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Apostila de Semiologia - Medbulandia

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@ m e d i b u l a n d i a
Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657
 
1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR DAVI – AULA 1 
Semiologia Medica – Anamnese 
- Parte 1 -
É o estudo dos sinais e sintomas, sendo: 
Sinais = manifestações objetivas (sendo um exemplo um 
paciente mancando, visto que você identifica rapidamente); 
Sintomas = manifestações subjetivas (sendo um exemplo um 
paciente com queixa de dor abdominal, você não vê aquela dor); 
O conjunto deles forma o que chamamos de síndromes clínicas. 
1. Inspeção; 
2. Palpação; 
3. Percussão; 
4. Ausculta; 
O exame clínico é realizado pela junção da anamnese + exame 
físico. Então, o diagnóstico vai ser dado com base no resultado 
de ambos. 
Cumprimente-se (com bom dia, boa tarde), apresente-se (eu 
sou fulano), motivo de estar lá (eu vou te atender), tempo e 
permissão (você permite que eu faça isso? Tudo bem para 
você). 
Uma anamnese ativa é quando o paciente tem uma facilidade 
maior em descrever o caso, a passiva é quando o médico ajuda 
guiando sem sugestão, no fim existe a mista. 
É de extrema importância não tendenciar as perguntas, como: 
Essa dor você sente em que hora do dia? 
Essa dor você sente pela manhã? 
1. Identificação do paciente; 
2. Queixa Principal (QP); 
3. História da Doença Atual (HDA); 
4. Interrogatório Sistemático (onde pergunta sistema 
por sistema); 
5. Antecedentes Pessoais Fisiológicos (condições de 
crescimento, nascimento da pessoa, infância...); 
6. Antecedentes Pessoais Patológicos (você possui outra 
doença?) 
7. Antecedentes Familiares (alguma doença na família) 
8. Antecedentes Sociais (bebe? fuma? droga? atividade 
física? renda familiar? viagens recentes? 
IDENTIFICAÇÃO: 
Perguntar sobre: 
1. Nome Completo; 
2. Idade; 
3. Sexo; 
4. Etnia; 
5. Estado Civil; 
6. Profissão; 
7. Naturalidade; 
8. Procedência; 
9. Religião; 
OBS: é bom perguntar naturalidade e procedência pois em um 
exemplo a pessoa pode morar/proceder em joão pessoa, mas 
ter nascido em patos; sobre a profissão, se o paciente relata ser 
aposentado é de importância perguntar qual a profissão que 
estava antes, visto que pode influenciar como a pessoa se sente 
questiona na queixa. 
QUEIXA PRINCIPAL - QP: 
- Principal motivo, o + importante para a procura do médico, 
chamado de sintoma guia; 
- Anotar as palavras do próprio paciente sem aspas; 
- Outros sintomas deixar em outro local; 
- Incluir a duração da QP (tempo) e depois mais na frente 
destrinchar essa dor; 
- Evitar termos diagnósticos na QP; 
EX: dor nas juntas há 10 dias, tosse há um mês... 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL – HDA: 
O médico precisa mostrar facilitação com uma postura/ação 
que encoraje o paciente a destrinchar mais a história; 
considerar e refletir sobre as palavras que mais se repetem; 
TÉCNICAS BÁSICAS DO EXAME FÍSICO: 
ANTES DE COMEÇAR A ANAMNESE: 
 
ANAMNESE: 
 
COMPOSIÇÃO DA ANAMNESE: 
 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
- DETALHAMENTO QUE MOTIVOU A INTERNAÇÃO: 
Início = quando (data), como (de modo súbito ou gradual?), 
porque (fatores que desencadearam, como numa ressaca se foi 
em um show no dia anterior); 
Duração = É contínuo? Recorrente? Intermitente? 
- CARACTERÍSTICAS DO SINTOMA QUANDO COMEÇOU: 
Definindo a localização, intensidade, se tem relação da queixa 
com outras funções do organismo; 
- EVOLUÇÃO: 
Registro de como evoluiu a queixa = se começou como uma dor 
por uma queda, se foi para upa, pediu ajuda, se foi a médicos, 
quais medicamentos toma ou tomou, quais exames feitos... 
- RELAÇÃO COM OUTRAS QUEIXAS; 
- RELAÇÃO DO SISTEMA ATUAL; 
• Qualidade e tipo da dor; 
• Localização da queixa; 
• Irradiação da queixa (migração é diferente); 
• Intensidade (de 0 a 10); 
• Curso; 
• Progressão; 
• Fatores que melhoram ou pioram o sintoma; 
• Sintomas associados (diarreia, febre?); 
• Efeitos de tratamento (medicamentos? exames?) 
• Repercussão (grau leve ou grave e se teve alguma 
alteração dos hábitos atuais); 
Na HDA é quando podemos utilizar termos mais técnicos; 
É preciso que ocorra descrição cronológica dos eventos; 
Evitar perguntas sugestivas; 
Fazer perguntas acessíveis com atenção e respeito. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO SINTOMAS: 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR PAULO – AULA 2 
Semiologia Medica - Anamnese 
- Parte 2 - 
 
INTERROGATÓRIO SISTEMATOLÓGICO: 
É sinônimo de revisão dos sistemas que na verdade é um 
complemento da HDA. Documenta a existência ou ausência de 
sintomas comuns relacionados com cada um dos principais 
sistemas corporais. 
Pode-se dizer mesmo que este só estará concluído quando um 
interrogatório sintomatológico abre todos os sistemas. A 
principal utilidade reside no fato de permitir ao médico levantar 
possibilidades e reconhecer enfermidades que não guardam 
relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA. 
É nesse momento que se origina a suspeita diagnóstica mais 
importante e avaliamos a promoção das prática de saúde (no 
entanto, melhor perguntar sobre a promoção ao final do 
interrogatório ao invés do final a cada sistema para não ficar 
cansativo e longo). 
A única maneira de realizar uma boa anamnese (IS) é seguir 
um roteiro dirigido que abranja vários sistemas do organismo 
e o estudante DEVE E PRECISA registrar os sintomas presentes 
e os NEGADOS pelo paciente. 
Precisamos negativar pelo menos 3 coisas de cada sistema: 
• Nega halitose, nega sialorreia, nega trismo 
Toda queixa positiva deve ser interrogada diretamente: 
Em como se deu seu início; 
Quais são as características do sintoma; 
Fatores que melhoram ou pioram; 
Se tem relação com outras queixas; 
Como esse sintoma evolui ao longo do tempo; 
Qual a situação atual e o sintoma presente agora. 
SINTOMAS GERAIS: 
• Febre; 
• Astenia = sensação de fraqueza; 
• Alterações de peso; 
o Especificar perda ou ganho de peso; 
o Quantos quilos; 
o Intervalo de tempo e motivo 
• Sudorese (generalizada ou localizada); 
• Calafrios; 
• Câimbras; 
o Parte do corpo; 
o Fatores de melhora; 
o Surgimento; 
o Frequência; 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
PELE E FÂNEROS: 
• Alteração da pele na cor, textura, temperatura 
(cianose ou palidez, relacionando com frieza), 
sensibilidade, prurido e lesões; 
o Cianose; 
o Palidez; 
o Icterícia; 
o Hiperemia; 
o Hipercromia; 
o Hipocromia: ausência de cor em alguma 
parte do corpo 
• Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, 
alterações nas unhas; 
• Hirsustismo: distribuição masculina de pelos na 
mulher; 
• Hipertricose: desenvolvimento exagerado de pelos 
pelo corpo; 
• Alopecia: é a perda de cabelo em áreas em que 
normalmente ele deveria crescer. 
CABEÇA, PESCOÇO E FACE: 
• Dor; 
• Alterações na dor, tumorações, alteração de 
movimento e pulsações anormais. 
OLHOS: 
• Dor ocular e cefaleia: normalmente bem localizada 
pelo paciente ou de localização imprecisa no globo 
ocular. 
• Sensação de corpo estranho (areia): quase sempre 
acompanhada de cor; 
• Prurido; 
• Queimação ou ardência: acompanha ou não da 
sensação dolorosa; 
• Lacrimejamento: é a eliminação independente de 
choro (A quantidade que sair é normal? Está seco? 
Melhor de se observar em crianças, pelo choro). 
• Sensação de olho seco 
• Xantopsia, Iantopsia e Cloropsia: visão amarelada, 
violeta e verde (pode acontecer por uso de 
medicamentos em dosagens não corretas – digoxina) 
• Diminuição ou perda da visão (catarata); 
o Uni ou bilateral; 
o Súbita ouem extensão. O exame precede de uma anestesia local 
por nebulização com xilocaína. 
A laringoscopia direta é muito utilizada para facilitar a intubação 
traqueal, utilizada em procedimentos de urgência. 
 
EXAMES DOS LINFONODOS: 
Vamos avaliar: 
• A localização; 
• O tamanho; 
• A consistência; 
• A mobilidade; 
• A sensibilidade; 
• Alterações na pele (edema, calor, rubor, fístula) 
Nisso tudo precisamos avaliar o qual grande pode ser! Seria 
patológico? A consistência é mole? Dura? Sabemos que ser 
mole é um melhor diagnóstico. 
Sobre a mobilidade, melhor que se mova, caso contrário muito 
provável ser uma neoplasia maligna. Há sensibilidade? Dor no 
local? 
SOBRE ADENOMEGALIA: 
• Generalizada: linfomas, colagenoses, tuberculose e 
sífilis; 
• Localizadas: processos infecciosos locais (ouvido 
inflamado por exemplo?) 
EXAME FÍSICO DA CAVIDADE BUCAL: 
EXAME FÍSICO DA LARINGE: 
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7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
EXAME DA TIREÓIDE: 
Avaliar hipersensibilidade, consistência e presença de nódulos. 
Inspeção - observar presença de aumento da glândula (bócio), 
tentando definir se é difuso ou localizado. 
 
Palpação - Abordagem posterior → paciente sentado e o 
examinador de pé atrás dele; as mãos e os dedos rodeiam o 
pescoço, com os polegares fixos na nuca e as pontas dos 
indicadores e médios quase a se tocarem na linha mediana; o 
lobo direito é palpado pelos dedos da mão esquerda, enquanto 
os dedos da outra mão afastam o esternocleidomastóideo; para 
o lobo esquerdo as coisas se invertem. 
 
 
 
Abordagem anterior → paciente sentado ou de pé e o 
examinador sentado ou de pé, postado à sua frente; são os 
polegares que palpam a glândula, enquanto os outros dedos 
apoiam-se nas regiões supraclaviculares; flexão do pescoço 
ajuda por causa do relaxamento do músculo 
esternocleidomastóideo. 
 
Ao fazer a palpação, solicitar ao paciente que realize 
deglutições, o que permite caracterizar melhor os contornos e 
limites da glândula, pois a tireoide se eleva durante o ato de 
deglutir. 
Ausculta - avaliar presença de sopros sobre a tireoide. 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA SUELLY – AULA 6 
Semiologia Medica – Sindromes Sistemicas 
 
SÍNDROME FEBRIL: 
A febre nada mais é que a temperatura acima da faixa da 
normalidade; já a hipotermia seria a temperatura abaixo 
da normalidade, enquanto a hipertermia seria a 
síndrome provocada por exposição excessiva ao calor 
com desidratação, perda de eletrólitos e falência dos 
mecanismos termorreguladores corporais. 
 VALORES NORMAIS: 
Temperatura axilar = 35,5-37ºC 
Temperatura bucal = 36-37,4ºC 
Temperatura retal = 36-37,5ºC 
 CLASSIFICAÇÃO: 
Febre leve (com base na temperatura axilar) = até 38ºC 
Febre moderada (com base na temperatura axilar) = 38 
a 39ºC 
Febre alta (com base na temperatura axilar) = acima de 
39ºC 
Hiperpirexia > 41ºC 
OK E QUAL SERIA A DIFERENÇA ENTRE UMA 
HIPERTERMIA E UMA HIPERPIREXIA? 
A hipertermia pode acontecer por uma exposição 
excessiva, normalmente caracterizada por ser menos 
grave que a hiperpirexia, sendo um estágio anterior. 
 CAUSAS DA FEBRE: 
Infecções por bactérias, vírus, fungos, protozoários; 
• Lesões mecânicas por processos cirúrgicos ou 
esmagamentos; 
• Neoplasias malignas como linfoma, leucemia, 
carcinomas; 
• Afecções vasculares como infarto do 
miocárdio, hemorragia ou trombose venosa; 
• Doenças do sistema nervoso central por lesão 
de medula ou grandes hemorragias; 
• Distúrbios dos mecanismos imunitários ou 
doenças imunológicas. 
PARTINDO PARA ANAMNESE E EXAME FÍSICO O QUE 
SE OBSERVA? 
Observamos: 
• Febre; 
• Calafrios; 
• Sudorese; 
• Astenia; 
• Inapetência; 
• Náuseas e vômitos; 
• Cefaleia; 
• Mialgia; 
• Artralgia; 
• Oligúria 
Observamos: 
• Temperatura elevada; 
• Taquicardia; 
• Taquipneia; 
• Sudorese; 
• Vômitos; 
• Delírio; 
• Confusão mental; 
• Convulsões. 
 CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS DA FEBRE: 
Nos atentarmos em pergunta como surgiu essa febre: 
1. Se foi de forma súbita ou gradual; 
2. Qual sua intensidade? De 0 a 10? 
3. Qual a duração? Curta ou prolongada; 
4. Qual foi seu modo de evolução; 
5. Seu término aconteceu em crise ou em lise. 
O que seria terminar em crise? De forma súbita. O que 
seria terminar em lise? De forma lenta. 
FEBRE DE CURTA DURAÇÃO: mais frequente em 
viroses, pode aguardar alguns dias, na expectativa de 
surgir alguma manifestação que permita localizar sua 
origem. 
ANAMNESE: 
EXAME FÍSICO: 
RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO: 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
FEBRE PROLONGADA: quando a febre ultrapassa a 1 
semana devemos pensar em doenças como: 
tuberculose, linfoma, malária, endocardite infecciosa, 
pielonefrite, febre tifoide, doença de chagas aguda, 
colagenose. 
SÍNDROME EDEMEIGÊNICA: 
Um edema é o excesso de líquido acumulado no espaço 
intersticial ou no interior das próprias células. 
 FISIOLOGIA DO EDEMA: 
O balanço de forças faz com que aconteça uma 
permanente circulação de líquido intersticial em torno 
dos capilares. 
Dessa forma, a produção de aldosterona regula a 
retenção de sódio no rim e a eliminação de potássio. A 
aldosterona provoca, por sua vez, a produção do 
hormônio antidiurético. 
 CAUSAS DO EDEMA: 
• Síndrome nefrítica; 
• Síndrome nefrótica; 
• Insuficiência cardíaca; 
• Cirrose hepática; 
• Desnutrição proteica; 
• Processos alérgicos; 
• Pielonefrite; 
• Gravidez; 
• Toxemia gravídica; 
• Edema pré-menstrual; 
• Obesidade; 
• Hipotireoidismo; 
• Medicamentos 
LOCALIZADAS: varizes, flebites e trombose venosa, 
processos inflamatórios, afecções dos linfáticos, 
postura. 
PARTINDO PARA ANAMNESE E EXAME FÍSICO O QUE 
SE OBSERVA? 
Observamos: 
• O tempo de duração desse edema; 
• Localização do edema; 
• Como se deu a evolução do edema; 
• Quais sintomas associados ao edema ou ao 
local do edema o paciente pode sentir. 
Como a queimação nos pés, por exemplo. 
Observamos: 
• Sobre a localização e distrubuição: é 
generalizado ou localizado? Onde? 
• Intensidade do edema em cruzes: +/até 4+ 
• Consistência: mole e duro; 
• Presença do sinal do cacifo: +/4+ 
• Temperatura da pele: frio, quente, normal; 
• Sensibilidade da pele: doloroso, indolor; 
• Coloração: branco ou avermelhado; 
Outras alterações: na pele local ou em torno do edema, 
podemos ter úlceras, lesões, hiperpigmentação, 
atrofias, cor, textura e espessura. 
 LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO: 
Sobre a localização e distribuição, podemos ter um 
edema de face, palpebral ou de membros. Caso seja 
generalizado chamamos de ANASARCA. Ao avaliarmos 
precisamos dizer se é bilateral e em caso de membro 
especificar. 
 INTENSIDADE E CONSISTÊNCIA: 
 
EDEMA MOLE: facilmente depressível e retenção hídrica 
não é de longa duração. 
EDEMA DURO: maior resistência para obter o sinal de 
cacifo, possui uma proliferação fibroblástica: edema de 
longa duração ou que acompanhou repetidos surtos 
inflamatórios. 
 ELASTICIDADE: 
Um edema elástico não tem um cacifoque perdure 
muito, a pele retorna imediatamente à sua situação 
normal. 
Num edema inelástico, o cacifo persiste por mais tempo. 
ANAMNESE: 
EXAME FÍSICO: 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 VARIAÇÕES: 
EDEMA INFLAMATÓRIO: é localizado, mole, elástico, 
doloroso, com pele vermelha e quente; 
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA: edema de toda a 
perna, ou desde a raix da coxa, com cor mais escura de 
todo membro; temos hipertermia regional, febre, 
sensação de aperto ou peso em todo segmento 
comprometido; 
EDEMA VARICOSO DOS MMII: mole quando no início ou 
duro se for mais antigo, inelástico, com pele de 
tonalidade escuro, espessa e grosseira. 
EDEMA RENAL: acontece de forma generalizada, facial 
(bipalpebral), mole, inelástico, indolor, com pele em 
temperatura normal. 
DESNUTRIÇÃO GRAVE: acontece de forma generalizada, 
mole, no início do MMII, inelástico, indolor, discreto. 
CIRROSE HEPÁTICA: acontece de forma generalizada, 
de modo discreto +/++, ascite concomitante, MMII, 
edema maleolar, mole, inelástico, indolor. 
EDEMA CARDÍACO: intensidade variada, mole, 
inelástico, indolor, com pele lisa e brilhante. 
 EDEMA LINFÁTICO E ELEFANTÍASE: 
O edema linfático – instalação insidiosa, inicia pela 
extremidade do membro afetado, ascende em meses ou 
anos. É duro, não depressível, frio, leva à deformidade do 
membro e não diminui substancialmente com o repouso 
e elevação do membro. 
O edema de longa duração produz hiperqueratose da 
pele e lesões verrucosas que caracterizam a 
elefantíase. 
SÍNDROME CONSUMPTIVA: 
A perda de peso é causa de internação hospitalar, 
podendo fazer parte do quadro clínico de doenças 
sistêmicas avançadas. 
Pode simbolizar primeiro sintoma de malignidade ou 
manifestação de doenças psiquiátricas. Independente 
da causa de base, há correlação entre perda de peso e 
aumento da morbimortalidade. 
A perda de peso significativa pode ser definida como 
perda maior que 5% do peso habitual no período de 6 a 12 
meses. 
• Magreza: é estar abaixo do peso mínimo normal, 
não significa subnutrição; equivale a redução do 
peso em 10-15% do valor padronizado em função 
do sexo, idade e estatura. 
• Patológica: pode ser consequência de diabetes, 
tuberculose, hipertireoidismo, neoplasia, 
anorexia nervosa, ingesta insuficiente; 
• Constitucional: traço genético. 
A CAQUEXIA é a extrema magreza com 
comprometimento do estado geral. 
As doenças consumptivas costumam ser: tuberculose, 
cirrose, desnutrição, neoplasia maligna e AIDS. 
 CLASSIFICAÇÃO E CAUSA DA PERDA DE PESO: 
Perda de peso involuntária com o aumento de apetite; 
Aumento do gasto energético ou perda de calorias pelas 
fezes ou urina; 
Quantidade de calorias ingeridas é insuficiente para 
suprir o déficit energético. 
Essa perda pode ser -> por hipertireoidismo, diabetes 
mellitus descompensado, síndrome de má absorção, 
feocromocitoma, aumento da atividade física, fatores 
econômicos. 
• DOENÇAS CRÔNICAS ACOMETIDAS: 
cardiopatia, pneumopatia, doenças renal, 
doenças neurológicas. 
• DOENÇAS INFECCIOSAS ACOMETIDAS: 
tuberculose, infecção fúngica, doenças 
parasitárias, endocardite bacteriana subaguda, 
HIV. 
Além disso, pode acontecer por doenças 
gastrointestinais, psiquiátricas, uso de drogas e álcool, 
medicamentos e isolamento social. 
 ANOREXIA FISIOLÓGICA DA IDADE: 
A regulação do apetite sofre alterações com o 
envelhecimento; homens atigem o máximo corporal aos 
40 e as mulheres aos 50 anos. 
Ocorre por progressiva perda de massa magra nas 
extremidades e estoque de gordura central, atrofia 
gordurosa gera aparência caquética. 
Acontece declínio natural do paladas e olfato, além de 
poder ocorrer distúrbios de visão e cognição no idoso 
que contribui na diminuição de ingesta. 
PARTINDO PARA ANAMNESE E EXAME FÍSICO O QUE 
SE OBSERVA? 
 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Observamos: 
• Quando começou? Quanto tempo está assim? 
• Qual padrão da perda de peso? 
• Foi algo voluntário ou involuntário? 
• Como está seu apetite? 
• Tem feito atividade física? 
• Saber condição socioeconômica; 
• Uso de medicamentos? 
Observamos os 9D’s de Robbins: 
• Dentição (alteração na cavidade oral?); 
• Disfagia; 
• Distúrbio do paladar (disgeusia); 
• Diarreia; 
• Depressão; 
• Doença crônica; 
• Demência; 
• Disfunção (física, cognitiva e psicossocial) ou 
dependência; 
• Drogas. 
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA PERDA DE PESO: 
M E A L S ON W H E E L S 
MEDICATION: medicamentos; 
EMOTIONAL PROBLEMS: problemas emocionais como 
depressão; 
ANOREXIA: nervosa ou devido alcoolismo; 
LATE LIFE: paranoia; 
SWALLOWING: deglutição; 
ORAL FACTORS: fatores orais; 
NO MONEY: problemas financeiros; 
WANDERING: comportamentos alterados; 
HIPER/HIPO: tireoidismo, hipoadrenalismo, 
hiperadrenalismo; 
ENTERIC PROBLEMS: problemas entéricos; 
EATING: problemas para se alimentar sozinho; 
LOW SALT, LOW CHOLESTEROL: dieta sem gordura e sal; 
STONES, SOCIAL PROBLEMS: problemas sociais 
 NA PROPEDÊUTICA: 
Checamos os sinais vitais, medidas, pele, cavidade oral, 
tireóide, palpa os linfonodos. 
Fazemos a propedêutica cardiovascular, respiratória e 
abdominal. Pode ser feito um toque retal, exame 
neurológico, mini exame do estado mental e o grau de 
dependência nas atividades diárias. 
Observamos anorexia, astenia, emagrecimento, 
caquexia, fadiga, cabelos, unhas, peles fracos e 
quebradiços, panículo adiposo escasso, pele seca e 
rugosa. 
 
 
 
 
ANAMNESE: 
EXAME FÍSICO: 
Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657
 
1 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR DAVI – AULA 08 
Semiologia Medica – Exame Fisico do 
Sistema Respiratorio 
PONTOS ANATÕMICOS: 
• Os ápices pulmonares ultrapassam 3-4cm da 
borda superior da clavícula. 
• Ângulo de Louis: é uma saliência transversal 
entre a junção do manúbrio com o corpo do 
esterno, corresponde a articulação da 2º 
costela → corresponde ao ponto da bifurcação 
da traqueia e do ponto mais da aorta. 
• Ângulo de Charpy: formado pelos dois rebordos 
costais. Ele vai servir para definir o biotipo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSPEÇÃO: LINHAS E REGIÕES TORÁCICAS 
REGIÃO ANTERIOR 
 LINHA VERTICAL: 
• Linha médio-esternal: no meio do esterno, 
limitando os dois hemitórax. 
• Linha esternal: passam pelas bordas laterais do 
esterno, do lado direito e esquerdo. 
• Linha paraesternal: é equidistante entre a 
esternal e a hemiclavicular. 
• Linha hemiclavicular: = “linha mamilar”. Traçada 
a partir do ponto mediano da clavícula. 
 LINHAS HORIZONTAIS: 
• Linhas claviculares (superiores e inferiores): 
estão nas duas bordas das clavículas. 
• Linhas das 3º e 6º articulações: passam pela 
junção da 3º e 6º articulações condroesternais; 
Existe a direita e a esquerda. 
 REGIÕES ANTERIORES: 
• Região supraclavicular (direita e esquerda): 
limitada pela borda do músculo trapézio, pela 
linha clavicular superior e pela esternal 
(prolongamento cervical). 
• Região clavicular (direita e esquerda): projeção 
superficial da clavícula.• Região infraclavicular (direita e esquerda): é 
limitada pela linha clavicular inferior, pela 
borda anterior do M. deltoide, pela linha da 3º 
articulação e pela linha esternal. 
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2 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
• Região mamária (direita e esquerda): é limitada 
pela linha da 3º articulação, pela linha axilar 
anterior, pela linha da 6º articulação e pela linha 
esternal. 
 
• Região inframamária (direita e esquerda): 
limitada pela 6º articulação, pela linha axilar 
anterior e pela arcada costal. 
• Região supra-esternal: limitada pela laringe, 
pela fúrcula esternal e pelas bordas inferiores 
internas dos Mm. Esternocleidomastóideos. 
• Região esternal superior: limitada pela fúrcula 
esternal, pela linha da 3º articulação e pelas 
linhas esternais. 
• Região esternal inferior: projeção da superfície 
do esterno, abaixo da linha da 3º articulação. 
 
LINHAS E REGIÕES TORÁCICAS LATERAIS: 
Linhas axilares: 
• Linha axilar anterior: sai da prega anterior da 
axila. Separa a região anterior da lateral do 
tórax. 
• Linha axilar média: é equidistante entre as 
linhas axilares 
• Linha axilar posterior: sai da prega posterior da 
axila. E separa a região lateral da posterior. 
Regiões axilares: 
• Região axilar (direita e esquerda): é limitada 
pelo côncavo da axilar, pela linha axilar 
anterior, pela linha axilar posterior e pela linha 
da 6º articulação. 
• Região infra-axilar (direita e esquerda): é 
limitada pela linha da 6º articulação, pela linha 
axilar anterior, pela linha axilar posterior e pela 
arcada costal. 
 
 
INSPEÇÃO: LINHAS E REGIÕES TORÁCICAS 
TÓRAX POSTERIOR: 
Linhas verticais: 
• Linha escapular: ela acompanha toda a borda 
medial da escápula; paciente com membros 
pendentes. 
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3 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
• Linha paravertebral: é tangente à borda lateral 
das vértebras. 
• Linha vertebral: passa pelos processos 
espinhosos das vértebras dorsais. 
Linha horizontal: 
• Linha escapular: passa pelas bordas (superior e 
inferior) da escápula. 
Regiões posteriores: 
• Região supra-escapular (direita e esquerda): 
limitada pela borda superior do trapézio, pela 
linha escapular superior e pela linha vertebral. 
• Região supra-espinal (direita e esquerda): = 
fossa supra espinal. 
• Região infra-espinal: = projeção superficial da 
escápula, abaixo da sua espinha. 
• Região interescapulovertebral: entre a borda 
interna da escápula e linha médioespinhal. 
• Região infra-escapular (direita e esquerda): 
limitada pela linha escapular inferior, pela linha 
axilar posterior, pela borda inferior do tórax e 
linha vertebral. 
 
 
EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO: 
---------INSPEÇÃO:--------- 
Estática: 
Forma do tórax: podemos encontrar normal ou 
patológica (tonel/globoso, cifótico/cifoescoliótico, 
infudibuliforme, cariniforme/piriforme, achatado) 
OBS.: globoso → enfisematoso 
OBS. 2: achatado → raquitismo 
 
• Condições das partes moles e ósseas: 
cicatrizes, atrofia, edema, circulação colateral. 
• Abaulamentos e retrações 
• Erupções cutâneas 
• Ginecomastia 
• Circulação colateral 
• Cor do paciente (cianose/palidez): cianose = 
sinal tardio de insuficiência respiratória. 
• Hipocrastismo digital (= baqueteamento digital): 
falanges distais dos dedos das mãos e dos pés 
ficam mais largas lateralmente + unhas em 
“vidro de relógio”. 
 
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4 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
Dinâmica: 
• Movimentos respiratórios: Frequência 
(dispneia, ortopneia, taquipneia, bradipneia, 
trepopneia, platipneia, apneia) e sincronia. 
OBS. Normal → 12 – 20 irpm 
OBS.2: trepopneia → derrame pleura; platipneia → 
hipovolemia, síndrome hepatopulmonar, mixoma atrial. 
 ALTERAÇÕES DO RITMO: 
Cheyne-Stokes: pausa de apneia, seguidas de 
movimentos respiratórios que vão crescendo 
gradativamente para diminuírem aos poucos. → 
insuficiência cardíaca, tumores cerebrais, intoxicação 
por morfina e fisiológica em crianças e idosos. 
Biot: é irregular, com pausas de apneia aleatórias → 
meningites, lesões bulbares, corresponde a grave 
sofrimento cerebral. 
Kussmaul: respirações profundas e ruidosas seguidas 
de pausas e expirações breves e rápidas, corresponde a 
acidose metabólica. 
 
 
• Retrações inspiratórias: tiragem e sinal de 
hoover. 
• Uso de musculatura acessória. 
---------PALPAÇÃO:--------- 
Condições das partes moles e arcabouço ósseo, 
sensibilidade, enfisema subcutâneo, contratura e 
atrofia muscular, calos ósseos. 
• Expansibilidade torácica (manobra de Ruault → 
em cima e Lasegue → nas laterais) 
 
 
 
 
• Frêmito tóraco vocal (FTV): é mais intenso no 
hemitórax direito; é melhor transmitido em 
meio sólido; depende da permeabilidade das 
vias aéreas. 
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5 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
FTV diminuído: obstrução brônquica e barreira 
FTV aumentado: condensação 
É pesquisado em 7 pontos posteriores e 6 anteriores. 
 
 
 
• Frêmito brônquico 
• Frêmito pleural 
• Gânglios. 
---------PERCUSSÃO:--------- 
É feita nos mesmos pontos do FTV. O som Claro 
pulmonar: é o som normal. 
• Maciço: ausência de ar ou algo denso no local, é 
curto e + seco. Ex.: derrame pleural. 
Macicez hepática: 5° EIE 
Macicez cardíaca: 3° EIE 
• Timpânico: presença de ar 
• Submaciço: é curto e seco. Pode ser visto em 
pacientes com DPOC, supuração, neoplasias. 
 
 
 
 
 
 
 
---------AUSCULTA:--------- 
Sons da respiração: som traqueal, som bronquial, som 
broncovesicular e murmúrio vesicular. 
OBS.: o murmúrio vesicular → suave, sem pausa entre a 
inspiração e expiração, insp. > exp. 
Se está diminuído ou ausente, é quando há diminuição da 
ventilação pulmonar ou barreira. A ausculta pulmonar é 
feita nos mesmos 7 e 6 pontos. 
 
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6 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
 
 RUIDOS ADVENTÍCIOS: 
Contínuos: é o mecanismo da passagem de ar por vias 
aéreas muito estreitas faz vibrar suas paredes. Seu 
aparecimento depende apenas da velocidade do ar. 
Podendo ser na inspiração ou expiração. 
1. Roncos: sons graves, semelhante ao roncar ou 
ressonar das pessoas. 
OBS.: são predominantes na inspiração. 
OBS.2: podem sugerir secreção nas vias aéreas. 
2. Sibilos: sons agudos, semelhantes ao assobio 
ou chiado. 
OBS.: brônquios ou bronquíolos estreitados. 
OBS. 2: predominante na expiração 
OBS.3: podem ser encontrados em pacientes com asma 
brônquica, DPOC, asma, bronquite. 
Descontínuos: mecanismo controverso, reabertura 
súbita e sucessiva de pequenas vias aéreas, durante a 
inspiração, com rápida equalização de pressão, 
causando uma série de ondas sonoras explosivas. 
1. Estertores finos: (creptantes); têm maior 
duração, são agudos, pouco intensos e 
principalmente inspiratório. 
2. Estertores grossos: (bolhosos); têm menos 
duração, são graves, mais intensos e podem ser 
na inspiração ou na expiração. 
Atritos pleurais: apresentam som grave, é mais intenso 
na inspiração (ranger do couro atritado). O mecanismo 
corresponde a fricção entre dois folhetos pleurais 
inflamados durante o movimento respiratório. 
Ausculta da voz: 
OBS.: normalmente não é possível distinguir nenhuma 
palavraque está sendo falada. Se for ouvida com clareza 
pode ser sinal de patologia. 
OBS.2: só é necessário fazer ausculta da voz quando há 
aumento do FTV à palpação ou sopro à ausculta. 
• 33 
• Ressonância normal 
• Ressonância reduzida 
• Ressonância aumentada 
 
Broncofonia: ausculta da voz sem nitidez 
Pectorilóquia: voz falada com nitidez 
Egofonia: voz anasalada 
Afônica: cochicada com nitidez 
RESUMO: 
 INSPEÇÃO: 
ESTÁTICA: tórax de forma normal, sem alterações de 
partes moles e ósseas, sem abaulamentos e retrações; 
DINÂMICA: fr= 16 irpm, ritmo regular e sincrônico com 
movimentos abdominais, expansibilidade preservada e 
simétrica, ausência de tiragem; 
 PALPAÇÃO: 
Sensibilidade conservada, ausência de contratura ou 
atrofia musculares, ausência de enfisema, subcutâneo e 
calos ósseos. Expansibilidade conservada e simétrica, 
FTV normodistribuido. Ausência de frêmitos brônquicos 
e pleural 
 PERCUSSÃO: 
SCP presente e simétrico, submacicez hepática à partir 
do 5º EICD. Mobilidade dos limites pulmonares 
preservadas; 
 AUSCULTA: 
MV presente, normodistribuido, ausência de ruídos 
adventícios. Ressonância vocal normal. 
 
 
 
 
 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA SUELY – AULA 07 
Semiologia Medica – Sinais e Sintomas do 
Sistema Respiratorio 
INTRODUÇÃO: 
Principais sintomas e sinais das afecções do aparelho 
respiratório: 
• Tosse; 
• Expectoração; 
• Hemoptise; 
• Vômica; 
• Dispneia; 
• Sibilancia; 
• Dor torácica; 
• Cianose; 
TOSSE: 
É o reflexo de defesa: sendo a limpeza das vias aéreas 
para se manterem permeáveis. 
Além disso, é a expulsão súbita de ar dos pulmões com 
ruído característico provocado pela abertura súbita da 
glote. 
1. Inspiração rápida e profunda 
2. Fechamento da glote 
3. Contração dos músculos expiratórios 
(diafragma) 
4. Expiração forçada → mecanismo expulsivo 
importante; abertura súbita da glote 
Essa abertura súbita da glote vai gerar o ruído 
característico. 
A causa da tosse pode ser por estímulos receptores da 
mucosa respiratória, como numa asma brônquica, 
embolia pulmonar. 
• Causa inflamatória: hiperemia, edema, 
secreção, ulceração; 
• Causa mecânica: poeira, corpo estranho, 
aumento ou diminuição da pressão pleural → 
derrame pleural e atelectasia; 
• Causa química: gases irritantes; 
• Causa térmica: frio e calor em excesso. 
REFLEXO DA TOSSE: 
Como consequência temos o aumento da pressão da 
árvore brônquica pela distensão dos septos alveolares; 
hemorragia conjuntivas (sendo típico de coqueluche); 
fraturas em arcos costais; hérnias inguinais e 
desconforto em cirurgiados recentes. 
 
 TOSSES AGUDAS OU CRÔNICAS: 
1. Aguda: 3 semanas 
• Tabagismo; 
• Sinusites crônicas; 
• Asma e variante tussígena da asma; 
• Tuberculose; 
• Refluxo gastroesofágico; 
• Bronquiectasia; 
• Bronquite crônica; 
• Câncer de pulmão; 
• Uso de ieca; 
 CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS: 
Perguntar sobre: 
o Data de início; 
o Frequência, se aumentou ou diminuiu; 
o Intensidade; 
o Fatores que desencadeiam essa tosse; 
o Tonalidade; 
o Relação com o decúbito (se é fator de piora, 
além de ser piora noturna); 
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2 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
o Presença ou não de expectoração: tosse 
úmida/produtiva não deve ser tratada, já a tosse 
seca pode ser apenas irritação das vias 
respiratórias; 
o Em que período do dia está mais presente; 
o Sintomas associados; 
o Duração: de forma aguda ou crônica; 
o Fatores de melhora ou piora; 
o Resposta medicamentosa; 
TIPOS DE TOSSE: 
 
• Tosse-síncope: crise intensa de tosse → perda 
de consciência. (coqueluche) 
 
• Tosse bitonal: paresia/paralisia de uma corda 
vocal por comprometimento do N. laríngeo 
 
• Tosse quintosa: em acessos; durante a 
madrugada, acompanhada de vômitos e 
sensação de asfixia. (coqueluche) 
 
• Tosse seca: pode se originar fora da árvore 
brônquica (canal auditivo externo, faringe, seios 
paranasais, palato mole, inibidores de IECA) 
 
• Tosse rouca: típica da laringite crônica, comum 
em pacientes tabagistas. 
OBS.: enfisematosos → tosse seca; 
bronquiticos → tosse produtiva 
 
• Tosse reprimida: é evitada por causa de dor 
torácica ou abdominal. (inicio da 
pleuropneumopatias, pneumotórax 
espontâneo) 
 
• Tosse psicogênica: surge por tensão emocional. 
Pode ser equivalente a pigarro. É um 
diagnóstico de exclusão. 
EXPECTORAÇÃO: 
A maioria das vezes é uma consequência da tosse, 
sendo como a expulsão de secreção proveniente da 
laringe, traqueia, brônquios e pulmões. 
É importante saber reconhecer e distinguir de vômito e 
de regurgitação. A presença de expectoração é um dos 
fatores que distinguem uma síndrome brônquica de uma 
pleural. 
OBSERVAR: 
o Volume (colher de chá), 
o Cor, 
o Odor, 
o Transparência, 
o Consistência. 
 CLASSIFICAÇÃO E TIPOS 
• Mucóide: muito H2O, proteínas e eletrólitos, 
com poucas células e aumento da viscosidade. 
Asmático: término da crise, rico em eosinófilos, 
e por isso, um escarro mais perolado. 
Formas iniciais de bronquites 
• Mucopurulenta: é de transição 
• Hemoptóico: com presença de raios de sangue 
• Serosa: com H2O, eletrólitos, proteínas e 
poucas células. 
Edema pulmonar agudo: rico em espuma rósea. 
• Purulenta: rica em piócitos e com uma alta [ ] de 
células. 
OBS.: DPOC magro → não expectora; DPOC gordo: 
expectoração constante. 
OBS. 2: bronquíticos crônicos: mucoide → purulenta. 
(Sinal de infecção pneumocócica e hemófila) 
OBS. 3: quando possui bronquiectasia = eliminação de 
secreção pela manhã. 
Presença ou ausência: diferencia lesões alveolares 
(pneumonias bacterianas → no início: sem 
expectoração, depois com secreção abundante – 
amarela esverdeada a hemoptoico) das intersticias 
(pneumonias viróticas). 
VÔMICA: 
É uma eliminação pela glote de grande quantidade de 
pus, catarro hemático, ou líquidos de outras naturezas. 
Pode ser única ou fracionada, proveniente do tórax ou 
abdome. Alguns abcessos/cistos drenados para os 
brônquios. 
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3 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
Causas: abcessos pulmonares, pneumonia necrosante, 
mediastinites supuradas e abcessos subfrênicos. 
HEMOPTISE: 
É procedente do trato respiratório inferior (traqueia, 
pulmão...). É caracterizada como sangue pela boca 
através da Glote. 
Epistaxe → hemorragia nasais, rinorragia por 
traumatismo ou manipulação de espirros. 
 ORIGEM: 
• De origem brônquica temos a ruptura dos vasos 
maiores 
• De origem alveolar temos a ruptura dos 
capilares ou transução de sangue. 
Hemoptise da A. brônquica: maciço, sangue recente ounão, com ou sem catarro. Ex.: bronquiectasia, estenose 
mitral, fistulas arteriovenosas, tuberculose. 
Hemoptise da A. pulmonar: é de menor volume. Ex.: 
pneumonias, abcessos e tromboembolias. 
 HEMATÊMESE x HEMOPTISE: 
• Hematêmese: aspecto de borra de café, 
podendo conter ou não restos alimentares, de 
odor ácido, não arejado. Presença de histórico 
de úlceras gastroduodenais e esofagite. São 
não espumosas, com náuseas e vômitos. 
 
• Hemoptise: podem ocorrer com ou sem a 
ruptura vascular. Sangue com aspecto arejado. 
A tosse (prurido na garganta), é espumosa e 
vermelho-vivo. Tem como sintomas a dispneia 
(tamponamento traqueal) e a febre 
OBS.: o prognóstico de hemoptise não é decidido pelo 
volume de sangue eliminado. 
 NA SEMIOLOGIA: 
• Volume de sangue 
• Número de episódios e intervalos entre eles 
• Início (quando e como?) 
• Sintomas associados 
• Aspecto (vermelho-vivo? Muco ou pus? 
Sangue? Espumoso? Com bolhas de ar ou 
coágulos?) 
 PRINCIPAIS CAUSAS DA HEMOPTISE: 
• Bronquiectasia; 
• Tuberculose pulmonar; 
• Câncer de pulmão; 
• Embolia pulmonar com infarto; 
• Abscesso de pulmão; 
• Estenose mitral, insuficiência cardíaca 
esquerda, coagulopatias 
Característica Hemoptise Hematêmese 
Pródromos Tosse, prurido na 
garganta 
Náuseas e 
vômitos 
Aspecto Espumoso Não-espumoso 
Cor Vermelho-viva Vermelho-
escuro ou em 
borra de café 
Sintomas 
associados 
Dispneia e febre Epigastralgia e 
náuseas 
Associação com Escarro 
hemático antes e 
depois 
Restos 
alimentares 
Antecedentes 
patológicos 
Pneumopatia e 
cardiopatia 
Hepatopatia 
DISPNEIA: 
É uma dificuldade de respirar (consciente ou não). Os 
sintomas são subjetivos e os sinais são objetivos. 
Quando ocorre: aos grandes, médios, pequenos 
esforços ou de repouso. Podendo ser acompanhada de 
taquipneia (aumento da frequência) ou hiperpnéia 
(aumento da amplitude). 
Ela pode ser: ortopnéica (piora deitado e melhora 
sentado ou em pé) ou trapapnéia (ocorre em decúbito 
lateral → Ex.: derrame pleural – vai deitar do lado 
saudável) 
 CAUSAS: 
• Atmosféricas: pobre em O2 → diminuição da 
pressão parcial → inicialmente vai surgir a 
taquipneia. 
• Obstrutivas: diminuição do calibre. Pode ser 
intraluminal, parietal ou mista. 
OBS.: obstruções podem ser desde a faringe até 
bronquíolos (sempre mistos). 
• Parenquimatosas: diminuição da área de 
hematose. Ex.: condensação e rarefação. 
• Torapulmonares: modificação na dinâmica 
pulmonar; Diminuição da elasticidade e 
movimentação ou assimetria nos hemitoráx. 
• Diafragmática: interferência do M. diafragma → 
paralisia, hérnias ou elevação. 
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4 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
• Pleural: dor → aumento com a inspiração. Com 
isso o paciente vai começar a evitar, o que vai 
causar dispneia. 
Derrame (sem dor) → diminui com a expansão 
pulmonar. 
• Cardíacas: mau funcionamento. Congestão 
passiva do pulmão. 
• Origem neurogênica: altera o ritmo. 
(hipertensão craniana) 
• Origem psicogênica: dispneia suspirosa → 
hiperventilação → alcalose 
 CAUSAS AGUDAS (30 DIAS) 
• DPOC; 
• IVE (insuficiência ventricular esquerda); 
• ICC (insuficiência cardíaca congestiva); 
• Asma brônquica 
• Fibrose pulmonar intersticial difusa; 
• Derrame pleural (evolução lenta) 
Na semiologia: 
• Tempo 
• Constante ou vai e volta? 
• Acompanhado de chiado, febre, tosse, dor, 
hemoptise? 
• Súbito ou gradual? 
• Esforços? repouso? Ortopneia? 
• Fator desencadeante aparente após inicio 
• Fator de melhora ou piora 
• Intensidade? Pode fazer tarefas habituais? 
 OS DIFERENTES TIPOS: 
Dispneia aos pequenos, médios e grandes escalas; 
Ortopnéia é obrigado a sentar para alívio; 
Taquipneia é frequência aumentada 
Hiperpenéia é a amplitude aumentada; 
Trepopnéia no derrame pleural, aparece no decúbito 
lateral, deitando no lado são; 
ESCALA DE DISPNEIA DO MEDICAL RESERACH 
Grau Atividade 
0 Sinto falta de ar ao realizar exercício 
intenso 
1 Sinto falta de ar quando aperto meu passo 
ou subo escadas ou ladeira 
2 Preciso parar algumas vezes quando ando 
no meu passo ou ando mais devagar que as 
outras pessoas da minha idade 
3 Preciso parar muitas vezes devido a falta 
de ar quando ando perto de 100m ou poucos 
minutos de caminhada no plano 
4 Sinto tanta falta de ar que não sai de casa 
ou preciso de ajuda para me vestir ou 
tomar banho 
OUTRAS CAUSAS DA DISPNEIA: 
• Obesidade mórbida; 
• Cifoescoliose grave; 
• Anemia grave; 
• Ansiedade/síndrome do pânico; 
• Doenças neuromusculares com paralisia da 
musculatura respiratória; 
• Acidose metabólica; 
• Grandes altitudes; 
• Falta de condicionamento físico/exercício 
extenuante 
SIBILANCIA: 
Semelhante a chiado ou chieira: ocorre na fase da 
expiração, quase sempre com dispneia, tom musical 
comparado a miado. 
É uma consequência do menor calibre da árvore 
brônquica devido espasmos. 
Pode indicar neoplasia ou corpo estranho. Quando 
persistente, localizada ou unilateral. 
Causas brônquicas ou pulmonares: asma, bronquite, 
eosinófilos, tuberculose brônquica, drogas 
colinérgicas, B bloqueador colinérgico. 
OBS.: insuficiência ventricular esquerda é a 
causa não pulmonar que mais provoca chiado → 
asma cardíaca 
Sibilância noturna: ambiente em silencio, posição 
deitada (diminuição do volume pulmonar e diâmetro das 
vias), menor produção de corticoides e catecolaminas 
endógenas, reflexo e alérgenos. 
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5 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
DOR TORÁCICA: 
Pode apresentar causas diversas e de locais diferentes. 
• Aguda 
• Intensa e em pontadas 
• Localizada e bem delimitadas 
• Não se irradia 
• A dor aumenta com a tosse e movimentos do 
tórax. Quando a dor desaparece surge a 
dispneia 
Dor relacionada com doenças pulmonares: parede, 
traqueia, diafragma, brônquios...) 
 CAUSAS: 
1. Causas pulmonares 
• Pneumonias pleurais 
• Pneumotórax 
• Embolia pulmonar 
 
2. Causas extrapulmonares 
• Parede torácica → lesões, hérnias de disco, 
artrites 
• Cardiovascular → angina, infarto agudo do 
miocárdio, pericardite, prolapso da valva 
mitral 
• Digestório: esofagite de reflexo, pancreatite 
• Mediastino: mediastinites, tumores, 
pneumomediastino 
• Psiquíco: ansiedade 
 NA PARTE SEMIOLOGICA: 
• Quando e como começou, fator desencadeante 
• Curso: continua ou recorrente? 
• Frequência e duração 
• Onde, no tórax é a dor? 
• Irradia 
• Intensidade: relação entre tecido lesado e 
intensidade da dor. 
Como o paciente descreve essa dor? Pontada? Peso? 
Aperto? Facada? Latejante? 
O que piora? Respiração? Tosse? Esforço físico? 
Movimentos dos braços ou pescoço? 
O que alivia? 
Quais sintomas você tem associado?Tosse? Febre? 
Dispneia? Hemoptise? Chiado? 
CIANOSE: 
Coloração azulada da pele e mucosas pelo aumento da 
hemoglobina reduzida no sangue arterial capilar. 
Pode ser central, periférica ou mista. 
OBS.: falsa cianose → metemoglobina (hemoglobina que 
não se liga ao O2). 
Cianose central: diminuição do O2 no sangue arterial. 
• Diminuição do O2 no sangue inspirado 
(altitudes, rarefeito), curto circuito arterial 
venoso; 
• Processos prejudicadores da função 
respiratória da ventilação, perfusão e difusão. 
(hipoventilação → comprometimento difuso); 
Cianose periférica: 
• Sangue capilar perde mais O2 nos tecidos que o 
normal. 
• Vasoconstricção 
• Insuficiência circulatória periférica 
• Choque séptico (diminuição do calibre das 
arteríolas periféricas) 
• Fase cianótica de fenômeno de Raynaud 
(aumento da pressão venosa → local (trombose 
venosa) ou generalizada (ICC com diminuição 
do débito cardíaco) 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR EDVALDO – AULA 09 
Semiologia Medica – Sindromes do Sistema 
Respiratorio 
SÍNDROME BRÔNQUICA: 
Enfermidades que podem causar redução do calibre, 
dilatação e/ou hipersecreção brônquica. Pode se 
manifestar por meio de dispneia acompanhadas de 
sensação de constrição ou aperto no tórax, dor torácica 
difusa, sibilância e tosse. 
As enfermidades mais comuns são: 
• Asma; 
• DPOC; 
• Bronquiectasia; 
• Infecções traqueobrônquicas. 
 ASMA BRÔNQUICA: 
Caracterizada por sibilos, roncos e/ou estertores 
grossos. Podendo haver aumento da frequência 
respiratória e até redução bilateral da expansibilidade 
se o paciente estiver hiperinsuflado. 
Também pode ocorrer hipersonoridade, redução do 
frêmito toracovocal e do murmúrio vesicular bilateral. 
 BRONQUITE CRÔNICA DA DPOC: 
Se manifesta com tosse e expectoração mucopurulenta 
de pequeno volume, sendo persistente por meses. O 
paciente pode ter épocas de melhora ou piora se teve 
contato com infecções, poluição atmosférica e tabaco. 
O principal achado será estertores grossos 
disseminados em ambos hemitórax. Os roncos e sibilos 
são frequentes, com redução bilateral da 
expansibilidade, hipersonoridade e redução do frêmito 
toracovocal e do murmúrio vesicular. 
 BRONQUIECTASIA: 
Temos a tosse produtiva, com expectoração 
mucopurulenta abundante, principalmente pela manhã. 
Lembrar que as hemoptises são frequentes. 
Na inspeção podemos ter o aumento da FR, alteração do 
frêmito toracovocal (diminuído pela broncoconstrição). 
Na percussão, teremos hipersonoridade e redução do 
murmúrio vesicular. 
Na ausculta teremos estertores grossos, roncos e 
sibilos. 
 INFECÇÕES BRÔNQUICAS: 
Causada por vírus, paciente tem sintomas gerais como 
febre, cefaleia. Além disso, tem o desconforto 
retroesternal, rouquidão, tosse seca, que se torna 
mucosa e depois mucopurulenta. 
Na ausculta podemos observar estertores grossos em 
ambos pulmões, além de roncos e sibilos esparsos, 
inconstantes. 
Percussão e palpação sem alterações. 
RESUMO 
SINTOMAS: dispneia e tosse (podem estar ausentes); 
INSPEÇÃO: dispneia, tórax em posição de inspiração 
profunda e tiragem; 
PALPAÇÃO: frêmito toracovocal normal ou diminuído; 
PERCUSSÃO: normal ou hipersonoridade; 
AUSCULTA: diminuição do murmúrio vesicular com 
expiração prolongada, sibilos predominantes 
expiratórios em ambos campos pulmonares; pode haver 
roncos e sibilos. 
SÍNDROMES PARENQUIMATOSAS: 
As principais são: 
• Consolidação; 
• Atelectasia; 
• Hiperareação; 
• Congestão passiva dos pulmões; 
• Escavação ou caverna pulmonar; 
RESUMO da Síndrome de Consolidação Pulmonar 
SINTOMAS: tosse produtiva, dispneia e dor torácica; 
INSPEÇÃO: expansibilidade diminuida 
PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito 
toracovocal aumentando 
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PERCUSSÃO: submaciez ou maciez 
AUSCULTA: respiração brônquica substituindo o 
murmúrio vesicular, sopro tubário, broncofonia ou 
ergofonia, pectorilóquia e estertores finos. 
RESUMO da Atelectasia 
Tem como causa mais comum as neoplasias e corpos 
estranhos que ocluem o lúmen dos brônquios. Quanto 
maior a área comprometida, mais intensas são as 
manifestações: 
SINTOMAS: dispneia e tosse seca; 
INSPEÇÃO: retração do hemitórax e tiragem; 
PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito 
toracovocal diminuído ou abolido; 
PERCUSSÃO: submaciez ou maciez 
AUSCULTA: som broncovesicular; ressonância vocal 
diminuída; 
RESUMO de Enfisema Pulmonar 
É o aumento anormal dos espaços aéreos distais ao 
bronquíolo terminal, acompanhadas de modificações 
estruturais das paredes alveolares. 
Sua manifestação MAIS importante é a dispneia que vai se 
agravando de forma lenta e no final pode gerar uma 
insuficiência respiratória. 
Já na fase inicial do exame do tórax, a gente encontra 
redução do murmúrio vesicular e expiração prolongada. 
SINTOMAS: dispneia; 
INSPEÇÃO: expansibilidade diminuída e tórax em tonel 
nos casos avançados; 
PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito 
toracovocal diminuído; 
PERCUSSÃO: sonoridade pulmonar normal de início e 
hipersonoridade à medida que a enfermidade se agrava; 
AUSCULTA: murmúrio vesicular diminuído; fase 
expiratória prolongada; ressonância vocal diminuída; 
Enfisema: pulmão fica mais escuro e os lábios estão 
semi-cerrados. 
• Pacientes longilíneos e magros 
• Uso de cigarro (a partir de 20 anos maço) → 
destruição do sistema responsável pelas trocas 
(alvéolos e saco) → as fibras elásticas vão ser 
destruídas → um alvéolo vai se juntar com outro 
(aparência de quijo suíço). 
Hiperinsuflação do pulmão, retificação dos arcos 
costais, da cúpula diafragmática e aumento do 
hemitórax do paciente (aprisionamento aéreo) → vai ser 
visto no raio x. 
RESUMO da Congestão Passiva dos Pulmões 
As principais causas podem ser: 
• Insuficiência ventricular esquerda; 
• Estenose mitral; 
O líquido se acumula no interstício, causando dispneia 
de esforço, dispneia de decúbito e dispneia paroxística 
noturna. Além de causar tosse seca e sibilância. 
SINTOMAS: dispneia e tosse seca ou com expectoração 
rósea; 
INSPEÇÃO: expansibilidade normal ou diminuída; 
PALPAÇÃO: expansibilidade e frêmito toracovocal 
normal ou aumentado; 
PERCUSSÃO: submaciez nas bases pulmonares; 
AUSCULTA: estertores finos nas bases; prolongamento 
do componente expiratório; ressonância vocal normal 
RESUMO da Escavação Pulmonar 
Pode ocorrer nos abcessos, neoplasias, micoses, mas a 
causa principal ainda é a TUBERCULOSE. A manifestação 
que predomina é a tosse produtiva e vômica fracionada. 
SINTOMAS: dispneia e tosse seca ou com expectoração 
rósea; 
INSPEÇÃO: expansibilidade normal ou diminuída; 
PALPAÇÃO: expansibilidade e frêmito toracovocal 
normal ou aumentado; 
PERCUSSÃO: submaciez nas bases pulmonares; 
AUSCULTA: estertores finos nas bases; prolongamento 
do componente expiratório; ressonância vocal normal. 
TUBERCULOSE: 
Tuberculose (doença de ápice): infecção do parênquima 
pulmonar igual a pneumonia. Bacilo se replica 1x por dia 
→ febre alta 1x por dia, geralmente vespertina (a noite). 
É uma doença subaguda (mais arrastada), começa com 
tosse (2 – 3 semanas depois procura o médico, junto com 
a febre). 
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Essa tosse começa seca, depois com expectoração e só 
depois tem hemoptise (4 semanas). Há um hiporexia 
(perda de apetite, começando a emagrecer depois). 
1. Queixa principal: varia de acordo com o paciente 
e do momento em que procurou o médico. 
2. Exame físico: 
Inspeção: Sem grandes alterações, no começo. 
Pode ter perda de peso. 
Palpação: Não existe muito frêmito toracovocal. 
Ausculta: Murmúrio vesicular diminuído e sopro 
tubário (som na cavidade) 
Percussão: Som timpânico (hipersonoridade) → 
em buracos grandes. 
OBS.: na prática, a tuberculose inicial tem exame físico 
normal, podendo ouvir estertores creptantes em ápice 
(mas não é o exame físico que orienta e, sim, a queixa 
principal e a HDA). 
OBS. 2: a cultura vai fechar o diagnóstico. 
OBS.3: baciloscopia + → suspeita muita e começa o 
tratamento. BAR POSITIVO pode ter outros 
microrganismos causadores, portanto ele não feche 
diagnóstico. 
PNEUMONIA 
Pneumonia (doença de base): pneumococos (reproduz a 
cada 2 horas → bacteremia (intervalo, fator de necrose, 
ativação das plaquetas)). 
Queixa principal: dispneia; apresenta tosse, secreção, 
febre (alta), taquipneia, taquicardia (raramente normal; 
bradipneia é em extrema gravidade). 
Sensação de doente: doença aguda (paciente de 
emergência) 
Antecedentes: uso de corticoides, neoplasias, doenças 
imunodepressoras. → pneumonias em recém-nascidos 
e idosos: extremamente grave, cursa com hipotermia, 
bradicardia, leucopenia pois o paciente não tem sistema 
imunológico para reagir. 
OBS.: a A. pulmonar direita é muito proeminente, 
principalmente, na base pulmonar e pode ser 
confundida com pneumonia → crianças 
OBS.2: idosos tem menor reserva, logo tem maior 
dispneia. 
1. Exame físico: 
Inspeção: 
• taquipneia 
• uso da musculatura acessória 
(tiragem) (cervical, intercostal, 
supraclavicular) em pneumonia grave 
• batimento da asa do nariz 
• acamado (astenia) 
• calafrios 
• pode ser encontrado sinais de 
hipotensão e desidratação. 
Palpação: 
• frêmito toraco vocal aumentado 
(brônquio pérvio) → pulmão mais sólido 
(denso). O ar passa pelo brônquio e vai 
ser sentido melhor 
• frêmito toraco vocal diminuído → 
brônquios diminuídos/obstruídos 
Percussão: 
• pneumonia inicial: sonoridade normal 
• condensação maior: som submaciço 
• pneumonia grave, lobar: maciço 
OBS.: normalmente encontra de normal 
a submaciço. 
Ausculta: 
• estetores creptantes (ar passando pela 
secreção), pode ter sibilos mas não 
como queixa principal. 
SÍNDROMES PLEURAIS: 
A pleurite é a inflamação dos folhetos, podendo ocorrer 
na tuberculose, pneumonias, moléstia reumática e 
colagenoses, viroses e neoplasias. 
Quando agudo, o principal sintoma é a dor localizada em 
um dos hemitórax, podendo ser acompanhado de tosse, 
dispneia e febre. 
A inflamação da pleura evolui com a produção do líquido 
entre os folhetos, afastando visceral do parietal, 
causando o desaparecimento da dor pleurítica e do 
atrito pleural. 
Pode evoluir para um derrame pleural. 
SINTOMAS: dor torácica ventilatória dependente; 
INSPEÇÃO: expansibilidade diminuída; 
PALPAÇÃO: expansibilidade e frêmito diminuídos; 
PERCUSSÃO: sonoridade normal ou submaciez; 
AUSCULTA: atrito pleural 
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 DERRAME PLEURAL: 
Observado em pleurites, pneumonias, neoplasias, 
colagenoses, síndrome nefrótica e insuficiência 
cardíaca. 
ICC: aumento da pressão hidrostática → liquido vasa 
para o líquido intersticial. 
OBS.: pode ocorrer só de um lado (direito) → + 
vascularizado. 
Insuficiência hepática (cirrose hepática) → diminuição 
da pressão coloidosmóitca. 
OBS.: tanto no ICC quanto na insuficiência hepática 
geralmente é um derrame bilateral e pequeno. 
Própria pleura está doente: 
Tuberculose (pulmonar ou pleural): inflamação da 
pleura → pode haver somente uma síndrome pleural. 
OBS.: tem derrame pequeno 
Pneumonia: bactéria pode atingir a pleura (a partir da 
evolução da condensação) 
Oncológico 
- metástase 
- muita dor ao respirar 
- emagrecimento 
- derrame volumoso e unilateral. 
SINTOMAS: dispneia, tosse e dor torácica; 
INSPEÇÃO: expansibilidade diminuída; 
PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito 
toracovocal abolido na área do derrame e aumentado na 
área do atrito com líquido pleural; 
PERCUSSÃO: maciez; 
AUSCULTA: murmúrio vesicular abolido no derrame, 
egofonia e estertores finos na parte em contato com o 
líquido. 
 PNEUMOTÓRAX: 
O que acumula no espaço pleural será o AR através de 
uma possível lesão traumática. As principais 
manifestações são: 
• Tosse seca; 
• Dispneia; 
• Dor no hemitórax comprometido; 
Comum em trabalhadores de alta pressão. Com o 
aumento da altura o pulmão aumenta e com a diminuição 
da altura o pulmão diminui/colaba. 
SINTOMAS: dispneia dor torácica; 
INSPEÇÃO: normal ou abaulamentos dos espaços 
intercostais quando a quantidade de ar é grande; 
PALPAÇÃO: expansibilidade diminuída e frêmito 
toracovocal diminuído; 
PERCUSSÃO: hipersonoridade ou som timpânico; 
AUSCULTA: murmúrio vesicular diminuído; ressonância 
vocal diminuída. 
RESUMINHOS ALGUMAS DOENÇAS: 
BRONQUITE CRÔNICA 
• Brevelíneo e gordo 
• Tosse com pigarro 
• Excessiva secreção de muco na árvore brônquica 
É outro tipo de alteração decorrente do cigarro → 
hipertrofia da camada de células glandulares devido a 
inflamação → fica mais espessa, o que vai produzir mais 
muco. 
OBS.: brônquio estreito → ronco, sibilos, catarro 
matinal. 
OBS. 2: os estertores grossos são espalhados por todo o 
pulmão. 
• Paciente acianótico, com hipoxemia → azulado = 
blue bloater. 
OBS.: tanto a bronquite quanto o enfisema podem ser 
causados pelo cigarro, e com isso eles vão apresentar o 
mesmo tratamento. E na maioria das vezes há um misto 
os dois. 
Queixa principal: dispneia progressiva e lenta → 
diferente da pneumonia por não ser aguda 
Aos grandes esforços (50 anos) 
Aos médios esforços (55-60 anos) 
Aos pequenos esforços (65-70 anos) 
HDA: dispneia progressiva X tosse com expectoração. 
Antecedentes: Tabagismo (20 anos maço) → cálculo: 
quantidades de maço por dia X quantidade de anos 
fumados. 
OBS.: qualquer pessoa com + de 20 anos maço deve 
suspeitar de DPOC → indicar espirometria. 
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Exame Físico: 
1. Inspeção 
• Tórax em tonel (ar aprisionado) com 
uso de musculatura intercostal 
2. Palpação 
• frêmito toraco vocal diminuído 
(diminuição da área para o ar circular) 
3. Percussão 
• aumento da sonoridade 
(hipertimpanismo) → principalmente 
no enfisematoso 
OBS.: no paciente com bronquite 
crônica, as vezes, é quase normal. 
4. Asculta 
• inicio normal 
• gravidade: 
Enfisema → murmúrio diminuído ou 
normal 
Brônquite → estertores creptantes 
(camada glandular espessa), sibilos e 
roncos 
OBS.: o exame físico pode ser normal no início, até 
mesmo sem a dispneia. Só vai notar alterações na 
espirometria, não sendo necessário esperar por 
alterações semiológicas. 
ASMA 
Pode ser presente desde a infância, cursando com 
episódios de broncoespasmos desencadeados, 
principalmente, por exposição a alérgenos. 
HDA: 
• dispneia intermitente (variável), roncos e 
sibilos 
• inflamação na parede brônquica → alergias à 
poeira, fumaça, mudanças de tempo (maior 
abundância de mofos) 
Exame físico: 
OBS.: sem crise → normal; em crise → taquipneia, uso da 
musculatura acessória, batimentoda asa do nariz. 
1. Palpação: 
Frêmito toraco vocal normal, mas se a crise for muito 
intensa ele pode estar reduzido. 
2. Percussão: 
Na crise, pode haver retenção de ar → produzindo 
hipertimpanismo (pouco) → visível pelo raio x que vai 
mostrar pouca retenção. 
3. Ausculta: 
Sibilos (predominantemente expiratório) e roncos 
Diminuição do murmúrio vesicular com expiração 
prolongada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA TERESA – AULA 10 
Semiologia Medica – Sintomatologia 
Cardiovascular 1 
 
INTRODUÇÃO 
Nas crianças e jovens, predominam as anomalias congênitas e 
os episódios iniciais da moléstia reumática. Já dos 20 aos 50 
anos, a doença de Chagas e a hipertensão arterial são mais 
frequentes. Ao avaliarmos pacientes acima da quinta década, a 
doença arterial coronariana – angina de peito e infarto agudo 
do miocárdio, é mais frequente. 
Em relação ao sexo, lesões mitrais, especialmente a estenose 
e o prolapso da valva mitral, ocorrem mais em mulheres 
jovens, enquanto a aterosclerose coronária predomina no sexo 
masculino até os 45 anos de idade. 
Em relação ao fato racial, a HAS, além de ser mais frequente 
em negros, aparece em faixas etárias mais baixas e apresenta 
evolução mais grave nesses indivíduos. 
Em relação à profissão, o esforço físico intenso tem relação 
com insuficiência cardíaca. Já o estresse emocional ou 
profissões que o provocam constituem um fator importante no 
aparecimento de hipertensão arterial e cardiopatia isquêmica. 
A naturalidade e o local da residência relacionam-se com as 
doenças endêmicas, salientando-se em determinadas regiões 
a alta incidência da doença de chagas. 
Nos antecedentes familiares, podemos ter uma incidência de 
HAS e cardiopatias isquêmicas. Dentre os hábitos de vida, 
podem se destacar o tabagismo/sedentarismo/alcoolismo que 
se relacionam fortemente com o aparecimento de 
aterosclerose e HAS. 
Sobre as condições socioeconômicas e culturais, temos que nas 
classes B-C predomina o aparecimento de doenças reumáticas, 
enquanto nas classes B-E predomina o aparecimento da 
doença de chagas. 
SINAIS E SINTOMAS: 
Alguns sinais e sintomas, ainda originados no próprio coração, 
outros em diferentes órgãos nos quais repercutem com mais 
intensidade as alterações do funcionamento cardíaco podem 
nos ajudar a pensar numa possível cardiopatia 
Seriam eles: 
• Dor cardíaca; 
• Dispneia; 
• Chieira; 
• Desmaio (lipotimia e síncope); 
• Alterações do sono; 
• Asternia; 
• Palpitações; 
• Tosse; 
• Hemoptise; 
• Cianose; 
• Edema 
DOR PRECORDIAL NÃO É SINONIMO DE DOR CARDÍACA!!! 
Mas por que? A dor pode ter origem no coração e em outros 
órgãos ou estruturas como pleura, esôfago, aorta, mediastino, 
estômago e na parede torácica. 
 
 
 
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Primeiramente a dor surge em qualquer camada do coração, 
passa para o plexo cardíaco, penetram nos nervos simpáticos 
torácicos superiores por meio de ramos comunicantes e 
chegam nos gânglios espinais correspondentes. As fibras 
nervosas aferentes transitam pelos nervos cardíacos superior, 
médio e inferior, alcançando cadeias cervicais, seguem pelos 
gânglios cervicais inferiores e primeiro dorsal antes de 
passarem através dos ramos brancos até raízes dorsais. 
 
 DOR NA ISQUEMIA MIOCÁRDICA: 
Em razão da hipóxia celular, sempre que houver desequilíbrio 
entre a oferta e o consumo de oxigênio Substâncias que 
estimulam as terminações nervosas: 
• Ácido láctico; 
• Potássio; 
• Cininas; 
• Prostaglandinas; 
• Nucleotídeos 
IAM por aterosclerose coronária, assumindo características 
especiais na angina de peito. E quais são as características 
importantes para essa doença? 
• Localização; 
• Caráter; 
• Duração; 
• Irradiação; 
• Intensidade; 
• Frequência; 
• Fatores desencadeantes ou agravantes; 
• Fatores atenuantes 
• Sintomas concomitantes 
Retroesternal, podendo ser sentida à esquerda ou, mais 
raramente à direita da linha esternal. Se a dor é percebida na 
pele ou em outras estruturas superficiais, é possível afirmar 
que se origine na parede torácica. 
Já a dor perimamilar quase nunca é causa cardíaca (pode ser 
osteoartite, distensão do estômago ou do ângulo esplênico). Dor 
nas articulações condroesternais que piora à palpação 
caracteriza a osteocondrite (síndrome de Tietze). 
Está relacionada com sua intensidade, quanto mais intensa, 
maior a probabilidade de irradiar-se. A dor por obstrução de 
uma artéria coronária pode ter diversas irradiações: Pavilhões 
auriculares, maxilar inferior, nuca, região cervical, membros 
superiores, ombros, região epigástrica e região 
interescapulovertebral. 
 
dor em qualquer camada 
do coração
plexo cardíaco
nervos simpaticos 
torácicos superiores
ramos comunicantes
gânglios espinais 
correspondentes
fibras nervosas aferentes
nervos cardíacos
cadeias cervicais
gânglios cervicais 
inferiores e primeiro dorsal
ramos brancos e raizes 
dorsais
LOCALIZAÇÃO: 
IRRADIAÇÃO: 
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A dor anginosa é quase sempre do tipo constritiva. Outros tipos 
são: dor em queimação, ardência no precórdio, formigamento 
ou facada. 
A dor da angina de peito tem duração curta, em geral de 2 a 3 
min, raramente ultrapassando 10 min. De origem hipoxia 
miocárdica, sem alteração necrótica. 
Na angina instável, a dor é mais prolongada, chegando a durar 
20 min, pois nesta síndrome já há alterações histológicas. 
No infarto agudo do miocárdio, quando ocorrem alterações 
necróticas, a dor dura mais de 20 min, podendo chegar a 
algumas hora. 
Dor leve é quando o paciente a sente, mas não se fixa nela, 
relatando‐a, muitas vezes, como uma sensação de peso ou 
desconforto 
Dor moderada é quando incomoda bastante o paciente e 
agrava‐se com os exercícios físicos. 
Dor intensa é aquela que inflige grande sofrimento, obrigando 
o paciente a ficar o mais quieto possível, pois ele percebe que 
a dor se agrava com os movimentos ou pequenos esforços. 
Acompanha‐se de sudorese, palidez, angústia e sensação de 
morte. 
Dor da angina de peito ocorre quase invariavelmente após 
esforço físico, mas pode ser também desencadeada por 
condições que aumentam o trabalho cardíaco, por exemplo, 
como emoções, taquicardia, frio e após refeição copiosa.No 
infarto agudo do miocárdio, a dor costuma ter início com o 
paciente em repouso. 
A dor retroesternal, que ocorre após vômitos intensos, deve‐se 
à laceração da mucosa do segmento inferior do esôfago. 
A dor torácica, em consequência das mudanças de decúbito ou 
de movimentos do pescoço, origina‐se na coluna cervical ou 
dorsal (osteoartrite, hérnia de disco). 
 A dor retroesternal e epigástrica durante a deglutição é 
causada por espasmo esofágico ou esofagite. 
A dor que se agrava com a tosse pode ocorrer em virtude de 
pericardite, pleurite ou compressão de uma raiz nervosa. 
 
O alivio da dor pelo repouso é bem característico da angina do 
peito. Dessa forma, o uso de vasodilatadores pode fazer a dor 
desaparecer. 
Na angina do peito, a dor desaparece em 3 ou 4 min, se levar 
um maior tempo (5-10min), provavelmente não se trata de uma 
angina clássica e sim de uma angina instável. 
A dor de pericardite aguda pode ser amenizada ou cessar 
quando o paciente inclina o tórax para frente ou o comprime 
com um travesseiro. 
Precordalgia intensa, acompanhada de náuseas, vômitos e 
sudorese fria, sugere infarto agudo do miocárdio. 
Dorprecordial durante crise de palpitações pode decorrer de 
isquemia provocada por taquiarritmia. 
 DOR DE ORIGEM PERICÁRDICA: 
É mais aguda que a da angina de peito, na região retroesternal 
junto do rebordo esternal esquerdo e irradia‐se para o pescoço 
e as costas. 
Pode ser do tipo “constritiva”, “peso”, “opressão”, “queimação” e 
apresentar grande intensidade; 
Costuma ser contínua – durante várias horas –, não se 
relaciona com os exercícios, agrava‐se com a respiração, com 
o decúbito dorsal, com os movimentos na cama, com a 
deglutição e com a movimentação do tronco. 
Alívio quando inclina o tórax para frente ou ao se colocar na 
posição genupeitoral. 
O mecanismo provável da dor da pericardite é o atrito entre as 
membranas e ou por líquido. 
É provável que a irritação das estruturas vizinhas – pleura 
mediastinal, por exemplo – também participe do mecanismo da 
dor da pericardite. 
 DOR DE ORIGEM AÓRTICA: 
Os aneurismas da aorta geralmente não provocam dor, mas a 
dissecção aguda da aorta determina quadro doloroso 
importante, com início súbito, muito intensa, do tipo lancinante, 
de localização retroesternal ou face anterior do tórax, com 
irradiação para o pescoço, região interescapular e ombros. 
O paciente costuma ficar inquieto. Deita, levanta, revira-se na 
cama, adota qualquer postura no intuito de minimizar a dor, 
comprime o tórax com um travesseiro. 
CARÁTER OU QUALIDADE: 
DURAÇÃO: 
INTENSIDADE: 
FATORES DESENCADEANTES OU AGRAVANTES: 
MANIFESTAÇÕES CONCOMITANTES: 
FATORES ATENUANTES DA DOR: 
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 DOR DE ORIGEM PSICOGÊNICA: 
Indivíduos com ansiedade e/ou depressão = síndrome da 
astenia neurocirculatória ou neurose cardíaca 
Localização da dor se dá na ponta do coração,tipo surda, 
persistindo por horas ou semanas, acentuando‐se quando o 
paciente sofre contrariedades ou emoções desagradáveis. 
Não está relacionada com exercícios e pode ser acompanhada 
de hipersensibilidade do precórdio. Nas crises de dor, pode 
ocorrer ainda palpitações, dispneia suspirosa, dormências, 
astenia, instabilidade emocional e depressão. 
A dor alivia‐se parcialmente com repouso, analgésicos, 
tranquilizantes e placebos. 
A preocupação que os pacientes com angina de peito ou que já 
sofreram infarto agudo do miocárdio têm com o coração é tão 
grande, que eles se alteram emocionalmente com qualquer tipo 
de dor torácica. Em alguns, torna‐se difícil diferenciar a dor 
precordial isquêmica da dor psicogênica. 
 PALPITAÇÕES: 
Percepção incômoda dos batimentos cardíacos, “batimentos 
mais fortes”, “falhas”, “arrancos”, “paradas”, “tremor no 
coração”, “coração deixando de bater”, “coração aos pulos”, 
além de outras. 
A PERCEPÇÃO INCÔMODA DA PALPITAÇÃO NEM SEMPRE 
SIGNIFICA ALTERAÇÕES DO RÍTIMO CARDÍACO, COMO UM 
QUADRO DE ARRITMIA, POR EXEMPLO. 
São contrações cardíacas mais fortes e mais intensas, lentas 
ou rápidas, rítmicas ou arrítmicas, decorrentes de transtornos 
do ritmo ou da frequência cardíaca. 
 
Há 3 tipos principais de palpitações: 
• as palpitações de esforço, 
• as que traduzem alterações do ritmo cardíaco 
• as que acompanham os transtornos emocionais 
 DISPNEIA: 
Designação de cansaço, canseira, falta de ar, fôlego curto, 
fadiga ou respiração difícil. É um dos sintomas mais 
importantes dos portadores de cardiopatia. 
Preciso diferenciá-la da astenia e da fatigabilidade, o que se 
consegue ao perguntar aos pacientes as características de sua 
queixa. 
Sensação consciente e desagradável do ato de respirar. 
Semiologicamente, apresenta‐se de 2 maneiras: uma subjetiva, 
que é a dificuldade respiratória sentida pelo paciente, objetiva, 
que se evidencia pela aceleração dos movimentos respiratórios 
(taquipneia) e pela participação da musculatura acessória. 
A dispneia em paciente com lesão cardíaca indica 
congestão pulmonar. A dispneia da insuficiência 
ventricular esquerda apresenta características 
quanto ao tempo de duração, evolução, relação com 
esforço e posição adotada pelo paciente. 
 
Os dados anamnésicos possibilitam reconhecer os seguintes 
tipos de dispneia: 
▪ dispneia de esforço, 
▪ dispneia de decúbito (ortopneia), 
▪ dispneia paroxística noturna e 
▪ dispneia periódica ou de Cheyne‐Stokes. 
A dispneia de decúbito surge quando o paciente se põe na 
posição deitada. Para melhorar, o paciente eleva a cabeça e o 
tórax, usando 2 ou mais travesseiros. A causa é o aumento da 
congestão pulmonar nesta posição pelo maior afluxo de sangue 
proveniente dos MMII e do leito esplânico. 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
A dispneia paroxística noturna normalmente faz com que o 
paciente acorde com intensa dispneia, acompanhada de 
sufocação, tosse seca e opressão torácica, dessa forma o 
paciente costuma sentar ou ficar em pé. 
Uma crise pode ter broncoespasmo, responsável pelo 
aparecimento de sibilos podendo ser denominada até de uma 
asma cardíaca. Em crises mais intensas, o paciente pode ter 
uma tosse com expectoração espumosa branca ou rosada, 
cianose, respiração ruidosa, sendo bastante característico de 
um edema agudo de pulmão. 
A dispneia de Cheyne-Stokes caracteriza-se por períodos de 
apneia, seguidos de movimentos respiratórios, superficiais a 
princípio, mas que se tornam cada vez mais profundo, até 
chegar a um máximo, depois diminuem paulatinamente de 
amplitude até uma nova fase de apneia. 
 
 Classificação dos cardiopatas de acordo com 
capacidade funcional - NYHA 
CLASSE I Paciente com doença cardíaca, porém sem 
limitação de atividade física. A atividade física 
não provoca dispneia, fadiga exagerada, 
palpitação e nem angina de peito. 
CLASSE II Paciente com doença cardíaca que 
apresentam limitação na atividade física. 
Sentem-se bem em repouso, mas a atividade 
provoca dispneia, fadiga, palpitação e angina. 
CLASSE III Pacientes com doença cardíaca que 
apresenta acentuada limitação em atividades 
físicas. Sentem-se bem em repouso, porém 
pequenos esforços já provocam dispneia, 
fadiga, palpitação e angina. 
LASSE IV Pacientes com doença cardíaca que é incapaz 
de exercer qualquer atividade. Os sintomas 
existem mesmo que em repouso e se 
acentuam com a atividade. 
 
 TOSSE E EXPECTORAÇÃO: 
A tosse é um sintoma frequente na insuficiência ventricular 
esquerda, constituindo um mecanismo de valor na manutenção 
da permeabilidade da árvore traqueo‐brônquica nos casos em 
que houver aumento de secreções; é do tipo serosa, de pouca 
consistência, contém ar e rica em albumina. 
É seca e mais intensa à noite, podendo ser muito incômoda. 
Causa é a congestão pulmonar associada à dispneia, pode ter 
infeção bacteriana e ter secreções mucopurulentas. 
No edema pulmonar agudo, a tosse acompanha‐se de 
expectoração espumosa de cor rósea (vômito nas crianças). 
Ruptura de vasos endobronquiais dilatados, na estenose mitral; 
e necrose hemorrágica dos alvéolos, nos casos de infarto 
pulmonar. 
Nos aneurismas da aorta, pericardite e grande dilatação do 
átrio esquerdo, podem ocorrer acessos de tosse por 
compressão brônquica, irritação do vago ou do ramo 
recorrente. 
 
 SIBILÂNCIA, CHIEIRAOU CHIADO: 
Ruido pela passagem de ar, em alta velocidade, através de vias 
respiratórias estreitadas. À ausculta, é possível encontrar 
expiração prolongada e sibilos. 
O sibilo é um som musical, contínuo, prolongado, 
predominantemente expiratório, e pode ocorrer também 
durante a inspiração. 
É mais frequente na dispneia paroxística noturna na asma 
cardíaca, quando a congestão pulmonar se acompanha de 
broncospasmo por edema da mucosa brônquica pela 
broncoconstrição reflexa. 
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Asma cardíaca costuma surgir na posição deitada e melhora 
quando o paciente senta‐se ou fica de pé, sendo acompanhada 
por taquicardia, ritmo de galope e estertores finos nas bases 
pulmonares. 
Asma brônquica, a dispneia não é aliviada pela mudança de 
posição, os sibilos são disseminados e predominam sobre os 
estertores. 
Radiografia simples do tórax evidenciará congestão pulmonar 
da asma cardíaca, enquanto, na asma brônquica, encontra‐se 
hiperinsuflação pulmonar. 
 HEMOPTISE: 
É a expectoração ou eliminação de sangue pelas vias 
respiratórias, procedente da traqueia, dos brônquios ou 
pulmões. A hemoptise é acompanhada de TOSSE para a 
eliminação de sangue. 
Considera‐se hemoptise a eliminação de mais de 2 ml de 
sangue, podendo, em certas situações, ser grande o volume de 
sangue, chegando a ser fatal em alguns casos. 
Relato de “escarrar sangue”, mas eventualmente se referem 
como “vômito de sangue”. Diferenciar de hematêmese e 
epistaxe. 
Epistaxe é a hemorragia proveniente do nariz, quando falamos 
de laringe, gengivas e TGI temos a hematêmese (vômito de 
sangue). 
 
 DESMAIO - SÍNCOPE E TIPOTIMIA: 
Lipotimia é a perda súbita e transitória da consciência e do 
tônus muscular postural (síncope). 
Causas de redução da irrigação cerebral: 
 - transtornos do ritmo cardíaco 
 - condução do estímulo, 
 - débito cardíaco, 
 - redução do retorno venoso e 
 - hipovolemia. 
 + desordens metabólicas, 
 +síndrome do seio carotídeo. 
 DESMAIO - DIMINUIÇÃO DO FLUXO SANGÚINEO CEREBRAL: 
CAUSAS CARDÍACAS: 
 
CAUSAS EXTRACARDÍACAS: 
 
 CIANOSE: 
Examinar à luz do dia, observando‐se os lábios, a ponta do 
nariz, a região malar (bochechas), os lóbulos das orelhas, a 
língua, o palato, a faringe e as extremidades das mãos e dos 
pés. 
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7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Significa coloração azulada da pele e das mucosas, como 
consequência do aumento da HB reduzida=5g/100 ml. 
CIANOSE DO TIPO CENTRAL: 
Diminuição da tensão de O2 no ar inspirado, como ocorre nas 
grandes altitudes. 
▪ Transtorno da ventilaçãopulmonar,(obstrução, por 
aumento da resistência nas vias respiratórias, 
paralisia dos músculos respiratórios, depressão do 
centro respiratório, respiração dolorosa superficial, 
atelectasia pulmonar). 
▪ Transtorno da difusão. Por aumento na espessura da 
membrana alveolocapilar 
▪ Transtornos na perfusão em consequência de 
cardiopatias congênitas, grave insuficiência 
ventricular direita, embolias pulmonares, destruição 
da árvore vascular pulmonar 
▪ Curto‐circuito (shunt) de sangue, da direita para a 
esquerda 
CIANOSE DO TIPO PERIFÉRICO: 
Perda exagerada de oxigênio ao nível da rede capilar por 
estase venosa ou diminuição funcional ou orgânica do calibre 
dos vasos da microcirculação acompanha de pele fria. 
A causa mais comum de cianose periférica é a vasoconstrição 
generalizada em consequência da exposição ao ar ou à água 
fria. 
Pode aparecer na insuficiência cardíaca congestiva (a estase 
venosa periférica retarda a circulação nos capilares que se 
encontram dilatados), no colapso periférico com diminuição do 
volume‐minuto, ou pode depender de obstáculo na circulação 
de retorno, como ocorre na flebite ou na flebotrombose. 
Se o obstáculo estiver no mediastino raços e parte superior do 
tórax, haverá cianose no rosto, pescoço, braços. 
CIANOSE DO TIPO MISTA: 
Acontece quando se associam os mecanismos responsáveis 
por cianose do tipo central com os do tipo periférico. 
Insuficiência cardíaca congestiva grave, apresenta congestão 
pulmonar que impede uma oxigenação adequada do sangue, há 
estase venosa periférica com grande perda de oxigenação. 
O teste da água quente e a elevação do membro cianótico 
podem fazer desaparecer a cianose periférica. A cianose 
central diminui ou desaparece com a inalação de O2. 
CIANOSE POR ALTERAÇÃO DA HEMOGLOBINA: 
Deve‐se a alterações bioquímicas que impedem a fixação do 
oxigênio pelo pigmento. 
A existência de meta‐hemoglobina dificulta a oxigenação 
porque estes derivados da hemoglobina não são facilmente 
dissociáveis, tendo perdido sua afinidade pelo oxigênio 
A meta‐hemoglobina produz cianose quando alcança no sangue 
20% da hemoglobina total. 
Essa alteração surge pela inalação ou ingestão de substâncias 
tóxicas que contêm nitritos, fenacetina, sulfanilamida, anilinas. 
 EDEMA: 
As expressões “inchaço” e “inchume” são as mais usadas pelos 
pacientes para relatar este sintoma, crescimento ou distensão 
do abdome (p. ex., “inchaço na boca do estômago”). 
Aumento do líquido intersticial, proveniente do plasma 
sanguíneo. Cumpre salientar que o peso corporal pode 
aumentar até 10% do peso total, mesmo sem o aparecimento de 
fóvea na pele. 
▪ O edema localizado, como acontece no edema 
angioneurótico ou inflamatório e na compressão de 
vasos linfáticos e venosos, 
▪ Edema generalizado, resultante de afecções 
cardíacas, renais, hepáticas, carenciais e do uso de 
medicamentos, por acúmulo de líquido não se 
restringe ao tecido subcutâneo e nas cavidades 
serosas (ascite, hidrotórax, hidropericárdio) 
Comprova‐se a ocorrência de edema subcutâneo pela 
depressão, à qual se dá o nome de fóvea. 
A pele da região edemaciada torna‐se lisa e brilhante quando o 
edema é recente; no entanto, se for de longa duração, a pele 
adquire o aspecto de “casca de laranja” 
Com o agravamento da função cardíaca, o edema acomete o 
corpo todo, inclusive o rosto. A esta condição, denomina‐se 
anasarca. 
Edema cardíaco, se dá pelo desequilíbrio que regula o 
intercâmbio de líquido, em nível capilar, entre o compartimento 
intravascular e o intersticial. 
 - pressão hidrostática 
 - pressão oncótica das proteínas 
 - permeabilidade capilar. 
 ASTENIA: 
Sensação de fraqueza generalizada. 
Esta expressão define um sintoma de caráter subjetivo, que 
tem como base uma impotência motora funcional. 
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8 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Está presente na maioria dos pacientes com insuficiência 
cardíaca e infarto agudo do miocárdio. 
 POSIÇÃO DE CÓCORAS: 
A foi descrita por Taussig em 1947, que a interpretou como um 
tipo peculiar de dispneia de esforço, próprio dos portadores de 
cardiopatia congênita cianótica com fluxo sanguíneo pulmonar 
diminuído (estenose e atresia pulmonar, atresia tricúspide, 
tetralogia de Fallot e transposição dos grandes vasos). 
Tais pacientes assumemgradual; 
o Relação com iluminação; 
o Visão noturna; 
o Correção com óculos ou lentes 
• Diplopia; 
• Fotofobia (comum em albinos) 
• Nistagmo: movimento repetitivo rítmico dos olhos. 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
• Escotomas: manchas ou pontos escuros no campo 
visual como moscas que voam diante dos olhos; 
• Secreção (pus ou lacrimejamento em excesso) 
• Vermelhidão: vasos na esclerótica; 
• Alucinações visuais 
• Deposição de gordura na íris = ocorrendo 
normalmente com o passar da idade, deixando uma 
aparência esbranquiçada na borda. 
ORELHAS: 
• Dor; 
• Otorreia: saída de líquido pelo ouvido; 
• Otorragia: perda de sangue no canal auditivo, relação 
com traumatismo; 
• Perda pacial ou total da audição, uni ou bilateral, de 
inicio súbito ou progressivo; 
• Zumbidos (campainha, grilos, apitos, chiados); 
• Vertigem ou tontura: sensação de estar girando em 
torno dos objetos (vertigem subjetiva) e os objetivos 
girando em torno de si (vertigem objetiva); 
o A vertigem é sempre para o mesmo lado? Se 
for, está relacionada com o ouvido, se não, é 
de origem cerebelar 
NARIZ E CAVIDADES PARANASAIS: 
• Prurido = maneira de coçar pode indicar alguma 
patologia, como a rinite por exemplo 
• Dor; 
• Espirros: isolados ou em crises, quais condições 
normalmente ocorre; 
• Obstrução nasal; 
• Rinorreia: aspecto do corrimento 
o Aquoso; 
o Purulento; 
o Sanguinolento 
• Epistaxe: hemorragia nasal; 
• Dispneia: falta de ar; 
• Hiposmia: diminuição do olfato; 
• Anosmia: perda total do olfato; 
• Cacosmia: sentir mal cheiro sem razão; 
• Parosmia: perversão do olfato, paciente relata um 
cheiro totalmente diferente do mostrado 
• Rinolalia: alteração na fonação, voz anasalada 
CAVIDADE BUCAL E ANEXOS: 
• Alteração do apetite; 
o Polifagia ou hiperorexia: 
o Inapetência ou anorexia; 
o Geofagia = paciente quer comer terra 
o Tricofagia = paciente quer comer cabelo 
o Coprofagia = paciente quer comer fezes 
• Sialose: produção a mais de saliva 
• Halitose: mau hálito; 
• Dor; 
• Trismo e bruxismo (bruxismo além do trismo cerra os 
dentes para os lados, gerando uma tensão na ATM e 
podendo causar dores de cabeças semelhantes a 
enxaquecas) 
• Ulcerações e sangramentos (aftas) 
FARINGE: 
• Dor de garganta; 
• Dispneia; 
• Disfagia: dificuldade de deglutir localizada na 
bucofaringe sendo uma disfalgia alta; 
• Tosse (seca ou produtiva) = quando surgiu? É seca ou 
cheia/produtiva? Consegue colocar a secreção para 
fora? Caracterizar a secreção 
• Halitose; 
• Pigarro: ato de raspar a garganta; 
• Ronco: pode estar associado à apneia do sono. 
LARINGE: 
• Dor; 
• Dispneia; 
• Disfonia 
o Afonia; 
o Voz lenta/monótona; 
o Voz fanhosa ou anasalada 
• Tosse: seca, produtiva, rouca ou bitonal; 
• Disfagia; 
• Pigarro 
TIREOIDE E PARATIREOIDES: 
• Dor; 
• Nódulo; 
• Bócio = Aumento anormal da glândula em forma de 
borboleta abaixo do pomo de Adão 
• Rouquidão = relacionado com pacientes com câncer 
de tireoide invasiva 
• Dispneia; 
• Disfagia; 
VASOS E LINFONODOS: 
• Dor; 
• Linfadenomegalias (ínguas); 
• Pulsações e turgência jugular: veia do pescoço 
pulada 
PAREDE TORÁCICA: 
• Dor; 
Quando uma categoria também está presente em outro 
sistema, se for positivo no paciente, para não repetir a 
informação colocamos “vide, sistema do ouvido) 
 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
• Dispneia; 
• Alterações na forma do tórax 
MAMAS: 
• Dor; 
• Nódulos (caroço – SIC) 
o Localização e evolução; 
o Modificações durante ciclo menstrual 
• Secreção mamilar 
o Uni ou bilateral; 
o Espontânea ou provocada; 
o Aspecto da secreção 
TRAQUEIA, BRÔNQUIOS, PULMÕES E 
PLEURAS: 
• Dor; 
• Tosse seca ou com expectoração; 
o Frequência; 
o Intensidade; 
o Tonalidade; 
o Relação com decúbito 
o Período em que predomina 
• Expectoração; 
o Volume e cor; 
o Odor; 
o Aspecto e consistência; 
o Mucoide; 
o Serosa; 
o Purulenta; 
o Mucopurulenta; 
o Hemoptoica = pode estar relacionada com a 
tuberculose, sendo a tosse com secreção 
acompanhada de jatos de sangue. 
• Hemoptise: eliminação de sangue pela boca através 
da glote, sendo proveniente dos brônquios ou 
pulmões. Obter dados para diferenciar hemoptise da 
epistaxe e da hematêmese. 
• Vômica: eliminação súbita, através da glote, de 
quantidade abundante de pus ou líquido de aspecto 
mucoide ou seroso 
DIAFRAGMA E MEDIASTINO: 
• Dor = normalmente nos ombros 
• Soluço: contrações espasmódicas do diafragma, 
concomitantes com o fechamento da glote, 
acompanhadas de um ruído rouco, podendo ser 
isolado ou em crises. 
• Dispneia. 
CORAÇÃO E GRANDES VASOS: 
• Dor; 
o Isquêmica 
o De pericardite; 
o De origem aórtica; 
o De origem psicogênica 
• Palpitações: percepção incomoda dos batimentos 
cardíacos 
o Tipos de sensação; 
o Horário do aparecimento; 
o Modo de instalação e desaparecimento; 
o Relação com esforço ou outros fatores 
• Dispneia: relação com esforço ou decúbito 
• Cianose: central; coloração azulada da pele 
o Época do aparecimento; 
o Intensidade; 
o Relação com choro e esforço 
• Edema 
o Época que apareceu; 
o Como evoluiu; 
o Região predominante 
• Astenia: sensação de fraqueza 
ESÔFAGO: 
• Disfagia: podendo ser alta ou baixa; 
• Odinofagia: dor retroesternal durante deglutição; 
• Pirose: sensação de queimação retroesternal, 
relacionado com ingestão de alimentos e 
medicamentos e observar horário que aparece; 
• Regurgitação: volta à cavidade bucal de alimento ou 
de secreções contidas no esôfago ou no estômago 
(caracterizado pelo paciente sentir o gosto do 
alimento nesse arroto); 
• Eructação: relação com a ingestão de alimentos ou 
com alterações emocionais; 
• Soluço; 
o Horário em que aparece; 
o Isolado ou em crise; 
o Duração 
• Hematêmese: vômito de sangue 
o Características do sangue eliminado; 
o Diferenciar epistaxe de hemoptise 
ABDOME: 
• Dor = todo alimento provoca dor ou algum alimento 
em específico? 
• Alterações de forma e volume; 
Lembrar que homens também tem mamas, observar se 
aparece caroço, se for positivo caracterizar. No caso de 
secreção mamilar em homem é MUITO grave, enquanto na 
mulher pode indicar menopausa. 
 
Hematêmese: sangramento que vem do estômago 
Epistaxe: hemorragia nasal 
 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
o Crescimento do abdome; 
o Hérnias; 
o tumorações 
• Náuseas e vômitos; 
o Horário; 
o Relação com ingestão de alimentos; 
o Aspectos dos vômitos; 
• Desconforto epigástrico; empazinamento, sensação 
de distensão por gases, náuseas, intolerância 
• Diarreia; 
o Duração e volume; 
o Consistência; 
o Aspecto e cheiro 
• Esteatorreia: aumento da quantidade de gorduras 
excretadas nas fezes 
• Flatulência e dispepsia: relação com a ingestão de 
alimentos. Hemorragia digestiva em aspecto de borra 
de café (melena) ou sangue vivo (enterorragia); 
• Obstipação intestina; 
o Duração e aspecto das fezes 
• Sangramento anal: relação com defecação 
• Prurido anal; 
o Intensidade e horário que predomina; 
• Dor pancreática: é em cinta no andar superior do 
abdome, piora com alimentação 
• Tenesmo: 
• Disenteria; 
• Fezes; 
o Cor e consistência; 
o Odor diferente e muco; 
o Vermes e frequência; 
SISTEMA GENITOURINÁRIO: 
• Alterações miccionais; 
o Incontinência; 
o Hesitação; 
o Modificações do jato; 
o Retenção urinária; 
• Alteração do volume e ritmo urinário; 
o Poliúria = eliminação de grande volume de 
urina num dado período, ger. indicativa de 
diabetes 
o Oligúria = Secreção insuficiente de urina, 
baixa produção de urina. 
o Anúria = Diminuiçãoinstintivamente a posição de cócoras, 
apoiando as nádegas nos calcanhares, porque descobrem que 
esta posição alivia a dispneia 
Sem dúvida, a posição de cócoras melhora a saturação arterial 
de oxigênio, mas sua explicação exata ainda permanece 
controvertida. 
A teoria mais aceita é a de que essa posição eleva a pressão 
arterial sistêmica por compressão das artérias femorais e 
ilíacas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR PAULO – AULA 11 
Semiologia Medica – Sintomatologia 
Cardiovascular 11 
 
INTRODUÇÃO 
Como qualquer outro sistema vamos pontuar desde anamnese 
até os hábitos higienicodietéticos do paciente pois vai 
influenciar e direcionar a determinadas patologias nas três 
grandes áreas: arterial, venosa e linfática. 
SINAIS E SINTOMAS: 
Com relação aos sinais e sintomas vamos ter: 
▪ Dor; 
▪ Pele e fânero com alteração de cor, temperatura da 
região ou alterações tróficas (lesões); 
▪ Edema 
Pode se manifestar como formigamento, queimação, constrição 
ou aperto, cãibras, sensação de peso ou de fadiga. 
 O QUE É UMA CLAUDICAÇÃO? 
A claudicação intermitente é uma dor que aparece sempre na 
mesma distância/tempo de caminhada, é repetitiva e cíclica. O 
paciente caminha, vai apresentar a dor, ela se intensifica ao 
ponto de fazer com que pare de caminhar. Ao parar a dor 
desaparece. 
Pode ainda se dividir entre: limitante e incapacitante. 
• Limitante: geralmente acima de 500m e limita a vida 
do paciente, não consegue fazer mais do que 
costumava a fazer em termos de caminhada; 
• Incapacitante: geralmente abaixo de 100m, o paciente 
fica incapaz de fazer qualquer atividade, lembrar que 
é variável de paciente pra paciente (lembrar do 
exemplo do carteiro). 
A dor de repouso é causada pelo acúmulo de catabólitos ácidos 
ou por produtos de degradação dos tecidos, como a bradicinina, 
que estimulam as terminações nervosas. 
• Claudicação Venosa: a dor aparece ao andar ou ao 
ficar muito tempo em pé; só passa ao repousar com 
os membros inferiores na horizontal ou elevados, 
semelhante a claudicação intermitente (na venosa ao 
repousar não desaparece completamente); 
• Pseudoclaudicação: dor de origem neurológica, pode 
aparecer ou desaparecer mesmo andando ou parado 
ou com membro elevado ou não. Não costuma ter um 
padrão. 
A cor depende do fluxo sanguíneo, do grau de oxigenação da 
hemoglobina e da presença de melanina. Nas doenças arteriais, 
as alterações da pele compreendem: 
• Palidez; 
• Cianose; 
• Eritrocianose; 
• Rubor; 
• Livedo reticular; 
• Fenômeno de Raynaud 
 
 
 SÍNDROME DE RAYNAUD: 
Síndrome de Raynaud é uma doença que afeta os microvasos 
sanguíneos e faz com que, principalmente, os dedos das mãos 
e dos pés mudem de cor, apresentando rouxidão, palidez ou 
vermelhidão dos membros. 
É mais comum em mulheres adultas e pacientes que possuam 
histórico familiar da doença. 
DOR: 
ALTERAÇÃO DA COR DA PELE: 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
A palidez aparece quando há diminuição acentuada do fluxo 
sanguíneo no leito cutâneo, como ocorre na oclusão e no 
espasmo arterial 
A cianose quando o fluxo de sangue no leito capilar se torna 
muito lento, provocando consumo de quase todo o oxigênio, 
com consequente aumento da hemoglobina reduzida 
(carboxihemoglobina). 
Podem surgir palidez e cianose, cianose e rubor ou apenas 
palidez ou cianose. 
Observado em diversas arteriopatias, nas doenças do tecido 
conjuntivo e do sistema nervoso, em afecções hematológicas, 
na compressão neurovascular cervicobraquial, em 
traumatismos neurovasculares e em intoxicações exógenas 
por metais pesados e ergot. 
 ERITROCIANOSE: 
Coloração vermelho-arroxeada que ocorre nas extremidades 
dos membros com isquemia intensa. 
Aparece no estágio de pré-gangrena, sendo consequência da 
formação de circulação colateral com dilatação de capilares 
arteriais e venosos, sendo a última tentativa do organismo para 
suprir as necessidades de oxigênio dos tecidos. 
 
ERITEMA: são áreas de dilatação da microcirculação arterial, 
ocorre principalmente nas doenças funcionais e se devem a 
vasodilatação arteriocapilar. 
 
 LIVEDO RETICULAR: 
O livedo reticular é uma alteração da coloração da pele 
caracterizada por uma cianose em modo de rede, circundando 
áreas de palidez. Nas manifestações mais intensas, a pele 
adquire o aspecto de mármore, daí a denominação cutis 
marmorata. 
Sofre grande influência da temperatura ambiente, aumentando 
com o frio e diminuindo com o calor. 
 
A temperatura da pele depende, basicamente, do maior ou 
menor fluxo sanguíneo. Nas doenças arteriais obstrutivas, a 
redução do aporte sanguíneo provoca diminuição da 
temperatura da pele (frialdade). 
Quanto mais distante for da oclusão arterial ou espasmo, mais 
frio será a extremidade e maior será a área de hipotermia. 
 
As alterações tróficas compreendem: a atrofia da pele 
(diminuição de sangue naquela área), a diminuição do tecido 
subcutâneo, a queda de pelos, alterações ungueais (atrofia, 
unhas quebradiças ou hiperqueratósicas), calosidades, lesões 
ulceradas de difícil cicatrização, edema, sufusões 
hemorrágicas, bolhas e gangrena. 
A maior parte destas alterações aparece nas arteriopatias 
crônicas; 
ALTERAÇÃO DA TEMPERATURA DA PELE: 
ALTERAÇÕES TRÓFICAS – LESÕES: 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
A atrofia da pele costuma estar associada à diminuição do 
tecido subcutâneo, à queda de pelos e às alterações ungueais. 
Leito ungueal é a parte abaixo das unhas das mãos e 
dos pés. Estão expostos a infecções. A causa mais 
comum da doença ungueal é a infecção, que é causada 
principalmente por fungos e, com menor frequência, 
por bactérias. 
Nas oclusões agudas, costumam surgir apenas bolhas, edema 
e gangrena. Pois o paciente não tem circulação colateral 
suficiente para nutrir os tecidos após a oclusão, mais comum 
em paciente idoso. 
LEMBRAR: EM CASO AGUDO!!! 
A pele atrófica torna‐se delgada, brilhante, lisa, rompendo‐se 
com pequenos traumatismos. 
 GANGRENA SECA: 
Neste tipo de gangrena há uma obstrução ou um retardamento 
da circulação sanguínea no órgão ou na parte do corpo que é 
afetado. As peças periféricas gostam dos dedos do pé, dedos, 
ponta do nariz, lóbulos da orelha que etc. são geralmente 
envolvidos. 
A gangrena seca é considerada geralmente nos pacientes do 
tipo - 1 e tipo - o diabetes 2. Em ambos os tipos de diabetes o 
açúcar no sangue alto a longo prazo danifica as artérias e os 
vasos sanguíneos pequenos que fornecem as peças da 
extremidade do corpo como os dedos e os dedos do pé. Isto 
conduz à obstrução e ao retardamento da circulação sanguínea 
e finalmente da gangrena. 
Os pacientes com doença arterial periférica desenvolvem 
depósitos do ácido gordo ou desenvolvem a redução de vasos 
sanguíneos periféricos. Algumas circunstâncias incluem a 
doença e o Scleroderma de Raynaud. Isto restringe o fluxo 
sanguíneo para entregar ou os músculos do pé e pode causar a 
gangrena. 
A gangrena seca geralmente é caracterizada por frio, por 
indolor e por seco e murchada acima de divisória afetada. Há 
pele saudável circunvizinha. A área afetada é dita parecer 
mumificada. 
 
Há uma redução de fluxo sanguíneo, e isquemia,como na 
gangrena úmida, porém o tecido desidrata. 
A área necrótica perde água para o ambiente, ao contrário da 
gangrena úmida. Essa desidratação faz com que a aparência 
seja retraída, seca, e com aspecto mumificado. 
A coloração do tecido da gangrena seca é negro, decorrente de 
alterações da hemoglobina. 
 GANGRENA ÚMIDA: 
Ocorre, inicialmente, uma obstrução do fluxo sanguíneo, e um 
processo de necrose se instala rapidamente. As alterações 
nucleares acontecem (picnose, cariorrexe e carólise). 
O processo acontece em diversas ocasiões, como em feridas 
traumáticas graves, evolução de apendicite e colecistites 
graves, evolução de pneumonias, torções de alças intestinais (a 
isquemia das alças leva a uma translocação bacteriana), e 
trombose de artérias mesentéricas, pelo mesmo motivo do 
anterior. 
A necrose é tão rápida que o tecido não chega a perder muita 
água. Então, o tecido necrosado sofre contaminação por 
bactérias saprófitas, que digerem o tecido, deixando-o 
amolecido, e por isso é conhecida como gangrena úmida. 
Macroscopicamente, podemos observar edema, e a aparência 
de um tecido “molhado”. A separação entre tecido necrosado e 
tecido saudável é visível. 
Alguns sintomas estão presentes como alterações na 
coloração da pele, dor seguida de dormência e perda de 
sensibilidade local, e odor fétido. 
O tratamento precisa ser realizado rapidamente, pois a 
gangrena úmida possui potencial para se espalhar 
rapidamente, ocorrendo uma disseminação bacteriana, choque 
séptico e morte. 
 
 GANGRENA GASOSA: 
A gangrena gasosa ocorre também após um processo necrótico 
por isquemia, porém o tecido necrótico é invadido por bactérias 
do gênero Clostridium (C. botulinum, C. tetani, e C. 
perfrigens). A espécie mais associada é o Clostridium 
perfrigens. 
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Essas bactérias produzem exotoxinas e gases. As exotoxinas 
contribuem para o processo de necrose. 
A gangrena gasosa também é uma emergência médica, pois o 
tecido contaminado deve ser desbridado rapidamente, para que 
haja o controle de sinais e sintomas sistêmicos, uma vez que as 
toxinas produzidas pelo Clostridium podem acarretar em 
diversas alterações como hemólise, vasoconstricção 
(reduzindo a perfusão) e aumento da permeabilidade celular. 
 
O edema que ocorre em doenças arteriais isquêmicas resulta 
de inúmeros fatores, tais como aumento da permeabilidade 
capilar por isquemia, tendência dos pacientes a manterem os 
pés pendentes para aliviar a dor, dificultando o retorno venoso, 
processo inflamatório nas arterites e, às vezes, trombose 
venosa associada. 
DOENÇAS ARTERIAIS - ARTERIOPATIAS: 
• Síndrome isquêmica aguda; 
• Síndrome isquêmica crônica; 
• Doença vasculares funcionais; 
É decorrente da interrupção brusca de sangue para um 
segmento do organismo. Podemos ter embolia arterial em 
torno de 70% dos casos. Embolia é quando o coagulo se formou 
em determinada região, saiu e obstruiu em outra área. 
Pode ser causada também por trombose, que o coagulo se 
forma na região e ali é obstruído naquela área. Pode ser 
causada também por traumatismo arteriais como uma facada, 
um acidente automobilístico e etc. Por fim, uma dissecção 
aguda de aorta e iatrogênica. 
➔ Embolia, trombose, traumatismos, dissecção de aorta 
e iatrogênica. 
QUADRO CLÍNICO: 
Depende da área comprometida (Ex: a síndrome isquêmica 
cerebral aguda (AVC), as síndromes de isquemia miocárdica 
(angina de peito, infarto do miocárdio), a síndrome isquêmica 
intestinal aguda e a síndrome isquêmica aguda dos membros). 
Dor, alteração da cor e da temperatura da pele, contratura 
muscular, bolhas e ausência de pulsos periféricos, distalmente 
à oclusão arterial. 
É de aparecimento insidioso, por diminuição progressiva da 
irrigação sanguínea em um determinado território. É provocada 
pela redução ou oclusão do lúmen de uma artéria 
ETIOLOGIA: 
• Aterosclerose 
• Arterites 
• Fístulas arteriovenosas (FAVs) 
• Compressão extrínseca (costela cervical e neoplasias) 
QUADRO CLÍNICO: 
Depende da área comprometida e da circulação colateral 
existente. Temos dor, alteração da cor e da temperatura da 
pele, contratura e atrofia muscular e ausência de pulsos 
periféricos, diminuição dos fâneros - distalmente à oclusão 
arterial. 
 FÍSTULA ARTERIOVENOSA ADQUIRIDA: 
 
 
Se esta acontecendo uma oclusão venosa na parte distal, esse 
fluxo que era pra ser da mão em direção ao coração, começa a 
voltar para a mão provocando uma hipertensão nervosa que 
pode ulcerar a mão do paciente, além do inchado. 
DOENÇAS VASCULARES FUNCIONAIS: 
São caracterizadas por alteração da coloração da pele, 
decorrente de vasoespasmo arteriolar, sem comprometimento 
orgânico dos vasos. 
EDEMA 
SÍNDROME ISQUÊMICA AGUDA: 
SÍNDROME ISQUÊMICA CRÔNICA: 
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As mais comuns são doença de Raynaud, acrocianose e livedo 
reticular. 
SISTEMA VENOSO: 
• Varizes dos membros inferiores 
• Trombose Venosa Profunda (TVP) 
• Tromboflebite superficial 
• Síndrome pós-trombótica e/ou Insuficiência Venosa 
Crônica (IVC) 
SINAIS E SINTOMAS DO SISTEMA VENOSO: 
Em relação à dor, vamos ter também a claudicação venosa e a 
dor das varizes que consiste em queimação, cansaço, peso, 
câimbras e que melhorar após elevação dos membros. 
Também precisamos observar as alterações tróficas como, 
edema, celulite, hiperpigmentação, eczema, prurido, úlceras, 
dermatófitobrose/dermatoesclerose. Por fim, devemos 
observar a varicorragia, se tem presença ou não. 
Na classificação CEAP: 
PACIENTE C0: é um paciente que se queixa de varizes, mas não 
temos varizes visíveis. 
PACIENTE C1: apresenta as telangiectasias ou veias reticulares. 
PACIENTE C2: apresenta varizes que pulam ao nível da pele. 
Caso o paciente tenha feito algum tratamento, mas voltou ao 
estado de C2 chamamos então de C2r – recidivadas. 
PACIENTE C4: podemos classificar em a, b, c. 
A= hiperpigmentação, dermatite ocre; B= atrofia branca e C é a 
corona flebectásica. 
PACIENTE C6: paciente tem recidivas da úlceras, do tipo que 
cicatriza e abre várias vezes, ela passa a ser uma C6r – 
recorrente. 
 
 
 
Neste painel temos que doença venosa crônica e a partir de C4 
temos insuficiência venosa crônica em diante. 
OBSERVAÇÕES – FOTOS DE PACIENTE C4: 
 
 
 SÍNDROME DE KLIPPEL TRENAUNAY: 
Alteração de coloração da pele, violácea, geralmente 
unilateral. O membro comprometido é maior do que o outro 
devido a oferta de oxigênio que é maior, com micro fístulas 
arteriovenosas. 
É de nascença, vai até a nádega ainda podendo chegar nas 
costas. É uma raridade ser bilateral. 
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6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
 CIRCULAÇÃO COLATERAL: 
 
Uma turgência jugular pode ser considerada quando um 
paciente, em 45º da fúrcula até onde consegue ver a veia. Caso 
passe de 4-5 cm podemos considerar como turgência. 
 DOENÇA DE MONDOR: 
Temos uma tromboflebite da veia, a veia fica endurecida com 
aspecto de cordão. Lembrar que na mama pode ocorrer tanto 
em cima quanto em baixo. 
No caso da flebite mesmo, em caso agudo ela está bem 
avermelhada sendo possível ver o caminho da veia. 
 
A doença de Mondor da mama é uma tromboflebite superficial 
damama que se apresenta como um cordão fibroso e 
espessado na região subcutânea da mama. É uma enfermidade 
rara, benigna e autolimitada que apresenta dor e retração da 
pele no nível do vaso afetado. 
 
 TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP): 
Temos um membro comprometido, edemaciado, podendo ser 
distal; sendo poplítea pra cima temos que é proximal. 
SISTEMA LINFÁTICO: 
Tem função de remover as proteínas do líqudio intersticial, 
remover e destruir as bactérias, formar anticorpos, absorção 
de nutrientes a nível intestinal. 
Temos a alba dolens – menos grave, ocorre oclusão venosa 
total, porém a parte arterial ainda está presente, com pele de 
tonalidade esbranquiçada. 
Temos a cerulea dolens – mais grave, de urgência, ocorre 
oclusão total até da microcirculação; a parte arterial fica sem 
nutrir o tecido, com dor lancinante com risco de embolia 
altíssimo. 
 
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7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
SINAIS E SINTOMAS: 
Podemos ter alterações tróficas como: edema, celulite, 
hiperpigmentação, eczema, prurido, úlceras e dermatofibrose. 
Além disso, o paciente pode apresentar uma linfagite, dor e 
adenomegalia. 
Ocasionado por bloqueio ganglionar ou dos coletores linfáticos 
como consequência de processo neoplásico, inflamatório 
(linfangite), parasitário (filariose) e após cirurgia de 
esvaziamento ganglionar. 
É duro (fibroelástico), não depressível, frio, leva à deformidade 
do membro e não diminui substancialmente com o repouso, 
mesmo com a elevação do membro. 
É o aumento do volume de um linfonodo, denominado do ponto 
de vista histológico como hiperplasia reacional. As 
adenomegalias superficiais normalmente são chamadas de 
ínguas. Em processos infecciosos agudos, frequentemente há 
supuração com formação de abcesso local. Pode ser causada 
por: 
• Infecções bacterianas como: estreptococcias, 
estafiloccocias, sífilis, tuberculose; 
• Infecções virais: rubéola e mononucleose; 
• Neoplasias próprias dos linfonodos como a doença de 
Hodkin; 
• Invasão de linfonodo por metástase neoplasia de 
outros órgãos; 
• Invasão por fungos; 
• Invasão por parasitos 
É uma inflamação de um vaso linfático, caracterizando por 
eritema, dor e edema no trajeto do vaso. Costuma ser 
facilmente confundida com flebite. 
DOENÇAS LINFÁTICAS: 
• Erisipela 
• Linfedema 
• Linfadenopatias reacionais e inflamatórias 
Nos linfedema primários, ocorre a alteração congênita do 
desenvolvimento de vasos linfáticos e linfonodos ou obstrução 
linfática de etiologia desconhecida. 
Nos linfedemas secundários, a disfunção anatômica ou 
funcional ocorre em tecido linfático previamente normal, sendo 
possível estabelecer a causa do linfedema pela história clínica. 
Os linfedemas congênitos surgem antes do 2o ano de vida, 
podendo estar associados a outras síndromes e malformações, 
ocorrer isoladamente (linfedema congênito simples), ou 
apresentar transmissão hereditária e familiar (doença de 
Milroy). 
 
Os linfedemas primários precoces constituem o grupo mais 
numeroso dentre os linfedemas primários. São os que se 
manifestam clinicamente depois dos 2 e antes dos 35 anos de 
idade. 
Apesar de poder apresentar-se de diversas maneiras, o 
linfedema primário precoce é mais comum no sexo feminino e 
tem início na adolescência. 
Os linfedemas primários tardios, por definição, acometem 
pacientes após os 35 anos de idade e são, em geral, mais 
benignos do que os demais e também são mais frequentes no 
sexo feminino. 
 
EDEMA 
LINFEDEMA: 
ADENOMEGALIA: 
LINFANGITE: 
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8 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
É uma doença infecciosa produzida por estreptococo do grupo 
A. Clinicamente, temos febre elevada, cefaleia, vômito e sinais 
inflamatórios na área afetada. 
Pode comprometer o tecido de qualquer parte do corpo, no 
entanto, é mais comum em MMII. Quase sempre podemos ver 
uma linfagite e adenite também. 
A porta de entrada para as bactérias são as escoriações ou 
ferimentos que a pele pode apresentar. Podem acontecer, por 
exemplo, por micoses interdigitais e as lesões produzidas por 
ela. 
Pode aparecer lesões bolhosas semelhantes a quando 
produzidas por queimaduras, ou áreas de necrose. É necessário 
que o exame saiba reconhecer bem a diferença entre uma 
trombose da safena interna e linfangite. 
• Trombose: palpamos um cordão duro no trajeto da 
veia, não se tem febre; 
• Linfangite: observa-se uma faixa avermelhada e 
dolorosa do trajeto linfático, adenomegalia inguinal 
DOLOROSA, acompanhada de febre. 
 
• n
e
o
p
l
a
s
i
a
s 
 
 
ERISIPELA: 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR PAULO – AULA 12 
Semiologia Medica 
Exame Fisico Vascular I 
 
EXAME FÍSICO VASCULAR: 
O exame físico fazemos a inspeção em pé e deitado. Logo após, 
temos a palpação, ausculta, manobras para avaliar o fluxo 
arterial tanto nos membros inferiores como superiores. Por 
fim, medimos a PA (ITB – índice Tornozelo Braço). 
Na inspeção o que vamos procurar observar: 
Associação de tumorações em equimoses, em favor de 
hematomas. Se tiver crescendo podemos pensar em um 
pseudoaneurisma, tumoração no percurso da parte venosa da 
fístula arteriovenosa, decorrendo a traumatismos constantes 
pelas furadas das agulhas. 
 
 
 DANÇA DAS CARÓTIDAS: 
Também chamada de Sinal de Corrigan, podemos observar uma 
insuficiência aorta, com pulso em martelo d’água. 
 
SINAL DE MUSSET: a cabeça faz um pequeno movimento 
involuntário de acordo com a pulsação, caracterizado pela 
insuficiência aórtica grave. 
PALPAÇÃO: 
Na palpação vamos checar os pulsos: 
A amplitude do pulso é graduada de + a ++++ e pode variar de 
examinador para examinador, mas o importante é a 
determinação da amplitude comparativamente em pulsos 
homólogos pelo mesmo examinador. 
O frêmito é a sensação tátil que temos das vibrações 
produzidas pelo turbilhonamento do sangue ao passar por uma 
estenose ou dilatação. Pode ser sistólico ou contínuo (chamado 
de sistodiastólico). 
Normalmente é sistólico, mas temos o exemplo da tosse, que 
quando o paciente tosse, teremos um frêmito na veia femoral. 
O frêmito sistólico ocorre nas estenoses e nos aneurismas; o 
frêmito contínuo, ocorre nas fístulas arteriovenosas. Também 
pode ser graduado entre + a ++++. 
 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Na vascular, TODOS os pulsos precisam ser checados e 
palpados. Com relação à ausculta, é OBRIGATÓRIO auscultar a 
carótida e aorta abdominal. Se eu tenho uma suspeita que o 
paciente tem uma fístula arteriovenosa: 
O QUE SERIA ESSA FÍSTULA? Uma comunicação entre artéria e 
veia a nível da femoral, além de palpar e ver o frêmito, precisa 
auscultar e vamos ter um sopro em locomotiva. Esse sopro 
também é presente em fístulas arteriovenosas para 
hemodiálise. 
 MANOBRA DE OSLER: 
1. Primeiro palpamos a artéria radial ou braquial; 
2. Insuflamos cerca de 20-30 mmHg acima da pressão 
arterial sistólica; 
3. Verificamos se a artéria permanece palpável, se sim, 
grande possibilidade de pseudo-hipertensão arterial. 
Esse quadro é um fenômeno comum no idoso. Resumindo, se ao 
insuflarmos o manguito até desaparecer o pulso radial, caso a 
artéria ainda se mantenha palpável após o procedimento, 
consideramos o paciente como Osler positivo. 
 
MANOBRA DO SINAL DE CACIFO OU GODET: 
Também caracteriza em cruzes, pressionamosa área e ocorre 
a depressão da área comprimida, caracterizando edema do 
tecido celular subcutâneo. 
 
MANOBRAS PARA O FLUXO ARTERIAL DAS 
EXTREMIDADES INFERIORES: 
Podemos dividir em: 
• Manobra da marcha; 
• Manobra da isquemia provocada (Buerger); 
• Manobra da hiperemia reativa; 
• Manobra do enchimento venoso (Collens) 
APESAR DO ULTIMO SE CLASSIFICAR COMO VENOSO, NA 
MANOBRA VAMOS AVALIAR O FLUXO ARTERIAL DAS 
EXTREMIDADES INFERIORES!! 
 MANOBRA DA MARCHA: 
Dois parâmetros devem ser analisados: o tempo de 
claudicação, que é o tempo gasto para o aparecimento da dor 
(normalmente na panturrilha), e o tempo de incapacidade 
funcional, que é o tempo necessário para que o paciente 
precise parar em decorrência da dor. 
Vai dar o diagnóstico da claudicação intermitente como vai 
servir de controle com relação ao tratamento. Se o paciente 
está tendo melhora com medicação, então esses dois 
parâmetros vão aumentar gradativamente. 
 MANOBRA DA 
ISQUEMIA PROVOCADA (BUERGER OU ELEVAÇÃO DO MEMBRO): 
 
Nessa manobra o paciente vai ficar em decúbito dorsal, vamos 
observar a região plantar do paciente. Em alguns casos mais 
avançados, só em ficar deitado a região do membro isquêmico 
vai ficar com a região plantar mais pálida. 
Caso não fique, elevamos o membro em 60º vamos observar 
durante 1min o membro elevado e aí, o membro isquêmico vai 
se mostrar com região plantar mais pálida. Em seguida, vamos 
baixar o membro e a região que antes estava isquêmica ela vai 
estar hiperemiada. 
 MANOBRA DA HIPEREMIA REATIVA: 
Vamos precisar de um manguito que consiga pegar toda região 
da coxa do paciente. 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
No primeiro tempo, estando o paciente em decúbito dorsal, o 
médico observa a coloração dos membros. 
No segundo tempo, seus membros inferiores são elevados a 
cerca de 90°, mantendo‐os nesta posição durante 3 min para 
que haja esvaziamento/drenagem do leito venoso. 
Em seguida, coloca‐se na raiz da coxa um manguito 
pneumático, de largura apropriada, o qual é insuflado até 
ultrapassar o valor da pressão sistólica do paciente. Só após 
insuflar é que vamos abaixar o membro do paciente. 
No terceiro tempo, os membros voltam à posição horizontal; 3 
min após, o manguito é desinsuflado rapidamente. Observam‐
se, então, as alterações de coloração que aparecem 
distalmente. 
Nos indivíduos normais, imediatamente após a desinsuflação do 
manguito, nota‐se o aparecimento de uma coloração 
avermelhada que progride de maneira uniforme até alcançar 
os pododáctilos, no prazo de 10 a 15 segundos, Permanece por 
30 a 40 segundos. Esta coloração desaparece no mesmo 
sentido em um prazo de, no máximo, 2 min. 
Nos indivíduos com isquemia, o tempo de surgimento da 
coloração avermelhada é mais longo e pode demorar até 30 
min para acometer os pododáctilos. • Além disso, a 
disseminação da coloração nem sempre é uniforme, ocorrendo 
em placas, que podem ser cianóticas, em vez de avermelhadas. 
 MANOBRA DO ENCHIMENTO VENOSO: 
APESAR DO ULTIMO SE CLASSIFICAR COMO VENOSO, NA 
MANOBRA VAMOS AVALIAR O FLUXO ARTERIAL DAS 
EXTREMIDADES INFERIORES!! 
No primeiro tempo, com o paciente sentado e com as pernas 
pendentes, o médico observa o estado de enchimento das veias 
do dorso dos pés. 
No segundo tempo, solicita‐se a ele deitar‐ se elevando os 
membros inferiores a cerca de 90°, para facilitar a drenagem 
desse membro, após isso o examinador massageia as veias 
superficiais, esvaziando‐as com movimentos deslizantes da 
mão em direção à coxa. 
No terceiro tempo, o paciente reassume a posição sentada 
rapidamente, deixando os pés pendentes outra vez. Determina‐
se, então, o tempo necessário para o enchimento das veias. Em 
condições normais, este período é de cerca de 10 segundos; 
quando há isquemia, o tempo se prolonga, aumentando de 
acordo com a intensidade da deficiência da irrigação. 
Pacientes com Varizes e/ou simpatectomizados (desligamento 
do sistema simpático realizado nos gânglios ao nível da 
coluna) ou ambientes muito frios - essa manobra NÃO TEM 
VALOR. 
Não tem valor pois pode dar um falso positivo, o sangue irá vim 
do venoso mais alto para baixo, por insuficiência das válvulas. 
Você pensa que encheu por causa da artéria, mas encheu de 
cima para baixo por causa da veia. Pelo frio vamos ter a 
vasoconstricção. 
MANOBRAS PARA FLUXO ARTERIAL DAS 
EXTREMIDADES SUPERIORES: 
Podemos dividir em: 
• Manobra de Adson; 
• Manobra Costoclavicular (Halstead/Militar/Mochileiro) 
• Manobra Costoclavicular Passiva; 
• Manobra do Hiperabdurção (Wright); 
• Manobra de Allen 
 MANOBRA DE ADSON: 
 
Esta manobra é utilizada para o diagnóstico de compressão da 
artéria subclávia e do plexo braquial pelo músculo escaleno 
anterior, costela cervical, processo transverso longo da 7a 
vértebra cervical ou bridas. 
Palpamos o pulso radial do paciente, com esteto na região 
supraclavicular o paciente gira a cabeça pro lado que está 
sendo examinado, pedimos para inspirar profundamente. Nesse 
momento o pulso diminuirá, ou desaparecerá e aparecerá um 
sopro ao nível da ausculta, caracterizando positividade. 
Para ter valor diagnóstico, a manobra deve ser repetida 3 
vezes, com resultados semelhantes. Se uma for negativa é 
negativa. 
 MANOBRA COSTOCLAVICULAR: 
Vou querer saber se a costela juntamente com a clavícula está 
comprimindo a subclávia. Na manobra, palpo o pulso radial, o 
esteto pode estar no infra ou supraclavicular (porém damos 
preferência ao supra para não confundir com addson). 
Pedimos para o paciente jogar os ombros para trás e para baixo 
ao mesmo tempo e fazer uma inspiração forçada. Se for 
positivo, vai aparecer sopro na região subclávia e o pulso radial 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
ou vai diminuir ou desaparecer. Também precisa realizar 3 
vezes, caso a primeira dê negativa, ela é negativa. 
 
 MANOBRA COSTOCLAVICULAR PASSIVA: 
Se o paciente não consegue colocar o ombro para trás e para 
baixo, como se tivesse segurando uma mochila pesada, temos 
que fazer de forma passiva. Já nesse caso não usamos esteto. 
Vamos palpar o pulso radial e a outra mão vai jogar o ombro do 
paciente para trás e para baixo. Podemos intensificar a 
manobra fazendo com que o paciente gire a cabeça contra 
lateral, mas não é obrigatória. 
Caso tenhamos uma negativa, ela é negativa. 
 
 MANOBRA DO HIPERADURÃO: 
Esta manobra serve para o diagnóstico de compressão da 
artéria subclávia pelo tendão do músculo pequeno peitoral, 
sendo realizada em dois tempos. 
No primeiro momento, vamos hiperestender o braço do 
paciente, como manobra passiva e continuamos palpando o 
pulso do paciente 
Esta manobra pode ser potencializada com a inspiração 
profunda. O pulso vai sumir ou vai diminuir consideravelmente. 
Também precisa que repita 3 vezes, em uma negativa, é 
negativa. 
 
 MANOBRA DE ALLEN: 
A manobra de Allen busca detectar oclusão da artéria ulnar ou 
da artéria radial, sendo realizada em quatro tempos. Procura 
saber se o arco palmar é pérvio ou não e se a arterial radial ou 
ulnar é responsável pela nutrição dessa mão. 
Porque se for precisode uma pressão arterial invasiva, onde 
normalmente usamos a radial, precisamos saber se a ulnar 
será capaz de nutrir aquela mão, porque se a mão depender da 
artéria radial e essa artéria vir a ocluir, o paciente não vai ter 
circulação na mão. 
Para fazer uma fístula arteriovenosa essa manobra também 
precisa ser realizada. Localizamos a artéria radial e ulnar, peço 
pro paciente fechar a mão como se fosse dar um murro, em 
seguida comprimo as duas artérias. 
Peço para o paciente abrir a mão e ela precisa estar pálida, 
dessa forma consigo confirmar que ele fechou com muita força 
e que comprimi de forma correta as duas artérias. Escolho uma 
das artérias e solto, então a perfusão/coloração da mão precisa 
voltar em 10 segundos. Nessa imagem a artéria ulnar não é 
capaz de nutrir a mão. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
- DOPPLERFLUXOMETRIA 
- ITB (ÍNDICE TORNOZELO BRAÇO): 
Ele tem capacidade de dar o diagnóstico da Doença Arterial 
Obstrutiva Periférica (DAOP), de quantificar o sangue e vai 
servir de controle para o tratamento. 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
Dividir cada pressão obtida nas dorsais dos pés e nas tribais 
posteriores e dividir pela maior pressão entre os membros 
superiores. Se um deu 120 e o outro deu 140, o 140 vai ser 
denominador 
> 1,40> Aterosclerose de Monckeberg 
0,90 - 1,40 Normal 
0,71 - 0,89 Aterosclerose leve 
0,41 - 0,70 Ateroslcerose moderada 
através de 
exames como: gota espessa, análise direta do sangue, 
concentração de Knott e filtração de membrana de 
policarbonato 
Ao USG o líquido no linfedema não ultrapassa a aponeurose 
(espaço subaponeurótico), logo não atinge o plano muscular 
nem tendões. Já nos demais edemas o líquido se localiza em 
todos os planos. 
A linfocitingrafia é o método de escolha para se estudar 
linfedema, pois torna possível avaliar os vasos linfáticos, 
mostrando na análise comparativa dos membros, a velocidade 
de drenagem e o grau de concentração da linfa na cadeira 
linfática em estudo. 
Exames Complementares Invasivos: 
• Linfografia (Linfoangiografia) 
• Linfocromia 
• Biópsia 
A linfocromia consistem em corar os vasos linfáticos com um 
corante vital. O mais utilizado é o azul-violeta. A finalidade 
desse exame é conhecer a perviedade e a distribuição da rede 
linfática. 
 
A linfografia usa o lipiodol ultrafluido, para que seja injetada, é 
preciso fazer a dissecção do de um vaso linfático. Nas 
infografias dos membros inferiores, injeta-se o contraste no 
dorso do pé; nas dos membros superiores, no dorso da mão. A 
dissecção do linfático é possível após a linfocromia. 
A linfografia pode ser feita em qualquer região do organismo 
na qual se possa puncionar um coletor linfático. 
 
Teste de fragilidade capilar ou prova do laço consiste em 
insuflar o manguito entre a PA sistólica e a diastólica, deixando 
5 minutos em adultos e 3 em crianças. Contar o número de 
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9 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
petéquias em um quadrado de 2,5cm de cada lado. Será positivo 
caso >20 em adultos e >10 em crianças. 
 
MICROCIRCULAÇÃO: 
OXIMETRIA DE PULSO: 
O aparelho utiliza a emissão de feixes de luz vermelha (660 nm) 
e infravermelha (940 nm). A luz atravessa os tecidos e é 
absorvida parcialmente pela hemoglobina e desoxi-
hemoglobina e captada por um receptor. 
A diferença na absorção dos dois feixes de luz fornece dados 
que possibilitam determinar a faixa de saturação de oxigênio 
no sangue. O aparelho fornece a taxa de saturação da 
hemoglobina SpO2 e a frequência de pulso; 
CAPILAROSCOPIA E VIDEOCAPILAROSCOPIA: 
A capilaroscopia normal na prega periungueal apresenta o 
seguinte padrão: leito capilar em tom branco‐rosado, capilares 
vermelhos, delicados dispostos em paliçada (forma de U 
invertido), em paralelo ao eixo longitudinal do dedo, com as 
duas alças de tamanho igual, sendo uma aferente (arteríola) e 
a outra, mais calibrosa (vênula), eferente. 
O número de capilares é constante em uma média de 7 a 17 por 
mm2; o fluxo sanguíneo é contínuo e não há exsudato ou 
hemorragias. 
LASER DOPPLER IMAGING: 
É um método de captação de imagem utilizado para a avaliação 
do fluxo capilar de maneira não invasiva, podendo explorar 
extensas áreas de até 1.000 cm2. 
 
 
 
 
 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR MARIANA – AULA 13 
Semiologia Medica 
Exame Fisico Cardiovascular I 
REVISÃO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA: 
 
O coração tem um septo que divide o coração em dois lados. Os 
átrios são as vias de entrada do coração. 
✓ Direito: Por onde o sangue chega pelas veias cavas 
inferior e superior; 
✓ Esquerdo: Por onde o sangue chega pelas veias 
pulmonares; 
Os ventrículos impulsionam o sangue para fora do coração. 
Dessa forma, temos que: 
✓ Direito: Por onde o sangue sai pela Artéria Pulmonar 
✓ Esquerdo: Por onde o sangue sai pela Aorta; 
Sobre as artérias, temos de importante a Aorta que sai do VE e 
leva sangue para todo o corpo, enquanto a Artéria Pulmonar sai 
do VD para o pulmão. 
Valvas Semilunares: Impedem o refluxo do sangue das artérias 
para os ventrículos. 
✓ Valva pulmonar 
✓ Valva aórtica 
Valvas Atrioventriculares: Impedem o refluxo do sangue dos 
ventrículos para os átrios. 
✓ Bicúspide ou Mitral 
✓ Tricúspide 
 O CICLO CARDÍACO: 
Sequência de eventos cardíacos que ocorre do início de cada 
batimento cardíaco até o início do próximo batimento. 
• Cada ciclo consiste em um período de relaxamento 
(diástole) e contração (sístole) 
• Tem início pela geração espontânea de um potencial 
de ação no nó sinusal, que se propaga pelos átrios → 
nó atrioventricular → feixe de His (ramos direito e 
esquerdo) → fibras de Purkinje 
 SÍSTOLE: 
1) Contração isovolumétrica 
Inicia-se na contração ventricular 
Aumento abrupto da pressão dentro do ventrículo e 
fechamento das valvas atrioventriculares 
Após 0,02-0,03s os ventrículos geram pressão suficiente para 
abrir as valvas semilunares 
2) Período de Ejeção 
Pressão ventricular força a abertura da semilunares 
70% do sangue sai nos primeiros 2/3 da ejeção (ejeção rápida) 
30% no 1/3 final (ejeção lenta) 
 DIÁSTOLE: 
1) Relaxamento isovolumétrico 
Queda rápida da pressão intraventricular 
Fechamento abrupto das valvas semilunares 
Por 0,03-0,06s o músculo relaxa, porém o volume não se altera 
Quando a pressão intraventricular fica menor que a dos átrios 
→ abertura das valvas atrioventriculares 
2) Enchimento rápido 
Após abertura das valvas atrioventriculares 
Cerca do primeiro 1/3 da diástole 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
3) Enchimento lento (diástese) 
Ocorre no 1/3 médio da diástole 
Pequena quantidade de sangue que flui diretamente das ceias 
para o ventrículo 
4) Contração atrial 
 Último 1/3 da diástole - Impulso adicional de sangue para os 
ventrículos (25%) 
 
ANAMNESE CARDIOVASCULAR: 
Na revisão sistemática cardiovascular, temos que lembrar de: 
• Existência de dor torácica (precordialgia) 
• Cansaço ou falta de ar (Dispneia) 
• Edemas 
• Presença de Palpitações 
• Passado de síncope, lipotímia ou desmaios 
• Episódios de Cianose 
• Saber se é portador de sopro, alteração estrutural 
cardíaca ou hipertensão arterial 
Nos antecedentes pessoas, certificar de diabetes, dislipidemia, 
tabagismo (quanto tempo fuma, quantos cigarros, se já tentou 
parar, se parou foi quanto tempo), obesidade, HAS e atividade 
física. 
Caso o paciente apresente mais de um fator de risco, 
aumenta de forma importante o risco cardiovascular 
do paciente. 
Além disso, é importante saber os medicamentos de uso 
cardiovascular, descrevendo o uso de qualquer fármaco e a 
quanto tempo a medicação está em uso. 
CERTIFICAR se realmente está em uso e se não houve alguma 
falha na continuidade ou se a dose segue correta, se está 
fazendo uso por conta própria de medicação não prescrita. 
EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR: 
Na parte da PALPAÇÃO, precisamos verificar a presença de 
abaulamentos, sejam eles intrínsecos ou extrínsecos. 
1. INTRÍNSECO: 
Hipertrofia e/ou dilatação cardíaca, sendo mais evidente nos 
jovens; 
2. EXTRÍNSECOS: 
Pode ser um derrame pericárdico, enfisema, empiema, 
aneurisma de aorta. 
Além disso, observar a presença de deformidades, batimentos 
e movimentos, pulsação epigástrica (transmissão da aorta 
abdominal ou hipertrofia de VD), pulsação na fúrcula (que pode 
significar HAS e aneurisma de aorta) e fazer uma análise do 
Ictus cordis (caso seja visível). 
 O QUE SERIA O ICTUS CORDIS? 
Corresponde ao choque da ponta do ventrículo esquerdo contra 
o arcabouço torácico. 
Observamos: Localização, extensão, mobilidade, intensidade, 
ritmo e frequência. Nele, podemos fazer a inspeção e palpação.Na hora da inspeção, o examinador vai ficar ao lado direito do 
paciente e junto aos pés, não se preocupar porque pode não ser 
visível em pessoas saudáveis e essa localização pode variar 
com o biotipo. 
Porém, normalmente fica no 5º espaço intercostal na linha 
hemiclavicular. 
Na palpação, avaliamos a extensão como normal quando ocupa 
2 polpas digitais; já a intensidade fazemos com a palma da mão 
ou com dois dedos; a mobilidade varia com a posição do 
indivíduo; por fim avaliamos o ritmo e frequência. 
 
 PALPAÇÃO PRECORDIAL: 
FRÊMITO CARDIOVASCULAR: é a sensação tátil determinada por 
vibrações produzidas no coração e nos vasos, corresponde aos 
sopros. 
Precisamos determinar a localização, situação do ciclo 
cardíaco (acontecendo na sístole ou diástole) e a intensidade 
de + a ++++. É bem raro de acontecer. 
• principal componente da 1ª bulha cardíaca 
Fechamento dos folhetos da valva mitral e tricúspide
• principal componente da 2ª bulha cardíaca
Fechamento da valva aórtica e pulmonar
Hipertrofia e/ou dilatação do VE
• Deslocamento do ictus para baixo e para esquerda 
Hipertrofia do VD
• Deslocamento horizontal para esquerda 
Ictus difuso (ou globoso)
• ≥ 3 polpas digitais (dilatação) 
Ictus propulsivo
• Hipertrofia
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 AUSCULTA CARDÍACA: 
Auscultamos todos os focos, com paciente sentado, decúbito 
dorsal ou decúbito lateral esquerdo (pachon). 
 
Observamos bulhas cardíacas, ritmo, frequência, cliques ou 
estalidos, sopros, ruídos de pericardite e atrito pericárdico. 
QUAIS SÃO AS MANOBRAS? 
Ligeira flexão do tronco (focos da base) 
Müller – inspiração forçada com a glote fechada 
Valsalva – Expiração forçada com a glote fechada 
Rivero-Carvalho – Apnéia inspiratória com inspiração forçada 
QUAIS SÃO OS FOCOS? 
• FOCOS APICAIS: 
Foco mitral → 5º EIC esquerdo, linha hemiclavicular 
(corresponde ao Ictus) 
Foco tricúspide → Base do apêndice xifoide, ligeiramente à 
esquerda 
• FOCOS DA BASE: 
Foco aórtico → 2º EIC direito, junto ao esterno 
Foco aórtico acessório → 3º EIC esquerdo, próximo ao esterno 
Foco pulmonar → 2º EIC esquerdo, junto ao esterno 
* Observar outras localizações, como dorso, axila e pescoço 
(irradiações) 
 
 SOBRE AS BULHAS CARDÍACAS: 
São vibrações geradas pela aceleração e desaceleração da 
coluna de sangue e pelas estruturas cardiovasculares 
(ventrículos, aparelhos valvares). Nada mais é do que o barulho 
que o sangue faz quando vai passando pelo coração, de acordo 
com fechamento e abertura das válvulas vai gerando ruídos. 
Podem ser ouvidas em todos os focos • B1, B2, B3 e B4 
PRIMEIRA BULHA: 
Corresponde ao fechamento das valvas mitral e tricúspide 
(vibração destes após o fechamento pela movimentação de 
sangue), além da tensão na parede dos ventrículos e 
aceleração da coluna líquida. 
É o barulho correspondente à sístole. Coincide com o ictus 
cordis e o pulso carotídeo. Além disso, tem um timbre mais 
grave e duração pouco maior que a 2ª bulha . 
“TUM” 
SEGUNDA BULHA: 
Corresponde ao fechamento das valvas aórtica (A2) e pulmonar 
(P2) (vibração por desaceleração da coluna líquida). É o barulho 
referente à diástole, tem um timbre mais agudo e seco. 
Existe um desdobramento fisiológico em crianças, sendo 
comum e mais recorrente porque na expiração, ambas as 
valvas aórtica e pulmonar elas se fecham de uma vez só, 
originando um ruído único. 
Mas, na inspiração a sístole do VE é um pouco maior, então o 
componente pulmonar sofre um retardo, sofrendo um 
desdobramento do som, se estendendo e ficando maior. Dessa 
forma, podemos escutar um TRA-TLA. 
“TA” 
 
TERCEIRA BULHA: 
Ruído protodiastólico (no início da diástole) de baixa frequência 
que se origina das vibrações da parede ventricular distendida 
durante o enchimento ventricular rápido. 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Ausculta-se uma 3ª bulha cardíaca normal com mais 
frequência nas crianças e nos adultos jovens. É mais audível na 
área mitral, com o paciente em decúbito lateral esquerdo. 
PORÉM NÃO É AUDÍVEL EM TODO MUNDO! 
"TU" 
 
QUARTA BULHA: 
Ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole. Pode 
ser ouvida mais raramente em condições normais nas crianças 
e nos adultos jovens. 
A gênese da 4a bulha não está completamente esclarecida. 
Porém, se acredita que seja uma brusca desaceleração do fluxo 
sanguíneo mobilizado pela contração atrial de encontro à 
massa sanguínea existente no interior do ventrículo, no final da 
diástole. 
PALPAÇÃO DOS PULSOS: 
• Pulso radial; 
• Pulso capilar; 
• Pulsações de carótidas e jugulares (pulso venoso) 
A analise do pulso abrange as seguintes características: vamos 
ver o estado da parede arterial, frequência, ritmo, amplitude ou 
magnitude, tensão ou dureza e tipos de onda/comparação com 
a artéria homóloga. 
No estado da parede arterial, vamos avaliar as tortuosidades e 
rigidez. Quanto a frequência devemos nos atentar ao número 
de batimentos por minuto; 
• Normal seria de 60-100 no adulto; 
• Taquisfigmia > 100 bpm 
• Bradisfigmiaestiloide do rádio e o 
tendão dos flexores. 
Usamos as polpas dos dedos indicador e médio, variando a 
força de compressão até que seja obtido impulso máximo. 
O polegar se fixa delicadamente no dorso do punho do paciente. 
O examinador usa a mão direita para examinar o pulso 
esquerdo do paciente, e vice-versa. 
 
 PULSO CAROTÍDEO: 
 
As pulsações das artérias carótidas podem ser visíveis, 
principalmente após exercício, emoções e em patologias, como 
a hipertensão arterial e hipertireoidismo 
As artérias carótidas são palpadas no ângulo da mandíbula, de 
cada lado da traqueia, comparando-se entre si. 
Temos a ocorrência de frêmito, que pode ter origem na própria 
carótida (estenose ou oclusão) ou ser irradiado de uma lesão 
estenótica da valva aórtica. 
À ausculta das carótidas, é possível encontrar sopros, 
originados na própria artéria ou irradiados a partir da valva 
aórtica. 
Tanto a palpação como a ausculta deve ser feita ao longo das 2 
artérias carótidas, desde a fossa supraclavicular até o ângulo 
da mandíbula. 
 PULSO CAPILAR: 
Rubor intermitente e sincrônico com o pulso radial que se 
observa em certas regiões principalmente nas unhas. Mais 
difícil de ser avaliado. 
Semiotécnica: 
Compressão sobre a borda ungueal até aparição de zona 
pulsátil que marca a transição da cor rósea-clara. 
Normalmente é imperceptível. 
Pode ser encontrado em siituações patológicas como anemia e 
hipertireoidismo: nítida pulsação. 
 INGURGITAMENTO E PULSAÇÃO DAS VEIAS JUGULARES: 
 
Pulso venoso reflete a dinâmica do coração direito. É um fluxo 
retrógrado que varia com a respiração: cai na inspiração e 
aumenta na expiração, além de aumentar com a compressão 
abdominal. 
Varia com a mudança de postura, mais alto na posição 
horizontal do que vertical. Por fim, é mais visível do que 
palpável – baixa tensão (é um pulso venoso e não arterial). 
As vezes para avaliarmos, colocamos o paciente em decúbito 
dorsal em 45º, pede para o paciente olhar para o lado oposto e 
vamos avaliar o aparecimento da veia jugular. 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR JOANNE – AULA 14 
Semiologia Medica 
Exame Fisico Cardiovascular II 
EXAME CARDIOLÓGICO: 
O exame físico cardiológico abrange a inspeção, a palpação e 
ausculta. Porém a inspeção e palpação, em geral realizamos 
simultaneamente. 
 INSPEÇÃO E PALPAÇÃO: 
Nessa etapa, teremos que fazer as seguintes análises. Primeiro 
temos que pesquisar a ocorrência de abaulamentos, depois 
analisar o ICTUS CORDIS, depois verificar a existência de 
batimentos ou movimentos. Por fim, analisar a existência de 
frêmito cardiovascular. 
ABAULAMENTOS: 
Para verificarmos a existência de abaulamentos na parede 
torácica anterior, devemos assumir 2 posições: a posição 
frontal onde permanecemos próximo aos pés do paciente e na 
posição tangencial em que permanecemos ao lado direito do 
paciente. 
Em que condições poderiam desencadear ou provocar 
abaulamento da região precordial: 
• Aneurisma da aorta; 
• Cardiomegalia; 
• Derrame pericárdico; 
• Alterações da própria caixa torácica 
Falando sobre a cardiomegalia é importante lembrar que 
dilatações e hipertrofias do ventrículo direito podem causar 
abaulamentos, porque é essa câmera cardíaca que compõe a 
maior parte da face anterior do coração e está diretamente 
relacionada com a parede. 
Crianças possuem uma parede torácica mais flexível e por isso, 
mais sujeita à abaulamentos relacionados a condições 
patológicas dessa faixa etária como: 
• Cardiopatias congênitas; 
• Lesões valvares reumáticas 
ICTUS CORDIS: 
Também chamado de choque de ponta. Vai compreender a 
localização, extensão, mobilidade, intensidade e tipo da 
impulsão, ritmo e frequência. 
 
1. Repousamos a palma da mão ou as polpas digitais na 
região do ictus cordis, normalmente situado no 5º 
espaço intercostal na linha hemiclavicular. 
IMPORTANTE: em pessoas em biotipo brevilineo o ictus cordis 
pode estar localizado para cima e para fora; em biotipo 
longilíneo, o ictus cordis vai estar localizado para baixo e para 
dentro. 
 DILATAÇÃO DO VE: 
Com relação a alterações na localização, nos temos que 
dilatações do ventrículo ESQUERDO podem provocar o 
deslocamento do ictus cordis para 6º, 7º ou 8º espaço 
intercostal, além de poder alcançar, inclusive, a linha axilar 
anterior. 
Com relação à extensão, nos temos que o normal compreende 
o tamanho de uma ou no máximo 2 polpas digitais. Se tratando 
da dilatação do VE, temos um ictus cordis difusa, de 3 ou mais 
polpas digitais. 
 HIPERTROFIA DO VE: 
Pode ocasionar o aumento da intensidade do ictus cordis. Se 
nossa mão na região do ictus cordis, for levantada a cada 
contração, podemos dizer que o ictus cordis tem caráter 
propulsivo. Ocorre em contações vigorosas, que ocorre na 
hipertrofia do VE esquerdo. 
É importante ter em mente que a grande maioria das 
cardiopatias possuem a hipertrofia e a dilatação combinadas e 
conjuntas. 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 MOBILIDADE DO ICTUS CORDIS: 
Normalmente, temos um deslocamento de 1-2cm da posição do 
ictus cordis, quando modificamos a posição do paciente para 
decúbito dorsal, para decúbito lateral esquerdo e decúbito 
lateral direito. 
Contudo, em situações em que os folhetos do pericárdio estão 
aderidos entre si ou entre estruturas vizinhas, como acontece 
na SÍNFESE PERICÁRDICA, temos a ausência de deslocamento. 
Com relação ao ritmo e frequência, esses aspectos são 
melhores avaliados na ausculta. Porém, existe algumas 
condições patológicas que são reconhecidas pela inspeção e 
palpação do ictus cordis, como o caso do RITMO DE GALOPE. 
BATIMENTOS OU MOVIMENTOS: 
No início, observamos que a dilatação e a hipertrofia do VE 
podem ocasionar a presença de abaulamentos na região da 
parede torácica anterior. 
No entanto, essa hipertrofia do VE direito a ocorrência de 
batimentos ou movimentos perceptíveis na região precordial. E 
quais seriam? 
• Retração sistólica apical = ocorre uma retração da 
parede torácica no momento da contração. O normal 
seria acontecer uma elevação; 
• Levantamento em massa do precódio (impusão 
sistólica) que consiste na elevação de uma área 
extensa da parede torácica próximo ao externo no 
momento da contração; 
• Pulsações epigástricas são batimentos perceptíveis 
na região do ângulo xifo-esternal. 
Outro batimento que podemos ver é a pulsação na fúrcula 
esternal, esse movimento pode ocorrer em condições normais, 
mas pode estar relacionado com HAS, ESCLEROSE OU 
ANEURISMA DE AORTA e SÍNDROME HIPERCINÉTICA (ocorre no 
hipertireoidismo e na anemia). 
FRÊMITO CARDIOVASCULAR: 
É uma sensação tátil de vibração que corresponde aos sopros. 
Quando temos um frêmito, precisamos descrever bem a 
localização, tendo como base os focos de ausculta. 
É importante determinar a situação do frêmito no ciclo 
cardíaco, pois existe frêmito sistólico, diastólico e 
sistodiastólico. Por fim, é importante verificar a intensidade (+ 
a ++++). 
AUSCULTA: 
Agora falaremos sobre as alterações que podemos encontrar 
na ausculta cardíaca. Por isso, vamos estudar sobre alterações 
nas bulhas cardíacas, os ritmos tríplices, cliques ou estalidos, 
sopros, ruído da pericardite constritiva e o atrito pericárdico. 
 QUAIS SÃO OSFOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA? 
• Foco aórtico; 
• Foco pulmonar; 
• Foco tricúspide; 
• Foco mitral 
O foco aórtico se situa no segundo espaço intercostal na região 
paraesternal direita, enquanto o pulmonar segue também no 
segundo espaço intercostal do lado esquerdo. 
O foco tricúspide fica no quinto espaço intercostal na linha 
paraesternal esquerda e o foco mitral fica também no quinto 
espaço intercostal, na linha hemiclavicular. 
 
 O QUE AUSCULTAMOS NOS FOCOS CARDÍACOS? 
O ruído correspondente ao fechamento das valvas. O 
fechamento das valvas atrioventriculares, mitral e tricúspides 
corresponde à PRIMEIRA BULHA. 
O fechamento das valvas semilunares, aórtica e pulmonar 
corresponde à SEGUNDA BULHA. 
ALTERAÇÕES NAS BULHAS CARDÍACAS: 
As alterações são relacionadas com: 
• Intensidade; 
• Timbre e tonalidade; 
• Desdobramentos; 
• Mascaramento; 
 ALTERAÇÕES DE INTENSIDADE: 
O principal fator determinante da intensidade da bulha é a 
posição dos folhetos das valvas. 
Quanto mais baixo estiverem os folhetos das valvas, maior a 
distância que esses folhetos irão percorrer para o seu 
fechamento. Por isso, maior a intensidade do ruído. 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
B1: FECHAMENTO DA VALVA MITRAL E TRICÚSPIDE 
Em condições onde ocorre a diminuição do enchimento 
ventricular, como a taquicardia, hipertireoidismo e 
extrassístoles determinam o aumento da intensidade de B1 
(hiperfonese). 
Porque nessas condições, quando temos um enchimento 
ventricular diminuído, no momento da contração ventricular, os 
folhetos das valvas estão baixos (abertos), dessa forma, existe 
uma maior distância de deslocamento até ocorrer o 
fechamento da valva. Isso determina a hiperfonese de B1. 
B2: FECHAMENTO DA VALVA AÓRTICA E PULMONAR: 
Em condições onde ocorre o aumento do débito cardíaco, como 
a persistência do canal arterial e a comunicação interatrial, vão 
determinar a hiperfonese de B2. 
Justamente porque, no momento que o débito está aumentado, 
os folhetos das valvas estão baixos. Dessa forma, vai percorrer 
uma distância maior que aumenta na intensidade da bulha. 
OUTROS FATORES DE INFLUENCIAM NA INTENSIDADE: 
As condições anatômicas das valvas influenciam, de modo que 
se estiver calcificada, teremos uma hipofonese (diminuição da 
intensidade) da bulha. Além disso, alterações nos níveis 
pressóricos nas cavidades cardíacas e condições que estejam 
relacionadas com a transmissão do ruído podem influenciar na 
intensidade. 
Quanto à transmissão do ruído produzido com o fechamento 
das valvas, podemos ter: massa musculares peitorais 
desenvolvidas, mamas volumosas, obesidade, enfisema 
pulmonar e derrame pericárdico. Gera dificuldade na 
transmissão do ruído (hipofonese). 
 ALTERAÇÕES NO TIMBRE E TONALIDADE: 
Pode ocorrer nas estenoses valvares, pois as valvas rígidas, em 
virtude da fibrose, terão modificação no ruído produzido no 
fechamento. De modo que se torna mais agudo e com timbre 
metálico, como ocorre na estenose mitral. 
 DESDOBRAMENTOS DE B1: 
Esse fenômeno ocorre em metade das pessoas normais e está 
relacionado à percepção dos componentes mitral e tricúspide 
separados. 
De forma que B1 deixa de ter aquele ruído característico que 
representamos como TUM, para ser mais semelhante com 
TLUM, 
Não está relacionado com respiração e é explicado por um 
assincronismo normal na contração dos ventrículos. Porém se 
estivermos diante de um desdobramento intenso, devemos 
suspeitar de um bloqueio de ramo direito, pois esse bloqueio 
retardaria a condução do estímulo cardíaco, retardando a 
contração e atrasando o fechamento da valva tricúspide. 
De forma que teremos a percepção dos componentes mitral e 
tricúspide separados. 
 DESDOBRAMENTO DE B2: 
Da mesma forma é a percepção dos componentes aórtico e 
pulmonar separados. De forma que a segunda bulha deixaria 
de ter o ruído semelhante ao (TÁ) para um ruído TLA. 
Esse desdobramento ocorre normalmente na inspiração, seria 
o desdobramento fisiológico. 
Porque na inspiração? Nessa fase da respiração, temos mais 
aporte de sangue para o VD, pela pressão negativa na cavidade 
torácica. Por causa do aporte, a sístole do VD dura um pouco 
mais, sendo prolongado. Isso determina um atraso no 
fechamento da valva pulmonar. 
E como seria o desdobramento patológico? Seria o bloqueio de 
ramo direito, pois o retardo da condução do estímulo, leva a um 
retardo na contração do coração direito atrasando o 
fechamento da valva pulmonar. 
 MASCARAMENTO DE B1: 
É um fenômeno que ocorre quando um sopro sistólico de 
regurgitação recobre B1, mascarando essa bulha. 
TERCEIRA E QUARTA BULHA: 
São sons graves, de baixa frequência e que são mais audíveis 
com a campânula do estetoscópio. 
TERCEIRA BULHA – B3: 
É produzida pelas vibrações da parede ventricular subitamente 
distendida pela corrente sanguínea durante a fase de 
enchimento ventricular rápido. Essa bulha é PROTODIASTÓLICO, 
justamente porque ela ocorre no início da diástole sendo 
representado pelo TU do (tum ta tu). 
É MAIS AUDÍVEL NO FOCO MITRAL, com paciente em decúbito 
lateral esquerdo e pode ser encontrada com frequência em 
crianças e adultos jovens normais. 
 CONDIÇÕES PATOLÓGICAS DE B3: 
São relacionadas em alterações hemodinâmicas ou que 
alterem a estrutura da própria parede ventricular. 
Que é o que ocorre na insuficiência mitral, nas miocardiopatias 
ou miocardites e nos defeitos congênitos que apresentam 
SHUNT da esquerda para a direita (sendo o caso das 
comunicações interatriais ou comunicações 
interventriculares). 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Essas condições são relacionadas a uma sobrecarga de 
volume. 
QUARTA BULHA - B4: 
Está relacionada à desaceleração do fluxo sanguíneo 
mobilizado pela contração atrial de encontro à massa 
sanguínea no interior do ventrículo. Ocorre no final da diástole, 
no período pré sístole, e as bulhas ficam representadas como: 
PA TUM TA 
Pode ocorrer uma quarta bulha fisiológica em crianças e 
adultos normais, porém é um achado raro. 
 CONDIÇÕES PATOLÓGICAS DE B4: 
São as situações em que há diminuição da distensibilidade ou 
complacência ventricular. Como ocorre nas lesões estenóticas 
das semilunares (aórtica e pulmonar), na hipertensão arterial, 
na doença arterial coronariana (isquemia miocárdica) e 
miocardiopatias hipertróficas. 
RITMO TRÍPLICE: 
É a adição de uma outra bulha as duas bulhas normais, o ritmo 
em 3 tempos. 
• Protodiastólicos – presença de B3; 
• Pré-sistólicos – presença de B4; 
O ritmo em galope é o ritmo tríplice por B3 ou B4 patológica, de 
forma que esse ruído fique semelhante ao das patas de um 
cavalo galopando 
PA TA TA, PA TA TA 
O ritmo de galope é chamado de ventricular quando se deve a 
presença de uma B3 ou terceira bulha patológica e indica 
sempre sofrimento miocárdico ou insuficiência cardíaca (grito 
de socorro do miocárdio); o ritmo de galope atrial é quando 
ocorre pela presença de B4 patológica, é um sinal de alerta, 
apesar de ainda não existir uma insuficiência esse ritmo indica 
que em breve acontecerá essa insuficiência cardíaca. 
RITMO GALOPE DE SOMA: temos a ocorrência tanto da B3 
quanto da B4, patológicas, sendo o ritmo em 4 tempos: 
TUM TA TAPA 
CLIQUES E ESTALIDOS: 
São ruídos agudos de alta frequência e curta duração, que podeocorrer na diástole ou sístole. 
DIASTÓLICOS: ocorrem por alterações anatômicas das valvas 
ou alterações pressóricas; a abertura das valvas não produz 
nenhum ruído se as valvas estiverem normais. Porém, numa 
situação de estenose valvar, nós podemos ter a ocorrência de 
um ruído agudo, de alta frequência, ruído seco e de curta 
duração. 
ACONTECE PRINCIPALMENTE NA ESTENOSE MITRAL E 
TRICÚSPIDE. 
SISTÓLICOS: podem ser protossistólicos (que ocorrem no início 
da sístole) são chamados de ruídos de ejeção, pois está 
relacionado com a ejação de sangue para os vasos da base, por 
isso são ruídos produzidos nas paredes dos vasos 
• Alta frequência; 
• Agudos; 
• Intensos; 
• Produzidos na artéria pulmonar e na aorta 
Está relacionado com lesões valvares aórtica e pulmonar e 
dilatações da aorta e pulmonar. 
MESO E TELESISTÓLICOS: ocorre no meio ou final da sístole. 
• Alta frequência; 
• Seco; 
• Agudo; 
• Prolapso das valvas mitral e tricúspide (audíveis) 
SOPROS: 
São vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo, 
deixa de ser laminar para ser turbilhonar. Essa alteração do 
fluxo seria por alterações do sangue, da parede do vaso ou das 
câmaras cardíacas, principalmente nos aparelhos valvares. 
Pode acontecer por alterações no próprio sangue, como ocorre 
nos casos da diminuição da viscosidade do sangue, como nas 
anemias que nos temos a ocorrência de sopros, como também 
nas situações de aumento da velocidade do fluxo sanguíneo (no 
exercício físico e hipertireoidismo). 
Podemos encontrar sopros associados a passagem do sangue 
percursos mais estreitos ou cavidades mais dilatadas. É 
importante situar os sopros de acordo com a sua ocorrência no 
ciclo cardíaco, de forma que podemos ter: 
• Sopros sistólicos (de ejeção ou de regurgitação); 
• Sopros diastólicos; 
• Sopros sistodiastólicos (ou contínuos) 
Sopro sistólico de ejeção Estenose aórtica e pulmonar 
Sopro sistólico de 
regurgitação 
Insuficiência mitral e 
tricúspide 
Sopros diastólicos Insuficiência aórtica e 
pulmonar, estenose mitral e 
tricúspide 
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Sopro de ejeção seria justamente a ejeção pela área estreitada 
pela estenose da válvula. 
Sopro de regurgitação ocorre pela passagem do sangue 
retornando do ventrículo para o átrio, por insuficiência da 
válvula. 
O sopro sistodiastólico ou contínuos são ouvidos durante toda a 
sístole e a diástole, pode ainda cobrir e mascarar a primeira 
bulha provocando um mascaramento de B1 ou mascarar a 
segunda bulha = SOPROS EM MAQUINARIA. 
Acontece em algumas situações patológicas como a 
persistência do canal arterial, nas fístulas arteriovenosas, nas 
anomalias dos septos aortopulmonares. 
 
Além de determinar a situação do sopro no ciclo cardíaco, 
temos que localizar o sopro com base nos focos de ausculta 
cardíaca. Precisamos analisar também se ocorre irradiação do 
sopro para outras regiões, podendo avaliar, também, a 
intensidade por + a ++++. 
Também é interessante avaliar o timbre e a tonalidade do 
sopro, seja se é suave, rude, musical, aspirativo, em jato de 
vapor, granuloso, piante e ruflar. 
Também precisamos verificar se existe uma modificação da 
intensidade do sopro com a fase da respiração, posição ou 
exercício físico. 
SOPROS NA BASE DO CORAÇÃO SÃO MAIS AUDÍVEIS com o 
tronco inclinado para frente. 
O sopro da estenose aórtica tem irradiação para pescoço! 
 
 
Vai existir um fluxo de sangue do VE retornando ao AE por 
insuficiência da válvula mitral e o AE está localizado acima e 
atrás do ventrículo esquerdo, de forma que a vibração é 
transmitida para região da axila. 
 MODIFICAÇÃO DO SOPRO COM A RESPIRAÇÃO: 
- MANOBRA DE RIVERO CARVALLO 
Manobra intensifica o sopro da insuficiência tricúspide. Na 
inspiração profunda temos um aumento da negatividade 
intratorácica. Dessa forma, teremos um maior afluxo de sangue 
para o coração direito. Então a chegada de mais sangue ao VE 
vai produzir ainda mais refluxo de sangue para o AD durante a 
sístole por causa da insuficiência tricúspide. Por isso, o sopro 
da insuficiência vai se intensificar. 
COMO É A MANOBRA: 
Pedimos ao paciente para ficar em decúbito dorsal, colocamos 
o receptor do esteto na área tricúspide e vamos pedir ao 
paciente para fazer uma inspiração profunda. Se o sopro 
aumenta de intensidade temos uma insuficiência tricúspide, 
pois o sopro tá sendo gerado na valva tricúspide. 
Se não houver aumento ou caso tenha diminuição, o sopro que 
é percebido naquele local não está sendo gerado na tricúspide 
e sim por alguma alteração na mitral. 
CONSEGUE DIFERENCIAR O SOPRO DA INSUFICIÊNCIA 
TRICÚSPIDE DO SOPRO DA INSUFICIÊNCIA MITRAL. 
RUIDO DA PERICARDITE CONSTRITIVA: 
Ocorre na diástole, pela distensão do pericárdio endurecido. 
Tem um timbre alto, ruído seco e é audível nos focos mitral e 
tricúspide. 
ATRITO PERICÁRDICO: 
Corresponde a um ruído produzido pelo roçar dos folhetos 
pericárdicos (espessos e rugosos) quando estão alterados. A 
causa mais frequente dessa alteração é a pericardite fibrinosa. 
Os folhetos pericárdicos em condições normais, são lisos e 
ligeiramente umedecidos e por isso deslizam um sob o outro 
sem realizar qualquer ruído. 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR ALBERTO – AULA 13 
Semiologia Medica – Sintomatologia do 
Aparelho Digestivo 1 
 
CAVIDADE ORAL: 
O paciente pode chegar com queixas ou apresentar essas 
estruturas: 
• Sialose ou sialorreia = produção excessiva de 
saliva; 
• Papilas parótidas; 
• Papilas caliciformes que formam o V da língua 
 
Em relação ao hálito, ele pode ser cetônico, urêmico ou 
hepático. 
Um hálito CETÔNICO é quando eliminamos pela 
respiração algumas substâncias chamadas corpos 
cetônicos. Nós produzimos essas substâncias em 
grande quantidade quando estamos mais de 12 horas em 
jejum, especialmente quando fazemos uma restrição 
radical de carboidratos. 
O hálito cetônico (semelhante ao cheiro de maçã velha) 
é característico no diabético e a doença periodontal 
costuma estar presente. 
Um hálito URÊMICO ocorre quando a ureia, em altas 
concentrações séricas e consequentemente na saliva, é 
quebrada em amônia e volatilizada por meio da cavidade 
oral com odor sui generis de urina. É bastante 
característico de insuficiência renal 
Em relação ao hálito hepático, temos que a função desse 
órgão de transformar substâncias pequenas e voláteis, 
de baixo peso molecular, em moléculas maiores, de alto 
peso molecular e não voláteis, fica comprometida e 
diversas substâncias se acumulam na corrente 
sanguínea, dentre as quais compostos a base de enxofre 
(dimetilsulfeto e metionina), cetonas, trimetilamina, 
amônia e ácidos alifáticos (butírico, isobutírico, 
isovalérico). 
Tais compostos são transportados via sanguínea (por 
isso, a literatura classifica esse tipo de halitose em 
“blood-borne halitosis”) e acabam sendo eliminados via 
pulmonar, junto com o ar expirado tanto pela boca 
quanto pelas narinas, com odor descrito como um misto 
de rato, cadáver, terra molhada, urina ou peixe. 
 SINTOMAS DO ESÔFAGO: 
• Disfagia; 
• Odinofagia; 
• Pirose; 
• Regurgitação; 
• Eructações; 
• Hematêmese 
Em relação a disfagia e odinofagia, temos que é a 
dificuldade à deglutição e dor. Pode ter causas como: 
MECÂNICA: inflamação na boca ou faringe, 
bócio, adenomegalias, divertículo de Zenker; 
MOTORA: distrofia muscular, dermatomiosite, 
miastenia grave, tireotoxicose ou mixedema; 
NERVOSA: avc, parkinsonismo, esclerose 
múltipla e tumores cerebrais 
Para dor, importante lembrar a localização, forma de 
início, duração, intensidadeou supressão da 
excreção urinária. A anúria pode ser de 
causa pré-renal (choque com diminuição da 
irrigação sanguínea); renal 
(glomerulonefrite aguda, necrose tubular, 
enfarte renal); ou pós-renal (obstrução dos 
canais ou vias excretoras). 
o Polaciúria = um sintoma urinário 
caracterizado por aumento do número de 
micções com diminuição do volume da urina, 
ou seja, urinar pouca quantidade muitas 
vezes ao dia. 
o Disúria = dificuldade para urinar que pode 
ser acompanhada de dor 
o Noctúria = é a necessidade de se levantar 
durante a noite para esvaziar a bexiga, 
interrompendo assim o sono. Pode ser de 
causa cardiaca, hepatica, auto-imune ou 
renal. 
o Urgência miccional 
• Alteração da cor da urina; 
o Urina turva (depósito e/ou flocos de algodão) 
o Hematúria; 
o Espumosa (paciente perdendo muita 
proteína na urina). 
• Alteração do cheiro da urina; 
• Dor lombar e no flanco com irradiação para o ventre 
e face interna da coxa; 
• Dor vesical: estrangúria 
• Lesões penianas; 
o Úlceras; 
o Vesículas (herpes, sífilis, cancro mole) 
• Nódulos no testículo; 
o Tumor, varicocele 
• Dor testicular ou perineal; 
o Priapismo: ereção persistente, dolorosa sem 
desejo sexual 
• Hemospermia: sangue no esperma; 
• Corrimento uretral; 
• Disfunções sexuais 
o Disfunção erétil; 
o Ejaculação precoce; 
o Ausência de ejaculação; 
o Anorgasmia; 
o Diminuição da libido 
• Ciclo menstrual; 
• Duração do ciclo subsequentes; 
• Distúrbios menstruais; 
o Polimenorreia = Caracteriza um ciclo cuja 
freqüência é inferior a 24 dias 
o Oligomenorreia = Refere-se a ciclos que 
ocorrem a intervalos acima de 35 dias; 
o Amenorreia = Significa a ausência de 
menstruações no período em que elas 
deveriam acontecer 
o Hipermenorreia = Menstruação excessiva 
o Hipomenorreia = Diminuição anormal ou 
escassez do sangue menstrual, proveniente 
SISTEMA GENITAL MASCULINO 
SISTEMA GENITAL FEMININO: 
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6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
da menstruação, geralmente ocasionada por 
alterações hormonais 
o Menorragia = É o sangramento fora do 
período menstrual 
o Dismenorreia = Cólicas e dores pélvicas com 
a menstruação, com causas comuns como 
fluxo intenso, passagem de coágulos, 
miomas uterinos ou endometriose 
• Tensão pré menstrual e cólicas 
• Hemorragias: 
o Relação com o ciclo; 
o Corrimento; 
o Quantidade e aspceto. 
o Relação com as diferentes fases do ciclo 
• Prurido localizado na vulva; 
• Disfunções sexuais; 
o Dispareunia = Dor genital persistente ou 
recorrente que surge pouco antes, durante 
ou após a relação sexual 
o Frigidez; 
o Diminuição da libido; 
o Anorgasmia 
SISTEMA HEMOLINFOPOÉTICO: 
• Distúrbios de coagulação; 
o Gengivorragia; 
o Petéquias; 
o Esquimoses espontâneas = um sangramento 
no tecido subcutâneo, com diâmetro maior 
que 1cm, originado da ruptura de um ou mais 
capilares sanguíneos. 
• Adenomegalias regionais ou sistêmicas 
• Anemia; 
• Alterações leucocitárias; 
• Hiperlenismo = plaquetas baixas e esplenomegalia 
SISTEMA ENDÓCRINO: 
Tireoide, testículo, ovários, paratireoide, suprarrenais (HAS 
severa de difícil controle, Síndrome de Cushing) 
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO: 
COLUNA VERTEBRAL 
• Dor 
o Cervical, dorsal, lombossacral, quais 
articulações tem relação com os 
movimentos? 
• Rigidez pós repouso: é a rigidez matinal, com tempo 
de duração após iniciar as atividades; 
OSSOS: 
• Deformidades ósseas; 
• Sinais inflamatórios; 
o Edema, calor, rubor e dor 
• Crepitação articular; 
• Limitação de movimento; 
MÚSCULOS 
• Fraqueza muscular; 
o Segmentar, generalizada, evolução no 
decorrer do dia 
• Dificuldade para andar (deambular) ou para subir 
escadas; 
• Atrofia muscular; 
• Câimbras; 
• Espaticidade 
 
ARTÉRIAS, VEIAS, LINFÁTICOS E 
MICROCIRCULAÇÃO: 
• Pulsação; 
• Tumoração pulsátil; 
• Varizes (veias dilatadas) e telangiectasias; 
• Edema: caracterizar o edema 
SISTEMA NERVOSO: 
• Tem algum passado de cirurgia ou problema do 
sistema nervoso 
• Perda de memória; 
• Dificuldade de se concentrar ou aprender 
EXAME PSIQUICO E AVALIAÇÃO DE 
CONDIÇÕES EMOCIONAIS: 
• Se irrita fácil? 
• Acha que a vida tá sem sentido? 
• Tem sensação de perseguição? 
• Tem obsessão por limpeza ou organização? 
• Tem problema de fazer amigos? 
ANTECEDENTES PESSOAIS FISIOLÓGICOS: 
GRAVIDEZ E NASCIMENTO DO PACIENTE: 
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7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Avaliar como se decorreu a gravidez; se teve uso de 
medicamentos ou radiações sofridas pela genitora; viroses 
contraídas na gestação; condições de parto (normal, fórceps, 
cesariana) estado da criança ao nascer; ordem de nascimento; 
número de irmãos; 
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E NEURAL DO PACIENTE 
DESENVOLVIMENTO SEXUAL DO PACIENTE 
ANTECEDENTES PESSOAIS PATOLÓGICOS: 
Doenças sofridas pelo paciente: começando-se pelas mais 
comuns na infância (sarampo, varicela, coqueluche, caxumba, 
moléstia reumática, amigdalites). 
 
Passando às da vida adulta (pneumonia, hepatite, malária, 
pleurite, tuberculose, hipertensão arterial, diabetes, artrose, 
osteoporose, litíase renal, gota, entre outras). 
 
Pode ser que o paciente não saiba informar o diagnóstico, mas 
consegue se lembrar de determinado sintoma ou sinal que teve 
importância para ele, como icterícia e febre prolongada. 
 
Alergia: quando se depara com um caso de doença alérgica, 
essa investigação passa a ter relevância especial, mas, 
independentemente disso, é possível e útil tomar conhecimento 
da existência de alergia a alimentos, medicamentos ou outras 
substâncias. 
 
Cirurgias e outras intervenções: anotam -se as intervenções 
cirúrgicas, referindo-se os motivos que a determinaram. 
 
Traumatismo: é necessário indagar sobre o acidente em si e 
sobre as consequências deste. Em medicina trabalhista, este 
item é muito importante por causa das implicações periciais 
decorrentes dos acidentes de trabalho. 
 
Transfusões sanguíneas: anotar nº de transfusões, quando 
ocorreu, onde e por quê. 
 
História obstétrica: anotar na de gestações ( G); na de partos 
(P); n2 de abortos (A); n2 de prematuros e n2 de cesarianas (C) 
( G_ P_ A_ C_). 
 
Vacinas: anotar as vacinas (qual; época da aplicação). 
 
Medicamentos em uso: anotar: qual, posologia, motivo, quem 
prescreveu. 
ANTECEDENTES FAMILIARES: 
Os antecedentes começam com a menção ao estado de saúde 
(quando vivos) dos pais e irmãos do paciente. Se for casado, 
inclui-se o cônjuge e, se tiver filhos, estes são referidos. 
 
Não se esquecer dos avós, tios e primos paternos e maternos 
do paciente. Se tiver algum doente na família, esclarecer a 
natureza da enfermidade. 
 
Pergunta-se sistematicamente sobre a existência de 
enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, câncer, 
doenças alérgicas, doença arterial coronariana (infarto agudo 
do miocárdio, angina de peito), acidente vascular cerebral, 
dislipidemias, úlcera péptica, colelitíase e varizes, que são as 
doenças com caráter familiar mais comuns. 
HÁBITO E ESTILO DE VIDA: 
• Alimentação 
• Ocupação atual e ocupações anteriores 
• Atividades físicas 
• Hábitos. 
O consumo de tabaco, socialmente aceito, não costuma ser 
negado pelos pacientes, exceto quando tenha sido proibido de 
fumar. 
 
Os efeitos nocivos do tabaco são indiscutíveis: câncer de boca, 
faringe, laringe, pulmão e bexiga, afecções broncopulmonares 
(asma, bronquite, enfisema e bronquiectasias), afecções 
cardiovasculares (insuficiência coronariana, hipertensão 
arterial, tromboembolia), disfunções sexuais masculinas, baixo 
peso fetal (mãe tabagista), intoxicação do recém-nascido em 
aleitamento materno (nutriz tabagista), entre outras. 
 
Diante disso, nenhuma anamnese estáe tipos de dores. Essas 
dores, podemos classificar melhor em: 
• Em peso; 
• Em barra; 
• De fome; 
• Transfixante; 
• Surda; 
• Em cólica; 
• Em aperto; 
• Azia (ardor); 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
• Pirose (queimor); 
• Dispepsia; 
• Clocking 
Desse modo, em questão da dor, devemos nos atentar à 
irradiação, migração, ritmo, o período, sintomas 
associados com a dor, além dos fatores de melhora e 
piora. 
Com relação as náuseas e vômitos, podemos classificar 
em: 
• Hematêmese; 
• Biliosos; 
• Restos alimentares; 
• Fecalóides; 
• Mucosos 
ESTENOSE PILÓRICA: Estenose pilórica é uma condição 
na qual há uma diminuição da luz do piloro, que é a 
porção final do estômago. A doença pode se manifestar 
logo após o nascimento (congênita) ou na vida adulta 
(adquirida). Estenose hipertrófica congênita do piloro é 
a forma mais comum e se manifesta semanas após o 
nascimento. 
DISPEPSIA: Desconforto na área superior do abdômen, 
descrito como sensação de queimação, inchaço ou 
flatulência, náuseas ou saciedade muito rápida depois 
de começar a comer. 
O aparecimento da dispepsia ou sintomas dispépticos 
pode estar associado a vários distúrbios do trato 
gastrointestinal superior, como doença ulcerosa 
péptica, doença do refluxo gastroesofágico, gastrites, 
neoplasias do trato gastrointestinal superior, doença do 
trato biliar e a dispepsia funcional. 
Muito confundida com gastrite e má digestão, é uma 
compilação de sintomas comuns, como eructação 
(arrotos), náuseas, flatulência, vômitos, sensação de 
queimação na “boca” do estômago e inchaço, que são 
sentidos na região superior do abdômen, em geral logo 
após o consumo de alimentos. 
PLENITUDE GÁSTRICA: A indigestão é uma dor ou 
desconforto no abdômen superior. As pessoas também 
podem descrever a sensação como flatulência, 
sensação de plenitude, ardência ou queimação. 
A sensação de plenitude pode ocorrer após uma 
refeição pequena (saciedade precoce), ser uma 
sensação de plenitude excessiva após uma refeição 
normal (sensação de plenitude pós-prandial) ou não 
ter relação com as refeições. 
Como a dispepsia é normalmente um desconforto 
indeterminado e leve, muitas pessoas não buscam 
atendimento médico até que a dispepsia esteja 
presente por um longo período, mesmo que de forma 
intermitente. Às vezes, a dispepsia é uma sensação 
mais súbita e perceptível (aguda). 
RESUMIDAMENTE: a plenitude/dispepsia é o 
empazinamento, saciedade precoce, distensão gasosa 
e intolerância a alimentos gordurosos. 
 SINTOMAS DAS VIAS BILIARES: 
• Icterícia; 
• Colúria; 
• Acolia fecal; 
• Prurido cutâneo; 
• Anorexia; 
• Perda de peso; 
• Astenia; 
• Hipovitaminoses 
COLÚRIA: É a coloração escura da urina devido à 
eliminação de bilirrubina (substância que compõe a bile 
e que dá a coloração amarelada à pele). 
Colúria: presença de pigmento biliar na urina indica 
hiperbilirrubinemia conjugada. 
Acolia/hipocolia fecal: deficiência ou obstrução à 
excreção de bilirrubina para o intestino sugere 
obstrução biliar extra-hepática. 
ACOLIA FECAL: é um termo médico para a ausência de 
bile. Sua característica mais marcante é resultar em 
fezes brancas por falta de estercobilina. A bile impedida 
de sair é reabsorvida no sangue causando de pele 
amarelada (icterícia) e coceira. 
 SOBRE O CONCEITO DE ORIGEM DA DOR: 
SOMÁTICA VISCERAL 
Pele, peritônio, parietal, 
meso 
Profunda, peritônio 
visceral; 
Mais circunscrita Mais difusa, imprecisa 
Rápida Lenta 
Avigoramento, maior 
pulso e maior PA 
Desânimo, mais 
sudorese, menos pulso e 
PA, além de náusea 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR LARISSA – AULA 14 
Semiologia Medica – Sintomatologia do 
Aparelho Digestivo II 
 
DOR ABDOMINAL: 
Caracterização: 
• Localização; 
• Irradiação; 
• Duração; 
• Caracterização da dor; 
• Intensidade; 
• Fatores de melhora e piora; 
• Sintomas associados (como náusea, vômitos, 
febre e diarreia); 
 
DOR ABDOMINAL ESTÔMAGO 
Localização Epigástrio, abaixo do apêndice 
xifóide (como exemplo a 
úlcera péptica e gastrite) 
Região dorsal do tronco 
(acometimento 
retroperitoneal) 
Duração Dor contínua (acometimento 
seroso do estômago) como 
exemplo na doença 
inflamatória e neoplasia 
Fatores de alívio Ingesta de alimentos (úlcera 
péptica-alívio); para um 
diagnóstico diferencial em 
úlcera duodenal temos a piora 
da dor pós prandial tardio e 
alívio no pós prandial precoce, 
com ritmo em clocking 
Sintomas 
associados 
Náuseas e vômitos são 
comuns em estômago e 
duodeno 
Em caracterização da dor no estômago e no duodeno, 
temos: 
• Pirose: queimação retroesternal com 
inflamação da mucosa gástrica; 
• Tenebrante: dor de forte intensidade, sintoma 
visceral, como em úlcera infiltrante ou câncer 
infiltrante 
Em caracterização das náuseas e vômitos, temos os 
sintomas comuns no acometimento de estômago e 
duodeno, mas podem ter origem extradigestiva: 
• Quando a presença de suco gástrico ou pequena 
quantidade de bile ou alimentos recentemente 
ingeridos pode ser devido uma gastrite ou 
úlcera gástrica ou duodenal, associado a 
epigastralgia; 
 
• Vômitos com grande quantidade de alimentos 
várias horas antes podemos ter uma estase 
gástrica; 
 
• Presença de grande quantidade de bile 
podemos suspeitar de uma obstrução 
intestinal; 
 
• Na presença de sangue temos uma 
hematêmese, podendo ser por uma úlcera 
péptica, varizes esofagianas, laceração da 
transição esofagogástrica pelo esforço do 
vômito ou gastrite aguda. 
 DISPEPSIA: 
Dor ou desconforto abdominal com localização principal 
no epigástrio, acompanhada ou não de saciedade 
precoce, plenitude gástrica, distensão abdominal ou 
náuseas. 
É essencial investigar qualquer dispepsia após a 4º 
década de vida ou jovens com sintomas associados 
como a anemia, perda de peso e hemorragia. 
DISPEPSIA FUNCIONAL: sintoma que ocorre por pelo 
menos 12 semanas durante 12 meses, de modo 
persistente ou recorrente, sem evidência de doença 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
orgânica. Sem melhora após evacuação e sem alteração 
da evacuação ou das fezes. 
INTESTINO DELGADO: 
Os principais sintomas de acometimento do intestino 
delgado são: 
• Diarreia; 
• Esteatorreia; 
• Dor abdominal; 
• Distensão abdominal; 
• Flatulência; 
• Dispepsia; 
• Hemorragia digestiva; 
• Febre; 
• Perda de peso; 
• Anemia; 
• Edema; 
• Manifestações carenciais; 
DOR 
ABDOMINAL 
INTESTINO DELGADO 
 
LOCALIZAÇÃO 
Jejuno proximal (periumbilical); 
segmentos distais (cicatriz 
umbilical e hipogástrio); íleo 
terminal (quadrante inferior D) e 
peritônio próximo ao íleo 
terminal (fossa ilíaca D e raiz 
coxa D) 
 
IRRADIAÇÃO 
Distensão de parede intestinal ou 
por contração da musculatura 
com irradiação para dorso de 
forma intensa ou peritonite 
restrita QI para raiz da coxa 
DURAÇÃO 
MODO DE INICIO 
Agudo, subagudo ou crônico. 
Início abrupto (cólica intestinal) 
 
FATORES DE 
ALIVIO 
Posição do paciente: flexão ou 
mãos sobre o abdome, imóvel e 
evitar toque sobre abdome; 
Alimentação: desencadeia ou 
piora a dor de origem intestinal 
SINTOMAS 
ASSOCIADOS 
Náuseas, vômitos, palidez e 
sudorese 
 
INTENSIDADE 
Varia com sensibilidade do 
indivíduo. Verificar impacto na 
rotina e busca por medicamentos 
VO ou IV e atendimento 
 
CARÁTER DA 
DOR 
Distensão ou torção – como dor 
visceral 
Dor em peso ou constricção– 
alteração isquêmica ou 
inflamatória ou congestiva 
Distensão abdominal/flatulência ou dispepsia são 
sintomas associados ao acometimento do intestino 
delgado em situações de má-absorção ou aumento de 
conteúdo líquido ou excesso de gases produzidos por 
bactérias ao fermentar o açúcar não absorvido. 
É decorrente do aumento de conteúdo gasoso no tubo 
digestivo. Pode estar associado a diarreia ou 
esteatorreia ou dor. 
HÁBITO INTESTINAL: 
NORMAL = 1 a 2 ao dia, até 2 dias sem defecar; 
OBSTIPAÇÃO = mais de 2 dias sem defecar; 
DIARREIA = mais de 3 evacuações por dia 
 CARACTERIZAÇÃO DAS FEZES: 
 
Podem ser normais, endurecidas, amolecidas, em 
cíbalos, líquidas, com resíduos, brancas ou acolia, 
escuras, muco ou sangue. 
TIPO 1-2: comuns em indivíduos com tendência a 
constipação, fezes endurecidas, trânsito intestinal 
lento; 
TIPO 3-4: comuns em indivíduos com trânsito intestinal 
regular, fezes brandas e ideal; 
TIPO 5-7: comuns em indivíduos com trânsito rápido ou 
diarreia, com fezes pastosas/líquidas; 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 DIARREIA: 
É o aumento do volume fecal, do teor de líquido e do 
número de evacuações, podendo ser volumosas, 
amolecidas. Normalmente fezes mais claras, 
brilhantes, espumosas com restos alimentares. 
No caso de presença de gorduras, temos a má-
absorção. Além disso, temos a eliminação de gases por 
meio de uma diarreia explosiva.
ESTEATORREIA: é o aumento da quantidade de gordura 
nas fezes, sendo uma diarreia com volume aumentado, 
brilhante e flutuam. É uma manifestação específica em 
indicar distúrbio de digestão e absorção, sendo para o 
conteúdo lipídico ou de todos os macronutrientes. 
Pode ser associado com cólicas periumbilicais, 
distensão abdominal, flatulência, fraqueza, fadiga e 
perda de peso. Além da deficiência de vitaminas K A D E 
Pode indicar doença biliar, pancreática ou intestinal. 
HEMORRAGIA DIGESTIVA: a manifestação clínica 
depende da localização. 
HEMATÊMESE: próximo ao ângulo de Treitz; 
afecção estômago/duodeno; raro na afecção de 
ID; sangramento de volume aumentado; 
ENTERORRAGIA: sangue vivo pelo ânus/melena 
associado, sangramento próximo a válvula 
ileocecal com perda sanguínea rápida e 
volumosa; 
MELENA: fezes pretas com odor pútrido, fezes 
amolecidas e diarreia. 
 
CÓLON, RETO E ÂNUS: 
Principais sintomas: 
• Dor; 
• Diarreia; 
• Obstipação; 
• Sangramento anal; 
• Prurido anal; 
• Distensão abdominal; 
• Vômitos e náuseas; 
• Anemia; 
• Emagrecimento; 
A dor é abdominal ou perineal, sendo aguda ou crônicas 
(com períodos de acalmia). O tenesmo é a dor intensa em 
reto e períneo associado ao desejo de evacuar, sendo a 
eliminação de pequena quantidade de fezes ou muco. 
Normal em doenças inflamatórias ou em disenterias. 
A dor abdominal normalmente é difusa-
peritoneal/colite/obstipação ou localizada. 
 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 DISENTERIA: 
É a diarreia com fezes mucossanguinolentas associado 
ao tenesmo no final da evacuação. A diarreia alta 
representa o ID e a diarreia baixa representa mais o 
cólon que reduz com a noite. 
 OBSTIPAÇÃO INTESTINAL: 
Ausência de evacuação por mais de 48 horas. 
Importante avaliar as fezes se estão ressecadas, em 
cíbalos ou duras. 
 SANGRAMENTO ANAL: 
• Hematoquezia (sangue vivo); 
• Comum em hemorroidas e doenças 
diverticular. 
 SINTOMAS ASSOCIADOS: 
Os vômitos podem ser fecalóides na presença de 
obstrução intestinal, também presentes em associação 
com quadro de dor. 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR ALBERTO – AULA 15 
Semiologia Medica – Exame Fisico do 
Aparelho Digestivo I 
 
 
INSPEÇÃO: 
Todo exame físico é feito a direita do paciente, onde o 
mesmo precisa estar em decúbito dorsal e com os braços ao 
lado do corpo. A inspeção deve começar: 
• Observando manchas, lesões, cicatrizes (cirúrgicas 
ou não); 
• A cicatriz umbilical deve ser descrita, indicando se é 
centralizada, descentralizada, protusa ou intrusa; 
• Observar se o abdome é plano, escavado (sinal de 
desnutrição), globoso (panículo adiposo, ascite, 
gases, tumores); 
• Observar se o formato é simétrico ou não, se 
apresenta deformidades, utilizando as regiões e 
quadrantes para descrever a localização; 
• Observar a presença de circulação colateral (do tipo 
porta ou do tipo veia cava inferior, indicando 
hipertensão portal), peristalse e pulsações visíveis. 
 
 
 
Além disso, durante a inspeção, avaliamos a presença de 
hérnias pela MANOBRA DE VALSALVA. 
Essa manobra solicita ao paciente que sopre o punho 
fechado. Isso vai aumentar a pressão intra abdominal, 
Hipertensão portal é uma condição em que o sistema 
porta apresenta aumento da resistência ao fluxo de 
sangue, o que pode ser causado por doenças dentro do 
fígado, obstrução da veia esplênica ou portal e fluxo 
venoso hepático insuficiente. 
A principal causa de hipertensão portal é a cirrose 
alcoólica, que é caracterizada por hepatomegalia e 
superfície com aspecto nodular. 
A cirrose é provocada pela destruição progressiva dos 
hepatócitos, que são substituídos por gordura e tecido 
fibroso, e por isso o aumento da resistência ao fluxo san-
guíneo, visto que o tecido fibroso circundando os vasos 
hepáticos torna o fígado mais firme, impedindo a 
circulação. 
Sinais de Hipertensão Portal: 
• Ascite 
• Edema de membros inferiores 
• Hematêmese 
• Varizes esofágicas 
• Hemorroidas 
 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
forçando o aparecimento das hérnas. Uma hérnia é definida 
como uma protusão parcial e total por um orifício que se 
abriu ou até mesmo pelo enfraquecimento da parede 
abdominal ou má formação. 
A depender da sua localização recebe algumas 
nomenclaturas. 
 
Além disso, devemos inspecionar a presença de lesões 
cutâneas: 
 
 
Essas lesões podem indicar pancreatite aguda, úlcera 
péptica perfurada, abdome agudo, além de trauma do 
abdome. 
INSPEÇÃO ESTÁTICA: os movimentos peristálticos podem 
ser observados nas regiões do andar superior do abdome 
(síndrome da estenose pilórica, associado a vômitos) e 
periumbilical (obstrução intestinal, associado a cólicas 
intestinais). 
INSPEÇÃO DINÂMICA: hérnias e tumores podem estar 
presentes ou ausentes, podem aparecer com o aumento da 
pressão pela manobra de valsalva ou na posição ortostática. 
PERCUSSÃO: 
Antes de realizar o exame é importante perguntar se o 
paciente sente alguma dor abdominal, se tem bexiga cheia 
ou defecou no dia do exame. 
Por seu intermédio, pode-se identificar a presença de ar 
livre, líquidos e massas-intra-abdominais. Também é útil 
para dimensionar órgãos maciços como fígado e baço. Deve-
se iniciar sempre fora da área de maior sensibilidade, 
estendendo-se em todo abdome.SONS DO ABDOME: 
Podem ser encontrados os seguintes sons no abdome: 
timpanismo, hipertimpanismo, macicez e submacicez. 
TIMPANISMO: O timpanismo indica a existência de ar livre 
no interior do tubo digestivo, na cavidade peritoneal ou em 
formação cística; é o som apresentado normalmente pelo 
abdome em, praticamente, toda a sua extensão. 
A área de nítido timpanismo é conhecida como espaço de 
traumbe. 
TIMPÂNICO: de uma determinada área pode ser substituído 
por maciço ou submaciço se ela for ocupada por uma 
estrutura sólida ou líquida. 
HIPERTIMPANISMO: timpanismo de timbre mais sonoro, 
ocorre quando há um aumento do volume de ar na cavidade 
abdominal ou no trato gastrintestinal, como nos casos de 
meteorismo, obstrução abdominal, pneumoperitôneo. 
SUBMACIÇO: está presente em locais com menor volume 
gasoso ou presença de um órgão maciço nas proximidades, 
como na transição toracoabdominal à direita, sobre a área 
de projeção do diafragma. 
MACIÇO: ocorre quando a percussão é realizada sobre a 
projeção de um órgão sólido, como o fígado e o baço. 
HEPATIMETRIA: mensuração do tamanho do fígado, 
percussão do espaço de Traube, a fim de identificar 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
visceromegalia (VCM) e percussão geral para identificar se o 
som é timpânico (normal) ou maciço, indicando que há 
massas sólidas anormais na cavidade abdominal. 
• É feita utilizando os dedos como medida. 
• Começando na região abaixo do umbigo, deve-se 
percurtir em direção ao fígado até que o som mude 
• Quando mudar de timpânico (abdominal normal) 
para maciço, indicando a margem inferior do 
fígado. 
• Deve-se percurtir da região hemiclavicular direita 
na altura dos pulmões em direção ao fígado; 
• Até o som mude de som claro pulmonar 
(atimpânico) para maciço, indicando o início do fí-
gado. 
• Depois, medir a distancia desses dois pontos, 
considerando que o dedo tenha 1cm de largura. 
 
O valor de referência de hepatimetria para homens é de 10-
12 cm e para mulheres de 8-11 cm. Vale pontuar que a 
percussão normalmente fornece estimativas inferiores à 
realidade e o fígado pode ser deslocado para baixo pelo 
diafragma em pacientes com DPOC. 
 
Representa a presença de ar na região hepática, que pode 
decorrer de uma interposição de alça intestinal e 
pneumoperitôneo. É observado pelo examinador quando 
ocorre a presença de som timpânico ou hipertimpânico na 
região de projeção hepática. 
 
SINAL DE TORRES-HOMEM: Ocorre quando o paciente refere 
dor abdominal em região do hipocôndrio direito quando o 
examinador realiza a percussão sobre a projeção da área 
hepática. Está relacionado a processos infecciosos, como 
abscesso hepático. 
ESPLENOMEGALIA: pode ser identificada através de duas 
técnicas: percussão da região inferior esquerda da parede 
torácica anterior (espaço de Traube) e verificação da 
presença do sinal de percussão esplênica. 
 
ESPAÇO DE TRAUBE: localiza-se na região entre a 9ª e 11ª 
costelas na região anterior do abdome no hipocôndrio 
esquerdo, na área de projeção do fundo gástrico. 
 
Possui som timpânico, mas pode apresentar-se com som 
maciço ou submaciço quando há presença de líquido ou 
massa. Em casos de esplenomegalia, é uma região ocupada 
pelo baço e que produz um som maciço ou submaciço. 
 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Deve percurtir o espaço intercostal mais abaixo da linha axi-
lar anterior esquerda, região que costuma ser timpânica. Em 
seguida, é importante solicitar ao paciente que respire fundo 
e percutir novamente esta região. 
Quando o tamanho do baço está normal, o som timpânico à 
percussão se mantém mesmo com a respiração funda. O 
baço cresce em direção ao umbigo (sentido anterior, 
inferior e medial), e muitas vezes substitui o 
timpanismo do estomago e do cólon pela macicez de 
órgão, que é sólido (assim como o fígado). 
 
Então deve-se percutir nesse sentido (direção do 
umbigo) para mensurar o tamanho deste órgão, 
lembrando que isso só é possível quando já há es-
plenomegalia, pois o baço não deve ser palpado abaixo 
do rebordo costal esquerdo. 
 
 PRESENÇA DE ASCITE: 
SINAL DE PIPAROTE: a face palmar de uma das mãos é 
posicionada em um dos flancos do paciente e com a outra 
mão o examinador dispara “piparotes” no outro flanco do 
paciente. 
O abalo produzido pelos piparotes é transmitido ao líquido 
ascítico e percebidos pela palma da mão posicionada no 
flanco oposto. 
Para que as ondas não sejam transmitidas ao lado oposto 
pela parede abdominal, o paciente ou um assistente 
posiciona a borda cubital da sua mão na linha mediana do 
abdome. Esse sinal é característico de grandes ascites, não 
sendo efetivo em ascites de médio ou pequeno volume. 
 
 
SEMICÍRCULO DE SKODA: com o paciente em decúbito 
dorsal, o líquido ascítico tende a se depositar nas regiões de 
flanco e hipogastro; assim, uma percussão realizada desde o 
epigastro em direção aos flancos e andar inferior do 
abdome, revelará uma transição do som timpânico para o 
maciço ou submaciço, formando uma linha semicircular com 
concavidade voltada para região epigástrica. 
 
MACIEZ MÓVEL: quando uma ascite de médio volume, o 
líquido livre na cavidade peritoneal se acumula em flancos. 
Assim, a percussão dessa região se mostrará com macicez ou 
submacicez. 
Posicionando o paciente em decúbito lateral, direito ou 
esquerdo, o líquido livre se deslocará para a posição do 
decúbito e o lado contralateral será esvaziado, 
apresentando, então, uma percussão timpânica. 
AUSCULTA: 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
A ausculta abdominal visa identificar dois principais sinais: 
ruídos hidroaéreos (RHA) e sopro nas artérias abdominais – 
aorta, artérias renais e artérias ilíacas. Para isso, é preciso 
posicionar o estetoscópio em 7 pontos. 
Para ouvir os RHA basta posicionar o estetoscópio em áreas 
difusas do abdome, permanecendo por cerca de 2 minutos – 
ouvir um ruído já exclui a possibilidade de íleo paralítico e 
não é necessário ficar os 2 minutos inteiros caso se ouça 
antes disso. 
ILEO PARALITICO: doença por defeitos ou ausência da 
motilidade intestinal (peristalse). Gera inapetência, 
obstipação grave, vômitos, obstrução intestinal, flatulência, 
risco de peritonite e sepse já que o conteúdo intestinal fica 
paralisado. 
 
 
MODELO DE DESCRIÇÃO DE UMA EXAME 
FÍSICO ADULTO NORMAL: 
INSPEÇÃO: Abdome plano, simétrico, ausência de lesões, 
cicatrizes, circulação colateral, peristalse e pulsações 
visíveis; cicatriz umbilical intrusa. 
AUSCULTA: RHA presentes, ausência de sopros. 
PERCUSSÃO: Predomínio de som timpânico à percussão 
geral, hepatimetria 9 cm na linha média clavicular (LMC) e 4 
cm na linha médio esternal (LME = nível do apêndice xifoide), 
espaço de Traube livre. 
PALPAÇÃO: Indolor à palpação superficial e profunda, 
ausência de VCM, Giordano negativo (em alguns casos é im-
portante negar outros sinais). 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR DAVI – AULA 16 
Semiologia Medica – Exame Fisico do 
Aparelho Digestivo II 
 
PROJEÇÃO DOS ÓRGÃOS INTRA ABDOMINAIS 
 
 
QUADRANTE SUPERIOR DIREITO: 
• Lobo direito do fígado; 
• Vesícula biliar; 
• Piloro; 
• Duodeno; 
• Cabeça do pâncreas; 
• Flexura hepática do cólon; 
• Partes transversa e ascendente do cólon 
QUADRANTE SUPERIOR ESQUERDO: 
• Lobo esquerdo do fígado; 
• Estômago; 
• Corpo do pâncreas; 
• Flexura esplênica do cólon; 
•Partes do cólon transverso e descendente 
QUADRANTE INFERIOR DIREITO: 
• Ceco e apêndice; 
• Parte do cólon ascendente; 
QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO: 
• Cólon sigmoide; 
• Parte descendente do cólon 
PALPAÇÃO: 
Importante observar que, em condições normais, não se 
consegue distinguir, pela palpação, todos os órgãos 
abdominais. Com o objetivo de sistematizar a palpação 
abdominal, seguiremos a seguinte ordem: 
• Palpação superficial; 
• Palpação profunda (Inclui a palpação dos órgãos 
abdominais); 
• Manobras especiais de palpação. 
PALPAÇÃO SUPERFICIAL: deve-se palpar todos os 
quadrantes, com apenas uma mão, sem excluir as 
regiões laterais, buscando áreas sensíveis e/ou 
alteração de consistência durante a palpação. 
Tem como objetivos avaliar a sensibilidade, a 
integridade da parede abdominal e o grau de tensão. 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Inicia-se a palpação pela avaliação da tensão da parede 
abdominal. 
Com a ponta dos dedos, produzem-se dois a três abalos 
em cada local, percorrendo-se toda a região da parede 
abdominal de forma ordenada. 
Em condições normais, a tensão é ligeiramente maior no 
centro do abdome do que nos flancos, devido aos 
músculos retos abdominais. 
 
O paciente com dor abdominal deve ser solicitado a 
localizá-la, para que a palpação seja iniciada fora da 
área indicada como mais sensível. 
Deve-se observar se a dor referida é à palpação 
superficial ou profunda, se é localizada ou difusa; em 
casos de dor localizada, o examinador deverá identificar 
se ela se situa em pontos relacionados ao 
comprometimento de algum órgão (p. ex.: ponto 
epigástrico, ponto cístico, região apendicular, pontos 
ureterais.). 
 
PALPAÇÃO PROFUNDA: são palpadas as mesmas 
regiões, também buscando áreas sensíveis e alterações 
de consistência, mas nessa manobra devem se usar as 
duas mãos, uma apoiada sob a outra, pesquisando a 
presença de massas. 
 
TÉCNICAS DE PALPAÇÃO DO FÍGADO: 
O procedimento fundamental consiste em palpar o 
hipocôndrio direito e o epigástrio, executando a 
palpação junto ao rebordo costal direito coordenada 
com os movimentos respiratórios. 
Durante a expiração, a mão do examinador ajusta-se à 
parede abdominal, sem fazer compressão ou se 
movimentar. 
Durante a inspiração, a mão do examinador, ao mesmo 
tempo em que comprime, é movimentada para cima, 
buscando detectar a borda hepática. 
MÉTODO LEMOS TORRES: Com a mão esquerda 
colocada sobre a região lombar direita apoiando as duas 
últimas costelas, o examinador traciona o fígado para 
frente e com a mão direita espalmada sobre a parede 
anterior do abdome, tenta palpar a borda hepática 
durante a inspiração profunda, com as falanges distais 
dos dedos. 
 
 
MÉTODO DE MATHIEU: O examinador posiciona-se à 
direita do tórax do paciente com as costas voltadas para 
o seu rosto. 
A seguir, coloca as mãos paralelas sobre o hipocôndrio 
direito do paciente e, com as extremidades dos dedos 
fletidos, formando garras, tenta palpar a borda hepática 
durante a inspiração profunda. 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
 TIPOS DE PALPAÇÃO: 
A palpação deve ser realizada com o examinador em pé, 
ao lado direito do paciente, em mesa de exame provida 
com um pequeno travesseiro que apoie cabeça e 
ombros com membros superiores estendidos ao longo 
do tronco, além dos membros inferiores estendidos e 
descruzados. 
As mãos do examinador não devem estar frias, sendo 
recomendado aquecê-las. 
O paciente deve ser orientado a se manifestar caso sinta 
dor ou qualquer sensação desagradável; para isso o 
examinador também deve estar atento às fácies do 
paciente durante a palpação abdominal. 
Podem ser realizar as formas: mono ou bimanual, mono 
ou bidigital, e com as mãos superpostas. 
PALPAÇÃO MONOMANUAL: Utilizada para avaliar a 
parede abdominal. 
O examinador palpa com delicadeza toda a região do 
abdome. Toda a face palmar da mão deve tocar o 
abdome do paciente. 
A tonicidade da musculatura e a sensibilidade devem ser 
avaliadas durante o movimento de flexão dos quatro 
dedos externos, exceto polegar, que comprimem 
levemente a parede; 
PALPAÇÃO BIMANUAL: Utilizada para avaliar o 
conteúdo abdominal. As duas mãos podem atuar de 
modo ativo ou uma de modo ativo e outra de modo 
passivo. 
Quando ambas atuarem de modo ativo, as extremidades 
distais dos dedos devem formar uma linha reta. A mão 
passiva deve relaxar a parede abdominal e estabelecer 
um ponto de apoio; 
PALPAÇÃO COM AS MÃO SUPERPOSTAS: Avaliação do 
conteúdo abdominal em pessoas obesas ou para vencer 
uma contratura voluntária da parede abdominal; 
 
PALPAÇÃO MONO OU BIDIGITAL: Utilizada para localizar 
pontos sensíveis na parede abdominal, explorar orifício 
herniários e determinar o sentido de circulação 
colateral. 
 ESTRUTURAS PALPÁVEIS – SEM PATOLOGIA: 
• Aorta; 
• Borda do fígado; 
• Alguns linfonodos; 
• Bexiga distendida; 
• Polo inferior do rim direito; 
• Músculo reto abdominal; 
• Cólon; 
• Fezes 
TÉCNICAS DE PALPAÇÃO DO BAÇO: 
Diferente do fígado, que pode ser palpável em condições 
normais, o baço somente é palpável em condições 
patológicas, quando atinge duas vezes o seu tamanho 
habitual. A técnica consiste em: 
TÉCNICA DE SCHUSTER: 
• Posicionar o paciente em decúbito lateral direito; 
• Solicitar ao paciente realizar a extensão da perna 
direita; 
• Solicitar ao paciente realizar a flexão da coxa 
esquerda sobre o abdome, num ângulo de 90º; 
• Elevar o braço esquerdo sobre a cabeça; 
• O examinador, ao lado direito, pousa alguma pressão 
na mão esquerda sobre a área de projeção do baço, 
deslocando-o para baixo, enquanto isso a mão direita 
faz a palpação sincronizada com os movimentos 
respiratórios. 
 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
Acima, técnica bimanual com paciente em decúbito 
dorsal. 
PAL PAÇÃO DE OUTR OS ÓR GÃOS: 
PALPAÇÃO DO PÂNCREAS: normalmente não se palpa, 
a não ser em situações patológicas; Na presença de 
tumores e pseudocistos. 
PALPAÇÃO DO RIM: a palpação do rim direito consiste 
em o médico posicionar a mão esquerda atrás do 
paciente logo abaixo da 12º costela, com as pontas dos 
dedos no ângulo costovertebral. 
Então, eleva-se a mão tentando deslocar o rim para 
frente e colocar a mão direita para devagar no quadrante 
superior direito, lateral e paralelamente ao músculo 
reto. 
Pede-se ao paciente que respire fundo e no pico da 
inspiração, comprime a mão direita no quadrante 
superior D. 
O paciente deve expirar e ficar em apneia em curo 
período, com isso o médico tem que liberar lentamente a 
compressão exercida pela mão direita de forma 
simultânea. 
 
PONTOS SENSÍVEIS DO ABDOME 
(DOLOROSOS): 
CORRESPONDEM A DETERMINADAS VÍSCERAS: 
PONTO DE MCBURNEY: apendicular – situado à dois 
terços da distância do umbigo e à um terço da espinha 
ilíaca ântero-superior direita. APENDICITE! 
 
PONTO CÍSTICO: ponto doloroso da vesícula biliar – 
rebordo costal D e borda externa do músculo reto 
abdominal/linha médio axilar D. 
 
PONTO EPIGÁSTRICO: ½ da linha xifoumbilical. 
PONTOS URETERAIS: bordas dos músculos retos 
abdominais e linhas horizontais que passam pela 
cicatriz umbilical e crista ilíaca. 
 
 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
SINAL DE BLUMBERG: descompressão brusca no ponto 
de mcburney – irritação peritoneo-parietal. 
 
 
SINAL DE MURPHY:palpa-se profundamente no ponto 
cístico e pede-se para o paciente respirar 
profundamente. Devido a irritação peritônio-visceral da 
vesícula biliar (reflexo) e a contradura do diafragma, o 
paciente para a respiração durante a inspiração. Nos 
casos de COLECISTITE, o paciente terá pausa súbita na 
inspiração devido a dor. 
SINAL DE COURVOISER-TERRIRER: vesícula palpável e 
indolor, em pacientes com icterícia. 
SINAL DE PSOAS: decúbito lateral – fazer hiperextensão 
da perna contralateral (ou em decúbito dorsal, flexão 
ativa contra a resistência). Irritação do músculo psoas. 
Um dos sinais de apendicite aguda. 
 
SINAL DO OBTURADOR: irritação do m.obturador – 
flexiona-se passivamente a perna sobre a coxa e acoxa 
sobre a pelve, então realiza-se uma rotação interna da 
coxa. É um dos sinais de apendicite. 
 
SINAL DE ROVSING: palpa-se o quadrante inferior E e 
realiza-se a ordenha do intestino grosso, a partir do 
sigmoide até o descendente. O deslocamento dos gases 
para o sentido contrário gera dor no ceco. Também sinal 
para apendicite. 
 
RESUMINDO: 
Se o sinal da DESCOMPRESSÃO BRUSCA se for 
dolorosa é positiva! 
No ponto de MCBURNEY, BLUMBERG positivo – 
apendicite 
Na fossa ilíaca esquerda, região sigmóide – diverticulite 
Descompressão dolorosa – peritônio parietal 
Compressão dolorosa- peritônio visceral 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR ALBERTO– AULA 17 
Semiologia Medica – Sindromes Digestivas 
Parte I 
 
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
(DRGE): 
É caracterizada pelo deslocamento do conteúdo 
gástrico do estômago para o esôfago, condição na qual 
esse refluxo causa sintomas que afetam o bem-estar do 
paciente e/ou complicações. 
 
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é mais 
frequente em pessoas maiores de 45 anos, caucasianos, 
sexo masculino, obesidade e também alguns alimentos 
e hábitos de vida que predispõem ao desenvolvimento 
da DRGE, como exemplo, bebidas alcoólicas, tabaco, 
café, chocolate e alguns medicamentos como os 
antiinflamatórios não esteroidais. 
Sobre as hérnias, podemos ter de deslizamento (mais 
comum como causa de DRGE), paraesofágica e mista. 
 QUADRO CLÍNICO: 
Os sintomas típicos relatados pela maioria dos 
pacientes são pirose e regurgitação ácida e dor. A pirose 
é definida como sensação de queimação retroesternal 
que se irradia do manúbrio esternal até a base do 
pescoço. A regurgitação ácida é o retorno do conteúdo 
ácido até a cavidade oral. 
• Hipotonia do esfíncter inferior do esôfago; 
• Esclerose sistêmica progressiva; 
• Aumento da pressão intra abdominal (gravidez, 
ascite); 
• Hipersecreção e estase gástrica; 
• Intubação nasogástrica; 
• Hiperêmese; 
Além dessas, outras manifestações clínicas podem ser 
decorrentes do refluxo gastroesofágico. São os 
sintomas atípicos, sendo as mais referidas a dor 
torácica não coronariana, as respiratórias (tosse e 
asma brônquica), as otorrinolaringológicas (disfonia, 
pigarro e sensação de globo faríngeo) e as orais (erosão 
dental, aftas, halitose). 
 DIAGNÓSTICO: 
A principal ferramenta para o diagnóstico da DRGE é a 
história clínica. A anamnese deve identificar os 
sintomas característicos, sua duração, intensidade, 
frequência, fatores desencadeantes e de alívio, padrão 
de evolução no decorrer do tempo e impacto na 
qualidade de vida. 
A endoscopia digestiva alta (EDA) é o exame de escolha 
na avaliação de pacientes com sintomas da DRGE, tendo 
indicação naqueles com sintomas crônicos, com idade 
superior a 40 anos e com sintomas de alarme, tais como 
disfagia, odinofagia, perda de peso, hemorragia 
digestiva, náusea, vômitos e história familiar de câncer. 
 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Nos pacientes com menos de 40 anos, com queixas 
típicas de DRGE e sem manifestações de alarme pode 
ser instituído o tratamento com inibidores de bomba de 
prótons em dose plena por quatro semanas, associado 
às medidas comportamentais. 
O teste é considerado positivo quando os sintomas 
típicos (pirose/regurgitação) mais de 2x por semana por 
um período de quatro a oito semanas) são abolidos, 
sugerindo fortemente o diagnóstico de DRGE. 
ÚLCERA PÉPTICA: 
 
Lesão no revestimento do estômago, no duodeno ou, 
raramente, na parte final do esófago. Uma úlcera no 
estômago denomina-se úlcera gástrica ou péptica, 
enquanto no duodeno se chama úlcera duodenal. 
Acredita-se que aconteça pela agressão representada 
pela secreção acidopéptica à mucosa. 
 ETIOLOGIA: 
infecção por Helicobacter pylori (HP), uso de anti-
inflamatórios, Síndrome de Zollinger-Ellisson, doença 
de Crohn e fatores de estresse. Fatores genéticos, 
tabagismo também podem contribuir. 
 SINTOMAS: 
• Dor em queimação na região epigástrica; 
• Ritmicidade e periodicidade; 
• Clocking 
• Vômitos; 
• Eructação; 
• Perda de peso ou perda de apetite; 
SÍNDROME DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
Temos como objetivo reconhecer as principais 
alterações patológicas, macro e microscópicas de 
afecções esofagogástricas: 
• Esofagites; 
• Gastrites agudas e crônicas; 
• Ulcerações benignas: gástricas e duodenais; 
• Neoplasias gástricas 
 ESOFAGITES: 
 
Podemos dividir em 4 graus pela classificação de Los 
Angeles: 
- GRAU A: ocorrência de erosões não confluentes e 
menores que 5mm; 
- GRAU B: ocorrência de erosões não confluentes e 
maiores que 5mm 
- GRAU C: ocorrência de erosões confluentes, 
acometendo menos de 75% da circunferência do órgão; 
- GRAU D: ocorrência de erosões confluentes 
acometendo mais de 75% da circunferência do órgão. 
As causas mais comuns da esofagite estão associadas 
ao retorno ou permanência do conteúdo estomacal no 
esôfago, cuja mucosa não está preparada para receber 
substância tão irritante. 
 Entre elas destacam-se: hérnia de hiato, incontinência 
do esfíncter inferior do esôfago e defeito no clareamento 
do esôfago. 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 GASTRITES: 
Pode ser dividida em erosiva, não erosiva e específicas. 
Na erosiva, temos que as lesões são exsudativas e 
hemorrágicas. Frequentemente associada com 
medicamentos, bebidas alcoolicas, anti-inflamatórios e 
doenças sistêmicas graves. Também é reconhecido pelo 
dano as mucosas pelos sais biliares. 
Já a não erosiva, é classificada pela gravidade 
histológica do processo e pela localização anatômica do 
estomago, onde se manifesta mais intensamente: A – no 
fundo e corpo; B- antro. 
Gastrites específicas é um conjunto heterogêneo que 
engloba a gastrite tuberculosa, a luética, associada com 
a doença de Crohn e etc. 
A gastrite crônica consiste em Tem início insidioso, de 
evolução lenta e gradativa ao longo de anos ou décadas. 
São assintomáticas ou oligo sintomáticas. Pode ser 
classificada de diferentes formas, como: 
TIPO B: - etiologia bacteriana (H. pylori). Metaplasia 
intestinal. 
TIPO A: pode evoluir rápido para atrofia da mucosa. 
Antro parece normal. absorção insuficiente de Vit.B12 
Anemia perniciosa). Maior predisposiçãoao carcinoma 
(Gástrico). 
TIPO AB: também de etiologia bacteriana. "Diferentes 
cepas associadas as diferentes reações do hospedeiro 
levam a instalação de um dos tipos 
O QUE É A DOENÇA DE MÉNETRIER? 
É uma hiperplasia das células mucosas superficiais da 
mucosa gástrica, mais comum em homens na 4a à 6a 
décadas. Não há inflamação. É uma hiperplasia das 
células epiteliais. A causa é desconhecida 
 CÂNCER GÁSTRICO: 
Predomina no sexo masculino e raramente acomete 
indivíduos com menos de 40 anos. Alcança seu pico 
máximo aos 70 anos. 
QUAIS FATORES TEM ASSOCIAÇÃO POSITIVA AO 
DESENVOLVIMENTO? 
• H. pylori; 
• História familiar positiva; 
• Ingestão elevada de sal; 
• Tabagismo; 
• Alcoolismo; 
• Pólipos adenomatosos; 
• Baixa condição socioeconômica; 
• Ingestão de alimentos que contem nitratos e 
nitrosaminas (conservante de carne 
defumada); 
• Metaplasia intestinal e displasia gástrica; 
• Pamgastrite; 
• Doença de Ménétrier; 
• Úlceras pépticas 
Macroscopia - Lesão ulcero-infiltrante de limites 
imprecisos das bordas da lesão. 
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PROFESSORA JOANNE – AULA 18 
Semiologia Medica – Sindromes Digestivas 
Parte II 
ABDOME AGUDO: 
É uma dor abdominal que, quando acompanhada de 
alteração da peristalse, sensibilidade à palpação e 
rigidez muscular é necessário o tratamento imediato do 
paciente. 
TIPO CAUSAS 
INFLAMATÓRIO Apendicite, colescistite, colangite, 
diverticulite, pancreatite, anexites, 
doença inflamatória pélvica aguda, 
doenças inflamatórias intestinais 
(doença de Crohn, abcessos 
abdominais; 
OBSTRUTIVO Íleo adinâmico (paralítico), bridas 
(aderências), hérnias abdominais e 
internas, intussuscepção, 
neoplasias intestinais, vólvulo do 
sigmoide, fecaloma 
PERFURATIVO Úlcera gástrica, úlcera duodenal, 
diverticulite, neoplasias do trato 
digestivo, doença de crohn, 
iatrogênica 
(colonoscopia/endoscopia); 
HEMORRÁGICO Gravidez ectópica, ruptura de 
aneurisma, de cisto ovariano, de 
tumor hepático, de baço; 
VASCULAR Infarto intestinal, trombose venosa 
mesentérica, embolia/trombose 
da artéria mesentérica 
Já as manifestações clinicas são: 
• Dor abdominal; 
• Diminuição do peristaltismo ou aperistalse; 
• Parada da eliminação de fezes e gases; 
• Distensão abdominal; 
• Hipersensibilidade da parede abdominal; 
• Rigidez da musculatura da parede abdominal; 
• Anorexia, náuseas e vômitos; 
• Taquicardia e hipotensão – como sinal de 
gravidade 
 APENDICITE AGUDA: 
É a inflamação aguda do apêndice vermiforme. Com dor 
epigástrica evoluindo para região periumbilical de 6 a 12 
horas após localiza-se na FID. O paciente apresenta 
anorexia, náuseas, vômito, febre baixa e leucocitose em 
90% dos casos. 
• Sinal de Blumberg: dor à descompressão; 
• Sinal de Rovsing: aparecimento de dor na fossa 
ilíaca direita, quando se exerce pressão sobre o 
quadrante inferior E (deslocamento de gás do 
cólon para a região do apêndice ou do ceco 
inflamado); 
• Sinal do Psoas: paciente em decúbito lateral E, 
promove-se a extensão da coxa direita e o 
paciente relata dor na FID; 
• Sinal do Obturador: paciente em decúbito 
dorsal, faz-se a flexão passiva da perna sobre a 
coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-se 
com uma rotação interna da coxa. 
O TRATAMENTO consiste em: Estabilização clínica – 
acesso venoso, administração de soluções cristaloides 
por via intravenosa, uso de antibióticos e analgésicos; 
Tratamento cirúrgico (laparotomia) na maioria dos 
casos; Tratamento clínico em algumas situações por 
diverticulite ou pancreatite aguda não complicada. 
DIARREIRA: 
É o aumento do número de evacuações (+3) e o teor de 
líquido das fezes (amolecidas ou aquosas). Podemos 
classificar em agudas (infecciosas ou não) e crônicas 
caso +4 semanas. 
TIPO PRINCIPA
L CAUSA 
EX. COMPLEM. TTO 
Aquosa 
(ausência 
de febre, 
fezes sem 
pus, muco 
ou sangue) 
Vírus, 
e.coli, 
produção 
de toxinas 
 Tratamento 
de suporte, 
hidratação 
VO 
Aquosa 
grave 
(muitos 
episódios, 
tipo água 
de arroz) 
e. coli, 
cólera 
Na, K, 
hemograma, 
ureia, 
creatinina, 
pesquisar 
cólera 
Reidrataçã
o vigorosa, 
correção de 
distúrbios 
hidreletróli
tos, em 
caso de 
cólera 
iniciar ATB 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Com 
sangue e 
pus 
(toxemia 
puxo, 
tenesmo) 
Shigella, 
salmonela, 
yesinina 
Na, K, 
hemograma, 
ureia, 
creatinina, 
coprocultura, 
avaliar 
hemocultura 
Hidratação, 
suporte 
clínico, ATB 
Diarreia 
com 
sangue 
(ausência 
de toxemia 
e febre 
E. coli 
êntero 
hemorrági
ca 
Na, K, 
hemograma, 
ureia, 
creatinina, 
coprocultura e 
pesquisa de 
leucócitos nas 
fezes 
 Tto de 
suporte, 
hidratação 
VO 
Diarreia 
aquosa/ 
sangue + 
uso 
recente de 
ATB 
Toxina do 
C.difficile 
Pesquisa de 
toxina C.difficile 
Suspender 
ATB. 
Metronidaz
ol ou 
vancomicin
a oral 
apenas 
para 
graves. 
As causas da diarreia aguda infecciosa estão na tabela 
acima, já as causas de diarreia aguda não infecciosa: 
• Uso de laxativos; 
• Medicamentos como ATB, antiácidos, xaropes 
com alto teor de sorbitol, suplementos 
vitamínicos, sulfato ferroso; 
• Nutrição enteral; 
• Radioterapia e quimioterapia; 
• Exercícios vigorosos; 
• Psicogênica 
As manifestações clínicas consistem em: 
• Início súbito com 3 ou + evacuações; 
• Fezes moles e líquidas, podendo conter muco 
ou sangue; 
• Restos alimentares; 
• Cólicas intestinais; 
• Distensão abdominal; 
• Anorexia, mal estar; 
• Desidratação 
LEMBRANDO QUE SÃO MANIFESTAÇÕES NÃO 
INFECCIOSAS. 
 DIARREIA CRÔNICA: 
• Parasitoses intestinais; 
• Cólon irritável; 
• Colite pseudomembranosa; 
• Câncer de cólon; 
• Doença de Crohn; 
• Retrocolite ulcerativa; 
• Síndrome da má absorção; 
• Aids; 
• Diabetes; 
• Alergia alimentar; 
• Intolerância a lactose; 
• Uso abusivo de laxativos e medicamentos 
• Síndrome de zollinger-ellison; 
• Cirurgia gástrica; 
• Ressecção ileal; 
As manifestações clínicas da diarreia crônica 
consistem em: 
• Inicio gradativo de 3 a 5 evacuações; 
• Urgência para defecar; 
• Cólicas abdominais em abdome inferior, antes 
e no decorrer de defecação; 
• Perda de peso; 
• Depleção de líquidos e eletrólitos 
DIAGNÓSTICO: 
Diante de um paciente, responder 3 perguntas: vai se 
tratar de aguda ou crônica? É infecciosa ou não? Há 
indicações de uma condição clínica específica 
(síndrome da má absorção? Aids?) 
Na aguda, infecciosa ou não, a reposição de líquidos e 
eletrólitos pode ser mais importante que o tto 
específico principalmente na desidratação grave. Na 
crônica, pode exigir detalhada investigação para definir 
a causa e da indicação clínica específica. 
HEMORRAGIA DIGESTIVA: 
 
As causas da hemorragia digestiva alta podem ser: 
• Ruptura de varizes esofágicas ou gástricas; 
• Gastropatia da hipertensão portal; 
• Esofagite em paciente com DRGE e por agentes 
químicos; 
• Síndrome de Mallory-Weiss (lesão mucosa, 
causada por grande esforço de vômito); 
• Úlcera péptica gastroduodenal (principal); 
• Lesão aguda da mucosa gastroduodenal; 
• Gastrite erosiva medicamentosa; 
• Telangiectasias hemorrágicas hereditárias; 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
• Fístula aortoduodenal; 
• Lesão de Dieulafoy (arteríola submucosa 
anormalmente grande); 
Causas da hemorragia digestiva baixa: 
CRIANÇAS ADOLESCENTESADULTOS IDOSOS 
Divertículo de 
Meckel 
Divertículo de 
Meckel 
Doença 
diverticular 
do cólon 
Hemorroidas 
Pólipos Pólipos Doença de 
Crohn 
Doença 
diverticular 
do cólon 
Malformações 
vasculares 
Malformações 
vasculares 
Retrocolite 
ulcerativa 
Câncer 
colorretal 
Doença de 
Crohn 
Hemorroidas Câncer 
colorretal 
Isquemia 
intestinal 
 Fissuras anais Hemorroidas Retocolite 
ulcerativa 
 Angio 
displasia 
Angio 
displasia 
Sobre as características clinicas, nós temos que: 
No caso de sangue no papel higiênico ou gotejamento no 
vaso, seria mais um sangramento orificial (fissuras, 
hemorroidas), HPB; 
No caso de fezes normais cobertas por sangue, seria 
uma lesão no canal anal (fissuras, hemorroidas, 
neoplasias), HPB; 
No caso de sangue misturado com fezes ou em forma de 
rajas, podemos falar sobre pólipos ou neoplasias com 
HPB; 
Já fezes marrons-avermelhadas poderia ser um 
sangramento do intestino delgado ou do cólon direito, 
HPB; 
No caso de evacuações de grandes quantidades de 
sangue vivo, sem a presença de fezes, poderíamos ter 
uma hemorragia relacionada à doença diverticular ou 
angiodisplasia, HPB; 
Agora as fezes com aspecto de borra de café, a melena, 
pode ser sangramento de origem esofágica, gástrica ou 
duodenal, uma HDA. 
 O TRATAMENTO: 
Depende da causa, da intensidade e da localização do 
sangramento, podendo ser conservador por meio de 
endoscopias e condutas por ateriografias ou cirúrgico. 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA BIANCA – AULA 20 e 21 
Semiologia Medica – Exame Fisico Neurologico 
e Sindromes Neurologicas 
ETAPAS DO EXAME NEUROLÓGICO: 
- Estado mental (orientação, vigília, obnubilação, 
sonolência, confusão mental/delirium, estupor/torpor, 
estado de coma, morte cerebral); 
- Nervos cranianos (diplopia) – se não conseguir avaliar 
descreve o porquê; 
- Motricidade (força – graduação e tônus) – tônus 
normal, reduzido ou hipertônico; 
- Reflexos cutâneos (superficiais) e tendinosos 
(profundos); 
- Sensibilidade superficial e profunda (algodão, roda de 
watenberg, diapasão); 
- Equilíbrio, coordenação e marcha (atáxico de macha, 
de tronco, apendicular de um membro, 3 membros, 4 
membros); 
- Linguagem, podemos diferenciar pela área de BROCA 
ou de WERNICKE 
 
Sendo, portanto: 
Afasia motora ou verbal – DE BROCA: dificuldade em se 
expressar (não falam muito) 
Afasia sensorial ou receptiva – DE WERNICKE: 
dificuldade em compreender (falam muito mas 
geralmente não tem muito sentido). O paciente pode 
apresentar parafasia, na qual os vocábulos ou as frases 
estão erroneamente colocados; perseveração, que é a 
repetição de um mesmo vocábulo; jargonofasia, cuja 
manifestação é o uso de palavras novas e 
incompreensíveis. 
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL 
 
 
 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
SOBRE O MINI EXAME: 
A nota alta ou baixa vai depender do grau de educação do 
paciente. 
Registros (mencionar 3 palavras levando 1 segundo para 
cada uma, e pedir pro paciente repetir as palavras 
mencionadas. Estabelecer um ponto para cada resposta 
correta) – vaso, carro, tijolo 
- Atenção e cálculo 
- Lembrança ou memória de evocação 
- Linguagem 
PARES CRANIANOS: 
 NERVO OLFATÓRIO I: 
O teste geralmente é omitido, a menos que haja suspeita 
de doença do lobo frontal inferior (ex., meningioma). 
No exame da olfação, empregam-se substâncias com 
odores conhecidos: café, canela, cravo, tabaco, álcool 
etc. 
De olhos fechados, o paciente deve reconhecer o aroma 
que o examinador colocar diante de cada narina. Quando 
realizar o teste do nervo olfatório, lembrar que cada 
narina é testada em separado, isto é, ocluímos uma 
narina e colocamos o cheiro na outra. 
A anosmia ou Parosmia podem ocorrer por rinites 
agudas, interrupções ou compressões das vias 
olfatórias secundárias a uma fratura de base de crânio, 
tumor (meningioma da goteira olfatória ou de glioma 
frontal), hidrocefalia, meningite, sífilis 
meningovascular, tabes dorsalis (atrofia dos nervos 
olfatórios). 
• Parosmia: perversão do olfato; 
• Alucinações olfatórias; 
• Cacosmia: sensação olfatória desagradável na 
ausência de qualquer substância capaz de 
originar odor. 
 
Essas manifestações, às vezes referidas durante a 
anamnese, precisam ser levadas em consideração, pois 
podem representar verdadeiras crises epilépticas, por 
lesão do úncus hipocampal (crises uncinadas). 
 
 NERVO ÓPTICO II: 
 
ACUIDADE VISUAL: Pede-se ao paciente que diga o que 
vê na sala de exame (na parede, na mesa) ou leia alguma 
coisa. Pode ser realizado, grosso modo, pedindo para o 
paciente ler letras de jornais ou revistas. 
 
Quando a deficiência visual for importante, pode-se 
pedir para o paciente dizer a que distância consegue ver 
os dedos da mão do examinador. 
 
Examina-se cada olho em separado. A diminuição da 
acuidade visual é chamada de ambliopia; quando 
abolida, constitui-se em amaurose. Ambas podem ser 
uni ou bilaterais e costumam ser causadas por neurite 
retrobulbar, neoplasias e hipertensão intracraniana. 
 
CAMPO VISUAL: Sentado, o paciente fixa um ponto na 
face do examinador, postado à sua frente. O examinador 
desloca um objeto nos sentidos horizontal e vertical, e o 
paciente dirá até que ponto está "percebendo" o objeto 
nas várias posições. 
 
Cada olho é examinado separadamente. A isso se 
denomina avaliação do campo visual ou campimetria. As 
alterações campimétricas causadas por neoplasias, 
infecções e desmielinização são anotadas em relação 
ao campo visual, e não à retina. 
 
REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO E CONSENSUAL 
 
 
 
REFLEXO DE ACOMODAÇÃO 
 
FUNDOSCOPIA: Entre as alterações que podem ser 
encontradas, destacam-se: a palidez da papila, a qual 
significa atrofia do nervo óptico; a estase bilateral da 
papila, que traduz hipertensão intracraniana, e as 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
modificações das arteríolas, que aparecem na 
hipertensão arterial. 
 
 
 
 NERVO OCULOMOTOR III: 
 
Observar: 
 Abertura palpebral 
 Reflexo fotomotor direto e consensual 
 Reflexo de acomodação 
 Motilidade ocular: reto superior, reto inferior, 
reto medial, oblíquo inferior (olhar para cima e 
para dentro) 
 
Tanto o oculomotor, como troclear (IV), como o 
abducente (VI), inervam os músculos que tem função na 
motilidade do globo ocular. O III em si, inerva a 
musculatura elevadora da pálpebra superior. 
 
MOTILIDADE EXTRÍNSECA: Na presença de estrabismo, 
pelo menos na fase inicial, o paciente reclama de visão 
dupla ou diplopia. 
O exame é feito em cada olho separadamente e, 
depois, simultaneamente, da seguinte maneira: 
estando o paciente com a cabeça imóvel, o 
examinador solicita a ele que desloque os olhos 
nos sentidos horizontal e vertical. 
No exame simultâneo, acrescenta-se a prova da 
convergência ocular, que é feita aproximando 
gradativamente um objeto dos olhos do paciente. 
As causas mais frequentes de lesões dos nervos 
oculomotores são traumatismos, diabetes melito, 
aneurisma intracraniano, hipertensão intracraniana e 
neoplasias da região selar. 
MOTILIDADE INTRÍNSECA: Dinamicamente, a pupila é 
examinada por meio de um feixe luminoso (lanterna de 
bolso) e pela convergênciaocular. 
O examinador incide o feixe de luz em uma pupila e 
observa a resposta nos dois lados. Chama-se reflexo 
fotomotor direto a contração da pupila na qual se fez o 
estímulo, e de reflexo fotomotor consensual a contração 
da pupila oposta. 
Em seguida, aproxima-se dos olhos um objeto, e as 
pupilas se contrairão normalmente - é o reflexo da 
acomodação. Os reflexos podem estar normais, 
diminuídos ou abolidos. 
Na lesão unilateral do oculomotor a pupila entra em 
midríase homolateral (predomínio do simpático) e não 
responde a estímulo algum - é chamada midríase 
paralítica. 
A pupila oposta permanece normal. Na lesão bilateral da 
via aferente os reflexos fotomotor direto ou consensual 
estão abolidos, enquanto o reflexo de acomodação está 
preservado. 
LESÃO DO OCULOMOTOR: 
• Estrabismo divergente; 
• Elevação e abaixamentos oculares 
impossibilitados; 
• Midríase fixa (anisocoria) 
OBS: 
➢ Paralisia do oculomotor completa causa midríase fixa 
– fala a favor de aneurisma de comunicante 
➢ Paralisia sem comprometimento da pupila – 
provavelmente por comprometimento do vaza 
nervorum; não atinge as fibras parassimpáticas 
 
 NERVO TROCLEAR IV: 
 
Responsável pelo oblíquo superior (olhar para baixo e 
dentro) 
 
Prova de inclinar a cabeça de Bielshowsky: 
 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
✓ Realizada em pessoas que apresentam “torcicolo” 
intencional devido ao comprometimento visual quando 
em posição normal da cabeça 
✓ O olho não pode mover-se nem para baixo nem para 
fora 
✓ Diplopia é vertical ou diagonal, sendo máximo no olhar 
para baixo 
✓ Quando olha para baixo, refere visão borrada ou 
alguma dificuldade quando ao descer escada ou ler um 
livro 
✓ Se a diplopia melhora com a inclinação da cabeça à 
esquerda e piora com a inclinação à direita, o paciente 
tem uma paralisia do IV nervo à direita; forçando o olho 
envolvido para intorção piora a diplopia. 
 
 
 
 NERVO ABDUCENTE VI 
O abducente vai inervar o reto lateral (abdução). 
OBS: o comprometimento desse nervo pode causar 
estrabismo convergente. 
 
▪ Diplopia 
▪ Conjugação 
▪ Reflexo óculocefálico 
▪ Nistagmo 
 
OBS: observar a contração da pupila junto com o 
movimento. 
 
Pupila de Adie – casos onde ocorre o reflexo de 
contração apenas no movimento de convergência. 
 
 NERVO TRIGÊMEO V: 
• Sensibilidade facial – testada ao toque (agulha) nas 
três regiões de inervação da face (V1, V2 e V3) 
• Reflexo corneano palpebral (V e VII) - contração das 
pálpebras ao toque do algodão na córnea; deve ser 
realizado bilateralmente nos 4 quadrantes do globo 
ocular 
Função motora: responsável pelos Mm mastigatórios – 
testada com abertura e fechamento da mantibula e 
palpação dos Mm 
OBS: Neuralgia do trigêmio – pode ser essencial ou 
secundária (tumores, doenças desmelinizantes); É 
identificadas por estímulos em zonas de gatilho. Melhora 
com carbamazepina; tratamentos cirúrgicos, balão e 
nucleotatomia. 
 
Avalia-se a lesão unilateral da raiz motora pela 
observação dos seguintes elementos: 
1) atrofia das regiões temporais e masseterinas e, até 
mesmo, fasciculações podem ser visíveis ou palpáveis; 
2) a abertura da boca promove desvio da mandíbula para 
o lado da lesão; 
3) ao trincar os dentes, é possível notar, pela palpação, a 
menor tonicidade dos músculos masseter e temporal do 
lado acometido. 
O próprio paciente refere que para mastigar usa mais 
um lado da boca do que outro, em função da fraqueza 
muscular do lado afetado. 
Outra forma de avaliar é pedir ao paciente para morder 
um abaixador de língua e, após isso, retirá-lo: se nota 
que é muito mais fácil retirar o abaixador de língua do 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
lado paralisado em relação ao lado normal; 4) há 
dificuldade do movimento de lateralização da 
mandíbula. 
 NERVO FACIAL VII: 
Responsável pela simetria facial e movimentos; 
sensibilidade gustativa da língua (2/3 anteriores). Pode 
ser testado por meio das expressões faciais. 
• Lesões causam: paralisia facial – central ou periférica 
✓ Central – lesão a nível dos neurônios motores 
superiores; só compromete o andar inferior da face. 
 
✓ Periférica – lesão a nível dos neurônios motores 
inferiores; compromete o andar superior e inferior; 
caracterizada pelo Sinal de Bell. 
 
▪ Paralisia facial bilateral 
▪ Fraqueza facial bilateral 
Para fazer o exame do nervo facial, solicita-se ao 
paciente enrugar a testa, franzir os supercílios, fechar 
as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar, 
inflar a boca e contrair o platisma. 
Na paralisia unilateral, observam-se lagoftalmia (o olho 
permanece sempre aberto); ausência do ato de piscar; 
epífora (lacrimejamento); desvio da boca para o lado 
normal, e incapacidade para contrair o platisma, 
assobiar e manter a boca inflada. 
A paralisia da face se chama prosopoplegia e, quando 
bilateral, fala-se em diplegia facial. 
 NERVO VESTIBULOCOCLEAR VIII 
A raiz coclear é avaliada pelos seguintes dados e 
manobras: 
 
• Diminuição gradativa da intensidade da voz 
natural 
• Voz alta ou cochichada, uso de relógios, 
diapasões. 
• Atrito suave das polpas digitais próximo ao 
ouvido 
• Prova de Rinne: consiste em aplicar o diapasão 
na região mastoide. Quando o paciente deixar de 
ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo 
ao conduto auditivo. 
 
Em condições normais, o paciente acusa a percepção do 
som (Rinne positivo). Transmissão óssea mais 
prolongada que a aérea (Rinne negativo) significa 
deficiência auditiva de condução. 
Teste de acuidade auditiva: 
• Teste de Schwabach – percepção do som 
causado pelo diapasão 
 
• Teste de Rinne – diapasão posicionado atrás do 
ouvido 
 
• Teste de Weber – diapasão acima da cabeça, 
medianamente 
 
LEMBRAR: 
Surdez sensório-neural – quando o problema é 
neuronal, não há condução aérea nem óssea, e ocorre 
lateralização para o lado sadio no teste de Weber 
Surdez de condução – quando o problema está na 
condução do ouvido médio por uma otite, por exemplo, 
ocorre condução aumentada para o mesmo lado no teste 
de weber. 
Função Vestibular 
▪ Prova de Romberg – em pé, com os olhos fechados, 
testando o equilíbrio 
▪ Prova Dix-Hallpike ou teste de Nylen-Barany - quando 
ocorre nistagmo, é indicativo de VPPB 
A avaliação da função vestibular é importante para 
diferenciar casos de vertigem, tonturas. 
✓ OBS: a função do equilíbrio inclui a dimensão visual, 
proprioceptiva e vestibular 
Em casos de Vertigem posicional paroxística beninga, 
pode-se optar pela Manobra de Epley -> 
reposicionamento dos otólitos. 
 NERVO GLOSSOFARÍNGEO IX E VAGO X: 
A lesão unilateral do glossofaríngeo pode exteriorizar-
se por distúrbios da gustação do terço posterior da 
língua (hipogeusia e ageusia); no entanto, esse exame 
não é habitualmente realizado. 
 
Na lesão unilateral do IX e do X nervos, observam-se: 
desvio do véu palatino para o lado normal, quando o 
paciente fala as vogais a ou e; desvio da parede posterior 
da faringe para o lado normal (sinal da cortina);o 
comprometimento motor de ambos os nervos, pode 
levar a diminuição ou abolição do reflexo velopalatino. 
Nas lesões bilaterais (esclerose lateral amiotrófica, 
neuropatia diftérica),o paciente costuma evoluir com 
disfagia importante, especialmente para líquidos, sendo 
frequente regurgitação nasal. 
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6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
A lesão isolada do X nervo, a qual envolve apenas o ramo 
laríngeo, determina considerável disfonia. A porção 
autonômica (nervo vago) não é examinada 
rotineiramente. 
As causas mais frequentes de lesão dos nervos IX e X, ou 
de seus ramos, são: neuropatia diftérica, neoplasia do 
mediastino, esclerose lateral amiotrófica e 
traumatismo. 
• Reflexo do vômito; 
• Função sensorial do palato mole; 
• Sinal da cortina: nas lesões motoras unilaterais 
o palato do lado afetado não se eleva e a úvula 
torna-se desviada para o lado não alterado 
• Qualidade da voz (rouquidão) 
• Deglutição 
 
 NERVO ACESSÓRIO XI 
 
• Inervação do esternocleidomastoideo e do trapézio 
movimentação da cabeça 
• Esse nervo craniano contribui para a formação de C1 
• Testado ao pedir que o paciente vire o pescoço contra a 
resistência (vê a contração do esternocleidomastoideo 
do lado oposto) e com a elevação do ombro 
 
 NERVO HIPOGLOSSO XII 
 
• Inspeção estática da língua: avaliar se apresenta 
desvios, fasciculações ou atrofias. No repouso, a língua 
com paresia unilateral tende a lateralizar para o lado 
saudável 
• Inspeção dinâmica: pede-se para que o paciente 
exteriorize a língua e faça movimentos em todos os 
eixos. 
Na exteriorização, em casos de lesão unilateral, a língua 
torna-se voltada para o lado da lesão. 
 
MOTRICIDADE: 
Reflexos tendinosos profundos – gradação: 
- Reflexo bicipital, tricipital, patelar, aquileu, flexores 
dos dedos, estilorradial, adutores da coxa, 
masseteriano, mentoniano. 
0 → ausente apesar de facilitação 
1 → diminuído 
2 → normal 
3 → hiperativo 
4 → hiperativo com clônus 
Reflexos cutâneos: 
- Cutâneo-plantar: na borda externa, voltando e fazendo 
a curva em direção ao primeiro pododáctilo. Paciente 
normal espera-se uma flexão dos dedos e no paciente 
que tem lesão a resposta é de extensão dos dedos (Sinal 
de Babinski). 
- Sinal de Babisnki (lesão piramidal – no trato 
corticoespinal): reflexo cutâneo-plantar em extensão. 
 
- Cutâneo abdominal: estímulo na pele, de fora pra 
dentro, em direção a cicatriz umbilical 
Escala de avaliação de forca muscular: (MRC – Medical 
Research Council) 
0 → não se percebe contração 
1 → traço de contração, s/ produção de movimento 
2 → contração fraca, produzindo movimento com a 
eliminação da gravidade 
3 → realiza movimento contra a gravidade, porém sem 
resistência adicional 
4 → realiza movimento contra a resistência externa 
moderada e a gravidade 
5 → é capaz de superar maior quantidade de resistência 
que o nível anterior 
EXAME DE MARCHA: 
- O paciente deve estar descalço e se possível com 
pouca vestimenta 
- Andar em linha reta, sem controle visual, na ponta dos 
dedos, no calcanhar 
- Tipos de Marcha: 
• Eubásica (normal) 
• Ceifante/ helicópode/ hemiplégica 
• Cerebelar/ ebriosa 
• Escarvante – via em pacientes com hanseníase 
• Tabética – comum na síflis terciaria 
• Anserina 
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7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
• Parkinsoniana 
• Espástica/espasmódica 
• Vestibular (em estrela – labirintopatia) 
SENSIBILIDADE: 
- Exteroceptiva: 
• Dolorosa e térmica (espátula) 
• Tátil (chumaço de algodão ou pincel) 
- Propioceptiva: 
• Artrestesia (ou postural) 
• Cinestesia (movimentos passivos) 
• Palestesia ou sensibilidade vibratória 
(diapasão de 128 Hz) 
- Hiperestesias, hipoestesias, anestesias, parestesias, 
disistesia (deformidade da sensibilidade) 
- Paralisias flácidas simétricas e assimétricas 
- Hepes zoster – geralmente escolhe 1 único dermátomo 
MENINGITE 
Principais sintomas e sinais em bebês – crianças com 
menos de 1 ano: 
• Febre, mão e pés podem estar frios; 
• Vômito e recusa à alimentação; 
• Diarreia; 
• Inquietação e choro; 
• Irritabilidade, convulsões; 
• Rigidez de nuca; 
• Expressão vazia com olhar vazio; 
• Dificuldade em acordar, gemência; 
• Manchas vermelhas 
Sinal de Brudzinski positivo e o sinal de Kerning são 
sinais de irritação meningeal (não é pq estão ausentes 
que o paciente não tem meningite ou meningoencefalite) 
 
 
TÔNUS MUSCULAR 
Movimentação passiva realizada ao nível das 
articulações dos MMSS e MMII 
• Normal 
• Hipotonia 
• Espasticidade (em “canivete”) 
• Rigidez em “roda denteada”, em “cano 
de chumbo” 
OBS: Síndromes Neurológicas em crianças costumam 
cursar com hipotonia; 
• Realiza os movimentos das principais 
articulações 
• Resistência ao movimento passivo dos 
membros (lento e rápido) 
• Balanço distal das extremidades 
OBS: avaliação 
➢ Pesquisa do sinal do canivete 
➢ Manobra calcanhar-nádega 
➢ Manobra punho-ombro 
 AVALIAÇÃO DA FORÇA GLOBAL: 
MMSS 
• Manobra de Mingazini – braços estendidos com 
as mãos para baixo 
• Manobra dos braços estendidos – braços 
estendidos com mãos para cima 
Déficit piramidal: pronação, posterior flexão do membro 
até que ocorre a queda 
• Manobra de Raimiste – queda do antebraço em 
decúbito supino 
MMII 
▪ Manobra de Mingazini – posição obstétrica, articulação 
do MI formando 90°, devendo ser capaz de se manter 
nessa posição por 30s 
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▪ Manobra de Barré – realizada em decúbito ventral, 
com flexão dos joelhos a 90° 
 
 AVALIAÇÃO DA FORÇA SEGMENTAR: 
Testa a força de cada miótomo/segmento do corpo 
contra a resistência 
• Movimento da cabeça anterior e posteriormente 
• MMSS: C5, C6, C7, C8, T1 
• Nervos da mão: nervo radial, ulnar, mediano; + 
preensão palmar 
• MMII: L2, L3, L4, L5, S1 
 
 DESCREVENDO DÉFICITS DA FORÇA MUSCULAR 
Gravidade: 
▪ Paresia – fraqueza 
▪ Plegia – incapacidade total de realizar o movimento 
(grau 0) 
Distribuição 
▪ Monoparesia/monoplegia – 1 membro acometido 
▪ Diparesia/diplegia – 2 membros ou face 
▪ Paraparesia/paraplegia – 2 MMII 
▪ Hemiparesia/hemiplegia – 1 lado do corpo 
▪ Tetraparesia/tetraplegia – 4 membros 
TERMOS DIAGNÓSTICOS EM 
SENSIBILIDADE 
• Anestesia 
• Hiperalgesia – aumento da resposta aos estímulos 
anormais 
• Hiperestesia – aumento da sensibilidade aos estímulos 
anormais 
• Disestesia 
• Arestesia – sensação anormal provocada ou 
espontânea 
• Hiperpatia – aumento das reações a est. Repetitivos 
• Analgesia 
• Apalestesia – vibratória 
• Abarestesia – tato 
• Abatiestesia – posição segmentat 
• Asterognosia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA BIANCA – AULA 19 
Semiologia Medica – Sinais e Sintomas do 
Sistema Nervoso 
ANAMNESE: 
Parte importante para entender alguns casos, como por 
exemplo: 
• TUMOR CEREBRAL: sintoma surge de forma 
gradativa, dependendo da natureza e local do 
tumor; 
• DOENÇA HEREDODEGENERATIVA: evolução 
progressiva, mas de processo lento; 
• ACIDENTESVASCULARES CEREBRAIS E 
POLIO: manifestações súbitas, após um período 
variando; 
• ESCLEROSE MÚLTIPLA: a evolução é muito 
sugestiva ao diagnóstico; após um surto agudo, 
verificamos uma regressão parcial ou total dos 
sintomas, depois eclode um novo surto com a 
piora do quadro e recuperação menos intensa; 
• EPIPLEPSIA E ENXAQUECA: as manifestações 
aparecem de forma paroxístico, e entre as 
crises pode apresentar nada anormal. 
Lembrar de: 
• Identificação; 
• Queixa principal; 
• HDA; 
• Antecedentes pessoais; 
• Antecedentes familiares; 
• Procedência e naturalidade; 
• Viagens; 
• Vacinações; 
• Gravidez, puerpério: saber se teve alguma 
complicação, se foi cesária, se fez uso de 
medicamentos teratogênicos, condição ao 
nascer e afins; 
• Comorbidades; 
• Medicações em uso; 
OBS: é importante ter em mente na hora da anamnese 
sobre a questão da época e modo de início e evolução: 
• Agudo (de um dia pro outro) capaz de vascular 
ou infeccioso; 
• Subagudo (dias) capaz de inflamatório ou 
tóxico; 
• Crônico ou gradual capaz de simétrico (doença 
degenerativa) ou assimétrico (lesão com efeito 
de massa – neoplasia); 
• Em surtos, com períodos de remissão capaz de 
uma esclerose múltipla; 
• Acessos paroxísticos de curta duração, com 
intervalos longos e logo após um período de 
normalidade capaz de uma epilepsia; 
• Numa relação causa e efeito, temos o trauma 
cranioencefálico ou raquimedular 
ALGUMAS TERMINOLOGIAS: 
ACINESIA: Impossibilidade para realizar movimentos. 
Sintoma que acompanha diferentes processos 
patológicos dos gânglios basais; 
 ADIADOCOCINESIA: Incapacidade para realizar 
movimentos continuados de alternância rápidos como 
pronação-supinação ou flexão-extensão devido 
disfunção cerebral; 
AGNOSIA: Perda da capacidade de reconhecer objetos e 
pessoas; 
AGRAFIA: Incapacidade de escrever provocada pela 
lesão dos centros nervosos que controlam gestos 
gráficos. Geralmente aparece junto com a Afasia; 
ALEXIA: Cegueira verbal, impossibilidade de 
compreender o sentido das palavras escritas. 
ANARTRIA: Perda da capacidade de articular palavras 
por lesão do SNC; 
APRAXIA: Perda da capacidade de realizar movimentos 
coordenados com uma determinada finalidade; 
APRAXIA IDEATÓRIA: Perda da capacidade de idealizar o 
gesto 
ATAXIA: Falta de coordenação na marcha, devido à lesão 
no SNC; 
ATETOSE: Movimentos involuntários flexoextensor ou 
pronosupinador em mãos e dedos e às vezes nos pés, 
devido à lesão do Sistema Extrapiramidal (Lesão do 
núcleo da base do encéfalo; putámen, caudado e pálido); 
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2 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
ATONIA: Estado caracterizado por falta de tono 
muscular. Estado de flacidez; 
BALISMOS: Movimentos violentos de grandes 
amplitudes, inesperados localizados em um Hemicorpo 
devido a uma disfunção Extrapiramidal; 
BRADICINESIA: Redução da intensidade do movimento; 
CLÔNO(US): Contrações ritmadas de um músculo, 
provocadas por seu estiramento brusco. Geralmente 
significa lesão do neurônio motor superior; 
CORÉIA: Movimentos bruscos, sem coordenação, 
involuntários geralmente da raiz do membro devido à 
lesão extra-piramidal; 
ESTEREOGNOSIA: Percepção das formas e dos volumes 
dos objetos. 
DISARTRIA: Distúrbio na coordenação motora da fala 
por lesão do SNC; 
DISGRAFIA: Distúrbio na escrita em que se observam 
substituições, omissões e inversões de letras e de 
sílabas, assim como funções de palavras; 
DISFONIA: Alteração no timbre ou tom da voz; 
DISLALIA: É um distúrbio da pronúncia das palavras. 
Podendo ser de troca ou supressão; 
DISLEXIA: Distúrbio na leitura, caracterizado por um 
nível de leitura inferior ao que corresponde ao nível de 
idade intelectual do indivíduo, que não parece associado 
a transtornos sensoriais nem a retardo mental. A leitura 
é lenta e as palavras frequentemente adivinhadas; 
DISPRAXIA: Distúrbios da capacidade de coordenar os 
movimentos. Discordância entre o ato querido e o 
realizado. 
SINAIS E SINTOMAS: 
Os principais são: 
• Distúrbios da consciência; 
• Cefaleia; 
• Dor na face; 
• Tonturas e vertigens; 
• Convulsões; 
• Ausências; 
• Amnésias; 
• Movimentos involuntários; 
• Distúrbios visuais; 
• Distúrbios auditivos; 
• Náuseas e vômitos; 
• Disfagia; 
• Distúrbios da marcha; 
• Paresias; 
• Paralisias; 
• Distúrbios da sensibilidade; 
• Dores radiculares; 
• Distúrbios esfincterianos; 
• Distúrbios do sono 
• Distúrbios das funções cerebrais superiores 
DISTÚRBIOS DA CONSCIÊNCIA 
Precisamos saber diferenciar: 
• Obnubilação: 
• Sonolência: 
• Confusão ou delirium: 
• Estupor e tupor: 
 
CEFALEIA: 
Podendo ser dividida em: vascular, em salvas, 
intracraniana, tensional. 
VASCULAR: pulsátil, latejante quase como que 
acompanhando os batimentos cardíacos, como exemplo 
a enxaqueca; normalmente hemicraniana, de 
intensidade crescente, alterações visuais transitórias e 
parestesias fugazes; 
Leva por muitas vezes ao paciente se recolher em um 
local escuro e silencioso. 
SALVAS: caráter pulsátil e não pulsátil, 
frontotemporobitária, unilateral, com períodos de 
acalmia. Frequentemente ocorro de madrugada, as 
vezes acompanhado de congestão nasal, rinorreia, 
lacrimejamento, hiperemia conjuntival, sudorese. 
INTRACRANIANA: toma a pulsação pela cabeça toda, se 
exacerba pela manhã, podendo causar náuseas. 
Paciente pode relatar diplopia, diminuição da acuidade 
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3 Letícia Gomes Souto Maior e Lara Vasconcelos | Turma IX | 2020.1 
visual, convulsões, alterações psíquicas que variam de 
apatia, excitação e agressividade. 
TENSIONAL: constritiva, em aperto, quase como um 
peso é como o paciente relata, pode se localizar nos 
músculos da nuca. 
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS: 
Pode ser dividido em: 
• Convulsões; 
• Tetania; 
• Fasciculações 
A CONVULSÃO é um movimento súbito, involuntários e 
paroxísticos. Podem ser generalizadas, focais ou 
mistas. 
CONVULSÕES TÔNICAS: são sustentas e 
imobilizam as articulações; 
CONVULSÕES CLÔNICAS: rítmicas, alterna 
entre contração e relaxamento. 
Pode ocorrer por neoplasias, neurocisticercose, 
sequelas de AVC ou de trauma cranioencefálico, 
hipoglicemia, álcool, meningites, episódios febris e 
síndrome de Stokes-Adams. 
O que o paciente relata ser sintomas que o faz sentir a 
crise chegando, podemos chamar como aura epilética: 
desvio forçado da cabeça e olhos, dor abdominal, 
desconforto retroesternal, alucinações. 
A TETANIA é acompanhada de espasmos carpopodais. 
Também pode ser induzida pela compressão no esfigmo 
durante 3-10min no qual vamos observar os 
movimentos involuntários, também chamado de Sinal 
de Trousseau. 
Lembrar que pode ocorrer por hipocalcemia e alcalose 
respiratória por hipoventilação. 
 
AS FASCICULAÇÕES são contrações breves, arrítmicas 
e limitadas por feixe muscular. Ocorre em neuropatias 
periféricas e patologias do corno anterior da medula. 
DISTÚRBIOS VISUAIS: 
AMBLIOPIA: redução da acuidade visual; 
AMAUROSE: perda total da visão; 
Ambas podem ser uni ou bilateral, relacionadas com 
lesões na retina, de início súbito ou gradual, podendo 
ocorrer por causa da papila ou nervo óptico, 
descolamento de retina, hemorragia e glaucoma. 
HEMIANOPSIA: corresponde a um defeito campimétrico 
no qual o paciente perde a metade do campo visual, 
podendo ser homônima ou heterônoma, é um defeito no 
quiasma óptico; 
DIPLOPIA 
DISTÚRBIOS AUDITIVOS: 
Hipoacusia e acusia correspondem a perda parcial e 
total, respectivamente. As causas podem estar 
relacionadas com: cerume, corpo estranho, atrésia da 
orelha externa, otite, otosclerose, colesteatoma na 
orelha média, defeitos neurossensoriais. 
Zumbido ou tinido, pode ser uni ou bilateral, constantecompleta se não se 
investigar esse hábito, registrando-se tipo (cigarro, cachimbo, 
charuto e cigarro de palha), quantidade, frequência, duração do 
vício e abstinência (já tentou parar de fumar). 
 
Não se deve deixar de perguntar sobre o tipo de bebida 
(cerveja, vinho, licor, vodca, uísque, cachaça, gin, outras) e a 
quantidade habitualmente ingerida, bem como frequência, 
duração do vício e abstinência (se já tentou parar de beber). 
 
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8 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Para reconhecimento dos pacientes que fazem uso abusivo de 
bebidas alcoólicas, vem sendo bastante difundido o 
questionário CAGE (sigla em inglês). 
Composto de quatro pontos a serem investigados: 
1. Necessidade de diminuir (cut down) o consumo de 
bebidas alcoólicas; 
2. Sentir-se incomodado (annoyed) por críticas à bebida; 
3. Sensação de culpa (guilty) ao beber; 
4. Necessidade de beber no início da manhã para "abrir 
os olhos" (eye-opener), ou seja, para sentir-se em 
condições de trabalhar. 
 
OCUPAÇÃO ATUAL E ANTERIORES: 
Na identificação do paciente, deve-se abordar este aspecto. 
 
Naquela ocasião, foi feito o registro puro e simples da profissão; 
aqui pretendemos ir mais adiante, obtendo informações sobre 
a natureza do trabalho desempenhado, com que substâncias 
entra em contato, quais as características do meio ambiente e 
qual o grau de ajustamento ao trabalho. 
 
Devemos questionar e obter informações tanto da ocupação 
atual quanto das ocupações anteriores exercidas pelo paciente. 
 
Desse modo, ver-se-á que os portadores de asma brônquica 
terão sua doença agravada se trabalharem em ambiente 
enfumaçado ou empoeirado, 
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9 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR PABLO – AULA 3 
Semiologia Medica - Ectoscopia 
- Parte 1 - 
EXAME FÍSICO: 
Pode ser dividido em duas etapas: 
1. Exame físico geral, somatoscopia ou ectoscopia, por 
meio da qual se obtém uma visão do paciente como 
um todo. 
2. Exame dos diferentes sistemas e aparelhos. 
- Local adequado; 
- Iluminação correta; 
- Posição do paciente; 
- Despir o segmento do paciente a ser examinado. 
Para tudo isso o paciente deve ser examinado nas posições de 
decúbito, sentado, em pé ou andando. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL: 
Avaliação subjetiva com base no conjunto de dados exibidos 
pelo paciente e interpretados de acordo com a experiência de 
cada um; 
Para descrever a impressão obtida, usa‐se a seguinte 
nomenclatura: estado geral bom; estado geral regular; estado 
geral ruim. 
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: 
A avaliação do nível de consciência e do estado mental implica 
em dois aspectos da mesma questão: a avaliação neurológica e 
psiquiátrica. 
A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo 
caracteriza o estado de vigília. Dessa, forma, devemos 
considerar os fatores de: 
- Perceptividade: capacidade para responder a perguntas 
simples e informar aspectos corriqueiros, como nome de 
familiares e endereço, ou atender a determinadas ordens; 
- Reatividade: capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, 
como desviar os olhos e cabeça para um ponto onde é 
localizado barulho, pode ser avaliado em relação a dor; 
- Deglutição: capacidade de levar alimentos à boca e degluti‐
los; 
- Reflexos: resposta às manobras de alguns reflexos 
(plantares, cutâneos, abdominais e pupilares) 
Sobre o estado de coma, temos que pode ser caracterizado por: 
- Coma leve, vígil ou grau I: é aquele no qual o 
comprometimento da consciência é leve, e o paciente é capaz 
de atender a ordens simples; reage bem e de modo apropriado 
à estímulos dolorosos e deglutição normal. 
- Coma de grau médio ou grau II: a perda da consciência é quase 
total, estando o paciente com sua perceptividade bastante 
reduzida; responde apenas à estímulos dolorosos de forma 
desapropriada, já a deglutição acontece com dificuldade; os 
reflexos se mantêm preservados. 
- Coma profundo, carus ou grau III: a perda da consciência é 
completa, e o paciente não responde às solicitações externas, 
por mais intensas que sejam; não deglute e não reage a 
nenhum estímulo doloroso; é observado arreflexia e 
relaxamento completo da musculatura, além de incontinência 
esfinctérica. 
- Coma depassé ou grau IV: além dos elementos referidos no 
coma de grau III, aqui há comprometimento inclusive das 
funções vitais (parada respiratória e ECG revela silêncio 
elétrico cerebral). 
FALA E LINGUAGEM: 
Durante a entrevista, o examinador deve prestar atenção à 
linguagem do paciente, particularmente na linguagem falada. 
-Disfonia ou afonia: é uma alteração do timbre da voz causada 
por algum problema no órgão fonador (voz rouca, fanhosa); 
-Dislalia: é o termo que se usa para designar alterações 
menores da fala, como a troca de letras (normalmente 
crianças); 
-Disartria: decorre de alterações nos músculos da fonação; 
-Disfasia: aparece com completa normalidade do órgão fonador 
e dos músculos da fonação e depende de uma perturbação na 
elaboração cortical da fala. 
PRELIMINARES PARA UM ADEQUADO EXAME 
FÍSICO: 
ALTERAÇÕES NA FALA: 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO: 
Leva-se em conta os seguintes parâmetros: 
1. Alteração abrupta do peso; 
2. Alterações da pele quanto a umidade, elasticidade e 
turgor; 
3. Alterações das mucosas quanto à umidade; 
4. Fontanelas (no caso de crianças); 
5. Alterações oculares; 
6. Estado geral. 
Um paciente estará normalmente hidratado quando a oferta de 
líquidos e eletrólitos estiver de acordo com as necessidades do 
organismo e quando não houver perdas extras, sem reposição 
adequada. 
Desidratação é a diminuição de água e eletrólitos totais do 
organismo, caracterizando‐se pelos seguintes elementos: 
1. Sede; 
2. Diminuição abrupta do peso; 
3. Pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos; 
4. Mucosas secas; 
5. Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos; 
6. Fontanelas deprimidas no caso de crianças; 
7. Estado geral comprometido; 
8. Excitação psíquica ou abatimento; 
9. Oligúria. 
A desidratação pode ser classificada segundo dois aspectos: a 
intensidade e a osmolaridade. 
A classificação de acordo com a intensidade baseia‐se na perda 
de peso: 
• Leve ou de 1o grau: perda de peso de até 5%; 
• Moderada ou de 2o grau: perda de peso de 5 a 10%; 
• Grave ou de 3o grau: perda de peso acima de 10%. 
Para se classificar a desidratação quanto à osmolaridade, 
toma‐se como guia o nível sanguíneo de sódio. Assim: 
-Isotônica: quando o sódio está nos limites normais (130‐
150mEq/l); 
-Hipotônica: quando o sódio está baixo (150mEq/l). 
ALTURA E MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: 
Na prática diária, a única medida rotineira da altura é a planta‐
vértice, ou seja, a medida que vai da planta dos pés ao vértice 
da cabeça; 
Feita a mensuração, deve‐se compará‐la com os valores 
tabulados, levando‐se em conta a idade e o sexo. 
Além da altura, podem‐se determinar outras medidas 
antropométricas: 
-Envergadura: é a distância compreendida entre os extremos 
dos membros superiores, estando o indivíduo com os braços 
abertos, em abdução de 90°; 
-Distância pubovértice: corresponde à distância entre a sínfise 
pubiana e o ponto mais alto da cabeça; 
-Distância puboplantar: equivale à medida entre a sínfiseou 
não, por estimulação anormal do ramo coclear do nervo 
VIII. 
DISFAGIA: 
Quando está associado com causa neurológica, é mais 
intenso para sólido e líquidos, principalmente notado 
por goles contínuos. Ao ingerir líquido, tem uma 
tendência de refluxo pelo nariz. Assim o paciente enfole 
melhor alimentos pastosos e líquidos com colher. 
BEXIGA NEUROGÊNICA: 
As principais causas podem ser: 
• Polirradiculoneurite; 
• Poliomielite; 
• Neoplasia; 
• Traumatismo raquimedular; 
• Infecções; 
• Angioma; 
 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR PABLO – AULA 23 
Semiologia Medica – Exame Fisico do 
Sistema Osteoarticular 
INTRODUÇÃO: 
São cinco os tipos básicos de movimentos articulares: 
Flexão/extensão; Adução/abdução; Inversão/eversão; 
Rotação interna/rotação externa; Pronação/supinação. 
 
 
 
A execução do exame físico do sistema músculo 
esquelético pode ser dividido em técnica do exame 
(inspeção geral e segmentar, palpação e 
movimentação), posição do paciente (em pé, sentado, 
deitado) e segmentação funcional (coluna, MMSS e 
MMII). 
 PRÍNCIPIOS ORGANIZADORES DA 
DESCRIÇÃO: 
Achados anormais servem de base para a elaboração da 
descrição: 
• Injúria tecidual (dor, calor, rubor, edema e 
limitação funcional); 
• Alterações tróficas; 
• Crepitações; 
• Deformidades; 
INSPEÇÃO GERAL: 
Vamos avaliar a marcha e a postura: 
A marcha é o deslocamento compassado do corpo 
decorrente da ação propulsora dos MMII; 
Possui duas fases distintas, apoio e oscilação; 
A normalidade da marcha depende da integridade das 
estruturas que compõem os MMII e do adequado 
funcionamento do sistema nervoso central. 
 
Já a postura é a posição espacial adotada pelo paciente, 
consciente ou inconscientemente; 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Quando alterada pode traduzir-se como expressão da 
doença pela qual se encontra acometido. 
INSPEÇÃO SEGMENTAR: 
Com o paciente em posição ortostática, observamos o 
segmento corporal posterior, anterior e lateral. 
As áreas a serem examinadas devem estar 
adequadamente expostas e segmentos corporais 
opostos devem ser utilizados para comparação. 
Os parâmetros a serem analisados são alinhamento, 
forma, volume, contornos, relevo, comprimento e 
simetria das estruturas que compõem os segmentos 
funcionais do SME. 
ALTERAÇÕES DE ALINHAMENTO: 
Traduzem-se nas deformidades angulares e 
rotacionais; As deformidades angulares se dão no plano 
frontal (medial ou lateral) ou no plano sagital (anterior 
ou posterior); 
As rotacionais se dão no plano transverso em direção 
medial ou lateral. Os desvios angulares no plano frontal 
(mediais ou laterais) são descritos utilizando-se os 
termos valgo ou varo. 
 
 
Nos desvios angulares no plano sagital, os segmentos 
envolvidos formam ângulos de vértices voltados 
anterior ou posteriormente e, conforme a localização 
anatômica, temos as deformidades em flexão ou 
extensão. 
As deformidades rotacionais se dão no sentido medial 
ou lateral. 
 
ALTERAÇÕES DE VOLUME: 
Utilizamos os termos hipertrofia e hipotrofia quando nos 
referimos ao aumento ou diminuição do volume ósseo 
ou muscular. Denominamos edema quando o aumento 
de volume é consequente ao acúmulo de líquido no local 
examinado. 
ALTERAÇÕES DE COMPRIMENTO: 
Avaliadas mediante observação das linhas horizontais 
que ligam pontos homólogos de cada lado do corpo. 
ALTERAÇÕES DA COLUNA: 
As alterações do alinhamento lateral da coluna são 
descritas utilizando-se o termo escoliose. Utilizamos a 
terminologia cifose para descrever a curvatura da 
coluna com concavidade anterior e lordose, para a 
curvatura com concavidade posterior. 
 MMSS: 
As alterações de alinhamento dos cotovelos são 
descritas como cúbito valgo ou varo, tendo como 
referência a fossa cubital e o sentido dos vértices dos 
ângulos formados. 
Nas mãos podemos observar alterações mais 
complexas envolvendo mais de uma articulação, e, 
muitas vezes, múltiplos planos de desvio. 
 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
 
 
 
 
Já em relação aos MMII a forma adequada do pé se deve 
à presença dos arcos longitudinais medial e lateral e do 
arco transverso. 
O aumento ou diminuição da concavidade do arco 
longitudinal medial permite-nos classificar o pé cavo e 
plano; 
 
A acentuação do desvio lateral da falange proximal do 
primeiro dedo do pé é denominada hálux valgo; O desvio 
medial da cabeça do primeiro metatarsiano, forma uma 
proeminência óssea local denominada joanete; 
 
Hálux varo, é uma deformidade angular rara, que se 
traduz pelo desvio medial da falange proximal do 
primeiro dedo do pé. 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
PALPAÇÃO: 
A exploração tátil do SME por meio da palpação 
complementa e acrescenta informações às impressões 
colhidas na inspeção; 
A pesquisa de pontos dolorosos, atrelada à identificação 
de sinais flogísticos auxiliam na separação dos 
distúrbios musculoesqueléticos inflamatórios dos 
mecânico-posturais; 
Nos músculos, pesquisamos tônus, trofismo, reflexos e 
força muscular; Nos ossos, investigamos a presença de 
irregularidades na superfície óssea, aumentos de 
volume e anormalidades de alinhamento; 
Nas articulações, a palpação auxilia na diferenciação 
das diversas causas de aumento de volume e 
identificação da presença de creptações; A descrição 
das alterações encontradas nas articulações, 
comumente é feita mediante o uso de diagramas; 
Definimos a alteração a ser pesquisada e, então, 
assinalamos no modelo as articulações acometidas. 
Além de agilizar o registro das alterações, facilita a 
visualização e monitorização evolutiva do envolvimento 
articular. 
 
 
PONTOS DE GATILHO E DOLOROSOS: 
Os pontos gatilho são descritos nas síndromes 
miofasciais e sua palpação desencadeia dor em áreas 
distantes do local pressionado; 
Os pontos dolorosos (tender points) são locais 
específicos do corpo com sensibilidade exacerbada à 
palpação digital, utilizados no diagnóstico da 
fibromialgia. 
 
MOVIMENTAÇÃO: 
Podemos dividir em: mobilidade ativa, passiva e contra-
resistência. 
- Mobilidade ativa: os movimentos são executados pelo 
paciente a pedido do examinador; 
- Mobilidade passiva: os movimentos são realizados 
pelo examinador; 
- Mobilidade contra-resistência: a mobilidade ativa é 
realizada contra esforços, de graus variáveis, impostos 
pelo examinador. 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
A amplitude de movimento e suas limitações podem ser 
mensuradas com o auxílio de um goniômetro. 
As alterações da amplitude de movimento são descritas 
utilizando-se os termos aumentada, diminuída e 
normal, em conjunto com o registro do tipo de 
movimento pesquisado (flexão, extensão, adução 
rotação, etc.). 
MANOBRAS ESPECIAIS : 
A busca pela definição diagnóstica das desordens que 
acometem o SME envolve a realização de manobras 
especiais; 
O valor clínico dessas manobras depende de seus 
respectivos desempenhos no diagnóstico da 
enfermidade pesquisada; 
Desempenho diagnóstico é definido mediante o cálculo 
de propriedades como: S, E, VPP, VPN, RV+ e RV-. 
 
 
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10 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
 
 
 
RESUMO: 
Principais etapas do exame clínico do Sistema 
Musculoesquelético e parâmetros para descrição: 
- Inspeção geral: avaliar marcha e postura; - Inspeção 
segmentar: observar alinhamento, forma, volume, 
contornos, relevo, comprimento e simetria das 
estruturas que compõem os segmentos funcionais do 
SME: Coluna, MMSS E MMII; 
- Palpação: avaliar a sensibilidade dos componentes do 
SME. Observar a presença de sinais flogísticos: dor 
calor, rubor, tumor. Avaliar os tecidos adjacentes e 
estruturas periarticulares; 
- Movimentação: avaliar amplitude de movimentos; 
- Manobras especiais: buscar definição diagnóstica, 
mediante a realização de manobras especiais. 
Interpretar os resultados dessas manobras com base 
nos princípios da semiologia baseada em evidência. 
EXEMPLO DE DESCRIÇÃO DO EXAME 
MUSCULOESQUELÉTICO: 
Paciente com marcha atípica e postura incaracterística, 
sem deformidades grosseiras; 
Coluna sem alterações de alinhamento, apófises 
espinhosas indolores à palpação; 
Simetria de altura dos ombros e quadril; 
Segmentos corporais simétricos, alinhados, sem 
alterações de temperatura, cor, forma ou volume; 
Estruturas periarticulares íntegras; 
Amplitude de movimentos preservada no esqueleto 
axial e apendicular. 
 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA TERESA – AULA 22 
Semiologia Medica – Sintomatologia do 
Sistema Osteoarticular 
INTRODUÇÃO: 
Em 85% da anamnese podemos concluir um diagnóstico, 
dependendo apenas 10% do exame físico e 5% de exames 
laboratoriais e complementares. 
Nos antecedentes pessoais perguntamos sobre as 
patologias prévias e se tem tratamento com outros 
profissionais. Em caso de relatar: 
• Evento tromboembolítico e abortamento de 
repetição = SAAF (síndrome do anticorpo 
antifosfolípide); 
 
• Antecedente de psoríase ou doença 
inflamatória intestinal, dor lombar do tipo 
inflamatória = ESPONDILOARTROPATIAS; 
 
• Hipertensão de início recente = POLIARTERITE 
NODOSA (PAN) 
 
• Eventos vasculares como coronarite, trombose 
de mesentérica, hemiplegia = VASCULITES 
 
• Asma = SÍNDROME DE CHURG STRAUSS na 
granulomatose eosinofílica com poliangeíte; 
 
• Sinusites = GRANULOMATOSE DE WEGENER na 
granulomatose com poliangeíte em infecções 
respiratórias recorrentes; 
 
• Monoartrite recorrente e litíase renal de 
repetição = GOTA (artrite por tofácea); 
 
• Antecedente de infarto, bursite ou AVC = 
síndrome ombro-mão; 
 
• Faringite estreptocócica e escarlatina = FEBRE 
REUMÁTICA; 
 
• Antecedentes de blenorragia = ARTRITE 
SÉPTICA GONOCÓCICA; 
Em antecedentes familiares investigar antecedentes 
mórbidos familiares que contribuem com a suspeita 
diagnóstica. Algumas patologias reumáticas são 
herdadas, embora a grande maioria possa ser recessiva 
e necessitar de um gatilho ambiental. Como exemplo 
podemos ter: 
➔ GOTA (artrite por uratos) = linhagem parterna; 
➔ ESPONDILOARTROPATIAS = encontrada no pai 
e filho; 
➔ FEBRE REUMÁTICA = irmãos de mesma família; 
➔ OSTEOPOROSE OU NÓDULOS 
INTERFALANGEANAS DISTAIS = em mãe e filha 
ou entre irmãs; 
Como antecedentes mórbidos familiares é oportuno 
saber sobre a existência da: 
➔ Diabetes; 
➔ Doenças ósseas metabólicas (osteogênese 
imperfeita, hipofosfatasia, hipotireoidismo, 
hiperparatireoidismo) 
➔ Doenças infecciosas como tuberculose, 
hanseníase 
SINAIS E SINTOMAS: 
• Artralgias 
• Artrite 
• Rigidez matinal 
• Crepitação articular 
Da dimensão de doença interna multissistêmica e não 
essencialmente articular. Por meio de uma boa 
investigação, pode o médico postular o diagnóstico, seja 
de uma doença reumática, seja de outras patologias 
internas que têm manifestações no aparelho locomotor. 
Não há exagero em afirmar que, em seu conjunto, as 
doenças reumáticas não poupam um só órgão ou 
sistema. 
Manifestações sistêmicas: principalmente febre, 
astenia, perda de peso e anorexia. 
 FEBRE: 
SINAL de grande importância propedêutica irá distinguir 
dois grandes grupos: 
• Doenças francamente inflamatórias, 
geralmente febris; 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
• Não inflamatórias, via de regra não febris. 
A febre pode ocorrer nas doenças reumáticas 
autoimunes como LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO, 
doença de Still, artropatias reativas como a febre 
reumática 
Doenças infecciosas como a endocardite bacteriana, a 
síndrome da imunodeficiência adquirida, viroses 
Doenças mielo/linfoproliferativas, os tumores 
primários metastáticos. 
O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença 
inflamatórias crônica que ocorre na grande 
maioria em mulheres jovens e acomete vários 
órgãos e sistemas. Apresenta alterações 
imunológicas, com anticorpos contra as 
proteínas do próprio organismo. Tem períodos 
de atividades e períodos de remissão. 
Já em doenças não febris temos as doenças 
degenerativas, como a osteoartrite, Síndromes 
metabólicas (gota, condrocalcinose), as síndromes 
miofasciais, fibromialgia etc. Apesar de poderem 
apresentar sinais inflamatórios em discretos locais, não 
se observa expressão clínica geral. 
A inapetência acompanhada por emagrecimento é um 
alerta quanto à possibilidade de comprometimento 
sistêmico mais grave, como as doenças autoimunes, 
infecciosas ou neoplasias. 
 ALTERAÇÕES MUCOCUTÂNEAS: 
São algumas das queixas reumáticas mais freqüentes, 
sendo a chave de vários diagnósticos. Muitas alterações 
são típicas de determinadas doenças. 
Fácies esclerodérmica com afilamento dos lábios, nariz 
e microstomia, podendo a pele apresentar-se tensa, 
com elasticidade diminuída, especialmente nas 
extremidades, com calcinose e telangiectasia. 
 
Lesão em asa de borboleta com rubor ou eritema nas 
bochechas e base do nariz, fotossensibilidade 
exacerbada, com eritema e rubor em áreas expostas ao 
sol, alopecia, a lesão discóide com atrofia central e 
alteração da pigmentação, a paniculite lúpica e as 
vasculites cutâneas. 
 
Nódulos reumatóides especialmente em estruturas 
periarticulares e em áreas sujeitas a maior pressão, 
como cotovelos, tendões extensores/ flexores das 
mãos e dos pés, tendão de Aquiles. A vasculite 
reumatóide pode ocorrer na forma de pequenos infartos 
e com formação de úlceras. 
 
Lesões descamativas difusas ou localizadas na região 
de cotovelos e dobras cutâneas, ou lesões do leito 
ungueal, sugerem esse diagnóstico em paciente com 
artrite periférica ou dor de esqueleto axial. 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
Edema periorbitário típico ou heliotropo, de lesões 
eritematosas em face, pescoço, tórax e superfícies 
extensoras das extremidades e de lesões 
avermelhadas ou violetas, distribuídas sobre as pregas 
interfalangeanasdas mãos, denominadas sinais de 
Gottron. 
 
 
 LINFONODOPATIA / HEPATOESPLENOMEGALIA: 
Descrito o aumento de linfonodos (diferenciar de 
infecções virais, bacterianas, microbactérias, fungos e 
infiltrações). 
A esplenomegalia que pode estar presente no LÚPUS 
ERITEMATOSO SISTÊMICO, na ARTRITE REUMATÓIDE 
(em especial na síndrome de Felty, associada à 
neutropenia), na POLIARTERITE NODOSA. 
A síndrome de Felty é uma condição 
caracterizada pela associação de três 
manifestações clínicas: (1) artrite reumatóide 
crônica, (2) aumento do baço (esplenomegalia) 
e (3) redução da contagem sanguínea de células 
de defesa (neutropenia). 
Comumente a síndrome aparece nas fases mais 
tardias da artrite reumatóide, associada à 
presença de fator reumatóide no sangue. 
Hepatomegalia, (as anteriores) lembrar a hepatite 
medicamentosa. 
 SISTEMA CARDIOVASCULAR: 
Pericardite e miocardite do LÚPUS ERITEMATOSO 
SISTÊMICO, doença de Still; 
A doença de Still caracteriza-se por ser um tipo 
de artrite inflamatória, com manifestação de 
sintomas como dor e destruição das 
articulações, febre, erupção cutânea, dor 
muscular e perda de peso. 
Acometimento valvar da febre reumática; 
Hipertensão secundaria à POLIARTERITE NODOSA, 
arterite coronariana do LÚPUS ERITEMATOSO 
SISTÊMICO, granulomatose de Wegener e 
POLIARTERITE NODOSA. 
Pulsos podem estar ausentes ou diminuídos na arterite 
de Takayasu. 
A Arterite de Takayasu (AT) é um tipo de 
vasculite (doença em que ocorre inflamação de 
vasos sanguíneos) de causa desconhecida e que 
afeta de forma crônica (isto é, por um período 
prolongado de tempo, geralmente vários anos) 
a maior artéria do corpo humano, a aorta, e seus 
ramos primários. 
 Com o passar do tempo, a AT provoca uma 
diminuição do calibre das artérias afetadas 
pode resultar no seu fechamento completo (fato 
denominado oclusão). 
O aneurisma de aorta pode ser manifestação da arterite 
de células gigantes, da doença de Takayasu, da 
síndrome de Ehlers-Danlos. 
 SISTEMA RESPIRATÓRIO: 
Doença pulmonar intersticial (ESCLEROSE SISTÊMICA, 
ARTRITE REUMATÓIDE/ LÚPUS ERITEMATOSO 
SISTÊMICO /SINDROME DE SJÖGREN); 
Parênquima pulmonar e fibrose apical (ARTRITE 
REUMATÓIDE); 
Fibrose pulmonar associada à hipertensão pulmonar 
(ESCLEROSE SISTÊMICA); 
Pleurite, com ou sem derrame, atelectasia e pneumonite 
aguda (LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO); 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Hemoptise, tosse, dispnéia, nariz em sela, presença de 
nódulos e infiltrado intersticial difuso na granulomatose 
de Wegener, asma e infil- trados granulomatosos na 
vasculite de Churg-Strauss; 
ESCLEROSE SISTEMICA infiltrado pulmonar; 
Deve-se lembrar ainda o comprometimento 
respiratório secundário ao enfraquecimento de 
músculos da caixa torácica, como nas miopatia 
inflamatórias a menor expansão pulmonar na EA. 
 SISTEMA DIGESTIVO: 
Retocolite ulcerativa e doença de Crohn 
ESPONDILOARTROPATIAS; 
Manifestação de serosite ou arterite mesentérica 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO; 
Dor abdominal acentuada também pode ser referida na 
PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN; 
ESCLEROSE SISTÊMICA pirose, azia, disfagia são 
consequências da hipomotilidade esofágica, plenitude 
pós-prandial é secundária à lentidão do trânsito 
gastrointestinal; 
SINDROME DE SJÖGREN disfagia, queilite angular e 
candidíase secundária. As parótidas podem estar 
palpáveis; 
 SISTEMA NERVOSO: 
Neuropatia periférica, mielite transversa (ARTRITE 
REUMATÓIDE, no LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO e 
nas VASCULITES) 
Distúrbios de personalidade, crises convulsivas e 
enxaquecas (LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO) 
Síndrome do túnel do carpo e a neuropatia cervical, 
podem resultar do comprometimento articular de 
patologias inflamatórias (ARTRITE REUMATÓIDE). 
 ALTERAÇÕES GENITURINÁRIAS: 
Uretrite da síndrome de Reiter 
As úlceras genitais de Behçet 
Litíase renal da gota 
Nefrites de origem autoimune, como no LES e nas 
vasculites 
Mais comum é a alteração da função renal secundária ao 
uso de medicações, principalmente os anti-
inflamatórios 
 ALTERAÇÕES VISUAIS: 
Episclerite, esclerite e conjuntivite (ARTRITE 
REUMATÓIDE) 
 
Escleromalácia perfurante (ARTRITE REUMATÓIDE) 
 
Ceratoconjuntivite seca (SINDROME DE SJÖGREN) 
Uveíte (ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL, ESPONDILITE 
ANQUILOSANTE e a DOENÇA DE BEHÇET); 
 
Uveíte é uma doença inflamatória que pode 
comprometer totalmente a úvea ou uma de suas partes 
(íris, corpo ciliar e coroide). Em alguns casos, a 
inflamação atinge também o nervo óptico e a retina. 
ARTRALGIAS: 
Arcos reflexos visceromotores com espasmo da 
musculatura circunvizinha ou atrofia. Antecedente de 
infarto, bursite ou acidente vascular cerebral, na 
síndrome ombro-mão. 
• Dor aguda (gota, bursite, artrite séptica) 
• Dor Crônica (artrite reumatoide, artrose), 
• Dor em peso (osteoartrite ) 
• Dor cruciante (gota, artrite séptica). 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Por vezes, a dor vem acompanhada de outros sintomas, 
como parestesias (formigamentos) decorrentes da 
compressão de raízes nervosas na coluna cervical ou 
lombar. 
Contratura da musculatura lombar, levando o paciente a 
se curvar para frente ou para um lado, é observada nos 
pacientes com hérnia discal lombar. 
 
A compressão de nervos pode ocorrer também nos 
membros. 
Síndrome do túnel do carpo; Intensa hiperestesia 
cutânea ao longo do trajeto de um nervo é encontrada no 
herpes‐zóster. 
Dor latejante na região temporal é sugestiva de arterite 
temporal. 
 MOVIMENTOS: 
Abdução, rotação interna do braço agravam a dor no 
ombro, a primeira hipótese é de bursite ou tendinite do 
ombro. 
Dor urente, acompanhada de intumescimento da mão, é 
uma queixa freqüente nos pacientes com distrofia 
reflexo simpática das extremidades. 
Dores musculares com atrofia, fraqueza, perda da força 
e da mobilidade indicam miosites. 
 RIGIDEZ MATINAL: 
Resulta do acúmulo de substâncias produzidas pelo 
processo inflamatório nos locais acometidos. 
Quando ocorre nas interfalangeanas proximais na 
ARTRITE REUMATÓIDE, costuma durar mais de 1 h. 
Na ARTROSE, ao contrário, é mais fugaz. 
Na ESPONDILITE ANQUILOSANTE, a rigidez ocorre nos 
segmentos vertebrais 
ANAMNESE EM REUMATOLOGIA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA SUELY – AULA 24 
Semiologia Medica – Semiologia do Sistema 
Genitourinario 
ANAMNESE: 
Temos que ter a consciência que algumas queixas não 
estão relacionadas de forma direta com o trato urinário 
(como a diabetes e poliúria; alteração na coluna e dor 
lombar; distúrbio da coagulação e hematúria). 
 Pacientes costumam associar alguns sintomas aos 
rins. 
SINAIS E SINTOMAS: 
• Alterações da micção; 
• Alteração no volume e ritmo urinário; 
• Alterações na característica da urina; 
• Dor; 
• Edema;• Febre; 
A quantidade normal de urina pelo dia varia entre 800-
2500 ml/dia. A capacidade da bexiga é entre 350-450 ml, 
tendendo a se esvaziar quando chega a 200ml 
ALTERAÇÕES: 
OLIGÚRIA: é a excreção de um volume de urina inferior 
as necessidades de excreção dos solutos; é quando 
temos a diurese em 2500ml/dia; causado 
pela diurese osmótica, incapacidade de concentração 
urinária, insuficiência renal crônica moderada. Aumenta 
a frequência e o volume urinário. 
DISÚRIA: é a dor, ardor, desconforto ao urinar, podendo 
ser causado por cistite, prostatite, uretrite, 
traumatismo, geniturinário, irritantes uretrais, reação 
alérgica. 
HESITAÇÃO: intervalo maior para que apareça o jato 
urinário, geração por obstrução da saída, há um esforço 
maior que o normal. 
PIÚRIA: número anormal de leucócitos na urina e pus, 
podendo ser sinal de infecção urinária; a piúria acontece 
quando temos mais de 10 piócitos por campo. 
RETENÇÃO URINÁRIA: incapacidade de esvaziar a 
bexiga, causada por obstrução da uretra ou colo vesical. 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA: eliminação involuntária da 
urina, ocorre na bexiga neurogênica, cistite e esforços 
quando há alteração nos mecanismos de contenção na 
urina. 
URGÊNCIA: necessidade súbita e imperiosa de urinar 
podendo ter esvaziamento involuntário da bexiga; 
POLACIÚRIA: necessidade de urinar repetidas vezes em 
um intervalo de 2 hrs (>frequência, anasarca. Intenso edema facial de 
manhã e no fim do dia as pernas edemaciadas 
Temos como causa a redução da pressão oncótica por 
hipoalbuminemia. 
FEBRE: 
Na infecção aguda é alta, acompanha calafrios, dor 
lombar ou suprapúbica. 
As principais causas podem ser: pielonefrite, cistite, 
prostatite. 
Em infecções crônicas, temos a temperatura 
ligeiramente aumentada, as vezes sendo acompanhada 
de calafrio. 
EXAME FÍSICO: 
EXAME DOS RINS: deve começar pela inspeção do 
abdome, dos flancos e costas, com paciente sentado. Em 
seguida, deve-se fazer a palpação e a compressão dos 
ângulos costovertebrais. 
Na percussão, fazemos o punho percussão, com a face 
interna da mão fechada. Por fim, faz-se a ausculta 
abdominal que é útil para verificar sopros abdominais 
como o que ocorre na estenose de artérias renais ou 
aneurisma de aorta abdominal. Posteriormente na 12ª 
costela e anteriormente flancos e fossa ilíaca. 
 
OBSERVAR: 
• Saliências; 
• Abaulamentos; 
• Simetria dos flancos; 
• Fossas ilíacas; 
• Hipogástrio; 
A localização retroperitoneal impede e torna meio que 
inacessível a palpação dos rins. O rim direito é palpado 
com mais facilidade por estar mais abaixo. Quando 
aumentados também são mais possíveis de apalpar. 
A palpação investiga o volume, tamanho, forma, 
consistência, superfície lisa e regular. 
• Paciente deita-se em decúbito dorsal; 
• Rim direito: ficar a direita do paciente; 
• Colocar mão esquerda sob o dorso do cliente e 
mão direita sobre o abdome 
 
 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Manobra de Israel: paciente em decúbito lateral e 
membros superiores por a cabeça e rim tentando ser 
palpado anteroposteriormente com as duas mãos em 
pinça. Método de Goelet Com o paciente em ortostase, 
flete-se o joelho do lado que deseja-lhe palpar, 
apoiando-se sobre uma cadeira. 
 
Temos punho-percussão com mão fechada e a 
percussão com a borda cubital da mão espalmada. 
Sinal de Giordano: se positivo, sugere processo 
inflamatório retroperitoneal, comum nos casos de 
pielonefrite. 
 
 EXAME FÍSICO URETERES: 
Palpação profunda da parede abdominal anterior pode 
determinar dois pontos dolorosos quando existe 
infecção ou obstrução, um na parte mediados 
quadrantes superiores D e E, e o inferior nas fossas 
ilíacas direita e esquerda. 
 
 EXAME FÍSICO DA BEXIGA: 
Região hipogástrica, o paciente deve esvaziar antes do 
exame. Pode haver hipersensibilidade na área 
suprapúbica à palpação. Retenção urinária aguda ou 
crônica pode ser percebida a inspeção, palpação e 
percussão na região suprapúbica. 
Se houver a retenção, observa-se a reação dolorosa 
intensa e abaulamento no hipogástrio. 
INSPEÇÃO: 
• Edema ou curvatura alterada no abdome 
inferior; 
• Lesão e estomas; 
PALPAÇÃO: 
• Mãos em garra, aprofundando na expiração e 
deslizando em todos os sentidos, de fora para 
dentro; 
PERCUSSÃO: 
• Quando contém mais de 150ml de urina; 
• Da linha média, exatamente acima do umbigo e 
percute para baixo; 
• No ápice da bexiga o som muda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA SUELY – AULA 24 
ANAMNESE: 
Sobre a idade, temos as doenças que acometem 
determinadas épocas, como: 
INFÂNCIA: ambiguidade sexual, hidrocele, criptorquias, 
agenesia, macro e micro pênis, hipospádia, fimose, 
hérnia inguinoescrotal; 
PUBERDADE: processos infecciosos e IST’s 
ADULTO: priapismo, hidrocele secundária, prostato 
vesiculite, câncer peniano, doença de peyronie (fibrose), 
fratura (algugínea); 
IDOSO: obstrução urinária, carcinoma de próstata 
Já a profissão, temos que ter ideia se é em ambientes de 
alta temperatura, exposição a radiações, piche e 
alcatrão (associados ao câncer de bexiga). 
SINAIS E SINTOMAS: 
• Dor (disúria, cálculo, prostatite aguda, câncer 
de próstata, trauma); 
• Hematúria; 
• Alterações miccionais; 
• Retenção urinária; 
• Priapismo; 
• Hemospermia; 
• Corrimento uretral; 
• Ejaculação precoce; 
• Impotência sexual; 
• Esterilidade; 
ALTERAÇÕES MICCIONAIS: 
- Hiperplasia prostática: reduz a luz uretral e altera a 
micção. 
- Fimose, estenose de meato uretral ou válvula da uretra 
posterior – jato urinário fraco, lento e fino. 
- Uropatias obstrutivas infravesicais – hesitação, 
esforço para urinar e diminuição da força e calibre do 
jato. 
RETENÇÃO URINÁRIA: 
Retenção urinária completa é a incapacidade de 
eliminar qualquer quantidade de urina. A aguda é 
quando é dolorosa. 
 
O paciente fica ansioso, impaciente, pálido, relata 
intenso desejo de urinar, o exame físico é notado pela 
massa suprapúbica infraumbilical, mediana e 
arredondada (bexigoma); 
Retenção incompleta é quase sempre crônica e com 
resíduo de urina na bexiga. Tem como causa, cálculo 
vesical na uretra, fimose e estenose da uretra. 
ADOLESCENTES: tem como causas o abscesso 
prostático e traumatismos uretrais ou da 
medula espinhal; 
IDOSOS: esclerose múltipla, uso de 
medicamentos anticolinérgicos, crescimento 
prostático; 
 PRIAPISMO: 
É a ereção persistente, prolongada e dolorosa sem 
desejo sexual. Tem causa neurogênica, ou infecciosas, 
por traumatismo, hematológicas (leucemia e anemia 
falciforme) ou injeções intracavernosas de papaverina e 
prostaglandina. 
 HEMOSPERMIA: 
Presença de sangue no esperma, tem como causa a 
tuberculose, esquistossomose, carcinoma das 
vesículas seminais e prostática, cirrose hepática, 
discrasias sanguíneas, litíase prostática, hiperplasia 
benigna da próstata. 
 CORRIMENTO URETRAL: 
Secreção que sai pelo meato da uretra, causado por 
uretrite, prostatite. É um corrimento purulento, profuso, 
amarelo ou pardo-blenorragia, é esbranquiçado. 
• Gota matutina – crônico; 
• Uretrite não gonocócica (clamídia, HPV) e 
uretrite traumática 
• Corrimento sanguinolento – estreitamento 
uretral, câncer de uretra ou corpo estranho na 
uretra. 
 DISTUBIOS SEXUAIS: 
• Disfunção erétil ou impotência sexual; 
• Ejaculação precoce – causas psíquicas; 
• Ausência de ejaculação; 
Semiologia do Sistema Genital Masculino 
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6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
• Anorgasmia; 
• Dispareunia; 
EXAME FÍSICO MASCULINO: 
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO: paciente em decúbito dorsal; 
ORGÃOS GENITAIS INTERNOS: toque retal; 
LINFONODOS: drenagem dos vasos linfáticos da região 
pélvica e perineal; 
AVALIAÇÃO GERAL: inspeção da genitália; 
VALSALVA 
PÊNIS: retração do prepúcio senão temos a causa de 
neoplasias, lesões ulceradas, condilomas e 
balanopostite. 
EXAME DA BOLSA ESCROTAL: investiga tamanho, 
característica da pele, aspectos vasculares 
SEQUÊNCIA DE PALPAÇÃO: 
 
Áreas endurecidas ou nodulares devem ser 
consideradas suspeitas de lesão maligna. 
 TOQUE RETAL: 
 
Correto posicionamento do paciente, lubrificação 
abundante, introdução suave por meio de movimentos 
rotatórios. 
QUAIS ESTRUTURAS SÃO EXAMINADAS NO TOQUE? 
• Parede lateral esquerda; 
• Parede lateral direita; 
• Parede posterior; 
• Para cima; 
• Parede anterior 
CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS A ANALISAR 
• Tamanho; 
• Consistência; 
• Superfície; 
• Contornos; 
• Sulco mediano; 
• Mobilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Testículo
Túnica vaginal - membrana 
que envolve os testiculos
Epidídimo
Cordão espermático
Anel inguinal externo
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7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA SUELY – AULA 24 
 
EXAME FÍSICO DAS MAMAS: 
 
Fazemos a inspeção estática e dinâmica, além da 
palpação. 
Na inspeção estática a paciente está sentada com 
membros superiores paralelos ao tronco. 
• Pele que recobre as mamas e aréolas; 
• Volume; 
• Contorno; 
• Forma; 
• Simetria; 
• Pigmentação da aréola; 
• Aspecto da papila; 
• Presença de abaulamento; 
• Circulação venosa; 
• Presença de edema ou rubor 
Em seguida, paciente levanta os braços acima da 
cabeça. Isso vai tornar mais evidente as retrações e as 
assimetrias. 
A presença de poros anormalmente dilatas, indicando 
edema de pele é um importante sinal de malignidade, o 
famoso sinal clínico chamado de “casca da laranja”. 
 
 
 
 
A inspeção dinâmica é realizada com duas manobras: 
• Levantamento dos braços para aumentar a 
tensão dos ligamentos de Cooper e contração 
dos peitorais. 
A palpação acontece com a paciente deitada com as 
mãos atrás da cabeça e braços bem abertos. Vai da 
região subareolar até a paraesternal, infraclavicular e 
axilares. 
Tem como função avaliar: 
• Volume do panículo adiposo 
• Quanridade de parênquima mamário; 
• Elasticidade da papila; 
• Presença de secreção papilar; 
• Temperatura da pele da região mamária 
EXAME GENITAL FEMININO 
Analisa o tônus, dor, massas pélvicas, tamanho uterino. 
• Exame especular e Toque vaginal (unidigital, 
bidigital, combinado); 
Semiologia do Sistema Genital Feminino 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA SUELY – AULA 25 
Semiologia Medica – Semiologia da Crianca 
e do Adolescente 
SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA 
Abordagem começa desde o planejamento familiar, 
passando pela gestação, culminando com o nascimento. 
A chegada de um novo membro modifica as relações 
familiares e requer um olhar para a interação entre a 
criança e a família.A programação metabólica e o modo de vida da criança 
vão determinar se ela vai ter quantidade e qualidade de 
vida. 
Estresse tóxico por adversidades significativas sofridas 
na 1ª infância: 
• Pobreza extrema; 
• Abuso ou negligência; 
Isso pode culminar em distúrbios comportamentais e 
prejuízos significativos da saúde física e mental. Além 
disso, muitas doenças do adulto têm origem na infância 
que irão aumentar o risco de doenças crônicas como o 
alcoolismo, depressão, doenças cardíacas e diabetes. 
CONSIDERAÇÕES ÉTICAS: 
Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a 
paciente criança ou adolescente, desde que estes 
tenham capacidade de discernimento, inclusive a seus 
pais ou representantes legais, salvo quando a não 
revelação possa acarretar dano ao paciente. 
12-14 anos e 11 meses – efetuar atendimento e se 
necessário comunicar aos pais – se é urgência 
ou violência, por ex – é consenso 
internacionalmente aceito. 
Art. 78. Deixar de orientar seus auxiliares e alunos a 
respeitar o sigilo profissional e zelar para que seja por 
eles mantido. 
PUERICULTURA: 
Atendimento ambulatorial periódico e sistemático, 
destinado à criança saudável, para a prevenção e 
educação. Inclui ações a serem realizadas, agendadas 
segundo um cronograma. 
• Estado nutricional pelos indicadores clínicos do 
Ministério da Saúde - MS 
• História alimentar; curva de crescimento adotada pelo 
MS 
• Estado vacinal segundo calendário oficial do MS 
• Desenvolvimento neuropsicomotor; desempenho 
escolar e cuidados dispensados pela escola 
• Padrão de atividade física diária conforme parâmetros 
do MS 
• Capacidade visual 
• Condições do meio ambiente conforme MS 
• Cuidados domiciliares dispensados à criança 
• Desenvolvimento da sexualidade 
• Sono, quantitativa e qualitativamente 
• Função auditiva 
• Saúde bucal 
• Exposição à mídia 
FAIXAS ETÁRIAS: 
• Recém nascido: até 28 dias de vida 
• Lactente: 1 ano de vida 
• Pré escolar: 2-7 anos 
• Escolar: 7- 10 anos 
• Adolescente: 10-20 incompletos 
• Adolescência tardia: 16 a 20 anos 
ANAMNESE: 
A entrevista deve ser adaptada às diferentes questões 
de acordo com a faixa etária. O entrevistado nesse caso 
normalmente não é o paciente. 
QP: nas palavras do informante ou da criança registrar o 
que for considerado principal pelo informante. 
“Qual motivo que lhe trouxe até aqui?” ou “Qual a sua 
preocupação com seu filho?” 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
HISTÓRIA PREGRESSA: 
• Doenças infectocontagiosas ou infecções de 
repetição (pele, SN, IVAS, ITU, doenças do trato 
respiratório e digestório), doenças crônicas, 
alergias; 
• Medicamento de uso contínuo; 
• Internações e cirurgias, acidentes; 
• Antecedentes pessoais; 
• Desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo; 
• Alimentação pregressa e atual; 
• Vacinação 
CONDIÇÕES HABITUAIS DE VIDA: rotina, creche? 
Escola? Atividades? 
HISTÓRIA COMPORTAMENTAL: perfil da família, 
relacionamento com professores e colegas, castigos? 
HISTÓRIA FAMILIAR: doenças familiares 
HISTÓRIA SOCIAL: escolaridade, tipo de habitação, 
animais, segurança, poluição. 
EXAME FÍSICO DA CRIANÇA 
• Deve-se ter tempo para permitir que a criança 
se acostume com o examinador; 
• Interação e instruções ajudam a entender o que 
está ocorrendo e o que deve ser esperado; 
• Atitude gentil, amistosa, voz baixa ajudam a 
estabelecer contexto não ameaçador; 
• Procedimento doloroso/desagradável deve ser 
adiado até o final do exame; 
• O exame deve seguir de forma eficaz e 
sistemática se o examinador não conseguir 
uma maior relação de afinidade com a criança; 
• Lembrar que o colo dos pais é um local seguro e 
confortável para algumas crianças fazerem o 
procedimento; 
ECTOSOCPIA: 
Saudável, enfermo, irritado, prostrado, obnubilado, 
comatoso; 
Postura atípica (RN: posição fetal, extremidades 
fletidas, mãos fechadas); 
Atitude ortopneica – posição que facilita o 
funcionamento da musculatura auxiliar em caso de 
comprometimento cardiopulmonar; 
Posição antálgica, característica da marcha, alteração 
da fala. 
Comportamento: comunicativo, tímido, agressivo, ativo 
(hipo ou hiper), passivo, apatia. 
Fácies: dor, ansiedade, depressão, medo, pavor, 
tristeza, sindrômica; 
Hidratação: turgor e elasticidade com sinal da prega, 
olhos encovados, sede intensa ou inaparente devido ao 
mau estado, mucosas secas, depressão de fontanela 
anterior; 
Pele e anexos: fâneros, subcutâneo, gânglios, cianose, 
icterícia, palidez, edema e erupções, piercings, 
tatuagem; 
Desenvolvimento e crescimento: normal ou alterado; 
Estado nutricional: normal, emagrecimento, obeso; 
 
 
 
 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
A interpretação da PA de crianças e adolescentes deve 
levar em conta a idade, sexo e altura. 
Realizar pelo menos 3 medidas, com intervalo de minuto 
entre elas, sendo a média das duas últimas considerada 
a pressão arterial do indivíduo. Crianças que 
apresentam hipertensão de consultório e efeito do 
avental branco (lembrar desse fato). 
 
 
FASES DO CURSO DA VIDA – ÍNDICES E 
PARÂMETROS: 
 
AFERIÇÃO DE ALTURA: 
Pode ser dificultada em crianças que não conseguem 
ficar na posição ereta, possuem articulação contraída, 
espasmos musculares involuntários, escolioses e 
pouca cooperação devido à deficiência cognitiva. 
Nesses casos, determinar estatura estimada: 
 
PERÍMETRO TÓRACICO AO NASCER: 30,5 a 33cm 
PERÍMETRO ABDOMINAL AO NASCER: 30,5 a 33 cm 
PERÍMETRO CEFÁLICO: 33 a 35cm 
ESTATURA: 48 a 53cm 
PESO: 2500g a 4000g 
Lembrar que existe uma perda de peso de 10% do peso na 
1ª semana de vida. 
APARELHO CARDIOVASCULAR: 
• Observar ictus cordis (3º espaço intercostal 
esquerdo); 
• Contar FC; 
• Arritmia sinusal ou respiratória é comum na 
infância; 
• Palpar pulsos femorais; 
• Observar encontro de sopros; 
• Cianose? Edemas? Tamanho do fígado? 
Reflexos hepatojugulares? 
APARELHO RESPIRATÓRIO: 
• Procurar sinais de esforço respiratórios 
(tiragem subcostal, intercostal e fúrcula); 
• Balancim toracoabdominal – assincronia entre 
o movimento do tórax e do abdome no ciclo 
respiratório; 
• Avaliar frêmito torácico; 
• Ausculta do murmúrio vesicular; 
• Ruídos adventícios? 
• Contar FR em 1min 
ABDOME: 
• Avaliar forma: Globoso? Plano? Escavado? 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
• Avaliar a tensão: abdome intensamente flácido, 
com pele enrugada e vísceras abdominais 
palpáveis como na síndrome de Prune Belly; 
• Visceromegalias? Massas palpáveis? 
• Avaliar timpanismo; 
• Ruídos hidroaéreos? 
GENITÁLIA: 
• Procurar testículos na bolsa escrotal e região 
inguinal; 
• Tem exposição da glande? Epispadia ou 
hipospadia? Criptorquidia? Hidrocele? Fimose? 
• Há sinequia (aderência) de pequenos lábios, 
hipertrofia de lábios vulvares de clitóris; 
MEMBROS: 
• Pesquisa dos sinais de Ortolani e Barlow para 
eventual luxação do quadril. 
 
 
• Observar o formato dos membros. 
• Edema? Hipoplasia? Alterações dos dedos dos 
pés ou mãos? 
• Alteração na palpação da clavícula? 
• Pesquisa dos sinais neurológicos 
Hipertonias? Hipotonias? Movimentos anormais? 
Reflexos tendinosos e cutaneopalmar? 
 
CABEÇA: 
Detectar infecções congênitas, indicar sorologias (CMV, 
rubéola, toxoplasmose,sífilis). Forma da cabeça dos RN: 
 
OSTEOARTICULAR: 
Avaliar o comprometimento articular, baqueteamento 
digital, polidactilia, prega simiesca, pés planos, pés 
tortos congênitos. 
Avaliar coluna vertebral: escoliose, cifose, 
mielomeningocele, espinha bífida. 
 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: 
• Relexo tônico cervical 
• Postura do RN: semiflexão generalida sendo a 
termo e sadio; 
• Reflexo de moro de 3 a 6m; 
• Preensão palmar até os 6m; 
• Preensão plantar até os 15m 
• Sucção até 3 meses e no sono até 6m; 
• Reflexos de galant – encurvamento do tronco 
por estímulo tátil no dorso lateral; 
• Marcha até os 2m 
• Reflexo cutâneo plantar até 6m 
• Reflexo de babinski; 
• Reflexo patelar 
 
Licensed to BRUNNO LEONNARDO SILVA DE SOUTO - brunoleonardo4@hotmail.com - HP158116568811657pubiana e a planta dos pés. 
 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PESO: 
Na prática, emprega‐se a balança comum para a determinação 
do peso; 
Obtido o peso, este é comparado com os valores considerados 
normais em relação à idade e ao sexo. 
O peso na idade adulta, por sua vez, é classificado da seguinte 
maneira: 
- Peso ideal: são valores estatisticamente estabelecidos a 
partir dos dados obtidos em grandes grupos da população; 
-Peso máximo normal: somam‐se 5 a 10% ao peso ideal, 
dependendo do biótipo; 
-Peso mínimo normal: subtraem‐se 5 a 10% ao peso ideal, 
dependendo do biótipo. 
Calculado da seguinte maneira: 
IMC = P/A2 
Em que P = peso, A = altura. 
De acordo com o valor do IMC, os indivíduos são assim 
classificados: 
-Baixo peso: IMC menor do que 19,99 kg/m2; 
-Normal: IMC de 20 a 24,99 kg/m2; 
-Sobrepeso: IMC de 25 a 29,99 kg/m2; 
-Obesidade: IMC de 30 a 39,99 kg/m2; 
-Obesidade mórbida: IMC acima de 40 kg/m2. 
Medida logo acima da crista ilíaca. Os valores normais são: 
-Homens: até 102 cm; 
 -Mulheres: até 88 cm. 
Para obtê‐lo mede‐se a circunferência da cintura (C) em um 
ponto médio entre o final dos arcos costais e a do quadril (Q), 
no nível das espinhas ilíacas anteriores. 
Os valores considerados normais são os seguintes: 
 -Mulheres: RCQpalpebral 
bilateral. Ocorre na miastenia gravis; 
-Fácies etílica: olhos avermelhados e ruborização da face, 
hálito etílico, voz pastosa e um sorriso meio indefinido. 
ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO NO 
LEITO: 
Posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por 
comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para 
algum padecimento. Muitas classificações têm sido propostas, 
sendo mais objetiva a que separa as atitudes em voluntárias e 
involuntárias. 
 ATITUDES VOLUNTÁRIAS: 
São as que o paciente adota por sua vontade e compreendem a 
ortopneica, a genupeitoral, a posição de cócoras, a 
parkinsoniana e os diferentes decúbitos. 
1. Ortopneica: O paciente adota essa posição para aliviar 
a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, 
asma brônquica e ascites volumosas. 
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6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Ele permanece sentado à beira do leito com os pés no chão ou 
em uma banqueta, e as mãos apoiadas no colchão para 
melhorar um pouco a respiração, que se faz com dificuldade. 
2. Genupeitoral: 
Na atitude genupeitoral (ou de “prece maometana”), o paciente 
posiciona‐se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, 
enquanto a face anterior do tórax (peito) põe‐se em contato 
com o solo ou colchão. 
O rosto descansa sobre as mãos, que também ficam apoiadas 
no solo ou colchão. 
Essa posição facilita o enchimento do coração nos casos de 
derrame pericárdico. 
 
3. Posição de cócoras: Observada em crianças com 
cardiopatia congênita cianótica. 
Os pacientes descobrem, instintivamente, que ela proporciona 
algum alívio da hipoxia generalizada, que acompanha essas 
cardiopatias, em decorrência da diminuição do retorno venoso 
para o coração. 
4. Parkinsoniana: 
O paciente com doença de Parkinson, ao se pôr de pé, 
apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores 
e, ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo 
de gravidade. 
5. Decúbito: 
Indica como o paciente prefere ficar no leito, desde que o faça 
conscientemente, seja por hábito, seja para obter alívio de 
algum padecimento (decúbito lateral, dorsal e ventral). 
 ATITUDES INVOLUNTÁRIAS: 
Independem da vontade do paciente e incluem a atitude 
passiva, o ortótono, o opistótono, o emprostótono, o 
pleurostótono, a posição em gatilho, torcicolo e mão pêndula. 
1. Passiva: 
Quando o paciente fica na posição em que é colocado no leito, 
sem que haja contratura muscular. É observada nos pacientes 
inconscientes ou comatosos. 
2. Ortótono: 
Atitude em que todo o tronco e os membros estão rígidos, sem 
se curvarem para diante, para trás ou para um dos lados. 
3. Opistótono: 
Atitude decorrente de contratura da musculatura lombar, 
sendo observada nos casos de tétano e meningite. O corpo 
passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando‐
se como um arco. 
4. Emprostótono: 
Observado no tétano, na meningite e na raiva, é o contrário do 
opistótono, ou seja, o corpo do paciente forma uma concavi‐ 
dade voltada para diante. 
5. Pleurostótono: 
Observado no tétano, na meningite e na raiva. O corpo se curva 
lateralmente. 
6. Posição em gatilho: 
Encontrada na irritação meníngea, caracteriza‐se pela 
hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e 
encurvamento do tronco com concavidade para diante. 
7. Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial: 
São atitudes involuntárias de determinados segmentos do 
corpo. 
 
MUSCULATURA: 
Para a investigação semiológica da musculatura, empregam‐
se a inspeção e a palpação. Todos os grupos musculares devem 
ser examinados. 
Assim procedendo, conseguem‐se informações quanto à: 
- Troficidade: corresponde à massa do próprio músculo ; 
- Tonicidade: o estado de semicontração própria do músculo 
normal 
 
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7 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
 
 
 
 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSOR JOANNE – AULA 4 
Semiologia Medica - Ectoscopia 
- Parte 2 - 
EXAME FÍSICO PT.2: 
• Mucosa/Pele/Fâneros 
• Movimentos involuntários 
• Enfisema subcutâneo 
• Linfonodos 
• Circulação colateral 
• Edema 
• Temperatura 
• Postura e atitude de pé 
• Biótipo 
• Marcha 
MUCOSAS: 
Avaliar a mucosa das conjuntivas, labiobucal, lingual e 
gengival. Normalmente, podemos classificar em cruzes, onde 
(++++ = muito) e (+ = pouco). Dessa forma, no quesito coloração, 
podemos classificar em: 
1. Coloração (++++) 
▫ Normocoradas: róseo-avermelhada 
▫ Descoradas: pálida (Ex: anemia) 
▫ Hipercoradas: vermelho-arroxeada (inflamações) 
▫ Cianose: azulada 
▫ Icterícia: amarela ou amarelo-esverdeada 
2. Umidade 
▫ Normal (úmidas); 
▫ Mucosas secas: sem brilho, pardacentas, ressequidas 
EXAME DA PELE: 
A palidez deve ser pesquisada em toda extensão da superfície, 
inclusive na região palmoplantar. Em pardos e negros, a palidez 
só aparece na palma das mãos e na planta dos pés. 
Avaliar cor normal, ou palidez de forma generalizada (ex: 
anemia, vasoconstricção generalizada por estímulos 
neurogênicos ou hormonais e redução de hemácias) ou 
localizada (ex: obstrução arterial, isquemia sendo a causa 
principal). 
 
No caso de vermelhidão, indica o aumento da quantidade de 
sangue, podendo ocorrer uma vasodilatação. Observar se tem 
vermelhidão generalizada (ex: policitemia) ou localizada (ex: 
inflamação). 
 VERMELHIDÃO GENERALIZADA: 
Normal em paciente febris, exposição ao sol, escarlatina, 
eritrodermia e psoríase. 
 VERMELHIDÃO LOCALIZADA: 
Depende de um fenômeno vasomotor = inflamação. 
Em caso de cianose, temos o aumento da hemoglobina reduzida 
podendo ser visto na face, torno dos lábios e ponta do nariz, 
além de lobos das orelhas e extremidades. É a cor azulada da 
pele e de mucosas 
 CIANOSE GENERALIZADA: 
• Hipoventilação pulmonar; 
• Cardiopatias (shunts); 
• Diminuição da tensão de O2 (altitudes); 
• Alterações da hemoglobina (medicamentos); 
 CIANOSE LOCALIZADA: 
Apenas em segmentos corporais adquirem coloração anormal, 
significa uma obstrução venosa local. 
A acrocianose é distúrbio circulatório no qual as mãos, e mais 
raramente os pés, apresentam-se frios, azulados e suados. Não 
deve ser confundida com o fenômeno de Raynaud = é uma 
CIANOSE: 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
condição médica em que o espasmo das artérias causa 
episódios de diminuição da corrente sanguínea. 
Geralmente afeta os dedos das mãos, embora em alguns casos 
possa também afetar os dedos dos pés. 
 
Quando caracterizada a cianose, procura-se definir que tipo de 
cianose: 
 
Se da pelo acumulo de bilirrubina no sangue, podendo 
acometer pele, mucosas (conjuntival, freio da língua) e esclera. 
As principais causas são hepatite infecciosa, hepatopatia 
alcoólica, hepatopatia por medicamentos, leptospirose, 
malária, câncer e etc. 
Além disso, sobre a pele, poderemos ter o albinismo, o 
bronzeamento de pele que pode ser artificial mas também 
indicativo da doença de Addison ou hemocromatose; temos o 
dermatografismo, que é quando a pele fica ligeiramente 
elevada por ter se atritado com unhas, lápis e afins. 
CARACTERÍSTICAEXEMPLOS 
UMIDADE 
Diminuída (seca) Desidratação 
Aumentada Sudorese 
TEXTURA 
Lisa Idosos 
Áspera Trabalho rude 
Enrugada Regressão de edema 
ESPESSURA 
Atrófica Idosos 
 
Hipertrófica Esclerodermia 
TEMPERATURA 
Diminuida Isquemia 
Aumentada Inflamação 
ELASTICIDADE 
Diminuida Desidratação 
Aumentada Inflamação 
MOBILIDADE 
Diminuida Cicatriz 
Aumentada Ehlers-Danlos 
TUGOR 
Diminuido Desidratação 
SENSIBILIDADE 
TÉRMICA 
Diminuida Hanseníase 
DOLOROSA 
Hipoalgesia Hanseníase 
Hiperalgesia Vasculopatia 
TÁTIL 
Hipoestesia Hanseníase 
Anestesia Hanseníase 
LESÕES ELEMENTARES: 
Para a avaliação de lesões elementares, empregam-se a 
inspeção e palpação; por vezes o uso de lupa pode ajudar. 
1. SEM RELEVO OU ESPESSAMENTO – MÁCULAS 
Podem ser pigmentares do tipo acrômicas: diminuição ou 
ausência de melanina, observado em vitiligo, hanseníase, 
pitiríase alba e afins. 
 
Hipercrômicas: depende do aumento do pigmento melânico, 
podendo ser um melasma, manchas hipercrômicas de processo 
cicatrizante. 
Podem ser vasculares do tipo eritematosa: diferenciada de 
manchas hemorrágicas por desaparecerem após 
digitopressão, costumam ter vários tamanhos, podendo ser de 
sarampo, varicela, rubéola, escarlatina, sífilis e afins. 
Nas telangiectasias, temos dilatações dos vasos terminais, as 
mais comuns estão nas pernas e coxas, denominadas também 
de varículas ou varizes. Temos também as aranhas vasculares, 
ICTERÍCIA: 
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3 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
normalmente localizadas no tronco e para desaparecer basta 
apenas fazer uma puntipressão no local mais central. 
 
Sobre as máculas hemorrágicas, não desaparecem pela 
compressão, diferente dos eritemas, pois é sangue extravasado. 
• Petéquias: puntiformes com até 1cm de diâmetro; 
• Víbices: quando forma uma linha; 
• Equimoses: quando formam placas maiores que 1cm 
 
2. SÓLIDAS 
Abrange as pápulas, tubérculos, nódulos, nodosidades, gomas 
e vegetações. 
Sobre as pápulas, são superficiais, com bordas perceptíveis, 
podendo ser puntiforme ou plana, isolada ou coalescente, de 
cor normal, rósea, castanha e arroxeada. Ex: picada de inseto, 
leishmaniose, blastomicose, verruga, acne e hanseníase. 
 
Sobre tubérculos, é circunscrito, mole ou firme, tem cor normal 
ou pode ser eritematosa, acastanhada ou amarelada, 
observada em sífilis, tuberculose, hanseníase e tumores. 
Sobre nódulos, nodosidade e goma, localizada na hipoderme, 
perceptível na palpação, quando pequenas são nódulos, mais 
volumosas, nodosidades; já as gomas são nodosidades que 
estão amolecendo e sofrendo ulceração. Possui limites 
imprecisos, podem ser firmes/elásticos/moles. 
 
Pode ser furúnculo, eritema nososo, hanseníase, cisto, sífilis, 
cisticercose. OBS: gomas aparecem na sífilis, tuberculose e 
micoses profundas. 
Sobre as vegetações, são sólidas, alientes, lobulares, em forma 
de couve-flor, mole e agrupada em maior ou menor quantidade. 
Pode ser de sífilis, leishmaniose, condiloma acumidado, 
tuberculose, neoplasisas e dermatites medicamentosas. 
3. LESÕES DE CONTEÚDO LÍQUIDO: 
São as vesículas, bolhas, pústulas, abcessos e hematoma. 
A vesícula tem elevação circunscrita e se diferencia da pápula 
é que está é uma lesão líquida. É observada na varicela, em 
herpes-zóster, queimaduras. 
A bolha é uma elevação que contem liquido e se diferencia da 
vesícula pelo tamanho ser superior. Encontrada nas 
queimaduras, alergias medicamentosas, piodermites. 
 
A pústula tem conteúdo purulento, surgindo em varicela, 
herpes-zóster, queimaduras, acne pustulosa. 
Os abcessos são coleções purulentas, de proporções variáveis, 
flutuantes. Quando há sinais inflamatórios, é chamado de 
abcesso quente. Na ausência deles, é chamado de abcesso frio. 
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4 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Temos exemplo da furunculose, hidradenite, abcesso 
tuberculoso. 
O hematoma é decorrente de derrame de sangue na pele ou 
nos tecidos subjacentes. 
4. ALTERAÇÕES DA ESPESSURA: 
Temos a queratose, infiltração, liquenificação, esclerose, 
edema e atrofias. 
Um exemplo de queratose é o calo, é duro, inelástico, 
espessamento da camada córnea. Na infiltração, o melhor 
exemplo é a hanseníase virchowiana. 
A liquenificação é um exemplo básico da estria, sendo uma área 
sujeita a coçaduras constantes, além de uma área arroxeada. 
A esclerose é o aumento da consistência da pele, sendo mais 
firme e pregueada entre dedos. Edema é o acumulo de liquido 
no espaço interstecial, pele lisa e brilhante. Já as atrofias torna 
também a pele lisa, translúcida, pregueada. 
5. SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE: 
São as escamas, erosão, úlceração, fissura, rágade, crosta, 
escara e cicatriz. 
A escama é basicamente o que acontece quando nos 
queimamos por raios solares, são lâminas epidérmicas secas 
que se desprendem da superfície cutânea. 
A erosão é o desaparecimento da parte mais superficial da pele 
(epiderme), podendo ser traumatica (escoriação) ou não; ao se 
regenerarem-se não deixam cicatrizes. 
 
Na ulceração temos que é a perda delimitada das estruturas 
que constituem a pele (atinge a derme), ou seja, mais profunda. 
A diferença para a erosão é que deixa cicatriz. Aparece em 
leishmaniose, lesões malignas da pele. 
 
Já as fissuras representam uma perda de subtância linear, 
superfical ou profunda não causada por objeto cortante. 
Compremete a epiderme e derme normalmente nas dobras ou 
ao redor de orifícios. 
6. LESÕES CADUCAS: 
A crosta é formação proveniente do ressecamento de uma 
secreção, seja ela serosa, purulenta, sanguínea. Pode ser de 
remoção fácil, encontrada na fase final da cicatrização. 
A escara é uma porção de tecido cutâneo necrosado, essa área 
se torna insensível, escura e separa de um tecido sadio por um 
sulco. Tamanho pode ser variavel, ocorrendo principalmente 
em imobilizados e idosos. 
FÂNEROS: 
O cabelo deve ser analisado pelos seguintes fatos: 
• Tipos de implantação (mais baixa em mulheres e com 
entradas em homens) 
• Distribuição = alopecia? 
• Quantidade (Hipertricose e hirsutismo) 
• Coloração 
• Brilho, espessura, consistência 
Sobre as unhas, devemos observar: 
• Forma; 
• Espessura; 
• Superfície; 
• Brilho; 
• Coloração; 
O normal é formar um ângulo menor 160º, apresentar uma 
curva lateral nítida, superfície lisa, brilhante, róseo 
avermelhada. 
A ocorrência de manchas brancas é chamada de leuconiquias, 
pode acontecer em pessoas sadias. Unhas parcialmente 
coladas é chamada de onicólise (unhas de Plummer), 
observadas no hipertireoidismo. 
 
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5 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
Já as unhas distróficas são espessadas, rugosas, com formato 
irregular, normalmente se dá em pessoas que trabalham 
descalças, portadores de isquemia crônica dos mmii ou de 
onicomicose. 
Unha paroníquias são comuns em pessoas que tem as mãos em 
constante contato com a água, vem de processos inflamatórios. 
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS: 
1. TREMORES: 
Movimentos mais ou menos rápidos, afetam principalmente a 
parte distal dos membros. Solicita-se que o paciente estenda 
as mãos voltadas para baixo, com dedos separados, coloca-se 
uma folha no dorso da mão para observar movimento ou levar 
um copo até a boca. 
Tremor de repouso: caracterizado pelo 
parkinsonismo, surge durante repouso e desaparece 
com movimentos e sono. 
Tremo de altitude/postura: ocorre no coma pré-
hepático (insuficiência hepática), quando designado 
flappung ou Asterix, surge quando um membro é 
colocado em determinada posição. 
 
Tremor de ação: surge e se agrava quando um 
movimento é executado, normal de doenças 
cerebelares. 
Tremor vibratório: podesurgir no hipertireoidismo, 
alcoolismo e neurosífilis, porém sendo mais de origem 
emocional. 
CIRCULAÇÃO COLATERAL: 
É dificuldade do fluxo sanguíneo através do tronco venoso, 
então o sangue desvia para as colaterais, aparece um circuito 
venoso anormal e visível ao exame da pele. Tórax, abdome, raiz 
dos membros superiores, segmento cefálico são regiões onde 
podemos encontrar circulação colateral. 
EDEMA: 
É o acúmulo de líquido no espaço intersticial ou no interior das 
células. A investigação tem inicio na anamnese, perguntando 
tempo de duração, localização e evolução. No exame físico, 
temos que localizar, ver a intensidade, consistência, 
elasticidade da pele, temperatura da pele circunjacente, 
sensibilidade e outras alterações. 
 EDEMA GENERALIZADO: 
Temos o aumento do ph = icc, síndrome nefrítica; 
Diminuição da PO = síndrome nefrótica, insuficiência hepática; 
Aumento da permeabilidade vascular = edema angioneurótico 
 EDEMA LOCALIZADO 
Temos o aumento do ph = indicando trombose venosa profunda; 
Aumento da permeabilidade vascular = erisipela 
 SINAL DE CACIFO: 
 
POSTURA: 
 
TIPO MORFOLÓGICO: 
Não confundir biotipo com altura. 
• Longilíneo: pescoço longo, tórax atrofiado, membros 
alongados, ângulo charpy menor que 90º, tendência a 
estatura elevada. 
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6 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
• Mediolíneo: equilíbrio entre membros e troncos, 
ângulo charpy em 90º 
• Brevilíneo: pescoço curto e grosso, tórax alado e 
volumoso, membros curtos em relação a tronco, 
ângulo charpy maior que 90º, tendência a baixa 
estatura. 
 
MARCHA: 
O modo de andar do paciente pode indicar algumas patologias, 
sendo grande utilidade diagnóstica, especialmente nas 
afecções neurológicas. Pode ser dividida em: 
• Parkinsoniana; 
• Cerebelar; 
• Escarvante; 
• Claudicante; 
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1 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
PROFESSORA TERESA – AULA 5 
Semiologia Medica – Exame Clinico/Fisico 
Cabeca e Pescoco 
 
CABEÇA: 
Vamos observar: 
• Tamanho e forma do crânio; 
• Posição e movimento; 
• Superfície e couro cabeludo; 
• Exame da face; 
• Exame dos olhos e supercilio; 
• Exame do nariz; 
• Exame da região bucomaxilofacial; 
• Exame otorrinolaringológico 
O normal seria classificarmos como normoencéfalo. No 
entanto, em recém-nascidos a cabeça predomina sobre o 
tronco e à medida que a criança se desenvolve isso se inverte. 
No paciente mais idoso, com a Doença de Paget, o tamanho do 
crânio pode aumentar. 
 DOENÇA DE PAGET: 
Doença que impede a substituição de tecido ósseo antigo por 
tecido ósseo novo. 
A doença óssea de Paget ocorre mais comumente na pélvis, no 
crânio, na coluna e nas pernas. Os fatores de risco incluem 
envelhecimento e histórico familiar da doença. Com o tempo, 
os ossos afetados podem ficar frágeis e deformados. 
 
MACROCEFALIA 
Causa mais frequente é a 
hidrocefalia, como também a 
acromegalia e o raquitismo 
 
 
MICROCEFALIA 
Pode ser congênita, 
hereditária, de causa 
desconhecida ou devido 
alguma doença cerebral 
(toxoplasmose, encefalite 
viral) 
 
 
ACROCEFALIA 
Também chamado de crânio 
em torre, turricefalia ou 
hipsocefalia. Crânio alongado, 
apontado para cima. Sua 
forma mais frequente é na 
cranioestenose. 
ESCAFOCEFALIA Levantamento da parte 
mediana do crânio. Aspecto 
de casco de navio. 
DOLICOCEFALIA Aumento do diâmetro 
anteroposterior 
BRAQUICEFALIA Aumento do diâmetro 
transversal. 
 
PLAGIOCEFALIA 
Pode ser relacionada com a 
posição de dormir, de modo 
que haja deformidade na 
assimetria do crânio. 
Com relação à integridade do crânio, temos que nos atentar nas 
fraturas, abaulamentos e depressões que podem ter. Já sobre 
o cabelo e couro cabeludo, temos que observar alopecia ou 
lesões. 
Além disso, no exame geral da face temos que observar a 
simetria, fisionomia, pelos, mímica facial, além da assimetria 
com relação as parótidas. 
 ALTERAÇÕES CRANIANAS: 
Obs: macrocefalia 
Obs: microcefalia 
TAMANHO E FORMA DO CRÂNIO: 
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2 Letícia Gomes Souto Maior | Turma IX | 2020.1 
 
 
EXAME DOS OLHOS: 
Na anamnese vamos perceber que algumas afecções oculares 
são mais frequentes ou comuns em determinadas idades. 
Em recém-nascidos temos a oftalmia gonocócica neonatal 
(conjuntivite purulenta quase sempre bilateral) e glaucoma 
congênito (se manifesta com epífora, fotofobia, opacidade 
corneana e aumento do diâmetro da córnea. 
EPÍFORA: é uma perda ou alteração da drenagem 
normal das lágrimas pelas vias lacrimais, geralmente 
em consequência de um processo inflamatório ou 
obstrutivo. 
Já na infância, temos o estrabismo, a retinoblastoma e o 
xantogranuloma infantil. 
RETINOBLASTOMA: Ele é um tumor maligno 
embrionário, originário de células da retina, a parte do 
olho responsável pela visão. Pode estar presente já ao 
nascimento ou aparecer até os cinco anos de idade. 
Na adolescência, é comum que comecem os vícios de refração. 
A miopia tende a progredir mais na adolescência e estabilizar 
quando adulto. 
Na fase adulta, temos as dacriocistites agudas e crônicas, as 
conjutivites e as uveítes. 
Em torno dos 40 anos, surge a presbiopia, decorrente do 
envelhecimento do cristalino. 
Após os 40, surge a catarata, blefaroptose, lesões vasculares e 
degenerativas da retina. 
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- SENSAÇÃO DE CORPO ESTRANHO: quase sempre 
acompanhada de dor, podendo ser pelos cílios virados para 
dentro, inflamação corneana, abrasão corneana e conjuntivite. 
- QUEIMAÇÃO E ARDÊNCIA: normalmente por conjuntivite, 
queratite, sono insuficiente, exposição a fumaça, poeira e 
Síndrome de Sjogren. 
 SÍNDROME DE SJOGREN: 
A Síndrome de Sjögren (SS) é uma doença auto-imune que se 
caracteriza principalmente pela manifestação de secura ocular 
e na boca associadas à presença de auto-anticorpos ou sinais 
de inflamação glandular. 
- PRURIDO: quando muito acentuado pode estar associado com 
alergia; 
- SENSAÇÃO DE OLHO SECO: piora com o vento, ocorre na 
síndrome de sjogren, na conjuntivite crônica e na paralisa 
facial caso tenha dificuldade para fechar a pálpebra. 
-LACRIMEJAMENTO: conhecido como epífora, ocorre por 
excesso de secreção de lágrimas ou por falha no mecanismo 
de drenagem. 
- DOR OCULAR: pode ocorrer por inflamação da pálpebra, 
dacrioadenite, celulite orbitária, abscesso, uveíte e etc. 
- FOTOFOBIA; 
- CEFALEIA: 
-HEMERALOPIA E NICTALOPIA: a cegueira diurna e noturna, 
respectivamente 
- XANTOPSIA, IANTOPSIA E CLOROPSIA; 
- ALUCINAÇÕES VISUAIS; 
- DIPLOPIA 
- ESCOTOMA; 
- NISTAGMO: movimentos repetitivos rítmicos dos olhos, 
podendo ser causado por estrabismo, catarata, coriorretinite 
ou disfunção neurológica. 
GLOBO OCULAR E CAVIDADE ORBITÁRIA: 
Deve-se observar a separação das duas cavidades orbitárias. 
Em caso de GRANDE afastamento, teremos hipertelorismo que 
ocorre em anomalias congênitas. 
Já a microftalmia se dá em relação ao tamanho do globo ocular 
que aparece na rubéola congênita. 
Quando temos uma exoftalmia, protusão ocular, deve ser 
avaliada com instrumento correto. Consiste no deslocamento 
anterior do globo ocular, decorrente do volume orbitário. Muito 
frequenteno hipertireoidismo, anormalidade vascular ou 
processo inflamatório. 
APARELHO LACRIMAL: 
Na inspeção podemos detectar o aumento de volume da 
glândula podendo ser causa de uma dacrioadenites e 
neoplasias. Devemos observar se há epífora, presença de 
secreções e dor na palpação. 
PÁLPEBRAS: 
Pela inspeção, investigamos a cor, textura, posição e 
movimentos das pálpebras. Além disso, observamos se os cílios 
estão voltados para dentro (triquíase), se houve queda 
(madarose) ou se estão brancos (poliose). 
Quando a pálpebra inferior não consegue cobrir o globo 
ocular, surge a LAGOFTALMIA. A paralisia do músculo 
elevador da pálpebra superior lega a BLEFAROPTOSE. 
 
 
A inspeção também pode ajudar e descobrir defeitos 
embrionários como colobomas palpebrais, xantelasma, vitiligo, 
melanose. 
Por fim, observar a simetria, a presença de edemas, como anda 
a mobilidade, como está a fenda palpebral, presença de ptose 
palpebral e inserção de pelos. 
Paralisia orbicular – lagoftalmia – VII par – sinal de Bell 
Paralisia do elevador da pálpebra superior – III par - ptose 
SINAIS E SINTOMAS: 
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Paralisia músculo de Muller – simpático – ptose 
 
CONJUNTIVA E ESCLERA: 
Por baixo da conjuntiva é possível observar alguns vasos 
chamados de vasos episclerais. A esclera normal tem cor 
branco-porcelana, que pode ser modificada por depósitos de 
pigmentos, como acontece na icterícia e melanose ocular. 
 
Sobre edema de conjuntiva, a quemose, enfisema de crepitação 
e hemorragia subconjuntival devem ser pesquisados. Abaixo 
uma foto representando uma hemorragia subconjuntival. 
 
 QUEMOSE: 
O que seria uma quemose? É o inchaço da conjuntiva, tecido 
que cobre a parte interna das pálpebras e a superfície branca 
do olho. Quando esse quadro ocorre, o olho pode parecer que 
está com líquido dentro e pode, inclusive, haver dificuldade em 
fechá-lo. 
 
CÓRNEA: 
Primeiro deve se avaliar o tamanho. Megalocónea pode 
surgerir um glaucoma congênito, enquanto a microcórnea faz 
pensar em rubéola. 
Observamos a opacificação devido a catarata, irregularidades 
provocadas por corpo estranho e a sensibilidade. 
PUPILA: 
Observamos a cor e desvios. Devemos esperar que as pupilas 
sejam redondas e de igual tamanho, no entanto em 25% da 
população é observado pupilas de tamanho diferentes = 
ANISOCORIA. 
 
Além disso, avaliar um estado de miose (contração da pupila) 
ou estado de midríase (dilatação da pupila). O exame de reflexo 
pupilar à luz é feito da seguinte forma: 
Iluminamos uniformemente a face do paciente, fazendo incidir 
um feixe sobre um dos olhos. 
A pupila normal contrai de forma rápida, caracterizando o 
reflexo fotomotor direto, além disso, a pupila do outro olho deve 
se contrai simultaneamente e na mesma intensidade, mesmo 
que a luz não esteja sobre ela, isso chamamos de reflexo 
fotomotor indireto ou consensual. 
 
 
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EXAME DOS OUVIDOS: 
Em relação aos sinais e sintomas da doença, podemos observar 
por meio da anamnese: 
- OTALGIA: dor no ouvido; 
- OTORREIA: saída de líquidos pelo ouvido, que pode ser água, 
serosos, mucosos, purulentos ou sanguinolentos; 
- OTORRAGIA: decorre de traumatismos do meato acústico 
externo no ato de coçar, na ruptura da membrana do tímpano; 
- PRURIDO; 
- DISTÚRBIOS DE AUDIÇÃO: disacusia significa perda da 
capacidade auditiva, podendo ser leve ou moderada 
(hipoacusia), acentuada (surdez) ou total (acusia ou cofose). 
- ZUMBIDOS; 
- VERTIGEM. 
Basicamente consiste em: inspeção, palpação e ostoscopia. 
INSPEÇÃO: possibilita reconhecer os processos inflamatórios e 
neoplásicos do pavilhão da orelha, cistos, fístulas congênitas 
(Coloboma), edema, pólipos, secreções e corpos estranhos. 
Além disso, avalia-se o tamanho e forma. 
PALPAÇÃO: comprova pontos dolorosos, pode revelar também 
reações linfonodais periauriculares. Nessa fase podemos 
avaliar uma otite externa/mastoidites. 
OTOSCOPIA: por intermédio de um espéculo auricular, 
examina-se o tímpano e sua membrana e verifica-se um 
triangulo luminoso formado pela reflexão dos raios luminosos. 
 
EXAME DO NARIZ: 
Vamos avaliar possíveis deformidades que associem com 
doenças como: 
 NARIZ EM SELA: sífilis; 
 NARIZ ALARGADO: hanseníase; 
 FOCINHO DE ANTA: leishmaniose 
E quais são os sinais e sintomas que o paciente pode vim a 
apresentar: 
- OBSTRUÇÃO NASAL; 
- RINORREIA: é quando fora a epistaxe (corrimento sanguíneo) 
temos uma hipersecreção serosa ou seromucosa, 
mucopurulenta, purulenta. 
- ESPIRRO; 
- ALTERAÇÕES DE OLFATO: hiposmia ou anosmia, ozena, 
hiperosmia, cacosmia; 
- DOR; 
- ALTERAÇÕES NA FONAÇÃO: voz anasalada ou rinolalia; 
- DISPNEIA; 
- RONCO 
Na INSPEÇÃO podemos notar diferentes tipos de nariz: nariz 
reto, grego, aquilino e arrebitado. Possibilita também 
reconhecer as deformações de origem traumática (fraturas) ou 
decorrentes de destruição das cartilagens nasais. 
 
• Goma sifílica: provoca o nariz em sela com sua 
depressão em base; 
• Leishmaniose: pode destruir as narinas, lábio superior 
e pirâmide nasal, com aspecto de focinho de anta; 
• Hanseníase: aspecto leonino; 
• Hipotireoidismo: infiltração mixedematosa difusa; 
• Hipertrofia de vegetações adenoides: fácies adenoides 
devido uma respiração bucal permamente, com boca 
entreaberta, lábio superior levantado, fisionomina 
inexpressiva; 
• Rinoscleroma: infiltração hipertrófica e densa na 
mucosa nasal; 
EXAME FÍSICO: 
EXAME FÍSICO: 
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Já na PALPAÇÃO podemos reconhecer as crepitações e 
desnivelamentos, assim como volume e consistência de 
tumorações e pontos dolorosos, podendo ser traço de uma 
sinusite. 
Já na RINOSCOPIA, devemos colocar a cabeça para trás de 
forma inclinada para uma boa iluminação. Avaliar as 
mucosas que normalmente são avermelhadas, úmidas. 
A presença de secreção é importante para o diagnóstico. 
Avaliar o septo e eventuais estruturas anormais como 
crostas, pólipos, neoplasias, corpo estranho. 
EXAME DA CAVIDADE ORAL E LARINGE: 
Em sinais e sintomas podemos ter dor de garganta, dispneia, 
disfalgia, tosse e halitose. 
A faringocospia é o exame realizado na cavidade bucal. 
Normalmente, utiliza-se um abaixador de língua para examinar 
a orofaringe. 
Lembrar que o abaixador nunca deve ir para o terço posterior 
da língua, pois irá despertar o reflexo nauseoso. A finalidade 
desse exame é avaliar as amigdalas que podem ser: 
pediculadas, hiperplásicas, atróficas, intravélicas. 
Além de observar os tipos anatômicos, observamos possíveis 
exsudatos purulentos ou massas caseosas em direção à 
cavidade faríngea. 
Logo após, procuramos perturbações da motilidade do véu 
palatino (hora de pedir ao paciente para falar “aaaaa”). Se 
observamos uma paralisia do véu pela ausência de elevação, 
possivelmente teremos uma voz anasalada. 
Para finalizar temos a pesquisa dos linfonodos de cabeça e 
pescoço. 
 
Após isso, vamos para laringe... 
É realizado por intermédio da laringoscopia, com o espelho e a 
luz é possível observar as cordas vocais (coloração branca) que 
fica nitidamente perceptível na mucosa rósea da laringe. 
Na inspiração as pregas se afastam e durante a fonação (pedir 
para falar um i ou e) aproximam-se ao mesmo tempo que a 
epiglote levanta. Essa seria a laringoscopia indireta. 
A laringoscopia direta, consiste em introduzir um tubo no interior 
da laringe através da faringe, com paciente em decúbito dorsal, 
cabeça

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