTISE: • Bronquiectasia; • Tuberculose pulmonar; • Câncer de pulmão; • Embolia pulmonar com infarto; • Abscesso de pulmão; • Estenose mitral, insuficiência cardíaca esquerda, coagulopatias Característica Hemoptise Hematêmese Pródromos Tosse, prurido na garganta Náuseas e vômitos Aspecto Espumoso Não-espumoso Cor Vermelho-viva Vermelho- escuro ou em borra de café Sintomas associados Dispneia e febre Epigastralgia e náuseas Associação com Escarro hemático antes e depois Restos alimentares Antecedentes patológicos Pneumopatia e cardiopatia Hepatopatia DISPNEIA: É uma dificuldade de respirar (consciente ou não). Os sintomas são subjetivos e os sinais são objetivos. Quando ocorre: aos grandes, médios, pequenos esforços ou de repouso. Podendo ser acompanhada de taquipneia (aumento da frequência) ou hiperpnéia (aumento da amplitude). Ela pode ser: ortopnéica (piora deitado e melhora sentado ou em pé) ou trapapnéia (ocorre em decúbito lateral → Ex.: derrame pleural – vai deitar do lado saudável) CAUSAS: • Atmosféricas: pobre em O2 → diminuição da pressão parcial → inicialmente vai surgir a taquipneia. • Obstrutivas: diminuição do calibre. Pode ser intraluminal, parietal ou mista. OBS.: obstruções podem ser desde a faringe até bronquíolos (sempre mistos). • Parenquimatosas: diminuição da área de hematose. Ex.: condensação e rarefação. • Torapulmonares: modificação na dinâmica pulmonar; Diminuição da elasticidade e movimentação ou assimetria nos hemitoráx. • Diafragmática: interferência do M. diafragma → paralisia, hérnias ou elevação. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 • Pleural: dor → aumento com a inspiração. Com isso o paciente vai começar a evitar, o que vai causar dispneia. Derrame (sem dor) → diminui com a expansão pulmonar. • Cardíacas: mau funcionamento. Congestão passiva do pulmão. • Origem neurogênica: altera o ritmo. (hipertensão craniana) • Origem psicogênica: dispneia suspirosa → hiperventilação → alcalose CAUSAS AGUDAS (30 DIAS) • DPOC; • IVE (insuficiência ventricular esquerda); • ICC (insuficiência cardíaca congestiva); • Asma brônquica • Fibrose pulmonar intersticial difusa; • Derrame pleural (evolução lenta) Na semiologia: • Tempo • Constante ou vai e volta? • Acompanhado de chiado, febre, tosse, dor, hemoptise? • Súbito ou gradual? • Esforços? repouso? Ortopneia? • Fator desencadeante aparente após inicio • Fator de melhora ou piora • Intensidade? Pode fazer tarefas habituais? OS DIFERENTES TIPOS: Dispneia aos pequenos, médios e grandes escalas; Ortopnéia é obrigado a sentar para alívio; Taquipneia é frequência aumentada Hiperpenéia é a amplitude aumentada; Trepopnéia no derrame pleural, aparece no decúbito lateral, deitando no lado são; ESCALA DE DISPNEIA DO MEDICAL RESERACH Grau Atividade 0 Sinto falta de ar ao realizar exercício intenso 1 Sinto falta de ar quando aperto meu passo ou subo escadas ou ladeira 2 Preciso parar algumas vezes quando ando no meu passo ou ando mais devagar que as outras pessoas da minha idade 3 Preciso parar muitas vezes devido a falta de ar quando ando perto de 100m ou poucos minutos de caminhada no plano 4 Sinto tanta falta de ar que não sai de casa ou preciso de ajuda para me vestir ou tomar banho OUTRAS CAUSAS DA DISPNEIA: • Obesidade mórbida; • Cifoescoliose grave; • Anemia grave; • Ansiedade/síndrome do pânico; • Doenças neuromusculares com paralisia da musculatura respiratória; • Acidose metabólica; • Grandes altitudes; • Falta de condicionamento físico/exercício extenuante SIBILANCIA: Semelhante a chiado ou chieira: ocorre na fase da expiração, quase sempre com dispneia, tom musical comparado a miado. É uma consequência do menor calibre da árvore brônquica devido espasmos. Pode indicar neoplasia ou corpo estranho. Quando persistente, localizada ou unilateral. Causas brônquicas ou pulmonares: asma, bronquite, eosinófilos, tuberculose brônquica, drogas colinérgicas, B bloqueador colinérgico. OBS.: insuficiência ventricular esquerda é a causa não pulmonar que mais provoca chiado → asma cardíaca Sibilância noturna: ambiente em silencio, posição deitada (diminuição do volume pulmonar e diâmetro das vias), menor produção de corticoides e catecolaminas endógenas, reflexo e alérgenos. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 DOR TORÁCICA: Pode apresentar causas diversas e de locais diferentes. • Aguda • Intensa e em pontadas • Localizada e bem delimitadas • Não se irradia • A dor aumenta com a tosse e movimentos do tórax. Quando a dor desaparece surge a dispneia Dor relacionada com doenças pulmonares: parede, traqueia, diafragma, brônquios...) CAUSAS: 1. Causas pulmonares • Pneumonias pleurais • Pneumotórax • Embolia pulmonar 2. Causas extrapulmonares • Parede torácica → lesões, hérnias de disco, artrites • Cardiovascular → angina, infarto agudo do miocárdio, pericardite, prolapso da valva mitral • Digestório: esofagite de reflexo, pancreatite • Mediastino: mediastinites, tumores, pneumomediastino • Psiquíco: ansiedade NA PARTE SEMIOLOGICA: • Quando e como começou, fator desencadeante • Curso: continua ou recorrente? • Frequência e duração • Onde, no tórax é a dor? • Irradia • Intensidade: relação entre tecido lesado e intensidade da dor. Como o paciente descreve essa dor? Pontada? Peso? Aperto? Facada? Latejante? O que piora? Respiração? Tosse? Esforço físico? Movimentos dos braços ou pescoço? O que alivia? Quais sintomas você tem associado?Tosse? Febre? Dispneia? Hemoptise? Chiado? CIANOSE: Coloração azulada da pele e mucosas pelo aumento da hemoglobina reduzida no sangue arterial capilar. Pode ser central, periférica ou mista. OBS.: falsa cianose → metemoglobina (hemoglobina que não se liga ao O2). Cianose central: diminuição do O2 no sangue arterial. • Diminuição do O2 no sangue inspirado (altitudes, rarefeito), curto circuito arterial venoso; • Processos prejudicadores da função respiratória da ventilação, perfusão e difusão. (hipoventilação → comprometimento difuso); Cianose periférica: • Sangue capilar perde mais O2 nos tecidos que o normal. • Vasoconstricção • Insuficiência circulatória periférica • Choque séptico (diminuição do calibre das arteríolas periféricas) • Fase cianótica de fenômeno de Raynaud (aumento da pressão venosa → local (trombose venosa) ou generalizada (ICC com diminuição do débito cardíaco) Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR EDVALDO – AULA 09 Semiologia Medica – Sindromes do Sistema Respiratorio SÍNDROME BRÔNQUICA: Enfermidades que podem causar redução do calibre, dilatação e/ou hipersecreção brônquica. Pode se manifestar por meio de dispneia acompanhadas de sensação de constrição ou aperto no tórax, dor torácica difusa, sibilância e tosse. As enfermidades mais comuns são: • Asma; • DPOC; • Bronquiectasia; • Infecções traqueobrônquicas. ASMA BRÔNQUICA: Caracterizada por sibilos, roncos e/ou estertores grossos. Podendo haver aumento da frequência respiratória e até redução bilateral da expansibilidade se o paciente estiver hiperinsuflado. Também pode ocorrer hipersonoridade, redução do frêmito toracovocal e do murmúrio vesicular bilateral. BRONQUITE CRÔNICA DA DPOC: Se manifesta com tosse e expectoração mucopurulenta de pequeno volume, sendo persistente por meses. O paciente pode ter épocas de melhora ou piora se teve contato com infecções, poluição atmosférica e tabaco. O principal achado será estertores grossos disseminados em ambos hemitórax. Os roncos e sibilos são frequentes, com redução bilateral da expansibilidade, hipersonoridade e redução do frêmito toracovocal e do murmúrio vesicular. BRONQUIECTASIA: Temos a tosse produtiva, com expectoração mucopurulenta abundante, principalmente pela manhã. Lembrar que as hemoptises são frequentes. Na inspeção podemos ter o aumento da FR, alteração do frêmito toracovocal (diminuído pela broncoconstrição). Na percussão, teremos hipersonoridade e redução do murmúrio vesicular. Na ausculta teremos estertores grossos, roncos e sibilos. INFECÇÕES BRÔNQUICAS: Causada por vírus, paciente tem sintomas gerais como febre, cefaleia. Além disso, tem o desconforto retroesternal, rouquidão, tosse seca, que se torna mucosa e depois mucopurulenta. Na ausculta podemos observar estertores grossos em ambos pulmões, além de roncos e sibilos esparsos, inconstantes. Percussão e palpação sem alterações. RESUMO SINTOMAS: dispneia e tosse (podem estar ausentes); INSPEÇÃO: dispneia, tórax em posição de inspiração profunda e tiragem; PALPAÇÃO: frêmito toracovocal normal ou diminuído; PERCUSSÃO: normal ou hipersonoridade; AUSCULTA: diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada, sibilos predominantes expiratórios em ambos campos pulmonares; pode haver roncos e sibilos. SÍNDROMES PARENQUIMATOSAS: As principais são: • Consolidação; • Atelectasia; • Hiperareação; • Congestão passiva dos pulmões; • Escavação ou caverna pulmonar; RESUMO da Síndrome de Consolidação Pulmonar SINTOMAS: tosse produtiva, dispneia e dor torácica; INSPEÇÃO: expansibilidade diminuida PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentando Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 PERCUSSÃO: submaciez ou maciez AUSCULTA: respiração brônquica substituindo o murmúrio vesicular, sopro tubário, broncofonia ou ergofonia, pectorilóquia e estertores finos. RESUMO da Atelectasia Tem como causa mais comum as neoplasias e corpos estranhos que ocluem o lúmen dos brônquios. Quanto maior a área comprometida, mais intensas são as manifestações: SINTOMAS: dispneia e tosse seca; INSPEÇÃO: retração do hemitórax e tiragem; PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído ou abolido; PERCUSSÃO: submaciez ou maciez AUSCULTA: som broncovesicular; ressonância vocal diminuída; RESUMO de Enfisema Pulmonar É o aumento anormal dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhadas de modificações estruturais das paredes alveolares. Sua manifestação MAIS importante é a dispneia que vai se agravando de forma lenta e no final pode gerar uma insuficiência respiratória. Já na fase inicial do exame do tórax, a gente encontra redução do murmúrio vesicular e expiração prolongada. SINTOMAS: dispneia; INSPEÇÃO: expansibilidade diminuída e tórax em tonel nos casos avançados; PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído; PERCUSSÃO: sonoridade pulmonar normal de início e hipersonoridade à medida que a enfermidade se agrava; AUSCULTA: murmúrio vesicular diminuído; fase expiratória prolongada; ressonância vocal diminuída; Enfisema: pulmão fica mais escuro e os lábios estão semi-cerrados. • Pacientes longilíneos e magros • Uso de cigarro (a partir de 20 anos maço) → destruição do sistema responsável pelas trocas (alvéolos e saco) → as fibras elásticas vão ser destruídas → um alvéolo vai se juntar com outro (aparência de quijo suíço). Hiperinsuflação do pulmão, retificação dos arcos costais, da cúpula diafragmática e aumento do hemitórax do paciente (aprisionamento aéreo) → vai ser visto no raio x. RESUMO da Congestão Passiva dos Pulmões As principais causas podem ser: • Insuficiência ventricular esquerda; • Estenose mitral; O líquido se acumula no interstício, causando dispneia de esforço, dispneia de decúbito e dispneia paroxística noturna. Além de causar tosse seca e sibilância. SINTOMAS: dispneia e tosse seca ou com expectoração rósea; INSPEÇÃO: expansibilidade normal ou diminuída; PALPAÇÃO: expansibilidade e frêmito toracovocal normal ou aumentado; PERCUSSÃO: submaciez nas bases pulmonares; AUSCULTA: estertores finos nas bases; prolongamento do componente expiratório; ressonância vocal normal RESUMO da Escavação Pulmonar Pode ocorrer nos abcessos, neoplasias, micoses, mas a causa principal ainda é a TUBERCULOSE. A manifestação que predomina é a tosse produtiva e vômica fracionada. SINTOMAS: dispneia e tosse seca ou com expectoração rósea; INSPEÇÃO: expansibilidade normal ou diminuída; PALPAÇÃO: expansibilidade e frêmito toracovocal normal ou aumentado; PERCUSSÃO: submaciez nas bases pulmonares; AUSCULTA: estertores finos nas bases; prolongamento do componente expiratório; ressonância vocal normal. TUBERCULOSE: Tuberculose (doença de ápice): infecção do parênquima pulmonar igual a pneumonia. Bacilo se replica 1x por dia → febre alta 1x por dia, geralmente vespertina (a noite). É uma doença subaguda (mais arrastada), começa com tosse (2 – 3 semanas depois procura o médico, junto com a febre). Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos| Turma IX | 2020.1 Essa tosse começa seca, depois com expectoração e só depois tem hemoptise (4 semanas). Há um hiporexia (perda de apetite, começando a emagrecer depois). 1. Queixa principal: varia de acordo com o paciente e do momento em que procurou o médico. 2. Exame físico: Inspeção: Sem grandes alterações, no começo. Pode ter perda de peso. Palpação: Não existe muito frêmito toracovocal. Ausculta: Murmúrio vesicular diminuído e sopro tubário (som na cavidade) Percussão: Som timpânico (hipersonoridade) → em buracos grandes. OBS.: na prática, a tuberculose inicial tem exame físico normal, podendo ouvir estertores creptantes em ápice (mas não é o exame físico que orienta e, sim, a queixa principal e a HDA). OBS. 2: a cultura vai fechar o diagnóstico. OBS.3: baciloscopia + → suspeita muita e começa o tratamento. BAR POSITIVO pode ter outros microrganismos causadores, portanto ele não feche diagnóstico. PNEUMONIA Pneumonia (doença de base): pneumococos (reproduz a cada 2 horas → bacteremia (intervalo, fator de necrose, ativação das plaquetas)). Queixa principal: dispneia; apresenta tosse, secreção, febre (alta), taquipneia, taquicardia (raramente normal; bradipneia é em extrema gravidade). Sensação de doente: doença aguda (paciente de emergência) Antecedentes: uso de corticoides, neoplasias, doenças imunodepressoras. → pneumonias em recém-nascidos e idosos: extremamente grave, cursa com hipotermia, bradicardia, leucopenia pois o paciente não tem sistema imunológico para reagir. OBS.: a A. pulmonar direita é muito proeminente, principalmente, na base pulmonar e pode ser confundida com pneumonia → crianças OBS.2: idosos tem menor reserva, logo tem maior dispneia. 1. Exame físico: Inspeção: • taquipneia • uso da musculatura acessória (tiragem) (cervical, intercostal, supraclavicular) em pneumonia grave • batimento da asa do nariz • acamado (astenia) • calafrios • pode ser encontrado sinais de hipotensão e desidratação. Palpação: • frêmito toraco vocal aumentado (brônquio pérvio) → pulmão mais sólido (denso). O ar passa pelo brônquio e vai ser sentido melhor • frêmito toraco vocal diminuído → brônquios diminuídos/obstruídos Percussão: • pneumonia inicial: sonoridade normal • condensação maior: som submaciço • pneumonia grave, lobar: maciço OBS.: normalmente encontra de normal a submaciço. Ausculta: • estetores creptantes (ar passando pela secreção), pode ter sibilos mas não como queixa principal. SÍNDROMES PLEURAIS: A pleurite é a inflamação dos folhetos, podendo ocorrer na tuberculose, pneumonias, moléstia reumática e colagenoses, viroses e neoplasias. Quando agudo, o principal sintoma é a dor localizada em um dos hemitórax, podendo ser acompanhado de tosse, dispneia e febre. A inflamação da pleura evolui com a produção do líquido entre os folhetos, afastando visceral do parietal, causando o desaparecimento da dor pleurítica e do atrito pleural. Pode evoluir para um derrame pleural. SINTOMAS: dor torácica ventilatória dependente; INSPEÇÃO: expansibilidade diminuída; PALPAÇÃO: expansibilidade e frêmito diminuídos; PERCUSSÃO: sonoridade normal ou submaciez; AUSCULTA: atrito pleural Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 DERRAME PLEURAL: Observado em pleurites, pneumonias, neoplasias, colagenoses, síndrome nefrótica e insuficiência cardíaca. ICC: aumento da pressão hidrostática → liquido vasa para o líquido intersticial. OBS.: pode ocorrer só de um lado (direito) → + vascularizado. Insuficiência hepática (cirrose hepática) → diminuição da pressão coloidosmóitca. OBS.: tanto no ICC quanto na insuficiência hepática geralmente é um derrame bilateral e pequeno. Própria pleura está doente: Tuberculose (pulmonar ou pleural): inflamação da pleura → pode haver somente uma síndrome pleural. OBS.: tem derrame pequeno Pneumonia: bactéria pode atingir a pleura (a partir da evolução da condensação) Oncológico - metástase - muita dor ao respirar - emagrecimento - derrame volumoso e unilateral. SINTOMAS: dispneia, tosse e dor torácica; INSPEÇÃO: expansibilidade diminuída; PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal abolido na área do derrame e aumentado na área do atrito com líquido pleural; PERCUSSÃO: maciez; AUSCULTA: murmúrio vesicular abolido no derrame, egofonia e estertores finos na parte em contato com o líquido. PNEUMOTÓRAX: O que acumula no espaço pleural será o AR através de uma possível lesão traumática. As principais manifestações são: • Tosse seca; • Dispneia; • Dor no hemitórax comprometido; Comum em trabalhadores de alta pressão. Com o aumento da altura o pulmão aumenta e com a diminuição da altura o pulmão diminui/colaba. SINTOMAS: dispneia dor torácica; INSPEÇÃO: normal ou abaulamentos dos espaços intercostais quando a quantidade de ar é grande; PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído; PERCUSSÃO: hipersonoridade ou som timpânico; AUSCULTA: murmúrio vesicular diminuído; ressonância vocal diminuída. RESUMINHOS ALGUMAS DOENÇAS: BRONQUITE CRÔNICA • Brevelíneo e gordo • Tosse com pigarro • Excessiva secreção de muco na árvore brônquica É outro tipo de alteração decorrente do cigarro → hipertrofia da camada de células glandulares devido a inflamação → fica mais espessa, o que vai produzir mais muco. OBS.: brônquio estreito → ronco, sibilos, catarro matinal. OBS. 2: os estertores grossos são espalhados por todo o pulmão. • Paciente acianótico, com hipoxemia → azulado = blue bloater. OBS.: tanto a bronquite quanto o enfisema podem ser causados pelo cigarro, e com isso eles vão apresentar o mesmo tratamento. E na maioria das vezes há um misto os dois. Queixa principal: dispneia progressiva e lenta → diferente da pneumonia por não ser aguda Aos grandes esforços (50 anos) Aos médios esforços (55-60 anos) Aos pequenos esforços (65-70 anos) HDA: dispneia progressiva X tosse com expectoração. Antecedentes: Tabagismo (20 anos maço) → cálculo: quantidades de maço por dia X quantidade de anos fumados. OBS.: qualquer pessoa com + de 20 anos maço deve suspeitar de DPOC → indicar espirometria. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 Exame Físico: 1. Inspeção • Tórax em tonel (ar aprisionado) com uso de musculatura intercostal 2. Palpação • frêmito toraco vocal diminuído (diminuição da área para o ar circular) 3. Percussão • aumento da sonoridade (hipertimpanismo) → principalmente no enfisematoso OBS.: no paciente com bronquite crônica, as vezes, é quase normal. 4. Asculta • inicio normal • gravidade: Enfisema → murmúrio diminuído ou normal Brônquite → estertores creptantes (camada glandular espessa), sibilos e roncos OBS.: o exame físico pode ser normal no início, até mesmo sem a dispneia. Só vai notar alterações na espirometria, não sendo necessário esperar por alterações semiológicas. ASMA Pode ser presente desde a infância, cursando com episódios de broncoespasmos desencadeados, principalmente, por exposição a alérgenos. HDA: • dispneia intermitente (variável), roncos e sibilos • inflamação na parede brônquica → alergias à poeira, fumaça, mudanças de tempo (maior abundância de mofos) Exame físico: OBS.: sem crise → normal; em crise → taquipneia, uso da musculatura acessória, batimentoda asa do nariz. 1. Palpação: Frêmito toraco vocal normal, mas se a crise for muito intensa ele pode estar reduzido. 2. Percussão: Na crise, pode haver retenção de ar → produzindo hipertimpanismo (pouco) → visível pelo raio x que vai mostrar pouca retenção. 3. Ausculta: Sibilos (predominantemente expiratório) e roncos Diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA TERESA – AULA 10 Semiologia Medica – Sintomatologia Cardiovascular 1 INTRODUÇÃO Nas crianças e jovens, predominam as anomalias congênitas e os episódios iniciais da moléstia reumática. Já dos 20 aos 50 anos, a doença de Chagas e a hipertensão arterial são mais frequentes. Ao avaliarmos pacientes acima da quinta década, a doença arterial coronariana – angina de peito e infarto agudo do miocárdio, é mais frequente. Em relação ao sexo, lesões mitrais, especialmente a estenose e o prolapso da valva mitral, ocorrem mais em mulheres jovens, enquanto a aterosclerose coronária predomina no sexo masculino até os 45 anos de idade. Em relação ao fato racial, a HAS, além de ser mais frequente em negros, aparece em faixas etárias mais baixas e apresenta evolução mais grave nesses indivíduos. Em relação à profissão, o esforço físico intenso tem relação com insuficiência cardíaca. Já o estresse emocional ou profissões que o provocam constituem um fator importante no aparecimento de hipertensão arterial e cardiopatia isquêmica. A naturalidade e o local da residência relacionam-se com as doenças endêmicas, salientando-se em determinadas regiões a alta incidência da doença de chagas. Nos antecedentes familiares, podemos ter uma incidência de HAS e cardiopatias isquêmicas. Dentre os hábitos de vida, podem se destacar o tabagismo/sedentarismo/alcoolismo que se relacionam fortemente com o aparecimento de aterosclerose e HAS. Sobre as condições socioeconômicas e culturais, temos que nas classes B-C predomina o aparecimento de doenças reumáticas, enquanto nas classes B-E predomina o aparecimento da doença de chagas. SINAIS E SINTOMAS: Alguns sinais e sintomas, ainda originados no próprio coração, outros em diferentes órgãos nos quais repercutem com mais intensidade as alterações do funcionamento cardíaco podem nos ajudar a pensar numa possível cardiopatia Seriam eles: • Dor cardíaca; • Dispneia; • Chieira; • Desmaio (lipotimia e síncope); • Alterações do sono; • Asternia; • Palpitações; • Tosse; • Hemoptise; • Cianose; • Edema DOR PRECORDIAL NÃO É SINONIMO DE DOR CARDÍACA!!! Mas por que? A dor pode ter origem no coração e em outros órgãos ou estruturas como pleura, esôfago, aorta, mediastino, estômago e na parede torácica. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Primeiramente a dor surge em qualquer camada do coração, passa para o plexo cardíaco, penetram nos nervos simpáticos torácicos superiores por meio de ramos comunicantes e chegam nos gânglios espinais correspondentes. As fibras nervosas aferentes transitam pelos nervos cardíacos superior, médio e inferior, alcançando cadeias cervicais, seguem pelos gânglios cervicais inferiores e primeiro dorsal antes de passarem através dos ramos brancos até raízes dorsais. DOR NA ISQUEMIA MIOCÁRDICA: Em razão da hipóxia celular, sempre que houver desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio Substâncias que estimulam as terminações nervosas: • Ácido láctico; • Potássio; • Cininas; • Prostaglandinas; • Nucleotídeos IAM por aterosclerose coronária, assumindo características especiais na angina de peito. E quais são as características importantes para essa doença? • Localização; • Caráter; • Duração; • Irradiação; • Intensidade; • Frequência; • Fatores desencadeantes ou agravantes; • Fatores atenuantes • Sintomas concomitantes Retroesternal, podendo ser sentida à esquerda ou, mais raramente à direita da linha esternal. Se a dor é percebida na pele ou em outras estruturas superficiais, é possível afirmar que se origine na parede torácica. Já a dor perimamilar quase nunca é causa cardíaca (pode ser osteoartite, distensão do estômago ou do ângulo esplênico). Dor nas articulações condroesternais que piora à palpação caracteriza a osteocondrite (síndrome de Tietze). Está relacionada com sua intensidade, quanto mais intensa, maior a probabilidade de irradiar-se. A dor por obstrução de uma artéria coronária pode ter diversas irradiações: Pavilhões auriculares, maxilar inferior, nuca, região cervical, membros superiores, ombros, região epigástrica e região interescapulovertebral. dor em qualquer camada do coração plexo cardíaco nervos simpaticos torácicos superiores ramos comunicantes gânglios espinais correspondentes fibras nervosas aferentes nervos cardíacos cadeias cervicais gânglios cervicais inferiores e primeiro dorsal ramos brancos e raizes dorsais LOCALIZAÇÃO: IRRADIAÇÃO: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 A dor anginosa é quase sempre do tipo constritiva. Outros tipos são: dor em queimação, ardência no precórdio, formigamento ou facada. A dor da angina de peito tem duração curta, em geral de 2 a 3 min, raramente ultrapassando 10 min. De origem hipoxia miocárdica, sem alteração necrótica. Na angina instável, a dor é mais prolongada, chegando a durar 20 min, pois nesta síndrome já há alterações histológicas. No infarto agudo do miocárdio, quando ocorrem alterações necróticas, a dor dura mais de 20 min, podendo chegar a algumas hora. Dor leve é quando o paciente a sente, mas não se fixa nela, relatando‐a, muitas vezes, como uma sensação de peso ou desconforto Dor moderada é quando incomoda bastante o paciente e agrava‐se com os exercícios físicos. Dor intensa é aquela que inflige grande sofrimento, obrigando o paciente a ficar o mais quieto possível, pois ele percebe que a dor se agrava com os movimentos ou pequenos esforços. Acompanha‐se de sudorese, palidez, angústia e sensação de morte. Dor da angina de peito ocorre quase invariavelmente após esforço físico, mas pode ser também desencadeada por condições que aumentam o trabalho cardíaco, por exemplo, como emoções, taquicardia, frio e após refeição copiosa.No infarto agudo do miocárdio, a dor costuma ter início com o paciente em repouso. A dor retroesternal, que ocorre após vômitos intensos, deve‐se à laceração da mucosa do segmento inferior do esôfago. A dor torácica, em consequência das mudanças de decúbito ou de movimentos do pescoço, origina‐se na coluna cervical ou dorsal (osteoartrite, hérnia de disco). A dor retroesternal e epigástrica durante a deglutição é causada por espasmo esofágico ou esofagite. A dor que se agrava com a tosse pode ocorrer em virtude de pericardite, pleurite ou compressão de uma raiz nervosa. O alivio da dor pelo repouso é bem característico da angina do peito. Dessa forma, o uso de vasodilatadores pode fazer a dor desaparecer. Na angina do peito, a dor desaparece em 3 ou 4 min, se levar um maior tempo (5-10min), provavelmente não se trata de uma angina clássica e sim de uma angina instável. A dor de pericardite aguda pode ser amenizada ou cessar quando o paciente inclina o tórax para frente ou o comprime com um travesseiro. Precordalgia intensa, acompanhada de náuseas, vômitos e sudorese fria, sugere infarto agudo do miocárdio. Dorprecordial durante crise de palpitações pode decorrer de isquemia provocada por taquiarritmia. DOR DE ORIGEM PERICÁRDICA: É mais aguda que a da angina de peito, na região retroesternal junto do rebordo esternal esquerdo e irradia‐se para o pescoço e as costas. Pode ser do tipo “constritiva”, “peso”, “opressão”, “queimação” e apresentar grande intensidade; Costuma ser contínua – durante várias horas –, não se relaciona com os exercícios, agrava‐se com a respiração, com o decúbito dorsal, com os movimentos na cama, com a deglutição e com a movimentação do tronco. Alívio quando inclina o tórax para frente ou ao se colocar na posição genupeitoral. O mecanismo provável da dor da pericardite é o atrito entre as membranas e ou por líquido. É provável que a irritação das estruturas vizinhas – pleura mediastinal, por exemplo – também participe do mecanismo da dor da pericardite. DOR DE ORIGEM AÓRTICA: Os aneurismas da aorta geralmente não provocam dor, mas a dissecção aguda da aorta determina quadro doloroso importante, com início súbito, muito intensa, do tipo lancinante, de localização retroesternal ou face anterior do tórax, com irradiação para o pescoço, região interescapular e ombros. O paciente costuma ficar inquieto. Deita, levanta, revira-se na cama, adota qualquer postura no intuito de minimizar a dor, comprime o tórax com um travesseiro. CARÁTER OU QUALIDADE: DURAÇÃO: INTENSIDADE: FATORES DESENCADEANTES OU AGRAVANTES: MANIFESTAÇÕES CONCOMITANTES: FATORES ATENUANTES DA DOR: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 DOR DE ORIGEM PSICOGÊNICA: Indivíduos com ansiedade e/ou depressão = síndrome da astenia neurocirculatória ou neurose cardíaca Localização da dor se dá na ponta do coração,tipo surda, persistindo por horas ou semanas, acentuando‐se quando o paciente sofre contrariedades ou emoções desagradáveis. Não está relacionada com exercícios e pode ser acompanhada de hipersensibilidade do precórdio. Nas crises de dor, pode ocorrer ainda palpitações, dispneia suspirosa, dormências, astenia, instabilidade emocional e depressão. A dor alivia‐se parcialmente com repouso, analgésicos, tranquilizantes e placebos. A preocupação que os pacientes com angina de peito ou que já sofreram infarto agudo do miocárdio têm com o coração é tão grande, que eles se alteram emocionalmente com qualquer tipo de dor torácica. Em alguns, torna‐se difícil diferenciar a dor precordial isquêmica da dor psicogênica. PALPITAÇÕES: Percepção incômoda dos batimentos cardíacos, “batimentos mais fortes”, “falhas”, “arrancos”, “paradas”, “tremor no coração”, “coração deixando de bater”, “coração aos pulos”, além de outras. A PERCEPÇÃO INCÔMODA DA PALPITAÇÃO NEM SEMPRE SIGNIFICA ALTERAÇÕES DO RÍTIMO CARDÍACO, COMO UM QUADRO DE ARRITMIA, POR EXEMPLO. São contrações cardíacas mais fortes e mais intensas, lentas ou rápidas, rítmicas ou arrítmicas, decorrentes de transtornos do ritmo ou da frequência cardíaca. Há 3 tipos principais de palpitações: • as palpitações de esforço, • as que traduzem alterações do ritmo cardíaco • as que acompanham os transtornos emocionais DISPNEIA: Designação de cansaço, canseira, falta de ar, fôlego curto, fadiga ou respiração difícil. É um dos sintomas mais importantes dos portadores de cardiopatia. Preciso diferenciá-la da astenia e da fatigabilidade, o que se consegue ao perguntar aos pacientes as características de sua queixa. Sensação consciente e desagradável do ato de respirar. Semiologicamente, apresenta‐se de 2 maneiras: uma subjetiva, que é a dificuldade respiratória sentida pelo paciente, objetiva, que se evidencia pela aceleração dos movimentos respiratórios (taquipneia) e pela participação da musculatura acessória. A dispneia em paciente com lesão cardíaca indica congestão pulmonar. A dispneia da insuficiência ventricular esquerda apresenta características quanto ao tempo de duração, evolução, relação com esforço e posição adotada pelo paciente. Os dados anamnésicos possibilitam reconhecer os seguintes tipos de dispneia: ▪ dispneia de esforço, ▪ dispneia de decúbito (ortopneia), ▪ dispneia paroxística noturna e ▪ dispneia periódica ou de Cheyne‐Stokes. A dispneia de decúbito surge quando o paciente se põe na posição deitada. Para melhorar, o paciente eleva a cabeça e o tórax, usando 2 ou mais travesseiros. A causa é o aumento da congestão pulmonar nesta posição pelo maior afluxo de sangue proveniente dos MMII e do leito esplânico. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 A dispneia paroxística noturna normalmente faz com que o paciente acorde com intensa dispneia, acompanhada de sufocação, tosse seca e opressão torácica, dessa forma o paciente costuma sentar ou ficar em pé. Uma crise pode ter broncoespasmo, responsável pelo aparecimento de sibilos podendo ser denominada até de uma asma cardíaca. Em crises mais intensas, o paciente pode ter uma tosse com expectoração espumosa branca ou rosada, cianose, respiração ruidosa, sendo bastante característico de um edema agudo de pulmão. A dispneia de Cheyne-Stokes caracteriza-se por períodos de apneia, seguidos de movimentos respiratórios, superficiais a princípio, mas que se tornam cada vez mais profundo, até chegar a um máximo, depois diminuem paulatinamente de amplitude até uma nova fase de apneia. Classificação dos cardiopatas de acordo com capacidade funcional - NYHA CLASSE I Paciente com doença cardíaca, porém sem limitação de atividade física. A atividade física não provoca dispneia, fadiga exagerada, palpitação e nem angina de peito. CLASSE II Paciente com doença cardíaca que apresentam limitação na atividade física. Sentem-se bem em repouso, mas a atividade provoca dispneia, fadiga, palpitação e angina. CLASSE III Pacientes com doença cardíaca que apresenta acentuada limitação em atividades físicas. Sentem-se bem em repouso, porém pequenos esforços já provocam dispneia, fadiga, palpitação e angina. LASSE IV Pacientes com doença cardíaca que é incapaz de exercer qualquer atividade. Os sintomas existem mesmo que em repouso e se acentuam com a atividade. TOSSE E EXPECTORAÇÃO: A tosse é um sintoma frequente na insuficiência ventricular esquerda, constituindo um mecanismo de valor na manutenção da permeabilidade da árvore traqueo‐brônquica nos casos em que houver aumento de secreções; é do tipo serosa, de pouca consistência, contém ar e rica em albumina. É seca e mais intensa à noite, podendo ser muito incômoda. Causa é a congestão pulmonar associada à dispneia, pode ter infeção bacteriana e ter secreções mucopurulentas. No edema pulmonar agudo, a tosse acompanha‐se de expectoração espumosa de cor rósea (vômito nas crianças). Ruptura de vasos endobronquiais dilatados, na estenose mitral; e necrose hemorrágica dos alvéolos, nos casos de infarto pulmonar. Nos aneurismas da aorta, pericardite e grande dilatação do átrio esquerdo, podem ocorrer acessos de tosse por compressão brônquica, irritação do vago ou do ramo recorrente. SIBILÂNCIA, CHIEIRAOU CHIADO: Ruido pela passagem de ar, em alta velocidade, através de vias respiratórias estreitadas. À ausculta, é possível encontrar expiração prolongada e sibilos. O sibilo é um som musical, contínuo, prolongado, predominantemente expiratório, e pode ocorrer também durante a inspiração. É mais frequente na dispneia paroxística noturna na asma cardíaca, quando a congestão pulmonar se acompanha de broncospasmo por edema da mucosa brônquica pela broncoconstrição reflexa. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Asma cardíaca costuma surgir na posição deitada e melhora quando o paciente senta‐se ou fica de pé, sendo acompanhada por taquicardia, ritmo de galope e estertores finos nas bases pulmonares. Asma brônquica, a dispneia não é aliviada pela mudança de posição, os sibilos são disseminados e predominam sobre os estertores. Radiografia simples do tórax evidenciará congestão pulmonar da asma cardíaca, enquanto, na asma brônquica, encontra‐se hiperinsuflação pulmonar. HEMOPTISE: É a expectoração ou eliminação de sangue pelas vias respiratórias, procedente da traqueia, dos brônquios ou pulmões. A hemoptise é acompanhada de TOSSE para a eliminação de sangue. Considera‐se hemoptise a eliminação de mais de 2 ml de sangue, podendo, em certas situações, ser grande o volume de sangue, chegando a ser fatal em alguns casos. Relato de “escarrar sangue”, mas eventualmente se referem como “vômito de sangue”. Diferenciar de hematêmese e epistaxe. Epistaxe é a hemorragia proveniente do nariz, quando falamos de laringe, gengivas e TGI temos a hematêmese (vômito de sangue). DESMAIO - SÍNCOPE E TIPOTIMIA: Lipotimia é a perda súbita e transitória da consciência e do tônus muscular postural (síncope). Causas de redução da irrigação cerebral: - transtornos do ritmo cardíaco - condução do estímulo, - débito cardíaco, - redução do retorno venoso e - hipovolemia. + desordens metabólicas, +síndrome do seio carotídeo. DESMAIO - DIMINUIÇÃO DO FLUXO SANGÚINEO CEREBRAL: CAUSAS CARDÍACAS: CAUSAS EXTRACARDÍACAS: CIANOSE: Examinar à luz do dia, observando‐se os lábios, a ponta do nariz, a região malar (bochechas), os lóbulos das orelhas, a língua, o palato, a faringe e as extremidades das mãos e dos pés. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Significa coloração azulada da pele e das mucosas, como consequência do aumento da HB reduzida=5g/100 ml. CIANOSE DO TIPO CENTRAL: Diminuição da tensão de O2 no ar inspirado, como ocorre nas grandes altitudes. ▪ Transtorno da ventilaçãopulmonar,(obstrução, por aumento da resistência nas vias respiratórias, paralisia dos músculos respiratórios, depressão do centro respiratório, respiração dolorosa superficial, atelectasia pulmonar). ▪ Transtorno da difusão. Por aumento na espessura da membrana alveolocapilar ▪ Transtornos na perfusão em consequência de cardiopatias congênitas, grave insuficiência ventricular direita, embolias pulmonares, destruição da árvore vascular pulmonar ▪ Curto‐circuito (shunt) de sangue, da direita para a esquerda CIANOSE DO TIPO PERIFÉRICO: Perda exagerada de oxigênio ao nível da rede capilar por estase venosa ou diminuição funcional ou orgânica do calibre dos vasos da microcirculação acompanha de pele fria. A causa mais comum de cianose periférica é a vasoconstrição generalizada em consequência da exposição ao ar ou à água fria. Pode aparecer na insuficiência cardíaca congestiva (a estase venosa periférica retarda a circulação nos capilares que se encontram dilatados), no colapso periférico com diminuição do volume‐minuto, ou pode depender de obstáculo na circulação de retorno, como ocorre na flebite ou na flebotrombose. Se o obstáculo estiver no mediastino raços e parte superior do tórax, haverá cianose no rosto, pescoço, braços. CIANOSE DO TIPO MISTA: Acontece quando se associam os mecanismos responsáveis por cianose do tipo central com os do tipo periférico. Insuficiência cardíaca congestiva grave, apresenta congestão pulmonar que impede uma oxigenação adequada do sangue, há estase venosa periférica com grande perda de oxigenação. O teste da água quente e a elevação do membro cianótico podem fazer desaparecer a cianose periférica. A cianose central diminui ou desaparece com a inalação de O2. CIANOSE POR ALTERAÇÃO DA HEMOGLOBINA: Deve‐se a alterações bioquímicas que impedem a fixação do oxigênio pelo pigmento. A existência de meta‐hemoglobina dificulta a oxigenação porque estes derivados da hemoglobina não são facilmente dissociáveis, tendo perdido sua afinidade pelo oxigênio A meta‐hemoglobina produz cianose quando alcança no sangue 20% da hemoglobina total. Essa alteração surge pela inalação ou ingestão de substâncias tóxicas que contêm nitritos, fenacetina, sulfanilamida, anilinas. EDEMA: As expressões “inchaço” e “inchume” são as mais usadas pelos pacientes para relatar este sintoma, crescimento ou distensão do abdome (p. ex., “inchaço na boca do estômago”). Aumento do líquido intersticial, proveniente do plasma sanguíneo. Cumpre salientar que o peso corporal pode aumentar até 10% do peso total, mesmo sem o aparecimento de fóvea na pele. ▪ O edema localizado, como acontece no edema angioneurótico ou inflamatório e na compressão de vasos linfáticos e venosos, ▪ Edema generalizado, resultante de afecções cardíacas, renais, hepáticas, carenciais e do uso de medicamentos, por acúmulo de líquido não se restringe ao tecido subcutâneo e nas cavidades serosas (ascite, hidrotórax, hidropericárdio) Comprova‐se a ocorrência de edema subcutâneo pela depressão, à qual se dá o nome de fóvea. A pele da região edemaciada torna‐se lisa e brilhante quando o edema é recente; no entanto, se for de longa duração, a pele adquire o aspecto de “casca de laranja” Com o agravamento da função cardíaca, o edema acomete o corpo todo, inclusive o rosto. A esta condição, denomina‐se anasarca. Edema cardíaco, se dá pelo desequilíbrio que regula o intercâmbio de líquido, em nível capilar, entre o compartimento intravascular e o intersticial. - pressão hidrostática - pressão oncótica das proteínas - permeabilidade capilar. ASTENIA: Sensação de fraqueza generalizada. Esta expressão define um sintoma de caráter subjetivo, que tem como base uma impotência motora funcional. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 8 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Está presente na maioria dos pacientes com insuficiência cardíaca e infarto agudo do miocárdio. POSIÇÃO DE CÓCORAS: A foi descrita por Taussig em 1947, que a interpretou como um tipo peculiar de dispneia de esforço, próprio dos portadores de cardiopatia congênita cianótica com fluxo sanguíneo pulmonar diminuído (estenose e atresia pulmonar, atresia tricúspide, tetralogia de Fallot e transposição dos grandes vasos). Tais pacientes assumemgradual; o Relação com iluminação; o Visão noturna; o Correção com óculos ou lentes • Diplopia; • Fotofobia (comum em albinos) • Nistagmo: movimento repetitivo rítmico dos olhos. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 • Escotomas: manchas ou pontos escuros no campo visual como moscas que voam diante dos olhos; • Secreção (pus ou lacrimejamento em excesso) • Vermelhidão: vasos na esclerótica; • Alucinações visuais • Deposição de gordura na íris = ocorrendo normalmente com o passar da idade, deixando uma aparência esbranquiçada na borda. ORELHAS: • Dor; • Otorreia: saída de líquido pelo ouvido; • Otorragia: perda de sangue no canal auditivo, relação com traumatismo; • Perda pacial ou total da audição, uni ou bilateral, de inicio súbito ou progressivo; • Zumbidos (campainha, grilos, apitos, chiados); • Vertigem ou tontura: sensação de estar girando em torno dos objetos (vertigem subjetiva) e os objetivos girando em torno de si (vertigem objetiva); o A vertigem é sempre para o mesmo lado? Se for, está relacionada com o ouvido, se não, é de origem cerebelar NARIZ E CAVIDADES PARANASAIS: • Prurido = maneira de coçar pode indicar alguma patologia, como a rinite por exemplo • Dor; • Espirros: isolados ou em crises, quais condições normalmente ocorre; • Obstrução nasal; • Rinorreia: aspecto do corrimento o Aquoso; o Purulento; o Sanguinolento • Epistaxe: hemorragia nasal; • Dispneia: falta de ar; • Hiposmia: diminuição do olfato; • Anosmia: perda total do olfato; • Cacosmia: sentir mal cheiro sem razão; • Parosmia: perversão do olfato, paciente relata um cheiro totalmente diferente do mostrado • Rinolalia: alteração na fonação, voz anasalada CAVIDADE BUCAL E ANEXOS: • Alteração do apetite; o Polifagia ou hiperorexia: o Inapetência ou anorexia; o Geofagia = paciente quer comer terra o Tricofagia = paciente quer comer cabelo o Coprofagia = paciente quer comer fezes • Sialose: produção a mais de saliva • Halitose: mau hálito; • Dor; • Trismo e bruxismo (bruxismo além do trismo cerra os dentes para os lados, gerando uma tensão na ATM e podendo causar dores de cabeças semelhantes a enxaquecas) • Ulcerações e sangramentos (aftas) FARINGE: • Dor de garganta; • Dispneia; • Disfagia: dificuldade de deglutir localizada na bucofaringe sendo uma disfalgia alta; • Tosse (seca ou produtiva) = quando surgiu? É seca ou cheia/produtiva? Consegue colocar a secreção para fora? Caracterizar a secreção • Halitose; • Pigarro: ato de raspar a garganta; • Ronco: pode estar associado à apneia do sono. LARINGE: • Dor; • Dispneia; • Disfonia o Afonia; o Voz lenta/monótona; o Voz fanhosa ou anasalada • Tosse: seca, produtiva, rouca ou bitonal; • Disfagia; • Pigarro TIREOIDE E PARATIREOIDES: • Dor; • Nódulo; • Bócio = Aumento anormal da glândula em forma de borboleta abaixo do pomo de Adão • Rouquidão = relacionado com pacientes com câncer de tireoide invasiva • Dispneia; • Disfagia; VASOS E LINFONODOS: • Dor; • Linfadenomegalias (ínguas); • Pulsações e turgência jugular: veia do pescoço pulada PAREDE TORÁCICA: • Dor; Quando uma categoria também está presente em outro sistema, se for positivo no paciente, para não repetir a informação colocamos “vide, sistema do ouvido) Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 • Dispneia; • Alterações na forma do tórax MAMAS: • Dor; • Nódulos (caroço – SIC) o Localização e evolução; o Modificações durante ciclo menstrual • Secreção mamilar o Uni ou bilateral; o Espontânea ou provocada; o Aspecto da secreção TRAQUEIA, BRÔNQUIOS, PULMÕES E PLEURAS: • Dor; • Tosse seca ou com expectoração; o Frequência; o Intensidade; o Tonalidade; o Relação com decúbito o Período em que predomina • Expectoração; o Volume e cor; o Odor; o Aspecto e consistência; o Mucoide; o Serosa; o Purulenta; o Mucopurulenta; o Hemoptoica = pode estar relacionada com a tuberculose, sendo a tosse com secreção acompanhada de jatos de sangue. • Hemoptise: eliminação de sangue pela boca através da glote, sendo proveniente dos brônquios ou pulmões. Obter dados para diferenciar hemoptise da epistaxe e da hematêmese. • Vômica: eliminação súbita, através da glote, de quantidade abundante de pus ou líquido de aspecto mucoide ou seroso DIAFRAGMA E MEDIASTINO: • Dor = normalmente nos ombros • Soluço: contrações espasmódicas do diafragma, concomitantes com o fechamento da glote, acompanhadas de um ruído rouco, podendo ser isolado ou em crises. • Dispneia. CORAÇÃO E GRANDES VASOS: • Dor; o Isquêmica o De pericardite; o De origem aórtica; o De origem psicogênica • Palpitações: percepção incomoda dos batimentos cardíacos o Tipos de sensação; o Horário do aparecimento; o Modo de instalação e desaparecimento; o Relação com esforço ou outros fatores • Dispneia: relação com esforço ou decúbito • Cianose: central; coloração azulada da pele o Época do aparecimento; o Intensidade; o Relação com choro e esforço • Edema o Época que apareceu; o Como evoluiu; o Região predominante • Astenia: sensação de fraqueza ESÔFAGO: • Disfagia: podendo ser alta ou baixa; • Odinofagia: dor retroesternal durante deglutição; • Pirose: sensação de queimação retroesternal, relacionado com ingestão de alimentos e medicamentos e observar horário que aparece; • Regurgitação: volta à cavidade bucal de alimento ou de secreções contidas no esôfago ou no estômago (caracterizado pelo paciente sentir o gosto do alimento nesse arroto); • Eructação: relação com a ingestão de alimentos ou com alterações emocionais; • Soluço; o Horário em que aparece; o Isolado ou em crise; o Duração • Hematêmese: vômito de sangue o Características do sangue eliminado; o Diferenciar epistaxe de hemoptise ABDOME: • Dor = todo alimento provoca dor ou algum alimento em específico? • Alterações de forma e volume; Lembrar que homens também tem mamas, observar se aparece caroço, se for positivo caracterizar. No caso de secreção mamilar em homem é MUITO grave, enquanto na mulher pode indicar menopausa. Hematêmese: sangramento que vem do estômago Epistaxe: hemorragia nasal Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 o Crescimento do abdome; o Hérnias; o tumorações • Náuseas e vômitos; o Horário; o Relação com ingestão de alimentos; o Aspectos dos vômitos; • Desconforto epigástrico; empazinamento, sensação de distensão por gases, náuseas, intolerância • Diarreia; o Duração e volume; o Consistência; o Aspecto e cheiro • Esteatorreia: aumento da quantidade de gorduras excretadas nas fezes • Flatulência e dispepsia: relação com a ingestão de alimentos. Hemorragia digestiva em aspecto de borra de café (melena) ou sangue vivo (enterorragia); • Obstipação intestina; o Duração e aspecto das fezes • Sangramento anal: relação com defecação • Prurido anal; o Intensidade e horário que predomina; • Dor pancreática: é em cinta no andar superior do abdome, piora com alimentação • Tenesmo: • Disenteria; • Fezes; o Cor e consistência; o Odor diferente e muco; o Vermes e frequência; SISTEMA GENITOURINÁRIO: • Alterações miccionais; o Incontinência; o Hesitação; o Modificações do jato; o Retenção urinária; • Alteração do volume e ritmo urinário; o Poliúria = eliminação de grande volume de urina num dado período, ger. indicativa de diabetes o Oligúria = Secreção insuficiente de urina, baixa produção de urina. o Anúria = Diminuiçãoinstintivamente a posição de cócoras, apoiando as nádegas nos calcanhares, porque descobrem que esta posição alivia a dispneia Sem dúvida, a posição de cócoras melhora a saturação arterial de oxigênio, mas sua explicação exata ainda permanece controvertida. A teoria mais aceita é a de que essa posição eleva a pressão arterial sistêmica por compressão das artérias femorais e ilíacas. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR PAULO – AULA 11 Semiologia Medica – Sintomatologia Cardiovascular 11 INTRODUÇÃO Como qualquer outro sistema vamos pontuar desde anamnese até os hábitos higienicodietéticos do paciente pois vai influenciar e direcionar a determinadas patologias nas três grandes áreas: arterial, venosa e linfática. SINAIS E SINTOMAS: Com relação aos sinais e sintomas vamos ter: ▪ Dor; ▪ Pele e fânero com alteração de cor, temperatura da região ou alterações tróficas (lesões); ▪ Edema Pode se manifestar como formigamento, queimação, constrição ou aperto, cãibras, sensação de peso ou de fadiga. O QUE É UMA CLAUDICAÇÃO? A claudicação intermitente é uma dor que aparece sempre na mesma distância/tempo de caminhada, é repetitiva e cíclica. O paciente caminha, vai apresentar a dor, ela se intensifica ao ponto de fazer com que pare de caminhar. Ao parar a dor desaparece. Pode ainda se dividir entre: limitante e incapacitante. • Limitante: geralmente acima de 500m e limita a vida do paciente, não consegue fazer mais do que costumava a fazer em termos de caminhada; • Incapacitante: geralmente abaixo de 100m, o paciente fica incapaz de fazer qualquer atividade, lembrar que é variável de paciente pra paciente (lembrar do exemplo do carteiro). A dor de repouso é causada pelo acúmulo de catabólitos ácidos ou por produtos de degradação dos tecidos, como a bradicinina, que estimulam as terminações nervosas. • Claudicação Venosa: a dor aparece ao andar ou ao ficar muito tempo em pé; só passa ao repousar com os membros inferiores na horizontal ou elevados, semelhante a claudicação intermitente (na venosa ao repousar não desaparece completamente); • Pseudoclaudicação: dor de origem neurológica, pode aparecer ou desaparecer mesmo andando ou parado ou com membro elevado ou não. Não costuma ter um padrão. A cor depende do fluxo sanguíneo, do grau de oxigenação da hemoglobina e da presença de melanina. Nas doenças arteriais, as alterações da pele compreendem: • Palidez; • Cianose; • Eritrocianose; • Rubor; • Livedo reticular; • Fenômeno de Raynaud SÍNDROME DE RAYNAUD: Síndrome de Raynaud é uma doença que afeta os microvasos sanguíneos e faz com que, principalmente, os dedos das mãos e dos pés mudem de cor, apresentando rouxidão, palidez ou vermelhidão dos membros. É mais comum em mulheres adultas e pacientes que possuam histórico familiar da doença. DOR: ALTERAÇÃO DA COR DA PELE: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 A palidez aparece quando há diminuição acentuada do fluxo sanguíneo no leito cutâneo, como ocorre na oclusão e no espasmo arterial A cianose quando o fluxo de sangue no leito capilar se torna muito lento, provocando consumo de quase todo o oxigênio, com consequente aumento da hemoglobina reduzida (carboxihemoglobina). Podem surgir palidez e cianose, cianose e rubor ou apenas palidez ou cianose. Observado em diversas arteriopatias, nas doenças do tecido conjuntivo e do sistema nervoso, em afecções hematológicas, na compressão neurovascular cervicobraquial, em traumatismos neurovasculares e em intoxicações exógenas por metais pesados e ergot. ERITROCIANOSE: Coloração vermelho-arroxeada que ocorre nas extremidades dos membros com isquemia intensa. Aparece no estágio de pré-gangrena, sendo consequência da formação de circulação colateral com dilatação de capilares arteriais e venosos, sendo a última tentativa do organismo para suprir as necessidades de oxigênio dos tecidos. ERITEMA: são áreas de dilatação da microcirculação arterial, ocorre principalmente nas doenças funcionais e se devem a vasodilatação arteriocapilar. LIVEDO RETICULAR: O livedo reticular é uma alteração da coloração da pele caracterizada por uma cianose em modo de rede, circundando áreas de palidez. Nas manifestações mais intensas, a pele adquire o aspecto de mármore, daí a denominação cutis marmorata. Sofre grande influência da temperatura ambiente, aumentando com o frio e diminuindo com o calor. A temperatura da pele depende, basicamente, do maior ou menor fluxo sanguíneo. Nas doenças arteriais obstrutivas, a redução do aporte sanguíneo provoca diminuição da temperatura da pele (frialdade). Quanto mais distante for da oclusão arterial ou espasmo, mais frio será a extremidade e maior será a área de hipotermia. As alterações tróficas compreendem: a atrofia da pele (diminuição de sangue naquela área), a diminuição do tecido subcutâneo, a queda de pelos, alterações ungueais (atrofia, unhas quebradiças ou hiperqueratósicas), calosidades, lesões ulceradas de difícil cicatrização, edema, sufusões hemorrágicas, bolhas e gangrena. A maior parte destas alterações aparece nas arteriopatias crônicas; ALTERAÇÃO DA TEMPERATURA DA PELE: ALTERAÇÕES TRÓFICAS – LESÕES: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 A atrofia da pele costuma estar associada à diminuição do tecido subcutâneo, à queda de pelos e às alterações ungueais. Leito ungueal é a parte abaixo das unhas das mãos e dos pés. Estão expostos a infecções. A causa mais comum da doença ungueal é a infecção, que é causada principalmente por fungos e, com menor frequência, por bactérias. Nas oclusões agudas, costumam surgir apenas bolhas, edema e gangrena. Pois o paciente não tem circulação colateral suficiente para nutrir os tecidos após a oclusão, mais comum em paciente idoso. LEMBRAR: EM CASO AGUDO!!! A pele atrófica torna‐se delgada, brilhante, lisa, rompendo‐se com pequenos traumatismos. GANGRENA SECA: Neste tipo de gangrena há uma obstrução ou um retardamento da circulação sanguínea no órgão ou na parte do corpo que é afetado. As peças periféricas gostam dos dedos do pé, dedos, ponta do nariz, lóbulos da orelha que etc. são geralmente envolvidos. A gangrena seca é considerada geralmente nos pacientes do tipo - 1 e tipo - o diabetes 2. Em ambos os tipos de diabetes o açúcar no sangue alto a longo prazo danifica as artérias e os vasos sanguíneos pequenos que fornecem as peças da extremidade do corpo como os dedos e os dedos do pé. Isto conduz à obstrução e ao retardamento da circulação sanguínea e finalmente da gangrena. Os pacientes com doença arterial periférica desenvolvem depósitos do ácido gordo ou desenvolvem a redução de vasos sanguíneos periféricos. Algumas circunstâncias incluem a doença e o Scleroderma de Raynaud. Isto restringe o fluxo sanguíneo para entregar ou os músculos do pé e pode causar a gangrena. A gangrena seca geralmente é caracterizada por frio, por indolor e por seco e murchada acima de divisória afetada. Há pele saudável circunvizinha. A área afetada é dita parecer mumificada. Há uma redução de fluxo sanguíneo, e isquemia,como na gangrena úmida, porém o tecido desidrata. A área necrótica perde água para o ambiente, ao contrário da gangrena úmida. Essa desidratação faz com que a aparência seja retraída, seca, e com aspecto mumificado. A coloração do tecido da gangrena seca é negro, decorrente de alterações da hemoglobina. GANGRENA ÚMIDA: Ocorre, inicialmente, uma obstrução do fluxo sanguíneo, e um processo de necrose se instala rapidamente. As alterações nucleares acontecem (picnose, cariorrexe e carólise). O processo acontece em diversas ocasiões, como em feridas traumáticas graves, evolução de apendicite e colecistites graves, evolução de pneumonias, torções de alças intestinais (a isquemia das alças leva a uma translocação bacteriana), e trombose de artérias mesentéricas, pelo mesmo motivo do anterior. A necrose é tão rápida que o tecido não chega a perder muita água. Então, o tecido necrosado sofre contaminação por bactérias saprófitas, que digerem o tecido, deixando-o amolecido, e por isso é conhecida como gangrena úmida. Macroscopicamente, podemos observar edema, e a aparência de um tecido “molhado”. A separação entre tecido necrosado e tecido saudável é visível. Alguns sintomas estão presentes como alterações na coloração da pele, dor seguida de dormência e perda de sensibilidade local, e odor fétido. O tratamento precisa ser realizado rapidamente, pois a gangrena úmida possui potencial para se espalhar rapidamente, ocorrendo uma disseminação bacteriana, choque séptico e morte. GANGRENA GASOSA: A gangrena gasosa ocorre também após um processo necrótico por isquemia, porém o tecido necrótico é invadido por bactérias do gênero Clostridium (C. botulinum, C. tetani, e C. perfrigens). A espécie mais associada é o Clostridium perfrigens. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Essas bactérias produzem exotoxinas e gases. As exotoxinas contribuem para o processo de necrose. A gangrena gasosa também é uma emergência médica, pois o tecido contaminado deve ser desbridado rapidamente, para que haja o controle de sinais e sintomas sistêmicos, uma vez que as toxinas produzidas pelo Clostridium podem acarretar em diversas alterações como hemólise, vasoconstricção (reduzindo a perfusão) e aumento da permeabilidade celular. O edema que ocorre em doenças arteriais isquêmicas resulta de inúmeros fatores, tais como aumento da permeabilidade capilar por isquemia, tendência dos pacientes a manterem os pés pendentes para aliviar a dor, dificultando o retorno venoso, processo inflamatório nas arterites e, às vezes, trombose venosa associada. DOENÇAS ARTERIAIS - ARTERIOPATIAS: • Síndrome isquêmica aguda; • Síndrome isquêmica crônica; • Doença vasculares funcionais; É decorrente da interrupção brusca de sangue para um segmento do organismo. Podemos ter embolia arterial em torno de 70% dos casos. Embolia é quando o coagulo se formou em determinada região, saiu e obstruiu em outra área. Pode ser causada também por trombose, que o coagulo se forma na região e ali é obstruído naquela área. Pode ser causada também por traumatismo arteriais como uma facada, um acidente automobilístico e etc. Por fim, uma dissecção aguda de aorta e iatrogênica. ➔ Embolia, trombose, traumatismos, dissecção de aorta e iatrogênica. QUADRO CLÍNICO: Depende da área comprometida (Ex: a síndrome isquêmica cerebral aguda (AVC), as síndromes de isquemia miocárdica (angina de peito, infarto do miocárdio), a síndrome isquêmica intestinal aguda e a síndrome isquêmica aguda dos membros). Dor, alteração da cor e da temperatura da pele, contratura muscular, bolhas e ausência de pulsos periféricos, distalmente à oclusão arterial. É de aparecimento insidioso, por diminuição progressiva da irrigação sanguínea em um determinado território. É provocada pela redução ou oclusão do lúmen de uma artéria ETIOLOGIA: • Aterosclerose • Arterites • Fístulas arteriovenosas (FAVs) • Compressão extrínseca (costela cervical e neoplasias) QUADRO CLÍNICO: Depende da área comprometida e da circulação colateral existente. Temos dor, alteração da cor e da temperatura da pele, contratura e atrofia muscular e ausência de pulsos periféricos, diminuição dos fâneros - distalmente à oclusão arterial. FÍSTULA ARTERIOVENOSA ADQUIRIDA: Se esta acontecendo uma oclusão venosa na parte distal, esse fluxo que era pra ser da mão em direção ao coração, começa a voltar para a mão provocando uma hipertensão nervosa que pode ulcerar a mão do paciente, além do inchado. DOENÇAS VASCULARES FUNCIONAIS: São caracterizadas por alteração da coloração da pele, decorrente de vasoespasmo arteriolar, sem comprometimento orgânico dos vasos. EDEMA SÍNDROME ISQUÊMICA AGUDA: SÍNDROME ISQUÊMICA CRÔNICA: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 As mais comuns são doença de Raynaud, acrocianose e livedo reticular. SISTEMA VENOSO: • Varizes dos membros inferiores • Trombose Venosa Profunda (TVP) • Tromboflebite superficial • Síndrome pós-trombótica e/ou Insuficiência Venosa Crônica (IVC) SINAIS E SINTOMAS DO SISTEMA VENOSO: Em relação à dor, vamos ter também a claudicação venosa e a dor das varizes que consiste em queimação, cansaço, peso, câimbras e que melhorar após elevação dos membros. Também precisamos observar as alterações tróficas como, edema, celulite, hiperpigmentação, eczema, prurido, úlceras, dermatófitobrose/dermatoesclerose. Por fim, devemos observar a varicorragia, se tem presença ou não. Na classificação CEAP: PACIENTE C0: é um paciente que se queixa de varizes, mas não temos varizes visíveis. PACIENTE C1: apresenta as telangiectasias ou veias reticulares. PACIENTE C2: apresenta varizes que pulam ao nível da pele. Caso o paciente tenha feito algum tratamento, mas voltou ao estado de C2 chamamos então de C2r – recidivadas. PACIENTE C4: podemos classificar em a, b, c. A= hiperpigmentação, dermatite ocre; B= atrofia branca e C é a corona flebectásica. PACIENTE C6: paciente tem recidivas da úlceras, do tipo que cicatriza e abre várias vezes, ela passa a ser uma C6r – recorrente. Neste painel temos que doença venosa crônica e a partir de C4 temos insuficiência venosa crônica em diante. OBSERVAÇÕES – FOTOS DE PACIENTE C4: SÍNDROME DE KLIPPEL TRENAUNAY: Alteração de coloração da pele, violácea, geralmente unilateral. O membro comprometido é maior do que o outro devido a oferta de oxigênio que é maior, com micro fístulas arteriovenosas. É de nascença, vai até a nádega ainda podendo chegar nas costas. É uma raridade ser bilateral. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 CIRCULAÇÃO COLATERAL: Uma turgência jugular pode ser considerada quando um paciente, em 45º da fúrcula até onde consegue ver a veia. Caso passe de 4-5 cm podemos considerar como turgência. DOENÇA DE MONDOR: Temos uma tromboflebite da veia, a veia fica endurecida com aspecto de cordão. Lembrar que na mama pode ocorrer tanto em cima quanto em baixo. No caso da flebite mesmo, em caso agudo ela está bem avermelhada sendo possível ver o caminho da veia. A doença de Mondor da mama é uma tromboflebite superficial damama que se apresenta como um cordão fibroso e espessado na região subcutânea da mama. É uma enfermidade rara, benigna e autolimitada que apresenta dor e retração da pele no nível do vaso afetado. TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP): Temos um membro comprometido, edemaciado, podendo ser distal; sendo poplítea pra cima temos que é proximal. SISTEMA LINFÁTICO: Tem função de remover as proteínas do líqudio intersticial, remover e destruir as bactérias, formar anticorpos, absorção de nutrientes a nível intestinal. Temos a alba dolens – menos grave, ocorre oclusão venosa total, porém a parte arterial ainda está presente, com pele de tonalidade esbranquiçada. Temos a cerulea dolens – mais grave, de urgência, ocorre oclusão total até da microcirculação; a parte arterial fica sem nutrir o tecido, com dor lancinante com risco de embolia altíssimo. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 SINAIS E SINTOMAS: Podemos ter alterações tróficas como: edema, celulite, hiperpigmentação, eczema, prurido, úlceras e dermatofibrose. Além disso, o paciente pode apresentar uma linfagite, dor e adenomegalia. Ocasionado por bloqueio ganglionar ou dos coletores linfáticos como consequência de processo neoplásico, inflamatório (linfangite), parasitário (filariose) e após cirurgia de esvaziamento ganglionar. É duro (fibroelástico), não depressível, frio, leva à deformidade do membro e não diminui substancialmente com o repouso, mesmo com a elevação do membro. É o aumento do volume de um linfonodo, denominado do ponto de vista histológico como hiperplasia reacional. As adenomegalias superficiais normalmente são chamadas de ínguas. Em processos infecciosos agudos, frequentemente há supuração com formação de abcesso local. Pode ser causada por: • Infecções bacterianas como: estreptococcias, estafiloccocias, sífilis, tuberculose; • Infecções virais: rubéola e mononucleose; • Neoplasias próprias dos linfonodos como a doença de Hodkin; • Invasão de linfonodo por metástase neoplasia de outros órgãos; • Invasão por fungos; • Invasão por parasitos É uma inflamação de um vaso linfático, caracterizando por eritema, dor e edema no trajeto do vaso. Costuma ser facilmente confundida com flebite. DOENÇAS LINFÁTICAS: • Erisipela • Linfedema • Linfadenopatias reacionais e inflamatórias Nos linfedema primários, ocorre a alteração congênita do desenvolvimento de vasos linfáticos e linfonodos ou obstrução linfática de etiologia desconhecida. Nos linfedemas secundários, a disfunção anatômica ou funcional ocorre em tecido linfático previamente normal, sendo possível estabelecer a causa do linfedema pela história clínica. Os linfedemas congênitos surgem antes do 2o ano de vida, podendo estar associados a outras síndromes e malformações, ocorrer isoladamente (linfedema congênito simples), ou apresentar transmissão hereditária e familiar (doença de Milroy). Os linfedemas primários precoces constituem o grupo mais numeroso dentre os linfedemas primários. São os que se manifestam clinicamente depois dos 2 e antes dos 35 anos de idade. Apesar de poder apresentar-se de diversas maneiras, o linfedema primário precoce é mais comum no sexo feminino e tem início na adolescência. Os linfedemas primários tardios, por definição, acometem pacientes após os 35 anos de idade e são, em geral, mais benignos do que os demais e também são mais frequentes no sexo feminino. EDEMA LINFEDEMA: ADENOMEGALIA: LINFANGITE: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 8 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 É uma doença infecciosa produzida por estreptococo do grupo A. Clinicamente, temos febre elevada, cefaleia, vômito e sinais inflamatórios na área afetada. Pode comprometer o tecido de qualquer parte do corpo, no entanto, é mais comum em MMII. Quase sempre podemos ver uma linfagite e adenite também. A porta de entrada para as bactérias são as escoriações ou ferimentos que a pele pode apresentar. Podem acontecer, por exemplo, por micoses interdigitais e as lesões produzidas por ela. Pode aparecer lesões bolhosas semelhantes a quando produzidas por queimaduras, ou áreas de necrose. É necessário que o exame saiba reconhecer bem a diferença entre uma trombose da safena interna e linfangite. • Trombose: palpamos um cordão duro no trajeto da veia, não se tem febre; • Linfangite: observa-se uma faixa avermelhada e dolorosa do trajeto linfático, adenomegalia inguinal DOLOROSA, acompanhada de febre. • n e o p l a s i a s ERISIPELA: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR PAULO – AULA 12 Semiologia Medica Exame Fisico Vascular I EXAME FÍSICO VASCULAR: O exame físico fazemos a inspeção em pé e deitado. Logo após, temos a palpação, ausculta, manobras para avaliar o fluxo arterial tanto nos membros inferiores como superiores. Por fim, medimos a PA (ITB – índice Tornozelo Braço). Na inspeção o que vamos procurar observar: Associação de tumorações em equimoses, em favor de hematomas. Se tiver crescendo podemos pensar em um pseudoaneurisma, tumoração no percurso da parte venosa da fístula arteriovenosa, decorrendo a traumatismos constantes pelas furadas das agulhas. DANÇA DAS CARÓTIDAS: Também chamada de Sinal de Corrigan, podemos observar uma insuficiência aorta, com pulso em martelo d’água. SINAL DE MUSSET: a cabeça faz um pequeno movimento involuntário de acordo com a pulsação, caracterizado pela insuficiência aórtica grave. PALPAÇÃO: Na palpação vamos checar os pulsos: A amplitude do pulso é graduada de + a ++++ e pode variar de examinador para examinador, mas o importante é a determinação da amplitude comparativamente em pulsos homólogos pelo mesmo examinador. O frêmito é a sensação tátil que temos das vibrações produzidas pelo turbilhonamento do sangue ao passar por uma estenose ou dilatação. Pode ser sistólico ou contínuo (chamado de sistodiastólico). Normalmente é sistólico, mas temos o exemplo da tosse, que quando o paciente tosse, teremos um frêmito na veia femoral. O frêmito sistólico ocorre nas estenoses e nos aneurismas; o frêmito contínuo, ocorre nas fístulas arteriovenosas. Também pode ser graduado entre + a ++++. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Na vascular, TODOS os pulsos precisam ser checados e palpados. Com relação à ausculta, é OBRIGATÓRIO auscultar a carótida e aorta abdominal. Se eu tenho uma suspeita que o paciente tem uma fístula arteriovenosa: O QUE SERIA ESSA FÍSTULA? Uma comunicação entre artéria e veia a nível da femoral, além de palpar e ver o frêmito, precisa auscultar e vamos ter um sopro em locomotiva. Esse sopro também é presente em fístulas arteriovenosas para hemodiálise. MANOBRA DE OSLER: 1. Primeiro palpamos a artéria radial ou braquial; 2. Insuflamos cerca de 20-30 mmHg acima da pressão arterial sistólica; 3. Verificamos se a artéria permanece palpável, se sim, grande possibilidade de pseudo-hipertensão arterial. Esse quadro é um fenômeno comum no idoso. Resumindo, se ao insuflarmos o manguito até desaparecer o pulso radial, caso a artéria ainda se mantenha palpável após o procedimento, consideramos o paciente como Osler positivo. MANOBRA DO SINAL DE CACIFO OU GODET: Também caracteriza em cruzes, pressionamosa área e ocorre a depressão da área comprimida, caracterizando edema do tecido celular subcutâneo. MANOBRAS PARA O FLUXO ARTERIAL DAS EXTREMIDADES INFERIORES: Podemos dividir em: • Manobra da marcha; • Manobra da isquemia provocada (Buerger); • Manobra da hiperemia reativa; • Manobra do enchimento venoso (Collens) APESAR DO ULTIMO SE CLASSIFICAR COMO VENOSO, NA MANOBRA VAMOS AVALIAR O FLUXO ARTERIAL DAS EXTREMIDADES INFERIORES!! MANOBRA DA MARCHA: Dois parâmetros devem ser analisados: o tempo de claudicação, que é o tempo gasto para o aparecimento da dor (normalmente na panturrilha), e o tempo de incapacidade funcional, que é o tempo necessário para que o paciente precise parar em decorrência da dor. Vai dar o diagnóstico da claudicação intermitente como vai servir de controle com relação ao tratamento. Se o paciente está tendo melhora com medicação, então esses dois parâmetros vão aumentar gradativamente. MANOBRA DA ISQUEMIA PROVOCADA (BUERGER OU ELEVAÇÃO DO MEMBRO): Nessa manobra o paciente vai ficar em decúbito dorsal, vamos observar a região plantar do paciente. Em alguns casos mais avançados, só em ficar deitado a região do membro isquêmico vai ficar com a região plantar mais pálida. Caso não fique, elevamos o membro em 60º vamos observar durante 1min o membro elevado e aí, o membro isquêmico vai se mostrar com região plantar mais pálida. Em seguida, vamos baixar o membro e a região que antes estava isquêmica ela vai estar hiperemiada. MANOBRA DA HIPEREMIA REATIVA: Vamos precisar de um manguito que consiga pegar toda região da coxa do paciente. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 No primeiro tempo, estando o paciente em decúbito dorsal, o médico observa a coloração dos membros. No segundo tempo, seus membros inferiores são elevados a cerca de 90°, mantendo‐os nesta posição durante 3 min para que haja esvaziamento/drenagem do leito venoso. Em seguida, coloca‐se na raiz da coxa um manguito pneumático, de largura apropriada, o qual é insuflado até ultrapassar o valor da pressão sistólica do paciente. Só após insuflar é que vamos abaixar o membro do paciente. No terceiro tempo, os membros voltam à posição horizontal; 3 min após, o manguito é desinsuflado rapidamente. Observam‐ se, então, as alterações de coloração que aparecem distalmente. Nos indivíduos normais, imediatamente após a desinsuflação do manguito, nota‐se o aparecimento de uma coloração avermelhada que progride de maneira uniforme até alcançar os pododáctilos, no prazo de 10 a 15 segundos, Permanece por 30 a 40 segundos. Esta coloração desaparece no mesmo sentido em um prazo de, no máximo, 2 min. Nos indivíduos com isquemia, o tempo de surgimento da coloração avermelhada é mais longo e pode demorar até 30 min para acometer os pododáctilos. • Além disso, a disseminação da coloração nem sempre é uniforme, ocorrendo em placas, que podem ser cianóticas, em vez de avermelhadas. MANOBRA DO ENCHIMENTO VENOSO: APESAR DO ULTIMO SE CLASSIFICAR COMO VENOSO, NA MANOBRA VAMOS AVALIAR O FLUXO ARTERIAL DAS EXTREMIDADES INFERIORES!! No primeiro tempo, com o paciente sentado e com as pernas pendentes, o médico observa o estado de enchimento das veias do dorso dos pés. No segundo tempo, solicita‐se a ele deitar‐ se elevando os membros inferiores a cerca de 90°, para facilitar a drenagem desse membro, após isso o examinador massageia as veias superficiais, esvaziando‐as com movimentos deslizantes da mão em direção à coxa. No terceiro tempo, o paciente reassume a posição sentada rapidamente, deixando os pés pendentes outra vez. Determina‐ se, então, o tempo necessário para o enchimento das veias. Em condições normais, este período é de cerca de 10 segundos; quando há isquemia, o tempo se prolonga, aumentando de acordo com a intensidade da deficiência da irrigação. Pacientes com Varizes e/ou simpatectomizados (desligamento do sistema simpático realizado nos gânglios ao nível da coluna) ou ambientes muito frios - essa manobra NÃO TEM VALOR. Não tem valor pois pode dar um falso positivo, o sangue irá vim do venoso mais alto para baixo, por insuficiência das válvulas. Você pensa que encheu por causa da artéria, mas encheu de cima para baixo por causa da veia. Pelo frio vamos ter a vasoconstricção. MANOBRAS PARA FLUXO ARTERIAL DAS EXTREMIDADES SUPERIORES: Podemos dividir em: • Manobra de Adson; • Manobra Costoclavicular (Halstead/Militar/Mochileiro) • Manobra Costoclavicular Passiva; • Manobra do Hiperabdurção (Wright); • Manobra de Allen MANOBRA DE ADSON: Esta manobra é utilizada para o diagnóstico de compressão da artéria subclávia e do plexo braquial pelo músculo escaleno anterior, costela cervical, processo transverso longo da 7a vértebra cervical ou bridas. Palpamos o pulso radial do paciente, com esteto na região supraclavicular o paciente gira a cabeça pro lado que está sendo examinado, pedimos para inspirar profundamente. Nesse momento o pulso diminuirá, ou desaparecerá e aparecerá um sopro ao nível da ausculta, caracterizando positividade. Para ter valor diagnóstico, a manobra deve ser repetida 3 vezes, com resultados semelhantes. Se uma for negativa é negativa. MANOBRA COSTOCLAVICULAR: Vou querer saber se a costela juntamente com a clavícula está comprimindo a subclávia. Na manobra, palpo o pulso radial, o esteto pode estar no infra ou supraclavicular (porém damos preferência ao supra para não confundir com addson). Pedimos para o paciente jogar os ombros para trás e para baixo ao mesmo tempo e fazer uma inspiração forçada. Se for positivo, vai aparecer sopro na região subclávia e o pulso radial Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 ou vai diminuir ou desaparecer. Também precisa realizar 3 vezes, caso a primeira dê negativa, ela é negativa. MANOBRA COSTOCLAVICULAR PASSIVA: Se o paciente não consegue colocar o ombro para trás e para baixo, como se tivesse segurando uma mochila pesada, temos que fazer de forma passiva. Já nesse caso não usamos esteto. Vamos palpar o pulso radial e a outra mão vai jogar o ombro do paciente para trás e para baixo. Podemos intensificar a manobra fazendo com que o paciente gire a cabeça contra lateral, mas não é obrigatória. Caso tenhamos uma negativa, ela é negativa. MANOBRA DO HIPERADURÃO: Esta manobra serve para o diagnóstico de compressão da artéria subclávia pelo tendão do músculo pequeno peitoral, sendo realizada em dois tempos. No primeiro momento, vamos hiperestender o braço do paciente, como manobra passiva e continuamos palpando o pulso do paciente Esta manobra pode ser potencializada com a inspiração profunda. O pulso vai sumir ou vai diminuir consideravelmente. Também precisa que repita 3 vezes, em uma negativa, é negativa. MANOBRA DE ALLEN: A manobra de Allen busca detectar oclusão da artéria ulnar ou da artéria radial, sendo realizada em quatro tempos. Procura saber se o arco palmar é pérvio ou não e se a arterial radial ou ulnar é responsável pela nutrição dessa mão. Porque se for precisode uma pressão arterial invasiva, onde normalmente usamos a radial, precisamos saber se a ulnar será capaz de nutrir aquela mão, porque se a mão depender da artéria radial e essa artéria vir a ocluir, o paciente não vai ter circulação na mão. Para fazer uma fístula arteriovenosa essa manobra também precisa ser realizada. Localizamos a artéria radial e ulnar, peço pro paciente fechar a mão como se fosse dar um murro, em seguida comprimo as duas artérias. Peço para o paciente abrir a mão e ela precisa estar pálida, dessa forma consigo confirmar que ele fechou com muita força e que comprimi de forma correta as duas artérias. Escolho uma das artérias e solto, então a perfusão/coloração da mão precisa voltar em 10 segundos. Nessa imagem a artéria ulnar não é capaz de nutrir a mão. EXAMES COMPLEMENTARES: - DOPPLERFLUXOMETRIA - ITB (ÍNDICE TORNOZELO BRAÇO): Ele tem capacidade de dar o diagnóstico da Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), de quantificar o sangue e vai servir de controle para o tratamento. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Dividir cada pressão obtida nas dorsais dos pés e nas tribais posteriores e dividir pela maior pressão entre os membros superiores. Se um deu 120 e o outro deu 140, o 140 vai ser denominador > 1,40> Aterosclerose de Monckeberg 0,90 - 1,40 Normal 0,71 - 0,89 Aterosclerose leve 0,41 - 0,70 Ateroslcerose moderada através de exames como: gota espessa, análise direta do sangue, concentração de Knott e filtração de membrana de policarbonato Ao USG o líquido no linfedema não ultrapassa a aponeurose (espaço subaponeurótico), logo não atinge o plano muscular nem tendões. Já nos demais edemas o líquido se localiza em todos os planos. A linfocitingrafia é o método de escolha para se estudar linfedema, pois torna possível avaliar os vasos linfáticos, mostrando na análise comparativa dos membros, a velocidade de drenagem e o grau de concentração da linfa na cadeira linfática em estudo. Exames Complementares Invasivos: • Linfografia (Linfoangiografia) • Linfocromia • Biópsia A linfocromia consistem em corar os vasos linfáticos com um corante vital. O mais utilizado é o azul-violeta. A finalidade desse exame é conhecer a perviedade e a distribuição da rede linfática. A linfografia usa o lipiodol ultrafluido, para que seja injetada, é preciso fazer a dissecção do de um vaso linfático. Nas infografias dos membros inferiores, injeta-se o contraste no dorso do pé; nas dos membros superiores, no dorso da mão. A dissecção do linfático é possível após a linfocromia. A linfografia pode ser feita em qualquer região do organismo na qual se possa puncionar um coletor linfático. Teste de fragilidade capilar ou prova do laço consiste em insuflar o manguito entre a PA sistólica e a diastólica, deixando 5 minutos em adultos e 3 em crianças. Contar o número de Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 9 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 petéquias em um quadrado de 2,5cm de cada lado. Será positivo caso >20 em adultos e >10 em crianças. MICROCIRCULAÇÃO: OXIMETRIA DE PULSO: O aparelho utiliza a emissão de feixes de luz vermelha (660 nm) e infravermelha (940 nm). A luz atravessa os tecidos e é absorvida parcialmente pela hemoglobina e desoxi- hemoglobina e captada por um receptor. A diferença na absorção dos dois feixes de luz fornece dados que possibilitam determinar a faixa de saturação de oxigênio no sangue. O aparelho fornece a taxa de saturação da hemoglobina SpO2 e a frequência de pulso; CAPILAROSCOPIA E VIDEOCAPILAROSCOPIA: A capilaroscopia normal na prega periungueal apresenta o seguinte padrão: leito capilar em tom branco‐rosado, capilares vermelhos, delicados dispostos em paliçada (forma de U invertido), em paralelo ao eixo longitudinal do dedo, com as duas alças de tamanho igual, sendo uma aferente (arteríola) e a outra, mais calibrosa (vênula), eferente. O número de capilares é constante em uma média de 7 a 17 por mm2; o fluxo sanguíneo é contínuo e não há exsudato ou hemorragias. LASER DOPPLER IMAGING: É um método de captação de imagem utilizado para a avaliação do fluxo capilar de maneira não invasiva, podendo explorar extensas áreas de até 1.000 cm2. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR MARIANA – AULA 13 Semiologia Medica Exame Fisico Cardiovascular I REVISÃO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA: O coração tem um septo que divide o coração em dois lados. Os átrios são as vias de entrada do coração. ✓ Direito: Por onde o sangue chega pelas veias cavas inferior e superior; ✓ Esquerdo: Por onde o sangue chega pelas veias pulmonares; Os ventrículos impulsionam o sangue para fora do coração. Dessa forma, temos que: ✓ Direito: Por onde o sangue sai pela Artéria Pulmonar ✓ Esquerdo: Por onde o sangue sai pela Aorta; Sobre as artérias, temos de importante a Aorta que sai do VE e leva sangue para todo o corpo, enquanto a Artéria Pulmonar sai do VD para o pulmão. Valvas Semilunares: Impedem o refluxo do sangue das artérias para os ventrículos. ✓ Valva pulmonar ✓ Valva aórtica Valvas Atrioventriculares: Impedem o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios. ✓ Bicúspide ou Mitral ✓ Tricúspide O CICLO CARDÍACO: Sequência de eventos cardíacos que ocorre do início de cada batimento cardíaco até o início do próximo batimento. • Cada ciclo consiste em um período de relaxamento (diástole) e contração (sístole) • Tem início pela geração espontânea de um potencial de ação no nó sinusal, que se propaga pelos átrios → nó atrioventricular → feixe de His (ramos direito e esquerdo) → fibras de Purkinje SÍSTOLE: 1) Contração isovolumétrica Inicia-se na contração ventricular Aumento abrupto da pressão dentro do ventrículo e fechamento das valvas atrioventriculares Após 0,02-0,03s os ventrículos geram pressão suficiente para abrir as valvas semilunares 2) Período de Ejeção Pressão ventricular força a abertura da semilunares 70% do sangue sai nos primeiros 2/3 da ejeção (ejeção rápida) 30% no 1/3 final (ejeção lenta) DIÁSTOLE: 1) Relaxamento isovolumétrico Queda rápida da pressão intraventricular Fechamento abrupto das valvas semilunares Por 0,03-0,06s o músculo relaxa, porém o volume não se altera Quando a pressão intraventricular fica menor que a dos átrios → abertura das valvas atrioventriculares 2) Enchimento rápido Após abertura das valvas atrioventriculares Cerca do primeiro 1/3 da diástole Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 3) Enchimento lento (diástese) Ocorre no 1/3 médio da diástole Pequena quantidade de sangue que flui diretamente das ceias para o ventrículo 4) Contração atrial Último 1/3 da diástole - Impulso adicional de sangue para os ventrículos (25%) ANAMNESE CARDIOVASCULAR: Na revisão sistemática cardiovascular, temos que lembrar de: • Existência de dor torácica (precordialgia) • Cansaço ou falta de ar (Dispneia) • Edemas • Presença de Palpitações • Passado de síncope, lipotímia ou desmaios • Episódios de Cianose • Saber se é portador de sopro, alteração estrutural cardíaca ou hipertensão arterial Nos antecedentes pessoas, certificar de diabetes, dislipidemia, tabagismo (quanto tempo fuma, quantos cigarros, se já tentou parar, se parou foi quanto tempo), obesidade, HAS e atividade física. Caso o paciente apresente mais de um fator de risco, aumenta de forma importante o risco cardiovascular do paciente. Além disso, é importante saber os medicamentos de uso cardiovascular, descrevendo o uso de qualquer fármaco e a quanto tempo a medicação está em uso. CERTIFICAR se realmente está em uso e se não houve alguma falha na continuidade ou se a dose segue correta, se está fazendo uso por conta própria de medicação não prescrita. EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR: Na parte da PALPAÇÃO, precisamos verificar a presença de abaulamentos, sejam eles intrínsecos ou extrínsecos. 1. INTRÍNSECO: Hipertrofia e/ou dilatação cardíaca, sendo mais evidente nos jovens; 2. EXTRÍNSECOS: Pode ser um derrame pericárdico, enfisema, empiema, aneurisma de aorta. Além disso, observar a presença de deformidades, batimentos e movimentos, pulsação epigástrica (transmissão da aorta abdominal ou hipertrofia de VD), pulsação na fúrcula (que pode significar HAS e aneurisma de aorta) e fazer uma análise do Ictus cordis (caso seja visível). O QUE SERIA O ICTUS CORDIS? Corresponde ao choque da ponta do ventrículo esquerdo contra o arcabouço torácico. Observamos: Localização, extensão, mobilidade, intensidade, ritmo e frequência. Nele, podemos fazer a inspeção e palpação.Na hora da inspeção, o examinador vai ficar ao lado direito do paciente e junto aos pés, não se preocupar porque pode não ser visível em pessoas saudáveis e essa localização pode variar com o biotipo. Porém, normalmente fica no 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular. Na palpação, avaliamos a extensão como normal quando ocupa 2 polpas digitais; já a intensidade fazemos com a palma da mão ou com dois dedos; a mobilidade varia com a posição do indivíduo; por fim avaliamos o ritmo e frequência. PALPAÇÃO PRECORDIAL: FRÊMITO CARDIOVASCULAR: é a sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração e nos vasos, corresponde aos sopros. Precisamos determinar a localização, situação do ciclo cardíaco (acontecendo na sístole ou diástole) e a intensidade de + a ++++. É bem raro de acontecer. • principal componente da 1ª bulha cardíaca Fechamento dos folhetos da valva mitral e tricúspide • principal componente da 2ª bulha cardíaca Fechamento da valva aórtica e pulmonar Hipertrofia e/ou dilatação do VE • Deslocamento do ictus para baixo e para esquerda Hipertrofia do VD • Deslocamento horizontal para esquerda Ictus difuso (ou globoso) • ≥ 3 polpas digitais (dilatação) Ictus propulsivo • Hipertrofia Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 AUSCULTA CARDÍACA: Auscultamos todos os focos, com paciente sentado, decúbito dorsal ou decúbito lateral esquerdo (pachon). Observamos bulhas cardíacas, ritmo, frequência, cliques ou estalidos, sopros, ruídos de pericardite e atrito pericárdico. QUAIS SÃO AS MANOBRAS? Ligeira flexão do tronco (focos da base) Müller – inspiração forçada com a glote fechada Valsalva – Expiração forçada com a glote fechada Rivero-Carvalho – Apnéia inspiratória com inspiração forçada QUAIS SÃO OS FOCOS? • FOCOS APICAIS: Foco mitral → 5º EIC esquerdo, linha hemiclavicular (corresponde ao Ictus) Foco tricúspide → Base do apêndice xifoide, ligeiramente à esquerda • FOCOS DA BASE: Foco aórtico → 2º EIC direito, junto ao esterno Foco aórtico acessório → 3º EIC esquerdo, próximo ao esterno Foco pulmonar → 2º EIC esquerdo, junto ao esterno * Observar outras localizações, como dorso, axila e pescoço (irradiações) SOBRE AS BULHAS CARDÍACAS: São vibrações geradas pela aceleração e desaceleração da coluna de sangue e pelas estruturas cardiovasculares (ventrículos, aparelhos valvares). Nada mais é do que o barulho que o sangue faz quando vai passando pelo coração, de acordo com fechamento e abertura das válvulas vai gerando ruídos. Podem ser ouvidas em todos os focos • B1, B2, B3 e B4 PRIMEIRA BULHA: Corresponde ao fechamento das valvas mitral e tricúspide (vibração destes após o fechamento pela movimentação de sangue), além da tensão na parede dos ventrículos e aceleração da coluna líquida. É o barulho correspondente à sístole. Coincide com o ictus cordis e o pulso carotídeo. Além disso, tem um timbre mais grave e duração pouco maior que a 2ª bulha . “TUM” SEGUNDA BULHA: Corresponde ao fechamento das valvas aórtica (A2) e pulmonar (P2) (vibração por desaceleração da coluna líquida). É o barulho referente à diástole, tem um timbre mais agudo e seco. Existe um desdobramento fisiológico em crianças, sendo comum e mais recorrente porque na expiração, ambas as valvas aórtica e pulmonar elas se fecham de uma vez só, originando um ruído único. Mas, na inspiração a sístole do VE é um pouco maior, então o componente pulmonar sofre um retardo, sofrendo um desdobramento do som, se estendendo e ficando maior. Dessa forma, podemos escutar um TRA-TLA. “TA” TERCEIRA BULHA: Ruído protodiastólico (no início da diástole) de baixa frequência que se origina das vibrações da parede ventricular distendida durante o enchimento ventricular rápido. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Ausculta-se uma 3ª bulha cardíaca normal com mais frequência nas crianças e nos adultos jovens. É mais audível na área mitral, com o paciente em decúbito lateral esquerdo. PORÉM NÃO É AUDÍVEL EM TODO MUNDO! "TU" QUARTA BULHA: Ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole. Pode ser ouvida mais raramente em condições normais nas crianças e nos adultos jovens. A gênese da 4a bulha não está completamente esclarecida. Porém, se acredita que seja uma brusca desaceleração do fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial de encontro à massa sanguínea existente no interior do ventrículo, no final da diástole. PALPAÇÃO DOS PULSOS: • Pulso radial; • Pulso capilar; • Pulsações de carótidas e jugulares (pulso venoso) A analise do pulso abrange as seguintes características: vamos ver o estado da parede arterial, frequência, ritmo, amplitude ou magnitude, tensão ou dureza e tipos de onda/comparação com a artéria homóloga. No estado da parede arterial, vamos avaliar as tortuosidades e rigidez. Quanto a frequência devemos nos atentar ao número de batimentos por minuto; • Normal seria de 60-100 no adulto; • Taquisfigmia > 100 bpm • Bradisfigmiaestiloide do rádio e o tendão dos flexores. Usamos as polpas dos dedos indicador e médio, variando a força de compressão até que seja obtido impulso máximo. O polegar se fixa delicadamente no dorso do punho do paciente. O examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo do paciente, e vice-versa. PULSO CAROTÍDEO: As pulsações das artérias carótidas podem ser visíveis, principalmente após exercício, emoções e em patologias, como a hipertensão arterial e hipertireoidismo As artérias carótidas são palpadas no ângulo da mandíbula, de cada lado da traqueia, comparando-se entre si. Temos a ocorrência de frêmito, que pode ter origem na própria carótida (estenose ou oclusão) ou ser irradiado de uma lesão estenótica da valva aórtica. À ausculta das carótidas, é possível encontrar sopros, originados na própria artéria ou irradiados a partir da valva aórtica. Tanto a palpação como a ausculta deve ser feita ao longo das 2 artérias carótidas, desde a fossa supraclavicular até o ângulo da mandíbula. PULSO CAPILAR: Rubor intermitente e sincrônico com o pulso radial que se observa em certas regiões principalmente nas unhas. Mais difícil de ser avaliado. Semiotécnica: Compressão sobre a borda ungueal até aparição de zona pulsátil que marca a transição da cor rósea-clara. Normalmente é imperceptível. Pode ser encontrado em siituações patológicas como anemia e hipertireoidismo: nítida pulsação. INGURGITAMENTO E PULSAÇÃO DAS VEIAS JUGULARES: Pulso venoso reflete a dinâmica do coração direito. É um fluxo retrógrado que varia com a respiração: cai na inspiração e aumenta na expiração, além de aumentar com a compressão abdominal. Varia com a mudança de postura, mais alto na posição horizontal do que vertical. Por fim, é mais visível do que palpável – baixa tensão (é um pulso venoso e não arterial). As vezes para avaliarmos, colocamos o paciente em decúbito dorsal em 45º, pede para o paciente olhar para o lado oposto e vamos avaliar o aparecimento da veia jugular. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR JOANNE – AULA 14 Semiologia Medica Exame Fisico Cardiovascular II EXAME CARDIOLÓGICO: O exame físico cardiológico abrange a inspeção, a palpação e ausculta. Porém a inspeção e palpação, em geral realizamos simultaneamente. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO: Nessa etapa, teremos que fazer as seguintes análises. Primeiro temos que pesquisar a ocorrência de abaulamentos, depois analisar o ICTUS CORDIS, depois verificar a existência de batimentos ou movimentos. Por fim, analisar a existência de frêmito cardiovascular. ABAULAMENTOS: Para verificarmos a existência de abaulamentos na parede torácica anterior, devemos assumir 2 posições: a posição frontal onde permanecemos próximo aos pés do paciente e na posição tangencial em que permanecemos ao lado direito do paciente. Em que condições poderiam desencadear ou provocar abaulamento da região precordial: • Aneurisma da aorta; • Cardiomegalia; • Derrame pericárdico; • Alterações da própria caixa torácica Falando sobre a cardiomegalia é importante lembrar que dilatações e hipertrofias do ventrículo direito podem causar abaulamentos, porque é essa câmera cardíaca que compõe a maior parte da face anterior do coração e está diretamente relacionada com a parede. Crianças possuem uma parede torácica mais flexível e por isso, mais sujeita à abaulamentos relacionados a condições patológicas dessa faixa etária como: • Cardiopatias congênitas; • Lesões valvares reumáticas ICTUS CORDIS: Também chamado de choque de ponta. Vai compreender a localização, extensão, mobilidade, intensidade e tipo da impulsão, ritmo e frequência. 1. Repousamos a palma da mão ou as polpas digitais na região do ictus cordis, normalmente situado no 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular. IMPORTANTE: em pessoas em biotipo brevilineo o ictus cordis pode estar localizado para cima e para fora; em biotipo longilíneo, o ictus cordis vai estar localizado para baixo e para dentro. DILATAÇÃO DO VE: Com relação a alterações na localização, nos temos que dilatações do ventrículo ESQUERDO podem provocar o deslocamento do ictus cordis para 6º, 7º ou 8º espaço intercostal, além de poder alcançar, inclusive, a linha axilar anterior. Com relação à extensão, nos temos que o normal compreende o tamanho de uma ou no máximo 2 polpas digitais. Se tratando da dilatação do VE, temos um ictus cordis difusa, de 3 ou mais polpas digitais. HIPERTROFIA DO VE: Pode ocasionar o aumento da intensidade do ictus cordis. Se nossa mão na região do ictus cordis, for levantada a cada contração, podemos dizer que o ictus cordis tem caráter propulsivo. Ocorre em contações vigorosas, que ocorre na hipertrofia do VE esquerdo. É importante ter em mente que a grande maioria das cardiopatias possuem a hipertrofia e a dilatação combinadas e conjuntas. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 MOBILIDADE DO ICTUS CORDIS: Normalmente, temos um deslocamento de 1-2cm da posição do ictus cordis, quando modificamos a posição do paciente para decúbito dorsal, para decúbito lateral esquerdo e decúbito lateral direito. Contudo, em situações em que os folhetos do pericárdio estão aderidos entre si ou entre estruturas vizinhas, como acontece na SÍNFESE PERICÁRDICA, temos a ausência de deslocamento. Com relação ao ritmo e frequência, esses aspectos são melhores avaliados na ausculta. Porém, existe algumas condições patológicas que são reconhecidas pela inspeção e palpação do ictus cordis, como o caso do RITMO DE GALOPE. BATIMENTOS OU MOVIMENTOS: No início, observamos que a dilatação e a hipertrofia do VE podem ocasionar a presença de abaulamentos na região da parede torácica anterior. No entanto, essa hipertrofia do VE direito a ocorrência de batimentos ou movimentos perceptíveis na região precordial. E quais seriam? • Retração sistólica apical = ocorre uma retração da parede torácica no momento da contração. O normal seria acontecer uma elevação; • Levantamento em massa do precódio (impusão sistólica) que consiste na elevação de uma área extensa da parede torácica próximo ao externo no momento da contração; • Pulsações epigástricas são batimentos perceptíveis na região do ângulo xifo-esternal. Outro batimento que podemos ver é a pulsação na fúrcula esternal, esse movimento pode ocorrer em condições normais, mas pode estar relacionado com HAS, ESCLEROSE OU ANEURISMA DE AORTA e SÍNDROME HIPERCINÉTICA (ocorre no hipertireoidismo e na anemia). FRÊMITO CARDIOVASCULAR: É uma sensação tátil de vibração que corresponde aos sopros. Quando temos um frêmito, precisamos descrever bem a localização, tendo como base os focos de ausculta. É importante determinar a situação do frêmito no ciclo cardíaco, pois existe frêmito sistólico, diastólico e sistodiastólico. Por fim, é importante verificar a intensidade (+ a ++++). AUSCULTA: Agora falaremos sobre as alterações que podemos encontrar na ausculta cardíaca. Por isso, vamos estudar sobre alterações nas bulhas cardíacas, os ritmos tríplices, cliques ou estalidos, sopros, ruído da pericardite constritiva e o atrito pericárdico. QUAIS SÃO OSFOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA? • Foco aórtico; • Foco pulmonar; • Foco tricúspide; • Foco mitral O foco aórtico se situa no segundo espaço intercostal na região paraesternal direita, enquanto o pulmonar segue também no segundo espaço intercostal do lado esquerdo. O foco tricúspide fica no quinto espaço intercostal na linha paraesternal esquerda e o foco mitral fica também no quinto espaço intercostal, na linha hemiclavicular. O QUE AUSCULTAMOS NOS FOCOS CARDÍACOS? O ruído correspondente ao fechamento das valvas. O fechamento das valvas atrioventriculares, mitral e tricúspides corresponde à PRIMEIRA BULHA. O fechamento das valvas semilunares, aórtica e pulmonar corresponde à SEGUNDA BULHA. ALTERAÇÕES NAS BULHAS CARDÍACAS: As alterações são relacionadas com: • Intensidade; • Timbre e tonalidade; • Desdobramentos; • Mascaramento; ALTERAÇÕES DE INTENSIDADE: O principal fator determinante da intensidade da bulha é a posição dos folhetos das valvas. Quanto mais baixo estiverem os folhetos das valvas, maior a distância que esses folhetos irão percorrer para o seu fechamento. Por isso, maior a intensidade do ruído. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 B1: FECHAMENTO DA VALVA MITRAL E TRICÚSPIDE Em condições onde ocorre a diminuição do enchimento ventricular, como a taquicardia, hipertireoidismo e extrassístoles determinam o aumento da intensidade de B1 (hiperfonese). Porque nessas condições, quando temos um enchimento ventricular diminuído, no momento da contração ventricular, os folhetos das valvas estão baixos (abertos), dessa forma, existe uma maior distância de deslocamento até ocorrer o fechamento da valva. Isso determina a hiperfonese de B1. B2: FECHAMENTO DA VALVA AÓRTICA E PULMONAR: Em condições onde ocorre o aumento do débito cardíaco, como a persistência do canal arterial e a comunicação interatrial, vão determinar a hiperfonese de B2. Justamente porque, no momento que o débito está aumentado, os folhetos das valvas estão baixos. Dessa forma, vai percorrer uma distância maior que aumenta na intensidade da bulha. OUTROS FATORES DE INFLUENCIAM NA INTENSIDADE: As condições anatômicas das valvas influenciam, de modo que se estiver calcificada, teremos uma hipofonese (diminuição da intensidade) da bulha. Além disso, alterações nos níveis pressóricos nas cavidades cardíacas e condições que estejam relacionadas com a transmissão do ruído podem influenciar na intensidade. Quanto à transmissão do ruído produzido com o fechamento das valvas, podemos ter: massa musculares peitorais desenvolvidas, mamas volumosas, obesidade, enfisema pulmonar e derrame pericárdico. Gera dificuldade na transmissão do ruído (hipofonese). ALTERAÇÕES NO TIMBRE E TONALIDADE: Pode ocorrer nas estenoses valvares, pois as valvas rígidas, em virtude da fibrose, terão modificação no ruído produzido no fechamento. De modo que se torna mais agudo e com timbre metálico, como ocorre na estenose mitral. DESDOBRAMENTOS DE B1: Esse fenômeno ocorre em metade das pessoas normais e está relacionado à percepção dos componentes mitral e tricúspide separados. De forma que B1 deixa de ter aquele ruído característico que representamos como TUM, para ser mais semelhante com TLUM, Não está relacionado com respiração e é explicado por um assincronismo normal na contração dos ventrículos. Porém se estivermos diante de um desdobramento intenso, devemos suspeitar de um bloqueio de ramo direito, pois esse bloqueio retardaria a condução do estímulo cardíaco, retardando a contração e atrasando o fechamento da valva tricúspide. De forma que teremos a percepção dos componentes mitral e tricúspide separados. DESDOBRAMENTO DE B2: Da mesma forma é a percepção dos componentes aórtico e pulmonar separados. De forma que a segunda bulha deixaria de ter o ruído semelhante ao (TÁ) para um ruído TLA. Esse desdobramento ocorre normalmente na inspiração, seria o desdobramento fisiológico. Porque na inspiração? Nessa fase da respiração, temos mais aporte de sangue para o VD, pela pressão negativa na cavidade torácica. Por causa do aporte, a sístole do VD dura um pouco mais, sendo prolongado. Isso determina um atraso no fechamento da valva pulmonar. E como seria o desdobramento patológico? Seria o bloqueio de ramo direito, pois o retardo da condução do estímulo, leva a um retardo na contração do coração direito atrasando o fechamento da valva pulmonar. MASCARAMENTO DE B1: É um fenômeno que ocorre quando um sopro sistólico de regurgitação recobre B1, mascarando essa bulha. TERCEIRA E QUARTA BULHA: São sons graves, de baixa frequência e que são mais audíveis com a campânula do estetoscópio. TERCEIRA BULHA – B3: É produzida pelas vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea durante a fase de enchimento ventricular rápido. Essa bulha é PROTODIASTÓLICO, justamente porque ela ocorre no início da diástole sendo representado pelo TU do (tum ta tu). É MAIS AUDÍVEL NO FOCO MITRAL, com paciente em decúbito lateral esquerdo e pode ser encontrada com frequência em crianças e adultos jovens normais. CONDIÇÕES PATOLÓGICAS DE B3: São relacionadas em alterações hemodinâmicas ou que alterem a estrutura da própria parede ventricular. Que é o que ocorre na insuficiência mitral, nas miocardiopatias ou miocardites e nos defeitos congênitos que apresentam SHUNT da esquerda para a direita (sendo o caso das comunicações interatriais ou comunicações interventriculares). Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Essas condições são relacionadas a uma sobrecarga de volume. QUARTA BULHA - B4: Está relacionada à desaceleração do fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial de encontro à massa sanguínea no interior do ventrículo. Ocorre no final da diástole, no período pré sístole, e as bulhas ficam representadas como: PA TUM TA Pode ocorrer uma quarta bulha fisiológica em crianças e adultos normais, porém é um achado raro. CONDIÇÕES PATOLÓGICAS DE B4: São as situações em que há diminuição da distensibilidade ou complacência ventricular. Como ocorre nas lesões estenóticas das semilunares (aórtica e pulmonar), na hipertensão arterial, na doença arterial coronariana (isquemia miocárdica) e miocardiopatias hipertróficas. RITMO TRÍPLICE: É a adição de uma outra bulha as duas bulhas normais, o ritmo em 3 tempos. • Protodiastólicos – presença de B3; • Pré-sistólicos – presença de B4; O ritmo em galope é o ritmo tríplice por B3 ou B4 patológica, de forma que esse ruído fique semelhante ao das patas de um cavalo galopando PA TA TA, PA TA TA O ritmo de galope é chamado de ventricular quando se deve a presença de uma B3 ou terceira bulha patológica e indica sempre sofrimento miocárdico ou insuficiência cardíaca (grito de socorro do miocárdio); o ritmo de galope atrial é quando ocorre pela presença de B4 patológica, é um sinal de alerta, apesar de ainda não existir uma insuficiência esse ritmo indica que em breve acontecerá essa insuficiência cardíaca. RITMO GALOPE DE SOMA: temos a ocorrência tanto da B3 quanto da B4, patológicas, sendo o ritmo em 4 tempos: TUM TA TAPA CLIQUES E ESTALIDOS: São ruídos agudos de alta frequência e curta duração, que podeocorrer na diástole ou sístole. DIASTÓLICOS: ocorrem por alterações anatômicas das valvas ou alterações pressóricas; a abertura das valvas não produz nenhum ruído se as valvas estiverem normais. Porém, numa situação de estenose valvar, nós podemos ter a ocorrência de um ruído agudo, de alta frequência, ruído seco e de curta duração. ACONTECE PRINCIPALMENTE NA ESTENOSE MITRAL E TRICÚSPIDE. SISTÓLICOS: podem ser protossistólicos (que ocorrem no início da sístole) são chamados de ruídos de ejeção, pois está relacionado com a ejação de sangue para os vasos da base, por isso são ruídos produzidos nas paredes dos vasos • Alta frequência; • Agudos; • Intensos; • Produzidos na artéria pulmonar e na aorta Está relacionado com lesões valvares aórtica e pulmonar e dilatações da aorta e pulmonar. MESO E TELESISTÓLICOS: ocorre no meio ou final da sístole. • Alta frequência; • Seco; • Agudo; • Prolapso das valvas mitral e tricúspide (audíveis) SOPROS: São vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo, deixa de ser laminar para ser turbilhonar. Essa alteração do fluxo seria por alterações do sangue, da parede do vaso ou das câmaras cardíacas, principalmente nos aparelhos valvares. Pode acontecer por alterações no próprio sangue, como ocorre nos casos da diminuição da viscosidade do sangue, como nas anemias que nos temos a ocorrência de sopros, como também nas situações de aumento da velocidade do fluxo sanguíneo (no exercício físico e hipertireoidismo). Podemos encontrar sopros associados a passagem do sangue percursos mais estreitos ou cavidades mais dilatadas. É importante situar os sopros de acordo com a sua ocorrência no ciclo cardíaco, de forma que podemos ter: • Sopros sistólicos (de ejeção ou de regurgitação); • Sopros diastólicos; • Sopros sistodiastólicos (ou contínuos) Sopro sistólico de ejeção Estenose aórtica e pulmonar Sopro sistólico de regurgitação Insuficiência mitral e tricúspide Sopros diastólicos Insuficiência aórtica e pulmonar, estenose mitral e tricúspide Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Sopro de ejeção seria justamente a ejeção pela área estreitada pela estenose da válvula. Sopro de regurgitação ocorre pela passagem do sangue retornando do ventrículo para o átrio, por insuficiência da válvula. O sopro sistodiastólico ou contínuos são ouvidos durante toda a sístole e a diástole, pode ainda cobrir e mascarar a primeira bulha provocando um mascaramento de B1 ou mascarar a segunda bulha = SOPROS EM MAQUINARIA. Acontece em algumas situações patológicas como a persistência do canal arterial, nas fístulas arteriovenosas, nas anomalias dos septos aortopulmonares. Além de determinar a situação do sopro no ciclo cardíaco, temos que localizar o sopro com base nos focos de ausculta cardíaca. Precisamos analisar também se ocorre irradiação do sopro para outras regiões, podendo avaliar, também, a intensidade por + a ++++. Também é interessante avaliar o timbre e a tonalidade do sopro, seja se é suave, rude, musical, aspirativo, em jato de vapor, granuloso, piante e ruflar. Também precisamos verificar se existe uma modificação da intensidade do sopro com a fase da respiração, posição ou exercício físico. SOPROS NA BASE DO CORAÇÃO SÃO MAIS AUDÍVEIS com o tronco inclinado para frente. O sopro da estenose aórtica tem irradiação para pescoço! Vai existir um fluxo de sangue do VE retornando ao AE por insuficiência da válvula mitral e o AE está localizado acima e atrás do ventrículo esquerdo, de forma que a vibração é transmitida para região da axila. MODIFICAÇÃO DO SOPRO COM A RESPIRAÇÃO: - MANOBRA DE RIVERO CARVALLO Manobra intensifica o sopro da insuficiência tricúspide. Na inspiração profunda temos um aumento da negatividade intratorácica. Dessa forma, teremos um maior afluxo de sangue para o coração direito. Então a chegada de mais sangue ao VE vai produzir ainda mais refluxo de sangue para o AD durante a sístole por causa da insuficiência tricúspide. Por isso, o sopro da insuficiência vai se intensificar. COMO É A MANOBRA: Pedimos ao paciente para ficar em decúbito dorsal, colocamos o receptor do esteto na área tricúspide e vamos pedir ao paciente para fazer uma inspiração profunda. Se o sopro aumenta de intensidade temos uma insuficiência tricúspide, pois o sopro tá sendo gerado na valva tricúspide. Se não houver aumento ou caso tenha diminuição, o sopro que é percebido naquele local não está sendo gerado na tricúspide e sim por alguma alteração na mitral. CONSEGUE DIFERENCIAR O SOPRO DA INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE DO SOPRO DA INSUFICIÊNCIA MITRAL. RUIDO DA PERICARDITE CONSTRITIVA: Ocorre na diástole, pela distensão do pericárdio endurecido. Tem um timbre alto, ruído seco e é audível nos focos mitral e tricúspide. ATRITO PERICÁRDICO: Corresponde a um ruído produzido pelo roçar dos folhetos pericárdicos (espessos e rugosos) quando estão alterados. A causa mais frequente dessa alteração é a pericardite fibrinosa. Os folhetos pericárdicos em condições normais, são lisos e ligeiramente umedecidos e por isso deslizam um sob o outro sem realizar qualquer ruído. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR ALBERTO – AULA 13 Semiologia Medica – Sintomatologia do Aparelho Digestivo 1 CAVIDADE ORAL: O paciente pode chegar com queixas ou apresentar essas estruturas: • Sialose ou sialorreia = produção excessiva de saliva; • Papilas parótidas; • Papilas caliciformes que formam o V da língua Em relação ao hálito, ele pode ser cetônico, urêmico ou hepático. Um hálito CETÔNICO é quando eliminamos pela respiração algumas substâncias chamadas corpos cetônicos. Nós produzimos essas substâncias em grande quantidade quando estamos mais de 12 horas em jejum, especialmente quando fazemos uma restrição radical de carboidratos. O hálito cetônico (semelhante ao cheiro de maçã velha) é característico no diabético e a doença periodontal costuma estar presente. Um hálito URÊMICO ocorre quando a ureia, em altas concentrações séricas e consequentemente na saliva, é quebrada em amônia e volatilizada por meio da cavidade oral com odor sui generis de urina. É bastante característico de insuficiência renal Em relação ao hálito hepático, temos que a função desse órgão de transformar substâncias pequenas e voláteis, de baixo peso molecular, em moléculas maiores, de alto peso molecular e não voláteis, fica comprometida e diversas substâncias se acumulam na corrente sanguínea, dentre as quais compostos a base de enxofre (dimetilsulfeto e metionina), cetonas, trimetilamina, amônia e ácidos alifáticos (butírico, isobutírico, isovalérico). Tais compostos são transportados via sanguínea (por isso, a literatura classifica esse tipo de halitose em “blood-borne halitosis”) e acabam sendo eliminados via pulmonar, junto com o ar expirado tanto pela boca quanto pelas narinas, com odor descrito como um misto de rato, cadáver, terra molhada, urina ou peixe. SINTOMAS DO ESÔFAGO: • Disfagia; • Odinofagia; • Pirose; • Regurgitação; • Eructações; • Hematêmese Em relação a disfagia e odinofagia, temos que é a dificuldade à deglutição e dor. Pode ter causas como: MECÂNICA: inflamação na boca ou faringe, bócio, adenomegalias, divertículo de Zenker; MOTORA: distrofia muscular, dermatomiosite, miastenia grave, tireotoxicose ou mixedema; NERVOSA: avc, parkinsonismo, esclerose múltipla e tumores cerebrais Para dor, importante lembrar a localização, forma de início, duração, intensidadeou supressão da excreção urinária. A anúria pode ser de causa pré-renal (choque com diminuição da irrigação sanguínea); renal (glomerulonefrite aguda, necrose tubular, enfarte renal); ou pós-renal (obstrução dos canais ou vias excretoras). o Polaciúria = um sintoma urinário caracterizado por aumento do número de micções com diminuição do volume da urina, ou seja, urinar pouca quantidade muitas vezes ao dia. o Disúria = dificuldade para urinar que pode ser acompanhada de dor o Noctúria = é a necessidade de se levantar durante a noite para esvaziar a bexiga, interrompendo assim o sono. Pode ser de causa cardiaca, hepatica, auto-imune ou renal. o Urgência miccional • Alteração da cor da urina; o Urina turva (depósito e/ou flocos de algodão) o Hematúria; o Espumosa (paciente perdendo muita proteína na urina). • Alteração do cheiro da urina; • Dor lombar e no flanco com irradiação para o ventre e face interna da coxa; • Dor vesical: estrangúria • Lesões penianas; o Úlceras; o Vesículas (herpes, sífilis, cancro mole) • Nódulos no testículo; o Tumor, varicocele • Dor testicular ou perineal; o Priapismo: ereção persistente, dolorosa sem desejo sexual • Hemospermia: sangue no esperma; • Corrimento uretral; • Disfunções sexuais o Disfunção erétil; o Ejaculação precoce; o Ausência de ejaculação; o Anorgasmia; o Diminuição da libido • Ciclo menstrual; • Duração do ciclo subsequentes; • Distúrbios menstruais; o Polimenorreia = Caracteriza um ciclo cuja freqüência é inferior a 24 dias o Oligomenorreia = Refere-se a ciclos que ocorrem a intervalos acima de 35 dias; o Amenorreia = Significa a ausência de menstruações no período em que elas deveriam acontecer o Hipermenorreia = Menstruação excessiva o Hipomenorreia = Diminuição anormal ou escassez do sangue menstrual, proveniente SISTEMA GENITAL MASCULINO SISTEMA GENITAL FEMININO: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 da menstruação, geralmente ocasionada por alterações hormonais o Menorragia = É o sangramento fora do período menstrual o Dismenorreia = Cólicas e dores pélvicas com a menstruação, com causas comuns como fluxo intenso, passagem de coágulos, miomas uterinos ou endometriose • Tensão pré menstrual e cólicas • Hemorragias: o Relação com o ciclo; o Corrimento; o Quantidade e aspceto. o Relação com as diferentes fases do ciclo • Prurido localizado na vulva; • Disfunções sexuais; o Dispareunia = Dor genital persistente ou recorrente que surge pouco antes, durante ou após a relação sexual o Frigidez; o Diminuição da libido; o Anorgasmia SISTEMA HEMOLINFOPOÉTICO: • Distúrbios de coagulação; o Gengivorragia; o Petéquias; o Esquimoses espontâneas = um sangramento no tecido subcutâneo, com diâmetro maior que 1cm, originado da ruptura de um ou mais capilares sanguíneos. • Adenomegalias regionais ou sistêmicas • Anemia; • Alterações leucocitárias; • Hiperlenismo = plaquetas baixas e esplenomegalia SISTEMA ENDÓCRINO: Tireoide, testículo, ovários, paratireoide, suprarrenais (HAS severa de difícil controle, Síndrome de Cushing) SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO: COLUNA VERTEBRAL • Dor o Cervical, dorsal, lombossacral, quais articulações tem relação com os movimentos? • Rigidez pós repouso: é a rigidez matinal, com tempo de duração após iniciar as atividades; OSSOS: • Deformidades ósseas; • Sinais inflamatórios; o Edema, calor, rubor e dor • Crepitação articular; • Limitação de movimento; MÚSCULOS • Fraqueza muscular; o Segmentar, generalizada, evolução no decorrer do dia • Dificuldade para andar (deambular) ou para subir escadas; • Atrofia muscular; • Câimbras; • Espaticidade ARTÉRIAS, VEIAS, LINFÁTICOS E MICROCIRCULAÇÃO: • Pulsação; • Tumoração pulsátil; • Varizes (veias dilatadas) e telangiectasias; • Edema: caracterizar o edema SISTEMA NERVOSO: • Tem algum passado de cirurgia ou problema do sistema nervoso • Perda de memória; • Dificuldade de se concentrar ou aprender EXAME PSIQUICO E AVALIAÇÃO DE CONDIÇÕES EMOCIONAIS: • Se irrita fácil? • Acha que a vida tá sem sentido? • Tem sensação de perseguição? • Tem obsessão por limpeza ou organização? • Tem problema de fazer amigos? ANTECEDENTES PESSOAIS FISIOLÓGICOS: GRAVIDEZ E NASCIMENTO DO PACIENTE: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Avaliar como se decorreu a gravidez; se teve uso de medicamentos ou radiações sofridas pela genitora; viroses contraídas na gestação; condições de parto (normal, fórceps, cesariana) estado da criança ao nascer; ordem de nascimento; número de irmãos; DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E NEURAL DO PACIENTE DESENVOLVIMENTO SEXUAL DO PACIENTE ANTECEDENTES PESSOAIS PATOLÓGICOS: Doenças sofridas pelo paciente: começando-se pelas mais comuns na infância (sarampo, varicela, coqueluche, caxumba, moléstia reumática, amigdalites). Passando às da vida adulta (pneumonia, hepatite, malária, pleurite, tuberculose, hipertensão arterial, diabetes, artrose, osteoporose, litíase renal, gota, entre outras). Pode ser que o paciente não saiba informar o diagnóstico, mas consegue se lembrar de determinado sintoma ou sinal que teve importância para ele, como icterícia e febre prolongada. Alergia: quando se depara com um caso de doença alérgica, essa investigação passa a ter relevância especial, mas, independentemente disso, é possível e útil tomar conhecimento da existência de alergia a alimentos, medicamentos ou outras substâncias. Cirurgias e outras intervenções: anotam -se as intervenções cirúrgicas, referindo-se os motivos que a determinaram. Traumatismo: é necessário indagar sobre o acidente em si e sobre as consequências deste. Em medicina trabalhista, este item é muito importante por causa das implicações periciais decorrentes dos acidentes de trabalho. Transfusões sanguíneas: anotar nº de transfusões, quando ocorreu, onde e por quê. História obstétrica: anotar na de gestações ( G); na de partos (P); n2 de abortos (A); n2 de prematuros e n2 de cesarianas (C) ( G_ P_ A_ C_). Vacinas: anotar as vacinas (qual; época da aplicação). Medicamentos em uso: anotar: qual, posologia, motivo, quem prescreveu. ANTECEDENTES FAMILIARES: Os antecedentes começam com a menção ao estado de saúde (quando vivos) dos pais e irmãos do paciente. Se for casado, inclui-se o cônjuge e, se tiver filhos, estes são referidos. Não se esquecer dos avós, tios e primos paternos e maternos do paciente. Se tiver algum doente na família, esclarecer a natureza da enfermidade. Pergunta-se sistematicamente sobre a existência de enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, câncer, doenças alérgicas, doença arterial coronariana (infarto agudo do miocárdio, angina de peito), acidente vascular cerebral, dislipidemias, úlcera péptica, colelitíase e varizes, que são as doenças com caráter familiar mais comuns. HÁBITO E ESTILO DE VIDA: • Alimentação • Ocupação atual e ocupações anteriores • Atividades físicas • Hábitos. O consumo de tabaco, socialmente aceito, não costuma ser negado pelos pacientes, exceto quando tenha sido proibido de fumar. Os efeitos nocivos do tabaco são indiscutíveis: câncer de boca, faringe, laringe, pulmão e bexiga, afecções broncopulmonares (asma, bronquite, enfisema e bronquiectasias), afecções cardiovasculares (insuficiência coronariana, hipertensão arterial, tromboembolia), disfunções sexuais masculinas, baixo peso fetal (mãe tabagista), intoxicação do recém-nascido em aleitamento materno (nutriz tabagista), entre outras. Diante disso, nenhuma anamnese estáe tipos de dores. Essas dores, podemos classificar melhor em: • Em peso; • Em barra; • De fome; • Transfixante; • Surda; • Em cólica; • Em aperto; • Azia (ardor); Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 • Pirose (queimor); • Dispepsia; • Clocking Desse modo, em questão da dor, devemos nos atentar à irradiação, migração, ritmo, o período, sintomas associados com a dor, além dos fatores de melhora e piora. Com relação as náuseas e vômitos, podemos classificar em: • Hematêmese; • Biliosos; • Restos alimentares; • Fecalóides; • Mucosos ESTENOSE PILÓRICA: Estenose pilórica é uma condição na qual há uma diminuição da luz do piloro, que é a porção final do estômago. A doença pode se manifestar logo após o nascimento (congênita) ou na vida adulta (adquirida). Estenose hipertrófica congênita do piloro é a forma mais comum e se manifesta semanas após o nascimento. DISPEPSIA: Desconforto na área superior do abdômen, descrito como sensação de queimação, inchaço ou flatulência, náuseas ou saciedade muito rápida depois de começar a comer. O aparecimento da dispepsia ou sintomas dispépticos pode estar associado a vários distúrbios do trato gastrointestinal superior, como doença ulcerosa péptica, doença do refluxo gastroesofágico, gastrites, neoplasias do trato gastrointestinal superior, doença do trato biliar e a dispepsia funcional. Muito confundida com gastrite e má digestão, é uma compilação de sintomas comuns, como eructação (arrotos), náuseas, flatulência, vômitos, sensação de queimação na “boca” do estômago e inchaço, que são sentidos na região superior do abdômen, em geral logo após o consumo de alimentos. PLENITUDE GÁSTRICA: A indigestão é uma dor ou desconforto no abdômen superior. As pessoas também podem descrever a sensação como flatulência, sensação de plenitude, ardência ou queimação. A sensação de plenitude pode ocorrer após uma refeição pequena (saciedade precoce), ser uma sensação de plenitude excessiva após uma refeição normal (sensação de plenitude pós-prandial) ou não ter relação com as refeições. Como a dispepsia é normalmente um desconforto indeterminado e leve, muitas pessoas não buscam atendimento médico até que a dispepsia esteja presente por um longo período, mesmo que de forma intermitente. Às vezes, a dispepsia é uma sensação mais súbita e perceptível (aguda). RESUMIDAMENTE: a plenitude/dispepsia é o empazinamento, saciedade precoce, distensão gasosa e intolerância a alimentos gordurosos. SINTOMAS DAS VIAS BILIARES: • Icterícia; • Colúria; • Acolia fecal; • Prurido cutâneo; • Anorexia; • Perda de peso; • Astenia; • Hipovitaminoses COLÚRIA: É a coloração escura da urina devido à eliminação de bilirrubina (substância que compõe a bile e que dá a coloração amarelada à pele). Colúria: presença de pigmento biliar na urina indica hiperbilirrubinemia conjugada. Acolia/hipocolia fecal: deficiência ou obstrução à excreção de bilirrubina para o intestino sugere obstrução biliar extra-hepática. ACOLIA FECAL: é um termo médico para a ausência de bile. Sua característica mais marcante é resultar em fezes brancas por falta de estercobilina. A bile impedida de sair é reabsorvida no sangue causando de pele amarelada (icterícia) e coceira. SOBRE O CONCEITO DE ORIGEM DA DOR: SOMÁTICA VISCERAL Pele, peritônio, parietal, meso Profunda, peritônio visceral; Mais circunscrita Mais difusa, imprecisa Rápida Lenta Avigoramento, maior pulso e maior PA Desânimo, mais sudorese, menos pulso e PA, além de náusea Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR LARISSA – AULA 14 Semiologia Medica – Sintomatologia do Aparelho Digestivo II DOR ABDOMINAL: Caracterização: • Localização; • Irradiação; • Duração; • Caracterização da dor; • Intensidade; • Fatores de melhora e piora; • Sintomas associados (como náusea, vômitos, febre e diarreia); DOR ABDOMINAL ESTÔMAGO Localização Epigástrio, abaixo do apêndice xifóide (como exemplo a úlcera péptica e gastrite) Região dorsal do tronco (acometimento retroperitoneal) Duração Dor contínua (acometimento seroso do estômago) como exemplo na doença inflamatória e neoplasia Fatores de alívio Ingesta de alimentos (úlcera péptica-alívio); para um diagnóstico diferencial em úlcera duodenal temos a piora da dor pós prandial tardio e alívio no pós prandial precoce, com ritmo em clocking Sintomas associados Náuseas e vômitos são comuns em estômago e duodeno Em caracterização da dor no estômago e no duodeno, temos: • Pirose: queimação retroesternal com inflamação da mucosa gástrica; • Tenebrante: dor de forte intensidade, sintoma visceral, como em úlcera infiltrante ou câncer infiltrante Em caracterização das náuseas e vômitos, temos os sintomas comuns no acometimento de estômago e duodeno, mas podem ter origem extradigestiva: • Quando a presença de suco gástrico ou pequena quantidade de bile ou alimentos recentemente ingeridos pode ser devido uma gastrite ou úlcera gástrica ou duodenal, associado a epigastralgia; • Vômitos com grande quantidade de alimentos várias horas antes podemos ter uma estase gástrica; • Presença de grande quantidade de bile podemos suspeitar de uma obstrução intestinal; • Na presença de sangue temos uma hematêmese, podendo ser por uma úlcera péptica, varizes esofagianas, laceração da transição esofagogástrica pelo esforço do vômito ou gastrite aguda. DISPEPSIA: Dor ou desconforto abdominal com localização principal no epigástrio, acompanhada ou não de saciedade precoce, plenitude gástrica, distensão abdominal ou náuseas. É essencial investigar qualquer dispepsia após a 4º década de vida ou jovens com sintomas associados como a anemia, perda de peso e hemorragia. DISPEPSIA FUNCIONAL: sintoma que ocorre por pelo menos 12 semanas durante 12 meses, de modo persistente ou recorrente, sem evidência de doença Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 orgânica. Sem melhora após evacuação e sem alteração da evacuação ou das fezes. INTESTINO DELGADO: Os principais sintomas de acometimento do intestino delgado são: • Diarreia; • Esteatorreia; • Dor abdominal; • Distensão abdominal; • Flatulência; • Dispepsia; • Hemorragia digestiva; • Febre; • Perda de peso; • Anemia; • Edema; • Manifestações carenciais; DOR ABDOMINAL INTESTINO DELGADO LOCALIZAÇÃO Jejuno proximal (periumbilical); segmentos distais (cicatriz umbilical e hipogástrio); íleo terminal (quadrante inferior D) e peritônio próximo ao íleo terminal (fossa ilíaca D e raiz coxa D) IRRADIAÇÃO Distensão de parede intestinal ou por contração da musculatura com irradiação para dorso de forma intensa ou peritonite restrita QI para raiz da coxa DURAÇÃO MODO DE INICIO Agudo, subagudo ou crônico. Início abrupto (cólica intestinal) FATORES DE ALIVIO Posição do paciente: flexão ou mãos sobre o abdome, imóvel e evitar toque sobre abdome; Alimentação: desencadeia ou piora a dor de origem intestinal SINTOMAS ASSOCIADOS Náuseas, vômitos, palidez e sudorese INTENSIDADE Varia com sensibilidade do indivíduo. Verificar impacto na rotina e busca por medicamentos VO ou IV e atendimento CARÁTER DA DOR Distensão ou torção – como dor visceral Dor em peso ou constricção– alteração isquêmica ou inflamatória ou congestiva Distensão abdominal/flatulência ou dispepsia são sintomas associados ao acometimento do intestino delgado em situações de má-absorção ou aumento de conteúdo líquido ou excesso de gases produzidos por bactérias ao fermentar o açúcar não absorvido. É decorrente do aumento de conteúdo gasoso no tubo digestivo. Pode estar associado a diarreia ou esteatorreia ou dor. HÁBITO INTESTINAL: NORMAL = 1 a 2 ao dia, até 2 dias sem defecar; OBSTIPAÇÃO = mais de 2 dias sem defecar; DIARREIA = mais de 3 evacuações por dia CARACTERIZAÇÃO DAS FEZES: Podem ser normais, endurecidas, amolecidas, em cíbalos, líquidas, com resíduos, brancas ou acolia, escuras, muco ou sangue. TIPO 1-2: comuns em indivíduos com tendência a constipação, fezes endurecidas, trânsito intestinal lento; TIPO 3-4: comuns em indivíduos com trânsito intestinal regular, fezes brandas e ideal; TIPO 5-7: comuns em indivíduos com trânsito rápido ou diarreia, com fezes pastosas/líquidas; Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 DIARREIA: É o aumento do volume fecal, do teor de líquido e do número de evacuações, podendo ser volumosas, amolecidas. Normalmente fezes mais claras, brilhantes, espumosas com restos alimentares. No caso de presença de gorduras, temos a má- absorção. Além disso, temos a eliminação de gases por meio de uma diarreia explosiva. ESTEATORREIA: é o aumento da quantidade de gordura nas fezes, sendo uma diarreia com volume aumentado, brilhante e flutuam. É uma manifestação específica em indicar distúrbio de digestão e absorção, sendo para o conteúdo lipídico ou de todos os macronutrientes. Pode ser associado com cólicas periumbilicais, distensão abdominal, flatulência, fraqueza, fadiga e perda de peso. Além da deficiência de vitaminas K A D E Pode indicar doença biliar, pancreática ou intestinal. HEMORRAGIA DIGESTIVA: a manifestação clínica depende da localização. HEMATÊMESE: próximo ao ângulo de Treitz; afecção estômago/duodeno; raro na afecção de ID; sangramento de volume aumentado; ENTERORRAGIA: sangue vivo pelo ânus/melena associado, sangramento próximo a válvula ileocecal com perda sanguínea rápida e volumosa; MELENA: fezes pretas com odor pútrido, fezes amolecidas e diarreia. CÓLON, RETO E ÂNUS: Principais sintomas: • Dor; • Diarreia; • Obstipação; • Sangramento anal; • Prurido anal; • Distensão abdominal; • Vômitos e náuseas; • Anemia; • Emagrecimento; A dor é abdominal ou perineal, sendo aguda ou crônicas (com períodos de acalmia). O tenesmo é a dor intensa em reto e períneo associado ao desejo de evacuar, sendo a eliminação de pequena quantidade de fezes ou muco. Normal em doenças inflamatórias ou em disenterias. A dor abdominal normalmente é difusa- peritoneal/colite/obstipação ou localizada. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 DISENTERIA: É a diarreia com fezes mucossanguinolentas associado ao tenesmo no final da evacuação. A diarreia alta representa o ID e a diarreia baixa representa mais o cólon que reduz com a noite. OBSTIPAÇÃO INTESTINAL: Ausência de evacuação por mais de 48 horas. Importante avaliar as fezes se estão ressecadas, em cíbalos ou duras. SANGRAMENTO ANAL: • Hematoquezia (sangue vivo); • Comum em hemorroidas e doenças diverticular. SINTOMAS ASSOCIADOS: Os vômitos podem ser fecalóides na presença de obstrução intestinal, também presentes em associação com quadro de dor. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR ALBERTO – AULA 15 Semiologia Medica – Exame Fisico do Aparelho Digestivo I INSPEÇÃO: Todo exame físico é feito a direita do paciente, onde o mesmo precisa estar em decúbito dorsal e com os braços ao lado do corpo. A inspeção deve começar: • Observando manchas, lesões, cicatrizes (cirúrgicas ou não); • A cicatriz umbilical deve ser descrita, indicando se é centralizada, descentralizada, protusa ou intrusa; • Observar se o abdome é plano, escavado (sinal de desnutrição), globoso (panículo adiposo, ascite, gases, tumores); • Observar se o formato é simétrico ou não, se apresenta deformidades, utilizando as regiões e quadrantes para descrever a localização; • Observar a presença de circulação colateral (do tipo porta ou do tipo veia cava inferior, indicando hipertensão portal), peristalse e pulsações visíveis. Além disso, durante a inspeção, avaliamos a presença de hérnias pela MANOBRA DE VALSALVA. Essa manobra solicita ao paciente que sopre o punho fechado. Isso vai aumentar a pressão intra abdominal, Hipertensão portal é uma condição em que o sistema porta apresenta aumento da resistência ao fluxo de sangue, o que pode ser causado por doenças dentro do fígado, obstrução da veia esplênica ou portal e fluxo venoso hepático insuficiente. A principal causa de hipertensão portal é a cirrose alcoólica, que é caracterizada por hepatomegalia e superfície com aspecto nodular. A cirrose é provocada pela destruição progressiva dos hepatócitos, que são substituídos por gordura e tecido fibroso, e por isso o aumento da resistência ao fluxo san- guíneo, visto que o tecido fibroso circundando os vasos hepáticos torna o fígado mais firme, impedindo a circulação. Sinais de Hipertensão Portal: • Ascite • Edema de membros inferiores • Hematêmese • Varizes esofágicas • Hemorroidas Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiR36KPoPvLAhWDTZAKHW3RBC4QjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fmaternare.com.br%2Fcategory%2Ffisioterapia%2F&bvm=bv.118443451,bs.1,d.d24&psig=AFQjCNENpHUTR_c3Lf9f3byOyVBVZeLrbA&ust=1460074643045684 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 forçando o aparecimento das hérnas. Uma hérnia é definida como uma protusão parcial e total por um orifício que se abriu ou até mesmo pelo enfraquecimento da parede abdominal ou má formação. A depender da sua localização recebe algumas nomenclaturas. Além disso, devemos inspecionar a presença de lesões cutâneas: Essas lesões podem indicar pancreatite aguda, úlcera péptica perfurada, abdome agudo, além de trauma do abdome. INSPEÇÃO ESTÁTICA: os movimentos peristálticos podem ser observados nas regiões do andar superior do abdome (síndrome da estenose pilórica, associado a vômitos) e periumbilical (obstrução intestinal, associado a cólicas intestinais). INSPEÇÃO DINÂMICA: hérnias e tumores podem estar presentes ou ausentes, podem aparecer com o aumento da pressão pela manobra de valsalva ou na posição ortostática. PERCUSSÃO: Antes de realizar o exame é importante perguntar se o paciente sente alguma dor abdominal, se tem bexiga cheia ou defecou no dia do exame. Por seu intermédio, pode-se identificar a presença de ar livre, líquidos e massas-intra-abdominais. Também é útil para dimensionar órgãos maciços como fígado e baço. Deve- se iniciar sempre fora da área de maior sensibilidade, estendendo-se em todo abdome.SONS DO ABDOME: Podem ser encontrados os seguintes sons no abdome: timpanismo, hipertimpanismo, macicez e submacicez. TIMPANISMO: O timpanismo indica a existência de ar livre no interior do tubo digestivo, na cavidade peritoneal ou em formação cística; é o som apresentado normalmente pelo abdome em, praticamente, toda a sua extensão. A área de nítido timpanismo é conhecida como espaço de traumbe. TIMPÂNICO: de uma determinada área pode ser substituído por maciço ou submaciço se ela for ocupada por uma estrutura sólida ou líquida. HIPERTIMPANISMO: timpanismo de timbre mais sonoro, ocorre quando há um aumento do volume de ar na cavidade abdominal ou no trato gastrintestinal, como nos casos de meteorismo, obstrução abdominal, pneumoperitôneo. SUBMACIÇO: está presente em locais com menor volume gasoso ou presença de um órgão maciço nas proximidades, como na transição toracoabdominal à direita, sobre a área de projeção do diafragma. MACIÇO: ocorre quando a percussão é realizada sobre a projeção de um órgão sólido, como o fígado e o baço. HEPATIMETRIA: mensuração do tamanho do fígado, percussão do espaço de Traube, a fim de identificar Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 visceromegalia (VCM) e percussão geral para identificar se o som é timpânico (normal) ou maciço, indicando que há massas sólidas anormais na cavidade abdominal. • É feita utilizando os dedos como medida. • Começando na região abaixo do umbigo, deve-se percurtir em direção ao fígado até que o som mude • Quando mudar de timpânico (abdominal normal) para maciço, indicando a margem inferior do fígado. • Deve-se percurtir da região hemiclavicular direita na altura dos pulmões em direção ao fígado; • Até o som mude de som claro pulmonar (atimpânico) para maciço, indicando o início do fí- gado. • Depois, medir a distancia desses dois pontos, considerando que o dedo tenha 1cm de largura. O valor de referência de hepatimetria para homens é de 10- 12 cm e para mulheres de 8-11 cm. Vale pontuar que a percussão normalmente fornece estimativas inferiores à realidade e o fígado pode ser deslocado para baixo pelo diafragma em pacientes com DPOC. Representa a presença de ar na região hepática, que pode decorrer de uma interposição de alça intestinal e pneumoperitôneo. É observado pelo examinador quando ocorre a presença de som timpânico ou hipertimpânico na região de projeção hepática. SINAL DE TORRES-HOMEM: Ocorre quando o paciente refere dor abdominal em região do hipocôndrio direito quando o examinador realiza a percussão sobre a projeção da área hepática. Está relacionado a processos infecciosos, como abscesso hepático. ESPLENOMEGALIA: pode ser identificada através de duas técnicas: percussão da região inferior esquerda da parede torácica anterior (espaço de Traube) e verificação da presença do sinal de percussão esplênica. ESPAÇO DE TRAUBE: localiza-se na região entre a 9ª e 11ª costelas na região anterior do abdome no hipocôndrio esquerdo, na área de projeção do fundo gástrico. Possui som timpânico, mas pode apresentar-se com som maciço ou submaciço quando há presença de líquido ou massa. Em casos de esplenomegalia, é uma região ocupada pelo baço e que produz um som maciço ou submaciço. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Deve percurtir o espaço intercostal mais abaixo da linha axi- lar anterior esquerda, região que costuma ser timpânica. Em seguida, é importante solicitar ao paciente que respire fundo e percutir novamente esta região. Quando o tamanho do baço está normal, o som timpânico à percussão se mantém mesmo com a respiração funda. O baço cresce em direção ao umbigo (sentido anterior, inferior e medial), e muitas vezes substitui o timpanismo do estomago e do cólon pela macicez de órgão, que é sólido (assim como o fígado). Então deve-se percutir nesse sentido (direção do umbigo) para mensurar o tamanho deste órgão, lembrando que isso só é possível quando já há es- plenomegalia, pois o baço não deve ser palpado abaixo do rebordo costal esquerdo. PRESENÇA DE ASCITE: SINAL DE PIPAROTE: a face palmar de uma das mãos é posicionada em um dos flancos do paciente e com a outra mão o examinador dispara “piparotes” no outro flanco do paciente. O abalo produzido pelos piparotes é transmitido ao líquido ascítico e percebidos pela palma da mão posicionada no flanco oposto. Para que as ondas não sejam transmitidas ao lado oposto pela parede abdominal, o paciente ou um assistente posiciona a borda cubital da sua mão na linha mediana do abdome. Esse sinal é característico de grandes ascites, não sendo efetivo em ascites de médio ou pequeno volume. SEMICÍRCULO DE SKODA: com o paciente em decúbito dorsal, o líquido ascítico tende a se depositar nas regiões de flanco e hipogastro; assim, uma percussão realizada desde o epigastro em direção aos flancos e andar inferior do abdome, revelará uma transição do som timpânico para o maciço ou submaciço, formando uma linha semicircular com concavidade voltada para região epigástrica. MACIEZ MÓVEL: quando uma ascite de médio volume, o líquido livre na cavidade peritoneal se acumula em flancos. Assim, a percussão dessa região se mostrará com macicez ou submacicez. Posicionando o paciente em decúbito lateral, direito ou esquerdo, o líquido livre se deslocará para a posição do decúbito e o lado contralateral será esvaziado, apresentando, então, uma percussão timpânica. AUSCULTA: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 A ausculta abdominal visa identificar dois principais sinais: ruídos hidroaéreos (RHA) e sopro nas artérias abdominais – aorta, artérias renais e artérias ilíacas. Para isso, é preciso posicionar o estetoscópio em 7 pontos. Para ouvir os RHA basta posicionar o estetoscópio em áreas difusas do abdome, permanecendo por cerca de 2 minutos – ouvir um ruído já exclui a possibilidade de íleo paralítico e não é necessário ficar os 2 minutos inteiros caso se ouça antes disso. ILEO PARALITICO: doença por defeitos ou ausência da motilidade intestinal (peristalse). Gera inapetência, obstipação grave, vômitos, obstrução intestinal, flatulência, risco de peritonite e sepse já que o conteúdo intestinal fica paralisado. MODELO DE DESCRIÇÃO DE UMA EXAME FÍSICO ADULTO NORMAL: INSPEÇÃO: Abdome plano, simétrico, ausência de lesões, cicatrizes, circulação colateral, peristalse e pulsações visíveis; cicatriz umbilical intrusa. AUSCULTA: RHA presentes, ausência de sopros. PERCUSSÃO: Predomínio de som timpânico à percussão geral, hepatimetria 9 cm na linha média clavicular (LMC) e 4 cm na linha médio esternal (LME = nível do apêndice xifoide), espaço de Traube livre. PALPAÇÃO: Indolor à palpação superficial e profunda, ausência de VCM, Giordano negativo (em alguns casos é im- portante negar outros sinais). Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR DAVI – AULA 16 Semiologia Medica – Exame Fisico do Aparelho Digestivo II PROJEÇÃO DOS ÓRGÃOS INTRA ABDOMINAIS QUADRANTE SUPERIOR DIREITO: • Lobo direito do fígado; • Vesícula biliar; • Piloro; • Duodeno; • Cabeça do pâncreas; • Flexura hepática do cólon; • Partes transversa e ascendente do cólon QUADRANTE SUPERIOR ESQUERDO: • Lobo esquerdo do fígado; • Estômago; • Corpo do pâncreas; • Flexura esplênica do cólon; •Partes do cólon transverso e descendente QUADRANTE INFERIOR DIREITO: • Ceco e apêndice; • Parte do cólon ascendente; QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO: • Cólon sigmoide; • Parte descendente do cólon PALPAÇÃO: Importante observar que, em condições normais, não se consegue distinguir, pela palpação, todos os órgãos abdominais. Com o objetivo de sistematizar a palpação abdominal, seguiremos a seguinte ordem: • Palpação superficial; • Palpação profunda (Inclui a palpação dos órgãos abdominais); • Manobras especiais de palpação. PALPAÇÃO SUPERFICIAL: deve-se palpar todos os quadrantes, com apenas uma mão, sem excluir as regiões laterais, buscando áreas sensíveis e/ou alteração de consistência durante a palpação. Tem como objetivos avaliar a sensibilidade, a integridade da parede abdominal e o grau de tensão. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Inicia-se a palpação pela avaliação da tensão da parede abdominal. Com a ponta dos dedos, produzem-se dois a três abalos em cada local, percorrendo-se toda a região da parede abdominal de forma ordenada. Em condições normais, a tensão é ligeiramente maior no centro do abdome do que nos flancos, devido aos músculos retos abdominais. O paciente com dor abdominal deve ser solicitado a localizá-la, para que a palpação seja iniciada fora da área indicada como mais sensível. Deve-se observar se a dor referida é à palpação superficial ou profunda, se é localizada ou difusa; em casos de dor localizada, o examinador deverá identificar se ela se situa em pontos relacionados ao comprometimento de algum órgão (p. ex.: ponto epigástrico, ponto cístico, região apendicular, pontos ureterais.). PALPAÇÃO PROFUNDA: são palpadas as mesmas regiões, também buscando áreas sensíveis e alterações de consistência, mas nessa manobra devem se usar as duas mãos, uma apoiada sob a outra, pesquisando a presença de massas. TÉCNICAS DE PALPAÇÃO DO FÍGADO: O procedimento fundamental consiste em palpar o hipocôndrio direito e o epigástrio, executando a palpação junto ao rebordo costal direito coordenada com os movimentos respiratórios. Durante a expiração, a mão do examinador ajusta-se à parede abdominal, sem fazer compressão ou se movimentar. Durante a inspiração, a mão do examinador, ao mesmo tempo em que comprime, é movimentada para cima, buscando detectar a borda hepática. MÉTODO LEMOS TORRES: Com a mão esquerda colocada sobre a região lombar direita apoiando as duas últimas costelas, o examinador traciona o fígado para frente e com a mão direita espalmada sobre a parede anterior do abdome, tenta palpar a borda hepática durante a inspiração profunda, com as falanges distais dos dedos. MÉTODO DE MATHIEU: O examinador posiciona-se à direita do tórax do paciente com as costas voltadas para o seu rosto. A seguir, coloca as mãos paralelas sobre o hipocôndrio direito do paciente e, com as extremidades dos dedos fletidos, formando garras, tenta palpar a borda hepática durante a inspiração profunda. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 TIPOS DE PALPAÇÃO: A palpação deve ser realizada com o examinador em pé, ao lado direito do paciente, em mesa de exame provida com um pequeno travesseiro que apoie cabeça e ombros com membros superiores estendidos ao longo do tronco, além dos membros inferiores estendidos e descruzados. As mãos do examinador não devem estar frias, sendo recomendado aquecê-las. O paciente deve ser orientado a se manifestar caso sinta dor ou qualquer sensação desagradável; para isso o examinador também deve estar atento às fácies do paciente durante a palpação abdominal. Podem ser realizar as formas: mono ou bimanual, mono ou bidigital, e com as mãos superpostas. PALPAÇÃO MONOMANUAL: Utilizada para avaliar a parede abdominal. O examinador palpa com delicadeza toda a região do abdome. Toda a face palmar da mão deve tocar o abdome do paciente. A tonicidade da musculatura e a sensibilidade devem ser avaliadas durante o movimento de flexão dos quatro dedos externos, exceto polegar, que comprimem levemente a parede; PALPAÇÃO BIMANUAL: Utilizada para avaliar o conteúdo abdominal. As duas mãos podem atuar de modo ativo ou uma de modo ativo e outra de modo passivo. Quando ambas atuarem de modo ativo, as extremidades distais dos dedos devem formar uma linha reta. A mão passiva deve relaxar a parede abdominal e estabelecer um ponto de apoio; PALPAÇÃO COM AS MÃO SUPERPOSTAS: Avaliação do conteúdo abdominal em pessoas obesas ou para vencer uma contratura voluntária da parede abdominal; PALPAÇÃO MONO OU BIDIGITAL: Utilizada para localizar pontos sensíveis na parede abdominal, explorar orifício herniários e determinar o sentido de circulação colateral. ESTRUTURAS PALPÁVEIS – SEM PATOLOGIA: • Aorta; • Borda do fígado; • Alguns linfonodos; • Bexiga distendida; • Polo inferior do rim direito; • Músculo reto abdominal; • Cólon; • Fezes TÉCNICAS DE PALPAÇÃO DO BAÇO: Diferente do fígado, que pode ser palpável em condições normais, o baço somente é palpável em condições patológicas, quando atinge duas vezes o seu tamanho habitual. A técnica consiste em: TÉCNICA DE SCHUSTER: • Posicionar o paciente em decúbito lateral direito; • Solicitar ao paciente realizar a extensão da perna direita; • Solicitar ao paciente realizar a flexão da coxa esquerda sobre o abdome, num ângulo de 90º; • Elevar o braço esquerdo sobre a cabeça; • O examinador, ao lado direito, pousa alguma pressão na mão esquerda sobre a área de projeção do baço, deslocando-o para baixo, enquanto isso a mão direita faz a palpação sincronizada com os movimentos respiratórios. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Acima, técnica bimanual com paciente em decúbito dorsal. PAL PAÇÃO DE OUTR OS ÓR GÃOS: PALPAÇÃO DO PÂNCREAS: normalmente não se palpa, a não ser em situações patológicas; Na presença de tumores e pseudocistos. PALPAÇÃO DO RIM: a palpação do rim direito consiste em o médico posicionar a mão esquerda atrás do paciente logo abaixo da 12º costela, com as pontas dos dedos no ângulo costovertebral. Então, eleva-se a mão tentando deslocar o rim para frente e colocar a mão direita para devagar no quadrante superior direito, lateral e paralelamente ao músculo reto. Pede-se ao paciente que respire fundo e no pico da inspiração, comprime a mão direita no quadrante superior D. O paciente deve expirar e ficar em apneia em curo período, com isso o médico tem que liberar lentamente a compressão exercida pela mão direita de forma simultânea. PONTOS SENSÍVEIS DO ABDOME (DOLOROSOS): CORRESPONDEM A DETERMINADAS VÍSCERAS: PONTO DE MCBURNEY: apendicular – situado à dois terços da distância do umbigo e à um terço da espinha ilíaca ântero-superior direita. APENDICITE! PONTO CÍSTICO: ponto doloroso da vesícula biliar – rebordo costal D e borda externa do músculo reto abdominal/linha médio axilar D. PONTO EPIGÁSTRICO: ½ da linha xifoumbilical. PONTOS URETERAIS: bordas dos músculos retos abdominais e linhas horizontais que passam pela cicatriz umbilical e crista ilíaca. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 SINAL DE BLUMBERG: descompressão brusca no ponto de mcburney – irritação peritoneo-parietal. SINAL DE MURPHY:palpa-se profundamente no ponto cístico e pede-se para o paciente respirar profundamente. Devido a irritação peritônio-visceral da vesícula biliar (reflexo) e a contradura do diafragma, o paciente para a respiração durante a inspiração. Nos casos de COLECISTITE, o paciente terá pausa súbita na inspiração devido a dor. SINAL DE COURVOISER-TERRIRER: vesícula palpável e indolor, em pacientes com icterícia. SINAL DE PSOAS: decúbito lateral – fazer hiperextensão da perna contralateral (ou em decúbito dorsal, flexão ativa contra a resistência). Irritação do músculo psoas. Um dos sinais de apendicite aguda. SINAL DO OBTURADOR: irritação do m.obturador – flexiona-se passivamente a perna sobre a coxa e acoxa sobre a pelve, então realiza-se uma rotação interna da coxa. É um dos sinais de apendicite. SINAL DE ROVSING: palpa-se o quadrante inferior E e realiza-se a ordenha do intestino grosso, a partir do sigmoide até o descendente. O deslocamento dos gases para o sentido contrário gera dor no ceco. Também sinal para apendicite. RESUMINDO: Se o sinal da DESCOMPRESSÃO BRUSCA se for dolorosa é positiva! No ponto de MCBURNEY, BLUMBERG positivo – apendicite Na fossa ilíaca esquerda, região sigmóide – diverticulite Descompressão dolorosa – peritônio parietal Compressão dolorosa- peritônio visceral Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR ALBERTO– AULA 17 Semiologia Medica – Sindromes Digestivas Parte I DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE): É caracterizada pelo deslocamento do conteúdo gástrico do estômago para o esôfago, condição na qual esse refluxo causa sintomas que afetam o bem-estar do paciente e/ou complicações. A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é mais frequente em pessoas maiores de 45 anos, caucasianos, sexo masculino, obesidade e também alguns alimentos e hábitos de vida que predispõem ao desenvolvimento da DRGE, como exemplo, bebidas alcoólicas, tabaco, café, chocolate e alguns medicamentos como os antiinflamatórios não esteroidais. Sobre as hérnias, podemos ter de deslizamento (mais comum como causa de DRGE), paraesofágica e mista. QUADRO CLÍNICO: Os sintomas típicos relatados pela maioria dos pacientes são pirose e regurgitação ácida e dor. A pirose é definida como sensação de queimação retroesternal que se irradia do manúbrio esternal até a base do pescoço. A regurgitação ácida é o retorno do conteúdo ácido até a cavidade oral. • Hipotonia do esfíncter inferior do esôfago; • Esclerose sistêmica progressiva; • Aumento da pressão intra abdominal (gravidez, ascite); • Hipersecreção e estase gástrica; • Intubação nasogástrica; • Hiperêmese; Além dessas, outras manifestações clínicas podem ser decorrentes do refluxo gastroesofágico. São os sintomas atípicos, sendo as mais referidas a dor torácica não coronariana, as respiratórias (tosse e asma brônquica), as otorrinolaringológicas (disfonia, pigarro e sensação de globo faríngeo) e as orais (erosão dental, aftas, halitose). DIAGNÓSTICO: A principal ferramenta para o diagnóstico da DRGE é a história clínica. A anamnese deve identificar os sintomas característicos, sua duração, intensidade, frequência, fatores desencadeantes e de alívio, padrão de evolução no decorrer do tempo e impacto na qualidade de vida. A endoscopia digestiva alta (EDA) é o exame de escolha na avaliação de pacientes com sintomas da DRGE, tendo indicação naqueles com sintomas crônicos, com idade superior a 40 anos e com sintomas de alarme, tais como disfagia, odinofagia, perda de peso, hemorragia digestiva, náusea, vômitos e história familiar de câncer. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Nos pacientes com menos de 40 anos, com queixas típicas de DRGE e sem manifestações de alarme pode ser instituído o tratamento com inibidores de bomba de prótons em dose plena por quatro semanas, associado às medidas comportamentais. O teste é considerado positivo quando os sintomas típicos (pirose/regurgitação) mais de 2x por semana por um período de quatro a oito semanas) são abolidos, sugerindo fortemente o diagnóstico de DRGE. ÚLCERA PÉPTICA: Lesão no revestimento do estômago, no duodeno ou, raramente, na parte final do esófago. Uma úlcera no estômago denomina-se úlcera gástrica ou péptica, enquanto no duodeno se chama úlcera duodenal. Acredita-se que aconteça pela agressão representada pela secreção acidopéptica à mucosa. ETIOLOGIA: infecção por Helicobacter pylori (HP), uso de anti- inflamatórios, Síndrome de Zollinger-Ellisson, doença de Crohn e fatores de estresse. Fatores genéticos, tabagismo também podem contribuir. SINTOMAS: • Dor em queimação na região epigástrica; • Ritmicidade e periodicidade; • Clocking • Vômitos; • Eructação; • Perda de peso ou perda de apetite; SÍNDROME DO SISTEMA DIGESTÓRIO Temos como objetivo reconhecer as principais alterações patológicas, macro e microscópicas de afecções esofagogástricas: • Esofagites; • Gastrites agudas e crônicas; • Ulcerações benignas: gástricas e duodenais; • Neoplasias gástricas ESOFAGITES: Podemos dividir em 4 graus pela classificação de Los Angeles: - GRAU A: ocorrência de erosões não confluentes e menores que 5mm; - GRAU B: ocorrência de erosões não confluentes e maiores que 5mm - GRAU C: ocorrência de erosões confluentes, acometendo menos de 75% da circunferência do órgão; - GRAU D: ocorrência de erosões confluentes acometendo mais de 75% da circunferência do órgão. As causas mais comuns da esofagite estão associadas ao retorno ou permanência do conteúdo estomacal no esôfago, cuja mucosa não está preparada para receber substância tão irritante. Entre elas destacam-se: hérnia de hiato, incontinência do esfíncter inferior do esôfago e defeito no clareamento do esôfago. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 GASTRITES: Pode ser dividida em erosiva, não erosiva e específicas. Na erosiva, temos que as lesões são exsudativas e hemorrágicas. Frequentemente associada com medicamentos, bebidas alcoolicas, anti-inflamatórios e doenças sistêmicas graves. Também é reconhecido pelo dano as mucosas pelos sais biliares. Já a não erosiva, é classificada pela gravidade histológica do processo e pela localização anatômica do estomago, onde se manifesta mais intensamente: A – no fundo e corpo; B- antro. Gastrites específicas é um conjunto heterogêneo que engloba a gastrite tuberculosa, a luética, associada com a doença de Crohn e etc. A gastrite crônica consiste em Tem início insidioso, de evolução lenta e gradativa ao longo de anos ou décadas. São assintomáticas ou oligo sintomáticas. Pode ser classificada de diferentes formas, como: TIPO B: - etiologia bacteriana (H. pylori). Metaplasia intestinal. TIPO A: pode evoluir rápido para atrofia da mucosa. Antro parece normal. absorção insuficiente de Vit.B12 Anemia perniciosa). Maior predisposiçãoao carcinoma (Gástrico). TIPO AB: também de etiologia bacteriana. "Diferentes cepas associadas as diferentes reações do hospedeiro levam a instalação de um dos tipos O QUE É A DOENÇA DE MÉNETRIER? É uma hiperplasia das células mucosas superficiais da mucosa gástrica, mais comum em homens na 4a à 6a décadas. Não há inflamação. É uma hiperplasia das células epiteliais. A causa é desconhecida CÂNCER GÁSTRICO: Predomina no sexo masculino e raramente acomete indivíduos com menos de 40 anos. Alcança seu pico máximo aos 70 anos. QUAIS FATORES TEM ASSOCIAÇÃO POSITIVA AO DESENVOLVIMENTO? • H. pylori; • História familiar positiva; • Ingestão elevada de sal; • Tabagismo; • Alcoolismo; • Pólipos adenomatosos; • Baixa condição socioeconômica; • Ingestão de alimentos que contem nitratos e nitrosaminas (conservante de carne defumada); • Metaplasia intestinal e displasia gástrica; • Pamgastrite; • Doença de Ménétrier; • Úlceras pépticas Macroscopia - Lesão ulcero-infiltrante de limites imprecisos das bordas da lesão. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA JOANNE – AULA 18 Semiologia Medica – Sindromes Digestivas Parte II ABDOME AGUDO: É uma dor abdominal que, quando acompanhada de alteração da peristalse, sensibilidade à palpação e rigidez muscular é necessário o tratamento imediato do paciente. TIPO CAUSAS INFLAMATÓRIO Apendicite, colescistite, colangite, diverticulite, pancreatite, anexites, doença inflamatória pélvica aguda, doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn, abcessos abdominais; OBSTRUTIVO Íleo adinâmico (paralítico), bridas (aderências), hérnias abdominais e internas, intussuscepção, neoplasias intestinais, vólvulo do sigmoide, fecaloma PERFURATIVO Úlcera gástrica, úlcera duodenal, diverticulite, neoplasias do trato digestivo, doença de crohn, iatrogênica (colonoscopia/endoscopia); HEMORRÁGICO Gravidez ectópica, ruptura de aneurisma, de cisto ovariano, de tumor hepático, de baço; VASCULAR Infarto intestinal, trombose venosa mesentérica, embolia/trombose da artéria mesentérica Já as manifestações clinicas são: • Dor abdominal; • Diminuição do peristaltismo ou aperistalse; • Parada da eliminação de fezes e gases; • Distensão abdominal; • Hipersensibilidade da parede abdominal; • Rigidez da musculatura da parede abdominal; • Anorexia, náuseas e vômitos; • Taquicardia e hipotensão – como sinal de gravidade APENDICITE AGUDA: É a inflamação aguda do apêndice vermiforme. Com dor epigástrica evoluindo para região periumbilical de 6 a 12 horas após localiza-se na FID. O paciente apresenta anorexia, náuseas, vômito, febre baixa e leucocitose em 90% dos casos. • Sinal de Blumberg: dor à descompressão; • Sinal de Rovsing: aparecimento de dor na fossa ilíaca direita, quando se exerce pressão sobre o quadrante inferior E (deslocamento de gás do cólon para a região do apêndice ou do ceco inflamado); • Sinal do Psoas: paciente em decúbito lateral E, promove-se a extensão da coxa direita e o paciente relata dor na FID; • Sinal do Obturador: paciente em decúbito dorsal, faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma rotação interna da coxa. O TRATAMENTO consiste em: Estabilização clínica – acesso venoso, administração de soluções cristaloides por via intravenosa, uso de antibióticos e analgésicos; Tratamento cirúrgico (laparotomia) na maioria dos casos; Tratamento clínico em algumas situações por diverticulite ou pancreatite aguda não complicada. DIARREIRA: É o aumento do número de evacuações (+3) e o teor de líquido das fezes (amolecidas ou aquosas). Podemos classificar em agudas (infecciosas ou não) e crônicas caso +4 semanas. TIPO PRINCIPA L CAUSA EX. COMPLEM. TTO Aquosa (ausência de febre, fezes sem pus, muco ou sangue) Vírus, e.coli, produção de toxinas Tratamento de suporte, hidratação VO Aquosa grave (muitos episódios, tipo água de arroz) e. coli, cólera Na, K, hemograma, ureia, creatinina, pesquisar cólera Reidrataçã o vigorosa, correção de distúrbios hidreletróli tos, em caso de cólera iniciar ATB Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Com sangue e pus (toxemia puxo, tenesmo) Shigella, salmonela, yesinina Na, K, hemograma, ureia, creatinina, coprocultura, avaliar hemocultura Hidratação, suporte clínico, ATB Diarreia com sangue (ausência de toxemia e febre E. coli êntero hemorrági ca Na, K, hemograma, ureia, creatinina, coprocultura e pesquisa de leucócitos nas fezes Tto de suporte, hidratação VO Diarreia aquosa/ sangue + uso recente de ATB Toxina do C.difficile Pesquisa de toxina C.difficile Suspender ATB. Metronidaz ol ou vancomicin a oral apenas para graves. As causas da diarreia aguda infecciosa estão na tabela acima, já as causas de diarreia aguda não infecciosa: • Uso de laxativos; • Medicamentos como ATB, antiácidos, xaropes com alto teor de sorbitol, suplementos vitamínicos, sulfato ferroso; • Nutrição enteral; • Radioterapia e quimioterapia; • Exercícios vigorosos; • Psicogênica As manifestações clínicas consistem em: • Início súbito com 3 ou + evacuações; • Fezes moles e líquidas, podendo conter muco ou sangue; • Restos alimentares; • Cólicas intestinais; • Distensão abdominal; • Anorexia, mal estar; • Desidratação LEMBRANDO QUE SÃO MANIFESTAÇÕES NÃO INFECCIOSAS. DIARREIA CRÔNICA: • Parasitoses intestinais; • Cólon irritável; • Colite pseudomembranosa; • Câncer de cólon; • Doença de Crohn; • Retrocolite ulcerativa; • Síndrome da má absorção; • Aids; • Diabetes; • Alergia alimentar; • Intolerância a lactose; • Uso abusivo de laxativos e medicamentos • Síndrome de zollinger-ellison; • Cirurgia gástrica; • Ressecção ileal; As manifestações clínicas da diarreia crônica consistem em: • Inicio gradativo de 3 a 5 evacuações; • Urgência para defecar; • Cólicas abdominais em abdome inferior, antes e no decorrer de defecação; • Perda de peso; • Depleção de líquidos e eletrólitos DIAGNÓSTICO: Diante de um paciente, responder 3 perguntas: vai se tratar de aguda ou crônica? É infecciosa ou não? Há indicações de uma condição clínica específica (síndrome da má absorção? Aids?) Na aguda, infecciosa ou não, a reposição de líquidos e eletrólitos pode ser mais importante que o tto específico principalmente na desidratação grave. Na crônica, pode exigir detalhada investigação para definir a causa e da indicação clínica específica. HEMORRAGIA DIGESTIVA: As causas da hemorragia digestiva alta podem ser: • Ruptura de varizes esofágicas ou gástricas; • Gastropatia da hipertensão portal; • Esofagite em paciente com DRGE e por agentes químicos; • Síndrome de Mallory-Weiss (lesão mucosa, causada por grande esforço de vômito); • Úlcera péptica gastroduodenal (principal); • Lesão aguda da mucosa gastroduodenal; • Gastrite erosiva medicamentosa; • Telangiectasias hemorrágicas hereditárias; Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 • Fístula aortoduodenal; • Lesão de Dieulafoy (arteríola submucosa anormalmente grande); Causas da hemorragia digestiva baixa: CRIANÇAS ADOLESCENTESADULTOS IDOSOS Divertículo de Meckel Divertículo de Meckel Doença diverticular do cólon Hemorroidas Pólipos Pólipos Doença de Crohn Doença diverticular do cólon Malformações vasculares Malformações vasculares Retrocolite ulcerativa Câncer colorretal Doença de Crohn Hemorroidas Câncer colorretal Isquemia intestinal Fissuras anais Hemorroidas Retocolite ulcerativa Angio displasia Angio displasia Sobre as características clinicas, nós temos que: No caso de sangue no papel higiênico ou gotejamento no vaso, seria mais um sangramento orificial (fissuras, hemorroidas), HPB; No caso de fezes normais cobertas por sangue, seria uma lesão no canal anal (fissuras, hemorroidas, neoplasias), HPB; No caso de sangue misturado com fezes ou em forma de rajas, podemos falar sobre pólipos ou neoplasias com HPB; Já fezes marrons-avermelhadas poderia ser um sangramento do intestino delgado ou do cólon direito, HPB; No caso de evacuações de grandes quantidades de sangue vivo, sem a presença de fezes, poderíamos ter uma hemorragia relacionada à doença diverticular ou angiodisplasia, HPB; Agora as fezes com aspecto de borra de café, a melena, pode ser sangramento de origem esofágica, gástrica ou duodenal, uma HDA. O TRATAMENTO: Depende da causa, da intensidade e da localização do sangramento, podendo ser conservador por meio de endoscopias e condutas por ateriografias ou cirúrgico. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA BIANCA – AULA 20 e 21 Semiologia Medica – Exame Fisico Neurologico e Sindromes Neurologicas ETAPAS DO EXAME NEUROLÓGICO: - Estado mental (orientação, vigília, obnubilação, sonolência, confusão mental/delirium, estupor/torpor, estado de coma, morte cerebral); - Nervos cranianos (diplopia) – se não conseguir avaliar descreve o porquê; - Motricidade (força – graduação e tônus) – tônus normal, reduzido ou hipertônico; - Reflexos cutâneos (superficiais) e tendinosos (profundos); - Sensibilidade superficial e profunda (algodão, roda de watenberg, diapasão); - Equilíbrio, coordenação e marcha (atáxico de macha, de tronco, apendicular de um membro, 3 membros, 4 membros); - Linguagem, podemos diferenciar pela área de BROCA ou de WERNICKE Sendo, portanto: Afasia motora ou verbal – DE BROCA: dificuldade em se expressar (não falam muito) Afasia sensorial ou receptiva – DE WERNICKE: dificuldade em compreender (falam muito mas geralmente não tem muito sentido). O paciente pode apresentar parafasia, na qual os vocábulos ou as frases estão erroneamente colocados; perseveração, que é a repetição de um mesmo vocábulo; jargonofasia, cuja manifestação é o uso de palavras novas e incompreensíveis. MINI EXAME DO ESTADO MENTAL Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 SOBRE O MINI EXAME: A nota alta ou baixa vai depender do grau de educação do paciente. Registros (mencionar 3 palavras levando 1 segundo para cada uma, e pedir pro paciente repetir as palavras mencionadas. Estabelecer um ponto para cada resposta correta) – vaso, carro, tijolo - Atenção e cálculo - Lembrança ou memória de evocação - Linguagem PARES CRANIANOS: NERVO OLFATÓRIO I: O teste geralmente é omitido, a menos que haja suspeita de doença do lobo frontal inferior (ex., meningioma). No exame da olfação, empregam-se substâncias com odores conhecidos: café, canela, cravo, tabaco, álcool etc. De olhos fechados, o paciente deve reconhecer o aroma que o examinador colocar diante de cada narina. Quando realizar o teste do nervo olfatório, lembrar que cada narina é testada em separado, isto é, ocluímos uma narina e colocamos o cheiro na outra. A anosmia ou Parosmia podem ocorrer por rinites agudas, interrupções ou compressões das vias olfatórias secundárias a uma fratura de base de crânio, tumor (meningioma da goteira olfatória ou de glioma frontal), hidrocefalia, meningite, sífilis meningovascular, tabes dorsalis (atrofia dos nervos olfatórios). • Parosmia: perversão do olfato; • Alucinações olfatórias; • Cacosmia: sensação olfatória desagradável na ausência de qualquer substância capaz de originar odor. Essas manifestações, às vezes referidas durante a anamnese, precisam ser levadas em consideração, pois podem representar verdadeiras crises epilépticas, por lesão do úncus hipocampal (crises uncinadas). NERVO ÓPTICO II: ACUIDADE VISUAL: Pede-se ao paciente que diga o que vê na sala de exame (na parede, na mesa) ou leia alguma coisa. Pode ser realizado, grosso modo, pedindo para o paciente ler letras de jornais ou revistas. Quando a deficiência visual for importante, pode-se pedir para o paciente dizer a que distância consegue ver os dedos da mão do examinador. Examina-se cada olho em separado. A diminuição da acuidade visual é chamada de ambliopia; quando abolida, constitui-se em amaurose. Ambas podem ser uni ou bilaterais e costumam ser causadas por neurite retrobulbar, neoplasias e hipertensão intracraniana. CAMPO VISUAL: Sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador, postado à sua frente. O examinador desloca um objeto nos sentidos horizontal e vertical, e o paciente dirá até que ponto está "percebendo" o objeto nas várias posições. Cada olho é examinado separadamente. A isso se denomina avaliação do campo visual ou campimetria. As alterações campimétricas causadas por neoplasias, infecções e desmielinização são anotadas em relação ao campo visual, e não à retina. REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO E CONSENSUAL REFLEXO DE ACOMODAÇÃO FUNDOSCOPIA: Entre as alterações que podem ser encontradas, destacam-se: a palidez da papila, a qual significa atrofia do nervo óptico; a estase bilateral da papila, que traduz hipertensão intracraniana, e as Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 modificações das arteríolas, que aparecem na hipertensão arterial. NERVO OCULOMOTOR III: Observar: Abertura palpebral Reflexo fotomotor direto e consensual Reflexo de acomodação Motilidade ocular: reto superior, reto inferior, reto medial, oblíquo inferior (olhar para cima e para dentro) Tanto o oculomotor, como troclear (IV), como o abducente (VI), inervam os músculos que tem função na motilidade do globo ocular. O III em si, inerva a musculatura elevadora da pálpebra superior. MOTILIDADE EXTRÍNSECA: Na presença de estrabismo, pelo menos na fase inicial, o paciente reclama de visão dupla ou diplopia. O exame é feito em cada olho separadamente e, depois, simultaneamente, da seguinte maneira: estando o paciente com a cabeça imóvel, o examinador solicita a ele que desloque os olhos nos sentidos horizontal e vertical. No exame simultâneo, acrescenta-se a prova da convergência ocular, que é feita aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente. As causas mais frequentes de lesões dos nervos oculomotores são traumatismos, diabetes melito, aneurisma intracraniano, hipertensão intracraniana e neoplasias da região selar. MOTILIDADE INTRÍNSECA: Dinamicamente, a pupila é examinada por meio de um feixe luminoso (lanterna de bolso) e pela convergênciaocular. O examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados. Chama-se reflexo fotomotor direto a contração da pupila na qual se fez o estímulo, e de reflexo fotomotor consensual a contração da pupila oposta. Em seguida, aproxima-se dos olhos um objeto, e as pupilas se contrairão normalmente - é o reflexo da acomodação. Os reflexos podem estar normais, diminuídos ou abolidos. Na lesão unilateral do oculomotor a pupila entra em midríase homolateral (predomínio do simpático) e não responde a estímulo algum - é chamada midríase paralítica. A pupila oposta permanece normal. Na lesão bilateral da via aferente os reflexos fotomotor direto ou consensual estão abolidos, enquanto o reflexo de acomodação está preservado. LESÃO DO OCULOMOTOR: • Estrabismo divergente; • Elevação e abaixamentos oculares impossibilitados; • Midríase fixa (anisocoria) OBS: ➢ Paralisia do oculomotor completa causa midríase fixa – fala a favor de aneurisma de comunicante ➢ Paralisia sem comprometimento da pupila – provavelmente por comprometimento do vaza nervorum; não atinge as fibras parassimpáticas NERVO TROCLEAR IV: Responsável pelo oblíquo superior (olhar para baixo e dentro) Prova de inclinar a cabeça de Bielshowsky: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 ✓ Realizada em pessoas que apresentam “torcicolo” intencional devido ao comprometimento visual quando em posição normal da cabeça ✓ O olho não pode mover-se nem para baixo nem para fora ✓ Diplopia é vertical ou diagonal, sendo máximo no olhar para baixo ✓ Quando olha para baixo, refere visão borrada ou alguma dificuldade quando ao descer escada ou ler um livro ✓ Se a diplopia melhora com a inclinação da cabeça à esquerda e piora com a inclinação à direita, o paciente tem uma paralisia do IV nervo à direita; forçando o olho envolvido para intorção piora a diplopia. NERVO ABDUCENTE VI O abducente vai inervar o reto lateral (abdução). OBS: o comprometimento desse nervo pode causar estrabismo convergente. ▪ Diplopia ▪ Conjugação ▪ Reflexo óculocefálico ▪ Nistagmo OBS: observar a contração da pupila junto com o movimento. Pupila de Adie – casos onde ocorre o reflexo de contração apenas no movimento de convergência. NERVO TRIGÊMEO V: • Sensibilidade facial – testada ao toque (agulha) nas três regiões de inervação da face (V1, V2 e V3) • Reflexo corneano palpebral (V e VII) - contração das pálpebras ao toque do algodão na córnea; deve ser realizado bilateralmente nos 4 quadrantes do globo ocular Função motora: responsável pelos Mm mastigatórios – testada com abertura e fechamento da mantibula e palpação dos Mm OBS: Neuralgia do trigêmio – pode ser essencial ou secundária (tumores, doenças desmelinizantes); É identificadas por estímulos em zonas de gatilho. Melhora com carbamazepina; tratamentos cirúrgicos, balão e nucleotatomia. Avalia-se a lesão unilateral da raiz motora pela observação dos seguintes elementos: 1) atrofia das regiões temporais e masseterinas e, até mesmo, fasciculações podem ser visíveis ou palpáveis; 2) a abertura da boca promove desvio da mandíbula para o lado da lesão; 3) ao trincar os dentes, é possível notar, pela palpação, a menor tonicidade dos músculos masseter e temporal do lado acometido. O próprio paciente refere que para mastigar usa mais um lado da boca do que outro, em função da fraqueza muscular do lado afetado. Outra forma de avaliar é pedir ao paciente para morder um abaixador de língua e, após isso, retirá-lo: se nota que é muito mais fácil retirar o abaixador de língua do Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 lado paralisado em relação ao lado normal; 4) há dificuldade do movimento de lateralização da mandíbula. NERVO FACIAL VII: Responsável pela simetria facial e movimentos; sensibilidade gustativa da língua (2/3 anteriores). Pode ser testado por meio das expressões faciais. • Lesões causam: paralisia facial – central ou periférica ✓ Central – lesão a nível dos neurônios motores superiores; só compromete o andar inferior da face. ✓ Periférica – lesão a nível dos neurônios motores inferiores; compromete o andar superior e inferior; caracterizada pelo Sinal de Bell. ▪ Paralisia facial bilateral ▪ Fraqueza facial bilateral Para fazer o exame do nervo facial, solicita-se ao paciente enrugar a testa, franzir os supercílios, fechar as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a boca e contrair o platisma. Na paralisia unilateral, observam-se lagoftalmia (o olho permanece sempre aberto); ausência do ato de piscar; epífora (lacrimejamento); desvio da boca para o lado normal, e incapacidade para contrair o platisma, assobiar e manter a boca inflada. A paralisia da face se chama prosopoplegia e, quando bilateral, fala-se em diplegia facial. NERVO VESTIBULOCOCLEAR VIII A raiz coclear é avaliada pelos seguintes dados e manobras: • Diminuição gradativa da intensidade da voz natural • Voz alta ou cochichada, uso de relógios, diapasões. • Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido • Prova de Rinne: consiste em aplicar o diapasão na região mastoide. Quando o paciente deixar de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Em condições normais, o paciente acusa a percepção do som (Rinne positivo). Transmissão óssea mais prolongada que a aérea (Rinne negativo) significa deficiência auditiva de condução. Teste de acuidade auditiva: • Teste de Schwabach – percepção do som causado pelo diapasão • Teste de Rinne – diapasão posicionado atrás do ouvido • Teste de Weber – diapasão acima da cabeça, medianamente LEMBRAR: Surdez sensório-neural – quando o problema é neuronal, não há condução aérea nem óssea, e ocorre lateralização para o lado sadio no teste de Weber Surdez de condução – quando o problema está na condução do ouvido médio por uma otite, por exemplo, ocorre condução aumentada para o mesmo lado no teste de weber. Função Vestibular ▪ Prova de Romberg – em pé, com os olhos fechados, testando o equilíbrio ▪ Prova Dix-Hallpike ou teste de Nylen-Barany - quando ocorre nistagmo, é indicativo de VPPB A avaliação da função vestibular é importante para diferenciar casos de vertigem, tonturas. ✓ OBS: a função do equilíbrio inclui a dimensão visual, proprioceptiva e vestibular Em casos de Vertigem posicional paroxística beninga, pode-se optar pela Manobra de Epley -> reposicionamento dos otólitos. NERVO GLOSSOFARÍNGEO IX E VAGO X: A lesão unilateral do glossofaríngeo pode exteriorizar- se por distúrbios da gustação do terço posterior da língua (hipogeusia e ageusia); no entanto, esse exame não é habitualmente realizado. Na lesão unilateral do IX e do X nervos, observam-se: desvio do véu palatino para o lado normal, quando o paciente fala as vogais a ou e; desvio da parede posterior da faringe para o lado normal (sinal da cortina);o comprometimento motor de ambos os nervos, pode levar a diminuição ou abolição do reflexo velopalatino. Nas lesões bilaterais (esclerose lateral amiotrófica, neuropatia diftérica),o paciente costuma evoluir com disfagia importante, especialmente para líquidos, sendo frequente regurgitação nasal. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 A lesão isolada do X nervo, a qual envolve apenas o ramo laríngeo, determina considerável disfonia. A porção autonômica (nervo vago) não é examinada rotineiramente. As causas mais frequentes de lesão dos nervos IX e X, ou de seus ramos, são: neuropatia diftérica, neoplasia do mediastino, esclerose lateral amiotrófica e traumatismo. • Reflexo do vômito; • Função sensorial do palato mole; • Sinal da cortina: nas lesões motoras unilaterais o palato do lado afetado não se eleva e a úvula torna-se desviada para o lado não alterado • Qualidade da voz (rouquidão) • Deglutição NERVO ACESSÓRIO XI • Inervação do esternocleidomastoideo e do trapézio movimentação da cabeça • Esse nervo craniano contribui para a formação de C1 • Testado ao pedir que o paciente vire o pescoço contra a resistência (vê a contração do esternocleidomastoideo do lado oposto) e com a elevação do ombro NERVO HIPOGLOSSO XII • Inspeção estática da língua: avaliar se apresenta desvios, fasciculações ou atrofias. No repouso, a língua com paresia unilateral tende a lateralizar para o lado saudável • Inspeção dinâmica: pede-se para que o paciente exteriorize a língua e faça movimentos em todos os eixos. Na exteriorização, em casos de lesão unilateral, a língua torna-se voltada para o lado da lesão. MOTRICIDADE: Reflexos tendinosos profundos – gradação: - Reflexo bicipital, tricipital, patelar, aquileu, flexores dos dedos, estilorradial, adutores da coxa, masseteriano, mentoniano. 0 → ausente apesar de facilitação 1 → diminuído 2 → normal 3 → hiperativo 4 → hiperativo com clônus Reflexos cutâneos: - Cutâneo-plantar: na borda externa, voltando e fazendo a curva em direção ao primeiro pododáctilo. Paciente normal espera-se uma flexão dos dedos e no paciente que tem lesão a resposta é de extensão dos dedos (Sinal de Babinski). - Sinal de Babisnki (lesão piramidal – no trato corticoespinal): reflexo cutâneo-plantar em extensão. - Cutâneo abdominal: estímulo na pele, de fora pra dentro, em direção a cicatriz umbilical Escala de avaliação de forca muscular: (MRC – Medical Research Council) 0 → não se percebe contração 1 → traço de contração, s/ produção de movimento 2 → contração fraca, produzindo movimento com a eliminação da gravidade 3 → realiza movimento contra a gravidade, porém sem resistência adicional 4 → realiza movimento contra a resistência externa moderada e a gravidade 5 → é capaz de superar maior quantidade de resistência que o nível anterior EXAME DE MARCHA: - O paciente deve estar descalço e se possível com pouca vestimenta - Andar em linha reta, sem controle visual, na ponta dos dedos, no calcanhar - Tipos de Marcha: • Eubásica (normal) • Ceifante/ helicópode/ hemiplégica • Cerebelar/ ebriosa • Escarvante – via em pacientes com hanseníase • Tabética – comum na síflis terciaria • Anserina Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 • Parkinsoniana • Espástica/espasmódica • Vestibular (em estrela – labirintopatia) SENSIBILIDADE: - Exteroceptiva: • Dolorosa e térmica (espátula) • Tátil (chumaço de algodão ou pincel) - Propioceptiva: • Artrestesia (ou postural) • Cinestesia (movimentos passivos) • Palestesia ou sensibilidade vibratória (diapasão de 128 Hz) - Hiperestesias, hipoestesias, anestesias, parestesias, disistesia (deformidade da sensibilidade) - Paralisias flácidas simétricas e assimétricas - Hepes zoster – geralmente escolhe 1 único dermátomo MENINGITE Principais sintomas e sinais em bebês – crianças com menos de 1 ano: • Febre, mão e pés podem estar frios; • Vômito e recusa à alimentação; • Diarreia; • Inquietação e choro; • Irritabilidade, convulsões; • Rigidez de nuca; • Expressão vazia com olhar vazio; • Dificuldade em acordar, gemência; • Manchas vermelhas Sinal de Brudzinski positivo e o sinal de Kerning são sinais de irritação meningeal (não é pq estão ausentes que o paciente não tem meningite ou meningoencefalite) TÔNUS MUSCULAR Movimentação passiva realizada ao nível das articulações dos MMSS e MMII • Normal • Hipotonia • Espasticidade (em “canivete”) • Rigidez em “roda denteada”, em “cano de chumbo” OBS: Síndromes Neurológicas em crianças costumam cursar com hipotonia; • Realiza os movimentos das principais articulações • Resistência ao movimento passivo dos membros (lento e rápido) • Balanço distal das extremidades OBS: avaliação ➢ Pesquisa do sinal do canivete ➢ Manobra calcanhar-nádega ➢ Manobra punho-ombro AVALIAÇÃO DA FORÇA GLOBAL: MMSS • Manobra de Mingazini – braços estendidos com as mãos para baixo • Manobra dos braços estendidos – braços estendidos com mãos para cima Déficit piramidal: pronação, posterior flexão do membro até que ocorre a queda • Manobra de Raimiste – queda do antebraço em decúbito supino MMII ▪ Manobra de Mingazini – posição obstétrica, articulação do MI formando 90°, devendo ser capaz de se manter nessa posição por 30s Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 8 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 ▪ Manobra de Barré – realizada em decúbito ventral, com flexão dos joelhos a 90° AVALIAÇÃO DA FORÇA SEGMENTAR: Testa a força de cada miótomo/segmento do corpo contra a resistência • Movimento da cabeça anterior e posteriormente • MMSS: C5, C6, C7, C8, T1 • Nervos da mão: nervo radial, ulnar, mediano; + preensão palmar • MMII: L2, L3, L4, L5, S1 DESCREVENDO DÉFICITS DA FORÇA MUSCULAR Gravidade: ▪ Paresia – fraqueza ▪ Plegia – incapacidade total de realizar o movimento (grau 0) Distribuição ▪ Monoparesia/monoplegia – 1 membro acometido ▪ Diparesia/diplegia – 2 membros ou face ▪ Paraparesia/paraplegia – 2 MMII ▪ Hemiparesia/hemiplegia – 1 lado do corpo ▪ Tetraparesia/tetraplegia – 4 membros TERMOS DIAGNÓSTICOS EM SENSIBILIDADE • Anestesia • Hiperalgesia – aumento da resposta aos estímulos anormais • Hiperestesia – aumento da sensibilidade aos estímulos anormais • Disestesia • Arestesia – sensação anormal provocada ou espontânea • Hiperpatia – aumento das reações a est. Repetitivos • Analgesia • Apalestesia – vibratória • Abarestesia – tato • Abatiestesia – posição segmentat • Asterognosia Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 9 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA BIANCA – AULA 19 Semiologia Medica – Sinais e Sintomas do Sistema Nervoso ANAMNESE: Parte importante para entender alguns casos, como por exemplo: • TUMOR CEREBRAL: sintoma surge de forma gradativa, dependendo da natureza e local do tumor; • DOENÇA HEREDODEGENERATIVA: evolução progressiva, mas de processo lento; • ACIDENTESVASCULARES CEREBRAIS E POLIO: manifestações súbitas, após um período variando; • ESCLEROSE MÚLTIPLA: a evolução é muito sugestiva ao diagnóstico; após um surto agudo, verificamos uma regressão parcial ou total dos sintomas, depois eclode um novo surto com a piora do quadro e recuperação menos intensa; • EPIPLEPSIA E ENXAQUECA: as manifestações aparecem de forma paroxístico, e entre as crises pode apresentar nada anormal. Lembrar de: • Identificação; • Queixa principal; • HDA; • Antecedentes pessoais; • Antecedentes familiares; • Procedência e naturalidade; • Viagens; • Vacinações; • Gravidez, puerpério: saber se teve alguma complicação, se foi cesária, se fez uso de medicamentos teratogênicos, condição ao nascer e afins; • Comorbidades; • Medicações em uso; OBS: é importante ter em mente na hora da anamnese sobre a questão da época e modo de início e evolução: • Agudo (de um dia pro outro) capaz de vascular ou infeccioso; • Subagudo (dias) capaz de inflamatório ou tóxico; • Crônico ou gradual capaz de simétrico (doença degenerativa) ou assimétrico (lesão com efeito de massa – neoplasia); • Em surtos, com períodos de remissão capaz de uma esclerose múltipla; • Acessos paroxísticos de curta duração, com intervalos longos e logo após um período de normalidade capaz de uma epilepsia; • Numa relação causa e efeito, temos o trauma cranioencefálico ou raquimedular ALGUMAS TERMINOLOGIAS: ACINESIA: Impossibilidade para realizar movimentos. Sintoma que acompanha diferentes processos patológicos dos gânglios basais; ADIADOCOCINESIA: Incapacidade para realizar movimentos continuados de alternância rápidos como pronação-supinação ou flexão-extensão devido disfunção cerebral; AGNOSIA: Perda da capacidade de reconhecer objetos e pessoas; AGRAFIA: Incapacidade de escrever provocada pela lesão dos centros nervosos que controlam gestos gráficos. Geralmente aparece junto com a Afasia; ALEXIA: Cegueira verbal, impossibilidade de compreender o sentido das palavras escritas. ANARTRIA: Perda da capacidade de articular palavras por lesão do SNC; APRAXIA: Perda da capacidade de realizar movimentos coordenados com uma determinada finalidade; APRAXIA IDEATÓRIA: Perda da capacidade de idealizar o gesto ATAXIA: Falta de coordenação na marcha, devido à lesão no SNC; ATETOSE: Movimentos involuntários flexoextensor ou pronosupinador em mãos e dedos e às vezes nos pés, devido à lesão do Sistema Extrapiramidal (Lesão do núcleo da base do encéfalo; putámen, caudado e pálido); Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 ATONIA: Estado caracterizado por falta de tono muscular. Estado de flacidez; BALISMOS: Movimentos violentos de grandes amplitudes, inesperados localizados em um Hemicorpo devido a uma disfunção Extrapiramidal; BRADICINESIA: Redução da intensidade do movimento; CLÔNO(US): Contrações ritmadas de um músculo, provocadas por seu estiramento brusco. Geralmente significa lesão do neurônio motor superior; CORÉIA: Movimentos bruscos, sem coordenação, involuntários geralmente da raiz do membro devido à lesão extra-piramidal; ESTEREOGNOSIA: Percepção das formas e dos volumes dos objetos. DISARTRIA: Distúrbio na coordenação motora da fala por lesão do SNC; DISGRAFIA: Distúrbio na escrita em que se observam substituições, omissões e inversões de letras e de sílabas, assim como funções de palavras; DISFONIA: Alteração no timbre ou tom da voz; DISLALIA: É um distúrbio da pronúncia das palavras. Podendo ser de troca ou supressão; DISLEXIA: Distúrbio na leitura, caracterizado por um nível de leitura inferior ao que corresponde ao nível de idade intelectual do indivíduo, que não parece associado a transtornos sensoriais nem a retardo mental. A leitura é lenta e as palavras frequentemente adivinhadas; DISPRAXIA: Distúrbios da capacidade de coordenar os movimentos. Discordância entre o ato querido e o realizado. SINAIS E SINTOMAS: Os principais são: • Distúrbios da consciência; • Cefaleia; • Dor na face; • Tonturas e vertigens; • Convulsões; • Ausências; • Amnésias; • Movimentos involuntários; • Distúrbios visuais; • Distúrbios auditivos; • Náuseas e vômitos; • Disfagia; • Distúrbios da marcha; • Paresias; • Paralisias; • Distúrbios da sensibilidade; • Dores radiculares; • Distúrbios esfincterianos; • Distúrbios do sono • Distúrbios das funções cerebrais superiores DISTÚRBIOS DA CONSCIÊNCIA Precisamos saber diferenciar: • Obnubilação: • Sonolência: • Confusão ou delirium: • Estupor e tupor: CEFALEIA: Podendo ser dividida em: vascular, em salvas, intracraniana, tensional. VASCULAR: pulsátil, latejante quase como que acompanhando os batimentos cardíacos, como exemplo a enxaqueca; normalmente hemicraniana, de intensidade crescente, alterações visuais transitórias e parestesias fugazes; Leva por muitas vezes ao paciente se recolher em um local escuro e silencioso. SALVAS: caráter pulsátil e não pulsátil, frontotemporobitária, unilateral, com períodos de acalmia. Frequentemente ocorro de madrugada, as vezes acompanhado de congestão nasal, rinorreia, lacrimejamento, hiperemia conjuntival, sudorese. INTRACRANIANA: toma a pulsação pela cabeça toda, se exacerba pela manhã, podendo causar náuseas. Paciente pode relatar diplopia, diminuição da acuidade Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 visual, convulsões, alterações psíquicas que variam de apatia, excitação e agressividade. TENSIONAL: constritiva, em aperto, quase como um peso é como o paciente relata, pode se localizar nos músculos da nuca. MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS: Pode ser dividido em: • Convulsões; • Tetania; • Fasciculações A CONVULSÃO é um movimento súbito, involuntários e paroxísticos. Podem ser generalizadas, focais ou mistas. CONVULSÕES TÔNICAS: são sustentas e imobilizam as articulações; CONVULSÕES CLÔNICAS: rítmicas, alterna entre contração e relaxamento. Pode ocorrer por neoplasias, neurocisticercose, sequelas de AVC ou de trauma cranioencefálico, hipoglicemia, álcool, meningites, episódios febris e síndrome de Stokes-Adams. O que o paciente relata ser sintomas que o faz sentir a crise chegando, podemos chamar como aura epilética: desvio forçado da cabeça e olhos, dor abdominal, desconforto retroesternal, alucinações. A TETANIA é acompanhada de espasmos carpopodais. Também pode ser induzida pela compressão no esfigmo durante 3-10min no qual vamos observar os movimentos involuntários, também chamado de Sinal de Trousseau. Lembrar que pode ocorrer por hipocalcemia e alcalose respiratória por hipoventilação. AS FASCICULAÇÕES são contrações breves, arrítmicas e limitadas por feixe muscular. Ocorre em neuropatias periféricas e patologias do corno anterior da medula. DISTÚRBIOS VISUAIS: AMBLIOPIA: redução da acuidade visual; AMAUROSE: perda total da visão; Ambas podem ser uni ou bilateral, relacionadas com lesões na retina, de início súbito ou gradual, podendo ocorrer por causa da papila ou nervo óptico, descolamento de retina, hemorragia e glaucoma. HEMIANOPSIA: corresponde a um defeito campimétrico no qual o paciente perde a metade do campo visual, podendo ser homônima ou heterônoma, é um defeito no quiasma óptico; DIPLOPIA DISTÚRBIOS AUDITIVOS: Hipoacusia e acusia correspondem a perda parcial e total, respectivamente. As causas podem estar relacionadas com: cerume, corpo estranho, atrésia da orelha externa, otite, otosclerose, colesteatoma na orelha média, defeitos neurossensoriais. Zumbido ou tinido, pode ser uni ou bilateral, constantecompleta se não se investigar esse hábito, registrando-se tipo (cigarro, cachimbo, charuto e cigarro de palha), quantidade, frequência, duração do vício e abstinência (já tentou parar de fumar). Não se deve deixar de perguntar sobre o tipo de bebida (cerveja, vinho, licor, vodca, uísque, cachaça, gin, outras) e a quantidade habitualmente ingerida, bem como frequência, duração do vício e abstinência (se já tentou parar de beber). Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 8 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Para reconhecimento dos pacientes que fazem uso abusivo de bebidas alcoólicas, vem sendo bastante difundido o questionário CAGE (sigla em inglês). Composto de quatro pontos a serem investigados: 1. Necessidade de diminuir (cut down) o consumo de bebidas alcoólicas; 2. Sentir-se incomodado (annoyed) por críticas à bebida; 3. Sensação de culpa (guilty) ao beber; 4. Necessidade de beber no início da manhã para "abrir os olhos" (eye-opener), ou seja, para sentir-se em condições de trabalhar. OCUPAÇÃO ATUAL E ANTERIORES: Na identificação do paciente, deve-se abordar este aspecto. Naquela ocasião, foi feito o registro puro e simples da profissão; aqui pretendemos ir mais adiante, obtendo informações sobre a natureza do trabalho desempenhado, com que substâncias entra em contato, quais as características do meio ambiente e qual o grau de ajustamento ao trabalho. Devemos questionar e obter informações tanto da ocupação atual quanto das ocupações anteriores exercidas pelo paciente. Desse modo, ver-se-á que os portadores de asma brônquica terão sua doença agravada se trabalharem em ambiente enfumaçado ou empoeirado, Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 9 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR PABLO – AULA 3 Semiologia Medica - Ectoscopia - Parte 1 - EXAME FÍSICO: Pode ser dividido em duas etapas: 1. Exame físico geral, somatoscopia ou ectoscopia, por meio da qual se obtém uma visão do paciente como um todo. 2. Exame dos diferentes sistemas e aparelhos. - Local adequado; - Iluminação correta; - Posição do paciente; - Despir o segmento do paciente a ser examinado. Para tudo isso o paciente deve ser examinado nas posições de decúbito, sentado, em pé ou andando. AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL: Avaliação subjetiva com base no conjunto de dados exibidos pelo paciente e interpretados de acordo com a experiência de cada um; Para descrever a impressão obtida, usa‐se a seguinte nomenclatura: estado geral bom; estado geral regular; estado geral ruim. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: A avaliação do nível de consciência e do estado mental implica em dois aspectos da mesma questão: a avaliação neurológica e psiquiátrica. A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vigília. Dessa, forma, devemos considerar os fatores de: - Perceptividade: capacidade para responder a perguntas simples e informar aspectos corriqueiros, como nome de familiares e endereço, ou atender a determinadas ordens; - Reatividade: capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, como desviar os olhos e cabeça para um ponto onde é localizado barulho, pode ser avaliado em relação a dor; - Deglutição: capacidade de levar alimentos à boca e degluti‐ los; - Reflexos: resposta às manobras de alguns reflexos (plantares, cutâneos, abdominais e pupilares) Sobre o estado de coma, temos que pode ser caracterizado por: - Coma leve, vígil ou grau I: é aquele no qual o comprometimento da consciência é leve, e o paciente é capaz de atender a ordens simples; reage bem e de modo apropriado à estímulos dolorosos e deglutição normal. - Coma de grau médio ou grau II: a perda da consciência é quase total, estando o paciente com sua perceptividade bastante reduzida; responde apenas à estímulos dolorosos de forma desapropriada, já a deglutição acontece com dificuldade; os reflexos se mantêm preservados. - Coma profundo, carus ou grau III: a perda da consciência é completa, e o paciente não responde às solicitações externas, por mais intensas que sejam; não deglute e não reage a nenhum estímulo doloroso; é observado arreflexia e relaxamento completo da musculatura, além de incontinência esfinctérica. - Coma depassé ou grau IV: além dos elementos referidos no coma de grau III, aqui há comprometimento inclusive das funções vitais (parada respiratória e ECG revela silêncio elétrico cerebral). FALA E LINGUAGEM: Durante a entrevista, o examinador deve prestar atenção à linguagem do paciente, particularmente na linguagem falada. -Disfonia ou afonia: é uma alteração do timbre da voz causada por algum problema no órgão fonador (voz rouca, fanhosa); -Dislalia: é o termo que se usa para designar alterações menores da fala, como a troca de letras (normalmente crianças); -Disartria: decorre de alterações nos músculos da fonação; -Disfasia: aparece com completa normalidade do órgão fonador e dos músculos da fonação e depende de uma perturbação na elaboração cortical da fala. PRELIMINARES PARA UM ADEQUADO EXAME FÍSICO: ALTERAÇÕES NA FALA: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO: Leva-se em conta os seguintes parâmetros: 1. Alteração abrupta do peso; 2. Alterações da pele quanto a umidade, elasticidade e turgor; 3. Alterações das mucosas quanto à umidade; 4. Fontanelas (no caso de crianças); 5. Alterações oculares; 6. Estado geral. Um paciente estará normalmente hidratado quando a oferta de líquidos e eletrólitos estiver de acordo com as necessidades do organismo e quando não houver perdas extras, sem reposição adequada. Desidratação é a diminuição de água e eletrólitos totais do organismo, caracterizando‐se pelos seguintes elementos: 1. Sede; 2. Diminuição abrupta do peso; 3. Pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos; 4. Mucosas secas; 5. Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos; 6. Fontanelas deprimidas no caso de crianças; 7. Estado geral comprometido; 8. Excitação psíquica ou abatimento; 9. Oligúria. A desidratação pode ser classificada segundo dois aspectos: a intensidade e a osmolaridade. A classificação de acordo com a intensidade baseia‐se na perda de peso: • Leve ou de 1o grau: perda de peso de até 5%; • Moderada ou de 2o grau: perda de peso de 5 a 10%; • Grave ou de 3o grau: perda de peso acima de 10%. Para se classificar a desidratação quanto à osmolaridade, toma‐se como guia o nível sanguíneo de sódio. Assim: -Isotônica: quando o sódio está nos limites normais (130‐ 150mEq/l); -Hipotônica: quando o sódio está baixo (150mEq/l). ALTURA E MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: Na prática diária, a única medida rotineira da altura é a planta‐ vértice, ou seja, a medida que vai da planta dos pés ao vértice da cabeça; Feita a mensuração, deve‐se compará‐la com os valores tabulados, levando‐se em conta a idade e o sexo. Além da altura, podem‐se determinar outras medidas antropométricas: -Envergadura: é a distância compreendida entre os extremos dos membros superiores, estando o indivíduo com os braços abertos, em abdução de 90°; -Distância pubovértice: corresponde à distância entre a sínfise pubiana e o ponto mais alto da cabeça; -Distância puboplantar: equivale à medida entre a sínfiseou não, por estimulação anormal do ramo coclear do nervo VIII. DISFAGIA: Quando está associado com causa neurológica, é mais intenso para sólido e líquidos, principalmente notado por goles contínuos. Ao ingerir líquido, tem uma tendência de refluxo pelo nariz. Assim o paciente enfole melhor alimentos pastosos e líquidos com colher. BEXIGA NEUROGÊNICA: As principais causas podem ser: • Polirradiculoneurite; • Poliomielite; • Neoplasia; • Traumatismo raquimedular; • Infecções; • Angioma; Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR PABLO – AULA 23 Semiologia Medica – Exame Fisico do Sistema Osteoarticular INTRODUÇÃO: São cinco os tipos básicos de movimentos articulares: Flexão/extensão; Adução/abdução; Inversão/eversão; Rotação interna/rotação externa; Pronação/supinação. A execução do exame físico do sistema músculo esquelético pode ser dividido em técnica do exame (inspeção geral e segmentar, palpação e movimentação), posição do paciente (em pé, sentado, deitado) e segmentação funcional (coluna, MMSS e MMII). PRÍNCIPIOS ORGANIZADORES DA DESCRIÇÃO: Achados anormais servem de base para a elaboração da descrição: • Injúria tecidual (dor, calor, rubor, edema e limitação funcional); • Alterações tróficas; • Crepitações; • Deformidades; INSPEÇÃO GERAL: Vamos avaliar a marcha e a postura: A marcha é o deslocamento compassado do corpo decorrente da ação propulsora dos MMII; Possui duas fases distintas, apoio e oscilação; A normalidade da marcha depende da integridade das estruturas que compõem os MMII e do adequado funcionamento do sistema nervoso central. Já a postura é a posição espacial adotada pelo paciente, consciente ou inconscientemente; Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Quando alterada pode traduzir-se como expressão da doença pela qual se encontra acometido. INSPEÇÃO SEGMENTAR: Com o paciente em posição ortostática, observamos o segmento corporal posterior, anterior e lateral. As áreas a serem examinadas devem estar adequadamente expostas e segmentos corporais opostos devem ser utilizados para comparação. Os parâmetros a serem analisados são alinhamento, forma, volume, contornos, relevo, comprimento e simetria das estruturas que compõem os segmentos funcionais do SME. ALTERAÇÕES DE ALINHAMENTO: Traduzem-se nas deformidades angulares e rotacionais; As deformidades angulares se dão no plano frontal (medial ou lateral) ou no plano sagital (anterior ou posterior); As rotacionais se dão no plano transverso em direção medial ou lateral. Os desvios angulares no plano frontal (mediais ou laterais) são descritos utilizando-se os termos valgo ou varo. Nos desvios angulares no plano sagital, os segmentos envolvidos formam ângulos de vértices voltados anterior ou posteriormente e, conforme a localização anatômica, temos as deformidades em flexão ou extensão. As deformidades rotacionais se dão no sentido medial ou lateral. ALTERAÇÕES DE VOLUME: Utilizamos os termos hipertrofia e hipotrofia quando nos referimos ao aumento ou diminuição do volume ósseo ou muscular. Denominamos edema quando o aumento de volume é consequente ao acúmulo de líquido no local examinado. ALTERAÇÕES DE COMPRIMENTO: Avaliadas mediante observação das linhas horizontais que ligam pontos homólogos de cada lado do corpo. ALTERAÇÕES DA COLUNA: As alterações do alinhamento lateral da coluna são descritas utilizando-se o termo escoliose. Utilizamos a terminologia cifose para descrever a curvatura da coluna com concavidade anterior e lordose, para a curvatura com concavidade posterior. MMSS: As alterações de alinhamento dos cotovelos são descritas como cúbito valgo ou varo, tendo como referência a fossa cubital e o sentido dos vértices dos ângulos formados. Nas mãos podemos observar alterações mais complexas envolvendo mais de uma articulação, e, muitas vezes, múltiplos planos de desvio. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Já em relação aos MMII a forma adequada do pé se deve à presença dos arcos longitudinais medial e lateral e do arco transverso. O aumento ou diminuição da concavidade do arco longitudinal medial permite-nos classificar o pé cavo e plano; A acentuação do desvio lateral da falange proximal do primeiro dedo do pé é denominada hálux valgo; O desvio medial da cabeça do primeiro metatarsiano, forma uma proeminência óssea local denominada joanete; Hálux varo, é uma deformidade angular rara, que se traduz pelo desvio medial da falange proximal do primeiro dedo do pé. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PALPAÇÃO: A exploração tátil do SME por meio da palpação complementa e acrescenta informações às impressões colhidas na inspeção; A pesquisa de pontos dolorosos, atrelada à identificação de sinais flogísticos auxiliam na separação dos distúrbios musculoesqueléticos inflamatórios dos mecânico-posturais; Nos músculos, pesquisamos tônus, trofismo, reflexos e força muscular; Nos ossos, investigamos a presença de irregularidades na superfície óssea, aumentos de volume e anormalidades de alinhamento; Nas articulações, a palpação auxilia na diferenciação das diversas causas de aumento de volume e identificação da presença de creptações; A descrição das alterações encontradas nas articulações, comumente é feita mediante o uso de diagramas; Definimos a alteração a ser pesquisada e, então, assinalamos no modelo as articulações acometidas. Além de agilizar o registro das alterações, facilita a visualização e monitorização evolutiva do envolvimento articular. PONTOS DE GATILHO E DOLOROSOS: Os pontos gatilho são descritos nas síndromes miofasciais e sua palpação desencadeia dor em áreas distantes do local pressionado; Os pontos dolorosos (tender points) são locais específicos do corpo com sensibilidade exacerbada à palpação digital, utilizados no diagnóstico da fibromialgia. MOVIMENTAÇÃO: Podemos dividir em: mobilidade ativa, passiva e contra- resistência. - Mobilidade ativa: os movimentos são executados pelo paciente a pedido do examinador; - Mobilidade passiva: os movimentos são realizados pelo examinador; - Mobilidade contra-resistência: a mobilidade ativa é realizada contra esforços, de graus variáveis, impostos pelo examinador. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 A amplitude de movimento e suas limitações podem ser mensuradas com o auxílio de um goniômetro. As alterações da amplitude de movimento são descritas utilizando-se os termos aumentada, diminuída e normal, em conjunto com o registro do tipo de movimento pesquisado (flexão, extensão, adução rotação, etc.). MANOBRAS ESPECIAIS : A busca pela definição diagnóstica das desordens que acometem o SME envolve a realização de manobras especiais; O valor clínico dessas manobras depende de seus respectivos desempenhos no diagnóstico da enfermidade pesquisada; Desempenho diagnóstico é definido mediante o cálculo de propriedades como: S, E, VPP, VPN, RV+ e RV-. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia GomesSouto Maior | Turma IX | 2020.1 Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 8 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 9 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 10 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 RESUMO: Principais etapas do exame clínico do Sistema Musculoesquelético e parâmetros para descrição: - Inspeção geral: avaliar marcha e postura; - Inspeção segmentar: observar alinhamento, forma, volume, contornos, relevo, comprimento e simetria das estruturas que compõem os segmentos funcionais do SME: Coluna, MMSS E MMII; - Palpação: avaliar a sensibilidade dos componentes do SME. Observar a presença de sinais flogísticos: dor calor, rubor, tumor. Avaliar os tecidos adjacentes e estruturas periarticulares; - Movimentação: avaliar amplitude de movimentos; - Manobras especiais: buscar definição diagnóstica, mediante a realização de manobras especiais. Interpretar os resultados dessas manobras com base nos princípios da semiologia baseada em evidência. EXEMPLO DE DESCRIÇÃO DO EXAME MUSCULOESQUELÉTICO: Paciente com marcha atípica e postura incaracterística, sem deformidades grosseiras; Coluna sem alterações de alinhamento, apófises espinhosas indolores à palpação; Simetria de altura dos ombros e quadril; Segmentos corporais simétricos, alinhados, sem alterações de temperatura, cor, forma ou volume; Estruturas periarticulares íntegras; Amplitude de movimentos preservada no esqueleto axial e apendicular. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA TERESA – AULA 22 Semiologia Medica – Sintomatologia do Sistema Osteoarticular INTRODUÇÃO: Em 85% da anamnese podemos concluir um diagnóstico, dependendo apenas 10% do exame físico e 5% de exames laboratoriais e complementares. Nos antecedentes pessoais perguntamos sobre as patologias prévias e se tem tratamento com outros profissionais. Em caso de relatar: • Evento tromboembolítico e abortamento de repetição = SAAF (síndrome do anticorpo antifosfolípide); • Antecedente de psoríase ou doença inflamatória intestinal, dor lombar do tipo inflamatória = ESPONDILOARTROPATIAS; • Hipertensão de início recente = POLIARTERITE NODOSA (PAN) • Eventos vasculares como coronarite, trombose de mesentérica, hemiplegia = VASCULITES • Asma = SÍNDROME DE CHURG STRAUSS na granulomatose eosinofílica com poliangeíte; • Sinusites = GRANULOMATOSE DE WEGENER na granulomatose com poliangeíte em infecções respiratórias recorrentes; • Monoartrite recorrente e litíase renal de repetição = GOTA (artrite por tofácea); • Antecedente de infarto, bursite ou AVC = síndrome ombro-mão; • Faringite estreptocócica e escarlatina = FEBRE REUMÁTICA; • Antecedentes de blenorragia = ARTRITE SÉPTICA GONOCÓCICA; Em antecedentes familiares investigar antecedentes mórbidos familiares que contribuem com a suspeita diagnóstica. Algumas patologias reumáticas são herdadas, embora a grande maioria possa ser recessiva e necessitar de um gatilho ambiental. Como exemplo podemos ter: ➔ GOTA (artrite por uratos) = linhagem parterna; ➔ ESPONDILOARTROPATIAS = encontrada no pai e filho; ➔ FEBRE REUMÁTICA = irmãos de mesma família; ➔ OSTEOPOROSE OU NÓDULOS INTERFALANGEANAS DISTAIS = em mãe e filha ou entre irmãs; Como antecedentes mórbidos familiares é oportuno saber sobre a existência da: ➔ Diabetes; ➔ Doenças ósseas metabólicas (osteogênese imperfeita, hipofosfatasia, hipotireoidismo, hiperparatireoidismo) ➔ Doenças infecciosas como tuberculose, hanseníase SINAIS E SINTOMAS: • Artralgias • Artrite • Rigidez matinal • Crepitação articular Da dimensão de doença interna multissistêmica e não essencialmente articular. Por meio de uma boa investigação, pode o médico postular o diagnóstico, seja de uma doença reumática, seja de outras patologias internas que têm manifestações no aparelho locomotor. Não há exagero em afirmar que, em seu conjunto, as doenças reumáticas não poupam um só órgão ou sistema. Manifestações sistêmicas: principalmente febre, astenia, perda de peso e anorexia. FEBRE: SINAL de grande importância propedêutica irá distinguir dois grandes grupos: • Doenças francamente inflamatórias, geralmente febris; Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 • Não inflamatórias, via de regra não febris. A febre pode ocorrer nas doenças reumáticas autoimunes como LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO, doença de Still, artropatias reativas como a febre reumática Doenças infecciosas como a endocardite bacteriana, a síndrome da imunodeficiência adquirida, viroses Doenças mielo/linfoproliferativas, os tumores primários metastáticos. O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatórias crônica que ocorre na grande maioria em mulheres jovens e acomete vários órgãos e sistemas. Apresenta alterações imunológicas, com anticorpos contra as proteínas do próprio organismo. Tem períodos de atividades e períodos de remissão. Já em doenças não febris temos as doenças degenerativas, como a osteoartrite, Síndromes metabólicas (gota, condrocalcinose), as síndromes miofasciais, fibromialgia etc. Apesar de poderem apresentar sinais inflamatórios em discretos locais, não se observa expressão clínica geral. A inapetência acompanhada por emagrecimento é um alerta quanto à possibilidade de comprometimento sistêmico mais grave, como as doenças autoimunes, infecciosas ou neoplasias. ALTERAÇÕES MUCOCUTÂNEAS: São algumas das queixas reumáticas mais freqüentes, sendo a chave de vários diagnósticos. Muitas alterações são típicas de determinadas doenças. Fácies esclerodérmica com afilamento dos lábios, nariz e microstomia, podendo a pele apresentar-se tensa, com elasticidade diminuída, especialmente nas extremidades, com calcinose e telangiectasia. Lesão em asa de borboleta com rubor ou eritema nas bochechas e base do nariz, fotossensibilidade exacerbada, com eritema e rubor em áreas expostas ao sol, alopecia, a lesão discóide com atrofia central e alteração da pigmentação, a paniculite lúpica e as vasculites cutâneas. Nódulos reumatóides especialmente em estruturas periarticulares e em áreas sujeitas a maior pressão, como cotovelos, tendões extensores/ flexores das mãos e dos pés, tendão de Aquiles. A vasculite reumatóide pode ocorrer na forma de pequenos infartos e com formação de úlceras. Lesões descamativas difusas ou localizadas na região de cotovelos e dobras cutâneas, ou lesões do leito ungueal, sugerem esse diagnóstico em paciente com artrite periférica ou dor de esqueleto axial. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Edema periorbitário típico ou heliotropo, de lesões eritematosas em face, pescoço, tórax e superfícies extensoras das extremidades e de lesões avermelhadas ou violetas, distribuídas sobre as pregas interfalangeanasdas mãos, denominadas sinais de Gottron. LINFONODOPATIA / HEPATOESPLENOMEGALIA: Descrito o aumento de linfonodos (diferenciar de infecções virais, bacterianas, microbactérias, fungos e infiltrações). A esplenomegalia que pode estar presente no LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO, na ARTRITE REUMATÓIDE (em especial na síndrome de Felty, associada à neutropenia), na POLIARTERITE NODOSA. A síndrome de Felty é uma condição caracterizada pela associação de três manifestações clínicas: (1) artrite reumatóide crônica, (2) aumento do baço (esplenomegalia) e (3) redução da contagem sanguínea de células de defesa (neutropenia). Comumente a síndrome aparece nas fases mais tardias da artrite reumatóide, associada à presença de fator reumatóide no sangue. Hepatomegalia, (as anteriores) lembrar a hepatite medicamentosa. SISTEMA CARDIOVASCULAR: Pericardite e miocardite do LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO, doença de Still; A doença de Still caracteriza-se por ser um tipo de artrite inflamatória, com manifestação de sintomas como dor e destruição das articulações, febre, erupção cutânea, dor muscular e perda de peso. Acometimento valvar da febre reumática; Hipertensão secundaria à POLIARTERITE NODOSA, arterite coronariana do LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO, granulomatose de Wegener e POLIARTERITE NODOSA. Pulsos podem estar ausentes ou diminuídos na arterite de Takayasu. A Arterite de Takayasu (AT) é um tipo de vasculite (doença em que ocorre inflamação de vasos sanguíneos) de causa desconhecida e que afeta de forma crônica (isto é, por um período prolongado de tempo, geralmente vários anos) a maior artéria do corpo humano, a aorta, e seus ramos primários. Com o passar do tempo, a AT provoca uma diminuição do calibre das artérias afetadas pode resultar no seu fechamento completo (fato denominado oclusão). O aneurisma de aorta pode ser manifestação da arterite de células gigantes, da doença de Takayasu, da síndrome de Ehlers-Danlos. SISTEMA RESPIRATÓRIO: Doença pulmonar intersticial (ESCLEROSE SISTÊMICA, ARTRITE REUMATÓIDE/ LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO /SINDROME DE SJÖGREN); Parênquima pulmonar e fibrose apical (ARTRITE REUMATÓIDE); Fibrose pulmonar associada à hipertensão pulmonar (ESCLEROSE SISTÊMICA); Pleurite, com ou sem derrame, atelectasia e pneumonite aguda (LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO); Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Hemoptise, tosse, dispnéia, nariz em sela, presença de nódulos e infiltrado intersticial difuso na granulomatose de Wegener, asma e infil- trados granulomatosos na vasculite de Churg-Strauss; ESCLEROSE SISTEMICA infiltrado pulmonar; Deve-se lembrar ainda o comprometimento respiratório secundário ao enfraquecimento de músculos da caixa torácica, como nas miopatia inflamatórias a menor expansão pulmonar na EA. SISTEMA DIGESTIVO: Retocolite ulcerativa e doença de Crohn ESPONDILOARTROPATIAS; Manifestação de serosite ou arterite mesentérica LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO; Dor abdominal acentuada também pode ser referida na PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN; ESCLEROSE SISTÊMICA pirose, azia, disfagia são consequências da hipomotilidade esofágica, plenitude pós-prandial é secundária à lentidão do trânsito gastrointestinal; SINDROME DE SJÖGREN disfagia, queilite angular e candidíase secundária. As parótidas podem estar palpáveis; SISTEMA NERVOSO: Neuropatia periférica, mielite transversa (ARTRITE REUMATÓIDE, no LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO e nas VASCULITES) Distúrbios de personalidade, crises convulsivas e enxaquecas (LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO) Síndrome do túnel do carpo e a neuropatia cervical, podem resultar do comprometimento articular de patologias inflamatórias (ARTRITE REUMATÓIDE). ALTERAÇÕES GENITURINÁRIAS: Uretrite da síndrome de Reiter As úlceras genitais de Behçet Litíase renal da gota Nefrites de origem autoimune, como no LES e nas vasculites Mais comum é a alteração da função renal secundária ao uso de medicações, principalmente os anti- inflamatórios ALTERAÇÕES VISUAIS: Episclerite, esclerite e conjuntivite (ARTRITE REUMATÓIDE) Escleromalácia perfurante (ARTRITE REUMATÓIDE) Ceratoconjuntivite seca (SINDROME DE SJÖGREN) Uveíte (ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL, ESPONDILITE ANQUILOSANTE e a DOENÇA DE BEHÇET); Uveíte é uma doença inflamatória que pode comprometer totalmente a úvea ou uma de suas partes (íris, corpo ciliar e coroide). Em alguns casos, a inflamação atinge também o nervo óptico e a retina. ARTRALGIAS: Arcos reflexos visceromotores com espasmo da musculatura circunvizinha ou atrofia. Antecedente de infarto, bursite ou acidente vascular cerebral, na síndrome ombro-mão. • Dor aguda (gota, bursite, artrite séptica) • Dor Crônica (artrite reumatoide, artrose), • Dor em peso (osteoartrite ) • Dor cruciante (gota, artrite séptica). Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Por vezes, a dor vem acompanhada de outros sintomas, como parestesias (formigamentos) decorrentes da compressão de raízes nervosas na coluna cervical ou lombar. Contratura da musculatura lombar, levando o paciente a se curvar para frente ou para um lado, é observada nos pacientes com hérnia discal lombar. A compressão de nervos pode ocorrer também nos membros. Síndrome do túnel do carpo; Intensa hiperestesia cutânea ao longo do trajeto de um nervo é encontrada no herpes‐zóster. Dor latejante na região temporal é sugestiva de arterite temporal. MOVIMENTOS: Abdução, rotação interna do braço agravam a dor no ombro, a primeira hipótese é de bursite ou tendinite do ombro. Dor urente, acompanhada de intumescimento da mão, é uma queixa freqüente nos pacientes com distrofia reflexo simpática das extremidades. Dores musculares com atrofia, fraqueza, perda da força e da mobilidade indicam miosites. RIGIDEZ MATINAL: Resulta do acúmulo de substâncias produzidas pelo processo inflamatório nos locais acometidos. Quando ocorre nas interfalangeanas proximais na ARTRITE REUMATÓIDE, costuma durar mais de 1 h. Na ARTROSE, ao contrário, é mais fugaz. Na ESPONDILITE ANQUILOSANTE, a rigidez ocorre nos segmentos vertebrais ANAMNESE EM REUMATOLOGIA: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA SUELY – AULA 24 Semiologia Medica – Semiologia do Sistema Genitourinario ANAMNESE: Temos que ter a consciência que algumas queixas não estão relacionadas de forma direta com o trato urinário (como a diabetes e poliúria; alteração na coluna e dor lombar; distúrbio da coagulação e hematúria). Pacientes costumam associar alguns sintomas aos rins. SINAIS E SINTOMAS: • Alterações da micção; • Alteração no volume e ritmo urinário; • Alterações na característica da urina; • Dor; • Edema;• Febre; A quantidade normal de urina pelo dia varia entre 800- 2500 ml/dia. A capacidade da bexiga é entre 350-450 ml, tendendo a se esvaziar quando chega a 200ml ALTERAÇÕES: OLIGÚRIA: é a excreção de um volume de urina inferior as necessidades de excreção dos solutos; é quando temos a diurese em 2500ml/dia; causado pela diurese osmótica, incapacidade de concentração urinária, insuficiência renal crônica moderada. Aumenta a frequência e o volume urinário. DISÚRIA: é a dor, ardor, desconforto ao urinar, podendo ser causado por cistite, prostatite, uretrite, traumatismo, geniturinário, irritantes uretrais, reação alérgica. HESITAÇÃO: intervalo maior para que apareça o jato urinário, geração por obstrução da saída, há um esforço maior que o normal. PIÚRIA: número anormal de leucócitos na urina e pus, podendo ser sinal de infecção urinária; a piúria acontece quando temos mais de 10 piócitos por campo. RETENÇÃO URINÁRIA: incapacidade de esvaziar a bexiga, causada por obstrução da uretra ou colo vesical. INCONTINÊNCIA URINÁRIA: eliminação involuntária da urina, ocorre na bexiga neurogênica, cistite e esforços quando há alteração nos mecanismos de contenção na urina. URGÊNCIA: necessidade súbita e imperiosa de urinar podendo ter esvaziamento involuntário da bexiga; POLACIÚRIA: necessidade de urinar repetidas vezes em um intervalo de 2 hrs (>frequência, anasarca. Intenso edema facial de manhã e no fim do dia as pernas edemaciadas Temos como causa a redução da pressão oncótica por hipoalbuminemia. FEBRE: Na infecção aguda é alta, acompanha calafrios, dor lombar ou suprapúbica. As principais causas podem ser: pielonefrite, cistite, prostatite. Em infecções crônicas, temos a temperatura ligeiramente aumentada, as vezes sendo acompanhada de calafrio. EXAME FÍSICO: EXAME DOS RINS: deve começar pela inspeção do abdome, dos flancos e costas, com paciente sentado. Em seguida, deve-se fazer a palpação e a compressão dos ângulos costovertebrais. Na percussão, fazemos o punho percussão, com a face interna da mão fechada. Por fim, faz-se a ausculta abdominal que é útil para verificar sopros abdominais como o que ocorre na estenose de artérias renais ou aneurisma de aorta abdominal. Posteriormente na 12ª costela e anteriormente flancos e fossa ilíaca. OBSERVAR: • Saliências; • Abaulamentos; • Simetria dos flancos; • Fossas ilíacas; • Hipogástrio; A localização retroperitoneal impede e torna meio que inacessível a palpação dos rins. O rim direito é palpado com mais facilidade por estar mais abaixo. Quando aumentados também são mais possíveis de apalpar. A palpação investiga o volume, tamanho, forma, consistência, superfície lisa e regular. • Paciente deita-se em decúbito dorsal; • Rim direito: ficar a direita do paciente; • Colocar mão esquerda sob o dorso do cliente e mão direita sobre o abdome Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Manobra de Israel: paciente em decúbito lateral e membros superiores por a cabeça e rim tentando ser palpado anteroposteriormente com as duas mãos em pinça. Método de Goelet Com o paciente em ortostase, flete-se o joelho do lado que deseja-lhe palpar, apoiando-se sobre uma cadeira. Temos punho-percussão com mão fechada e a percussão com a borda cubital da mão espalmada. Sinal de Giordano: se positivo, sugere processo inflamatório retroperitoneal, comum nos casos de pielonefrite. EXAME FÍSICO URETERES: Palpação profunda da parede abdominal anterior pode determinar dois pontos dolorosos quando existe infecção ou obstrução, um na parte mediados quadrantes superiores D e E, e o inferior nas fossas ilíacas direita e esquerda. EXAME FÍSICO DA BEXIGA: Região hipogástrica, o paciente deve esvaziar antes do exame. Pode haver hipersensibilidade na área suprapúbica à palpação. Retenção urinária aguda ou crônica pode ser percebida a inspeção, palpação e percussão na região suprapúbica. Se houver a retenção, observa-se a reação dolorosa intensa e abaulamento no hipogástrio. INSPEÇÃO: • Edema ou curvatura alterada no abdome inferior; • Lesão e estomas; PALPAÇÃO: • Mãos em garra, aprofundando na expiração e deslizando em todos os sentidos, de fora para dentro; PERCUSSÃO: • Quando contém mais de 150ml de urina; • Da linha média, exatamente acima do umbigo e percute para baixo; • No ápice da bexiga o som muda. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA SUELY – AULA 24 ANAMNESE: Sobre a idade, temos as doenças que acometem determinadas épocas, como: INFÂNCIA: ambiguidade sexual, hidrocele, criptorquias, agenesia, macro e micro pênis, hipospádia, fimose, hérnia inguinoescrotal; PUBERDADE: processos infecciosos e IST’s ADULTO: priapismo, hidrocele secundária, prostato vesiculite, câncer peniano, doença de peyronie (fibrose), fratura (algugínea); IDOSO: obstrução urinária, carcinoma de próstata Já a profissão, temos que ter ideia se é em ambientes de alta temperatura, exposição a radiações, piche e alcatrão (associados ao câncer de bexiga). SINAIS E SINTOMAS: • Dor (disúria, cálculo, prostatite aguda, câncer de próstata, trauma); • Hematúria; • Alterações miccionais; • Retenção urinária; • Priapismo; • Hemospermia; • Corrimento uretral; • Ejaculação precoce; • Impotência sexual; • Esterilidade; ALTERAÇÕES MICCIONAIS: - Hiperplasia prostática: reduz a luz uretral e altera a micção. - Fimose, estenose de meato uretral ou válvula da uretra posterior – jato urinário fraco, lento e fino. - Uropatias obstrutivas infravesicais – hesitação, esforço para urinar e diminuição da força e calibre do jato. RETENÇÃO URINÁRIA: Retenção urinária completa é a incapacidade de eliminar qualquer quantidade de urina. A aguda é quando é dolorosa. O paciente fica ansioso, impaciente, pálido, relata intenso desejo de urinar, o exame físico é notado pela massa suprapúbica infraumbilical, mediana e arredondada (bexigoma); Retenção incompleta é quase sempre crônica e com resíduo de urina na bexiga. Tem como causa, cálculo vesical na uretra, fimose e estenose da uretra. ADOLESCENTES: tem como causas o abscesso prostático e traumatismos uretrais ou da medula espinhal; IDOSOS: esclerose múltipla, uso de medicamentos anticolinérgicos, crescimento prostático; PRIAPISMO: É a ereção persistente, prolongada e dolorosa sem desejo sexual. Tem causa neurogênica, ou infecciosas, por traumatismo, hematológicas (leucemia e anemia falciforme) ou injeções intracavernosas de papaverina e prostaglandina. HEMOSPERMIA: Presença de sangue no esperma, tem como causa a tuberculose, esquistossomose, carcinoma das vesículas seminais e prostática, cirrose hepática, discrasias sanguíneas, litíase prostática, hiperplasia benigna da próstata. CORRIMENTO URETRAL: Secreção que sai pelo meato da uretra, causado por uretrite, prostatite. É um corrimento purulento, profuso, amarelo ou pardo-blenorragia, é esbranquiçado. • Gota matutina – crônico; • Uretrite não gonocócica (clamídia, HPV) e uretrite traumática • Corrimento sanguinolento – estreitamento uretral, câncer de uretra ou corpo estranho na uretra. DISTUBIOS SEXUAIS: • Disfunção erétil ou impotência sexual; • Ejaculação precoce – causas psíquicas; • Ausência de ejaculação; Semiologia do Sistema Genital Masculino Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 • Anorgasmia; • Dispareunia; EXAME FÍSICO MASCULINO: INSPEÇÃO E PALPAÇÃO: paciente em decúbito dorsal; ORGÃOS GENITAIS INTERNOS: toque retal; LINFONODOS: drenagem dos vasos linfáticos da região pélvica e perineal; AVALIAÇÃO GERAL: inspeção da genitália; VALSALVA PÊNIS: retração do prepúcio senão temos a causa de neoplasias, lesões ulceradas, condilomas e balanopostite. EXAME DA BOLSA ESCROTAL: investiga tamanho, característica da pele, aspectos vasculares SEQUÊNCIA DE PALPAÇÃO: Áreas endurecidas ou nodulares devem ser consideradas suspeitas de lesão maligna. TOQUE RETAL: Correto posicionamento do paciente, lubrificação abundante, introdução suave por meio de movimentos rotatórios. QUAIS ESTRUTURAS SÃO EXAMINADAS NO TOQUE? • Parede lateral esquerda; • Parede lateral direita; • Parede posterior; • Para cima; • Parede anterior CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS A ANALISAR • Tamanho; • Consistência; • Superfície; • Contornos; • Sulco mediano; • Mobilidade Testículo Túnica vaginal - membrana que envolve os testiculos Epidídimo Cordão espermático Anel inguinal externo Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA SUELY – AULA 24 EXAME FÍSICO DAS MAMAS: Fazemos a inspeção estática e dinâmica, além da palpação. Na inspeção estática a paciente está sentada com membros superiores paralelos ao tronco. • Pele que recobre as mamas e aréolas; • Volume; • Contorno; • Forma; • Simetria; • Pigmentação da aréola; • Aspecto da papila; • Presença de abaulamento; • Circulação venosa; • Presença de edema ou rubor Em seguida, paciente levanta os braços acima da cabeça. Isso vai tornar mais evidente as retrações e as assimetrias. A presença de poros anormalmente dilatas, indicando edema de pele é um importante sinal de malignidade, o famoso sinal clínico chamado de “casca da laranja”. A inspeção dinâmica é realizada com duas manobras: • Levantamento dos braços para aumentar a tensão dos ligamentos de Cooper e contração dos peitorais. A palpação acontece com a paciente deitada com as mãos atrás da cabeça e braços bem abertos. Vai da região subareolar até a paraesternal, infraclavicular e axilares. Tem como função avaliar: • Volume do panículo adiposo • Quanridade de parênquima mamário; • Elasticidade da papila; • Presença de secreção papilar; • Temperatura da pele da região mamária EXAME GENITAL FEMININO Analisa o tônus, dor, massas pélvicas, tamanho uterino. • Exame especular e Toque vaginal (unidigital, bidigital, combinado); Semiologia do Sistema Genital Feminino Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA SUELY – AULA 25 Semiologia Medica – Semiologia da Crianca e do Adolescente SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA Abordagem começa desde o planejamento familiar, passando pela gestação, culminando com o nascimento. A chegada de um novo membro modifica as relações familiares e requer um olhar para a interação entre a criança e a família.A programação metabólica e o modo de vida da criança vão determinar se ela vai ter quantidade e qualidade de vida. Estresse tóxico por adversidades significativas sofridas na 1ª infância: • Pobreza extrema; • Abuso ou negligência; Isso pode culminar em distúrbios comportamentais e prejuízos significativos da saúde física e mental. Além disso, muitas doenças do adulto têm origem na infância que irão aumentar o risco de doenças crônicas como o alcoolismo, depressão, doenças cardíacas e diabetes. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS: Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente criança ou adolescente, desde que estes tenham capacidade de discernimento, inclusive a seus pais ou representantes legais, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente. 12-14 anos e 11 meses – efetuar atendimento e se necessário comunicar aos pais – se é urgência ou violência, por ex – é consenso internacionalmente aceito. Art. 78. Deixar de orientar seus auxiliares e alunos a respeitar o sigilo profissional e zelar para que seja por eles mantido. PUERICULTURA: Atendimento ambulatorial periódico e sistemático, destinado à criança saudável, para a prevenção e educação. Inclui ações a serem realizadas, agendadas segundo um cronograma. • Estado nutricional pelos indicadores clínicos do Ministério da Saúde - MS • História alimentar; curva de crescimento adotada pelo MS • Estado vacinal segundo calendário oficial do MS • Desenvolvimento neuropsicomotor; desempenho escolar e cuidados dispensados pela escola • Padrão de atividade física diária conforme parâmetros do MS • Capacidade visual • Condições do meio ambiente conforme MS • Cuidados domiciliares dispensados à criança • Desenvolvimento da sexualidade • Sono, quantitativa e qualitativamente • Função auditiva • Saúde bucal • Exposição à mídia FAIXAS ETÁRIAS: • Recém nascido: até 28 dias de vida • Lactente: 1 ano de vida • Pré escolar: 2-7 anos • Escolar: 7- 10 anos • Adolescente: 10-20 incompletos • Adolescência tardia: 16 a 20 anos ANAMNESE: A entrevista deve ser adaptada às diferentes questões de acordo com a faixa etária. O entrevistado nesse caso normalmente não é o paciente. QP: nas palavras do informante ou da criança registrar o que for considerado principal pelo informante. “Qual motivo que lhe trouxe até aqui?” ou “Qual a sua preocupação com seu filho?” Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 HISTÓRIA PREGRESSA: • Doenças infectocontagiosas ou infecções de repetição (pele, SN, IVAS, ITU, doenças do trato respiratório e digestório), doenças crônicas, alergias; • Medicamento de uso contínuo; • Internações e cirurgias, acidentes; • Antecedentes pessoais; • Desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo; • Alimentação pregressa e atual; • Vacinação CONDIÇÕES HABITUAIS DE VIDA: rotina, creche? Escola? Atividades? HISTÓRIA COMPORTAMENTAL: perfil da família, relacionamento com professores e colegas, castigos? HISTÓRIA FAMILIAR: doenças familiares HISTÓRIA SOCIAL: escolaridade, tipo de habitação, animais, segurança, poluição. EXAME FÍSICO DA CRIANÇA • Deve-se ter tempo para permitir que a criança se acostume com o examinador; • Interação e instruções ajudam a entender o que está ocorrendo e o que deve ser esperado; • Atitude gentil, amistosa, voz baixa ajudam a estabelecer contexto não ameaçador; • Procedimento doloroso/desagradável deve ser adiado até o final do exame; • O exame deve seguir de forma eficaz e sistemática se o examinador não conseguir uma maior relação de afinidade com a criança; • Lembrar que o colo dos pais é um local seguro e confortável para algumas crianças fazerem o procedimento; ECTOSOCPIA: Saudável, enfermo, irritado, prostrado, obnubilado, comatoso; Postura atípica (RN: posição fetal, extremidades fletidas, mãos fechadas); Atitude ortopneica – posição que facilita o funcionamento da musculatura auxiliar em caso de comprometimento cardiopulmonar; Posição antálgica, característica da marcha, alteração da fala. Comportamento: comunicativo, tímido, agressivo, ativo (hipo ou hiper), passivo, apatia. Fácies: dor, ansiedade, depressão, medo, pavor, tristeza, sindrômica; Hidratação: turgor e elasticidade com sinal da prega, olhos encovados, sede intensa ou inaparente devido ao mau estado, mucosas secas, depressão de fontanela anterior; Pele e anexos: fâneros, subcutâneo, gânglios, cianose, icterícia, palidez, edema e erupções, piercings, tatuagem; Desenvolvimento e crescimento: normal ou alterado; Estado nutricional: normal, emagrecimento, obeso; Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 A interpretação da PA de crianças e adolescentes deve levar em conta a idade, sexo e altura. Realizar pelo menos 3 medidas, com intervalo de minuto entre elas, sendo a média das duas últimas considerada a pressão arterial do indivíduo. Crianças que apresentam hipertensão de consultório e efeito do avental branco (lembrar desse fato). FASES DO CURSO DA VIDA – ÍNDICES E PARÂMETROS: AFERIÇÃO DE ALTURA: Pode ser dificultada em crianças que não conseguem ficar na posição ereta, possuem articulação contraída, espasmos musculares involuntários, escolioses e pouca cooperação devido à deficiência cognitiva. Nesses casos, determinar estatura estimada: PERÍMETRO TÓRACICO AO NASCER: 30,5 a 33cm PERÍMETRO ABDOMINAL AO NASCER: 30,5 a 33 cm PERÍMETRO CEFÁLICO: 33 a 35cm ESTATURA: 48 a 53cm PESO: 2500g a 4000g Lembrar que existe uma perda de peso de 10% do peso na 1ª semana de vida. APARELHO CARDIOVASCULAR: • Observar ictus cordis (3º espaço intercostal esquerdo); • Contar FC; • Arritmia sinusal ou respiratória é comum na infância; • Palpar pulsos femorais; • Observar encontro de sopros; • Cianose? Edemas? Tamanho do fígado? Reflexos hepatojugulares? APARELHO RESPIRATÓRIO: • Procurar sinais de esforço respiratórios (tiragem subcostal, intercostal e fúrcula); • Balancim toracoabdominal – assincronia entre o movimento do tórax e do abdome no ciclo respiratório; • Avaliar frêmito torácico; • Ausculta do murmúrio vesicular; • Ruídos adventícios? • Contar FR em 1min ABDOME: • Avaliar forma: Globoso? Plano? Escavado? Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 • Avaliar a tensão: abdome intensamente flácido, com pele enrugada e vísceras abdominais palpáveis como na síndrome de Prune Belly; • Visceromegalias? Massas palpáveis? • Avaliar timpanismo; • Ruídos hidroaéreos? GENITÁLIA: • Procurar testículos na bolsa escrotal e região inguinal; • Tem exposição da glande? Epispadia ou hipospadia? Criptorquidia? Hidrocele? Fimose? • Há sinequia (aderência) de pequenos lábios, hipertrofia de lábios vulvares de clitóris; MEMBROS: • Pesquisa dos sinais de Ortolani e Barlow para eventual luxação do quadril. • Observar o formato dos membros. • Edema? Hipoplasia? Alterações dos dedos dos pés ou mãos? • Alteração na palpação da clavícula? • Pesquisa dos sinais neurológicos Hipertonias? Hipotonias? Movimentos anormais? Reflexos tendinosos e cutaneopalmar? CABEÇA: Detectar infecções congênitas, indicar sorologias (CMV, rubéola, toxoplasmose,sífilis). Forma da cabeça dos RN: OSTEOARTICULAR: Avaliar o comprometimento articular, baqueteamento digital, polidactilia, prega simiesca, pés planos, pés tortos congênitos. Avaliar coluna vertebral: escoliose, cifose, mielomeningocele, espinha bífida. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com- HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: • Relexo tônico cervical • Postura do RN: semiflexão generalida sendo a termo e sadio; • Reflexo de moro de 3 a 6m; • Preensão palmar até os 6m; • Preensão plantar até os 15m • Sucção até 3 meses e no sono até 6m; • Reflexos de galant – encurvamento do tronco por estímulo tátil no dorso lateral; • Marcha até os 2m • Reflexo cutâneo plantar até 6m • Reflexo de babinski; • Reflexo patelar Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657pubiana e a planta dos pés. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PESO: Na prática, emprega‐se a balança comum para a determinação do peso; Obtido o peso, este é comparado com os valores considerados normais em relação à idade e ao sexo. O peso na idade adulta, por sua vez, é classificado da seguinte maneira: - Peso ideal: são valores estatisticamente estabelecidos a partir dos dados obtidos em grandes grupos da população; -Peso máximo normal: somam‐se 5 a 10% ao peso ideal, dependendo do biótipo; -Peso mínimo normal: subtraem‐se 5 a 10% ao peso ideal, dependendo do biótipo. Calculado da seguinte maneira: IMC = P/A2 Em que P = peso, A = altura. De acordo com o valor do IMC, os indivíduos são assim classificados: -Baixo peso: IMC menor do que 19,99 kg/m2; -Normal: IMC de 20 a 24,99 kg/m2; -Sobrepeso: IMC de 25 a 29,99 kg/m2; -Obesidade: IMC de 30 a 39,99 kg/m2; -Obesidade mórbida: IMC acima de 40 kg/m2. Medida logo acima da crista ilíaca. Os valores normais são: -Homens: até 102 cm; -Mulheres: até 88 cm. Para obtê‐lo mede‐se a circunferência da cintura (C) em um ponto médio entre o final dos arcos costais e a do quadril (Q), no nível das espinhas ilíacas anteriores. Os valores considerados normais são os seguintes: -Mulheres: RCQpalpebral bilateral. Ocorre na miastenia gravis; -Fácies etílica: olhos avermelhados e ruborização da face, hálito etílico, voz pastosa e um sorriso meio indefinido. ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO NO LEITO: Posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum padecimento. Muitas classificações têm sido propostas, sendo mais objetiva a que separa as atitudes em voluntárias e involuntárias. ATITUDES VOLUNTÁRIAS: São as que o paciente adota por sua vontade e compreendem a ortopneica, a genupeitoral, a posição de cócoras, a parkinsoniana e os diferentes decúbitos. 1. Ortopneica: O paciente adota essa posição para aliviar a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascites volumosas. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Ele permanece sentado à beira do leito com os pés no chão ou em uma banqueta, e as mãos apoiadas no colchão para melhorar um pouco a respiração, que se faz com dificuldade. 2. Genupeitoral: Na atitude genupeitoral (ou de “prece maometana”), o paciente posiciona‐se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax (peito) põe‐se em contato com o solo ou colchão. O rosto descansa sobre as mãos, que também ficam apoiadas no solo ou colchão. Essa posição facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico. 3. Posição de cócoras: Observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica. Os pacientes descobrem, instintivamente, que ela proporciona algum alívio da hipoxia generalizada, que acompanha essas cardiopatias, em decorrência da diminuição do retorno venoso para o coração. 4. Parkinsoniana: O paciente com doença de Parkinson, ao se pôr de pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores e, ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. 5. Decúbito: Indica como o paciente prefere ficar no leito, desde que o faça conscientemente, seja por hábito, seja para obter alívio de algum padecimento (decúbito lateral, dorsal e ventral). ATITUDES INVOLUNTÁRIAS: Independem da vontade do paciente e incluem a atitude passiva, o ortótono, o opistótono, o emprostótono, o pleurostótono, a posição em gatilho, torcicolo e mão pêndula. 1. Passiva: Quando o paciente fica na posição em que é colocado no leito, sem que haja contratura muscular. É observada nos pacientes inconscientes ou comatosos. 2. Ortótono: Atitude em que todo o tronco e os membros estão rígidos, sem se curvarem para diante, para trás ou para um dos lados. 3. Opistótono: Atitude decorrente de contratura da musculatura lombar, sendo observada nos casos de tétano e meningite. O corpo passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando‐ se como um arco. 4. Emprostótono: Observado no tétano, na meningite e na raiva, é o contrário do opistótono, ou seja, o corpo do paciente forma uma concavi‐ dade voltada para diante. 5. Pleurostótono: Observado no tétano, na meningite e na raiva. O corpo se curva lateralmente. 6. Posição em gatilho: Encontrada na irritação meníngea, caracteriza‐se pela hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante. 7. Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial: São atitudes involuntárias de determinados segmentos do corpo. MUSCULATURA: Para a investigação semiológica da musculatura, empregam‐ se a inspeção e a palpação. Todos os grupos musculares devem ser examinados. Assim procedendo, conseguem‐se informações quanto à: - Troficidade: corresponde à massa do próprio músculo ; - Tonicidade: o estado de semicontração própria do músculo normal Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSOR JOANNE – AULA 4 Semiologia Medica - Ectoscopia - Parte 2 - EXAME FÍSICO PT.2: • Mucosa/Pele/Fâneros • Movimentos involuntários • Enfisema subcutâneo • Linfonodos • Circulação colateral • Edema • Temperatura • Postura e atitude de pé • Biótipo • Marcha MUCOSAS: Avaliar a mucosa das conjuntivas, labiobucal, lingual e gengival. Normalmente, podemos classificar em cruzes, onde (++++ = muito) e (+ = pouco). Dessa forma, no quesito coloração, podemos classificar em: 1. Coloração (++++) ▫ Normocoradas: róseo-avermelhada ▫ Descoradas: pálida (Ex: anemia) ▫ Hipercoradas: vermelho-arroxeada (inflamações) ▫ Cianose: azulada ▫ Icterícia: amarela ou amarelo-esverdeada 2. Umidade ▫ Normal (úmidas); ▫ Mucosas secas: sem brilho, pardacentas, ressequidas EXAME DA PELE: A palidez deve ser pesquisada em toda extensão da superfície, inclusive na região palmoplantar. Em pardos e negros, a palidez só aparece na palma das mãos e na planta dos pés. Avaliar cor normal, ou palidez de forma generalizada (ex: anemia, vasoconstricção generalizada por estímulos neurogênicos ou hormonais e redução de hemácias) ou localizada (ex: obstrução arterial, isquemia sendo a causa principal). No caso de vermelhidão, indica o aumento da quantidade de sangue, podendo ocorrer uma vasodilatação. Observar se tem vermelhidão generalizada (ex: policitemia) ou localizada (ex: inflamação). VERMELHIDÃO GENERALIZADA: Normal em paciente febris, exposição ao sol, escarlatina, eritrodermia e psoríase. VERMELHIDÃO LOCALIZADA: Depende de um fenômeno vasomotor = inflamação. Em caso de cianose, temos o aumento da hemoglobina reduzida podendo ser visto na face, torno dos lábios e ponta do nariz, além de lobos das orelhas e extremidades. É a cor azulada da pele e de mucosas CIANOSE GENERALIZADA: • Hipoventilação pulmonar; • Cardiopatias (shunts); • Diminuição da tensão de O2 (altitudes); • Alterações da hemoglobina (medicamentos); CIANOSE LOCALIZADA: Apenas em segmentos corporais adquirem coloração anormal, significa uma obstrução venosa local. A acrocianose é distúrbio circulatório no qual as mãos, e mais raramente os pés, apresentam-se frios, azulados e suados. Não deve ser confundida com o fenômeno de Raynaud = é uma CIANOSE: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 condição médica em que o espasmo das artérias causa episódios de diminuição da corrente sanguínea. Geralmente afeta os dedos das mãos, embora em alguns casos possa também afetar os dedos dos pés. Quando caracterizada a cianose, procura-se definir que tipo de cianose: Se da pelo acumulo de bilirrubina no sangue, podendo acometer pele, mucosas (conjuntival, freio da língua) e esclera. As principais causas são hepatite infecciosa, hepatopatia alcoólica, hepatopatia por medicamentos, leptospirose, malária, câncer e etc. Além disso, sobre a pele, poderemos ter o albinismo, o bronzeamento de pele que pode ser artificial mas também indicativo da doença de Addison ou hemocromatose; temos o dermatografismo, que é quando a pele fica ligeiramente elevada por ter se atritado com unhas, lápis e afins. CARACTERÍSTICAEXEMPLOS UMIDADE Diminuída (seca) Desidratação Aumentada Sudorese TEXTURA Lisa Idosos Áspera Trabalho rude Enrugada Regressão de edema ESPESSURA Atrófica Idosos Hipertrófica Esclerodermia TEMPERATURA Diminuida Isquemia Aumentada Inflamação ELASTICIDADE Diminuida Desidratação Aumentada Inflamação MOBILIDADE Diminuida Cicatriz Aumentada Ehlers-Danlos TUGOR Diminuido Desidratação SENSIBILIDADE TÉRMICA Diminuida Hanseníase DOLOROSA Hipoalgesia Hanseníase Hiperalgesia Vasculopatia TÁTIL Hipoestesia Hanseníase Anestesia Hanseníase LESÕES ELEMENTARES: Para a avaliação de lesões elementares, empregam-se a inspeção e palpação; por vezes o uso de lupa pode ajudar. 1. SEM RELEVO OU ESPESSAMENTO – MÁCULAS Podem ser pigmentares do tipo acrômicas: diminuição ou ausência de melanina, observado em vitiligo, hanseníase, pitiríase alba e afins. Hipercrômicas: depende do aumento do pigmento melânico, podendo ser um melasma, manchas hipercrômicas de processo cicatrizante. Podem ser vasculares do tipo eritematosa: diferenciada de manchas hemorrágicas por desaparecerem após digitopressão, costumam ter vários tamanhos, podendo ser de sarampo, varicela, rubéola, escarlatina, sífilis e afins. Nas telangiectasias, temos dilatações dos vasos terminais, as mais comuns estão nas pernas e coxas, denominadas também de varículas ou varizes. Temos também as aranhas vasculares, ICTERÍCIA: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 normalmente localizadas no tronco e para desaparecer basta apenas fazer uma puntipressão no local mais central. Sobre as máculas hemorrágicas, não desaparecem pela compressão, diferente dos eritemas, pois é sangue extravasado. • Petéquias: puntiformes com até 1cm de diâmetro; • Víbices: quando forma uma linha; • Equimoses: quando formam placas maiores que 1cm 2. SÓLIDAS Abrange as pápulas, tubérculos, nódulos, nodosidades, gomas e vegetações. Sobre as pápulas, são superficiais, com bordas perceptíveis, podendo ser puntiforme ou plana, isolada ou coalescente, de cor normal, rósea, castanha e arroxeada. Ex: picada de inseto, leishmaniose, blastomicose, verruga, acne e hanseníase. Sobre tubérculos, é circunscrito, mole ou firme, tem cor normal ou pode ser eritematosa, acastanhada ou amarelada, observada em sífilis, tuberculose, hanseníase e tumores. Sobre nódulos, nodosidade e goma, localizada na hipoderme, perceptível na palpação, quando pequenas são nódulos, mais volumosas, nodosidades; já as gomas são nodosidades que estão amolecendo e sofrendo ulceração. Possui limites imprecisos, podem ser firmes/elásticos/moles. Pode ser furúnculo, eritema nososo, hanseníase, cisto, sífilis, cisticercose. OBS: gomas aparecem na sífilis, tuberculose e micoses profundas. Sobre as vegetações, são sólidas, alientes, lobulares, em forma de couve-flor, mole e agrupada em maior ou menor quantidade. Pode ser de sífilis, leishmaniose, condiloma acumidado, tuberculose, neoplasisas e dermatites medicamentosas. 3. LESÕES DE CONTEÚDO LÍQUIDO: São as vesículas, bolhas, pústulas, abcessos e hematoma. A vesícula tem elevação circunscrita e se diferencia da pápula é que está é uma lesão líquida. É observada na varicela, em herpes-zóster, queimaduras. A bolha é uma elevação que contem liquido e se diferencia da vesícula pelo tamanho ser superior. Encontrada nas queimaduras, alergias medicamentosas, piodermites. A pústula tem conteúdo purulento, surgindo em varicela, herpes-zóster, queimaduras, acne pustulosa. Os abcessos são coleções purulentas, de proporções variáveis, flutuantes. Quando há sinais inflamatórios, é chamado de abcesso quente. Na ausência deles, é chamado de abcesso frio. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Temos exemplo da furunculose, hidradenite, abcesso tuberculoso. O hematoma é decorrente de derrame de sangue na pele ou nos tecidos subjacentes. 4. ALTERAÇÕES DA ESPESSURA: Temos a queratose, infiltração, liquenificação, esclerose, edema e atrofias. Um exemplo de queratose é o calo, é duro, inelástico, espessamento da camada córnea. Na infiltração, o melhor exemplo é a hanseníase virchowiana. A liquenificação é um exemplo básico da estria, sendo uma área sujeita a coçaduras constantes, além de uma área arroxeada. A esclerose é o aumento da consistência da pele, sendo mais firme e pregueada entre dedos. Edema é o acumulo de liquido no espaço interstecial, pele lisa e brilhante. Já as atrofias torna também a pele lisa, translúcida, pregueada. 5. SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE: São as escamas, erosão, úlceração, fissura, rágade, crosta, escara e cicatriz. A escama é basicamente o que acontece quando nos queimamos por raios solares, são lâminas epidérmicas secas que se desprendem da superfície cutânea. A erosão é o desaparecimento da parte mais superficial da pele (epiderme), podendo ser traumatica (escoriação) ou não; ao se regenerarem-se não deixam cicatrizes. Na ulceração temos que é a perda delimitada das estruturas que constituem a pele (atinge a derme), ou seja, mais profunda. A diferença para a erosão é que deixa cicatriz. Aparece em leishmaniose, lesões malignas da pele. Já as fissuras representam uma perda de subtância linear, superfical ou profunda não causada por objeto cortante. Compremete a epiderme e derme normalmente nas dobras ou ao redor de orifícios. 6. LESÕES CADUCAS: A crosta é formação proveniente do ressecamento de uma secreção, seja ela serosa, purulenta, sanguínea. Pode ser de remoção fácil, encontrada na fase final da cicatrização. A escara é uma porção de tecido cutâneo necrosado, essa área se torna insensível, escura e separa de um tecido sadio por um sulco. Tamanho pode ser variavel, ocorrendo principalmente em imobilizados e idosos. FÂNEROS: O cabelo deve ser analisado pelos seguintes fatos: • Tipos de implantação (mais baixa em mulheres e com entradas em homens) • Distribuição = alopecia? • Quantidade (Hipertricose e hirsutismo) • Coloração • Brilho, espessura, consistência Sobre as unhas, devemos observar: • Forma; • Espessura; • Superfície; • Brilho; • Coloração; O normal é formar um ângulo menor 160º, apresentar uma curva lateral nítida, superfície lisa, brilhante, róseo avermelhada. A ocorrência de manchas brancas é chamada de leuconiquias, pode acontecer em pessoas sadias. Unhas parcialmente coladas é chamada de onicólise (unhas de Plummer), observadas no hipertireoidismo. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Já as unhas distróficas são espessadas, rugosas, com formato irregular, normalmente se dá em pessoas que trabalham descalças, portadores de isquemia crônica dos mmii ou de onicomicose. Unha paroníquias são comuns em pessoas que tem as mãos em constante contato com a água, vem de processos inflamatórios. MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS: 1. TREMORES: Movimentos mais ou menos rápidos, afetam principalmente a parte distal dos membros. Solicita-se que o paciente estenda as mãos voltadas para baixo, com dedos separados, coloca-se uma folha no dorso da mão para observar movimento ou levar um copo até a boca. Tremor de repouso: caracterizado pelo parkinsonismo, surge durante repouso e desaparece com movimentos e sono. Tremo de altitude/postura: ocorre no coma pré- hepático (insuficiência hepática), quando designado flappung ou Asterix, surge quando um membro é colocado em determinada posição. Tremor de ação: surge e se agrava quando um movimento é executado, normal de doenças cerebelares. Tremor vibratório: podesurgir no hipertireoidismo, alcoolismo e neurosífilis, porém sendo mais de origem emocional. CIRCULAÇÃO COLATERAL: É dificuldade do fluxo sanguíneo através do tronco venoso, então o sangue desvia para as colaterais, aparece um circuito venoso anormal e visível ao exame da pele. Tórax, abdome, raiz dos membros superiores, segmento cefálico são regiões onde podemos encontrar circulação colateral. EDEMA: É o acúmulo de líquido no espaço intersticial ou no interior das células. A investigação tem inicio na anamnese, perguntando tempo de duração, localização e evolução. No exame físico, temos que localizar, ver a intensidade, consistência, elasticidade da pele, temperatura da pele circunjacente, sensibilidade e outras alterações. EDEMA GENERALIZADO: Temos o aumento do ph = icc, síndrome nefrítica; Diminuição da PO = síndrome nefrótica, insuficiência hepática; Aumento da permeabilidade vascular = edema angioneurótico EDEMA LOCALIZADO Temos o aumento do ph = indicando trombose venosa profunda; Aumento da permeabilidade vascular = erisipela SINAL DE CACIFO: POSTURA: TIPO MORFOLÓGICO: Não confundir biotipo com altura. • Longilíneo: pescoço longo, tórax atrofiado, membros alongados, ângulo charpy menor que 90º, tendência a estatura elevada. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 • Mediolíneo: equilíbrio entre membros e troncos, ângulo charpy em 90º • Brevilíneo: pescoço curto e grosso, tórax alado e volumoso, membros curtos em relação a tronco, ângulo charpy maior que 90º, tendência a baixa estatura. MARCHA: O modo de andar do paciente pode indicar algumas patologias, sendo grande utilidade diagnóstica, especialmente nas afecções neurológicas. Pode ser dividida em: • Parkinsoniana; • Cerebelar; • Escarvante; • Claudicante; Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 PROFESSORA TERESA – AULA 5 Semiologia Medica – Exame Clinico/Fisico Cabeca e Pescoco CABEÇA: Vamos observar: • Tamanho e forma do crânio; • Posição e movimento; • Superfície e couro cabeludo; • Exame da face; • Exame dos olhos e supercilio; • Exame do nariz; • Exame da região bucomaxilofacial; • Exame otorrinolaringológico O normal seria classificarmos como normoencéfalo. No entanto, em recém-nascidos a cabeça predomina sobre o tronco e à medida que a criança se desenvolve isso se inverte. No paciente mais idoso, com a Doença de Paget, o tamanho do crânio pode aumentar. DOENÇA DE PAGET: Doença que impede a substituição de tecido ósseo antigo por tecido ósseo novo. A doença óssea de Paget ocorre mais comumente na pélvis, no crânio, na coluna e nas pernas. Os fatores de risco incluem envelhecimento e histórico familiar da doença. Com o tempo, os ossos afetados podem ficar frágeis e deformados. MACROCEFALIA Causa mais frequente é a hidrocefalia, como também a acromegalia e o raquitismo MICROCEFALIA Pode ser congênita, hereditária, de causa desconhecida ou devido alguma doença cerebral (toxoplasmose, encefalite viral) ACROCEFALIA Também chamado de crânio em torre, turricefalia ou hipsocefalia. Crânio alongado, apontado para cima. Sua forma mais frequente é na cranioestenose. ESCAFOCEFALIA Levantamento da parte mediana do crânio. Aspecto de casco de navio. DOLICOCEFALIA Aumento do diâmetro anteroposterior BRAQUICEFALIA Aumento do diâmetro transversal. PLAGIOCEFALIA Pode ser relacionada com a posição de dormir, de modo que haja deformidade na assimetria do crânio. Com relação à integridade do crânio, temos que nos atentar nas fraturas, abaulamentos e depressões que podem ter. Já sobre o cabelo e couro cabeludo, temos que observar alopecia ou lesões. Além disso, no exame geral da face temos que observar a simetria, fisionomia, pelos, mímica facial, além da assimetria com relação as parótidas. ALTERAÇÕES CRANIANAS: Obs: macrocefalia Obs: microcefalia TAMANHO E FORMA DO CRÂNIO: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 EXAME DOS OLHOS: Na anamnese vamos perceber que algumas afecções oculares são mais frequentes ou comuns em determinadas idades. Em recém-nascidos temos a oftalmia gonocócica neonatal (conjuntivite purulenta quase sempre bilateral) e glaucoma congênito (se manifesta com epífora, fotofobia, opacidade corneana e aumento do diâmetro da córnea. EPÍFORA: é uma perda ou alteração da drenagem normal das lágrimas pelas vias lacrimais, geralmente em consequência de um processo inflamatório ou obstrutivo. Já na infância, temos o estrabismo, a retinoblastoma e o xantogranuloma infantil. RETINOBLASTOMA: Ele é um tumor maligno embrionário, originário de células da retina, a parte do olho responsável pela visão. Pode estar presente já ao nascimento ou aparecer até os cinco anos de idade. Na adolescência, é comum que comecem os vícios de refração. A miopia tende a progredir mais na adolescência e estabilizar quando adulto. Na fase adulta, temos as dacriocistites agudas e crônicas, as conjutivites e as uveítes. Em torno dos 40 anos, surge a presbiopia, decorrente do envelhecimento do cristalino. Após os 40, surge a catarata, blefaroptose, lesões vasculares e degenerativas da retina. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 - SENSAÇÃO DE CORPO ESTRANHO: quase sempre acompanhada de dor, podendo ser pelos cílios virados para dentro, inflamação corneana, abrasão corneana e conjuntivite. - QUEIMAÇÃO E ARDÊNCIA: normalmente por conjuntivite, queratite, sono insuficiente, exposição a fumaça, poeira e Síndrome de Sjogren. SÍNDROME DE SJOGREN: A Síndrome de Sjögren (SS) é uma doença auto-imune que se caracteriza principalmente pela manifestação de secura ocular e na boca associadas à presença de auto-anticorpos ou sinais de inflamação glandular. - PRURIDO: quando muito acentuado pode estar associado com alergia; - SENSAÇÃO DE OLHO SECO: piora com o vento, ocorre na síndrome de sjogren, na conjuntivite crônica e na paralisa facial caso tenha dificuldade para fechar a pálpebra. -LACRIMEJAMENTO: conhecido como epífora, ocorre por excesso de secreção de lágrimas ou por falha no mecanismo de drenagem. - DOR OCULAR: pode ocorrer por inflamação da pálpebra, dacrioadenite, celulite orbitária, abscesso, uveíte e etc. - FOTOFOBIA; - CEFALEIA: -HEMERALOPIA E NICTALOPIA: a cegueira diurna e noturna, respectivamente - XANTOPSIA, IANTOPSIA E CLOROPSIA; - ALUCINAÇÕES VISUAIS; - DIPLOPIA - ESCOTOMA; - NISTAGMO: movimentos repetitivos rítmicos dos olhos, podendo ser causado por estrabismo, catarata, coriorretinite ou disfunção neurológica. GLOBO OCULAR E CAVIDADE ORBITÁRIA: Deve-se observar a separação das duas cavidades orbitárias. Em caso de GRANDE afastamento, teremos hipertelorismo que ocorre em anomalias congênitas. Já a microftalmia se dá em relação ao tamanho do globo ocular que aparece na rubéola congênita. Quando temos uma exoftalmia, protusão ocular, deve ser avaliada com instrumento correto. Consiste no deslocamento anterior do globo ocular, decorrente do volume orbitário. Muito frequenteno hipertireoidismo, anormalidade vascular ou processo inflamatório. APARELHO LACRIMAL: Na inspeção podemos detectar o aumento de volume da glândula podendo ser causa de uma dacrioadenites e neoplasias. Devemos observar se há epífora, presença de secreções e dor na palpação. PÁLPEBRAS: Pela inspeção, investigamos a cor, textura, posição e movimentos das pálpebras. Além disso, observamos se os cílios estão voltados para dentro (triquíase), se houve queda (madarose) ou se estão brancos (poliose). Quando a pálpebra inferior não consegue cobrir o globo ocular, surge a LAGOFTALMIA. A paralisia do músculo elevador da pálpebra superior lega a BLEFAROPTOSE. A inspeção também pode ajudar e descobrir defeitos embrionários como colobomas palpebrais, xantelasma, vitiligo, melanose. Por fim, observar a simetria, a presença de edemas, como anda a mobilidade, como está a fenda palpebral, presença de ptose palpebral e inserção de pelos. Paralisia orbicular – lagoftalmia – VII par – sinal de Bell Paralisia do elevador da pálpebra superior – III par - ptose SINAIS E SINTOMAS: EXAME FÍSICO: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Paralisia músculo de Muller – simpático – ptose CONJUNTIVA E ESCLERA: Por baixo da conjuntiva é possível observar alguns vasos chamados de vasos episclerais. A esclera normal tem cor branco-porcelana, que pode ser modificada por depósitos de pigmentos, como acontece na icterícia e melanose ocular. Sobre edema de conjuntiva, a quemose, enfisema de crepitação e hemorragia subconjuntival devem ser pesquisados. Abaixo uma foto representando uma hemorragia subconjuntival. QUEMOSE: O que seria uma quemose? É o inchaço da conjuntiva, tecido que cobre a parte interna das pálpebras e a superfície branca do olho. Quando esse quadro ocorre, o olho pode parecer que está com líquido dentro e pode, inclusive, haver dificuldade em fechá-lo. CÓRNEA: Primeiro deve se avaliar o tamanho. Megalocónea pode surgerir um glaucoma congênito, enquanto a microcórnea faz pensar em rubéola. Observamos a opacificação devido a catarata, irregularidades provocadas por corpo estranho e a sensibilidade. PUPILA: Observamos a cor e desvios. Devemos esperar que as pupilas sejam redondas e de igual tamanho, no entanto em 25% da população é observado pupilas de tamanho diferentes = ANISOCORIA. Além disso, avaliar um estado de miose (contração da pupila) ou estado de midríase (dilatação da pupila). O exame de reflexo pupilar à luz é feito da seguinte forma: Iluminamos uniformemente a face do paciente, fazendo incidir um feixe sobre um dos olhos. A pupila normal contrai de forma rápida, caracterizando o reflexo fotomotor direto, além disso, a pupila do outro olho deve se contrai simultaneamente e na mesma intensidade, mesmo que a luz não esteja sobre ela, isso chamamos de reflexo fotomotor indireto ou consensual. Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 EXAME DOS OUVIDOS: Em relação aos sinais e sintomas da doença, podemos observar por meio da anamnese: - OTALGIA: dor no ouvido; - OTORREIA: saída de líquidos pelo ouvido, que pode ser água, serosos, mucosos, purulentos ou sanguinolentos; - OTORRAGIA: decorre de traumatismos do meato acústico externo no ato de coçar, na ruptura da membrana do tímpano; - PRURIDO; - DISTÚRBIOS DE AUDIÇÃO: disacusia significa perda da capacidade auditiva, podendo ser leve ou moderada (hipoacusia), acentuada (surdez) ou total (acusia ou cofose). - ZUMBIDOS; - VERTIGEM. Basicamente consiste em: inspeção, palpação e ostoscopia. INSPEÇÃO: possibilita reconhecer os processos inflamatórios e neoplásicos do pavilhão da orelha, cistos, fístulas congênitas (Coloboma), edema, pólipos, secreções e corpos estranhos. Além disso, avalia-se o tamanho e forma. PALPAÇÃO: comprova pontos dolorosos, pode revelar também reações linfonodais periauriculares. Nessa fase podemos avaliar uma otite externa/mastoidites. OTOSCOPIA: por intermédio de um espéculo auricular, examina-se o tímpano e sua membrana e verifica-se um triangulo luminoso formado pela reflexão dos raios luminosos. EXAME DO NARIZ: Vamos avaliar possíveis deformidades que associem com doenças como: NARIZ EM SELA: sífilis; NARIZ ALARGADO: hanseníase; FOCINHO DE ANTA: leishmaniose E quais são os sinais e sintomas que o paciente pode vim a apresentar: - OBSTRUÇÃO NASAL; - RINORREIA: é quando fora a epistaxe (corrimento sanguíneo) temos uma hipersecreção serosa ou seromucosa, mucopurulenta, purulenta. - ESPIRRO; - ALTERAÇÕES DE OLFATO: hiposmia ou anosmia, ozena, hiperosmia, cacosmia; - DOR; - ALTERAÇÕES NA FONAÇÃO: voz anasalada ou rinolalia; - DISPNEIA; - RONCO Na INSPEÇÃO podemos notar diferentes tipos de nariz: nariz reto, grego, aquilino e arrebitado. Possibilita também reconhecer as deformações de origem traumática (fraturas) ou decorrentes de destruição das cartilagens nasais. • Goma sifílica: provoca o nariz em sela com sua depressão em base; • Leishmaniose: pode destruir as narinas, lábio superior e pirâmide nasal, com aspecto de focinho de anta; • Hanseníase: aspecto leonino; • Hipotireoidismo: infiltração mixedematosa difusa; • Hipertrofia de vegetações adenoides: fácies adenoides devido uma respiração bucal permamente, com boca entreaberta, lábio superior levantado, fisionomina inexpressiva; • Rinoscleroma: infiltração hipertrófica e densa na mucosa nasal; EXAME FÍSICO: EXAME FÍSICO: Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657 6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 Já na PALPAÇÃO podemos reconhecer as crepitações e desnivelamentos, assim como volume e consistência de tumorações e pontos dolorosos, podendo ser traço de uma sinusite. Já na RINOSCOPIA, devemos colocar a cabeça para trás de forma inclinada para uma boa iluminação. Avaliar as mucosas que normalmente são avermelhadas, úmidas. A presença de secreção é importante para o diagnóstico. Avaliar o septo e eventuais estruturas anormais como crostas, pólipos, neoplasias, corpo estranho. EXAME DA CAVIDADE ORAL E LARINGE: Em sinais e sintomas podemos ter dor de garganta, dispneia, disfalgia, tosse e halitose. A faringocospia é o exame realizado na cavidade bucal. Normalmente, utiliza-se um abaixador de língua para examinar a orofaringe. Lembrar que o abaixador nunca deve ir para o terço posterior da língua, pois irá despertar o reflexo nauseoso. A finalidade desse exame é avaliar as amigdalas que podem ser: pediculadas, hiperplásicas, atróficas, intravélicas. Além de observar os tipos anatômicos, observamos possíveis exsudatos purulentos ou massas caseosas em direção à cavidade faríngea. Logo após, procuramos perturbações da motilidade do véu palatino (hora de pedir ao paciente para falar “aaaaa”). Se observamos uma paralisia do véu pela ausência de elevação, possivelmente teremos uma voz anasalada. Para finalizar temos a pesquisa dos linfonodos de cabeça e pescoço. Após isso, vamos para laringe... É realizado por intermédio da laringoscopia, com o espelho e a luz é possível observar as cordas vocais (coloração branca) que fica nitidamente perceptível na mucosa rósea da laringe. Na inspiração as pregas se afastam e durante a fonação (pedir para falar um i ou e) aproximam-se ao mesmo tempo que a epiglote levanta. Essa seria a laringoscopia indireta. A laringoscopia direta, consiste em introduzir um tubo no interior da laringe através da faringe, com paciente em decúbito dorsal, cabeça