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Aula 06: Parada Cardíaca Importância do Coração O coração é essencial para o funcionamento do nosso corpo, sendo o responsável por bombear o sangue para todo o organismo. Ele desempenha duas funções principais: 1. Bombeamento do sangue: O coração faz com que o sangue circule por todos os órgãos, levando oxigênio e nutrientes. 2. Remoção de impurezas: Ele também tem a função de remover impurezas do sangue, como o dióxido de carbono. Camadas do Coração O coração é composto por três camadas: 1. Endocárdio: Camada interna do coração. 2. Miocárdio: Camada do meio, responsável pela contração do coração. 3. Epicárdio: Camada externa do coração. Partes do Coração O coração possui quatro partes principais: 1. Átrios (superiores). 2. Ventrículos (inferiores). o Válvulas: Permitem a comunicação entre os átrios e os ventrículos, abrindo e fechando. Exemplos: válvula tricúspide (direita) e válvula mitral (esquerda). Tipos de Circulação 1. Circulação pulmonar (ou pequena circulação): Ocorre entre o coração e os pulmões, onde o sangue recebe oxigênio. 2. Circulação sistêmica (ou grande circulação): Ocorre entre o coração e os tecidos do corpo, distribuindo oxigênio e coletando o dióxido de carbono. Parada Cardíaca e Parada Respiratória Parada Cardíaca: O coração para de bater. Caso não seja realizada a reanimação, pode levar à morte. Parada Respiratória: Os pulmões deixam de funcionar, interrompendo a respiração. Se não tratada, pode evoluir para uma parada cardíaca. Parada Cardiorrespiratória: Combinação de ambas as paradas, onde tanto o coração quanto os pulmões param. A Importância do Pulso O pulso é a forma de verificar a circulação sanguínea. Em uma parada cardíaca, a pessoa pode ter um pulso fraco ou ausente. Existem diferentes áreas para medir o pulso: Pulso Radial: Localizado no pulso, é o mais comum de ser verificado. Pulso Femoral: Na região da virilha. Pulso Braquial: Na parte interna do braço. Identificando a Parada Cardíaca A principal forma de identificar uma parada cardíaca é pela ausência de pulso. Logo após a parada, pode-se sentir um pulso fraco (pulso débil), mas eventualmente, ele desaparece. Parada Respiratória A parada respiratória ocorre quando os pulmões deixam de funcionar, impedindo a respiração. Caso não seja tratada, pode levar à parada cardíaca. Conclusão: É fundamental entender como o coração e os pulmões trabalham para garantir o bom funcionamento do corpo. A interrupção de qualquer uma dessas funções (circulação ou respiração) pode levar a graves complicações, como a parada cardiorrespiratória, e é essencial que se saiba como reagir a esses eventos, realizando manobras de reanimação adequadas. O coração é uma bomba que necessita de contração relaxamento para promover a circulação o sangue realizando a oxigenação do nosso corpo e promovendo a distribuição dos nutrientes necessários ao nosso metabolismo. Como Realizar o Atendimento em Caso de Suspeita de Parada Cardíaca: Passo a Passo 1. Verificação da Vítima: o Ao encontrar uma pessoa com suspeita de parada cardíaca, o primeiro passo é tentar obter uma resposta da vítima. o Chegue perto e chame a vítima de forma enérgica, tocando seus ombros, pelo menos 2 a 3 vezes. o Se não houver resposta, presuma que a vítima está em parada cardíaca. Não perca tempo tentando confirmar a condição, pois a cada segundo sem intervenção, as chances de sobrevivência diminuem. 2. Chamar por Ajuda: o A segunda ação é pedir ajuda imediatamente. Nenhuma outra medida terá impacto maior que isso. o Se houver pessoas ao seu redor, peça para alguém ligar para o serviço de emergência (Samu ou Bombeiros). o Caso não tenha ninguém por perto, ligue você mesmo para o número de emergência. 3. Início das Compressões Cardíacas (Massagem Cardíaca): o Posição da Vítima: Coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície rígida. o Local das Compressões: Identifique o centro do peito, na altura do osso esterno, logo abaixo da linha dos mamilos. o Realização das Compressões: Coloque as duas mãos, uma sobre a outra, e aplique compressões firmes e rápidas, pressionando o esterno para baixo cerca de 5 a 6 cm. o Ritmo das Compressões: As compressões devem ser realizadas a uma taxa de aproximadamente 100 a 120 por minuto. Isso significa cerca de 2 compressões por segundo. o Não Faça Sozinho: Se possível, peça para outras pessoas revezarem durante as compressões. Manter a eficiência das compressões é fundamental, e a fadiga de uma pessoa pode comprometer a qualidade do atendimento. 4. Respiração Boca a Boca: o Não é recomendado que leigos façam a respiração boca a boca. Além de ter um impacto limitado na recuperação, essa prática oferece riscos de transmissão de doenças infecciosas. o No caso de profissionais treinados, a respiração boca a boca pode ser considerada, mas para leigos, as compressões cardíacas isoladas são preferíveis. 5. Uso de Desfibrilador Automático Externo (DAE): o Se houver um desfibrilador automático (DAE) próximo, utilize-o imediatamente. o Funcionamento do DAE: Abra a caixa do aparelho. Coloque as duas pás adesivas nas áreas indicadas pelo dispositivo (geralmente no centro do peito e na lateral do tórax). O DAE irá analisar o ritmo cardíaco e determinar se é necessário aplicar um choque. Atenção antes de dar o choque: Certifique-se de que ninguém esteja tocando a vítima antes de apertar o botão para aplicar o choque, pois isso pode resultar em ferimentos graves. 6. Continue o Atendimento até a Chegada de Ajuda Profissional: o Caso a vítima não recupere a consciência ou não haja pulso, continue realizando as compressões cardíacas. o Revezamento nas compressões é fundamental para manter a eficácia. Troque de pessoa a cada 2 minutos, se possível. o Aparência do Pulso: Inicialmente, pode ainda haver um pulso fraco (pulso débil), mas com o tempo, ele desaparecerá. Se o pulso desaparecer, a vítima estará em parada cardíaca completa e as compressões devem ser mantidas. Visualizações Ilustrativas: 1. Localização das Compressões Cardíacas: 2. Uso do Desfibrilador Automático Externo (DAE): 3. Realizando Compressões Cardíacas: 4. Como Verificar o Pulso Radial: Conclusão: Em caso de suspeita de parada cardíaca, é vital que as ações sejam rápidas e eficazes. Chamando ajuda, realizando compressões cardíacas e, quando disponível, utilizando um desfibrilador, você pode aumentar significativamente as chances de sobrevivência da vítima. Lembre-se: o tempo é crucial! Bem-vindo ao INEM: Vamos aprender como realizar Suporte Básico de Vida (SBV) Primeiro, você verá como o processo é simples. Agora, vamos explicar passo a passo: 1. Garantir as condições de segurança: Antes de qualquer coisa, é essencial garantir que o local seja seguro. Elimine qualquer risco que possa afetar a segurança de todos, tanto sua quanto da vítima. 2. Abordar a vítima: Ao se aproximar da vítima, ajoelhe-se ao lado dela e tente verificar se ela está consciente. Faça isso chamando sua atenção e tocando levemente os ombros dela. Pergunte em voz alta: "Você me ouve? Está tudo bem?" 3. Verificar a respiração da vítima: Agora, é importante verificar se a vítima está respirando normalmente. o Exponha o peito da vítima e incline levemente a cabeça dela para trás. o Coloque dois dedos no queixo e uma mão na testa da vítima, para manter a cabeça inclinada. o Coloque seu rosto próximo ao rosto da vítima, observe seu peito e tente perceber, por 10 segundos, se ele sobe e desce, e se você sente ou ouve o fluxo de ar. Contagem: Conte até 10: "Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez." Se a vítima não estiver respirando normalmente, você deve agir imediatamente. 4. Ligar para o número de emergência (INEM): Se a vítima não estiver respirando, ligue para o númerode emergência e informe que se trata de uma emergência médica. Diga o local exato, fornecendo pontos de referência, se possível. Informe também que a vítima não está respirando. Responda todas as perguntas que forem feitas durante a chamada e só desligue quando for orientado. Exemplo de diálogo: "Bom dia, estou aqui nos jardins, em Sacavém, ao lado do Rio Tejo, perto do único quiosque existente. Tenho aqui um senhor de aproximadamente 60 anos que não está respirando." Operador INEM: "Você sabe como fazer Suporte Básico de Vida (SBV)?" Você: "Sim, sei." Operador INEM: "Ótimo! Você vai começar a realizar SBV e não vai parar até a chegada do socorro. Pode desligar agora." Em seguida, inicie rapidamente as compressões torácicas. 5. Iniciar as compressões torácicas: Posição da vítima: A vítima deve estar deitada de costas, sobre uma superfície rígida. Posição das mãos: Coloque as mãos no centro do peito da vítima. Técnica de compressão: Mantenha os braços esticados e perpendiculares ao corpo da vítima. Profundidade e ritmo: Comprime o peito da vítima de 5 a 6 cm, a uma taxa de 100 a 120 compressões por minuto. Não se preocupe com a fadiga; se houver alguém por perto, peça ajuda para revezar. 6. Realizar a ventilação (insuflação): Passos para insuflação: o Verifique se as vias aéreas estão desobstruídas. o Feche as narinas da vítima e selar os seus lábios ao redor da boca dela. o Realize uma insuflação (respiração boca a boca), garantindo que o ar entre de forma eficaz. o Após cada ciclo de 30 compressões, realize 2 insuflações. 7. Continue o ciclo: Mantenha o ciclo de 30 compressões e 2 insuflações até que a vítima comece a respirar normalmente, chegue ajuda diferenciada ou você fique exausto. Lembre-se: A emergência médica começa com você. Colabore com o INEM. Juntos, podemos salvar vidas! Resumo do Ciclo: Compressões: 30 compressões rápidas e profundas. Insuflação: 2 insuflações eficazes. Repita: Continue até que ajudas diferenciadas cheguem ou até que a vítima comece a respirar novamente. Este vídeo foi criado em parceria com: Primeiros Socorros - Ressuscitação Cardiopulmonar em Adultos Neste vídeo, você aprenderá como realizar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) após uma parada cardíaca em um adulto. Técnicas de Primeiros Socorros: 1. Verificação do estado de consciência: Se a pessoa perder a consciência, chame por ajuda imediatamente, caso esteja sozinho. Coloque a vítima deitada de costas em uma superfície plana. 2. Verificação da respiração: Verifique se a vítima está respirando normalmente: o Coloque uma mão na testa da vítima e os dedos da outra mão sob o queixo. o Incline a cabeça para trás e levante o queixo para abrir as vias aéreas. o Se você não observar movimentos respiratórios, não ouvir nada, nem sentir a respiração da vítima no seu rosto, isso indica que ela não está respirando. 3. Alerta aos serviços de emergência: Ligue para os serviços de emergência. Caso tenha um desfibrilador próximo, vá buscar o aparelho ou peça para outra pessoa trazê-lo. 4. Desfibrilador: Se houver outras pessoas por perto, ** peça para alguém buscar um desfibrilador**. 5. Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP): Na ausência de um desfibrilador, ou enquanto aguarda a chegada do equipamento, inicie a ressuscitação cardiopulmonar. Como realizar a RCP: o Coloque a base da palma de sua mão no centro do peito da vítima, sobre o esterno. o Coloque a outra mão sobre a primeira e entrelace os dedos. o Fique posicionado diretamente sobre o peito da vítima, com os braços esticados. 6. Compressões torácicas: Pressione o peito da vítima para uma profundidade de 5 a 6 cm (2 a 2,5 polegadas), usando ambas as mãos. Mantenha uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto (aproximadamente 1 compressão a cada segundo). 7. Respiração de resgate: Alterne as compressões torácicas com respirações de resgate (se você souber como realizá-las). Se não souber fazer a respiração boca a boca, faça somente as compressões torácicas. Para realizar a respiração boca a boca, não se esqueça de inclinar a cabeça para trás antes de cada insuflação. Verifique se o peito da vítima se expande após cada respiração. 8. Continue a RCP sem parar até que: A vítima comece a respirar normalmente, Ou até que os serviços de emergência cheguem, Ou até que um desfibrilador seja trazido ao local. Importante: Gasping (ofegante): Nos primeiros minutos após a parada cardíaca, a vítima pode respirar de maneira fraca ou fazer gasping (suspiros irregulares e ruidosos). Esses não devem ser confundidos com respiração normal. O gasp é um reflexo que pode ocorrer, mas não é considerado respiração eficaz. Resumo das Ações: 1. Verifique a consciência e a respiração. 2. Chame ajuda e, se possível, pegue um desfibrilador. 3. Inicie as compressões torácicas (30 compressões seguidas de 2 insuflações). 4. Continue até que a vítima respire normalmente ou até a chegada do socorro. A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é uma técnica vital que pode salvar vidas. Nunca deixe de agir!