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1 
 
 
 
 
2 
Olá, Alunos! 
 
Sejam bem-vindos! 
 
Esse material foi elaborado com muito carinho para que você 
possa absorver da melhor forma possível os conteúdos e se 
preparar para a sua 2ª fase, e deve ser utilizado de forma 
complementar junto com as aulas. 
 
Qualquer dúvida ficamos à disposição via plataforma 
“pergunte ao professor”. 
 
Lembre-se: o seu sonho também é o nosso! 
Bons estudos! Estamos com você até a sua aprovação! 
 
Com carinho, 
Equipe Ceisc ♥ 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
2ª FASE OAB | PENAL | 41º EXAME 
Direito Penal 
 
 SUMÁRIO 
Excludente de culpabilidade
1.1. Introdução ......................................................................................................5
1.2. Inimputabilidade .............................................................................................6
1.2.1. Introdução ...................................................................................................6
1.2.1. Da inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado ........................................................................................6
1.2.2. Consequências do reconhecimento da inimputabilidade .............................8
1.2.3. Da inimputabilidade por embriaguez proveniente de caso fortuito ou força 
maior .....................................................................................................................9
1.3. Menoridade penal .........................................................................................10
1.4. Falta de potencial consciência da ilicitude ....................................................11
1.4.1. Introdução .................................................................................................11
1.4.2. Erro de proibição .......................................................................................11
1.4.3. Efeitos: erro de proibição inevitável e evitável ...........................................12
1.4.4. Diferença entre erro de tipo e erro de proibição ........................................14
1.5.1. Introdução .................................................................................................15
15.5.2. Coação moral irresistível .........................................................................15
1.5.3. Obediência hierárquica ..............................................................................16
1.6. Como pode cair ............................................................................................18
 
 
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório 
para a 2ª Fase do 41º Exame da OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas 
aulas. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação 
pertinente. 
 
Bons estudos, Equipe Ceisc. 
Atualizado em julho de 2024. 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Excludente de culpabilidade 
 
Prof. Nidal Ahmad 
@prof.nidal 
1.1. Introdução 
Doutrinariamente, a culpabilidade é considerada um juízo de censurabilidade e 
reprovação social incidente sobre o fato e seu autor, como forma de se verificar a necessidade 
de aplicação de uma pena. 
Em outras palavras, quando pratica um fato típico e ilícito, o agente será submetido a 
um juízo de censura, que incide sobre a manifestação e exteriorização da vontade do agente, 
a fim de verificar a possibilidade de imposição de uma pena. 
Conforme a teoria normativa pura, admitida no nosso ordenamento jurídico, os 
elementos da culpabilidade são: a) a imputabilidade do agente; b) a potencial consciência da 
ilicitude; c) exigibilidade de conduta diversa. 
De outro lado, as causas excludentes de culpabilidade consistem na inimputabilidade, 
falta de potencial consciência de ilicitude e inexigibilidade de conduta diversa. 
 
*Para todos verem: esquema. 
E
X
C
L
U
D
E
N
T
E
S
 D
E
 C
U
L
P
A
B
IL
ID
A
D
E
INIMPUTABILIDADE
Doença mental - art. 26, CP
Embriaguez completa e 
acidental - art. 28, §1º, CP
FALTA DE POTENCIAL
CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE -
art. 21, CP
ERRO DE PROIBIÇÃO
INEXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
Coação moral Irresistível - art. 
22, CP
Obediêcia Hierárquica - art. 22, 
CP
6 
1.2. Inimputabilidade 
1.2.1. Introdução 
Embora o Código Penal não tenha definido o conceito de imputabilidade, afigura-se 
possível extrair as suas características a partir da definição das hipóteses de inimputabilidade, 
previstas nos arts. 26, caput, 27 e 28, § 1º, todos do CP. 
Para fins penais, pode-se considerar a imputabilidade como sendo a possibilidade de 
se atribuir a autoria ou responsabilidade por fato criminoso a alguém, maior de dezoito anos e 
com higidez mental, que revelou ter capacidade de compreensão em relação ao caráter ilícito 
do fato, bem como de se determinar de acordo com esse entendimento. 
O Código Penal prevê como causas de inimputabilidade: 
a) doença mental (CP, art. 26, caput); 
b) desenvolvimento mental incompleto (CP, arts. 26, caput, e 27); 
c) desenvolvimento mental retardado (CP, art. 26, caput); 
d) menoridade (CP, art. 27); e 
e) embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior (CP, art. 28, § 1º). 
 
1.2.1. Da inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado 
A doença mental compreende todas as alterações mentais ou psíquicas aptas a 
eliminar a capacidade de compreensão do agente, tanto de origem patológica, quanto as 
toxicológicas, como, por exemplo, a demência senil, psicose traumática, causadas por 
alcoolismo, psicose maníaco-depressiva, esquizofrenia, loucura, histeria, paranoia etc. 
Não constitui requisito indispensável que a doença mental seja de caráter permanente, 
podendo, portanto, ser transitória, desde que, ao tempo da conduta, em decorrência dessa 
enfermidade mental, o agente não reúna qualquer capacidade de compreensão ou 
determinação. 
Isso porque, conforme consta expressamente no art. 26, caput, do CP, a 
inimputabilidade deve ser verificada no momento da conduta. 
O critério adotado para aferir a inimputabilidade é o biopsicológico. Assim, além da 
doença mental, é necessário que, em consequência desse estado biológico, o agente seja, no 
momento da conduta, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
7 
Em outras palavras, a doença mental retira do agente a capacidade de discernir o certo 
do errado, de entender, por exemplo, que atentar contra a vida ou patrimônio de uma pessoa é 
ilícito, bem como impede que o agente consiga controlar sua vontade e seu impulso. Ou seja, 
retira totalmente do agente sua capacidade de compreensão e determinação. 
Em decorrência disso, o doente mental com total incapacidade de compreensão e 
determinação não reúne condições para suportar a fixação e execução de uma pena. Na 
verdade, o portador de doença mental se revela perigoso para si e para a sociedade, 
necessitando, conforme o caso, de internação em hospital de custódia ou tratamento 
ambulatorial. 
A segunda causa de inimputabilidade é o desenvolvimento mental incompleto. É o 
desenvolvimento que ainda não encontrou a plenitude, por conta da idade cronológica do 
agente ou à sua falta de convivência em sociedade, não tendo o agente, por isso, maturidade 
mental ou emocional. 
O desenvolvimento mental incompleto abrange os menores de 18 anos e os silvícolas 
inadaptados ao convívio social. 
Em relação aos menores de 18 anos de idade, a inimputabilidade gera presunção 
absoluta, não admitindo prova em contrário, sem prejuízo, à evidência, de instauração de 
procedimento para apuração de ato infracional no Juizado da Infância e Juventude, com 
eventual aplicação de medida socioeducativa. 
A doutrina também apontacomo exemplo o silvícola inadaptado, assim considerado 
como sendo aquele afastado da civilização e das regras de convívio social, arraigado à sua 
cultura de forma a ignorar ou não reunir qualquer capacidade de compreensão ou determinação 
em relação à ilicitude do fato. 
Todavia, o fato de o agente ser índio, ainda que aparentemente não integrado, não 
gera, por si só, a presunção de inimputabilidade. Com efeito, no caso do indígena, afigura-se 
recomendável, considerando o caso concreto, a realização do exame antropológico, a fim de 
ser verificado o grau de adaptação e compreensão das regras de convívio social e, por 
conseguinte, em relação à ilicitude do fato. 
A terceira causa de inimputabilidade contida no art. 26, caput, do CP, é o 
desenvolvimento mental retardado, consistente na incompatibilidade com a fase da vida em 
que se encontra o agente, já que abaixo do desenvolvimento mental inerente à sua idade 
cronológica. 
8 
Diante da sua peculiar condição, o agente com desenvolvimento retardado não reúne 
aptidões cognitivas, de linguagem, motoras e sociais para compreender o caráter ilícito da sua 
conduta. Estão inseridos na expressão “desenvolvimento mental retardado” os oligofrênicos 
nas suas mais variadas formas, como, por exemplo, a idiotice, imbecilidade e debilidade mental, 
bem como as pessoas que, por ausência ou deficiência dos sentidos, possuem deficiência 
psíquica. 
 
1.2.2. Consequências do reconhecimento da inimputabilidade 
Em relação à inimputabilidade pela enfermidade mental, o agente será processado e 
julgado normalmente, mas, ao final, o juiz não poderá proferir sentença condenatória. Isso 
porque ausente a culpabilidade, pressuposto para a aplicação da pena. 
Nesse contexto, uma vez verificado que o agente praticou um fato típico e ilícito, sendo, 
ao final, considerado inimputável por conta da sua enfermidade mental, o juiz deverá proferir 
sentença absolutória imprópria, com base no artigo 386, VI, do CPP, aplicando medida de 
segurança, consistente em internação em hospital de custódia ou tratamento ambulatorial, nos 
termos do artigo 386, parágrafo único, inciso III, do Código de Processo Penal. 
• Pergunta recorrente 
Cabe absolvição sumária pela inimputabilidade pela doença mental após resposta à 
acusação? 
Na peça resposta à acusação, o artigo 397, II, do CPP inviabiliza que o juiz absolva 
sumariamente o réu, porque teria de aplicar medida de segurança (internação em manicômio). 
Isso prejudicaria o réu, porque seria internado sem lhe fosse viabilizado provar em audiência 
de instrução a sua inocência. Ou seja, se proferir sentença de absolvição sumária, aplicando 
medida de segurança, sem permitir que produza outras provas da sua inocência em audiência 
de instrução, o juiz prejudicará o réu. Além disso, para se aferir a inimputabilidade exige 
produção de provas. 
Nesse caso, o juiz deverá designar audiência de instrução e julgamento e, se não for 
possível absolver o réu por outro fundamento, aí sim o juiz poderá proferir sentença absolutória 
imprópria, com base no artigo 386, VI, do CPP c/c art. 386, parágrafo único, III, do CPP, 
aplicando medida de segurança, consistente em internação em hospital de custódia ou 
tratamento ambulatorial (art. 97 do CP). 
 
9 
1.2.3. Da inimputabilidade por embriaguez proveniente de caso fortuito ou força 
maior 
Embriaguez é a intoxicação aguda e transitória causada pelo álcool ou qualquer 
substância de efeitos análogos, sejam eles entorpecentes (morfina, ópio), estimulantes 
(cocaína) ou alucinógenos (ácido lisérgico), capaz de levar à exclusão da capacidade de 
entendimento acerca do caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
Nos termos do art. 28, II, do CP, a embriaguez voluntária ou culposa não exclui a 
imputabilidade penal. Isso significa dizer que aquele que ingerir bebida alcoólica, de forma 
voluntária ou culposa, poderá ser responsabilizado criminalmente, se praticar um fato típico e 
ilícito. Assim, se o agente, depois de passar várias horas ingerindo bebida alcóolica 
voluntariamente, pegar o seu veículo e, por conta da ausência de reflexos, acaba colidindo com 
outro veículo, causando a morte de uma pessoa, responderá, a princípio, pelo crime de 
homicídio culposo na condução de veículo automotor (CTB, art. 302). 
A inimputabilidade pela embriaguez, com a excludente de culpabilidade, ocorre quando 
se tratar de embriaguez completa e acidental, nos termos do que dispõe o art. 28, § 1o, do CP. 
Logo, a embriaguez deve decorrer de caso fortuito ou força maior e, em decorrência disso, 
deixar o agente, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Logo, não basta a embria-
guez acidental, sendo, ainda, necessário que, em decorrência da ingestão de substância 
alcoólica ou de efeitos análogos, o agente tenha ficado, ao tempo da conduta, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito da sua conduta ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
A embriaguez é acidental quando não voluntária nem culposa. Pode ser proveniente 
de caso fortuito ou força maior. 
No caso fortuito, o sujeito desconhece o efeito inebriante da substância que ingere, ou 
quando, desconhecendo uma particular condição fisiológica, ingere substância que possui 
álcool (ou substância análoga), ficando embriagado. É o caso do agente que está tomando 
determinado medicamento e ingere bebida alcóolica. A conjugação do medicamento e da 
bebida alcoólica potencializa o metabolismo do agente, a ponto de deixá-lo embriagado. É 
também o caso do agente que ingere determinada bebida sem saber que nela foi colocada uma 
substância capaz de lhe retirar os sentidos, deixando-o embriagado, como, por exemplo, o 
chamado “boa noite cinderela”. 
10 
É o caso, ainda, do agente que ingeriu, sem saber, bebida alcoólica, pensando tratar-
se de medicamento que costumava guardar em uma garrafa, e perdeu totalmente sua 
capacidade de entendimento e de autodeterminação. Em seguida, entrou em uma farmácia e 
praticou um furto. Nesse caso, será isento de pena, por estar configurada a sua 
inimputabilidade. 
Na força maior, o agente é obrigado a ingerir bebida alcoólica. Não desejando se 
embriagar nem de se exceder culposamente, o agente é forçado a ingerir bebida alcoólica. É o 
caso, por exemplo, do trote acadêmico de péssimo gosto em que os veteranos obrigam, forçam 
os calouros a ingerirem bebida alcoólica. 
A natureza jurídica da sentença que acolhe a inimputabilidade pela embriaguez 
completa a acidental é absolutória propriamente dita, sem, portanto, aplicação de qualquer 
medida de segurança. 
Quando a embriaguez acidental, proveniente de caso fortuito ou força maior, é 
incompleta, não há exclusão da imputabilidade. Isso porque, em decorrência da embriaguez, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, o agente, ao tempo da conduta, não possuía a 
plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. Ou seja, tinha capacidade de compreensão ou determinação, mas reduzida. A 
sentença será condenatória, mas o agente, por ter a capacidade de compreensão ou 
determinação reduzida, também terá a pena reduzida de um a dois terços, nos termos do art. 
28, § 2º, do CP. 
A embriaguez preordenada, ou dolosa, evidentemente não exclui a imputação. Pelo 
contrário, não só enseja a responsabilização criminal do agente, como também constitui 
circunstância agravante, devendo ser considerada pelo magistrado na segunda fase da fixação 
da pena, conforme se extrai do art. 61, II, l, do CP. 
1.3. Menoridade penal 
Para os menores, o CP adotou o sistema biológico. O CP prevê a presunção absoluta 
de inimputabilidade. 
Nos termos do art. 27 do CP, os menores de 18 anos são inimputáveis. Ao praticar um 
fato típico e ilícito, não respondem por crimepor ausência de imputabilidade, que exclui a 
culpabilidade. 
Logo, o menor não tem legitimidade para figurar no polo passivo da ação penal, razão 
pela qual, se estiver no início da ação penal, a de- núncia deve ser rejeitada, com base no artigo 
11 
395, II, do CPP. Se a ação penal já estiver em tramitação, inclusive com instrução realizada, 
será caso de nulidade do processo, nos termos do artigo 564, II, do CPP. 
 
1.4. Falta de potencial consciência da ilicitude 
1.4.1. Introdução 
Nos termos do artigo 21 do Código Penal, o desconhecimento da lei é inescusável. Não 
se mostra possível, portanto, o agente acusado de uma infração penal alegar desconhecimento 
da lei para se eximir da aplicação da lei penal. A partir da publicação da lei no Diário Oficial, há 
presunção absoluta acerca do seu conhecimento. 
O desconhecimento da lei não se confunde com a falta de potencial consciência da 
ilicitude. A primeira guarda relação com o desconhecimento do seu texto legal, dos seus 
detalhes, ao passo que a segunda se caracteriza pela ausência de conhecimento que a conduta 
desenvolvida é ilícita. É nesse contexto que surge o instituto do erro de proibição. 
 
1.4.2. Erro de proibição 
Como vimos, a possibilidade de o agente adquirir a consciência da ilicitude do fato 
constitui um dos elementos da culpabilidade; pode, no entanto, acontecer de o agente 
desenvolver uma conduta supondo ser permitida ou lícita, quando, na verdade, é penalmente 
proibida, faltando-lhe a potencial consciência da ilicitude do fato. 
Surge, nesse cenário, o erro de proibição que, ao fim e ao cabo, constitui um erro sobre 
a ilicitude do fato, para usar a expressão adotada pelo art. 21 do CP. 
Com efeito, o agente desenvolve uma conduta conhecendo a realidade fática que o 
cerca, tem consciência sobre o fato que está pra- ticando; erra, no entanto, quanto à ilicitude 
do fato praticado. Considera estar praticando fato permitido, mas movido por uma falsa 
percepção acerca do caráter ilícito do fato típico praticado, faltando-lhe, em razão disso, a 
potencial consciência da ilicitude do fato. 
Exemplo: Uma mulher estrangeira, em visita ao nosso País, grávida de dois meses e 
proveniente de país que não coíbe o aborto, ingeriu substância abortiva acreditando não ser 
proibido fazê-lo no Brasil. A mulher não incorre em erro sobre a situação fática nem sobre 
qualquer elemento do tipo que define o crime de aborto (CP, art. 124). Ou seja, tem consciência 
que está ingerindo substância abortiva, com a finalidade de interromper a gravidez; erra, 
contudo, quanto à ilicitude do fato praticado. Supõe ser lícita a conduta, quando, na verdade, é 
penalmente proibida no Brasil. 
12 
Outro exemplo: Depois de jantar num restaurante, Francisco, homem de pouca 
cultura, percebeu que lá havia esquecido seu celular e voltou para pegá-lo, mas não mais o 
encontrou. Considerando que o dono do restaurante era responsável pelo seu prejuízo e 
acreditando ter o direito de fazer justiça pelas próprias mãos, tomou para si objetos 
pertencentes ao estabelecimento, suposta- mente de valor igual ao seu prejuízo. Francisco não 
incorre em erro sobre a situação fática nem sobre qualquer elemento do tipo que define o crime 
de exercício arbitrário das próprias razões (CP, art. 345), mas em relação à proibição da sua 
conduta. Tem pleno conhecimento de que estava se apossando de objetos pertencentes ao 
dono do restaurante, errando, contudo, quanto à ilicitude do fato praticado. Supõe ser lícita a 
conduta, quando, na verdade, é penalmente proibida no Brasil. 
 
1.4.3. Efeitos: erro de proibição inevitável e evitável 
a) Erro de proibição inevitável, escusável ou invencível 
No erro de proibição inevitável, escusável ou invencível, o agente, mesmo que tivesse 
empregado as diligências ordinárias, considerando-se suas características pessoais, não teria 
a possibilidade de adquirir a consciência da ilicitude do fato praticado, ou seja, de verificar que 
se trata de conduta ilícita. 
Adotando-se um critério mais objetivo para aferição da inevitabilidade do erro de 
proibição, pode-se utilizar como parâmetro o conceito de erro de proibição evitável fornecido 
pelo próprio Código Penal. Nos termos do art. 21, parágrafo único, do CP: “Considera-se 
evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe 
era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência”. 
Nesse contexto, se o erro de proibição evitável reúne a característica de ser possível, 
nas circunstâncias, ao agente ter ou atingir a consciência da ilicitude, forçoso concluir que o 
erro de proibição inevitável é aquele em que o agente atua ou se omite sem a consciência da 
ilicitude do fato, quando não lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 
Em outras palavras, ainda que tivesse empregado as diligências necessárias, 
considerando sua condição pessoal, não seria possível ao agente a atingir a consciência da 
ilicitude do fato praticado. 
Diante do avanço tecnológico e da facilidade de acesso às informações, atualmente se 
revela de difícil incidência a hipótese de erro de proibição inevitável. Há, de fato, diversos 
mecanismos e instrumentos para se alcançar a consciência da ilicitude do fato, reduzindo 
sobremaneira o alcance do erro de proibição inevitável. 
13 
De todo modo, podemos citar alguns exemplos, que, em tese, poderiam se enquadrar 
na hipótese de erro de proibição indireto. 
Exemplo: Um telejornal de alcance nacional informa, de forma equivocada, a 
aprovação da lei que autoriza a eutanásia de doentes em estágio terminal. Não havendo 
nenhuma razão para duvidar da veracidade da notícia, o agente se dirige até o hospital e desliga 
os aparelhos que mantinham vivo um ente querido, que se encontrava sofrendo com a doença 
que o acometia e em estágio terminal, causando-lhe a morte. Praticou fato típico e ilícito, mas 
lhe faltou potencial consciência da ilicitude, incidindo o erro de proibição inevitável, cuja 
consequência será a exclusão da culpabilidade. Note-se que, diante das circunstâncias do 
caso, ainda que empregando diligência normal, o agente teria incorrido em erro quanto à licitude 
do fato praticado, já que a notícia havia sido veiculada em telejornal de grande alcance, não 
havendo qualquer razão para duvidar da veracidade da informação. 
O erro de proibição inevitável, escusável ou invencível exclui a culpabilidade do agente, 
por força da falta de potencial consciência de ilicitude. Com efeito, nos termos do art. 21, 1ª 
parte, do CP, “O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena”. 
b) Erro de proibição evitável, inescusável ou vencível 
O critério de aferição do erro de proibição inescusável, vencível ou evitável encontra-
se no parágrafo único do art. 21 do CP, segundo o qual “considera-se evitável o erro se o agente 
atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas 
circunstâncias, ter ou atingir essa consciência”. 
O erro de proibição inescusável ou evitável ocorre quando o erro sobre a ilicitude do 
fato não se justifica, pois, se tivesse empregado um mínimo de esforço para se informar, o 
agente poderia ter adquirido a consciência da ilicitude do fato praticado. 
Nesse diapasão, alguém que reside na zona urbana, com amplo acesso aos meios de 
informações, não pode alegar erro inevitável em face da acusação pelo porte de munição. De 
fato, se reconhecido o erro de proibição, certamente será evitável, já que era possível ao 
agente, diante das circunstâncias, de, com um mínimo de esforço, atingir a consciência da 
ilicitude da sua conduta. 
Tratando-se de erro de proibição evitável, inescusável, vencível, não haverá isenção 
de pena ou exclusão da culpabilidade, o agente será condenado, mas, ao final, o juiz, na terceira 
fase da fixação da pena, deverá diminui-la de um sexto a um terço. 
Imaginemos que Samara recebia apensão previdenciária da sua mãe, depositada 
mensalmente em sua conta bancária, em virtude de ser procuradora dela. Após a morte da sua 
14 
mãe, Samara continuou recebendo a pensão, supondo que, por ser filha da beneficiária, esse 
benefício passaria diretamente para ela. Trata-se de erro de proibição evitável, porque seria 
possível, com um mínimo esforço, alcançar a percepção da ilicitude de sua conduta. Assim, 
Samara responderia pelo crime de apropriação indébita, incidindo, na hipótese de condenação, 
a causa de diminuição da pena prevista no art. 21, caput, do CP. 
Em síntese, no erro de proibição inevitável, incide causa de exclusão da culpabilidade, 
sendo o agente isento de pena. No erro de proibição evitável, inescusável, vencível, não haverá 
isenção de pena ou exclusão da culpabilidade, devendo o agente responder pelo delito, e, se 
condenado, ter a pena diminuída de um sexto a um terço. 
 
1.4.4. Diferença entre erro de tipo e erro de proibição 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
CAUSA 
EXCLUDENTE DE 
CULPABILIDADE 
CAUSA 
EXCLUDENTE DE 
TIPICIDADE 
ERRO DE TIPO
PORTAR ARMA DE 
FOGO VERDADEIRA, 
SUPONDO SER DE 
BRINQUEDO
AGENTE NÃO SABE O 
QUE FAZ
SE SOUBESSE, NÃO 
INCORRERIA EM ERRO, 
POIS SABE SER 
CONDUTA ILÍCITA
SE ERRO 
FOR 
INVENCÍVEL, 
EXCLUI O 
DOLO E A 
CULPA E O 
FATO SERÁ 
ATÍPICO
SE O ERRO 
FOR VENCÍVEL, 
EXCLUI O DOLO 
E O AGENTE 
RESPONDE 
POR CULPA SE 
A CONDUTA 
TIVER 
PREVISÃO NA 
MODALIDADE 
CULPOSA
ERRO DE PROIBIÇÃO
CIDADÃO AMERICANO 
PORTAR ARMA DE 
FOGO NO BRASIL 
SUPONDO SER 
CONDUTA LÍCITA
AGENTE SABE O QUE 
FAZ
SUPÕE QUE SUA 
CONDUTA É LÍCITA
SE ERRO 
FOR 
INEVITÁVEL, 
HÁ ISENÇÃO 
DE PENA
SE ERRO 
FOR 
EVITÁVEL, HÁ 
REDUÇÃO DA 
PENA DE 1/6 
A 1/3
15 
1.5. Inexigibilidade de conduta diversa 
1.5.1. Introdução 
A exigibilidade de conduta diversa é o terceiro elemento da culpabilidade. O agente, ao 
praticar a infração penal, frustra a expectativa da sociedade, pois era lhe exigido conduta 
diversa daquela que deliberadamente adotou, ou seja, o agente poderia se comportar conforme 
o direito, mas optou por infringir a norma penal. 
De outro lado, quando não lhe era exigível comportamento diverso, não incide o juízo 
de reprovação, excluindo a culpabilidade. 
Nesse particular, as causas legais de exclusão da culpabilidade pela inexigibilidade de 
conduta diversa estão previstas no art. 22 do CP, consistentes na coação moral irresistível e na 
obediência hierárquica. 
15.5.2. Coação moral irresistível 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
Nos termos do art. 22 do CP, se o fato é cometido sob coação irresistível, somente o 
autor da coação é punido. 
Na coação moral, o agente coator, para alcançar o resultado desejado, emprega grave 
ameaça contra o coagido, que, por medo de suportar um mal grave contra si ou contra outrem, 
acaba realizando a conduta criminosa exigida. A coação empregada pelo agente vicia a vontade 
do coagido, retirando-lhe a exigência de se comportar de modo diferente. Nesse caso, em 
relação ao coagido, incide a causa de exclusão da culpabilidade decorrente da inexigibilidade 
de conduta diversa. 
 Exemplo: Imaginemos que, por meio de grave ameaça, Mauro é coagido a 
confeccionar e assinar um documento falso, sob pena de o seu filho ser assassinado. Trata-se 
de fato típico e ilícito, mas não culpável, uma vez que, embora praticado por agente imputável 
e consciente da ilicitude do fato, não lhe era, nas circunstâncias, exigível conduta diversa. De 
fato, o coagido tinha duas opções: confeccionar e assinar o documento falso ou se negar a 
fazê-lo e ter o seu filho assassinado. Ao optar por praticar a falsificação, não se pode atribuir 
Coação moral 
irresistível 
Coator Grave ameaça Coagido 
Fato típico 
ílícito 
Somente o coator 
responde pelo delito 
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ao agente juízo de reprovação, uma vez que somente praticou a conduta diante da grave 
ameaça do seu filho ser morto. 
Outro exemplo: Mário, gerente de banco, estava dentro de seu veículo juntamente 
com familiares quando foi abordado por um bandido armado, que ameaçou os ocupantes do 
veículo, exigindo de Mário o fornecimento de determinada senha para a realização de uma 
operação bancária, o que foi por ele prontamente atendido. Nessa situação, embora tenha 
contribuído para a prática da subtração de valores de contas bancárias, Mário não será 
responsabilizado criminalmente, diante da inexigibilidade de conduta diversa. 
Para ser reconhecida a causa excludente de culpabilidade pela inexigibilidade de 
conduta diversa, devem estar presentes o coator, o coagido e a vítima do crime praticado. 
Assim, no caso de um gerente de banco, obrigado por criminosos a entregar valores 
que se encontram no cofre que pode abrir, por conta da ameaça de morte do seu filho, que se 
encontra em poder de um comparsa, os envolvidos são os criminosos (coatores), o gerente do 
banco (coagido) e o próprio banco, já que lesado no seu patrimônio (vítima). 
É possível, no entanto, a presença da excludente de culpabilidade com a presença de 
apenas duas pessoas, quando, por exemplo, o coator figurar como a própria vítima. 
Exemplo: Coagido, por conta da grave ameaça e sem outra forma de agir, mata o 
próprio coator. Note-se que, na hipótese, não se trata de legítima defesa, por conta da 
inexistência de agressão atual ou iminente, já que o coator se limitou a empregar grave ameaça. 
Quando o sujeito pratica o fato sob coação física irresistível, não praticará crime por 
ausência de conduta, aplicando-se o disposto no art. 13, caput, do CP. Trata-se de causa 
excludente da tipicidade. 
A coação moral deve ser irresistível. Tratando-se de coação moral resistível, não há 
exclusão da culpabilidade, incidindo uma circunstância atenuante (CP, art. 65, III, c, 1ª figura). 
 
1.5.3. Obediência hierárquica 
A hierarquia guarda relação com Direito Público, ou seja, com agentes públicos. Para 
que os serviços públicos sejam prestados com eficiência, há necessidade de ser estabelecida 
uma estrutura hierárquica em que as ordens são emanadas dos escalões superiores para 
serem cumpridas pelos agentes subordinados, integrantes dos escalões menores da estrutura 
administrativa. 
17 
E, como regra, as ordens emanadas dos superiores hierárquicos devem ser cumpridas 
pelos subordinados, sob pena, inclusive, de constituir infração funcional, sujeita a sanções de 
ordem administrativa. 
Assim, o subordinado, ainda que não concorde com a ordem, deverá, a princípio, 
cumpri-la. É nesse cenário que surge a exclusão da culpabilidade por força da obediência 
hierárquica, uma vez que, diante de uma ordem não manifestamente ilegal, não seria exigível 
do subordinado conduta diversa, que não seja cumpri-la. 
Destarte, a obediência hierárquica decorre da conduta do subordinado que, por força 
de ordem não manifestamente ilegal emanada por superior hierárquico, prática fato típico e 
ilícito. Trata-se de exclusão da culpabilidade, consistente na inexigibilidade de conduta diversa, 
prevista no art. 22 do CP. 
No caso de a ordem não ser manifestamente ilegal, embora constitua fato típico e 
antijurídico, o subordinado não será culpável, em face da inexigibilidade de conduta diversa. 
Diante das circunstâncias, não seria possível exigir do subordinado conduta diversa, sob pena, 
inclusive, de, desobedecendo ordem não manifestamente ilegal, responder a procedimento 
disciplinar. 
Nesse caso, o subordinado será isento de pena, ao passo que o superior hierárquico 
responderá pelo resultado produzido pelo executor. É o que se extrai do art. 22 do CP. 
Imaginemos que um Delegado de Polícia Civil, mesmo sabendo que o mandado de 
busca e apreensão regularmente expedido se encontra com prazo de cumprimento expirado, 
ordena que Fernanda, policial civil recém-empossada, se dirija até a residência de um suspeito 
e cumpra o mandado. Sem desconfiar que a diligência era ilegal, uma vez que determinada porautoridade superior, Fernanda se desloca até a casa do suspeito, apresenta o mandado de 
busca e apreensão, e ingressa na residência, mesmo sem a autorização do morador. Trata-se 
de uma ordem ilegal, já que o mandado de busca e apreensão já não tinha validade, mas, 
considerando as circunstâncias, tratando-se de policial recém-empossada, pode-se cogitar da 
hipótese de que essa ordem não é manifestamente ile- gal. Assim, embora tenha praticado fato 
típico e ilícito, Fernanda não será culpável, pois atuou por força de uma ordem não 
manifestamente ilegal emanada de superior hierárquico. Nesse caso, somente o superior 
hierárquico responderá pelo crime previsto no art. 22 da Lei nº 13.869/20191. 
1 “Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas 
dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas 
em lei: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste 
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Se a ordem for manifestamente ilegal, tanto o superior hierárquico, quanto o 
subordinado responderão pelo delito praticado. Nesse caso, para o superior hierárquico incide 
a agravante genérica descrita no art. 62, III, 1ª parte, do CP. E, em relação ao subordinado, 
aplica-se a atenuante prevista no art. 65, III, c, do CP. 
Pedro, funcionário público do Tribunal de Justiça, tem a responsabilidade de registrar 
em um livro próprio do cartório os procedimentos que estão há mais de 10 dias conclusos, 
permitindo o controle dos prazos por parte de advogados. O juiz responsável, buscando evitar 
que terceiros soubessem de sua demora, determina que Pedro deixe de registrar diversos 
processos que estavam conclusos para sentença há vários meses. Apesar de ter conhecimento 
de que a conduta não era correta, Pedro cumpriu a ordem, já que partiu de seu superior 
hierárquico. Nesse caso, como se trata de ordem manifesta- mente ilegal, tanto Pedro quanto 
o juiz deverão responder pelo crime de falsidade ideológica (CP, art. 299), podendo incidir em 
favor do subordinado a atenuante prevista no art. 65, III, c, do CP, e em desfavor do superior 
hierárquico a agravante do art. 62, III, do CP. 
 
1.6. Como pode cair 
Pode cair em questões dissertativas e na peça, pois são teses absolutórias, já que 
constituem causas de exclusão da ilicitude. 
Como tratam de causas de exclusão da culpabilidade: 
 
 
 
 
 
 
 
artigo, quem: I – coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas 
dependências; II – (VETADO); III – cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou 
antes das 5h (cinco horas).” 
• Se for resposta à acusação: absolvição sumária, com base no artigo 397, II, 
do CPP. 
• Se for memoriais ou apelação no procedimento comum: absolvição, com base 
no artigo 386, VI, do CPP. 
• Se for memoriais ou recurso em sentido estrito no procedimento do júri: 
absolvição sumária, com base no artigo 415, IV, do CPP. 
 
 
 
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