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Pesquisa academica-DIREITO processual civil III Professor Juliano Vieira Alves Aluno-pedro henrique carvalho da silva PESQUISA ACADÊMICA- 1. O que é distribuir um processo? R- Distribuir um processo é o ato formal pelo qual um processo é registrado e atribuído a um juiz ou a um tribunal específico para que seja analisado e julgado. 2. Quando ocorre o cancelamento da distribuição? (290) R- O cancelamento da distribuição, conforme o artigo 290 do CPC, ocorre principalmente quando há desistência da ação pelo autor ou quando o juiz identifica que a ação foi ajuizada de forma inadequada ou perante o juízo incompetente, desde que tais situações sejam verificadas antes da citação do réu ou do início do prazo para a contestação. 3. O que prevenção? R- A prevenção é um princípio que visa garantir que o mesmo juiz ou tribunal decida sobre questões relacionadas a um litígio, promovendo a continuidade, a coerência e a eficiência na administração da justiça. Isso evita a fragmentação e os conflitos de competência entre diferentes juízes ou tribunais para um mesmo caso. 4. O que é distribuição por dependência? (286) R- A distribuição por dependência é o procedimento pelo qual um novo processo é atribuído ao mesmo juiz ou tribunal que já está analisando um processo relacionado, com o objetivo de garantir a coerência e a eficiência na tramitação de casos interligados 5. Quais os princípios da distribuição? (289, 285 e 286) R- Entre os principais princípios estão:Imparcialidade, Aleatoriedade, Prevenção,Especialização,Celeridade E Transparência: 6. O que é conclusão? R- No contexto jurídico, o termo "conclusão" refere-se ao momento em que um processo ou um ato processual é formalmente submetido ao juiz para decisão. É a etapa em que o juiz recebe todos os elementos necessários para tomar uma decisão final sobre o caso, ou sobre uma questão específica dentro do processo 7. O que é o princípio da colegialidade? R- O princípio da colegialidade refere-se à tomada de decisões por um grupo de juízes ou magistrados, em vez de um único juiz. Esse princípio promove imparcialidade, qualidade nas decisões e prevenção de erros, garantindo que as decisões judiciais sejam discutidas e avaliadas de forma coletiva e abrangente. A colegialidade é aplicada em tribunais superiores, tribunais regionais, câmaras, turmas, comissões e júris, assegurando que o processo decisório seja mais robusto e justo. 8. Em que consiste a direção formal e material do processo pelo relator? R- A direção formal e material do processo pelo relator envolve o controle tanto dos aspectos procedimentais quanto substantivos do processo. A direção formal refere-se à gestão dos aspectos administrativos e processuais, como prazos e organização, enquanto a direção material abrange a análise do mérito do caso, a proposta de decisões e a elaboração de relatórios. Ambas as funções são essenciais para garantir a eficiência, imparcialidade e qualidade das decisões judiciais. 9. O que é uma decisão monocrática? R- Uma decisão monocrática é uma decisão judicial proferida por um único juiz, sem a participação de um colegiado. Esse tipo de decisão é comum em primeira instância e para questões urgentes ou interlocutórias em tribunais superiores. As decisões monocráticas são importantes para garantir eficiência e celeridade no processo judicial, e podem ser revisadas por colegiados quando necessário. 10. Qual a diferença entre “não conhecer de recurso” e “negar provimento a recuso”? R- Em resumo, "não conhecer de recurso" ocorre por questões processuais que impedem a análise do mérito, enquanto "negar provimento" implica uma análise do mérito onde se decide que a decisão original deve ser mantida. 11. Quais as possibilidades da tutela provisória recursal? Explique-as. R- A tutela provisória recursal tem como objetivo fornecer proteção imediata ou medidas urgentes enquanto um recurso está pendente. As principais possibilidades são: • Tutela Provisória de Urgência: Para situações que exigem ação rápida para evitar danos irreparáveis. • Tutela Provisória de Evidência: Quando o direito alegado é claro e evidente, dispensando análise detalhada. Essas medidas visam garantir que os direitos das partes sejam protegidos até que uma decisão definitiva seja tomada pelo tribunal competente. 12. Explique os fundamentos possíveis para que um relator não conheça de um recurso (932, III). R- O relator pode optar por não conhecer de um recurso por diversas razões processuais, incluindo: • Ir regularidades formais,Inadmissibilidade do recurso,Falta de interesse recursal,Carência de legitimidade ou interesse,Ausência de preparo,Preclusão temporal ou lógico,Falta de fundamentação,Impropriedade do recurso Essa decisão implica que o tribunal não analisará o mérito do recurso, e a decisão original permanecerá em vigor. 13. Quais as hipóteses que autorizam o relator a decidir um recurso monocraticamente? R- O relator pode decidir monocraticamente em situações como: • Decisões de mérito cautelares ou liminares: Quando é necessário agir com urgência. • Rejeição sumária: De recursos manifestamente improcedentes ou inadmissíveis. • Manutenção de decisões interlocutórias: De primeira instância quando não são recorríveis ou evidentes. • Questões processuais menores: Que não exigem deliberação colegiada. • Hipóteses previstas pela lei: Como a rejeição de admissibilidade de recursos ou concessão de tutelas provisórias. 14. O que a jurisprudência defensiva? Como o novo Código de Processo Civil impede esse fenômeno? R- Jurisprudência defensiva é um termo que se refere à prática dos tribunais de adotar decisões mais restritivas e conservadoras, frequentemente para evitar a sobrecarga do sistema judiciário, proteger o princípio da segurança jurídica e limitar o impacto de decisões que possam criar precedentes amplos. Isso pode incluir a rejeição de recursos, a negação de pedidos de revisão ou a interpretação restritiva das leis. 15. Descreva como ocorre uma sessão de julgamento. R- Uma sessão de julgamento ocorre em várias etapas: Preparação: Organização e distribuição dos processos. Abertura: Presidência da sessão e registro da presença. Exposição: Relator apresenta o caso e os pareceres. Sustentação Oral: Advogados apresentam argumentos adicionais. Perguntas e Debates: Juízes fazem perguntas e discutem internamente. Votação e Decisão: Juízes votam e redigem o acórdão. Publicação: Decisão é publicada e notificada. Procedimentos Posteriores: Recursos ou cumprimento da decisão. 16. O que é a sustentação oral? Descreva sua disciplina no novo CPC. Advogado de outra cidade possui alguma prerrogativa nesse aspecto? (937, §4º). R- A sustentação oral é uma etapa no processo judicial onde os advogados têm a oportunidade de apresentar argumentos diretamente aos juízes durante a sessão de julgamento. É uma oportunidade para reforçar os pontos principais do caso, responder a perguntas dos juízes e destacar aspectos que podem não estar totalmente claros nos documentos processuais. 17. O que é uma preliminar? (938) R- Uma preliminar é uma questão processual levantada antes da análise do mérito do caso e pode abranger questões como a falta de legitimidade, incompetência do juízo, prescrição, e inépcia da petição inicial. No Novo CPC, as preliminares devem ser apresentadas na contestação e, se acolhidas, podem levar à extinção do processo sem exame do mérito. Elas são essenciais para garantir a eficiência e a ordem processual, além de proteger os direitos das partes. 18. O que é um voto vencido? R- Um voto vencido é a expressão de discordância de um ou mais juízes em relação à decisão majoritária de um colegiado. Embora não altere a decisão final, o voto vencido é importante para a transparência do processo decisório, para o desenvolvimento da jurisprudência e para garantirque todas as perspectivas sejam consideradas e registradas 19. O que é um pedido de vista? Descreva sua disciplina no novo CPC (940) R- Um pedido de vista é um mecanismo que permite a um juiz ou desembargador solicitar mais tempo para analisar um processo antes de proferir seu voto. No Novo CPC, o pedido de vista é regulamentado pelos artigos 942 e 943, que estabelecem a suspensão do julgamento, o prazo para devolução do processo e as regras para a análise e discussão subsequente. Esse procedimento contribui para uma decisão mais fundamentada e completa, garantindo que todos os aspectos do caso sejam cuidadosamente considerados. 20. O que é a alteração de um voto? Isso é possível? Explique (§1º 941 e 942, §2º) R- A alteração de voto é a modificação da opinião ou decisão previamente expressa por um juiz ou desembargador. No Novo CPC, a alteração é permitida antes da publicação do acórdão, permitindo que o relator e outros juízes ajustem seus votos com base em novas análises ou informações. Após a publicação, mudanças só podem ser feitas através de recursos processuais específicos. A possibilidade de alterar o voto contribui para garantir decisões mais precisas e justas. 21. Quais as implicações de um julgamento não unânime? Descreva o procedimento (942). R- Um julgamento não unânime é aquele em que há divergência entre os votos dos membros do colegiado. O art. 942 do CPC/15 estabelece que a decisão majoritária é a que prevalece e deve ser publicada com a indicação dos votos divergentes. O procedimento inclui o registro dos votos vencidos, a publicação da decisão majoritária e a possibilidade de alteração de voto até a publicação do acórdão. As implicações incluem a formação de jurisprudência baseada na decisão majoritária, enquanto os votos vencidos fornecem perspectivas alternativas e podem influenciar debates futuros. 22. Após a proclamação do resultado, quais as providências a serem tomadas? R- Após a proclamação do resultado, as principais providências são a elaboração e publicação do acórdão, a intimação das partes, a contagem dos prazos para interposição de recursos, o registro da decisão no sistema do tribunal, o cumprimento da decisão e a comunicação a órgãos competentes, se necessário. Essas etapas garantem que a decisão judicial seja formalizada, divulgada e implementada de acordo com a legislação e os procedimentos processuais.