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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO – UNIVASF
CURSO SUPERIOR DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
PROJETOS PSICOSOCIAIS – II PERÍODO
JUVENTUDE E TRABALHO
PETROLINA/PE
2017
AMANDA LIMA
DANIELLY FERNANDES
KARLA MAIA
OSÉIAS
RÉURY JOICY
VALDEMI ANDRADE
JUVENTUDE E TRABALHO
Professora 
PETROLINA/PE
2017
1. INTRODUÇÃO
 Pesquisas nacionais têm mostrado que o trabalho está entre os principais assuntos que mais mobilizam o interesse dos jovens. O trabalho também é por eles indicado como um dos direitos mais importantes de cidadania, assim como um dos direitos essenciais dos quais deveriam ser detentores. Vale dizer que a centralidade do trabalho para os jovens não advém tão-somente do seu significado ético, ainda que este seja relevante, mas resulta também, e sobremaneira, da sua urgência enquanto problema: 
(...) é, sobretudo enquanto um fator de risco, estabilizador das formas de inserção social e do padrão de vida, que o trabalho se manifesta como demanda urgente, como necessidade, no coração da agenda para uma parcela significativa da juventude brasileira. Ou, de outra forma, é por sua ausência, por sua falta, pelo não trabalho, pelo desemprego, que o mesmo se destaca. (GUIMARÃES, 2004, p.12).
A Constituição Federal/88 em seu art. 227, afirma que: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
As mudanças nas relações de trabalho, que são decorrentes de um processo de reestruturação produtiva, têm assumido papéis contraditórios no que diz respeito à inserção das pessoas, principalmente os jovens, no mundo do trabalho. O surgimento das novas tecnologias nos processos industriais possui determinadas exigências de qualificação profissional que tornaram tal processo mais rígido. Decorrente disso, há exigências de novas demandas nos aspectos relacionados à educação para e no trabalho, o que também tem implicado diretamente na necessidade de desenvolvimento de políticas educacionais que possuem como objetivo a inserção de pessoas no mercado.
Essa realidade tem influenciado significativamente a implementação de políticas públicas específicas para a juventude e ganhou ainda mais força partir da entrada em vigor da chamada Lei da Aprendizagem, Lei 10.097/2000.
Dowbor (1996) afirma que a educação brasileira se caracterizou pela inexistência de instrumentos técnicos para ser competente na linha profissional, e ainda frágil para ser transformadora, distanciando-se, portanto, dos processos de transformação econômica e social. Evidencia-se no Brasil o distanciamento das redes de ensino, objetivos e conteúdos educacionais, consolidando a separação da educação para o trabalho e a educação para a cidadania, quando deveria instrumentalizar os estudantes para uma efetiva participação, tanto no âmbito político quanto produtivo.
A vigência da Lei da Aprendizagem nº 10.097/20003 marca um período de inovações significativas no âmbito da qualificação profissional e da educação para e no trabalho. Nesse conjunto, destacam-se as ações de ampliação da obrigatoriedade de contratação de pessoas para todos os tipos de estabelecimentos/organizações – não mais se restringindo aos setores industrial e comercial – e a possibilidade de oferta dos chamados cursos de aprendizagem por Entidades Filantrópicas e Institutos Federais de Educação, quando os cursos ou vagas ofertadas pelo chamado Sistema S (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC); Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP); Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR)) forem insuficientes para atender a demanda ou não estiverem ligados aos setores de atuação das organizações demandantes.
No ano de 2008 foi criado o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), contemplando pessoas de 18 a 29 anos que não finalizaram o Ensino Fundamental e envolvendo jovens de diferentes identidades e espaços de participação.
Ainda mais recentemente, em 2011, entrou em vigência o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) com a sanção da Lei nº 12.513/2015, que tem por objetivo ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica, expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio continuada ou qualificação profissional presencial e a distância.
2. CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA ADOLESCÊNCIA:INFLUÊNCIA DA ESCOLA E DO TRABALHO
Sarriera (2003) pontua que, a necessidade do jovem assumir compromissos colocando-se diante à vida adulta expressa profunda mudança de seu papel no mundo, levando-o a questionamentos e incertezas, próprias da "crise da identidade" na adolescência, proposta por Erikson. O jovem desenvolve sua identidade ao tomar decisões ocupacionais de modo mais racional e sistemático, marcado pela exploração vocacional e autoconfiança. À medida que tem oportunidades, reduz as possibilidades, decidindo por uma profissão de seu interesse e compatível com suas aptidões. (SARRIERA, 2003). Percebe-se dessa forma, que o desenvolvimento da identidade pessoal, tem íntima relação com a escolha vocacional, em consonância com os interesses e habilidades do adolescente. (SARRIERA, 2003)
Por possibilitar um sentido de participação e utilidade, entende-se que o trabalho pode ser estruturante da identidade se proporcionar ao jovem um sentido de vida, facilitando escolhas profissionais à medida que possa ser fonte de informações e aprendizagem, permitindo também novos contatos sociais, ampliando a rede de amizades e a social. (SARRIERA, 2003). Há uma controvérsia apontada na relação trabalho-escola diante do fato de, por um lado, profissionais da saúde, educadores, psicólogos e especialistas em segurança do trabalho pontuarem danos potenciais que o trabalho precoce pode causar ao crescimento e desenvolvimento da criança, no que diz respeito a aspectos biopsicossociais e atraso na escolarização, devido à frequente repetência e evasão escolar. Já por outro lado, a própria comunidade onde estão inseridos e os mesmos, menores trabalhadores, interpretam o trabalho infantil e do adolescente como positivo para formação educativa do cidadão. (FISCHER, 2001)
Fischer (2001) observa que o futuro coloca-se como um ideal a ser conquistado, em função da capacidade do jovem de assegurar sua própria formação através da escola formal, na medida em que o grau de escolarização é reconhecido pelos jovens como pressuposto para empregabilidade, bem como identificam na formação um diferencial de competitividade, diante das dificuldades de colocação que existem no mercado de trabalho. A associação do sucesso profissional ao estudo representa para muitos jovens o caminho para a melhoria das condições de vida.
Analisando o trabalhar-estudar afirmam-se alguns conteúdos da representação sobre o trabalho, presentes entre jovens estudantes, trabalhadores e não-trabalhadores. A contradição diz da presença da dimensão das consequências do trabalho para a escolarização, tais como maior cansaço, falta de tempo para o estudo, atrapalhar o estudo etc., ao lado da dimensão moral do trabalho, associando valores e também afirmando vantagens a ele, como maior maturidade do aluno trabalhador, necessidade de construção de futuro e resultante aprendizado. 
Para muitos jovens, a relação trabalho-escola diz de (FISCHER, 2001): Trabalho parece funcionar como mecanismo de legitimação de valores sociais hegemônicos.
 A escola parece ter o poder de libertar assegurando um futuro diferente. Trabalho cumpre função associada à sobrevivência. A escola funciona como instância de saber e de criatividade;
Ambos, trabalho e escola, estãoestreitamente ligados às possibilidades ou impossibilidade de futuro de crianças e adolescentes. Fischer (2001) observa a crença na escola como instituição capaz de transferir saber e possibilitar melhor futuro para crianças e adolescentes. Observou-se também que, apesar do trabalho representar um risco para a escolarização, este é legitimado pelas representações dos próprios jovens, ora justificando-o, ora legitimando-o. 
3. LEI DA APRENDIZAGEM
A Lei da Aprendizagem, por meio da lei de número 10.097/2000, juntamente com o decreto Federal nº 5.598/2005, determina que as empresas de médio a grande porte devem possuir uma porcentagem equivalente a 5% e 15% de jovens aprendizes em trabalho e/o estágio, sendo que estes demandem alguma função dentro da empresa.
3.1. O QUE É UM APRENDIZ?
Segundo a Lei da Aprendizagem, um jovem Aprendiz é aquele que está estudando em uma instituição pública ou privada e trabalhando ao mesmo tempo. Neste meio termo o jovem irá receber uma formação única para a profissão em que está se especializando.
Um jovem aprendiz, para poder se cadastrar, precisa estar estudando tanto no fundamental ou no ensino médio e estar matriculado em uma escola técnica conveniada com a empresa em que irá exercer trabalho. É possível conferir algumas empresas que em área nacional oferecem vagas para aprendizagem.
 3.2. O QUE É A APRENDIZAGEM?
A aprendizagem é a área de uma instituição destinada a formar um jovem na área técnica. É aplicada a jovens e adolescentes, desenvolvida entre meio ao trabalho e a educação.
A atividade que um jovem aprendiz irá desempenhar estará cadastrada em seu contrato de aprendizagem, tal contrato fechado entre o jovem, a instituição de ensino e a empresa.
A Lei da Aprendizagem, baseada na Lei de 8.069/90, art. 62 e também no art. 428, CLT, explicam organizadamente quais são as responsabilidades, tanto do aluno quanto da empresa, em relação as atividades desempenhadas.
3.3. QUAIS AS EMPRESAS QUE SÃO APTAS A RECEBER UM JOVEM APRENDIZ?
Um jovem aprendiz pode e deve ser aceito em qualquer tipo de empresa que tenha no mínimo 7 empregados. Esta quantia mínima de empregados está descrita no artigo 429 da CLT.
É opcional a contratação de jovens aprendizes por algumas empresas, sendo elas:
• Microempresas (ME’s);
• Empresas de Pequeno Porte (EPP’s);
• Empresas cadastradas no SIMPLES Nacional;
• Empresas sem fins lucrativos (ESFL’s).
É importante também observar as leis dispostas na CLT para demais empresas opcionais ou particularidades em alguma empresa em potencial.
No caso das ESFL’s que possuem por objetivo a educação profissional, não precisam participar do programa Jovem Aprendiz, sendo que elas mesmas podem contratar jovens aprendizes sem que estes precisem ser contratados por outras empresas.
3.4. CONTRATO DA APRENDIZAGEM
Caso um jovem aprendiz esteja cadastrado em uma empresa que no futuro vire uma EPP ou uma ME, a empresa precisa reavaliar o seu contrato e dessa forma deixar que o jovem conclua seu tempo de aprendiz, caso seja de gosto do mesmo. Importante informar que não há multa rescisória para jovens aprendizes, ou seja, o jovem pode deixar a empresa sem pagar multa.
Um contrato de aprendizagem possui algumas peculiaridades em relação a contratações de outras empresas. A primeira peculiaridade em relação ao contrato que, de acordo com a Lei da Aprendizagem, terá duração máxima de dois anos sendo que o jovem pode deixar a empresa à qual participa da aprendizagem em qualquer momento.
O contrato também pré-estabelece que o jovem aprendiz terá direito a CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), assim como salário mínimo baseado em suas horas de trabalho e demais direitos trabalhistas como qualquer funcionário de uma empresa.
Um jovem aprendiz terá também o direito do décimo terceiro salário (13º) e férias. Importante saber que estas férias empresariais devem ser feitas ao mesmo tempo que as férias escolares.
3.5. BENEFÍCIOS TRIBUTÁRIOS AOS JOVENS APRENDIZES
• Contribuição de apenas 2% de FGTS (75% menor que as contribuições padrões);
• Empresas do tipo “SIMPLES Nacional” que por algum motivo optarem a receber jovens aprendizes, não precisam fazer contribuição previdenciária;
• No caso de Dispensa de Aviso Prévio o jovem será completamente remunerado;
• Não há multa rescisória, isenção total.
4. ÍNDICES NACIONAIS
4.1. TAXA DE ANAFALBETISMO 
Em 2013, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada, no Brasil, em 8,5%, o que corresponde a 13,3 milhões de pessoas. Em relação ao ano anterior, houve redução de 0,2 ponto percentual, quando a taxa de analfabetismo era de 8,7%. Houve redução de 11,8 mil analfabetos em um ano.
Gráfico 1. Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2013.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012-2013.
4.2. TAXA DE ATIVIDADE
A taxa de atividade é a percentagem das pessoas economicamente ativas (de um grupo etário) em relação ao total de pessoas (do mesmo grupo etário).
Em 2013, a população em idade ativa3 foi estimada em 156,6 milhões de pessoas. Nesse universo, cerca de 102,5 milhões, ou 65,5%, compunham a população economicamente ativa do País, enquanto a população não economicamente ativa totalizava 54,1 milhões de pessoas, ou 34,5%. Frente a 2012, os crescimentos da população em idade ativa, da população economicamente ativa e da população não economicamente ativa foram de 1,6%, 1,0% e 2,9%, respectivamente. A taxa de atividade, indicador que mede a proporção de pessoas em idade ativa que estavam na força de trabalho, foi de 65,5%, apontando estabilidade em relação a 2012, quando a taxa havia sido de 65,9%. Em relação a 2008, quando era de 68,6%, a queda do indicador foi de 3,1 pontos percentuais em cinco anos. A Região Nordeste permaneceu registrando a menor taxa de atividade dentre as cinco Grandes Regiões, 62,6%, enquanto as Regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram as maiores: 68,9% e 67,8%, nessa ordem.
Gráfico 2. Taxa de atividade das pessoas de 15 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2013.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012-2013.
4.3. TAXA DE EMPREGADOS
Em 2013, dos 59,7 milhões de empregados (exclusive trabalhadores domésticos), 80,4% estavam no setor privado. Dentre esses, 75,8% possuíam carteira de trabalho assinada. No conjunto de ocupados do setor público, predominavam os militares e funcionários públicos estatutários (61,0%). Esse setor contava ainda com 18,2% de empregados com carteira de trabalho assinada e 20,8%, sem carteira de trabalho assinada.
Gráfico 3. Distribuição percentual do total de empregados de 15 anos ou mais de idade, no trabalho principal da semana de referência, segundo o setor e a categoria do emprego no trabalho principal - Brasil - 2012-2013.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012-2013.
5. GERAÇÃO “NEM, NEM”
A geração “nem, nem” avançou no Brasil entre 2014 e 2015, o percentual de jovens que não estudam e nem trabalham passou de 20% para 22,5%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou através da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), que, entre 2014 e 2015, o percentual de jovens nessa situação aumentou de 20% para 22,5%. O que representa um em cada quatro jovens de 15 a 29 anos que estão nessa situação. A justificativa é bem variada entre eles, mas, para o professor de economia da Faculdade dos Guararapes, Roberto Ferreira, a verdadeira causa é a crise econômica que o País ainda está enfrentando.
“Se os pais perdem o emprego, tiram os filhos da escola. Consequentemente, eles perdem a chance de se preparar para o mercado de trabalho”, explica o professor Ferreira. “Se nem os pais, que estão há mais tempo em campo, conseguem emprego; quem dirá os filhos?”, indaga. Isso, como ele conclui, explica o número do ano passadoter sido o maior desde 2005 (quando a proporção era de 19,7%).
Um grande vilão para este aumento foi, também, o aumento na evasão escolar. A relação, segundo o professor Roberto Ferreira, é diretamente proporcional: quanto mais aumenta o número de jovens que saem da escola, mais aumenta o índice de “nem, nem”.
A faixa etária de 18 a 24 anos tem a maior incidência de jovens nessa situação, registrando 27,4% do número total. O grupo de 25 a 29 anos, por sua vez, representa 24,1%. “A partir daí dá para afirmar que não estudar nem trabalhar é uma característica dos jovens que deveriam ter concluído o ensino médio”, constata o professor Ferreira.
O percentual de homens que não estudavam nem trabalhavam cresceu de 11,1% em 2005 para 15,4% em 2015. Mesmo assim, a proporção de mulheres nessa condição ainda é muito superior (29,8%). Segundo o IBGE, os cuidados com a casa e filhos acabam sendo uma barreira para a entrada de muitas mulheres, como Talita, no mercado de trabalho.
5.1. GERAÇÃO “NEM, NEM, NEM”
Essa denominação engloba aqueles que não estudam, não trabalham e nem querem procurar emprego. Nesse caso, a proporção é ainda maior do que o ‘nem nem’. São 14,4% contra os 8,1% dos jovens entre 15 e 29 anos.
6. CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 - LEI DA APRENDIZAGEM
LEI No 10.097, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000.
	
	Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Os arts. 402, 403, 428, 429, 430, 431, 432 e 433 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passam a vigorar com a seguinte dação:
"Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos." (NR)
"..........................................................................................."
"Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos." (NR)
"Parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a freqüência à escola." (NR)
"a) revogada;"
"b) revogada."
"Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação." (NR) (Vide art. 18 da Lei nº 11.180, de 2005)
"§ 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica." (AC)*
"§ 2o Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora." (AC)
"§ 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de dois anos." (AC)
"§ 4o A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho." (AC)
"Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional." (NR)
"a) revogada;"
"b) revogada."
"§ 1o-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional." (AC)
"§ 1o As frações de unidade, no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão lugar à admissão de um aprendiz." (NR)
"Art. 430. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber:" (NR)
"I – Escolas Técnicas de Educação;" (AC)
"II – entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente." (AC)
"§ 1o As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados." (AC)
"§ 2o Aos aprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem, com aproveitamento, será concedido certificado de qualificação profissional." (AC)
"§ 3o O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas para avaliação da competência das entidades mencionadas no inciso II deste artigo." (AC)
"Art. 431. A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades mencionadas no inciso II do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a empresa tomadora dos serviços." (NR)
"a) revogada;"
"b) revogada;"
"c) revogada."
"Parágrafo único." (VETADO)
"Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada." (NR)
"§ 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica." (NR)
"§ 2o Revogado."
"Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar dezoito anos, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses:" (NR)
"a) revogada;"
"b) revogada."
"I – desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;" (AC)
"II – falta disciplinar grave;" (AC)
"III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou" (AC)
"IV – a pedido do aprendiz." (AC)
"Parágrafo único. Revogado."
"§ 2o Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do contrato mencionadas neste artigo." (AC)
Art. 2o O art. 15 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 7o:
"§ 7o Os contratos de aprendizagem terão a alíquota a que se refere o caput deste artigo reduzida para dois por cento." (AC)
Art. 3o São revogados o art. 80, o § 1o do art. 405, os arts. 436 e 437 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179o da Independência e 112o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Francisco Dornelles
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A questão do trabalho é uma das grandes preocupações dos jovens e também é, no campo das políticas públicas para a juventude. Existe uma convicção generalizada sobre o desenvolvimento de programas e ações que melhorem a situação atual, levando-se em conta o aumento da vulnerabilidade do jovem na sociedade, a limitada oferta de oportunidades, e as especificidades da condição juvenil contemporânea.
O desemprego entre os jovens brasileiros é significativamente superior ao do restante da população. Apesar das políticas já existentes de inserção destes no mercado de trabalho e incentivo a educação e capacitação, ainda existem jovens que, por sua vulnerabilidade social encontram-se fora deste contexto ficando classificados em uma geração que não estão na escola e nem no mercado de trabalho.
REFERÊNCIAS
Disponível em.Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Síntese de indicadores. Acesso em 19 de mar. de 2017.
Disponível em . Alguns aspectos da inserção de jovens no mercado de trabalho no Brasil. Acesso em 19 de mar. de 2017.
Disponível em. A Contribuição do Programa Jovem Aprendiz na Formação Profissional. Acesso em 19 de mar. de 2017. 
Disponível em . Políticas Públicas Educacionais E O Acesso Do Jovem Ao Mercado De Trabalho Acesso em 19 de mar. de 2017.
Disponível em . Lei 10.097 – Constituição Federal/88 – Lei da Aprendizagem. Acesso em 19 de mar. de 2017.
Disponível em . Art. 277 da Constituição Federal/88 – Acesso em 19 de mar. de 2017.
Disponível em. O que o mercado de trabalho exige do jovem? – Vídeo entrevista. Acesso em 20 de mar. de 2017.
CASTRO, J. A. & AQUINO, L. (orgs.). Juventude e Políticas Sociais no Brasil. Texto para Discussão N0 1335. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2008.
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