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TESTE RESPONDA AO QUIZ E DESCUBRA SE VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA SE TORNAR UM FRANQUEADO DE SUCESSO
PASSOS FIRMES: Andrea Kohlrausch, à frente da Bibi Calçados, revela caminhos de resiliência, inovação e sustentabilidade
O GUIA DO PEQUENO E 
MÉDIO EMPREENDEDOR
PARADA OBRIGATÓRIA
O esgotamento físico e mental causado 
pela falta de descanso pode custar a 
vida da empresa e do empresário
O FUTURO DAS STARTUPS
Com inteligência artificial, open innovation 
e soluções deep tech, setor seguirá em alta
Totens carregadores unem 
utilidade e oportunidade ao criar 
novos espaços para publicidade
DIRETO NA TELA
MUITO ALÉM 
DO VERÃO
Especialistas 
apontam os 
setores com maior 
potencial de lucro 
e compartilham 
dicas para 
prosperar não 
apenas no verão
Com coragem e 
visão estratégica, 
FÁBIO LOUZADA 
acelerou no 
momento certo e 
transformou a Eu Me 
Banco Educação no 
maior ecossistema 
para profissionais do 
mercado financeiro 
do Brasil, com 
faturamento superior 
a R$55 milhões.
ACELERAR 
OU FREAR?
COMPREENDER O MOMENTO ATUAL DO SEU NEGÓCIO É 
CRUCIAL PARA TRAÇAR O CAMINHO: UMA ROTA RUMO AO 
SUCESSO OU UM DESVIO QUE LEVARÁ AO FRACASSO
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Telegram @clubederevistas
https://t.me/clubederevistas
Graciliano Ramos retrata a dura realidade do sertão nordestino 
em ‘Vidas Secas’, descrevendo a vida árida e implacável de uma 
família de retirantes. Uma obra-prima que choca e emociona, 
deixando uma marca indelével na alma de quem a lê.
Ou acesse www.escala.com.br
NAS LIVRARIAS
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Telegram @clubederevistas
Em um cenário econômico em 
constante mutação, marcado 
por incertezas e desafios 
inesperados, saber interpretar os 
sinais do mercado a fim de tomar 
decisões estratégicas é crucial para 
a sobrevivência e o sucesso do seu 
negócio. Ou seja, é preciso saber se o 
momento é ideal para acelerar o ritmo, 
investindo em expansão e inovação, ou 
se na verdade é melhor pisar no freio, 
para consolidar as conquistas e otimizar 
recursos. 
A matéria de capa desta edição pro-
põe exatamente essa reflexão, que vai 
ajudar você, empreendedor, a vencer 
esse dilema, fornecendo ferramen-
tas e insights para identificar o cami-
nho mais adequado ao seu negócio. 
Apresentamos análises de especialis-
tas, cases de sucesso e estratégias efi-
cazes com o intuito de navegar pelas 
turbulências do mercado e alcançar 
resultados expressivos. Mais do que 
uma simples escolha entre dois cami-
nhos, vamos contribuir para traçar uma 
rota segura rumo à vitória, evitando os 
desvios que podem levar à derrota.
Em Entrelinhas, ANDREA 
KOHLRAUSCH 1 , CEO da Calçados 
Bibi, empresa fundada por seu avô, 
vem se destacando em um ambien-
te corporativo predominantemente 
masculino. Encerrando um processo 
sucessório de sete anos, ela assumiu 
a liderança da empresa e reestruturou 
o franchising da marca, expandindo-a 
para 65 cidades no Brasil e internacio-
nalmente. Confira essa história. 
Em Deu Certo, DANILO LESSA 
RODRIGUES 2 conta como criou a 
Café Quilombo, marca que se destaca 
pela representatividade negra e pela 
sustentabilidade. Utilizando grãos ro-
busta do Congo e do Brasil, a empresa 
prioriza a baixa necessidade de agro-
tóxicos e a diversidade de cultivo, evi-
tando a monocultura. Conheça ainda 
a trajetória de MIRIAM MEILER E SUA 
FILHA, MAYARA ZOLKO 3 , proprie-
tárias da Suricake; elas produzem uns 
quadradinhos de wafer e chocolate so-
brepostos que se tornaram a nova ma-
nia gastronômica da capital paulista.
Agora vamos falar sobre o verão. Com 
a chegada dessa época, muitos em-
preendedores se perguntam quais 
negócios são mais lucrativos nesse 
período. Só vem à sua cabeça sorvete-
rias? Esqueça! Segundo especialistas, 
setores como turismo e lazer, moda 
praia e acessórios, alimentação leve e 
saudável, beleza e até o setor automo-
tivo também se beneficiam nesse perí-
odo. Confira em Mapa da Mina. 
Comece o ano com o pé direito e com 
a Gestão&Negócios recheada de dicas 
e estratégias para você bombar em 
2025. Vamos discutir sobre a importân-
cia de empreendedores descansarem 
e tirarem férias para oxigenar a mente 
e garantir melhor produtividade. Além 
disso, abordaremos as próximas ten-
dências, a divulgação em totens car-
regadores de celular, o que podemos 
esperar do novo ano para o mercado 
de startups e muito mais. 
Nossos articulistas também começa-
ram o ano dando uma injeção de âni-
mo e inspiração que você precisa para 
melhorar as estratégias do seu negó-
cio e caminhar rumo ao sucesso. 
Boa leitura, 
Juliana Klein
Editora
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ABRE ASPAS
Partir ou ficar
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Telegram @clubederevistas
SUMÁRIO 179
TIME DE COLUNISTAS SEÇÕES FIXAS
06_ RADAR CORPORATIVO
31_ FRANCAMENTE
41_ FALA, GESTOR!
58_ OPINIÃO
75_ CONVERSA AFINADA
76_ EXPRESSÃO
78_ SINAPSE
81_ GESTÃO&VOCÊ
82_ FECHA ASPAS
05_ TREINAMENTO&CARREIRA Luiz Marins
11_ GESTÃO&SUSTENTABILIDADE Danilo Maeda
19_ EDUCAÇÃO&FINANÇAS Maurício Galhardo
27_ EMPREENDER&LIDERAR Elias Awad
57_ INSPIRAÇÃO&EMPODERAMENTO Erika Pessôa
65_ DIVERSIDADE&INCLUSÃO Daniele Avelino
49_ LÁNAFIRMA Caio Barroso
ENTRELINHAS
12_ CALÇADOS BIBI
À frente de uma das maiores 
indústrias de calçados do Brasil, 
Andrea Kohlrausch demonstra 
como a combinação de resiliên-
cia, inovação e sustentabilidade 
torna-se a base da construção 
de um negócio de sucesso
DEU CERTO
16_ CAFÉ QUILOMBO
Um dos pilares da exportação 
brasileira desde o século 18, o ca-
fé ganha agora uma nova iden-
tidade com a marca Quilombo, 
que oferece grãos especiais 
cultivados e comercializados por 
empreendedores negros
54_ SURICAKE
Uma receita com mais de 50 
anos ressurgiu com o propósi-
to de conquistar os paladares 
paulistanos: quadradinhos de 
wafer e chocolate tornaram-se 
a nova sensação gastronômica 
da capital
MAPA DA MINA
20_ MUITO ALÉM
 DO VERÃO
Que tal manter o seu negócio 
aquecido mesmo quando o ve-
rão acabar? Especialistas reve-
lam estratégias para que empre-
sas com foco no período mais 
quente do ano continuem pros-
perando em todas as estações.
FRANQUIA
28_ VIVA O FRANCHISING
Quarto maior mercado de fran-
quias no mundo, o franchising 
brasileiro reflete brasilidade hu-
mana, resiliente e inovadora em 
22ª Convenção do setor
TESTE
42_ ESTÁ PRONTO?
O teste desta edição ajudará a identifi-
car seu nível de conhecimento sobre o 
mercado de franquias e se você já está 
preparado para investir nesse negócio
UP TO DATE
44_ POR UM FUTURO 
DISRUPTIVO 
Planejando combater a escassez 
de profissionais de TI, a iTalents e a 
Unyleya uniram-se para lançar um cur-
so de graduação a distância na área
UP TO DATE
48_ MERECIDO DESCANSO
As pausas e as férias são mais do que 
um respiro recomendado aos empre-
endedores: são essenciais para oxi-
genar a mente, renovar as energias e 
impulsionar a produtividade
DIGITAL
60_ PROPAGANDA CERTA
Totens carregadores de celular em 
lojas são uma inovação que aumenta 
o tempo de permanência dos clientes, 
criando um ambiente mais envolvente 
e favorável à conversão e fidelização
VIROU O JOGO
66_ DA PRISÃO AO SUCESSO
Após um período conturbado em sua 
vida, Murillo Carizzio deu uma gui-
nada, transformando sua trajetória e 
conquistando o sucesso no mundo do 
empreendedorismo
DIGITAL
68_ A BOLA DA VEZ
Especialistas apontam as tendências 
e o que podemos esperar de 2025 pa-
ra o setor de startups, segmento cada 
dia maiorTESTE RESPONDA AO QUIZ E DESCUBRA SE VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA SE TORNAR UM FRANQUEADO DE SUCESSO
PASSOS FIRMES: Andrea Kohlrausch, à frente da Bibi Calçados, revela caminhos de resiliência, inovação e sustentabilidade
O GUIA DO PEQUENO E 
MÉDIO EMPREENDEDOR
PARADA OBRIGATÓRIA
O esgotamento físico e mental causado 
pela falta de descanso pode custar ainicial: R$18 mil
Capital de giro: R$40 mil
Faturamento médio mensal: R$43 mil
Lucratividade média: 15%
Prazo de retorno de investimento:
de 20 a 24 meses
CUOR DI CREMA
Fundada em 2012, a Cuor di Crema oferece 
produtos 100% naturais, sem adição de 
aromatizantes, corantes e conservantes. São 
150 receitas usando matérias-primas nacionais 
e importadas. Hoje há 10 lojas, sendo 6 em São 
Paulo (entre capital e região metropolitana) e 
outras 4 nas capitais do Piauí, Ceará e Maranhão, 
além do Rio de Janeiro, em Angra dos Reis. 
 QUAIS OS PLANOS PARA 2025? 
Continuar o crescimento orgânico e ordenado, 
marcando presença nas principais regiões do 
País. Para o primeiro semestre, o projeto é avançar 
para Goiânia (GO), Santa Rosa (RS), Maceió 
(AL), Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ), além da 
expansão em Fortaleza, São Luís, Teresina e São 
Paulo capital. O objetivo é ultrapassar 25 unidades. 
 RAIO-X 
MODELO QUIOSQUE
Investimento inicial: a partir de R$475 mil
(inclui: taxa de franquia)
Taxa de franquia: R$70 mil
Estoque inicial: R$10 mil
Capital de giro: R$15 mil
Faturamento médio mensal: R$80 mil
Lucratividade média: 15%
Prazo de retorno de Investimento:
de 22 a 38 meses
Rodrigo Balotin, 
Alex Lin, Rogério 
Arcanjo, sócios 
da Bubble Mix.
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MILK CREAMERY
Fundada em 2017, em Curitiba, a marca serve gelatos 
artesanais italianos além de milk-shakes, sobremesas e 
rolls, sorvete tailandês preparado na hora em uma chapa 
a -25oC e servido em rolinhos.
De 2022 para cá, a Milk triplicou de tamanho, com 15 
franquias abertas e mais 7 confirmadas para serem 
inauguradas até o fim do primeiro semestre de 2025. 
O faturamento cresceu mais de 300% e a expectativa 
é fechar o ano com R$10 milhões. A rede, que em 2022 
faturou R$6 milhões, projeta fechar 2024 com uma 
receita de R$10,3 milhões. 
 QUAIS OS PLANOS PARA 2025? 
Chegar a 30 lojas, com um faturamento de R$15 milhões 
e maior presença na região Sudeste e Nordeste do Brasil. 
 RAIO-X 
Investimento inicial: a partir de R$299 mil 
(inclui: taxa de franquia) 
Retorno do investimento: a partir de 18 meses
Faturamento médio das operações: R$65 mil 
Lucratividade média: de 25% a 30%
Área mínima: 40 m² (a marca possui modelos de loja 
para shopping, rua e centros gastronômicos)
MARIA AÇAÍ 
O fundador Pedro Lazarotto percebeu em 2014 
que o açaí era pouco explorado no Sul do Brasil. 
Ele e seu cunhado investiram R$40 mil para abrir 
a primeira loja, Reserva Açaí, que se destacou por 
oferecer um produto diferenciado feito com açaí 
vindo diretamente do Pará. Em 2016, a franquia 
Maria Açaí foi criada e hoje conta com 70 franquias 
em seis estados, faturando R$504,2 milhões e se 
consolidando como referência no mercado.
 QUAIS OS PLANOS PARA 2025? 
Os planos da Maria Açaí para 2025 é continuar 
expandindo nas principais cidades das regiões 
Sul e Sudeste do País, chegando a um total de 120 
unidades até o final do ano. 
 RAIO-X 
MODELO CONTAINER
Investimento inicial: a partir de R$170 mil
Faturamento mensal: de R$60 mil a 80 mil
Tempo de retorno de investimento: 24 meses
A rede ainda conta com outras quatro possibilidades 
de modelos de franquias: tradicional, express (ideal 
para praças de alimentação), quiosques abertos ou 
fechados e o mais novo modelo da rede voltado 
para o atendimento self-service. 
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MAPA DA MINA
DONA HELP
A Dona Help nasceu em 2023, 
na cidade de João Pessoa/PB, 
e faz parte do Grupo Acuidar. A 
rede iniciou sua expansão pelo 
franchising em 2024 e tem como 
foco a prestação de serviços 
de limpeza para residências e 
empresas, tendo a qualidade e 
personalização como diferenciais. 
Entre os serviços da marca estão: 
limpeza em condomínios; limpeza 
pré e pós-evento; limpeza pós -
-obra; passadeira; cozinheira; 
piscineiro; motorista e copeiro. 
 QUAIS OS PLANOS PARA 2025? 
Para 2025, a Dona Help traçou 
um plano estratégico robusto, 
focado em áreas essenciais 
para impulsionar o crescimento 
e consolidar a posição de 
liderança no mercado de limpeza 
personalizada. O foco da franquia 
estará em quatro áreas-chave: 
expansão territorial, inovação e 
tecnologia, expansão nos canais 
digitais e participação em feiras e 
eventos do setor. 
 RAIO-X 
MODELO HOME BASED
Investimento inicial total: a partir 
de R$41 mil (inclui: taxa de franquia, 
capital de giro, taxa de instalação)
Taxa de franquia: R$25 mil (cidades até 
50 mil habitantes); R$35 mil (cidades 
até 200 mil habitantes); R$45 mil 
(cidades acima de 200 mil habitantes)
Investimento de instalação (+ 
equipamentos): R$6 mil
Royalties: 1 salário mínimo por 
mês para cidades com até 200 mil 
habitantes 
Capital de giro: R$10 mil
Taxa de publicidade: R$300,00 
mensais (isenção de 90 dias, a partir do 
curso de formação)
Taxa de software: R$200,00 mensais 
(isenção de 90 dias, a partir do curso 
de formação)
Número de funcionários: sem 
obrigatoriedade mínima de 
contratação 
Faturamento bruto médio 
mensal: R$100 mil 
Lucro líquido médio mensal: 30%
Prazo de retorno: de 10 a 14 meses
Prazo de contrato: 5 anos
MONABU 
Em 2022 as sócias Aline Campos 
e Vanea Aristimunho criaram uma 
marca própria de acessórios, como 
bolsas e cintos em couro, óculos de 
sol, brincos, colares, pulseiras, anéis 
e tornozeleiras. A empresa foi criada 
com o objetivo de empoderar 
mulheres por meio da autoestima, 
oferecendo um ambiente propício 
para explorar sua própria beleza. 
Além disso, a marca democratiza o 
acesso a produtos de alta qualidade, 
pois oferece um valor acessível. 
 QUAIS OS PLANOS PARA 2025? 
Em 2025 a expansão terá como 
prioridade a região Sudeste, com 
foco em 30 unidades iniciais.
Jessica Ramalho, fundadora e CEO da Dona Help.
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 RAIO-X 
Investimento: R$249 mil (com 
valor promocional para os 
30 primeiros franqueados – 
inclui: estoque inicial, taxa de 
franquia, mobiliários e layout).
Área mínima: 30 m²
Número de funcionários: 
mínimo 4
Faturamento mensal: R$125 mil
Lucro líquido por unidade: 
R$18 mil
Royalties: 7% sobre o CMV 
(custo de mercadoria vendida)
Fundo de publicidade:
2% sobre o CMV
Prazo de retorno:
de 13 e 18 meses
Prazo do contrato: 5 anos
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EMPREENDER&LIDERAR POR ELIAS AWAD
ELIAS AWAD É ESCRITOR, JORNALISTA E PALESTRANTE. APRESENTADOR E FUNDADOR DO PROGRAMA BIOGRAFIAS - TRAJETÓRIAS DOS 
PRINCIPAIS EMPREENDEDORES DO BRASIL NO CANAL YOUTUBE.COM/ELIASAWAD. E-MAIL: PALESTRAS@ELIASAWAD.COM.BR.
A sua história encanta?
“C ontar histórias de manei-
ra clara e convincente é 
requisito para uma car-
reira de sucesso. Quem busca se des-
tacar e liderar, precisa inspirar.”
Assim que li a frase acima, entendi que 
seria um belo tema para compartilhar 
com você. 
Claro, digo isso com experiência pró-
pria, de escritor e biógrafo, que me fez 
buscar conhecer e entender diferentes 
perfis de pessoas e encontrar o melhor 
caminho para extrair delas suas verda-
deiras histórias de vida. É comum ouvir 
dos meus biografados ou de pesso-
as próximas deles: “Eu não sabia que 
tinha vivido uma biografia tão intensa” 
ou “Não imaginava que fulano subme-
teu-se a tantas passagens na constru-
ção da trajetória”. 
Todos nós temos uma boa história 
para contar! Algumas são mais inten-
sas, outras menos; há aquelas mais 
emocionantes, outras nem tanto; tem 
biografias marcadas por extremos, 
enquanto já vivenciei histórias lineares, 
mas de grande valia.
Biografei empresários de atuação em 
praticamente todos os setores: indús-
tria, varejo, construção civil, educação, 
terceiro setor, agronegócio, esporte…Um deles, judeu-polonês, sobreviveu 
à Segunda Guerra Mundial e se tornou 
o rei do varejo; outro iniciou a traje-
tória empreendedora aos 60 anos e 
criou uma das principais indústrias de 
borrachas pneumáticas do Brasil e do 
mundo, com a produção de remendos, 
manchões e bandas de borracha; dois 
deles vierem de Portugal, sendo que 
um criou a maior empresa de logísti-
ca rodoviária do País e outro uma das 
principais redes de hotéis e resorts 
de eventos corporativos; outros dois 
se tornaram grandes educadores, um 
com a criação de uma das maiores 
redes de escolas de idiomas e outro 
com uma das principais universidades 
do Brasil; e também o maior cestinha e 
ídolo do basquete nacional.
Aqui então entra a sensibilidade de 
contar uma história… Mesmo tendo 
vivenciado tantas delas, escrevo agora 
meu 40º livro; entrevistei e conheci a 
trajetória de milhares de pessoas. Não 
posso contar a biografia de um vare-
jista no mesmo tom e enredo que a de 
um engenheiro, pois são perfis com-
pletamente diferentes. E será que a 
intensidade comportamental de um 
esportista é a mesma de um educa-
dor? Claro que não!
Por isso, reproduzo parte da reflexão 
que abre o texto: “Quem busca se des-
tacar e liderar, precisa inspirar”.
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Então, antes de querer contar a sua 
história, reviva cada passagem da sua 
vida, na infância, adolescência ou fase 
adulta. Pontue acontecimentos que 
realmente fizeram a diferença na sua 
vida. Registre pessoas que foram e 
são importantes na construção da sua 
trajetória. E “embrulhe” essas passa-
gens que representam a sua biografia 
num papel de presente “recheado” de 
sensibilidade, emoção e legado.
Ah… o importante é que, independen-
temente da história que você tenha 
para contar, ela seja transparente, 
verdadeira! Afinal quem fala a verda-
de, só precisa de uma única versão da 
própria história!
Feito isso, certamente você vai mo-
tivar, inspirar e transformar pes-
soas! Afinal: “Enquanto tivermos o 
dom da vida, faremos história to-
dos os dias…”. 
 27
“ENQUANTO 
TIVERMOS O DOM 
DA VIDA, FAREMOS 
HISTÓRIA TODOS 
OS DIAS…”
©1: SIBERIAN ART / ADOBE STOCK
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FRANQUIA
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É DO 
BRASIL
QUARTO MAIOR MERCADO DE FRANQUIAS NO 
MUNDO, O FRANCHISING BRASILEIRO REFLETE 
BRASILIDADE HUMANA, RESILIENTE E INOVADORA
 TEXTO DE MARÍLIA MARASCIULO
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do. “Viver o franchising é experienciá-lo, 
inovar e ousar. Pensar o franchising é lan-
çar uma visão de futuro sobre este setor 
tão vibrante, dinâmico, criativo e relevan-
te para o Brasil e para o desenvolvimen-
to socioeconômico do nosso País”, disse 
o presidente da ABF, Tom Moreira Leite, 
durante o discurso de abertura, que con-
tou também com uma palestra de Marcio 
Atalla, especialista em qualidade de vida, 
e show do cantor Silva. “Esse é momento 
de aprender junto com os outros, é o mo-
mento de trocar de ideias, fortalecer rela-
cionamentos e cultivar amizades”, com-
pleta Leite, definindo o tom dos quatro 
dias seguintes.
O aspecto humano dos relacionamen-
tos talvez seja o maior diferencial do fran-
chising brasileiro. Embora o País se desta-
que também por sua lei de franquias – uma 
norma única, referência global em segu-
rança jurídica –, é a cultura de proximida-
de entre franqueadores e franqueados que 
fortalece o setor. “Em alguns países, o mais 
comum é que a franqueadora ofereça um 
modelo de negócio, com orientações ini-
ciais, e o franqueado siga com a operação 
tendo pouco contato com a franqueadora”, 
explica o diretor de Marketing e Comuni-
cação da ABF, Rodrigo Abreu.
O franchising brasileiro caminha a 
passos largos usando sandálias 
Havaianas, perfumado com fra-
grâncias d’O Boticário e bem alimenta-
do com pratos-feitos do Giraffas, pães de 
queijo da Casa do Pão de Queijo e choco-
lates da Cacau Show. Brincadeiras à par-
te, essas são apenas algumas das franquias 
brasileiras conhecidas tanto no Brasil 
quanto no exterior. Mas o setor não para de 
crescer: com faturamento anual de R$251 
bilhões em 2024, taxa de crescimento de 
11,5% em relação ao ano anterior e gera-
ção de 1,6 milhão de empregos diretos, o 
franchising consolida-se como uma for-
ça motriz da economia brasileira. Quarto 
maior mercado de franquias no mundo, o 
franchising do País reflete ainda uma bra-
silidade humana, resiliente e inovadora.
Essas características destacaram-se na 
22ª Convenção do Franchising, realizada 
pela Associação Brasileira de Franchising 
(ABF) entre os dias 23 e 27 de outubro no 
Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba 
(BA). Com o tema “Viver e pensar o fran-
chising”, o evento reuniu mais de 600 par-
ticipantes, incluindo franqueadores, fran-
queados e fornecedores, em atividades 
com mais de 40 palestras sobre temas do 
mercado de franquias no Brasil e no mun-
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Essa proximidade também se manifes-
ta em um clima de camaradagem, mesmo 
entre concorrentes. Por exemplo, durante 
uma palestra sobre o futuro do marketing, 
João Branco, que liderou o marketing do 
McDonald’s Brasil, mencionou com humor 
as “dores de cabeça” causadas pelo concor-
rente Burger King, reconhecendo os méri-
tos da rede operada pela Zamp. “O que eu 
mais gosto é que aqui ninguém é concor-
rente, todo mundo se ajuda”, disse o funda-
dor da paranaense Anjos Colchões, Claudi-
nei dos Anjos, em uma conversa informal.
A ideia de cooperação foi reiterada pe-
la ginasta e medalhista olímpica Rebeca 
Andrade no encerramento da conferência. 
Para ela, esse espírito de parceria também 
existe no esporte: “Nessa Olimpíada, con-
seguimos mostrar que, apesar de querer 
estar em primeiro lugar, não precisamos 
desejar o mal da outra. E é muito bonito 
ver uma vibrando pela outra”.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
Esse ambiente de união não surgiu do 
dia para a noite – e exige esforço contínuo. 
Segundo a vice-presidente do Conselho de 
Associados da ABF, Cristina Franco, cons-
truir uma cultura de franchising íntegra e 
ética é um desafio permanente, e a asso-
ciação tem papel essencial nesse trabalho 
ao fomentar o diálogo, promover educa-
ção e boas práticas.
Em coletiva de imprensa, Cristina, Tom 
Moreira Leite e a diretora de capacitação 
da ABF, Claudia Vobeto, discutiram os de-
safios e as tendências do setor brasileiro. 
A alta dos juros, por exemplo, preocupa: a 
Selic passou de 10,75% para 11,25% entre a 
convenção e o início de novembro. Na vi-
são de Leite e do economista do Bradesco 
Constantin Jancsó, que analisou o cená-
rio econômico em uma das palestras, esse 
aspecto não só encarece financiamentos 
para franqueadores e franqueados, como 
afeta o consumo. Outro ponto crítico é a 
falta de mão de obra qualificada, especial-
mente em regiões menos desenvolvidas.
Paralelamente, uma tendência de in-
teriorização vem ganhando destaque. Se-
gundo um novo estudo baseado no fatura-
mento local das franquias, cidades do 
interior apresentam um crescimento 
significativo. Entre as dez primeiras no 
ranking de crescimento e faturamento, 
quatro não são capitais: Barueri, Uber-
lândia, São José do Rio Preto e Londri-
na. “As franquias se mostram cada vez 
mais capazes de se adaptar às diferentes 
regiões e localidades brasileiras, pro-
movendo o empreendedorismo e cola-
borando para o desenvolvimento local”, 
destaca Leite. Hoje, cerca de 60% dos 
municípios brasileiros têm franquias, e 
a expectativa é de expansão em pratica-
mente todo o território nacional.
O agronegócio também exerceu 
impacto positivo no franchising brasi-
leiro. Goiânia lidera o ranking de cres-cimento com 25,59%, enquanto cida-
des como Campo Grande e Uberlân-
dia registraram taxas elevadas graças 
ao setor. “A gente vê claramente um 
efeito riqueza acontecendo nesses po-
los, puxado pelo agronegócio. A partir 
do agro, você desdobra isso em desen-
volvimento imobiliário, desenvolvi-
mento do setor de serviços, viabili-
zando toda uma demanda local, que a 
gente vem percebendo já ao longo dos 
últimos anos”, afirma Leite.
Além disso, um fenômeno que 
vem transformando o franchising 
brasileiro é o aumento de multifranque-
ados – empresários que operam mais de 
uma franquia, seja da mesma marca, se-
ja de marcas diferentes. Nos últimos dois 
anos, a presença de empreendedores 
com múltiplas franquias subiu de 83% 
para 87%, com destaque para aqueles 
que operam multimarcas, que passaram 
de 52% para 61%.
Por fim, a digitalização, impulsionada 
pela inteligência artificial, é uma tendên-
cia de transformação para o setor de fran-
chising global. No Brasil, porém, criam-se 
mais oportunidades para levar produtos 
e serviços brasileiros ao mercado inter-
nacional, especialmente em marketpla-
ces. “O sistema de franchising brasileiro 
tem muito reconhecimento dentro do se-
tor mundial, dado seu porte e a solidez de 
sua regulação. Em termos de mercado, 
vemos uma potência muito grande para 
as marcas brasileiras”, afirma o diretor de 
Marketing e Comunicação da ABF.
Esse reconhecimento em potencial é 
identificado até por quem não atua direta-
mente no setor, mas compreende o valor 
da imagem do País. “O Brasil é muito caris-
mático e as pessoas gostam muito daqui”, 
observou a medalhista Rebeca Andrade. 
Aproveitar nossa brasilidade, afinal, 
pode ser o grande segredo para o fortale-
cimento do franchising brasileiro. 
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O franchising e uma 
reflexão estoica relacionada 
ao pilar ambiental do ESG
Neste artigo me propus a fazer 
uma reflexão estoica sobre o 
pilar ambiental do ESG, que nos 
convida a considerar nossa responsa-
bilidade em relação ao mundo natural, 
reconhecendo que nossas ações têm 
um impacto direto no meio ambiente. 
A conexão do tema ESG com a filoso-
fia estoica é evidente, pois o estoicismo 
preconiza, entre outros fatores, a impor-
tância da justiça, da virtude e da hones-
tidade em todas as ações, enfatizando 
que a verdadeira excelência nos negó-
cios e na vida está enraizada na prática 
constante dessas virtudes.
O estoicismo nos ensina a viver em har-
monia com a natureza, o que se traduz 
em práticas empresariais que promo-
vem a sustentabilidade e a conserva-
ção dos recursos. Implementar medidas 
como eficiência energética, redução do 
uso de plástico e programas de reci-
clagem não é apenas uma questão de 
conformidade regulatória, mas de ali-
nhamento com os princípios estoicos de 
prudência e justiça. Ao minimizar nosso 
impacto ambiental, agimos com sabe-
doria, preservando o equilíbrio natural e 
contribuindo para um futuro mais sus-
tentável, em harmonia com a natureza e 
o bem comum.
A reflexão estoica sobre o pilar social do 
ESG enfatiza a importância da justiça e 
da responsabilidade nas relações com as 
pessoas e as comunidades. O estoicismo 
nos ensina que o verdadeiro sucesso é 
alcançado não apenas pelo ganho pes-
treinamento em governança corporativa 
refletem a busca estoica por excelência 
e melhoria contínua. A boa governança, 
assim, torna-se um pilar fundamental 
para o sucesso sustentável, em que as 
ações são guiadas pela razão, pela ética 
e pelo respeito aos outros, alinhando os 
negócios com o bem comum.
O ESG cria valor duradouro para todos 
os stakeholders. Integrar práticas de ESG 
em uma rede de franquias é essencial 
para promover um impacto positivo sus-
tentável, que se alinha com os Objetivos 
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 
da ONU. Independentemente do tama-
nho da franquia, implementar estraté-
gias que respeitem o meio ambiente, 
promovam a justiça social e garantam 
uma governança sólida não só melhora 
a reputação da marca, mas também cria 
valor duradouro para todos os stakehol-
ders. A filosofia estoica, com seu foco 
na responsabilidade, justiça e sabedoria, 
serve como um guia valioso na aplica-
ção bem-sucedida do ESG, ajudando as 
franquias a florescerem de forma ética e 
sustentável. 
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RODRIGO ABREU É DIRETOR DE MARKETING E COMUNICAÇÃO E DA COMISSÃO ESG DA ABF. AUTOR DO LIVRO FRANCHISING ESTOICO.
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FRANCAMENTE POR RODRIGO ABREU
soal, mas pela contribuição positiva ao 
bem-estar dos outros.
Ao implementar políticas de diversidade, 
promover o treinamento e o desenvolvi-
mento profissional e apoiar a saúde e o 
bem-estar dos funcionários, as redes de 
franquias demonstram um compromis-
so com a equidade e o respeito à digni-
dade humana. Além disso, ao se envolver 
em programas de voluntariado e ampa-
rar comunidades locais, elas reforçam a 
ideia estoica de que somos parte de um 
todo maior. Ressaltam ainda que nossas 
ações devem sempre refletir um com-
promisso com o bem comum. Dessa 
forma, as práticas sociais não são apenas 
boas para os negócios, mas essenciais 
para a construção de uma sociedade 
mais justa e harmoniosa.
A reflexão estoica sobre o pilar de gover-
nança no ESG sublinha a importância da 
sabedoria e da justiça na gestão e admi-
nistração de uma empresa. O estoicis-
mo nos ensina que a liderança deve ser 
exercida com integridade, transparência 
e responsabilidade, princípios que são 
fundamentais para a construção de uma 
governança sólida.
Ao promover a transparência e a presta-
ção de contas, estabelecer um código de 
ética rigoroso, e incluir todas as vozes na 
tomada de decisões, as redes de fran-
quias não apenas garantem o cumpri-
mento das leis e regulamentações, mas 
também criam um ambiente de confian-
ça e cooperação. Além disso, o com-
promisso com auditorias regulares e o 
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DESCUBRA COMO 
ANALISAR O CENÁRIO, 
OS INDICADORES 
E AS TENDÊNCIAS 
PARA ACELERAR OS 
INVESTIMENTOS DA 
SUA EMPRESA OU 
CONTER OS RISCOS 
EM MOMENTOS DE 
INCERTEZA
 TEXTO DE CAROLINA TAVARES
PÉ NA 
TÁBUA 
OU MÃO 
NO FREIO?
NOSSA CAPA
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Em um cenário de constante trans-
formação, empreender no Brasil 
é como navegar em águas turbu-
lentas. A cada novo dia, surgem desafios 
e oportunidades que exigem dos empre-
sários a capacidade de se adaptar rapida-
mente e de tomar decisões estratégicas 
precisas. Então, como saber qual o cami-
nho a seguir em meio a tantas incertezas?
Só para ter uma ideia do dinamismo 
do mercado brasileiro, em setembro de 
2024, foram criados 349,5 mil novos pe-
quenos negócios, representando 96% de 
todos os CNPJs gerados no período e um 
crescimento de 17% em relação ao mes-
mo mês de 2023, segundo o Serviço Bra-
sileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-
presas (Sebrae) com base na Receita Fe-
deral. Ao longo do ano, já foram abertos 
3,3 milhões de empresas no País, sendo 
cerca de 3,2 milhões classificados como 
MEI, micro ou pequenas empresas.
Essa onda de empreendedorismo tam-
bém traz consigo um desafio: a alta taxa de 
mortalidade das empresas. Segundo dados 
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do próprio Sebrae, 29% dos Microempre-
endedores Individuais (MEIs) fecham as 
portas após cinco anos de atividade. Fal-
ta de planejamento, gestão inadequada e 
escassez de informações sobre o merca-
do estão entre os principais motivos que 
levam ao encerramento precoce desses 
negócios.
Assim como as startups enfrentam o 
temido “Vale da Morte”, micro e peque-
nas empresas também se deparam com 
momentos decisivos, relacionados a um 
período vulnerável em que qualquer 
ação tomada pode erguera organização 
ou quebrá-la de vez. Saber então a hora 
certa de acelerar ou pisar no freio é cru-
cial para superar os desafios e garantir a 
longevidade do negócio. 
O CEO e fundador do Grupo Eu Me 
Banco Educação, Fabio Andrades Lou-
zada, conta que o primeiro fator que 
considera importante avaliar antes de 
acelerar ou colocar o pé no freio do ne-
gócio é entender a sua “fome” como em-
preendedor e a sua capacidade de tomar 
riscos. “Existe uma máxima no mercado 
de investimentos de que quanto maior 
o risco, maior a capacidade de retorno 
– e isso vale para o empreendedorismo. 
Porém, além da fome, considero muito 
importante entender qual é o seu am-
biente. Tenho outros empreendedores 
que tiveram sucesso como mentores? 
Eu tenho referências que vão me auxi-
liar nessa jornada? Desde o início da mi-
nha caminhada como empreendedor, 
eu sempre tive mentores e isso me fez 
errar muito menos. Não precisa quebrar 
a empresa para aprender”, explica.
Para ele, é detectando esses aspectos 
que uma pessoa vai entender mais so-
bre o mercado e a capacidade de escalar. 
“Acredito muito na frase ‘se você não es-
tá crescendo, está morrendo’”, completa.
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MUITO ALÉM DO
CENÁRIO ECONÔMICO
O especialista em finanças e investimen-
tos Hulisses Dias acrescenta que a questão 
de frear ou acelerar tem a ver principal-
mente com o quanto o empreendedor con-
segue aumentar as vendas com um retorno 
acima do custo de capital. “Contabilmente, 
a gente deveria usar um indicador chama-
do Retorno Sobre Capital Empregado, cujo 
capital da empresa é o CDI mais 6%. Em 
uma linguagem mais simples, é até onde 
seu produto tem demanda e você consegue 
ser lucrativo”, explica.
Segundo o especialista, a conjuntura 
sempre será o comportamento do consu-
midor. “A gente tem o exemplo da XP, que 
disruptou o mercado financeiro durante 
o período da maior crise econômica vivi-
da pelo Brasil nos últimos 100 anos, pois 
a empresa tinha uma oferta salvadora que 
gerava valor para o cliente e isso era alta-
mente escalável, trazendo retorno acima 
do custo de capital”, recorda.
São exemplos como esse que mostram 
a importância de entender o mercado em 
que está inserido e as oscilações econômi-
cas e políticas, mas é essencial olhar por 
outro ângulo e entender também como o 
seu produto ou serviço soluciona a vida de 
alguém. O cenário econômico é um impor-
tante pilar do planejamento estratégico de 
longo prazo e influencia decisões que vão 
desde investimentos até a adaptação a no-
vas realidades. Quando você para e se lem-
bra de crises como a pandemia e tensões 
geopolíticas globais, consegue dar forma à 
maneira como essas questões refletem em 
pequenos e médios negócios. No entanto, 
o impacto do ambiente econômico não se 
limita a crises, mas também molda as ten-
dências e necessidades futuras. 
Estudos como o da McKinsey & Com-
pany mostram que empresas com plane-
jamento estratégico eficaz têm 30% mais 
chances de superar as concorrentes em 
tempos de turbulência. Outro relatório, da 
Deloitte, destaca que, neste momento de 
crise climática, 72% dos consumidores pre-
ferem marcas comprometidas com práticas 
ambientais, pressionando empresas a inte-
grar sustentabilidade em suas estraté-
gias. Para o planejamento estratégico 
de longo prazo, a flexibilidade e a ca-
pacidade de adaptação são elementos 
fundamentais. Empresas que cultivam 
culturas organizacionais ágeis e inves-
tem em análises preditivas conseguem 
prosperar, mesmo quando as condi-
ções não são tão favoráveis.
Para Hulisses, quando se observa o 
crescimento da economia, constata-
-se uma média muito diversificada. Ao 
mesmo tempo que há setores em de-
clínio, existem outros em crescimento 
– e o dinheiro vai ser direcionado para 
onde for mais produtivo. “Se existe al-
gum fator externo que afeta a estraté-
gia, ele é a capacidade de absorver mão 
de obra qualificada. Para qualquer tipo 
de projeto grande, você vai precisar de 
pessoas treinadas. No Brasil, infeliz-
“É preciso ter humildade 
para ouvir o concorrente, 
fazer benchmarking e buscar 
referências do mercado fora 
do País que possam agregar”
LEANDRO RAMPAZZO, FUNDADOR DA GODIVA PROPAGANDA 
mente, há uma dificuldade de encontrar 
esses profissionais. Com isso, há um garga-
lo nas empresas”, ressalta. 
De um lado, os KPIs internos (key per-
formance indicator, ou indicador-chave de 
performance, em português) e feedbacks. 
Do outro, situações externas que impactam 
diretamente o cenário global. Na hora de 
colocar essas informações na balança e de-
cidir como seguir em frente com sua empre-
sa, tecnologia e inovação podem ser a cha-
ve. A tomada de decisões baseada em dados 
(DDDM - data-driven decision making) re-
volucionou o mundo dos negócios, substi-
tuindo a intuição por outros tipos de aná-
lises. Hoje, a humanidade gera mais de 
402,74 milhões de terabytes de dados dia-
riamente e as organizações que aproveitam 
esse ativo conseguem, de fato, destaque.
Essa estratégia utiliza informações 
provenientes de fontes como feedback de 
NOSSA CAPA
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clientes, tendências de mercado e relató-
rios financeiros para embasar decisões 
empresariais, reduzindo incertezas, au-
mentando a confiança e permitindo ações 
personalizadas. Empresas que adotam a 
DDDM conseguem gerar insights em tem-
po real, prever tendências e responder a 
desafios de forma ágil. Entre os benefícios, 
estão: o aumento do engajamento e a re-
tenção de clientes, como no caso de plata-
formas de streaming que utilizam algorit-
mos para personalizar recomendações; o 
suporte ao planejamento estratégico, com 
ferramentas como sistemas GIS que auxi-
liam na escolha de locais para expansão; a 
prevenção de fraudes por meio de apren-
dizado de máquina em instituições finan-
ceiras; a gestão eficiente de estoques ba-
seada em dados históricos, especialmen-
te em situações críticas; e a diminuição de 
vieses, promovendo decisões mais objeti-
vas e imparciais.
ONDE ESTOU?
Dizem que estar perdido é condição 
para se achar. Então, se você está olhando 
para o seu negócio e não consegue iden-
tificar o próximo passo, chegou a hora de 
“Aceleramos o crescimento apenas 
quando temos estrutura forte, 
saúde financeira e uma equipe 
preparada. Caso contrário, é mais 
prudente frear e corrigir gargalos”.
CONFIRA ALGUMAS 
FERRAMENTAS QUE PODEM 
AJUDAR A DOMINAR A DDDM:
1. BUSINESS INTELLIGENCE (BI):
Transforme dados brutos em 
painéis visuais e relatórios 
interativos com plataformas 
como Power BI e Tableau.
Facilite a compreensão das 
informações e a identificação de 
tendências importantes para o 
seu negócio.
2. DATA WAREHOUSING:
Integre e armazene grandes 
volumes de dados de forma 
escalável e segura com soluções 
como Snowflake.
Organize seus dados e prepare-
os para análises mais complexas.
3. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 
(IA) E MACHINE LEARNING:
Automatize análises preditivas 
e descubra insights ocultos 
com ferramentas como Google 
AI e AutoML. Utilize algoritmos 
avançados para prever 
tendências e tomar decisões 
mais inteligentes.
4. ETL E GOVERNANÇA 
DE DADOS:
Integre dados de diversas fontes 
com softwares como Talend 
e Apache Nifi, garantindo a 
qualidade e a conformidade das 
informações.
Mantenha seus dados 
organizados, confiáveis e 
em conformidade com as 
regulamentações.
LEMBRE-SE:
A implementação da DDDM 
exige objetivos claros, alinhados 
à sua estratégia de negócios.
É crucial medir os resultados 
com KPIs e ajustar as 
estratégias continuamente 
para garantir o sucesso.
Invista em treinamento e 
infraestrutura tecnológica 
para superar desafios como a 
integração de dados e a garantiada qualidade das informações.
DOMINANDO 
A TOMADA 
DE DECISÕES 
BASEADA 
EM DADOS: 
FERRAMENTAS 
ESSENCIAIS
PARA TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS EFICAZES 
COM BASE EM DADOS, VOCÊ PRECISA DE MAIS DO 
QUE APENAS INFORMAÇÕES. É ESSENCIAL TER AS 
FERRAMENTAS CERTAS PARA COLETAR, ANALISAR 
E INTERPRETAR OS DADOS DE FORMA EFICIENTE.
FERNANDO TROTA, CEO DA TRIVEN
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parar e pensar de maneira estratégica. Co-
meçar pelos indicadores é uma medida 
inteligente e que vai guiar qualquer toma-
da de decisão. “O setor de vendas é o co-
ração da empresa. Sem vender, a empresa 
quebra. Eu considero que um dos princi-
pais feedbacks que os clientes dão é quan-
do abrem a carteira. Se sua marca não es-
tá vendendo, pode ser que o feedback seja 
ruim e seu produto não está mais aderente 
ao mercado”, pontua Fabio Louzada. Nes-
se ponto, ele lembra que vender é conse-
quência de um trabalho, ou seja, se a con-
versão não anda bem, esse é um indicativo 
e o próximo passo seria focar a causa. 
Ele acrescenta que o fluxo de caixa de-
ve ser observado de perto. “Entenda o pro-
pósito da empresa nesse tópico e nunca 
misture conta de pessoa física com pessoa 
jurídica”, diz. Olhar para os KPIs também 
é essencial e é possível encontrar a causa 
de um fracasso em diferentes lugares, co-
mo número de reuniões feitas para fechar 
uma venda, número de apresentações 
qualificadas, número de cliques no seu 
produto, entre outras métricas que devem 
ser avaliadas sempre.
O fundador da Godiva Propaganda, 
Leandro Rampazzo, acredita que o equi-
líbrio entre visão macro e atenção aos de-
talhes internos é essencial para o sucesso 
de qualquer negócio. Ele também refor-
ça a importância do desapego ao avaliar 
a necessidade de mudanças estratégicas, 
como inovar ou reestruturar a liderança, 
para acompanhar a evolução constante do 
mercado. “É preciso ter humildade para 
ouvir o concorrente, fazer benchmarking e 
buscar referências do mercado fora do Pa-
ís que possam agregar”, conta. 
Ele compartilha como a virada na ges-
tão de sua própria companhia aconteceu 
ao perceber que “o que faz o negócio pros-
perar vai além da liderança”. A contratação 
de um CEO e a verticalização das opera-
ções foram passos decisivos para o cresci-
mento da Godiva, que hoje também con-
trola a Expo Stands e expandiu sua atu-
ação para treinamentos e coberturas de 
eventos, mostrando que delegar pode ser 
uma saída para momentos de dificuldade. 
Ele aconselha os empresários a analisa-
rem os números, revisarem estratégias 
periodicamente e investigarem a ope-
ração de ponta a ponta. 
Quando os sinais indicam que a 
empresa não está indo bem, é essen-
cial adotar medidas corretivas. Uma 
análise de diagnóstico profunda é um 
passo importante para entender os 
problemas e identificar as áreas que 
precisam de ajustes. A partir disso, um 
plano de ação estruturado com metas 
de curto e longo prazo pode guiar as 
mudanças necessárias. Revisar o mo-
delo de negócios e adotar inovações é 
essencial para se adaptar ao mercado. 
Além disso, estratégias como redução 
de custos, reorganização interna e in-
vestimentos focados em marketing e 
vendas ajudam a recuperar a eficiência 
e impulsionar o crescimento. Medidas 
eficientes incluem buscar o apoio de 
especialistas ou consultores em ges-
tão empresarial e a busca por financia-
mento ou parcerias estratégicas.
“Frear o 
crescimento, 
em alguns 
momentos, 
é essencial 
para ajustar 
a equipe e 
manter a 
qualidade, 
como 
fizemos em 
um período 
crítico no 
passado”
DANIELA PEDERNEIRAS,
CEO DA DOUBLE CHECK
O empresário, investidor serial e in-
fluenciador de franquias do Brasil Rapha-
el Mattos acrescenta que o ponto mais im-
portante a ser avaliado para acelerar ou 
frear é a saúde financeira da empresa. “O 
que vai determinar se é hora de acelerar 
ou frear é o fluxo de caixa: se é positivo, se 
as reservas são suficientes e se as dívidas 
estão sob controle. Se os custos de opera-
ção estiverem altos e o capital de giro limi-
NOSSA CAPA
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tado, pode ser prudente frear e reorgani-
zar as finanças primeiro”, aconselha.
Para ele, outro ponto importante é 
observar as tendências de mercado e o 
comportamento dos concorrentes, ava-
liando se existe espaço para crescer ou 
se há sinais de saturação. “O alinhamen-
to da equipe e a capacidade operacional 
também devem ser considerados, por-
que quando a empresa cresce rápido de-
mais sem uma estrutura adequada, isso 
pode gerar problemas, como queda na 
qualidade dos produtos/serviços e na 
satisfação do cliente. E cliente insatisfei-
to é o que há de pior. Metas também são 
bons indicadores – se elas vêm sendo al-
cançadas com consistência, isso justifica 
investir em um crescimento”, pontua. 
O QUE VEM DE FORA… ME ATINGE!
Toda identidade é resultado de fatores 
biopsicossociais. Isso significa que para 
entender o que fazer e como fazer, é pre-
ciso olhar também para o meio em que 
está inserido. Nem sempre é fácil avaliar 
esse contexto externo, mas existem ferra-
mentas que podem ser úteis. Para saber 
se seu negócio está alinhado com os de-
safios e as demandas do mercado, a aná-
lise de cenários é uma delas, que ajuda a 
avaliar as incertezas do futuro. Essa téc-
nica envolve a construção de cenários 
hipotéticos com base em variáveis-chave 
que podem impactar os resultados dese-
jados. No campo das finanças, ela permi-
te prever os efeitos de diferentes condi-
ções econômicas, auxiliando na identifi-
cação de riscos e oportunidades. 
Combinando dados históricos, mode-
lagem financeira e simulações, é ampla-
mente usada para garantir que empresas 
e gestores estejam preparados para di-
versas contingências. “Com uma taxa de 
juros alta, por exemplo, minha capaci-
dade de pagar dívida para crescer é me-
nor, já que se torna mais arriscado. Além 
disso, é um momento ruim para trazer 
investidores para o meu negócio, já que 
juros altos representam valor de merca-
do das empresas mais baixo”, exemplifica 
Fabio Louzada. 
1. INDICADORES DE 
DESEMPENHO 
FINANCEIRO
� Receita e lucros: 
Monitorar o crescimento 
consistente.
� Fluxo de caixa positivo: 
Garantir liquidez e 
sustentabilidade 
financeira.
� Retenção de talentos: 
Demonstrar estabilidade 
e atratividade interna.
2. INDICADORES DE 
MERCADO
� Satisfação do cliente: 
Confirmar alinhamento 
de produtos/serviços 
com expectativas do 
mercado.
� Feedback do mercado: 
Analisar respostas de 
clientes, parceiros e 
investidores.
� Posicionamento de 
mercado: Verificar a 
relevância no setor e 
o compromisso com 
valores sociais.
3. INDICADORES 
DE INOVAÇÃO E 
CRESCIMENTO
� Investimentos em 
inovação: Acompanhar 
adaptação às mudanças 
de mercado.
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INDICADORES 
INTERNOS 
PARA A 
TOMADA DE 
DECISÃO
� Alcance de metas e 
objetivos: Verificar 
a execução bem-
sucedida dos planos 
estratégicos.
4. INDICADORES 
DE CULTURA 
ORGANIZACIONAL
� Engajamento dos 
funcionários: Sinal 
de um ambiente de 
trabalho saudável.
� Cultura organizacional 
positiva: Refletida na 
motivação e retenção 
de profissionais 
qualificados.
5. INDICADORES DE 
SUSTENTABILIDADE E 
RESPONSABILIDADE 
SOCIAL
� Práticas sustentáveis: 
Refletem 
compromisso com 
valores sociais.
� Relevância no 
setor: Demonstra 
a capacidade de se 
adaptar às demandas 
de stakeholders.
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Em contrapartida, o uso de ferramen-
tas especializadas, como softwares de mo-
delagem financeira, potencializa a análise 
de cenários. Esses sistemas permitem criar 
modelos detalhados, realizar simulaçõese visualizar os resultados de forma clara e 
organizada. Funções como análise de sen-
sibilidade e testes de otimização ajudam a 
refinar os cenários e a identificar decisões 
estratégicas ideais. Além disso, a colabora-
ção em equipe é facilitada, permitindo que 
organizações integrem diferentes perspec-
tivas no processo. Com essas ferramentas, 
a análise de cenários torna-se mais precisa, 
eficiente e acessível. “Se a gente está em um 
período de crescimento econômico e esta-
bilidade, como agora, com os dados do va-
rejo bastante positivos, isso incentiva a ex-
pansão, pois a confiança do consumidor e a 
capacidade de compra aumentam. Contu-
do, se o cenário for de recessão ou instabili-
dade econômica, isso impacta diretamente 
a estratégia, então o mais recomendável é 
adotar uma postura assertiva para preser-
var o patrimônio e minimizar os riscos”, 
aconselha Raphael Mattos. 
O CEO da 87 Labs, Thiago da Cruz, res-
salta que métricas como margem, churn 
(métrica que indica o quanto sua empre-
sa perdeu de receita ou clientes) e custo 
de aquisição de clientes (CAC) são essen-
ciais para medir a viabilidade do cresci-
mento. Para Thiago, “um churn elevado, 
por exemplo, pode indicar falta de aderên-
cia do produto ao mercado, um alerta pa-
ra ajustes antes de escalar”. Ele exemplifica 
como o câmbio desvalorizado do real fa-
vorece exportações, levando sua empresa 
a focar o mercado norte-americano. 
O CEO da Triven, Fernando Trota, con-
corda. Segundo ele, indicadores como flu-
xo de caixa, margens sustentáveis e capa-
cidade operacional são cruciais. “Acelera-
mos o crescimento apenas quando temos 
estrutura forte, saúde financeira e uma 
equipe preparada. Caso contrário, é mais 
prudente frear e corrigir gargalos”, explica. 
Ele indica que o cenário macroeconômico 
influencia diretamente o apetite dos inves-
tidores por risco, afetando startups e em-
presas de tecnologia. “A gestão financeira 
precisa ser ainda mais rigorosa em tempos 
de capital restrito”, alerta.
Oportunidades que ainda não foram 
exploradas também são uma saída para os 
negócios. “Empresas crescem durante cri-
ses, desde que estejam preparadas e cien-
tes do tamanho do desafio”, observa a fun-
dadora da EDR, Andrea Eboli. Ela sugere 
monitorar o consumidor como principal 
radar, prestando atenção a sinais como re-
dução do ticket médio ou queda na frequ-
ência de compra. Novos concorrentes in-
ternacionais e crises econômicas podem, 
de fato, abalar estratégias, mas o maior de-
safio é a inconsistência na liderança. “Pla-
nejamento robusto e confiança no pla-
no são fundamentais para superar ventos 
contrários”, diz.
PÉ NO FREIO OU
NO ACELERADOR? 
Você já analisou seus indicadores inter-
nos, fez um bom estudo do mercado e to-
mou algumas decisões. Chegou o momen-
to de entender o melhor caminho a seguir. 
Raphael Mattos explica que, quando a es-
colha é acelerar o crescimento de um ne-
gócio, um dos principais riscos é a falta de 
preparo operacional e estrutural. O aumen-
to rápido da demanda pode sobrecarregar 
a equipe, comprometer a qualidade dos 
produtos ou serviços e afetar a satisfação do 
cliente. Além disso, a expansão acelerada 
muitas vezes requer um volume significa-
tivo de capital, o que pode levar ao endivi-
damento e à pressão sobre o fluxo de caixa. 
“Por outro lado, quando a decisão é frear o 
crescimento, o principal ponto é a perda de 
oportunidades do mercado. Se um negócio 
reduz o ritmo em um momento de expan-
são do setor, ele pode ser ultrapassado pe-
los concorrentes mais atentos e perder es-
paço e relevância no mercado”, explica.
Para monitorar esses desafios e benefí-
cios, uma das formas mais eficazes, como já 
citamos no início da matéria, é por meio da 
análise de indicadores-chave de desempe-
nho, os KPIs. Essa é uma técnica de gestão 
bem conhecida e funcional, que permite 
acompanhar métricas financeiras, opera-
cionais e de satisfação do cliente em tem-
“O que vai 
determinar 
se é hora 
de acelerar 
ou frear é o 
fluxo de caixa”
RAPHAEL MATTOS, 
EMPRESÁRIO, INVESTIDOR 
SERIAL E INFLUENCIADOR 
DE FRANQUIAS
O processo de análise de cenários segue 
etapas estruturadas. Primeiro, define-se o 
objetivo, como a avaliação de estratégias 
empresariais. Em seguida, identificam-se os 
fatores-chave que influenciam o resultado, 
como demanda de mercado ou taxas de ju-
ros. Após determinar incertezas e possíveis 
valores para esses aspectos, são construídos 
cenários que abrangem desde resultados 
otimistas até os mais pessimistas. A avalia-
ção desses cenários inclui medir impactos 
financeiros, identificar riscos e oportunida-
des e planejar ações estratégicas. O proces-
so, contínuo por natureza, exige monitora-
mento e atualizações regulares para refletir 
mudanças no ambiente externo.
NOSSA CAPA
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CONCORRÊNCIA
Se o seu produto for 
uma commodity, sua 
estratégia será diferente, 
já que você estará 
vendendo a mesma 
mercadoria que o seu 
concorrente. Porém, se 
o seu produto for algo 
criado por você, aposte 
no posicionamento.
COMPORTAMENTO DO 
CONSUMIDOR
O comportamento dos 
consumidores tem que 
ser avaliado sempre, 
independentemente do 
cenário. Para isso, faça 
pesquisas e testes.
LEGISLAÇÃO E 
REGULAÇÕES
Claro que qualquer 
regulação nova do 
governo pode afetar o 
seu negócio. Por isso, 
eu tenho uma empresa 
“antifrágil” – o que é 
isso? Todos os dias, 
eu penso em como 
alguém quebraria o meu 
negócio. E eu vou lá e 
faço antes.
ESTRATÉGIAS DE 
CRESCIMENTO
Estratégias para 
posicionamento são: 
entregar sempre um 
overdelivery (mais que o 
prometido). Além disso, 
não somente ser, mas 
parecer ser é muito 
importante. Por isso, 
invista em profissionais 
de relações públicas.
ESTRATÉGIAS DE 
CONTENÇÃO
Estar atento a revisão 
de processos, controle 
de custos, retenção de 
clientes.
PLANEJAMENTO 
FINANCEIRO
Prepare-se para crescer 
sem depender de 
capital externo em 
momentos de juros 
altos. Com juros baixos, 
explore investimentos e 
alavancagem.
O PAPEL DA INOVAÇÃO
Quem inova, isto é, 
quem traz algo novo ao 
mercado tem um fator 
de desequilíbrio de 
mercado importante – 
o que precisa ser bem 
aproveitado para ganhar 
mercado.
TECNOLOGIA COMO 
ALIADA
Já o papel da tecnologia 
e inteligência 
artificial tem que ser 
acompanhado de 
perto. O mercado está 
mudando rapidamente 
e o empreendedor 
precisa se preparar para 
não ficar para trás.
OLHE 
À SUA 
VOLTA
PLANEJAMENTO 
FLEXÍVEL
Com certeza, se a 
empresa diminuiu as 
vendas, é um feedback 
sincero do consumidor. 
Você precisa reavaliar 
todas as causas que 
estão gerando essa 
consequência.
RESILIÊNCIA E 
ADAPTAÇÃO
Nunca freie o seu negócio 
de forma brusca. Busque 
parceiros para ajudar a 
continuar crescendo. Em 
momentos desafiadores, 
você pode encontrar 
parceiros de longo prazo.
FÁBIO ANDRADES LOUZADA, CEO 
e fundador do Grupo Eu Me Banco 
Educação, compartilha dicas valiosas 
para empreendedores que buscam 
navegar no mercado com sucesso, 
adaptando-se aos seus altos e baixos:
DICAS DO FÁBIO! NOSSA CAPA
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po real, apontando tendências positivas 
e problemas antes que eles se agravem. 
Para isso, ele indica ainda reuniões re-
gulares com as principais equipes, como 
financeiro, operações e marketing, que 
também são fundamentais. “Outra prá-
tica importante é manter um sistema de 
feedback sempre aquecido, tanto interno 
quanto externo”, diz.
A inovação e a tecnologia podem ser 
decisivas nesse processo, oferecendo 
ferramentas como softwares de gestão e 
análise de dados para direcionar ações 
empresariais. Além disso, auxiliam no 
monitoramento contínuo do ambien-
te externo, com relatórios de mercado 
e análises de tendências que fornecem 
informações fundamentais, reduzindo 
os custos e otimizandoações.
Para Hulisses Dias, entender esse 
momento certo é essencial: “Existem 
oportunidades que passam. Se você 
não estiver pronto para pegar a opor-
tunidade, alguém vai”. A estratégia ideal 
envolve avaliar o mercado, a capacida-
de de execução e os custos de oportu-
nidade, evitando tanto o desperdício de 
recursos quanto a perda de timing. A 
constante volatilidade econômica exi-
ge flexibilidade e um plano de gestão 
de riscos, adaptando-se rapidamente a 
mudanças no cenário macroeconômi-
co. Como exemplo prático, o especia-
lista relembra a decisão de acelerar in-
vestimentos durante uma recessão no 
segundo mandato de Dilma Rousseff. 
“Entendi a importância da liquidez nos 
investimentos”, afirma, refletindo sobre 
a necessidade de redirecionar recursos 
para cenários mais dinâmicos fora do 
setor imobiliário.
Apesar de ser uma decisão bastan-
te importante, ela pode ser tomada de 
maneira segmentada. É possível, por 
exemplo, frear em um aspecto e acele-
rar em outro. Apenas um planejamen-
to estratégico bem-feito vai conseguir 
guiar o que é melhor em cada cenário. 
Seja como for, esse planejamento é es-
sencial para garantir a sustentabilidade 
do negócio, como alerta a especialista 
em finanças e CEO da Double Check , Da-
niela Pederneiras. Para a especialista, o 
primeiro passo é observar os números e 
as vendas, como já citado. Nesse aspecto, 
ela recomenda ter um olhar cuidadoso pa-
ra o comportamento do consumidor, que 
muda de forma rápida e pode ir para cami-
nhos que não se tinha em conta quando a 
empresa começou.
Isso acontece porque os fatores exter-
nos e internos desempenham um papel 
decisivo. Daniela cita a inflação, a taxa de 
juros e a variação cambial como elemen-
tos que afetam diretamente os custos e 
o poder de compra dos consumidores. 
“Com o caixa positivo, é possível investir e 
expandir; com ele negativo, é hora de pi-
sar no freio e reavaliar”, esclarece. Ela tam-
bém reforça que o crescimento precisa ser 
consciente, evitando comprometer a qua-
lidade do serviço ou produto.
A experiência da pandemia trouxe 
aprendizados importantes para todas as 
corporações, de todos os tamanhos. No 
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caso de Daniela, a Double Check teve que 
ajustar seus planos estratégicos, migrar 
para o home office e atender ao aumento 
inesperado na demanda por serviços fi-
nanceiros terceirizados. “Frear o cresci-
mento, em alguns momentos, é essencial 
para ajustar a equipe e manter a qualida-
de, como fizemos em um período crítico 
no passado”, relembra.
Durante a pandemia, o Brasil registrou 
um saldo positivo no movimento de em-
presas em 2021, com a entrada de 926,1 
mil empresas e o fechamento de 605,8 mil, 
resultando em 320,2 mil novos negócios, 
128 mil a mais que em 2020. A taxa de en-
trada foi de 17,8%, enquanto a de saída, de 
11,7%, a menor da série histórica inicia-
da em 2008. As empresas entrantes gera-
ram 369 mil novos empregos assalariados, 
destacando-se o setor de comércio, com 
66 mil novas empresas e 99 mil empregos. 
Além disso, o número de empresas de alto 
crescimento aumentou 13,4%, alcançando 
3.147 “gazelas”, jovens empresas em rápido 
“As piores 
decisões que 
tomei foram 
quando não 
pedi opiniões. 
O jogo nunca 
está ganho, e 
acompanhar 
os indicadores 
é vital”
DANIEL LUCCO,
CEO DA LA BRACIERA 
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desenvolvimento. Os dados são da De-
mografia das Empresas e Estatísticas de 
Empreendedorismo, do Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em contrapartida, o ano de 2023 
foi desafiador para os empreendedo-
res brasileiros, com o encerramento de 
2,15 milhões de empresas, um aumento 
de 25,7% em relação a 2022, superando 
os anos mais críticos da pandemia. Se-
gundo o Mapa de Empresas, comércio 
e serviços, que representam 81,7% das 
empresas ativas, concentraram 84,3% 
dos novos negócios no terceiro quadri-
mestre, mas também lideram as taxas de 
fechamento. A falta de capacitação, de 
planejamento e de gestão eficiente é um 
fator-chave para o insucesso, indicando 
que muitas empresas não superam os 
primeiros anos de operação.
A La Braciera, uma premiada pizzaria 
especializada em sabores napolitanos 
e autorais, é liderada pelo CEO Daniel 
Lucco, empreendedor com grande ex-
periência no setor alimentício. Fundada 
em 2021, a pizzaria foi um dos negócios 
que deram certo no período e já se des-
taca como referência em São Paulo, com 
um faturamento de R$30 milhões em seu 
terceiro ano de operação. “Com menos 
de quatro anos, percebemos que crescer 
sozinho não seria viável e optamos por 
um M&A, o primeiro grande aprendiza-
do da minha jornada”, comenta.
Ele acredita que, sem um plano de 
cinco anos e que tenha em conta vari-
áveis de mercado e gestão de riscos, é 
mais perigoso. “Além disso, não existe 
mais a opção de crescer sem tecnologia”, 
enfatiza. Daniel Lucco cita um exemplo 
positivo em sua trajetória, quando um 
canal de vendas inicialmente ignorado 
começou a apresentar excelente perfor-
mance, levando a uma reestruturação 
estratégica. Como conselho aos empre-
sários, ele recomenda ter um time finan-
ceiro analítico e consultores experien-
tes. “As piores decisões que tomei foram 
quando não pedi opiniões. O jogo nunca 
está ganho, e acompanhar os indicado-
res é vital”, conclui. 
QUAL O PONTO DA VIRADA NA 
SUA VIDA DE EMPREENDEDOR?
PONTO 
DA VIRADA
Fabio Andrades Louzada: “Identifiquei 
uma lacuna na formação de 
Assessores de Investimentos 
promovida por bancos e corretoras. 
Há uma barreira de entrada baixa 
para a profissão, mas não existia 
nenhum treinamento prático 
no mercado que ensinasse a 
fazer networking, treinar práticas 
comerciais e desenvolver 
conhecimentos técnicos. Como 
eu já atuava há sete anos como 
especialista em Investimentos, 
passando por bancos como Itaú, 
Bradesco, Santander e Citibank, 
resolvi criar essa formação 
completa. Deu muito certo, e hoje 
essa formação já está na 27ª turma”.
Hulisses Dias: “Foi quando entendi o 
poder que os investimentos têm de 
multiplicar o dinheiro. A partir daí, 
compreendi o impacto que uma 
empresa pode ter quando combina 
os fatores de produção do trabalho, 
da terra e da tecnologia. Nenhuma 
outra estrutura é capaz de gerar 
tanta riqueza quanto uma empresa”.
Raphael Mattos: “Participei da 
terceira temporada do programa 
Shark Tank Brasil, mas meu projeto 
foi recusado para investimento na 
minha empresa, a PremiaPão. Eu 
sabia que o negócio era promissor, 
tanto que hoje contamos com mais 
de 150 franqueados e mais de 30 
mil clientes atendidos. Além disso, 
acabei investindo e me tornando 
sócio de vários outros negócios de 
franquias. Descobri que tinha muito 
a compartilhar sobre o segmento 
de influência. Contar minha história, 
tanto sobre esse fracasso quanto 
sobre os sucessos, me transformou 
no maior influenciador de franquias 
do Brasil, com mais de 1 milhão de 
seguidores nas redes sociais. Hoje, 
inspiro diversos empreendedores, 
falando sobre negócios e 
empreendedorismo. Foi no 
programa que tive esse insight 
e entendi que tinha muito a 
compartilhar”.
Daniela Pederneiras: 
“Primeiramente, é crucial 
entender que não existe um 
único ponto de virada, mas sim 
um conjunto deles. Um dos 
pontos que posso destacar é 
a resiliência. Quando comecei 
a enfrentar desafios como 
empreendedora e decidi 
continuar, percebi que esse era 
o momento em que eu havia 
‘virado a chave’ e permanecido na 
estrada do empreendedorismo. 
Muitos dizem que, uma vez que 
se começa a empreender, é um 
caminho sem volta, pois você 
passa a se apaixonar por vender o 
que acredita, fazer mais contatos, 
gerenciar seu próprio horário e 
fazer de tudo para que dê certo”. 
Fernando Trota: “Foram dois 
momentos marcantes:
2015: quando me tornei 
empreendedor.
2021: no pós-pandemia, quando 
crescemos de forma totalmente 
remota e deixamos de considerar 
ofator geográfico nas decisões 
de contratação e aquisição de 
novos clientes”.
Andrea Eboli: “Após mais de 20 
anos no mundo corporativo, 
na Natura, percebi que meu 
conhecimento sobre estratégia, 
negócios e entrega de resultados 
poderia ser aplicado em outras 
empresas. Foi aí que tomei a 
decisão de empreender e investir 
em transformar e fazer crescer 
negócios e pessoas”.
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teste.
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2. As franquias funcionam 
com base em modelos de 
negócios padronizados, 
o que significa que é 
necessário seguir regras 
estabelecidas pela 
franqueadora. Como você 
lida ao seguir as diretrizes?
A. Sinto-me muito confortável em 
seguir regras e sou adaptável 
aos processos definidos pela 
franqueadora.
B. Aceito seguir as diretrizes, mas 
gostaria de ter mais autonomia 
em algumas áreas do negócio.
C. Prefiro ter total autonomia nas 
decisões e não me sinto confor-
tável com a ideia de seguir as di-
retrizes de outros.
3. O investimento inicial 
em uma franquia pode 
ser alto e é crucial para 
um bom planejamento 
financeiro. Isso inclui 
ter capital de reserva 
para imprevistos e 
garantir a estabilidade do 
negócio. Como está o seu 
planejamento financeiro?
A. Entendo que o retorno em qual-
quer modelo de negócio cos-
tuma ser a longo prazo, por isso 
tenho um planejamento finan-
ceiro estruturado e capital de 
reserva para lidar com possíveis 
imprevistos.
B. Tenho um planejamento básico, 
mas ainda preciso ajustá-lo e ga-
rantir mais capital de reserva ca-
so ocorra alguma eventualidade. 
C. Tenho o valor suficiente para re-
alizar o investimento e iniciar a 
operação, porém o retorno pre-
cisa vir rápido; caso não, talvez 
precise de financiamentos para o 
capital de giro. 
O mercado de franquias no 
Brasil destaca-se como 
uma excelente opção 
de investimento para quem busca 
empreender. O setor chama a atenção de 
investidores e atrai olhares curiosos de 
quem está em busca de um novo negócio 
e até mesmo daqueles que não têm 
experiência em administrar o próprio. 
Com maior chance de sucesso, se com-
parada a uma empresa própria, a franquia 
oferece um modelo de negócio segu-
ro, confiável e mais estável. Não se trata 
apenas de uma questão de investimento 
ou vontade de começar do franqueado, 
é preciso mais. Afinal, nem todos estão 
prontos para os desafios desse modelo.
Pensando nisso, convidamos você a 
realizar o teste a seguir para ajudá-
-lo a avaliar se está preparado para se 
tornar um franqueado de sucesso. As 
perguntas abaixo ajudarão a identifi-
car seu nível de conhecimento sobre o 
mercado, sua capacidade de adapta-
ção às diretrizes da franqueadora, sua 
organização financeira e habilidades de 
liderança. Pronto para descobrir se o 
caminho das franquias é para você? 
1. Antes de investir em 
uma franquia, é importante 
não apenas conhecer uma 
marca, mas conhecer 
tudo que envolve ao se 
tornar um franqueado. Isso 
ajuda a tomar decisões 
e a enfrentar desafios. 
Como você avalia seu 
conhecimento sobre isso?
A. Além de informações sobre a re-
de, busco entender sobre leis e 
deveres do franqueado, escolha 
do ponto, retorno do investimento, 
além de acompanhar feiras e eventos 
para ter familiaridade com o mercado.
B. Tenho um conhecimento básico, po-
rém estou começando a entender o 
mercado de franquias. Inicialmente, 
tenho buscado informações ape-
nas sobre a rede e o setor que tenho 
interesse. 
C. Pouco conhecimento de como fun-
ciona uma franquia e o setor, porém 
acompanho notícias e vejo que ele é 
rentável e pode ser uma boa opção 
para investir. 
VOCÊ
ESTÁ PREPARADO 
PARA SER UM 
FRANQUEADO?
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Diretor de expansão da Covizzi Franchising.
POR GUTO COVIZZI
CONCLUSÃO:
A MAIORIA DAS RESPOSTAS FOI 
“A”: Parabéns! Você está no caminho 
certo para ser um franqueado. Suas 
respostas demonstram que você tem 
procurado conhecimento, além de 
contar com a disposição e a resiliência 
necessárias para enfrentar os desafios 
desse modelo de negócio. Mantenha-se 
focado e siga em frente!
A MAIORIA DAS RESPOSTAS FOI 
“B”: Você está no caminho certo! Porém, 
é importante buscar mais informações, 
visitar feiras de negócios, entender 
melhor seu planejamento financeiro 
antes de tomar uma decisão. 
A MAIORIA DAS RESPOSTAS FOI 
“C”: Na sua concepção, o modelo de 
franquias é uma boa escolha, mas talvez 
o momento não seja o mais adequado. 
Quem sabe aguardar mais um pouco 
para aperfeiçoar e fortalecer suas 
habilidades, empreender em outro 
modelo de negócio menor buscando 
experiência e, por fim, alinhar as 
expectativas para que quando chegue o 
momento, o resultado seja satisfatório. 
4. Como franqueado, você 
será responsável pela 
gestão de uma equipe e 
pela implementação dos 
padrões da marca. Sua 
habilidade de liderança 
será determinante para 
o sucesso do negócio. 
Como você julga sua 
capacidade de liderança?
A. Tenho muita experiência em li-
derança de equipes e estou pre-
parado para crescer junto aos 
colaboradores nesse desafio. 
B. Tenho alguma experiência em li-
derança, mas ainda preciso apri-
morar minhas habilidades.
C. Nunca liderei uma equipe e me 
sinto inseguro quanto à minha 
capacidade de gerenciamento 
de pessoas.
5. O retorno financeiro 
de uma franquia nem 
sempre é imediato. Ter 
expectativas realistas 
em relação ao prazo para 
lucrar é importante para 
evitar frustrações. Como 
você enxerga o retorno 
sobre o investimento?
A. Além do investimento inicial, 
conto com um valor disponi-
bilizado para eventuais cus-
tos adicionais e para manter a 
operação saudável por bastante 
tempo. 
B. Tenho uma reserva, mas inicial-
mente busco evitar qualquer 
tipo de gasto no começo da 
operação visando a um retorno 
mais rápido do investimento.
C. Não conto com nenhum valor de 
reserva, espero um retorno rá-
pido e não me sinto confortável 
em esperar mais de um ano para 
começar a lucrar.
5. Empreender, inclusive 
no modelo de franquias, 
envolve riscos. Saber lidar 
com desafios e incertezas 
é essencial para o sucesso. 
Como você avalia sua 
disposição para enfrentar os 
riscos do negócio?
A. Estou preparado para enfrentar ris-
cos e desafios e me sinto confiante 
em lidar com essas situações. Meu 
intuito é expandir a minha franquia e 
entendo que isso leva tempo. 
B. Aceito enfrentar riscos, porém não 
tenho experiência nesse sentido, 
mas conto com o respaldo do fran-
queador para me ajudar. 
C. Não gosto de negócios que possam 
gerar incertezas, prefiro um ambien-
te de negócios previsível e que te-
nha a menor possibilidade de riscos.
6. Estar em contato com 
franqueados da rede 
escolhida antes de se tornar 
franqueado é essencial. 
Dessa forma, é possível 
conhecer um pouco a rotina 
e o suporte da franquia. 
O que você tem feito em 
relação a isso?
A. Após pegar todas as informações 
da marca escolhida, entro em con-
tato com os franqueados em busca 
de informações, afinal, é preciso en-
tender se realmente me encaixo na 
rotina dessa operação. 
B. Acho importante ter esse conta-
to, porém, caso o retorno não seja 
o esperado, não me deixo abater e 
mantenho a escolha, afinal, gostei 
da marca mesmo não sendo a rotina 
que eu espero. 
C. Não entro em contato com os fran-
queados. Meu foco é apenas co-
nhecer detalhes sobre valores de 
investimento e retorno da franquia.
7. Alguns modelos de negócios 
dependem fortemente de um 
fluxo constante de pessoas, 
por isso a escolha do ponto 
comercial é essencial. Como 
você enxerga essa questão?
A. Essa decisão é feita em conjunto com o 
franqueador. Iremos analisar qual a me-
lhor região para iniciar a operação, além 
de verificar dados sobre concorrentes 
e público-alvo. Se for o caso, posso es-
colher um ponto indicado pela marca. 
B. Aceito indicações, porém acredito que 
a minhadecisão deva prevalecer mes-
mo que o estudo de mercado não seja 
favorável à minha escolha. 
C. Acredito que essa escolha seja minha! 
Mesmo que o ponto esteja saturado ou 
que o fluxo de pessoas não seja o ide-
al, prefiro escolher o ponto por conta 
própria.
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UP TO DATE
DE OLHO NO DÉFICIT DE PROFISSIONAIS, ITALENTS E UNYLEYA LANÇAM 
CURSO A DISTÂNCIA DE GRADUAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE TI, COM 
APOIO DE EMPRESAS QUE PODEM APROVEITAR OS TALENTOS FORMADOS
POR UM FUTURO 
DISRUPTIVO
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 TEXTO CAMILA GUESA
Um relatório da Google for Star-
tups, de 2023, prevê que o Brasil 
terá um déficit de 530 mil profis-
sionais de TI até 2025. Em paralelo, a As-
sociação Brasileira das Empresas de Tec-
nologia da Informação e Comunicação, a 
Brasscom, aponta que entre 2021 e 2025 
apenas 53 mil profissionais irão se formar 
em TI, anualmente, representando 10% da 
quantidade necessária de demanda sobre 
a oferta de especialistas. 
Pensando nisso, a  faculdade de EaD 
Unyleya juntou-se à startup educacional 
de captação de talentos iTalents e, em con-
vênio, lançaram a primeira graduação a 
distância focada no mercado de TI. “Nós 
ouvimos, nos últimos 12 meses, as neces-
sidades reais de contratação de clientes no 
Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos 
para contratação de profissionais de TI e 
criamos, junto com empresas apoiadoras, 
um programa inovador, que une a neces-
sidade das empresas à seleção de talentos. 
Um dos propósitos da iniciativa é resolver 
o déficit de profissionais capacitados na 
área de TI, um dos principais problemas 
no setor”, explica o cofundador da facul-
dade Unyleya e atualmente diretor da iTa-
lents, Engels Rego. 
Na proposta do curso, a oferta de gradu-
ação de Análise e Desenvolvimento de Siste-
mas (ADS) usa a metodologia PBL (Problem 
Based Learnig ou, em português, “Apren-
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P R O G R A M A P O T E N C I A L T E C H
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dizagem Baseada em problemas”) desde a 
primeira disciplina, simulando o ambiente 
real de trabalho. Os estudantes participam 
de atividades práticas durante todo o cur-
so; eles precisam cumprir prazos rigorosos 
e trabalhar em equipe, simulando situações 
comuns no ambiente profissional.
INCLUSIVO E DEMOCRÁTICO
Em linha com a proposta de identificar 
também novos talentos em tecnologia, o 
curso – caracterizado como Programa Po-
tencial Tech, que potencializa a “minera-
ção” de novos talentos – oferecerá bolsas 
integrais no primeiro semestre para todos 
os candidatos que tenham o Ensino Médio 
completo, em todo o território nacional, 
que passem no processo seletivo. A meto-
dologia é semelhante à praticada nos boo-
tcamps fornecidos pela startup, no quais 
as empresas “pagam” pelos cursos dos alu-
nos em troca de prioridade na contratação. 
A diferença é que na graduação as empre-
sas apoiadoras não terão custo algum, fican-
do responsáveis apenas por oferecer (caso 
queiram) as vagas de estágio. “É uma forma 
de identificar futuros profissionais com ha-
bilidades características e necessárias do se-
tor, de forma inclusiva e democrática, sem 
que haja qualquer barreira financeira”, pon-
tua Engels. Na proposta, a partir do segundo 
semestre, a bolsa passa a ser parcial (50%), 
tendo em vista que os estudantes já estarão 
aptos a estagiar nas empresas apoiadoras do 
programa e outras interessadas. “O curso, na 
forma como foi concebido, é bastante rigoro-
so. Então, aqueles que conseguirem chegar 
ao segundo semestre terão demonstrado ca-
racterísticas – soft skills – que interessam ao 
mercado de trabalho”, ressalta o executivo.
QUAL A BOA?
Curso Programa Potencial Tech 
– Graduação EaD de Análise e 
Desenvolvimento de Sistemas (ADS) 
Investimentos: 1º semestre gratuito 
para todos os alunos (bolsistas 
integrais); do 2º ao 5º semestre 
a bolsa é parcial (50%), com 
mensalidade de R$395
Duração: 5 semestres (2,5 anos)
Início das turmas: fevereiro de 2025
Vagas: 500
Possibilidade de ganhos: de R$1.200 
a R$1.800 de bolsa-auxílio em 
estágio de TI 
Organização: iTalents e Unyleya
Informações e detalhes: 
lp.unyleya.edu.br "O que torna 
esta graduação 
diferenciada é 
que a empresa 
apoiadora pode 
acompanhar o 
desempenho dos 
bolsistas desde o 
início e recrutar 
gratuitamente 
aqueles que 
tenham match 
com a sua cultura"
ENGELS REGO, 
COFUNDADOR DA 
FACULDADE UNYLEYA 
E ATUALMENTE 
DIRETOR DA ITALENTS
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FLEXIBILIDADE EM CADA PASSO
O conteúdo é oferecido todo por meio 
de plataforma digital da Unyleya, na qual 
os conteúdos estão disponíveis de forma 
assíncrona. Assim, os estudantes podem 
escolher o melhor horário para assistir às 
aulas e realizar suas tarefas práticas. Eles 
contarão com toda a flexibilidade da edu-
cação digital, com videoaulas exclusivas e 
algumas das melhores ferramentas de en-
sino, podendo ser acessadas via platafor-
ma ou app (iOS e Android) instalado em 
qualquer dispositivo, proporcionando a 
melhor experiência para os alunos.
Além disso, terão acesso a uma comu-
nidade de discussão na plataforma de 
conteúdos e chats Discord, em que eles 
colaboram entre si e contam com a super-
visão e o acompanhamento dos professo-
res e tutores. Todas as atividades são dis-
cutidas e há feedbacks reais concedidos 
por profissionais experientes. “O que tor-
na esta graduação diferenciada é que a 
empresa apoiadora pode acompanhar 
o desempenho dos bolsistas desde o 
início e recrutar gratuitamente aqueles 
que tenham match com a sua cultura. 
Queremos ainda que as empresas par-
ticipem constantemente do aprimora-
mento do currículo do curso, para que 
as competências técnicas desenvolvidas 
estejam alinhadas às suas necessidades”, 
explica Rego.
A grade é passada por mestres e dou-
tores atuantes em grandes organizações 
e ativos nas comunidades tech nacio-
nais e internacionais. A programação 
também é pensada em conformidade 
com as empresas apoiadoras, que par-
ticipam do acompanhamento da perfor-
mance dos estudantes e podem recrutar 
gratuitamente estagiários ou profissio-
nais juniores para compor seus times de 
TI a qualquer momento. 
UP TO DATE
TI EM 
NÚMEROS
 ¼ O setor fechou o 
segundo trimestre de 
2024 com crescimento 
de 22% no Brasil.
 ¼ Nos anos anteriores, as 
altas também foram de 
21% e 22%, em 2023 e 
2022, respectivamente.
 ¼ Na América Latina, a alta 
do mercado de TI deve 
ser de 11% em 2024.
 ¼ Até o ano de 2025 
surgirão cerca de 800 
mil vagas de trabalho no 
setor digital.
 ¼ O Brasil manteve-se 
em primeiro lugar no 
ranking de investimento 
no setor na América 
Latina, com 36,5% dos 
investimentos, somando 
US$ 38,5 bilhões.
Fontes: Advanced Consulting, Brasscom, 
IDC, ABES.
Diretores da iTalents - da esquerda para a direita: Paulo Camargo, 
Engels Rego, Alexandre Álvaro e Fabiano Dourado.
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Eu tenho observado com curiosi-
dade o crescimento de influen-
ciadores estrangeiros no Brasil, 
especialmente aqueles que encontram 
seu público ao adotar uma narrativa que 
enaltece nosso país enquanto criticam 
ou relativizam aspectos negativos de su-
as próprias culturas de origem. É fasci-
nante como muitos deles conquistam a 
simpatia e a atenção dos brasileiros ao 
celebrar nossa culinária, hospitalidade, 
paisagens ou até mesmo ao fazer piada 
sobre dificuldades que enfrentam em 
seus países natais.
Por um lado, é compreensível. Nós, como 
brasileiros, temos um histórico de valori-zar o olhar externo que reconhece nossa 
riqueza cultural e nos vê de maneira po-
sitiva, especialmente em um mundo on-
de muitas vezes somos estereotipados. 
É como se a validação de um estrangei-
ro desse mais peso ao que já sabemos 
sobre nossa beleza e potencial. Essas 
narrativas criam uma conexão emocional 
quase instantânea.
No entanto, quando olho mais de per-
to, começo a refletir sobre as estraté-
gias por trás disso. Até que ponto essa 
“paixão pelo Brasil” é genuína e onde 
começa o jogo calculado para enga-
jar seguidores? O algoritmo das redes 
sociais recompensa conteúdos que ge-
ram identificação e polêmica, e o ato de 
contrastar o Brasil com “os defeitos” de 
outros países é uma fórmula eficiente 
LÁNAFIRMA POR CAIO BARROSO
CAIO BARROSO É FUNDADOR E CONSULTOR DA LÁ NA FIRMA. TEM EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL EM RECURSOS HUMANOS NOS SEGMENTOS DE LOGÍSTICA E MERCADO 
FINANCEIRO. NO ITAÚ-UNIBANCO LIDEROU EQUIPES E PROJETOS DE EMPLOYER BRANDING, TALENT ACQUISITION, TREINAMENTO E TALENT MANAGEMENT. EM BARCELONA, 
ATUOU COMO HEAD DE RECURSOS HUMANOS NA EMPRESA ONECOWORK. ATUALMENTE LIDERA PROJETOS DE GESTÃO DE PESSOAS, REDES SOCIAIS, COMUNICAÇÃO E 
MARKETING DE INFLUÊNCIA PARA EMPRESAS DE DIVERSOS SETORES. FOI NOMEADO LINKEDIN TOP VOICE. SITE: WWW.LANAFIRMA.PAGE INSTAGRAM: @LA_NAFIRMA
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O boom dos 
influenciadores 
gringos
para isso. É claro que nem todos os cria-
dores de conteúdo seguem essa lógica 
de maneira deliberada, mas é inegável 
que a fórmula funciona.
Agora, e se fosse o contrário? Imagine um 
brasileiro criando conteúdo voltado para 
outros países, exaltando a cultura do novo 
país que o recebeu e criticando o Brasil. 
Tenho dúvidas se funcionaria. Nossa his-
tória colonial e nosso senso de identidade 
coletiva frequentemente se traduzem em 
© IRINA POPOVA / ADOBE STOCK
uma defesa forte de nossa nação, mes-
mo com todas as nossas críticas internas. 
Um brasileiro que fizesse algo semelhan-
te talvez fosse visto como “vira-lata” ou 
desleal, sofrendo ataques on-line que o 
desacreditassem.
Essa diferença nos faz pensar sobre o 
lugar que ocupamos no mundo e como 
as narrativas de identidade nacional são 
construídas. Por que valorizamos tanto o 
reconhecimento externo? Por que é mais 
aceitável para um estrangeiro criticar seu 
país e amar o Brasil do que para um bra-
sileiro criticar o Brasil e amar outro país? 
Talvez isso revele algo sobre nossas inse-
guranças ou nossa busca constante por 
aceitação no cenário global.
Ao mesmo tempo, é importante reconhe-
cer que essas trocas culturais são válidas 
e enriquecedoras, desde que feitas de 
forma honesta. O desafio está em manter 
um equilíbrio entre abraçar o positivo e 
evitar cair em estereótipos ou superficia-
lidades. Para influenciadores estrangeiros 
e brasileiros, o que deveria importar é a 
autenticidade e o respeito pelas culturas 
que estão representando ou criticando.
No fim, acredito que o fenômeno diz 
mais sobre nós, enquanto público, do 
que sobre os influenciadores. Por que 
consumimos o que consumimos? Que 
narrativas buscamos reforçar? E como 
isso molda nossa visão de nós mesmos e 
do mundo? É uma reflexão que vale para 
ambos os lados da câmera. 
“NÓS, COMO 
BRASILEIROS, TEMOS 
UM HISTÓRICO DE 
VALORIZAR O OLHAR 
EXTERNO QUE 
RECONHECE NOSSA 
RIQUEZA CULTURAL 
E NOS VÊ DE 
MANEIRA POSITIVA, 
ESPECIALMENTE 
EM UM MUNDO 
ONDE MUITAS 
VEZES SOMOS 
ESTEREOTIPADOS”
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 TEXTO DE CAMILA GUESA
FÉRIAS: UM 
MERGULHO NA 
PRODUTIVIDADE
NO NEGÓCIO
NO AMBIENTE PROFISSIONAL É 
GRANDE A PRESSÃO PARA OBTER 
RESULTADOS E ESTAR 100% ATIVO 
O TEMPO TODO. CONTUDO, PAUSAS 
PARA DESCANSAR E TIRAR FÉRIAS SÃO 
ESSENCIAIS PARA EMPREENDEDORES 
OXIGENAREM A MENTE E GARANTIREM 
MELHOR PRODUTIVIDADE
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Muito se tem 
discutido sobre 
escalas e formatos 
de trabalho, se 6x1 ou 4x3, se 
remoto ou presencial, mas o 
que muitos não se dão conta é 
de que essas questões discutem, 
essencialmente, a necessidade 
de pausas e cuidados maiores 
com a saúde física e mental, 
sendo priorizada também no 
ambiente corporativo. 
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NO NEGÓCIO
Não por menos: de acordo com o rela-
tório People at Work 2023: A Global Work-
force View, do ADP Research Institute, 67% 
dos trabalhadores  brasileiros dizem que o 
estresse influencia o seu trabalho; e 31%, 
a saúde mental. E não só os trabalhadores 
que passam por essas questões – o empre-
sário também. Muitos empreendedores en-
frentam desafios significativos relaciona-
dos à saúde mental, como altos níveis de 
questões mentais, segundo aponta o estu-
do “Saúde e Performance de Pessoas Em-
preendedoras” elaborado pela Endeavor 
Brasil em colaboração com o BID Lab. Dos 
entrevistados, 94,1% relatam ter vivido pe-
lo menos uma condição adversa de saúde 
mental ao longo da jornada empreendedo-
ra, com a ansiedade sendo a mais frequen-
te (85,6%), seguida por burnout (37%), de-
pressão (21%) e ataques de pânico (22%).
Para além das cargas individuais, o efei-
to da falta de descanso e de férias regulares 
entre empreendedores pode causar, tam-
bém, reflexos no negócio. Dados do relató-
rio “Diretrizes sobre Saúde Mental no Tra-
balho”, da Organização Mundial de Saúde 
(OMS) e Organização Internacional do 
Trabalho (OIT), estimam que 12 bilhões 
de dias de trabalho são perdidos anual-
mente por causa da depressão e da ansie-
dade, custando à economia mundial qua-
se US$ 1 trilhão. “Todas as pessoas preci-
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sam de um momento de descanso, inclusi-
ve empreendedores e responsáveis por ne-
gócios. O corpo pede e a mente necessita. 
Mudar a rotina e os hábitos traz renovação, 
recarrega as energias; e no retorno às ativi-
dades, a produtividade tende a aumentar. 
Indivíduos cansados e estressados tendem 
a ser menos produtivos. O descanso pro-
longado pode ajudar a enxergar soluções 
diferenciadas e a construir novos produtos 
e serviços”, afirma a psicóloga, especialista 
em gestão de pessoas e mentora de carrei-
ra Thana Mondego. 
MERECIDAS FÉRIAS?
De modo geral, pessoas à frente de ne-
gócios costumam se manter mais atuantes 
no dia a dia, postergando o momento de 
férias e descanso, por considerarem sua 
importância física e estrutural para as to-
madas de decisão do empreendimento. 
De acordo com o especialista em gestão 
e mar keting e sócio-diretor da Prosphera 
Educação Corporativa, Haroldo Matsumo-
to, são vários os impeditivos e motivos que 
podem levar empreendedores e empresá-
rios a desistir das férias. Um deles pode ser, 
por exemplo, um possível problema que a 
empresa esteja enfrentando. Outro pode 
ter relação com o próprio ego do empre-
endedor, que o leva a imaginar que a em-
presa depende 100% dele, e nada vai acon-
tecer da maneira correta enquanto ele es-
tiver de férias. “Esse pensamento, de que 
ele próprio é insubstituível e de que tudo 
depende dele para a tomada de decisão, 
pode levá-lo a crer que não pode haver 
descanso. Por um lado, isso é verdadeiro, 
especialmente se a equipe não toma uma 
decisão sem a ‘bênção’ do empreendedor. 
Por outro, mostra o quanto o empresário 
pode ser centralizador e autoritário, fato 
que vai no sentido completamente contrá-
rio ao das boas práticas de liderança, pe-
las quais buscamos ter colaboradores com 
autonomia e delegar as atividades com se-
gurança”, reforça o especialista. 
A diretora-executiva do Instituto Nacio-
nal de Estudos do Repouso (INER) e Pró-
-Espuma, Débora Fernandes, lembra tam-vida da empresa e do empresário
O FUTURO DAS STARTUPS
Com inteligência artificial, open innovation 
e soluções deep tech, setor seguirá em alta
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Totens carregadores unem 
utilidade e oportunidade ao criar 
novos espaços para publicidade
DIRETO NA TELA
MUITO ALÉM 
DO VERÃO
Especialistas 
apontam os 
setores com maior 
potencial de lucro 
e compartilham 
dicas para 
prosperar não 
apenas no verão
Com coragem e 
visão estratégica, 
FÁBIO LOUZADA 
acelerou no 
momento certo e 
transformou a Eu Me 
Banco Educação no 
maior ecossistema 
para profissionais do 
mercado financeiro 
do Brasil, com 
faturamento superior 
a R$55 milhões.
ACELERAR 
OU FREAR?
COMPREENDER O MOMENTO ATUAL DO SEU NEGÓCIO É 
CRUCIAL PARA TRAÇAR O CAMINHO: UMA ROTA RUMO AO 
SUCESSO OU UM DESVIO QUE LEVARÁ AO FRACASSO
GES179_01_Capa.indd 1GES179_01_Capa.indd 1 07/12/2024 15:5207/12/2024 15:52
NOSSA CAPA
ACELERAR OU FREAR
Nesta edição, exploramos as nuances do cenário 
atual, desvendando os indicadores que apontam 
para a aceleração ou para a frenagem do seu 
negócio. Apresentamos análises de especialistas, 
cases de sucesso e estratégias eficazes a fim de 
navegar pelas turbulências do mercado e alcançar 
resultados expressivos. Mais do que uma simples 
escolha entre dois caminhos, nossa matéria de 
capa convida você a decifrar o momento do seu 
negócio e traçar uma rota segura rumo à vitória, 
evitando os desvios que podem levar à derrota
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80_FILMES
Análises de 
filmes por Myrna 
Silveira Brandão 
e indicações de 
livros pela redação 
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TREINAMENTO&CARREIRA POR LUIZ MARINS
LUIZ MARINS É ANTROPÓLOGO, PROFESSOR E CONSULTOR DE EMPRESAS NO BRASIL E NO 
EXTERIOR. TEM 13 LIVROS E MAIS DE 300 VÍDEOS E DVDS PUBLICADOS. WWW.MARINS.COM.BR
Fazer a 
coisa certa: 
vale a pena?
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Peter Drucker é o pai da 
administração moderna. 
Pense bem no que ele disse: 
“Administrar uma empresa não é 
querer encontrar a coisa certa pa-
ra fazer, mas sim fazer certo tudo 
aquilo que devemos fazer”. 
O que ele quis dizer é que para ter 
sucesso é preciso ser ético, fazer as 
coisas certas, não se deixar enganar 
pelo ganho a curto prazo e compre-
ender que o sucesso só ocorre para 
aqueles que sabem ganhar no longo 
prazo, e para ganhar no longo prazo 
é preciso ser ético, honesto, respei-
tado em todos os sentidos.
Ainda fico impressionado ao ver 
empresários e profissionais que 
desejam vencer pelo caminho fácil 
da desonestidade, da trapaça, do 
enganar clientes, do desrespeitar 
fornecedores, do ganho fácil pela 
sonegação. Não entendem que esse 
caminho pode levar a um ilusório 
sucesso temporário, mas jamais tra-
rá o sucesso duradouro, permanen-
te. Sem credibilidade, tais empresas 
e profissionais ficam debilitados 
diante da primeira adversidade e 
sucumbem. É preciso compreender 
isso. É preciso acreditar nisso.
O caminho da retidão, da honesti-
dade, da ética, do fazer certo é mais 
íngreme, porém mais seguro e só 
ele nos levará ao verdadeiro suces-
so, que só ocorrerá se construirmos 
“EMPRESARIAR 
NÃO É QUERER 
ENCONTRAR A 
COISA CERTA 
PARA FAZER, E SIM 
FAZER CERTO A 
PRÓXIMA COISA”
Peter Drucker
uma forte credibilidade no mercado.
Escrevo isso porque tenho visto em-
presas com aparente sucesso que 
repentinamente entram em pro-
funda dificuldade. Ao estudarmos a 
razão de tal fracasso, nós nos depa-
ramos com o fato de elas terem per-
corrido esse pretenso sucesso por 
caminhos tortuosos, ilusórios, falsos, 
cheios de desonestidade e ações 
de moral e ética duvidosas. Quando 
esses empresários e profissionais 
tomam plena consciência dos erros 
que cometeram é tarde demais. Sua 
credibilidade não existe mais e são 
abandonados à própria sorte.
Assim, vale a pena lembrar-se do 
conselho de Peter Drucker: “Faça 
sempre certo. Não transija com a 
ética e com a moral. Não acredite 
nas coisas muito fáceis. Respeite 
profundamente as pessoas para que 
possa ser respeitado. Não se iluda 
com facilidades e trilhe o caminho 
seguro da ética e da honestidade”.
Muitos me dizem que isso tudo é 
ilusão e que é impossível no mun-
do concreto em que vivemos, cheio 
de corrupção e malfeitos. Minha 
resposta é sempre a mesma: quem 
disse que é fácil? Quem disse que 
o caminho da ética e da honesti-
dade é o mais largo e prazeroso? 
Quem disse que para ser ético e ho-
nesto você não terá que lutar mui-
to, muitas vezes deixando de fazer 
“bons negócios” e ficando de fora de 
oportunidades muito atraentes no 
curto prazo? Quem falou que é fácil, 
mentiu!
Apenas peço que você, empresário, 
empreendedor, profissional, pense 
no que realmente quer para sua em-
presa e para sua vida no longo prazo. 
Qual legado você quer deixar? O que 
realmente vale a pena? E, depois de 
pensar seriamente, decida e faça!
Meu desejo é que você acredite que, 
nos meus muitos anos de consulto-
ria, eu me cansei de ver empresários 
e profissionais “espertos”, os quais, 
depois de verem seus negócios e 
sua reputação na lama, me disseram 
sentir tamanho arrependimento e 
culpa que os consome dia e noi-
te. Vivem de remédios tarja preta e 
dariam tudo para voltar no tempo e 
fazer a coisa certa.
Pense nisso. Sucesso! 
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_TREINAMENTO
Franchising
Em novembro, a ABF lançou dois pro-
jetos para fortalecer o franchising sus-
tentável: o Programa de Aceleração de 
Desempenho de Franqueados (PADAF) e 
o 1º Concurso de Consultoria de Campo. 
O PADAF foca o desenvolvimento de 
soft skills dos franqueados por meio de 
conteúdos na plataforma ABF Academy, 
abordando temas como autoconheci-
mento, intraempreendedorismo e expe-
riência do cliente. Já o concurso pre-
tende valorizar os consultores de cam-
po, essenciais no suporte às redes de 
franquia, oferecendo como prêmio uma 
bolsa integral para o MBA em Gestão de 
Franquias, em parceria com a FIA.
POR JULIANA KLEINRadar.
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_EMPREENDEDORISMO
Projeto Cai na Rua
O fundador e CEO da CHILLI BEANS, 
Caito Maia, estreou em novembro 
o programa Cai Na Rua, que será 
exibido toda quinta-feira nas suas 
redes sociais. Com quase 30 anos 
de experiência à frente da maior 
rede de óculos escuros da América 
Latina, Maia agora se dedica a com-
partilhar histórias de empreende-
dores que se destacam em seus 
mercados. O episódio de estreia 
visita a confeitaria PikurruchA’S, em 
São Paulo, conhecida por seus do-
ces artesanais e ambiente lúdico. O 
programa tem o objetivo de reco-
nhecer talentos e incentivar o em-
preendedorismo, mostrando que é 
possível inovar em qualquer setor.
_CONTRATAÇÃO
Diversidade
Desde 2016, o ITAÚ UNIBANCO mantém uma parceria com 
a Specialisterne Brasil para promover a inclusão de pesso-
as autistas em seu quadro de colaboradores, reafirmando 
seu compromisso com a diversidade. Em 2024, o banco já 
contratou 58 profissionais autistas, somando 264 no total. 
Esses colaboradores estão distribuídos em diferentes áre-
as, selecionadas com base em suas habilidades e interes-
ses, garantindo adaptações metodológicas, acessibilidade 
e oportunidades de desenvolvimento profissional. 
_ENERGIA RENOVÁVEL
Novas placas solares
A NEWAVE ENERGIA, empresa especia-
lizada em energia renovável, concluiu a 
compra de mais de 738 mil placas sola-
res que serão instaladas em sua usina de 
energia limpa na cidade de Barro Alto, 
em Goiás. A negociação foi fechada em 
novembro com a empresa chinesa Jinko 
Solar. Para o CEO e fundador da Newave, 
Edgard Corrochano, o Brasil torna-se a 
“menina dos olhos” no cenário global pa-
ra o desenvolvimento do mercado livre 
de energias limpas e renováveis.
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Telegram @clubederevistasbém que, culturalmente, ainda há uma 
THANA MONDEGO, 
psicóloga, especialista 
em gestão de pessoas 
e mentora de carreira, 
alerta que todas as 
pessoas precisam de um 
momento de descanso, 
inclusive empreendedores 
e responsáveis por 
negócios: “O corpo pede e 
a mente necessita”.
HAROLDO MATSUMOTO, sócio -
-diretor da Prosphera Educação 
Corporativa: “Esse pensamento, 
de que ele próprio é insubstituível 
e de que tudo depende dele para a 
tomada de decisão, pode levá-lo a 
crer que não pode haver descanso 
[...] mostra o quanto o empresário 
pode ser centralizador e autoritário”.
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se processo, saber balancear o tempo vai 
ajudar no dia a dia. “Muitas vezes, a pres-
são por resultados e a necessidade cons-
tante de estar presente levam os empresá-
rios a ignorar suas necessidades pessoais. 
Estar bem tanto no âmbito familiar como 
no âmbito pessoal deve ser prioridade, 
porque uma base sólida oferece suporte 
emocional e reduz o estresse. Esse equilí-
brio é um diferencial para manter a saúde 
mental e alcançar o sucesso nos negócios”, 
destaca Marques.
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DADOS DO 
ESTUDO 
MOSTRAM:
• Ansiedade: 85% dos 
empreendedores relataram 
ter enfrentado ansiedade 
durante sua jornada.
• Burnout: 37% dos 
participantes relataram ter 
experimentado burnout.
• Estresse: A rotina de trabalho 
é percebida como estressante 
ou muito estressante por 
56,8% dos empreendedores.
Fonte: Endeavor Brasil.
MARCUS MARQUES, especialista em gestão empresarial: 
“Uma gestão empresarial de sucesso não se baseia apenas 
em muitas horas trabalhadas no dia ou em uma semana de 
trabalho sem um dia de descanso, mas na qualidade e no 
planejamento das tarefas realizadas”
“Há um sentimento 
inerente de que 
tirar férias é estar 
‘fazendo algo de 
errado’, mas esse 
comportamento 
também é algo que 
traz uma sobrecarga 
mental e emocional, 
pois, diante desse 
pensamento, as 
férias só acontecem 
quando chegamos à 
exaustão”
DÉBORA FERNANDES, 
DIRETORA-EXECUTIVA DO 
INSTITUTO NACIONAL DE 
ESTUDOS DO REPOUSO (INER)
sensação de culpa geral ao sair em férias. 
“Há um sentimento inerente de que tirar 
férias é estar ‘fazendo algo de errado’, mas 
esse comportamento também é algo que 
traz uma sobrecarga mental e emocional, 
pois, diante desse pensamento, as férias só 
acontecem quando chegamos à exaustão”, 
lembra. “O descanso é essencial, e por isso 
precisamos trabalhar a disciplina e cons-
ciência interior para que as férias estejam 
regularmente em nossas agendas e que 
esse seja um compromisso inegociável”, 
complementa a especialista em sono.
Portanto, é preciso ter consciência de 
que a falta de descanso pode ser ainda 
mais prejudicial ao negócio (e à pessoa fí-
sica) do que manter-se sem energia e em 
esgotamento físico e mental, mas na ati-
va. Na opinião do especialista em gestão 
empresarial Marcus Marques, o descanso 
é ponto-chave no sucesso do empresário, 
enquanto trabalhar demais pode ter uma 
interpretação equivocada. “Uma gestão 
empresarial de sucesso não se baseia ape-
nas em muitas horas trabalhadas no dia ou 
em uma semana de trabalho sem um dia de 
descanso, mas na qualidade e no planeja-
mento das tarefas realizadas. Um profissio-
nal relaxado toma decisões mais assertivas 
e lidera com mais empatia e visão do que a 
empresa almeja”. 
Além disso, equilibrar a vida profissio-
nal e pessoal é fundamental para todo em-
preendedor. Apesar das dificuldades nes-
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várias frentes, pode-se valer da figura do 
sócio ou de um funcionário de confiança 
devidamente treinado para a substituição 
temporária. Importante também preparar 
líderes e gestores para que tenham alçada 
de decisão em suas respectivas áreas. Des-
sa forma, a empresa irá manter suas ativi-
dades mesmo com o dono de férias. 
Quando isso acontece, é possível se 
desligar mais do trabalho no período de 
descanso. “Claro que você até pode res-
ponder alguma mensagem ou participar 
de uma decisão extremamente importan-
te, porém o ideal é que a empresa consiga 
andar com as próprias pernas, sendo guia-
da pelos líderes que permanecem duran-
te sua ausência”, finaliza Marques. 
A época e o período vão variar muito, 
dependendo do tipo de negócio, da área 
de atuação da empresa, do momento de 
vida do empreendedor etc. As férias cole-
YLANA MILLER, 
especialista em 
liderança, gestão de 
pessoas e CEO da 
Yluminarh: “O ideal 
é que cada pessoa 
tenha autonomia de 
escolher a época de 
tirar suas férias”.
LUIZA SERPA, diretora e fundadora do Instituto Phi: “Viajar com minha família para lugares 
novos me ajuda a me conectar com o momento presente. Volto descansada da rotina de 
tomadas de decisão e da agenda intensa, sempre com novas perspectivas e ideias”
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NO NEGÓCIO
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tivas podem ser ótimas opções, quando 
se sabe que não haverá demanda no ne-
gócio, tornando-se interessante, justa-
mente, por serem mais bem programa-
das. Assim, na volta à rotina, começa o 
período que exige atenção do empreen-
dedor e ele provavelmente estará pron-
to para isso.
A especialista em liderança, gestão de 
pessoas e CEO da Yluminarh, Ylana Mil-
ler, ressalta, porém, que, embora as férias 
coletivas sejam um momento que pode 
contribuir para o descanso, cada pro-
fissional deve reservar o seu período de 
afastamento. “O ideal é que cada pessoa 
tenha autonomia de escolher a época de 
tirar suas férias. Alguns optam por divi-
dir o período total  a que têm direito  de 
acordo com as suas preferências e neces-
sidades pessoais, possibilitando um des-
canso fracionado”, diz. 
Quando não há essa pausa, há o desgas-
te físico e mental. “No desgaste físico per-
cebemos dores nas articulações, nas cos-
tas, dores de cabeça, a postura de trabalho 
é negligenciada. Quando temos o desgaste 
emocional, podemos perceber a chegada 
de algumas doenças, como estresse, de-
pressão, ansiedade, burnout, entre outras. 
Nesses casos, os afastamentos por doença 
são inevitáveis, gerando prejuízos aos ne-
gócios. E isso pode acontecer com funcio-
nários e com empreendedores”, explica a 
psicóloga Thana Mondego.
CAMINHOS PARA RELAXAR
Para possibilitar essa pausa a fim de re-
carregar as energias físicas e emocionais, 
o ponto principal é entender seu negócio 
e se planejar. Em negócios de micro e pe-
queno porte, nos quais a presença do em-
preendedor é mais intensa e atuante em 
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APROVEITANDO
O MOMENTO
• Planeje com antecedência: 
Identifique pontos críticos e 
delegue funções antes de sair.
• Delegue responsabilidades: 
Confie na sua equipe para 
cuidar do essencial enquanto 
você descansa.
• Evite e-mails de trabalho: 
Se possível, desligue as 
notificações ou defina 
horários específicos para 
checá-los, se necessário.
• Escolha um lugar tranquilo 
e explore novas atividades: 
Lugares que promovam 
descanso e desconexão com 
o cotidiano são ideais.
• Mantenha uma rotina de 
bem-estar: Use as férias 
para atividades relaxantes, 
como caminhadas, leitura ou 
meditação.
• Movimente-se: Aproveite 
o momento para colocar 
o corpo em movimento, 
praticando atividades ao ar 
livre, esportes de que goste 
ou novas atividades.
• Conecte-se com família e 
amigos: Pode ser por meio de 
festas, encontros ou na rotina 
do dia a dia, esteja perto de 
quem é importante para você.
Fontes: Ylana Miller e Luiza Serpha.
CABEÇA DESCANSADA
A diretora e fundadora do Instituto Phi, 
Luiza Serpa, que lidera a organização so-
cial, ressalta que, para ela, o descanso é 
fundamental para manter o propósitoe o 
compromisso com o bem-estar das equi-
pes e dos atendidos, buscando sempre cui-
dar de si antes de focar os demais. “Esse é o 
sentido das férias para mim. Por isso, cos-
tumo fazer duas pausas ao ano e partici-
po de alguns retiros ao longo do ano. Uma 
equipe bem estruturada permite que o tra-
balho continue sem interrupções enquanto 
eu recarrego as energias. Viajar com minha 
família para lugares novos me ajuda a me 
conectar com o momento presente. Volto 
descansada da rotina de tomadas de deci-
são e da agenda intensa, sempre com novas 
perspectivas e ideias”, ressalta a executiva. 
Segundo a diretora, para realizar essas 
pausas, é essencial ter um planejamen-
to claro a fim de delegar tarefas e garantir 
que a equipe saiba o que fazer. Importan-
te também informar parceiros sobre a au-
sência temporária e utilizar a tecnologia a 
seu favor, redirecionando e-mails e aplica-
tivos de conversa, como o WhatsApp, para 
os responsáveis de cada projeto na sua au-
sência, ativando, inclusive, as mensagens 
automáticas de ausência por férias. “Tro-
car a imagem de perfil no WhatsApp para 
uma mensagem de férias também pode 
ser útil!”, lembra Luiza. 
O CEO da empresa especialista em pro-
dutos de limpeza Ecoville, Cristiano Cor-
rêa, também traz, na programação anual 
da empresa, agendas para que consiga ti-
rar férias para si, divididas no período das 
festas de final de ano, de uns 15 dias, e no 
meio do ano, concomitantemente com as 
férias escolares de seus dois filhos, buscan-
do memórias e trazendo experiências para 
CRISTIANO 
CORRÊA, CEO 
da Ecoville: 
“O dia a dia do 
trabalho com as 
atividades, os 
compromissos, as 
responsabilidades 
são muito 
grandes em todos 
os negócios 
em que atuo, 
e as férias são 
o momento de 
desligar, rever 
propósito, ver 
família, enfim… 
é o que traz o 
equilíbrio para 
mim nessa 
balança”.
a família e momentos para estarem sempre 
juntos. “Para mim, ela é a outra ponta da 
balança. O dia a dia do trabalho com as ati-
vidades, os compromissos, as responsabili-
dades são muito grandes em todos os negó-
cios em que atuo, e as férias são o momen-
to de desligar, rever propósito, ver família, 
enfim… é o que traz o equilíbrio para mim 
nessa balança”, conta. 
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A neta de Sara, ou Surica, como era ca­
rinhosamente chamada, explica que a co­
mida judaica representa a conexão com a 
origem. “Imagine que a Surica fazia esta 
receita na Romênia com a família e usan­
do os ingredientes disponíveis lá. Ao imi­
grar para o Brasil, ela buscou se reconec­
tar com aquela memória adaptando os 
ingredientes originais para os que encon­
trou e passando de geração em geração, 
assim como aconteceu com outras recei­
tas que estão no livro que recebemos de 
herança”, relembra.
TEMPOS OBSCUROS
Foram tempos difíceis. Às vésperas da 
Segunda Guerra Mundial, com o assom­
bro do nazismo na Europa, 193 mil refu­
giados judeus deixaram o Velho Conti­
nente em direção à América. Os Estados 
Unidos da América receberam a maioria: 
102.222. Outros 63,5 mil foram para a Ar­
gentina e 8 mil vieram para o Brasil. Con­
tudo, de acordo com dados do Documen­
to Nacional de Identidade (DNI), até 1933 
havia cerca de 40 mil judeus no Brasil, sen­
do que entre 15 mil e 20 mil estavam con­
centrados em São Paulo.
DEU CERTO
TRADICIONAL 
SABOR DO 
SUCESSO
QUADRADINHOS DE 
WAFER E CHOCOLATE, 
SOBREPOSTOS, 
TORNARAM-SE A NOVA 
MANIA GASTRONÔMICA 
DA CAPITAL PAULISTA, 
ENCONTRADOS EM UM 
LIVRO DE RECEITAS DE 
MAIS DE 50 ANOSUma mãe e avó judia, lá da Romê­
nia, que chegou ao Brasil fugindo 
da perseguição nazista da Segun­
da Grande Guerra, um livro de receitas, 
habilidade na cozinha, tudo isso regado 
por um espírito combativo. Esses foram os 
ingredientes que resultaram no Suricake, 
uma espécie de bolo de wafer crocante, 
regado com uma calda especial, que leva 
mel e um blend de chocolates tanto no re­
cheio quanto na cobertura, como se fosse 
um espelho. 
Sara Meiler (ou Sura, em iídiche, língua 
derivada do alto alemão, historicamente 
falada pelos judeus Ashkenazi), a prota­
gonista dessa história, nascida em 1931 na 
Romênia, nem imaginava que, ao aportar 
em São Paulo, já emancipada e casada, a 
delícia que saía da sua cozinha, no bairro 
de Higienópolis, seria o sucesso da filha, 
Miriam Zolko, e da neta, Mayara Zolko, 
muitos anos depois, por meio das redes 
sociais. “O Suricake era feito em datas co­
memorativas da família apenas em ocasi­
ões especiais. Essa receita acompanhou a 
Surica ao fugir do nazismo, imigrando pa­
ra o Brasil, onde continuou acompanhan­
do as grandes festas, em memória aos mo­
mentos bons vividos em sua terra”, conta 
Mayara Zolko, advogada, especialista em 
Mergers & Acquisitions (M&A), que sig­
nifica Fusões e Aquisições, companhias 
abertas e governança corporativa. É ela 
quem cuida da criação de conteúdo e co­
municação da Suricake.
 TEXTO DE MARA MAGAÑA
Miriam Meiler e a 
filha, Mayara Zolko, 
proprietárias da 
Suricake.
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“Imagine que a Surica 
fazia esta receita 
na Romênia com a 
família e usando os 
ingredientes disponíveis 
lá. Ao imigrar para o 
Brasil, ela buscou se 
reconectar com aquela 
memória adaptando os 
ingredientes originais 
para os que encontrou 
e passando de geração 
em geração, assim 
como aconteceu com 
outras receitas que 
estão no livro que 
recebemos de herança”
MAYARA ZOLKO, PROPRIETÁRIA 
DA SURICAKE
Dona Surica era uma dessas 20 mil pes­
soas. A cozinha representava sua maior 
habilidade e era motivo de competição 
com as amigas. “Ela não fazia o tipo bo­
azinha, foi uma mãe/avó brava, exigente 
e adorava fazer um drama, mas nos ensi­
nou tanto que mereceu uma homenagem”, 
destaca Mayara.
As mãos – tão habilidosas e artísticas 
quanto as de Sara – por trás do Suricake, 
que está fazendo a cabeça dos paulista­
nos nas redes sociais, são de Miriam Mei­
ler, arquiteta de formação e colecionadora 
de arte, principalmente quadros e bolsas 
antigas. A filha de Sara e mãe de Mayara 
é responsável por toda a confecção, pelos 
cortes milimetricamente calculados e pela 
embalagem sempre com laço de presente. 
Hoje já está bem disseminada a cultura 
judaica, mas à época que a Dona Sara che­
gou por aqui não era assim, principalmen­
te no que se refere à adaptação para os pa­
ladares tão diferentes. “Assim como a Suri­
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DEU CERTO
ca, os imigrantes que saíram da guerra en­
contraram no Brasil o paraíso e a liberdade 
de reproduzir as receitas. Eles se aprovei­
taram do intercâmbio cultural de forma 
positiva, tanto que no livro da Surica exis­
tem diversas receitas brasileiras, que cer­
tamente aos poucos foram influenciando 
as judaicas também”, explica Mayara.
O INÍCIO E A INOVAÇÃO
Tudo podia ter permanecido apenas 
como uma deliciosa receita familiar, que 
poucos amigos conheciam, mas os qua­
dradinhos foram ganhando fama entre os 
que os provavam, e os pedidos de “quero 
mais” se multiplicavam. “A empresa come­
çou em um momento difícil para nós; en­
quanto estávamos passando por ele, lem­
brávamos muito da Surica, e a memória 
que temos dela é extremamente relacio­
nada à gastronomia, consequentemente 
ao Suricake”, realça a comunicadora.
O investimento para dar o pontapé ini­
cial ao negócio, que começou em 2022, foi 
bem pequeno. Mayara Zolko afirma que 
não desembolsaram nem mil reais. O mar­
keting, garante Zolko, são elas próprias: “O 
marketing de sermos nós mesmas, de estar­
mos aprendendo e construindo algo junto 
do Instagramque os pedidos podem ser 
feitos, com pelo menos um dia de antece­
dência”, alerta.
O ponto de modernidade do empreen­
dimento ficou a cargo de Izabela Dolabe­
la, ex­participante do Masterchef, formada 
em Gastronomia e pós­graduada em Gas­
tronomia Funcional, além de embaixadora 
da Le Cordon Bleu, uma rede internacio­
nal de ensino de gestão de hospitalidade 
e de escolas de culinária que ensina cozi­
nha francesa. Junto com Miriam e Maya­
ra, criou o Suricake de Pistache by Izabela. 
“Essa união marcou nosso primeiro ano, 
nós (eu e minha mãe) assistimos juntas ao 
Masterchef de que a Iza participou, mas a 
conhecemos pelo Instagram e logo vira­
mos suas fãs! Conhecemos poucas pesso­
as como ela, muito animada, positiva e foi 
incrível como a gente se ligou desde o co­
meço! Hoje não fazemos nada sem ela opi­
nar”, garante Mayara.
Uma memória afetiva que está aí para 
eternizar­se. 
com a Comunidade Suricake”. A divulgação 
é toda feita por meio das redes sociais, es­
pecialmente o Instagram, onde apaixona­
dos fazem seus pedidos constantemente.
Afinal, o que é esse Suricake que anda 
provocando desejos mais que confessos? 
“É um bolo de wafer crocante com uma 
calda feita com mel puríssimo e um blend 
especial de chocolates, que serve como re­
cheio e como a magnífica cobertura espe­
lhada a enfeitar o wafer. É um doce equili­
brado, suave e delicado que combina mui­
to com café, frutas e sorvete. O Suricake 
deve ser conservado na geladeira e possui 
validade de sete dias. É impossível comer 
apenas um”, desafia a advogada.
O doce pode ser encomendado em for­
ma de placas, com 24 unidades, ou caixas 
com 6 ou 4 unidades. O negócio ainda é 
pequeno, a produção sai da cozinha da 
Sra. Miriam, que precisou adaptar o am­
biente para tornar mais profissional. Há 
planos para expansão, claro, mas no mo­
mento o foco concentra­se em como tor­
nar a experiência mais premium (perso­
nalização de sacolas, embalagens, co­
municação etc.). “Já pensamos sobre lo­
ja física, mas isso não deve acontecer em 
médio prazo. Por enquanto, é por meio 
SERVIÇO
www.instagram.com/wafer.suricake
O Suricake é um bolo de wafer crocante com uma calda feita com mel puríssimo e um blend especial de 
chocolates, que serve como recheio e para a magnífica cobertura espelhada a enfeitar o wafer.
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INSPIRAÇÃO&EMPODERAMENTO POR ERIKA PESSÔA
ERIKA PESSÔA É COMUNICÓLOGA, GESTORA DE CRISES, MENTORA DE EMPREENDEDORES, CONSULTORA 
DE GESTÃO. ESPECIALIZADA EM COMUNICAÇÃO INTERNACIONAL PELA SYRACUSE UNIVERSITY E ABERJE.
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Na correria do dia a dia, quantas 
vezes você já se perguntou se é 
possível viver com mais leveza? 
Se existe um caminho pelo qual a vida 
flui de forma natural, quase sem esforço, 
manifestando o que precisa ser feito? 
Acredite: existe e é comprovado cientifi-
camente! Esse estado que nos conecta 
ao momento presente, à nossa intuição 
e à realização das nossas ações de forma 
harmoniosa é chamado de flow.
Mas o que é flow? Trata-se de um estado 
de total imersão, em que corpo, a men-
te e o espírito trabalham em sincronia. 
É quando perdemos a noção do tempo 
porque estamos tão presentes que as 
barreiras entre o “eu” e a “ação” se dis-
solvem. É como dançar com alguém que 
conduz os movimentos com tanta leveza 
que, mesmo sem saber os passos, você 
dança. Dança de forma plena, entregue 
ao ritmo. Esta é a essência do flow: um 
estado de entrega, em que a intuição 
guia e a vida acontece.
No mundo dos negócios, especialmente 
para empreendedores, o flow pode ser 
uma ferramenta poderosa para impul-
sionar a criatividade, a produtividade e 
a satisfação pessoal. No entanto, identi-
ficar quais atividades podem gerar esse 
estado não é tão óbvio. Então, como des-
cobrir o que nos leva ao flow?
1. IDENTIFIQUE A INTERSEÇÃO ENTRE 
HABILIDADE E DESAFIO: O flow acon-
tece quando você está envolvido em 
uma atividade que desafia suas habili-
dades sem ser esmagador. Reflita sobre 
quais tarefas em sua rotina despertam 
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Você já viveu seu 
momento flow?
sua concentração total e proporcionam 
uma sensação de progresso. Por exem-
plo, para um empreendedor criativo, 
pode ser desenvolver uma estratégia 
inovadora; para um especialista técnico, 
resolver um problema complexo. 
2. PRESTE ATENÇÃO AO QUE FAZ O 
TEMPO VOAR: Quais atividades fazem 
você perder a noção do tempo? Essas 
experiências são indicativos de que você 
está em flow. Para alguns empreende-
dores, pode ser a negociação com um 
cliente; para outros, é a criação estraté-
gica ou a execução prática. Observe os 
momentos em que você se sente ener-
gizado e naturalmente imerso, mesmo 
em tarefas cotidianas.
3. CONECTE-SE COM SEU “PARA QUÊ”: 
O flow é mais intenso quando a ativi-
dade está alinhada com seus valores e 
metas pessoais. Pergunte-se: o que é 
realmente importante para mim na vida 
empreendedora? Talvez seu propósito 
seja ajudar pessoas, inovar, criar soluções 
sustentáveis ou prestar um serviço que 
facilite a vida do cliente. Quando você 
encontra significado no que faz, é mais 
provável que entre no estado de flow 
com frequência. 
Como o físico e filósofo Ennett Goswami 
explica no livro Estado Flow como Forma 
de Felicidade, o flow acontece quando 
os dois “eus” que habitam em nós – o 
consciente e o intuitivo – tornam-se um 
só, sem esforço, sem fronteiras. Nesse 
ponto, surge um prazer profundo: a rea-
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lização fluida, o caminhar fazendo de for-
ma extraordinária o que se propõe.
Agora, traga essa ideia para o mundo 
dos negócios. Pense em Pelé, Rebeca 
Andrade e Ayrton Senna. Por que fica-
mos hipnotizados ao vê-los em ação? 
Por que nos encantamos com a bele-
za e o sabor da gastronomia da chef 
Carol Mesquita ou com a fala da Alcione 
Albanesi da ONG Amigos do Bem?
Porque todos eles são realizadores que 
entregam ao mundo o seu melhor, feito 
com o coração e também com estra-
tégias, planejamento, metas e excelên-
cia. Agora, eu pergunto a você, atrair o 
outro para o que fazemos não é um dos 
propósitos da existência de marcas e 
empresas? Entende por que o flow é es-
tratégico? Esse estado pode ser alcan-
çado por você e por mim no mundo dos 
negócios se estivermos realmente com-
prometidos com o que nos propusemos 
a fazer. É como dançar com a vida, con-
fiando que o ritmo sempre nos levará ao 
lugar certo. Que possamos todos encon-
trar nosso flow e caminhar com leveza, 
foco e fé. Afinal, o poema já está se es-
crevendo. Basta deixar fluir. Vem? 
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OPINIÃO
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© ELEMENTS ENVATO
Com 72% das empresas do 
mundo tendo adotado a inte-
ligência artificial (IA) em 2024 
– um avanço significativo comparado 
aos 55% registrados no ano passado, 
segundo pesquisa da McKinsey –, a 
liderança em tecnologia está assu-
mindo uma nova identidade, motiva-
da pela inovação. Isso porque o uso 
estratégico da IA e da automação 
transforma completamente o papel 
de líderes e equipes, uma vez que o 
desafio deixa de ser apenas dominar 
tais tecnologias e torna-se ter a ca-
pacidade de mantê-las em equilíbrio 
com a criatividade e o senso crítico. 
Dessa forma, a cultura de inovação é o 
solo fértil onde essa nova liderança flo-
resce. Em um ambiente dinâmico e ágil, 
inovar significa testar, aprender, corrigir 
e evoluir rapidamente. Esta é uma das 
chaves para conduzir equipes inspira-
das nesse novo cenário: criar condições 
para experimentação e, ao mesmo tem-
po, eliminar o medo do erro. 
COMO INSPIRAR E 
MOTIVAR EQUIPES NA 
ERA DA INOVAÇÃO
LÍDERES 
TECH 2.0
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“MOTIVAR E INSPIRAR PESSOAS EXIGE QUALIDADES 
COMO COMUNICAÇÃOTRANSPARENTE, CONFIANÇA 
E ADAPTABILIDADE. UMA BOA TROCA GARANTE QUE 
TODOS COMPARTILHEM UM PROPÓSITO E SINTAM-SE 
PARTE DE UM OBJETIVO COMUM”
Para alcançar esse propósito, o lí-
der deve então capacitar o time a 
criar, refletir e questionar, pois inova-
dor é aquele que abre espaço para 
que o status quo possa ser desafiado, 
apoiando o pensamento fora da caixa 
e promovendo uma cultura em que 
ideias são bem-vindas e aprimoradas. 
Assim, a melhoria contínua passa a 
ser o combustível que move a equipe 
rumo a um futuro em que a inovação 
não é só um objetivo, mas um hábito.
Além disso, motivar e inspirar pessoas 
exige qualidades como comunicação 
transparente, confiança e adaptabi-
lidade. Uma boa troca garante que 
todos compartilhem um propósito e 
sintam-se parte de um objetivo co-
mum, enquanto a confiança cria um 
ambiente de autonomia e respon-
sabilidade, essencial para fortalecer 
a relação líder-equipe. Já a adap-
tabilidade é o segredo para manter 
a resiliência diante das constantes 
mudanças e dos avanços da tecnolo-
Para sustentar essa dinâmica, a 
capacitação contínua é um gran-
de alicerce. Em um setor em que a 
evolução é em alta velocidade, líde-
res precisam incentivar uma men-
talidade de aprendizado constante. 
Mais do que dominar técnicas e 
ferramentas, é essencial que os 
colaboradores estejam preparados 
para as transformações do merca-
do, mantendo-se atualizados e ex-
plorando novos conhecimentos. 
Com essa mentalidade de desen-
volvimento e um olhar atento às 
tendências, os líderes podem im-
pulsionar a inovação dentro da or-
ganização e preparar suas equipes 
para enfrentar qualquer desafio 
com confiança, criatividade e agi-
lidade. À medida que o mundo fica 
mais digital, a liderança tech ganha 
mais força como um pilar estraté-
gico, conectando conhecimento 
técnico com o fator humano para 
um futuro inspirador. 
Coordenador de 
Engenharia e Delivery 
na Rethink, consultoria 
de tecnologia, design e 
estratégia especializada 
no desenvolvimento de 
soluções digitais.
gia. Assim, o líder torna-se mais que um 
guia, mas um parceiro que está ao lado 
do time em cada desafio, adaptando-
-se às novas demandas e construindo 
soluções conjuntas.
Com o intuito de manter o engajamen-
to com as metas de inovação, é preci-
so estimular o envolvimento da equipe 
desde o início e saber celebrar peque-
nas conquistas ao longo do caminho. 
Quando os colaboradores são parte do 
planejamento e percebem o impacto 
real de suas contribuições, o senso de 
pertencimento se fortalece. Estratégias 
como definir vitórias rápidas, ou quick 
wins, ajudam a dividir grandes metas 
em partes menores e mais alcançá-
veis, mantendo a equipe engajada e 
conectada ao propósito. Além disso, o 
reconhecimento constante faz toda a 
diferença, pois o reforço positivo não 
só aumenta a motivação, mas também 
cria uma atmosfera de valorização e 
celebração das conquistas, alimentan-
do a paixão pela inovação.
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A mídia externa, 
ou Out Of Home 
(OOH), continua 
a se destacar como uma 
das formas mais eficazes 
de publicidade no Brasil. 
De acordo com o estudo 
Inside OOH 2023, da 
Kantar IBOPE Media, a 
mídia OOH alcança 89% 
da população brasileira, 
com destaque para as 
praças do Distrito Federal 
(95%), Recife (95%) e 
Fortaleza (93%). Esses 
números refletem o 
impacto da publicidade 
em locais estratégicos, 
como estabelecimentos 
comerciais (72%), 
transportes (64%), 
mobiliário urbano (63%) 
e grandes formatos (59%).
T O T E N S
MÍDIA EXTERNA 
SOMADA AO 
SERVIÇO TEM 
SIDO OPÇÃO 
LUCRATIVA 
PARA EMPRESAS 
E CLIENTES. NO 
GANHA-GANHA, 
A RECEITA É DE 
SUCESSO
 TEXTO DE MARCELO CASAGRANDE
PROPAGANDA
SERVIÇO COM
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DIGITAL
Nos últimos anos, a evolução digital da 
mídia OOH tem atraído atenção, com 66% 
das pessoas que viram publicidade nes-
se meio em formatos digitais de exibição, 
uma alta de 14% nos últimos seis anos. Is-
so tem permitido às marcas explorar no-
vas maneiras de interação e criatividade, 
proporcionando experiências mais im-
pactantes para o público. De fato, 93% dos 
entrevistados afirmaram que anúncios 
em formatos digitais de OOH chamam 
mais atenção, e 81% gostam de ver publi-
cidades nesse estilo. As telas digitais ofe-
recem um leque de possibilidades de seg-
mentação e personalização que tornam 
os anúncios ainda mais relevantes e imer-
sivos, gerando uma conexão mais profun-
da entre a marca e o consumidor.
INTERAÇÃO QUE
GERA RESULTADOS
Além disso, a interatividade promovida 
por esses anúncios também se traduz em 
resultados concretos para as marcas. Cerca 
de 79% das pessoas que visualizaram anún-
cios em OOH interagiram com a publicida-
de, seja buscando mais informações sobre 
a marca, seguindo a empresa nas redes so-
ciais ou escaneando um QR Code. Esse ti-
po de interação cria uma ponte direta en-
tre o mundo físico e o digital, permitindo 
que as marcas se conectem com os clientes 
em tempo real. Tal fenômeno reflete uma 
mudança significativa no comportamento 
dos consumidores, que buscam mais do 
que apenas uma exposição passiva às mar-
cas – agora, eles esperam uma experiência 
envolvente e personalizada, que possa ser 
imediatamente explorada.
Ainda conforme a pesquisa, a presen-
ça da mídia externa é especialmente mar-
cante em datas comemorativas, como o 
Dia das Mães, com 57% das pessoas lem-
brando-se de ter visto anúncios direciona-
dos para essa data. Nesse contexto, a mí-
dia OOH não se limita a gerar visibilidade, 
mas se torna uma ferramenta poderosa 
para ativar campanhas de marketing sa-
zonais que influenciam o comportamento 
do consumidor em momentos específicos. 
A publicidade nesse meio também tem a 
vantagem de alcançar um grande número 
de pessoas de forma concentrada e eficaz, 
criando um impacto visual que dificilmen-
te passará despercebido.
Essa ampla exposição e capacidade 
de atrair a atenção do público fazem da 
mídia OOH uma ferramenta estratégi-
ca não apenas para criar reconhecimen-
to de marca, mas também para influen-
ciar diretamente as decisões de compra. 
Dados indicam que 69% das decisões de 
compra são feitas quando o consumidor 
está na frente dos produtos, e a presen-
ça de anúncios criativos e digitais nas ru-
as, nos transportes e nos estabelecimen-
tos comerciais pode ser um fator crucial 
nesse processo. O impacto da mídia OOH 
no ponto de venda é notável, pois ela cria 
uma relação direta entre o consumidor e a 
“Sabia que 
inúmeras 
pessoas 
passavam 
por esses 
momentos 
diariamente. 
Acreditei 
que ganharia 
dinheiro, 
movimentaria 
a economia, 
além de 
ajudar clientes 
e usuários”
CEZAR SANTOS, CEO 
DA KEEP CHARGED
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marca, muitas vezes motivando decisões 
impulsivas e aumentando a probabilida-
de de conversão no momento da compra.
UNINDO SERVIÇO
E PUBLICIDADE
Uma inovação que complementa essa 
experiência no ponto de venda está nos 
totens carregadores de celular. Esses dis-
positivos têm atraído cada vez mais con-
sumidores, criando um ambiente mais 
envolvente e prolongando o tempo de 
permanência nas lojas, o que aumenta as 
chances de conversão e fidelização. A pre-
sença de totens com recursos tecnológicos 
não só atende a uma necessidade prática 
dos clientes, mas também fortalece a inte-
ração da marca com o consumidor, poten-
cializando o vínculo emocional e incen-
tivando a lealdade à marca. Essestotens 
servem ainda como pontos estratégicos 
para exibição de anúncios e promoções, 
criando uma sinergia entre a mídia OOH e 
o ambiente de varejo.
A EXPERIÊNCIA DO CLIENTE
EM PRIMEIRO LUGAR
E foi justamente pela falta de bateria no 
celular que o CEO da Keep Charged, Cezar 
Santos, resolveu criar uma plataforma que 
conectasse locais disponibilizando carre-
gadores aos clientes. “Sabia que inúme-
ras pessoas passavam por esses momen-
tos diariamente. Acreditei que ganharia 
dinheiro, movimentaria a economia, além 
de ajudar clientes e usuários”, explica.
A Keep Charged disponibiliza um apli-
cativo gratuito que indica onde é possível 
carregar o celular. Nos locais de carrega-
mento, há displays de publicidade que ge-
ram lucro para a empresa.
Atualmente, a rede de microfranquia 
de publicidade em carregadores de ce-
lulares e smartphones conta com mais de 
145 franquias comercializadas em 23 es-
tados brasileiros.
Outra empresa que aproveitou essa on-
da foi a PubliCarga, franquia especializada 
em publicidade indoor que utiliza totens 
carregadores de celular. André Jácomo 
identificou uma lacuna no mercado de mí-
dias alternativas e decidiu inovar ao forne-
cer publicidade fazendo uso de totens. A 
proposta da marca não é apenas um novo 
meio de publicidade, mas promover uma 
nova forma para que as marcas se conec-
tem com os públicos. 
A empresa não produz as torres de car-
ga, mas comercializa os espaços dispo-
níveis. O franqueado tem acesso a diver-
sas ferramentas on-line para inserção de 
anúncios nos totens, suporte para redes 
sociais, desenvolvimento de vídeos publi-
citários, análise de geomarketing para im-
plantação dos totens e um sistema próprio 
para gestão e solicitação de artes.
Ao adotar essa abordagem, as compa-
nhias têm a chance de melhorar a experi-
ência do cliente enquanto ampliam o al-
cance publicitário. Para os investidores e 
empreendedores, a marca representa uma 
oportunidade de crescimento significativa 
em um setor que está em franca expansão.
CRIAÇÃO DE VALOR
O consultor de Negócios  do  Serviço 
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas (Sebrae-SP), Bruno Pereira dos 
Santos, lembra que, quando é pensado no 
conceito de venda, deve-se iniciar o ra-
ciocínio com base na criação de valor. “A 
interpretação de valor parte de diversas 
ações que o empresário pode agregar ao 
seu negócio. Considerando o totem car-
regador, temos um excelente recurso para 
gerar valor ao negócio, pois este traz con-
sigo a conveniência e até uma segurança 
para ele, garantindo que não fique sem seu 
celular e acabe tendo dificuldades em ou-
tros momentos”, afirma. 
Sobre a instalação do totem propria-
mente dita, o consultor considera que 
saber dispor esse item no espaço é fun-
damental: no caso de uma loja, colocá-lo 
próximo à entrada é mais efetivo pois o 
público consegue ver o item ao passar por 
ela, o que pode estimular o acesso, funcio-
nando como um chamariz. Em outras situ-
“O totem 
como meio de 
publicidade é, 
sem dúvida, uma 
ótima tática 
para o negócio. 
Entretanto, o 
pensamento 
estratégico acerca 
desse tema é 
fundamental: 
essa publicidade 
deve estar 
prioritariamente 
relacionada com 
seu perfil de 
público e, inclusive, 
com o seu negócio”
BRUNO PEREIRA DOS 
SANTOS, CONSULTOR DE 
NEGÓCIOS DO SEBRAE-SP
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ações, disponibilizar o totem em áreas de 
maior fluxo, principalmente próximo aos 
produtos que tomariam “mais tempo” na 
tomada de decisão do consumidor, pode 
ser uma excelente escolha, pois é possí-
vel atrair a atenção do cliente.
É um fato: o ambiente de compra es-
tá cada vez mais dinâmico, e marcas que 
souberem integrar a criatividade digital 
com a experiência no ponto de venda 
terão uma vantagem significativa. A pu-
blicidade OOH, com formato inovador e 
impacto direto, continua a ser uma fer-
ramenta essencial para marcas que de-
sejam se destacar e conquistar o público 
em uma era de constantes mudanças no 
comportamento do consumidor.
Então, por que não unir tudo isso nu-
ma espécie de “ganha-ganha”? Santos 
considera que essa é uma forma atrativa, 
e toda maneira de promover faturamen-
to para o negócio é muito bem-vinda pa-
ra qualquer empresa. 
O consultor afirma que transformar 
itens e recursos dos negócios em mídias 
para as mais diversas divulgações sem-
pre é uma excelente ideia, pois, além de 
potencializar o interesse do público ao 
item em questão, gera renda e fortaleci-
mento de parcerias. “O totem como meio 
de publicidade é, sem dúvida, uma ótima 
tática para o negócio. Entretanto, o pen-
samento estratégico acerca desse tema 
é fundamental: essa publicidade deve 
estar prioritariamente relacionada com 
seu perfil de público e, inclusive, com o 
seu negócio”, aconselha.
Por isso, complementa, apostar em 
parcerias com empresas que vendem 
produtos ou serviços complementares 
aos que você oferece, atendendo o mes-
mo público, torna a ação ainda mais efe-
tiva. É importante também respeitar a 
identidade visual do seu estabelecimen-
to, para que o totem não destoe do visual 
merchandising da empresa, criando um 
destaque negativo no ambiente.
Essa informação é respaldada por 
uma pesquisa do Serviço de Proteção ao 
“Ao analisar os 
dados de forma 
integrada, fica 
evidente que 
estratégias que 
aumentem a 
permanência 
do cliente no 
ponto de venda, 
como os totens 
carregadores, são 
fundamentais para 
criar um ambiente 
que estimule tanto 
a validação de 
compras planejadas 
quanto as compras 
por impulso”
ALDO BATISTA DOS SANTOS 
JUNIOR, CONSULTOR DE 
NEGÓCIOS DO SEBRAE-SP
Crédito (SPC), trazida pelo consultor de 
Negócios do Sebrae-SP, Aldo Batista dos 
Santos Junior. Ele afirma que os totens 
carregadores, ao oferecerem um servi-
ço prático como o carregamento de ce-
lulares, aumentam o tempo de perma-
nência do cliente no ponto de venda.
Os números mostram: 34,6% dos 
consumidores compram mais quan-
do passam mais tempo na loja, muitas 
vezes motivados por estímulos que ini-
cialmente não planejavam. “Portanto, 
ao analisar os dados de forma integra-
da, fica evidente que estratégias que au-
mentem a permanência do cliente no 
ponto de venda, como os totens carre-
gadores, são fundamentais para criar 
um ambiente que estimule tanto a vali-
dação de compras planejadas quanto as 
compras por impulso”, afirma. 
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DIVERSIDADE&INCLUSÃO POR DANIELE AVELINO
DANIELE AVELINO É ESPECIALISTA EM DIVERSIDADE E INCLUSÃO, LINKEDIN TOP VOICE E MENTORA 
DE MARCA PESSOAL E ESTRATEGISTA DIGITAL. IN: WWW.LINKEDIN.COM/IN/DANIELEAVELINO.
Recentemente participei de um 
fórum do The Future is Now, onde 
tivemos diversas palestras e gos-
tei muito do tema de Sustentabilidade 
Humana para a Sustentabilidade dos 
Negócios. Na verdade, o tema central 
era: Humanização: inovação e bem-estar 
no ambiente de trabalho. 
Esse tema nos dias atuais é de grande 
relevância, pois com as mudanças nas 
expectativas de consumidores, inves-
tidores e colaboradores, a sustentabi-
lidade humana consolida-se como um 
diferencial competitivo no mercado 
moderno. Esse conceito enfatiza a im-
portância de cuidar das pessoas como 
parte essencial do sucesso empresarial 
e da responsabilidade socioambiental. O 
investimento em sustentabilidade huma-
na, ou seja, em práticas que promovam 
saúde, bem-estar, inclusão e desenvolvi-
mento dos colaboradores, cria uma base 
sólida para que as empresas prosperem 
de forma ética e sustentável. Este artigo 
explora como a sustentabilidade huma-
na se traduz em benefícios tangíveis para 
os negócios, como resiliência, inovação e 
reputação positiva.
O QUE É SUSTENTABILIDADE 
HUMANA?
A sustentabilidade humana vai além de 
práticas convencionais de bem-estare diversidade; ela engloba uma visão 
holística que valoriza cada colabora-
“O INVESTIMENTO EM SUSTENTABILIDADE 
HUMANA, OU SEJA, EM PRÁTICAS 
QUE PROMOVAM SAÚDE, BEM-ESTAR, 
INCLUSÃO E DESENVOLVIMENTO DOS 
COLABORADORES, CRIA UMA BASE SÓLIDA 
PARA QUE AS EMPRESAS PROSPEREM DE 
FORMA ÉTICA E SUSTENTÁVEL”
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dor como indivíduo, promovendo seu 
desenvolvimento integral. Com a pan-
demia em 2020, ficou acentuado que 
precisamos cuidar das pessoas e, para 
isso, envolver políticas de saúde men-
tal, bem-estar físico, inclusão, seguran-
ça e oportunidades de desenvolvimento 
contínuo. Após o caos que a epidemia 
global trouxe, empresas passaram a criar 
áreas ou diretrizes específicas sobre esse 
tema. Empresas que adotam tal aborda-
gem entendem que o sucesso não está 
apenas nos resultados financeiros, mas 
também na capacidade de proporcionar 
uma experiência enriquecedora e signi-
ficativa aos seus colaboradores. Investir 
na sustentabilidade humana é, portan-
to, investir na continuidade e no impacto 
positivo dos negócios.
A CONEXÃO ENTRE BEM-ESTAR 
E PRODUTIVIDADE
Empresas que priorizam o bem-estar 
de seus colaboradores colhem frutos 
em termos de produtividade e compro-
metimento. Quando os colaboradores 
sentem-se valorizados e apoiados, eles 
tendem a apresentar maior satisfação no 
trabalho, menor índice de absenteísmo 
e maior capacidade de foco. Benefícios 
como horários flexíveis, apoio psicoló-
gico, espaços de convivência e progra-
mas de saúde física criam um ambiente 
onde as pessoas podem desenvolver 
todo seu potencial, o que beneficia di-
retamente os resultados da empresa. 
Recentemente tivemos organizações 
que adotaram a semana de quatro dias 
e algumas já estão planejando para ter a 
semana de três dias, pois os resultados 
alcançados com quatro dias foram signi-
ficativos nos resultados nos negócios. A 
questão principal é: o que falta no Brasil 
para que isso se torne prática diária? 
Coragem das organizações e responsa-
bilidade das pessoas.
REDUÇÃO DE CUSTOS E 
AUMENTO DE EFICIÊNCIA
Investir em bem-estar também gera re-
sultados financeiros. Com colaboradores 
saudáveis e motivados, a empresa dimi-
nui o risco de problemas de saúde rela-
cionados ao trabalho, reduzindo, assim, os 
custos associados a afastamentos e tra-
tamentos médicos. Além disso, a retenção 
de talentos torna-se mais sólida, reduzin-
do a necessidade de novas contratações 
e treinamentos constantes. 
Sustentabilidade 
Humana para a 
Sustentabilidade 
dos Negócios PARTE 1
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DAS GRADES 
AO SUCESSO
COM UM PASSADO CONTURBADO, 
MURILLO CARIZZIO TRILHOU UM 
CAMINHO DE SUPERAÇÃO QUE O 
LEVOU DA PRISÃO AO SUCESSO NO 
MUNDO DO EMPREENDEDORISMO
 TEXTO DE JULIANA KLEIN
um erro que o levou à prisão. No entanto, 
demonstrando força e determinação, re-
cusou-se a ser definido por esse momento 
e encarou a situação como uma chance de 
trilhar um novo caminho.
Em 2014, livre da prisão, Carizzio ti-
nha um objetivo: construir um futuro di-
ferente. Uma vaga em uma grande empre-
sa parecia a oportunidade ideal, mas um 
pequeno erro no currículo mudou tudo. 
Ao digitar um número de telefone errado, 
Murillo sem querer abriu caminho para 
que o empregador descobrisse seu passa-
do por meio de uma busca on-line. A opor-
tunidade de emprego foi perdida, mas es-
se contratempo o levou a uma grande vira-
da. Um encontro casual com um fornece-
dor de sua namorada, que se dedicava às 
vendas on-line de semijoias para custear 
os estudos, apresentou a ele o promissor 
universo das correntes de prata. 
Com R$500 emprestados da namorada 
e muita determinação, ele deu seus pri-
meiros passos como empreendedor, ven-
dendo peças masculinas em grupos do 
Facebook enquanto ainda cursava Direi-
A história de Murillo Carizzio é 
uma verdadeira prova de que 
é possível dar a volta por cima 
e transformar a vida, mesmo diante de 
obstáculos desafiadores. O empresário 
comprova que recomeçar é uma alter-
nativa. Após cumprir pena na cadeia, ele 
fundou a El Patron Platas, marca de joias 
de prata que faturou R$4,5 milhões em 
2023 e projeta R$6 milhões para 2024.
Especializada em pratas italianas, a 
El Patron oferece anéis, brincos, corren-
tes, escapulários, pingentes e pulseiras. 
Com matriz em Goiânia e e-commerce 
consolidado, a empresa inaugurou sua 
primeira loja física em São Paulo, no 
Shopping Itaquera, em junho deste ano. 
O plano de expansão prevê cinco uni-
dades próprias e, posteriormente, fran-
quias no Sudeste e Sul do País.
DO ERRO AO 
EMPREENDEDORISMO 
O ano de 2013 marcou uma reviravol-
ta na vida de Murillo Carizzio. Cursando 
Direito e com apenas 21 anos, cometeu 
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M U R I L L O C A R I Z Z I O
to. “Eu estava determinado a fazer a dife-
rença e encontrei no empreendedorismo 
o caminho para a redenção e a realização 
pessoal. Enxerguei na criação de um ne-
gócio a oportunidade de gerar renda, ofe-
recer oportunidades para outras pessoas 
e, principalmente, demonstrar que eu era 
capaz de construir algo positivo e signifi-
cativo”, afirma.
INSPIRAÇÃO NO PÚBLICO JOVEM
Inspirado na série Narcos, Carizzio re-
batizou a empresa, inicialmente chama-
da Dallas Joias, para El Patron. A marca 
investe em ostentação e conexão com o 
mundo do hip-hop, firmando parcerias 
com MCs e influenciadores como Xamã, 
Hungria e Filipe Ret. O público-alvo são 
jovens de 18 a 35 anos, com foco na faixa 
etária de até 25 anos.
Além das lojas físicas e franquias, o 
empresário planeja incluir produtos fe-
mininos no catálogo da El Patron e ex-
pandir para o mercado norte-americano, 
onde identifica uma lacuna na oferta de 
peças de prata de valor intermediário.
A história de Murillo Carizzio é um 
exemplo de resiliência, determinação e 
superação. Ele transformou as adversi-
dades em combustível para alcançar seus 
objetivos e construir um futuro promis-
sor. O jovem empreendedor, que um dia 
esteve preso, hoje colhe os frutos de sua 
dedicação e trabalho duro, inspirando a 
todos com sua trajetória de vida. 
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STARTUP-SE
ESPECIALISTAS APONTAM AS TENDÊNCIAS E 
O QUE PODEMOS ESPERAR DO PRÓXIMO ANO 
PARA ESSE SETOR QUE NÃO PARA CRESCER
 TEXTO DE MICHELLE RAEDER
O QUE ESPERAR 
DO MERCADO 
DE STARTUPS 
PARA 2025?
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T E N D Ê N C I A
O ano de 2025 
está batendo à 
porta e a cabeça 
dos “startupeiros” já 
está focada em ações e 
planejamentos para o ano 
novo. E não é para menos, 
são tantas novidades nesse 
mercado que cresce e está 
em constante evolução, 
que os empreendedores 
precisam estar sempre à 
frente para não perderem 
oportunidades. 
“Soluções mais 
maduras, em 
diversas áreas, 
tais como 
saúde, energia, 
financeiro e agro, 
terão destaque”
MARCOS GONÇALVES, 
CTO DA BETH HEALTH 
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STARTUP-SE
Há muitas expectativas para 2025, 
principalmente no que tange à trans-
formação tecnológica. Segundo o CTO 
da Beth Health Tech, Marcos Gonçal-
ves, a consolidação de tecnologias em 
evidência como a inteligência artifi-
cial (IA), com uma maior clareza de 
suas aplicações e distanciamento do 
“hype”, é uma das tendências para o 
próximo ano. “Soluções mais madu-
ras, em diversas áreas, tais como saú-
de, energia, financeiro e agro, terão 
destaque”, esclarece. 
Para2025, espera-se um mercado 
ainda mais dinâmico e maduro, afirma 
o fundador e CEO da  100 Open Star-
tups, Bruno Rondani. “A tendência de 
crescimento no setor de inteligência ar-
tificial deve se intensificar, já que seto-
res estratégicos como mineração, ener-
gia, saúde, serviços financeiros e indús-
tria estão ampliando seu interesse por 
soluções de deep tech e IA, enquanto 
categorias como agritechs, também ga-
nharão destaque”.
Além disso, o CEO da Invest Tech, 
Felipe Zaghen, acredita que haverá 
mais ofertas em 2025, pois muitas em-
presas que acabaram segurando novas 
captações, ou com rodadas bridge (tipo 
de financiamento usado para estender 
a pista de uma startup até ela levantar 
a próxima rodada de financiamento de 
capital de risco), dívida, ou entrando 
em ponto de equilíbrio e segurando 
novos investimentos, precisarão vol-
tar a captar para crescer. “Nós vimos 
isso em nosso portfólio. Enquanto em 
2023 nossas empresas aumentaram o 
faturamento, no consolidado, próximo 
a 40%, em 2024 o crescimento deve fe-
char em torno de 35%, mas com maior 
geração de caixa. Para voltarem a ace-
lerar o crescimento, que no early stage 
é necessário, elas precisarão captar no-
vas rodadas com investidores”, pontua.
Conforme explicam os especialis-
tas, há muito otimismo para 2025, pois 
avaliam que o mercado está ficando 
mais racional e, com isso, acreditam 
que haverá mais rodadas de investi-
mento saindo. “Esperamos que o mer-
cado de M&A melhore, algo necessário 
para que os fundos consigam realizar as 
saídas. E esse ponto das saídas é funda-
mental para sinalizar aos investidores fi-
nais que há boas oportunidades de retor-
no no segmento de venture capital. E, ao 
que tudo indica, isso deve ocorrer, pois 
no primeiro semestre de 2024 o Brasil já 
teve 61% do volume de ofertas de 2023, 
indicando que há uma clara tendência de 
melhora”, conta Zaghen.
Segundo Rondani, o crescimento con-
tínuo da prática de open innovation, que 
já demonstrou aumentos expressivos no 
valor contratado em 2024, deve manter 
um ritmo de expansão acima de 50%. 
“Além disso, o amadurecimento do ecos-
sistema brasileiro e a forte demanda por 
soluções tecnológicas robustas, como IA 
e deep techs, criam um ambiente favorá-
vel tanto para startups quanto para cor-
porações. O engajamento entre esses ato-
res está se tornando mais estratégico, ga-
rantindo resultados sustentáveis e trans-
formadores para todos os envolvidos”.
“A tendência de 
crescimento no setor 
de inteligência artificial 
deve se intensificar, já 
que setores estratégicos 
como mineração, 
energia, saúde, serviços 
financeiros e indústria 
estão ampliando seu 
interesse por soluções 
de deep tech e IA, 
enquanto categorias 
como agritechs, 
também ganharão 
destaque”
BRUNO RONDANI, FUNDADOR E 
CEO DA 100 OPEN STARTUPS
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Zaghen explica que certamente 2025 
será melhor para os investimentos, pois 
com preços melhores, empreendedores 
mais cuidadosos com o uso dos recursos 
e um mercado de M&As se aquecendo, 
as perspectivas são positivas. “O interes-
se cada vez maior por inteligência artifi-
cial deve ajudar a impulsionar os investi-
mentos em startups de tecnologia, além 
de outras techs que são muito fortes no 
Brasil, como fintechs e climate techs, por 
exemplo”, reforça. 
A BOLA DA VEZ
Em 2024, observamos um crescimento 
exponencial no uso de inteligência artifi-
cial pelas empresas. Desde as maiores até 
os pequenos negócios passaram a inves-
tir na adoção dessa tecnologia. Segundo o 
estudo Founder Overview, realizado pela 
ACE Ventures, em conjunto com o Servi-
ço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque-
nas Empresas - Sebrae Startups, 36% das 
startups notaram um crescimento no in-
teresse dos investidores por empresas que 
usam IA, e os negócios que implementa-
ram a inovação reportam aumento e efi-
ciência operacional em 37%. Além disso, 
28% das startups usam a tecnologia na 
análise de dados, e 24% planejam automa-
tizar os processos. Isso significa que é uma 
tecnologia que veio para ficar. 
Segundo o head de Investimento da 87 
Labs e CGO da Vurdere, Daniel Pisano, a 
IA está transformando processos e aju-
dando as empresas a otimizar recursos de 
forma eficiente. “Acredito muito no poten-
cial daquelas empresas que utilizam inte-
ligência artificial, especialmente para ga-
nho de produtividade e melhoria na expe-
riência do usuário”.
O sócio e diretor de Investimentos da 
ACE Ventures, Pedro Carneiro, avalia o 
ano de 2024 como uma corrida intensa 
entre as startups que encontraram novas 
formas de adotar soluções de IA genera-
tiva em situações específicas e as gran-
des empresas de IA expandindo cada vez 
mais as suas funcionalidades. “Com isso, 
as capacidades adicionadas em ferramen-
tas como ChatGPT, como trabalhar com 
“O interesse cada vez maior por inteligência 
artificial deve ajudar a impulsionar os 
investimentos em startups de tecnologia, além 
de outras techs que são muito fortes no Brasil, 
como fintechs e climate techs, por exemplo”
FELIPE ZAGHEN, CEO DA INVEST TECH
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SuperFrete
A SuperFrete, fundada em 2020, almeja 
impulsionar pequenos negócios no 
Brasil, ajudando-os a superar os desafios 
do frete e competir com grandes 
varejistas. De acordo com o CEO, Victor 
Maes, 2024 foi um ano de crescimento 
e reconhecimento, com indicações ao 
Prêmio Reclame Aqui 2024, LinkedIn Top 
Startups 2024, certificação Great Place to 
Work e reconhecimento pela 100 Startups 
to Watch. Para 2025, a SuperFrete planeja 
ampliar sua base de clientes, gerar mais 
valor para transportadoras parceiras e 
continuar investindo em tecnologia e 
educação a fim de fortalecer pequenos 
empreendedores. “Estamos trabalhando 
em soluções que não apenas otimizam, 
mas também geram mais valor para as 
transportadoras parceiras, simplificando 
a logística e reduzindo os custos para 
nossos usuários”, mostra Maes.
EMPRESAS QUE ESTÃO FAZENDO SUCESSO 
E DEVEM CONTINUAR NO PRÓXIMO ANO
BePass
O CEO e fundador da 
empresa de biometria 
facial, Ricardo Cadar, teve a 
ideia do negócio em 2016, 
prevendo a substituição da 
biometria digital. O primeiro 
caso de sucesso foi o 
Palmeiras, que implementou 
a tecnologia em seu estádio 
para combater cambistas. “O 
Palmeiras foi nosso primeiro 
case no Brasil e o primeiro 
do mundo a implementar 
o acesso por biometria 
facial no seu estádio. Hoje, 
temos em nossa base quase 
1 milhão de torcedores do 
Palmeiras cadastrados”, 
conta Cadar. 
Em 2024, a empresa teve 
um grande crescimento, 
aumentando o faturamento 
de R$1,7 milhão para R$9 
milhões, expandindo a equipe 
e fechando contratos com 
Maracanã, Arena do Grêmio, 
Nilton Santos, Vila Belmiro, 
Arena das Dunas, Arena Fonte 
Nova e Arena Barueri. Além 
do futebol, a empresa atua 
em eventos como a Festa do 
Peão de Barretos, Jaguariúna 
Rodeo Festival e Brasil Game 
Show. Para 2025, a meta é 
chegar a 12 clubes atendidos 
não apenas da série A, mas 
também série B e C, além de 
expandir para outros países 
da América Latina, da Europa 
e para os Estados Unidos.
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Tupi Mobilidade
A Tupi, com o objetivo de 
simplificar o acesso à mobilidade 
elétrica no Brasil, criou um 
ecossistema que conecta 
motoristas, redes de recarga 
e empresas. De acordo com o 
diretor de relações institucionais, 
Davi Bertoncello, a empresa 
surgiu da necessidade de um 
player que unisse tecnologia, 
conhecimento do contexto local 
e experiência diferenciada para 
usuáriose parceiros. 
“De um lado, o crescimento 
acelerado da adoção de 
veículos elétricos no mundo. 
De outro, o Brasil, um país com 
enorme potencial para liderar 
essa revolução, mas que ainda 
caminhava a passos lentos na 
infraestrutura necessária”, afirma 
Bertoncello.
Em 2024, a Tupi consolidou sua 
liderança no mercado com a 
expansão da infraestrutura, 
parcerias estratégicas, 
reconhecimento no setor, 
crescimento de usuários 
e expansão internacional. 
Para 2025, a Tupi prevê um 
ano desafiador, mas com 
oportunidades a quem inovar 
com propósito.
Preâmbulo Tech
A Preâmbulo Tech, pioneira em 
soluções tecnológicas para 
o setor jurídico desde 1988, 
vem transformando a forma 
como advogados trabalham 
no Brasil. Segundo a CMO, 
Andreia Andreatta, a empresa 
acompanhou e liderou a 
evolução do mercado, passando 
da informatização básica para a 
automação e, agora, a inteligência 
artificial. Em 2024, a Preâmbulo 
Tech lançou a Preâmbulo Legium, 
assistentes de IA que trazem 
mais eficiência e economia para 
escritórios de advocacia. Para 
2025, o foco é expandir o acesso 
à Preâmbulo Legium.
“Nosso foco estará em levar a 
Preâmbulo Legium para um 
número cada vez maior de 
escritórios e departamentos 
jurídicos, democratizando o 
acesso à inteligência artificial. 
Queremos que a eficiência e a 
economia geradas por nossos 
assistentes de IA sejam uma 
realidade para escritórios de 
todos os portes”, conta Andreia.
T&D Sustentável
A T&D Sustentável, greentech 
fundada por Camillo Torquato 
em 2018, combate o desperdício 
de água com tecnologias e 
serviços inovadores. “Somos 
uma greentech dedicada ao 
desenvolvimento de tecnologias 
e serviços inovadores para 
combater o desperdício de 
água. Com um propósito claro, 
a empresa busca não apenas 
melhorar a eficiência hídrica, 
mas também promover uma 
mudança cultural em relação ao 
uso desse recurso vital”, afirma o 
head de Growth e sócio, Felipe 
Mendes. Segundo ele, 2024 
foi um ano excepcional para a 
startup, com expansão para 45 
cidades, abertura de escritório 
em São Paulo e conquista de 
novos clientes, como hospitais 
da Rede D’Or e Hapvida, além da 
YDUQS. A empresa também foi 
tricampeã consecutiva no prêmio 
100 Open Startups e participou 
do Belt and Road Summit em 
Hong Kong. Com o número de 
clientes dobrado e o faturamento 
triplicado, a T&D Sustentável 
economizou um bilhão de litros 
de água no Brasil. Para 2025, a 
meta é expandir para Fortaleza 
e continuar inovando a fim de 
alcançar 144 cidades até 2027.
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Andreia Andreatta, da Preâmbulo Tech.
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“Todo negócio 
pode empregar 
ferramentas para 
otimização de sua 
gestão interna, como 
gerenciamento e 
resposta automática 
de pedidos, ou até 
planejamento e 
controle de estoque 
e lembretes de 
despacho”
PEDRO CARNEIRO, SÓCIO E 
DIRETOR DE INVESTIMENTOS 
DA ACE VENTURES
anexos, reconhecimento e criação 
de imagens e integração com outras 
aplicações, por exemplo, deixaram 
obsoletas muitas soluções de star-
tups que nasceram especificamente 
para tratar essas dores”.
Portanto, para Carneiro, em 2025 
a expectativa é que essa corrida fique 
ainda mais acirrada, sendo mais difí-
cil para startups 100% focadas em fer-
ramentas de IA competirem com as 
big techs, e até com modelos de códi-
go aberto. “Por outro lado, negócios 
que aplicam ferramentas de IA como 
parte da geração de valor na jornada 
do usuário devem ter mais defensa-
bilidade nesse setor”, explica.
Carneiro afirma que a IA pode 
ser utilizada em qualquer tipo e ta-
manho de negócio, a diferença se-
rá apenas por onde começar. “Todo 
negócio pode empregar ferramentas 
para otimização de sua gestão inter-
na, como gerenciamento e resposta 
automática de pedidos, ou até plane-
jamento e controle de estoque e lem-
bretes de despacho. Em alguns casos, 
a integração com a IA pode ser ainda 
mais profunda e fazer parte do algo-
ritmo interno do produto, mas esses 
casos não são tão frequentes”, explica.
O especialista pontua que ao de-
cidir usar essa tecnologia na empre-
sa é importante começar pelo bási-
co e avaliar o que realmente vai for-
necer mais eficiência e inteligência 
para o negócio. Muitas empresas op-
tam por começar com integrações 
mais robustas ou até com a criação 
de um modelo proprietário, o que 
exige muito esforço, sem nem terem 
adotado as soluções mais básicas pa-
ra ganhar eficiência e agilidade, que 
têm um custo baixo de teste. É funda-
mental olhar para cada atividade da 
empresa e avaliar em quais delas a IA 
é mais proficiente hoje. Essas devem 
ser as primeiras a receberem aplica-
ção dessa tecnologia.
O diretor-executivo da Ab2L e es-
pecialista em Gestão e Inovação Jurí-
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dica, Daniel Marques, afirma que m 2025, 
veremos a consolidação de IAs generati-
vas cada vez mais específicas e altamen-
te especializadas. “Também veremos um 
amadurecimento dos investidores que 
olham com maior interesse para esse seg-
mento. Somente neste ano aproximada-
mente R$1 bilhão foi investido na área. Se-
ja na concepção de produtos ou na pres-
tação de serviços, a inteligência artificial 
será, inevitavelmente, parte fundamental 
para otimizar entregas e gerar eficiência. É 
um movimento irreversível”, explica. 
OUTRAS TENDÊNCIAS 
Contudo, a inteligência artificial não 
é a única solução tecnológica que po-
de ser um “hype” em 2025. De acordo 
com Gonçalves, soluções de automação 
e predição, voltadas à promoção e faci-
litação da interoperabilidade entre sis-
temas, destacaram-se, especialmente no 
setor de saúde. Por isso, ele acredita que 
o próximo ano seja de consolidação des-
sas tecnologias com incremento da per-
sonalização no atendimento aos seus 
usuários e uma maior percepção de va-
lor em sua utilização.
Pisano, por sua vez, afirma que ferra-
mentas tecnológicas, como o Copilot, que 
atua mais na área de desenvolvimento de 
software, ajudando desenvolvedores a 
completar códigos de forma mais rápida 
e eficiente e a aplicar Processamento de 
Linguagem Natural (PLN), são tendên-
cias promissoras que não vão substituir 
o ser humano, mas sim aumentar a pro-
dutividade e automatizar tarefas repeti-
tivas. “Outras áreas da IA, como análises 
preditivas, também são relevantes, mas 
vejo certos desafios no seu avanço devi-
do à qualidade limitada das fontes de da-
dos. Isso acaba restringindo um pouco o 
impacto dessa tecnologia no curto prazo. 
Uma tendência que considero extrema-
mente interessante são as iniciativas rela-
cionadas ao ESG (Environmental, Social, 
and Governance). Startups que consegui-
rem aliar tecnologia com impactos reais 
em ESG certamente estão em um cami-
nho muito promissor”, conclui. 
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10 dicas para os pequenos 
negócios venderem mais 
no final do ano
O Natal representa uma grande 
oportunidade para as micro e 
pequenas empresas vende-
rem mais. No entanto, para se destacar 
da concorrência e atrair o público-alvo 
é preciso planejar e executar estraté-
gias de marketing eficientes e criativas. 
Com o intuito de ajudar os pequenos 
negócios, listamos algumas dicas para 
as empresas aproveitarem bem a data 
comemorativa: 
 
1. COMECE CEDO O PLANEJAMEN-
TO – Planeje seu orçamento para 
investir em aquisição de novos 
produtos, divulgação/promoção 
e contratação de colaboradores 
temporários, além de fazer uma 
reserva de faturamento exceden-
te. Isso é importante para suprir os 
meses de poucas vendas no início 
do ano seguinte.
2. PREPARE O ESTOQUE E A LO-
GÍSTICA – Pense nos produtos a 
comprar com base nos itens mais 
procurados no mercado, na meta 
de vendas, no capital de giro dis-
ponível e no histórico de vendas. 
Conheça a reputação de novos 
fornecedores, a políticade pre-
ço, os vencimentos, o lote mínimo, 
as formas e os prazos de entrega. 
Verifique se há espaço na loja para 
guardar os produtos em estoque 
ou se será necessário espaço extra. 
3. CRIE PROMOÇÕES ESPECIAIS E 
FIDELIZE SEUS CLIENTES – Uma 
das formas mais simples e eficazes 
CONVERSA AFINADA POR RAFAEL SOUZA
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RAFAEL DE SOUZA É CONSULTOR DE NEGÓCIOS DO SEBRAE-SP.
de estimular as vendas é oferecer 
promoções especiais para os seus 
produtos ou serviços. Você pode 
criar combos, kits, brindes, cupons, 
ofertar degustação/teste, frete grá-
tis para compras acima de determi-
nado valor, vale presente etc. 
4. FAÇA AÇÕES DE VISUAL MER-
CHANDISING – Avalie a neces-
sidade de limpeza e/ou reforma 
da fachada da loja; faça cross-sell 
(venda adicional de produtos com-
plementares colocados próximos); 
use etiquetas, sacolas e embalagens 
personalizadas para presentes (fa-
zendo parte da decoração); pense 
na atualização da vitrine com a te-
mática de Natal e de Ano Novo.
5. DEFINA AÇÕES DE MARKETING 
DIGITAL – Atualize os dias e horá-
rios de funcionamento (Instagram, 
Facebook, Perfil Empresa no 
Google etc.); elabore um calendá-
rio editorial com dicas de presen-
tes, promoções, bastidores, entre 
outras; faça parcerias com microin-
fluenciadores locais.
6. UTILIZE A TECNOLOGIA E A INTE-
LIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA) – Esse 
tipo de tecnologia pode ajudar de 
diversas formas, desde ideias so-
bre o que fazer para aumentar as 
vendas no período até criar textos, 
imagens e vídeos persuasivos que 
vendem, além de insights sobre co-
mo decorar a loja. 
7. INVISTA EM TRÁFEGO PAGO – 
Caso tenha capital disponível, outra 
forma de atrair mais clientes é in-
vestir em tráfego pago, que pode 
ser veiculado em redes sociais, bus-
cadores, sites, blogs etc. 
8. DESENVOLVA A SUA NETWORK 
E SEJA PERSUASIVO – Você não 
precisa depender 100% do mundo 
digital, mapeie eventos presenciais, 
empresas e pessoas estratégicas 
que tenham sinergia com o seu pú-
blico-alvo e faça parceria com elas. 
9. RECRUTE, SELECIONE E TREINE 
SUA EQUIPE – Pensando em vagas 
temporárias, defina para quais fun-
ções e a quantidade de vagas, além 
de estabelecer a forma de contrata-
ção e remuneração.
10. MONITORE E AVALIE OS RESULTA-
DOS – Com base nas metas e nos 
indicadores preestabelecidos, avalie 
se os resultados têm sido alcan-
çados. Em caso negativo, refaça a 
estratégia para tentar contornar os 
desafios encontrados; identifique 
quais os pontos positivos e melho-
res resultados obtidos, pois eles po-
derão ser utilizados novamente de 
forma contínua ou esporádica em 
outras datas comemorativas. 
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EXPRESSÃO 
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IBS (Imposto sobre Bens e Serviços, re-
passado a estados e municípios) e CBS 
(Contribuição sobre Bens e Serviços, 
de competência da União), além do 
IS (Imposto Seletivo sobre produtos e 
serviços considerados prejudiciais à 
saúde ou ao meio ambiente).
As alíquotas serão unificadas por setor, 
havendo cobrança reduzida em 60% 
para determinados setores (como saú-
de, educação etc.), 30% para serviços 
de natureza intelectual/científica e 
100% para alguns outros segmentos.
Obviamente, a reforma não irá agradar 
a todos. Quase todos os setores terão 
mudanças em suas cargas tributárias, 
alguns para mais e outros para menos. 
Como não poderia deixar de ser, os 
diversos segmentos da economia tra-
vam uma batalha pelo enquadramento 
das faixas “descontadas” das alíquotas 
de cada imposto, batalha esta que pa-
rece longe do fim e que provavelmente 
irá perdurar por anos.
As áreas jurídicas das empresas já se 
movimentam para garantir, contratu-
almente, que um eventual aumento 
da carga tributária seja repassado aos 
clientes. As áreas financeiras já simu-
lam como eventuais variações da carga 
A regulamentação da reforma 
tributária está cada vez mais 
próxima e promete trazer mu-
danças significativas para a economia. 
Nos últimos meses, acompanhei diver-
sos debates e audiências sobre o tema, 
que movimenta (e como movimenta!) 
todos os setores da sociedade civil. Os 
impactos ocasionados pelo novo siste-
ma devem ser notados tanto por con-
sumidores finais quanto pelas empresas 
(principalmente por elas).
O texto aprovado prevê mudanças impor-
tantes na constituição, unificando tributos 
e simplificando a definição das alíquotas, 
além de trazer sugestões na direção de 
simplificar o recolhimento desses tributos. 
As empresas ansiavam há muito tempo 
por essa simplificação, dado que a com-
plexidade tributária traz um custo de ges-
tão estimado em R$60 bilhões por ano (de 
acordo com pesquisa do Banco Mundial).
A ideia deste artigo não é entrar nos de-
talhes dos conceitos propostos pela re-
forma, tema amplamente discutido em 
diversos fóruns, mas sim discutir os princi-
pais impactos para as empresas.
Para os desavisados, em resumo, a refor-
ma prevê a unificação das alíquotas do 
ICMS, ISS, PIS e COFINS em um IVA dual - 
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REFORMA TRIBUTÁRIA 
VAI IMPACTAR A 
ROTINA DE EMPRESAS 
DE TODO O BRASIL
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Co-CEO da fintech V360.
O Planejamento de Recursos 
Empresariais (ERP) precisará mudar 
para armazenar as novas alíquotas, 
a solução fiscal terá que considerar 
os novos impostos no fechamento, o 
faturamento deverá emitir as notas 
fiscais da empresa levando em conta 
os novos tributos e alíquotas, e as so-
luções de automação do inbound de 
notas fiscais terão que se adequar ao 
novo leiaute das notas.
Falando especificamente em rela-
ção ao inbound de notas fiscais, que 
é a minha praia, as mudanças serão 
bastante benéficas após 2033. Estou 
ansioso para viver essa tão sonhada 
simplificação.
Adeus aos complexos “motores de 
cálculo” de impostos. Adeus (prome-
tido, embora eu tenha grande des-
confiança) às obrigações acessórias. 
Adeus aos milhares de templates e ro-
bôs de captura de notas fiscais de ser-
viços. Adeus aos milhares de cenários 
diferentes de creditação tributária.
Enfim, a simplificação trará muitas 
vantagens para todos os profissionais 
de gestão fiscal. Poderemos deixar 
de investir em soluções para dri-
blar a complexidade e focar apenas 
o que gera valor, de fato, aos nossos 
clientes: a otimização de seus paga-
mentos a fornecedores (automação 
e melhoria contínua do processo, 
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gestão, relacionamento com forne-
cedores, integração entre as diver-
sas áreas internas participantes do 
processo etc.).
Até 2033, porém, estamos compro-
metidos com a missão de suportar 
nossos clientes nessa travessia com 
o mínimo de turbulência possível. 
Isso envolverá mudanças tempesti-
vas no processo de inbound de no-
tas fiscais, tais como:
Captura das notas fiscais da nova 
fonte (principalmente notas fiscais 
de serviços).
Mudança na leitura das notas fiscais, 
para considerar os novos leiautes 
que, no mínimo, irão incluir as alíquo-
tas dos novos tributos.
Validação das alíquotas dos novos 
tributos (e dos antigos, consideran-
do sua redução gradual).
Mudança nas integrações com os 
ERPs para permitir o registro das alí-
quotas de todos os novos tributos.
Quando for concluída, a reforma tri-
butária deve simplificar o trabalho 
dos profissionais da área fiscal e pro-
porcionar mais clareza à sociedade. 
Até lá, no entanto, deve trazer gran-
des desafios para as áreas fiscais. 
Geralmente, antes da tempestade 
vem a calmaria. No caso do Brasil em 
período de transição para a reforma, 
será exatamente o contrário. 
“NAS ÁREAS FISCAIS DE EMPRESAS 
DE TODO O BRASIL, DAS QUAIS ESTOU 
BEM PRÓXIMO, A REFORMA TRIBUTÁRIA 
DESPERTA ALGUMAS PREOCUPAÇÕES. A 
PRIMEIRA DELAS É QUE, COMO A MUDANÇA 
DE SISTEMA SERÁ GRADATIVA, AS EMPRESASTERÃO QUE CONVIVER COM AMBOS OS 
MODELOS TRIBUTÁRIOS ATÉ 2032”
tributária (suas e de seus fornecedo-
res) irão impactar a lucratividade dos 
negócios, traçando curvas que depen-
dem da capacidade de repassar ou 
não a nova carga.
Nas áreas fiscais de empresas de todo 
o Brasil, das quais estou bem próximo, 
a reforma tributária desperta algumas 
preocupações. A primeira delas é que, 
como a mudança de sistema será gra-
dativa, as empresas terão que conviver 
com ambos os modelos tributários até 
2032, dado que a substituição efetiva 
do modelo atual se dará apenas em 
2033. Assim, em vez de simplificar, a 
reforma irá dificultar a vida da área fis-
cal e tributária até 2032, com a neces-
sidade de verificação fiscal de acordo 
com os dois modelos, duas apurações 
de impostos diferentes etc. Isso acar-
retará mudanças de processos e, prin-
cipalmente, de sistemas internos.
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POR JULIANA KLEINSinapse.
Aprimore 
suas vendas
LIVRO EM DESTAQUE
Para quem acredita que 
vender bem e encantar 
clientes é um talento 
inato, Flavia Mardegan, es-
pecialista em vendas com 28 
anos de experiência no se-
tor e mais de 22 mil pessoas 
impactadas por seu trabalho, 
apresenta nessa obra uma no-
va perspectiva sobre o tema. 
A autora compartilha estra-
tégias fundamentais para o 
sucesso na área comercial. Ela 
defende que vender sem pre-
paro e treinamento adequa-
do pode ser desastroso, tanto 
para o cliente quanto para o 
vendedor.
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LEITURA 
SUGERIDA 
Destinado a vendedores, 
gestores e empresários, o li-
vro oferece, ao final de cada 
capítulo, atividades práticas 
que auxiliam na fixação dos 
conceitos apresentados e 
incentivam a aplicação do 
aprendizado no dia a dia. 
O objetivo é transformar a 
publicação em mais do que 
uma simples referência te-
órica: um verdadeiro “ami-
go” no desenvolvimento 
profissional.
Para ela, vender é uma 
habilidade que pode ser 
aprendida. No Brasil, ainda 
há uma grande carência de 
disciplinas e cursos voltados 
para essa área. Apaixonada 
por vendas e atuando na 
área desde os 19 anos por 
escolha própria, a auto-
ra é fundadora e CEO da 
Mardegan Transformations 
and Results. 
VENDAS: CIÊNCIA
OU INTUIÇÃO?
AUTORA: Flavia Mardegan
EDITORA: Gente
PÁGINAS: 182
A NOVA 
CHINA
O livro, da economista Keyu 
Jin, lançado pela Edipro, 
é um guia essencial para 
entender a ascensão eco-
nômica da China e seu mo-
delo singular, que desafia 
conceitos ocidentais e tem 
gerado resultados consis-
tentes por décadas. A au-
tora, com vivência entre a 
China, os Estados Unidos e 
a Inglaterra, analisa aspec-
tos como o mercado con-
sumidor, o papel do Estado, 
o desenvolvimento empre-
sarial e a integração global 
do país. Explora como a 
China equilibra elementos 
aparentemente contradi-
tórios aos olhos ocidentais, 
apresentando uma visão 
esclarecedora sobre o pas-
sado, o presente e o poten-
cial futuro dessa potência 
mundial. Indicado para via-
jantes, empresários e todos 
que desejam compreender 
melhor a economia chinesa 
e seu impacto global.
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“É um dos livros mais 
representativos sobre 
o paradoxo da liber-
dade do indivíduo em 
relação ao coletivo 
em que se encontra. 
Muito se diz sobre o 
elogio ao existencia-
lismo desde um pon-
to de vista individual, 
mas é justamente as 
consequências de 
suas ações, seu papel 
dentro do coletivo, 
nossa responsabili-
dade com o meio em 
que estamos, que são 
os maiores legados 
dessa obra.”
S U A B I B L I O T E C A E M P R E S A R I A L
Comércio 
varejista
Com um mergulho na histó-
ria do comércio varejista, os 
autores analisam as trans-
formações nas relações de 
consumo entre clientes e 
vendedores, explorando es-
tratégias de marketing e o 
papel crescente da inteligên-
cia artificial em um mundo 
cada vez mais digitalizado.
Se antes o vendedor era o 
protagonista no comércio, 
hoje quem assume o contro-
le é o consumidor. Mas o que 
mudou com a industrializa-
ção e o avanço tecnológico? 
Será que, na era digital, o off-
-line perdeu sua relevância?
O livro revisita o passado do 
varejo para compreender o 
presente e debater os cami-
nhos futuros do setor. Sem 
impor verdades absolutas, 
amplia a discussão sobre no-
vos formatos e dinâmicas de 
consumo, abordando temas 
como o papel do vendedor, o 
comportamento do consumi-
dor, o impacto das franquias, 
o marketing e a aplicação da 
inteligência artificial.
Saiba usar a IA
Você não será substituído 
por uma IA, mas por pessoas 
que sabem usá-la.” É partindo 
desse alerta que o livro guia os 
leitores em um cenário no qual a 
adoção da inteligência artificial 
não é mais uma questão de 
“se”, mas de “quando” e “como” 
ela será implementada para 
alavancar os pilares essenciais 
de produtividade, performance 
e inovação em equipes e 
empresas. 
O autor compartilha lições 
práticas para que profissionais 
de todos os níveis possam 
adaptar suas rotinas e processos 
à era da automação inteligente. 
Em vez de listar ferramentas 
complexas, foca o processo 
de “IAficação”, que permite 
implementar IAs de maneira 
descomplicada e garante a 
valorização da criatividade e 
estratégias humanas. 
O especialista apresenta ainda 
o método POPI, com passo a 
passo para implementar a IA em 
processos corporativos de forma 
eficiente a partir de quatro 
etapas: Problema, Objetivo, 
Planejamento e Implementação. 
Relação 
saudável com 
o dinheiro
Segundo levantamento men-
sal da Serasa, mais de 70 
milhões de brasileiros estão 
inadimplentes, situação que 
atinge principalmente pesso-
as entre 41 e 60 anos. Por esse 
motivo, essa obra oferece 
orientações práticas sobre 
como poupar, cortar gastos 
desnecessários e evitar em-
préstimos. O autor destaca a 
relação entre saúde emocio-
nal e finanças, alertando que 
o consumo impulsivo pode 
gerar um ciclo prejudicial de 
endividamento.
A publicação reforça que, ao 
reconhecer a importância do 
planejamento e do autocon-
trole, o próximo passo é traçar 
metas financeiras claras e 
alcançáveis. E por isso o autor 
sugere definir objetivos desa-
fiadores, criar um cronograma 
e investir em educação finan-
ceira. Traz ainda ferramentas 
úteis como planilhas, listas e 
exercícios práticos para orga-
nizar ganhos e despesas.
O ESTRANGEIRO
AUTOR: Albert Camus
EDITORA: Best Seller
O QUE 
ESTOU 
LENDO
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NEOVAREJO
AUTORES: Daniel Zanco e 
Gustavo ChapChap
EDITORA: Senac
PÁGINAS: 192
IAFIQUE-SE OU MORRA: COMO 
FAZER A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 
TRABALHAR PARA VOCÊ
AUTOR: Rodrigo Nascimento
EDITORA: DVS
PÁGINAS: 240
CRESÇA E ENRIQUEÇA 
- OS 10 SEGREDOS DA 
PROSPERIDADE PLENA
AUTOR: Douglas Araújo
EDITORA: Citadel
PÁGINAS: 192
RAFAEL CORREA,
head de BNPL da Provu 
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Do que se trata?
Cristiano é um operário metalúrgico de antiga 
fábrica de alumínio em Ouro Preto, sudeste de 
Minas Gerais, onde um dia sofre um acidente 
de trabalho. Ao ajudar a socorrê-lo, um jovem 
encontra o diário de Cristiano no qual ele 
descreve suas memórias, na verdade, uma 
representação fidedigna de um operário comum, 
carregado de sentimentos, melancolia e solidão.
Qual a relação?
A história de Cristiano é uma jornada 
pelas condições de vida de trabalhadores 
marginalizados. Através da narrativa que faz 
sobre seus empregos e subempregos até 
chegar à fábrica de alumínio, provoca uma 
reflexão sobre a responsabilidade social 
das organizações no resgate da afetividade 
entre pessoas, seu trabalho e o mundo. 
Fique atento!
O filme foi considerado um dos melhores 
lançamentos brasileiros de 2017. Já foi mostrado 
em mais de7
_NOVIDADE
Picolé de pipoca
A ROCHINHA, tradicional 
marca de sorvetes pau-
lista, em parceria com a 
Pipó, referência em pipocas 
gourmet, lançou o Original 
de Pipoqueiro, o primeiro 
picolé de pipoca do Brasil. A 
novidade combina sorvete 
de iogurte com casquinha 
de chocolate branco e pi-
pocas caramelizadas e doces vermelhas. Unindo texturas e sabores nostálgicos, 
o produto traz a leveza do sorvete Rochinha com o toque crocante e marcante 
da Pipó. O picolé já está disponível em pontos de venda selecionados, com valor 
sugerido de R$15 a R$18.
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OS 
LIVROS DE 
NEGÓCIOS 
MAIS 
VENDIDOS
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MOVIMENTAÇÃO DE 
PROFISSIONAIS NO MERCADO
_DIRETORA DE OPERAÇÕES
ANDREIA NUNES é 
a primeira mulher a 
assumir a diretoria de 
Operações da Alumar 
e de uma unidade da 
Alcoa no Brasil, uma 
das maiores produ-
toras de alumínio 
do mundo. Com mais de 20 anos de 
experiência em áreas essenciais como 
química, agronegócio, mineração e 
metalurgia, Andreia tem como prin-
cipais desafios aprimorar a eficiência 
operacional da refinaria, da redução e 
do porto da unidade, sempre com foco 
em qualidade e segurança. 
TURNOVER
_CEO GLOBAL
A JDE Peet’s, empresa 
global de cafés e chás, 
anunciou o brasilei-
ro RAFAEL OLIVEIRA 
como seu novo CEO 
global. Ele chega à 
companhia após uma 
trajetória de dez anos 
na The Kraft Heinz Company, onde se 
destacou ao liderar iniciativas de cres-
cimento, inovação e sustentabilidade, 
além de formar líderes empresariais em 
diversas posições executivas, incluin-
do vice-presidente-executivo (EVP) e 
presidente de mercados internacionais 
(EMEA, APAC e LATAM).
_CEO
LEANDRO 
MALDONADO assu-
me a posição de CEO 
do PipWars, uma pla-
taforma disruptiva que 
combina educação 
financeira e competi-
ções de trading. Com 
formação em Engenharia Civil, o exe-
cutivo tem vasta experiência em lide-
rar projetos inovadores e transformar 
operações complexas em diversas áreas, 
incluindo TI e sistemas de pagamento. 
Maldonado é um profissional que se des-
taca por sua liderança em ambientes de 
alta pressão e sua capacidade de imple-
mentar soluções tecnológicas eficientes. 
_DIRETORA DE ESTRATÉGIA
A Nuvemshop anun-
ciou BABI TONHELA 
como diretora de 
Estratégia de E -
-commerce. Bacharela 
em Jornalismo pela 
PUC Campinas, com 
MBA em Varejo Físico e 
Online pela USP Esalq, Babi utilizará seus 
15 anos de experiência em e-commerce 
e varejo para potencializar marcas do va-
rejo e ajudá-las a crescer, além de conti-
nuar compartilhando seu conhecimento 
em eventos e oportunidades educacio-
nais com o intuito de impulsionar desde 
pequenos empreendedores até marcas 
que já faturam milhões. 
Deixe de
Ser Pobre!
Autor 
Eduardo Feldberg
Editora 
Maquinaria Editorial
23 Coisas 
que Não nos 
Contaram Sobre 
o Capitalismo
Autor 
Ha - Joon Chang
Editora 
Cultriz
A Arte De 
Empreender 
na Economia 
Criativa
Autora 
Leila Rabello
Editora 
Reflexão Business
Por Uma Outra 
Globalização
Autor 
Milton Santos
Editora 
Record
Economia 
Circular
Autora 
Catherine 
Weetman
Editora 
Autêntica 
Business
Desperte a 
Mulher Rica que 
Existe em Você
Autora 
Kênia Gama
Editora 
Gente
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_PREMIAÇÃO
Hotelaria
Na 15ª edição do Great Place to 
Work (GPTW) 2024 Paraná, realiza-
da em novembro, o GRUPO MABU 
destacou-se ao conquistar a 37ª 
posição, sendo a única empresa 
de hotelaria premiada. Esse re-
conhecimento, especialmente im-
portante para o grupo que com-
pletou 50 anos em 2023, reflete 
seu compromisso com a valoriza-
ção dos colaboradores e a criação 
de um ambiente de trabalho po-
sitivo e saudável. O CEO da em-
presa, Luciano Motta, e a diretora 
de Desenvolvimento Humano e 
Organizacional, Karla Amaral, res-
saltaram o significado da premia-
ção como validação do trabalho 
realizado e como incentivo para 
seguir investindo em práticas que 
promovam o bem-estar e o de-
senvolvimento dos funcionários.
FATOS EXTERNOS QUE PODEM INFLUENCIAR SEU NEGÓCIOMACROAMBIENTE
Desemprego feminino
Conforme divulgado pela Agência Brasil de Notícias, A TAXA 
DE DESEMPREGO ENTRE AS MULHERES FICOU EM 7,7% no 
terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice 
observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada 
em novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das 
mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre 
do ano. O instituto destaca, no entanto, que a diferença já foi bem 
maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início 
da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o 
menor patamar (27%).
Vendas diretas
Em 2023, o Brasil alcançou o sétimo maior faturamento 
global em Vendas Diretas, segundo dados divulgados pela 
Federação Mundial das Associações de Vendas Diretas 
(WFDSA) e pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas 
Diretas (ABEVD). O País manteve a mesma posição de 2022, 
ficando atrás apenas de Estados Unidos, Alemanha, Coreia do 
Sul, China, Japão e Malásia. Apesar de permanecer na mesma 
colocação, o setor de Vendas Diretas no Brasil registrou um 
CRESCIMENTO DE 4,6%, MOVIMENTANDO US$ 9 BILHÕES. 
O País também se destacou como líder na América Latina. 
Durante o período, as vendas diretas de produtos e serviços 
geraram R$47 bilhões em receita, resultado do trabalho de 
3,5 milhões de empreendedores que atuam diretamente 
entre empresas e clientes, seja de forma presencial ou digital.
Radar.
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_RANKING
Maiores empresas
A FARMA CONDE, rede de farmá-
cias originária de Ubatuba, no li-
toral norte de São Paulo, celebrou 
em 2024 um marco histórico ao 
subir 15 posições no ranking das 
300 maiores empresas do Brasil, 
atingindo o 137º lugar com um fa-
turamento de R$1,498 bilhão, com-
parado a R$1,301 bilhão em 2022. A 
empresa, que possui sede em São 
José dos Campos e presença em 
diversas cidades de São Paulo e 
Minas Gerais, também se expande 
por meio de lojas próprias, fran-
quias e licenciamentos, reforçando 
sua posição no varejo nacional.
_STARTUPS
Investimento
A GS1 BRASIL, conhecida pelo código 
de barras e soluções de identificação, 
lançou a GS1 Brasil Ventures, um pro-
grama de investimento em startups. 
O objetivo é impulsionar a inovação 
na cadeia de suprimentos, com foco 
em soluções tecnológicas para iden-
tificação avançada de produtos e sus-
tentabilidade. A iniciativa visa a forta-
lecer o ecossistema de desenvolvi-
mento e conectar startups a grandes 
empresas, impulsionando transfor-
mações nos modelos B2B e B2B2C.
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FAROLDEMÍDIA
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AÇÃO QUE VIRALIZOU NA INTERNETPELAWEB
DESIGN&CIA
 Clientes voando
A Decolar e o C6 Bank promove-
ram uma campanha exclusiva em 
novembro, oferecendo um bônus 
de 500% para clientes que transfe-
rissem pontos Átomos do progra-
ma de fidelidade do C6 Bank para 
o Passaporte Decolar. Assim, cada 
ponto Átomo era convertido em 
cinco pontos Passaporte Decolar, 
que podem ser utilizados para res-
gatar passagens aéreas, hospeda-
gens, pacotes de viagem, aluguel de 
carros e outros serviços da Decolar. 
Segundo o gerente de Loyalty da 
Decolar, Lucas Botelho, a iniciativa 
buscou oferecer mais vantagens e 
tornar as viagens dos clientes mais 
acessíveis e completas.
Memória olfativa
O case do O Boticário ganhou 
destaque nas redes sociais de-
vido a uma ação de empatia e 
sensibilidade. A história come-
çou quando Karyne Leão fez 
um apelo à marca para recriar 
um perfume que havia saído de 
linha. O pedido era para Wanda, 
uma mulher que havia perdi-
do o filho por complicações da 
Covid-19. O perfume era40 festivais ao redor do mundo, 
incluindo Cannes, Rotterdam, Nova York, Londres 
e outros. Em uma narrativa extremamente 
simples, é um filme de fortes contornos políticos, 
humanistas e de denúncia de um mundo 
desigual. 
Do que se trata?
O filme segue Melanie Parker, uma arquiteta 
divorciada que precisa conciliar carreira com suas 
atribuições de mãe. O repórter Jack Taylor tem um 
problema parecido. Eles se conhecem em um dia 
em que estão levando os filhos para um passeio 
promovido pela escola – onde ambos estudam – 
chegam atrasados e perdem o barco.
Qual a relação?
Esse é o primeiro passo para, após muitas 
atribulações, os dois se apaixonarem. Por trás 
desse romance, no entanto, a trama possibilita 
um ótimo debate sobre competitividade, 
exigência de um alto grau de dedicação ao 
emprego e, consequentemente, o difícil dilema 
para conciliar vida profissional e pessoal.
Fique atento!
Após 28 anos do seu lançamento, o filme trata 
de temas extremamente atuais, talvez até 
mais presentes hoje no mundo do trabalho 
do que na época em que foi realizado. 
De forma leve e prazerosa, mostra que as 
dificuldades para conciliar emprego e vida 
pessoal e a luta para evitar a fragmentação 
das relações afetivas são desafios crescentes. 
FILME:
ARÁBIA
Direção: João Dumans 
e Affonso Uchoa
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 97 minutos
FILME:
UM DIA ESPECIAL 
(ONE FINE DAY) 
Direção: Michael Hoffman
Ano: 1996
Gênero: Comédia romântica
Duração: 108 minutos 
Sinapse
P A R A U M A R E F L E X Ã O C O R P O R A T I V A
POR MYRNA SILVEIRA BRANDÃO
Filmes.
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MYRNA SILVEIRA BRANDÃO É ADMINISTRADORA, JORNALISTA E CRÍTICA DE CINEMA – DIRETORA CULTURAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RECURSOS 
HUMANOS DO RIO DE JANEIRO (ABRH-RJ) E AUTORA DO LIVRO LUZ, CÂMERA, GESTÃO – A ARTE DO CINEMA NA ARTE DE GERIR PESSOAS – EDITORA QUALITYMARK.
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Leitores.
O líder do futuro
A matéria de capa da última edição 
com o tema sobre o líder do futuro, 
que será aquele que oferecer au-
tonomia suficiente para que todos 
sejam donos do negócio, está de pa-
rabéns. Concordo plenamente com 
a visão de que o líder do futuro deve 
ser capaz de empoderar seus cola-
boradores, confiando em suas capa-
cidades e incentivando o senso de 
pertencimento. A ideia de que cada 
indivíduo se sinta “dono do negócio” 
é inspiradora e demonstra um pro-
fundo respeito pelo potencial huma-
no. Acredito que essa mentalidade é 
fundamental para criar um ambien-
te de trabalho inovador, engajado e 
com resultados extraordinários.
Luiz Carlos H. – São Paulo/SP
Inteligência 
Artificial
A inteligência artificial tem um po-
tencial inegável para revolucionar a 
maneira como trabalhamos. Por is-
so, a matéria da última edição sobre 
o tema foi intrigante e necessária. 
Gostei da abordagem mostrando que 
a implementação da IA exige cuidado 
e planejamento. Concordo com a ne-
cessidade de uma análise crítica dos 
processos, identificando aqueles que 
realmente podem se beneficiar da IA. 
Mas a matéria acertou mais ainda ao 
destacar a importância de uma estra-
tégia bem definida e da escolha de 
soluções que se adaptem às necessi-
dades específicas de cada empresa. 
Acredito que a discussão sobre os de-
safios e cuidados na implementação 
da IA é essencial para que as empresas 
aproveitem ao máximo essa tecnolo-
gia, sem correr riscos desnecessários. 
Rodolfo T. – São Paulo/SP
DIREÇÃO-GERAL: Angel Fragallo
EDITORA -CHEFE: Juliana Klein • 
Mtb. 48.542 • juliana@fullcase.com.br
DIAGRAMAÇÃO: Wellington Zanini
REVISÃO: Adriana Giusti
REDAÇÃO: Camila Guesa, 
Carolina Tavares, Mara Magaña, 
Marcelo Casagrande, Marília 
Marasciulo e Michelle Raeder
COLABORADORES: Carol Gilberti, 
Daniele Avelino, Danilo Maeda, Elias 
Awad, Erika Pessôa, Guto Covizzi, 
Izaías Miguel, Jorge Luiz Rethink, 
Luiz Marins, Maurício Galhardo, 
Rafael Souza e Rodrigo Abreu
AGRADECIMENTO: Livraria Martins 
Fontes e Sebrae
GESTÃO & NEGÓCIOS é uma publicação mensal da EBR _ 
Empresa Brasil de Revistas Ltda. ISSN 1808-4060. A publicação 
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oferece flexibilidade na escolha de como e quando pa-
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sações, ajudando o consumidor a quitar suas dívidas com 
mais controle e autonomia. Para conhecer mais acesse:
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V A L E A P E N A
DIRETORA EDITORIAL 
Ethel Santaella
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GRANDES, MÉDIAS E PEQUENAS AGÊNCIAS E DIRETOS
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REPRESENTANTES Interior de São Paulo: L&M Editoração, 
Luciene Dias – Rio de Janeiro: Marca XXI, Carla Torres, Marta 
Pimentel – Santa Catarina: Artur Tavares – Regional Brasília: 
Solução Publicidade, Beth Araújo.
COMUNICAÇÃO, MARKETING E CIRCULAÇÃO
 GERENTE Paulo Sapata
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FILIADA À IMPRESSÃO E ACABAMENTO
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fica Oceano, com emissão zero de fumaça, tratamento de todos os 
resíduos químicos e reciclagem de todos os materiais não químicos.
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74% das PMEs do Brasil já utilizam 
alguma forma de inteligência 
artificial em suas operações diárias
O FUTURO CHEGOU
O SUPERPODER 
DA LIDERANÇA
MUNDO DOS 
PODCASTS
A produção desses 
programas demanda 
muitos produtos e/ou 
serviços, que geram 
grandes oportunidades 
de negócio para PMEs
COMEÇAR 
MAIS CEDO
Crescente número de 
jovens investindo em 
franquias demonstra 
um anseio precoce 
por autonomia e 
realização profissional
CARLA 
MARTINS, 
vice-presidente 
do hub de 
soluções 
corporativas 
SERAC, atende 
grandes 
empresários e 
personalidades, 
direcionando -os 
para um 
crescimento 
sustentável 
em diversos 
segmentos.
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INSPIRA OS OUTROS A ACREDITAR NO QUE PARECE IMPOSSÍVEL. 
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FECHA ASPAS
preendem no Brasil. E 34% dos negócios 
no Paíssão liderados por figuras femini-
nas. Números expressivos – e que tendem 
a crescer nos próximos anos, já que ainda 
precisamos avançar muito quando o as-
sunto é igualdade de gênero. Mas precisa-
mos aprender a entender os nossos papéis 
e onde traçar a linha.
Ao compreender nossos 
ciclos e fases, analisa-
mos nossas necessi-
dades, diagnosticamos 
a situação e partimos 
para soluções eficazes. 
Assumir as rédeas da 
nossa vida é ter consci-
ência de onde estamos 
e do que precisamos 
fazer para chegar aonde 
queremos. É ser líder da 
própria vida. Precisamos 
aprender a gerenciar e a 
liderar as nossas esco-
lhas e necessidades.
Portanto, na próxima 
vez que você se encon-
trar em uma situação 
em que sua vida pes-
soal está soterrada pela 
profissional, sem tempo 
para si mesma e para 
sua família, além de submersa em tarefas 
de trabalho 12 horas por dia, pare e anali-
se. Você não está com essa bola toda. Nos 
tempos de hoje, esse cenário não é mais 
sinônimo de sucesso. Será que você está 
dizendo “não” o suficiente para os outros e 
para si mesma? 
POR CAROLINA GILBERTI
O poder de 
dizer “não”
CAROLINA GILBERTI É CEO DA MUBIUS WOMENTECH VENTURES, A PRIMEIRA WOMENTECH DO BRASIL. E-MAIL MUBIUSVENTURES@NBPRESS.COM.BR.  
“ASSUMIR AS 
RÉDEAS DA 
NOSSA VIDA É TER 
CONSCIÊNCIA DE 
ONDE ESTAMOS 
E DO QUE 
PRECISAMOS 
FAZER PARA 
CHEGAR AONDE 
QUEREMOS. É 
SER LÍDER DA 
PRÓPRIA VIDA”
Você já deve ter ouvido a frase “A 
arte de dizer ‘não’ é libertadora”. 
Como a própria mensagem diz, 
isso é uma arte e, como toda arte, preci-
sa ser desenvolvida.
Desenvolver essa competência está di-
retamente ligado ao autoconhecimento 
e, portanto, é um exercício constante. Já 
parou para pensar por 
que temos tanta difi-
culdade em dizer “não”? 
Na maior parte das 
vezes, esse comporta-
mento se deve à vaida-
de, ao ego ou ao desejo 
de agradar ao outro. No 
entanto, quando você 
adquire consciência de 
onde está, do que preci-
sa e do que deve ser fei-
to, o “não” vem de forma 
mais natural.
E como essa arte se 
relaciona com o uni-
verso feminino? Bom, 
primeiramente, nós, 
mulheres, fomos con-
dicionadas a sermos 
plurais, multitarefas, e a 
darmos conta de tudo. 
Passamos gerações e 
gerações assumindo tarefas e responsabi-
lidades dentro e fora de casa, como verda-
deiras Mulheres-Maravilhas, que nunca se 
abalam, nunca se cansam e estão sempre 
com um sorriso no rosto.
No entanto, a realidade não é essa. 
Atualmente, 10 milhões de mulheres em-
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Henry David Thoreau desafia 
convenções em ‘Desobediência 
Civil’, explorando limites da 
autoridade governamental e 
a necessidade de resistência 
pacífica. Leitura essencial sobre 
cidadania e consciência moral.
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Em ‘O Homem que Foi 
Quinta-Feira’, G. K. 
Chesterton mergulha em 
uma jornada surreal e 
filosófica, explorando 
dualidade, moralidade 
e identidade. Uma obra 
intrigante que desafia 
convenções narrativas.
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https://t.me/clubederevistasum 
dos itens que traziam memórias 
do filho para Wanda, tornando o 
gesto extremamente simbólico.
A empresa, liderada por 
Miguel Krigsner, fundador d’O 
Boticário, atendeu ao apelo. 
Krigsner escreveu uma car-
ta pessoalmente para Wanda, 
explicando que o perfume seria 
reproduzido especialmente pa-
ra ela. Ele também revelou que 
o perfume tinha uma história 
emocional própria, pois fora ba-
tizado com o nome de sua filha 
quando lançado origi-
nalmente.
O gesto repercutiu 
amplamente nas re-
des sociais, sendo um 
exemplo de como em-
presas podem cons-
truir um legado 
positivo ao colocar 
os valores huma-
nos no centro de 
suas estratégias de 
relacionamento.
Inovação 
gastronômica
O China in Box, pioneiro em 
delivery de comida asiática no 
Brasil e pertencente ao Grupo 
Trigo, passou por um rebranding 
para se conectar a públicos jo-
vens e urbanos. A renovação 
inclui mudanças na identidade 
visual, no cardápio e na comu-
nicação, com nova paleta de 
cores, tipografias e elementos 
gráficos. O projeto foi desenvol-
vido pelo Grupo Sal, enquanto a 
agência in house do Grupo Trigo 
é responsável pelas campanhas 
e pelos conteúdos. A nova mar-
ca já está presente nos novos 
restaurantes e canais digitais, 
com adaptação gradual nas uni-
dades existentes, mantendo a 
essência da rede, mas trazendo 
mais modernidade e ousadia.
 Educação 
profissional
Em novembro, o Senac lan-
çou a campanha “Portas para 
Transformação”, destacando seu pa-
pel como agente transformador de 
vidas por meio da educação profis-
sional. Com abordagem moderna e 
emocional, a campanha mostra co-
mo o Senac oferece oportunidades 
para novos empregos, crescimento 
profissional, empreendedorismo e 
conquistas globais. Veiculada em 
comerciais de TV e no mobiliário ur-
bano das capitais brasileiras, a ação 
reafirma o compromisso da institui-
ção com a formação de qualidade, 
alinhada às demandas do merca-
do e às aspirações de quem busca 
qualificação e melhoria de vida.
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_LOJA DE RUA
Conceito lúdico
Situada em uma área turísti-
ca movimentada em Gramado, 
no Rio Grande do Sul, a FINI, do 
segmento de balas de gelatina e 
regaliz, continua sua expansão de 
franquias no Brasil e inaugurou 
sua segunda unidade de rua. A 
loja traz um novo conceito lúdico 
que promete encantar tanto mo-
radores quanto turistas. Com 30 
metros quadrados, oferece um 
ambiente funcional e charmo-
so, destacando-se por uma área 
interativa com um jogo da me-
mória, onde os visitantes podem 
testar seus conhecimentos sobre 
os produtos de forma divertida. 
Além disso, a unidade conta com 
um espaço instagramável, com 
cenários planejados para fotos 
criativas e experiências compar-
tilháveis, estreitando ainda mais 
o vínculo da marca com seus se-
guidores nas redes sociais.
_EXPANSÃO
Presença nacional
A FAST TENNIS deu mais um passo significati-
vo em direção ao objetivo de se tornar a maior 
do mundo em seu segmento até 2028. Em 
novembro, a marca expandiu sua presença 
nacional ao inaugurar uma unidade no estado 
do Rio de Janeiro, fortalecendo sua estratégia 
de crescimento no franchising. Atualmente, a 
marca conta com 11 unidades em operação e 
16 em fase de implementação, com presen-
ça em cidades como Belo Horizonte (MG), São 
Caetano do Sul (SP), São Paulo e Alphaville (SP). 
A expectativa é atingir 60 unidades em funcio-
namento até 2025. Além disso, prevê fechar o 
ano com faturamento de mais de R$5 milhões.
JUSTinCASE LANÇAMENTOS EM DESTAQUE NO MERCADO
Radar.
Caixas 
metálicas
A IRWIN oferece em seu 
portfólio dois modelos 
de caixas sanfonadas 
com três gavetas, ambos 
lançados recentemen-
te. Fabricadas em aço 
carbono, a IWST98729LA 
tem capacidade pa-
ra carregar 20 kg, possui três gavetas e dimensões 
de 500 x 200 x 280 mm. Já a IWST98728LA suporta 
25 kg, tem cinco gavetas e dimensões de 500 x 200 x 
325 mm. Ambas possuem estrutura em aço ultrarresis-
tente (aço 1006), com tratamento antiferrugem e pin-
tura de alta resistência a pó. Além disso, contam com 
alça na parte superior e permitem o uso de cadeado. 
Corte a laser
A Gerdau lançou a Chapa Laser Gerdau ASTM A572 50, o 
primeiro aço nacional desenvolvido para equipamentos 
a laser de alta potência, oferecendo cortes mais rápidos, 
precisos e sustentáveis, além de reduzir custos operacio-
nais ao eliminar a ne-
cessidade de equi-
pamentos a plasma. 
Desenvolvido com o 
CIT-SENAI, o produ-
to atende a várias 
demandas do mer-
cado brasileiro, antes 
dependente de im-
portações, e reforça 
a competitividade 
do setor industrial.
_PARCERIA
Gastronomia 
Com o propósito de inovar e ele-
var a experiência culinária nos res-
taurantes em que atua no Brasil, a 
SODEXO anunciou parceria com 
um dos mais importantes nomes 
da gastronomia brasileira, o chef 
Rodrigo Oliveira, que comanda 
os restaurantes Mocotó e Balaio 
IMS, localizados em São Paulo. Por 
meio dessa união, o chef Rodrigo 
assinará 12 receitas exclusivas que 
combinam a valorização dos pra-
tos com ingredientes regionais e 
a excelência gastronômica.
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GESTÃO&SUSTENTABILIDADE POR DANILO MAEDA
DANILO MAEDA É DIRETOR-GERAL DA BEON, CONSULTORIA DE ESG DA FSB HOLDING.
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Dados confirmam: 
ESG gera valor 
para empresas
vamente os retornos dos portfólios 
em 38% dos casos (contra 62,6% 
dos estudos sobre desempenho 
corporativo), enquanto uma influên-
cia negativa foi encontrada em 13% 
dos casos (contra 10%).
É contraintuitivo imaginar que uma 
agenda que gera valor para em-
presas não entregue os mesmos 
resultados para gestores de ati-
vos, mas há explicações plausíveis: 
muitas estratégias de investimento 
ESG falham em se concentrar nas 
informações mais relevantes. Como 
temos defendido neste espaço, o 
processo pelo qual práticas de sus-
tentabilidade corporativa entregam 
valor é complexo e multifatorial e 
não pode ser capturado por “lis-
tas de tarefas”. O valor está mais na 
integração estratégica de riscos e 
impactos do que no cumprimento 
de requisitos pontuais.
Para capturar valor com investimen-
tos ESG, é necessário avaliar o pro-
cesso pelo qual empresas integram 
sustentabilidade aos seus negócios 
e ajustar as ferramentas para mape-
ar e medir riscos, oportunidades e 
impactos específicos em cada setor, 
geografia e característica de merca-
do. Dessa forma, a tese do valor ESG 
poderá se confirmar de forma mais 
abrangente também do ponto de 
vista da alocação de investimentos, 
a exemplo do que já acontece na 
ótica da gestão empresarial. 
Apesar do barulho feito por ques-
tionamentos baseados em casos 
isolados ou argumentos políticos, 
a conexão entre práticas de sustentabili-
dade e desempenho financeiro em em-
presas tem sido confirmada por diversos 
estudos. Segundo um relatório recente 
da gestora de ativos holandesa Robeco, 
o tema tem sido objeto de pesquisa aca-
dêmica há pelo menos meio século. E os 
dados indicam que a tese é verdadeira: 
“Um metaestudo abrangente de Friede 
et al. (2015) analisou mais de 2.250 estu-
dos acadêmicos sobre o desempenho 
ESG, cobrindo quatro décadas de dados 
(1970-2014). A análise concluiu que o ESG 
se correlacionou positivamente com o 
desempenho financeiro corporativo em 
62,6% dos estudos, com resultados ne-
gativos em menos de 10% dos casos (os 
demais foram neutros)”, resume o time 
de pesquisa da gestora.
Para quem duvidar dos dados históricos, 
um estudo de 2023 analisou o desempe-
nho das empresas de 2015 a 2020 e ob-
teve resultados semelhantes, reforçando 
a ideia de que a integração de informa-
ções ESG nas operações e decisões cor-
porativas pode agregar valor, resultando 
em empresas mais bem gerenciadas e 
com melhor desempenho financeiro.
Por outro lado, a análise daRobeco in-
dica que o impacto das práticas ESG na 
capacidade de criação de valor pare-
ce menor quando a avaliação conside-
ra portfólios de investimento. Dados de 
sustentabilidade influenciaram positi-
© ELEMENTS ENVATO
“PARA QUEM 
DUVIDAR DOS 
DADOS HISTÓRICOS, 
UM ESTUDO DE 
2023 ANALISOU O 
DESEMPENHO DAS 
EMPRESAS DE 2015 
A 2020 E OBTEVE 
RESULTADOS 
SEMELHANTES, 
REFORÇANDO A IDEIA 
DE QUE A INTEGRAÇÃO 
DE INFORMAÇÕES 
ESG NAS OPERAÇÕES 
E DECISÕES 
CORPORATIVAS PODE 
AGREGAR VALOR, 
RESULTANDO EM 
EMPRESAS MAIS BEM 
GERENCIADAS E COM 
MELHOR DESEMPENHO 
FINANCEIRO”
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ENTRELINHAS
ANDREA KOHLRAUSCH, CEO DE 
UMA DAS MAIORES INDÚSTRIAS DE 
CALÇADOS DO PAÍS, A CALÇADOS BIBI, 
MOSTRA QUE RESILIÊNCIA, INOVAÇÃO 
E SUSTENTABILIDADE FORMAM O 
TRIPÉ NECESSÁRIO PARA CONSTRUIR 
UMA HISTÓRIA DE GRANDE SUCESSO
 TEXTO DE MARA MAGAÑA
PASSOS FIRMES 
NA INOVAÇÃO
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C A L Ç A D O S B I B I
Ela vem fazendo furor em um mun-
do ainda dominado pela hegemo-
nia masculina. CEO da empresa fa-
miliar Calçados Bibi, fundada por seu avô, 
Andrea Kohlrausch é a responsável pela 
estruturação do franchising da marca, com 
presença em 65 cidades em 23 estados bra-
sileiros, além dos pontos internacionais. 
Seu processo sucessório durou sete anos, 
mas a consagrou como liderança feminina 
no mundo corporativo.
Com MBA em Gestão empresarial, espe-
cialização em Liderança pela FDC/Kello-
gg School of Management em Evanston 
(EUA), participação do Instituto de Estudos 
Empresariais (IEE) e experiência na área 
internacional, implantou a área comercial 
de exportação interna na Bibi, expandindo 
as exportações para além da América Lati-
na. Estão sob seu comando duas plantas fa-
bris localizadas em Parobé (RS) e Cruz das 
Almas (BA), mais de 150 unidades no Brasil 
e na América Latina, e-commerce próprio e 
mais de 3 mil pontos multimarcas.
… Fomos uma das empresas 
que não demitiram nesse 
período [da pandemia], pagando 
rigorosamente em dia nossos 
fornecedores, apoiando as 
comunidades locais, nossos 
colaboradores, lojistas e 
parceiros estratégicos, como 
nossos franqueados”
ANDREA KOHLRAUSCH, CEO DA CALÇADOS BIBI
Foi uma sucessão que durou sete anos… 
E, cerca de um ano após você estar 
no topo da empresa, veio a pandemia 
da covid-19. Como você enfrentou de 
imediato a situação? 
Sim, sete anos antes de a empresa com-
pletar 70 anos foi anunciado pelo meu 
pai que iríamos trabalhar a governança 
corporativa, criando um conselho consul-
tivo, e iniciar o processo de sucessão. No 
início do ano de 2020 estava tudo cami-
nhando muito bem até que veio a pande-
mia, quando nossa cultura foi fortemente 
testada. A prática dos valores e propósito 
da Bibi norteou as nossas decisões duran-
te esse período. Por exemplo, em 2017, 
havíamos iniciado a construção de bases 
omnichannel na rede de franquias, então 
a parte digital já estava no ar, mas falta-
va engajamento das lojas. Por conta do 
fechamento dos shopping centers, essa 
ferramenta foi essencial para as vendas 
na pandemia, com engajamento rápido 
e colaboração com todos os stakeholders 
muito grande. Além disso, fomos uma das 
empresas que não demitiram nesse perío-
do, pagando rigorosamente em dia nossos 
fornecedores, apoiando as comunida-
des locais, nossos colaboradores, lojis-
tas e parceiros estratégicos, como nossos 
franqueados. 
Entrando no túnel do tempo, são 75 anos 
de existência… Há uma história muito 
interessante, relacionada ao nome da 
empresa e envolve seu avô, Albino Eloy 
Schweitzer… Pode falar um pouco disso?
Meu avô sempre gostou de artes e cultu-
ra, além de ter sido o precursor do cinema 
em Parobé (RS), que antigamente ainda 
não era considerada uma cidade. Como 
cinéfilo, ele era fã do ator Procópio Ferrei-
ra e da filha dele, a atriz Bibi Ferreira. Para 
homenageá-los, quando fundou a empre-
sa de calçados infantis, pensou em Bibi, 
que, na época, tinha sinergia com a atriz 
e o universo infantil. O nome pegou e se-
guimos com ele até hoje. 
 
G&N: Andrea Kohlrausch, você sucedeu 
ao seu pai, Marlin Kohlrausch, no 
comando da maior empresa de calçados 
infantis do País, a Bibi. Quais foram os 
maiores desafios como CEO enfrentados 
desde que assumiu essa posição? 
Andrea Kohlrausch: A sucessão foi 
planejada e incentivada fortemente pelo 
meu pai, hoje presidente do conselho 
consultivo. Acredito que o maior 
obstáculo foi inicialmente desenvolver 
movimentos para me consolidar no 
cargo sucedendo uma pessoa que 
esteve à frente da presidência executiva 
por tantas décadas, implementando 
bons movimentos, bem como 
equilibrar a responsabilidade de gerir 
essa adaptação. No primeiro ano de 
presidência, fiz parte de um trabalho 
com mentoria com o objetivo de ter 
apoio para desenvolver com excelência 
meu novo desafio profissional.
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ENTRELINHAS
A Bibi Ferreira soube disso? Você sabe 
se o seu avô entrou em contato com 
ela para comentar?
Meu avô (hoje falecido) nunca chegou a 
conhecê-los pessoalmente. 
A Bibi é considerada pioneira 
em vários setores, entre eles, o 
desenvolvimento dos calçados 
atóxicos, fisiológicos, da palmilha 
Fisioflex Bibi, que preconiza a 
sensação de andar descalço… 
O que esse conjunto de ações 
agregou à marca? 
Os diferenciais da Bibi, como a palmilha 
Fisioflex, os produtos atóxicos e os proje-
tos de inovação, nos consolidou como a 
maior rede de calçados infantis da Améri-
ca Latina. Desde nossa fundação, nos pre-
ocupamos em oferecer produtos que não 
agridam o meio ambiente e proporcionem 
às crianças uma infância saudável e natu-
ral. Diante disso, buscamos nos inovar e 
trazer ao mercado soluções sustentáveis 
e que contribuam para o crescimento e 
desenvolvimento dos pequenos de zero a 
nove anos. Todas essas iniciativas trouxe-
ram reconhecimento no mercado, como 
ser a primeira empresa calçadista infan-
til a ser chancelada com o selo Origem 
Sustentável Diamante, que reconhece 
companhias que apresentam ações que 
cooperam com o ecossistema ambiental 
da cadeia do setor de calçados brasileiros. 
Além disso, a Bibi se consolidou com a 
rede de franquias; atualmente, conta com 
mais de 150 lojas exclusivas, somando as 
operações brasileiras e internacionais. 
Hoje, quais são as preocupações da 
empresa em termos ambientais? 
A sustentabilidade é um pilar muito im-
portante dentro da Bibi. O último relatório 
de sustentabilidade disponível é o referen-
te aos anos de 2022 e 2023, que traz temas 
que norteiam cada iniciativa elaborada 
pela empresa. Na Bibi, medimos o impac-
to das atividades em busca das melhores 
soluções para compensar cada uma delas. 
Todas as iniciativas seguem os compro-
missos lançados pela Bibi em 2021 e es-
impacto à sociedade, com a realização de 
trabalhos voluntários locais que tivessem 
conexão com o propósito da empresa, com 
mais de 2 mil vidas impactadas em 2022 
e 2023. Além disso, doou, anualmente, o 
equivalente a um dia de produção das fá-
bricas Bibi, em calçados, para instituições 
que demonstraram conexão com o nosso 
propósito, conquistando 94,9% da meta em 
2022 e 103,4% em 2023. 
A empresa já passou por crise séria, 
quando seu pai, que era genro do seu 
avô, assumiu o negócio e conseguiu 
reerguer a Bibi. Abriu as portas para o 
comércio exterior e também percebeu 
que, se não partisse para o varejo, a 
situação ficaria difícil. Como tudo isso 
aconteceu? E quais as dificuldades 
encontradas para a transformação 
tipulados até 2030. Promovemos ações e 
pensamos em estratégias que englobam 
o conceito, a importância, a estrutura e a 
aplicaçãona indústria e no varejo dentro 
dos valores Environmental, Social and Go-
vernance (ESG), Ambiental, Social e Go-
vernança em português. Por exemplo, no 
relatório com os resultados dos dois anos 
anteriores, a Bibi atingiu 100% das metas 
em 2022 e 2023 de conformidade com os 
produtos fabricados da norma, referente 
à toxidade e redução em 20% da geração 
de resíduos no desenvolvimento de novos 
produtos e operações industriais até o fim 
de 2025; já em projetos para a sociedade, a 
empresa criou ações para fortalecer o pro-
pósito da marca, trazendo impacto positi-
vo à comunidade. Dessa forma, em 2022, 
a Bibi realizou 213,5% das ações previstas 
e, em 2023, 163,4% da meta referente ao 
A Bibi conta, atualmente, com 22 
operações internacionais exclusivas 
em formato de licenciamento. Estamos 
presentes nesse modelo somente na 
América Latina, mas nosso objetivo é ter 
100 lojas estrangeiras até o fim de 2030”
ANDREA KOHLRAUSCH, CEO DA CALÇADOS BIBI
A Bibi é a primeira empresa calçadista infantil a ser chancelada com o selo Origem Sustentável Diamante.
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C A L Ç A D O S B I B I
to de licenciamento. Estamos presentes 
nesse modelo somente na América Latina, 
mas nosso objetivo é ter 100 lojas estran-
geiras até o fim de 2030, ampliando para 
outros continentes. Para 2025, teremos no-
vidades nesse quesito. Além disso, expor-
tamos para mais de 60 países e estamos 
presentes em diferentes multimarcas ao 
redor do globo. 
Quais foram as inovações que a Bibi 
apresentou nesses últimos tempos?
Criamos o Ninho de Inovação, que in-
centiva a contribuição de colaboradores, 
franqueados, fornecedores, clientes com 
novas ideias e sugestão de solução para os 
desafios do negócio. Na indústria, promo-
vemos uma alteração em seu layout indus-
trial, desenvolvido a partir de soluções de 
pesquisa operacional e simulação compu-
tacional, aumentando seus níveis de efici-
ência em 18%, a capacidade produtiva em 
20% e diminuindo a utilização da área físi-
ca da planta em 49% na operação baiana. 
Já no Sul, houve aumento de 12% na ca-
pacidade e crescimento de 10% nos níveis 
de eficiência industrial da produção com 
a alteração do layout. Nos últimos anos, a 
rede também investiu na compra de novos 
equipamentos, seguindo o conceito de In-
dústria 4.0. Além disso, a Bibi se tornou a 
primeira marca nacional a produzir e uti-
de uma empresa tradicional em uma 
gigante, hoje, no franchising?
A maior crise que tivemos, sem dúvida ne-
nhuma, foi na década de 1980 (tempos de 
alta inflação no Brasil e grande instabilida-
de econômica). Meu pai acabou apoiando 
muito meu avô naquela época de quase fa-
lência e conseguiu tirar a empresa daquela 
situação, virando um sucessor natural. A 
entrada no varejo por meio do sistema de 
franchising ocorreu em 2008. Inicialmente 
tínhamos inimigos à vista, os aliados vie-
ram a prazo, muita gente não acreditava no 
projeto, por diversos motivos, como medo 
de atritos com outros canais e de perder 
seu mercado de atuação. Porém, como 
tudo no empreendedorismo exige muita 
dedicação, persistência, busca de conheci-
mento, amor e perseguição de um sonho, 
desenvolvemos as competências para for-
matar um negócio e formar nossos times, 
mostrando ao mercado que daria certo e 
que seria um sucesso. 
A Bibi tem, hoje, a maior rede de lojas 
de calçados e acessórios infantis do 
Brasil e está presente também em 
vários países da América Latina. Há 
planos de entrar com mais força do 
lado de lá do Oceano Atlântico?
A Bibi conta, atualmente, com 22 opera-
ções internacionais exclusivas em forma-
lizar um solado EVA altamente inova-
dor em calçados. Chamado de BPLUS, 
a tecnologia conta com diferenciais 
que podem ser sentidos pelas crianças 
durante o uso, como maior aderência 
nos movimentos, conforto, resistência, 
segurança, leveza e ultraflexibilidade. 
A empresa também iniciou um novo 
capítulo em sua jornada digital com o 
lançamento do seu aplicativo de com-
pras exclusivo, já que mais de 80% das 
vendas on-line da Bibi são provenien-
tes de smartphones. 
Em produtos, um destaque é o Bibi 
para Todos, um calçado criado a partir 
de estudos científicos com o objetivo 
de oferecer um calçado na numeração 
adequada para as crianças que usam 
órtese, respeitando as suas neces-
sidades. Recentemente, trouxemos 
novamente para o mercado o icônico 
Skatenis. Em uma versão reformulada, 
a Bibi investiu em um projeto robus-
to, com duração de mais de um ano, 
e buscou especialistas em pediatria, 
fisioterapia e coordenação motora 
infantil, além de parceiros nacionais e 
internacionais junto às áreas de design 
e engenharia, tendo o apoio também 
do Instituto Brasileiro de Tecnologia 
do Couro, Calçados e Artefatos (IBTec) 
para manter a ludicidade do mode-
lo original, aplicada a melhorias para 
atender às necessidades das crianças e 
aos mais altos padrões de qualidade.
Para finalizar, qual a grande meta 
da Bibi para 2025?
Queremos pintar o Brasil e o mundo 
de laranja! Nosso grande mercado é o 
Brasil, onde haverá expansão de mais 
lojas e qualificação nos interiores por 
meio dos parceiros multimarcas, bem 
como ampliação do digital junto com 
a rede de franquias. No internacional, 
pretendemos estar com uma rede de 
lojas de aproximadamente 100 ope-
rações até 2030. Para 2025, no grupo 
Bibi, que envolve as indústrias, bus-
caremos um crescimento de 18% no 
faturamento. 
A empresa exporta para mais de 60 países e estão presentes em diferentes multimarcas ao redor do globo.
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DEU CERTO
CAFÉ QUE 
EMPODERA
UM DOS NOSSOS PRINCIPAIS PRODUTOS DE EXPORTAÇÃO 
DESDE O SÉCULO 18 GANHA IDENTIDADE NEGRA 
OFERECENDO GRÃOS ESPECIAIS COM A MARCA QUILOMBO
 TEXTO DE MARA MAGAÑA
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trabalhamos com fazenda em diversida-
de de cultivo, fugindo assim da monocul-
tura. Além disso, nossa principal ação é a 
doação mensal de árvores para contribuir 
com o combate ao aquecimento global”, 
explica o fundador da marca.
Segundo Lessa Rodrigues, ele lançou 
uma marca com características que reme-
tem diretamente àqueles que criaram es-
sa riqueza no País porque, passados mais 
de 500 anos, ela ainda está longe das mãos 
negras. “O café é a segunda bebida mais 
consumida no mundo, perde apenas para 
a água. Levar a história de Tereza e Danda-
ra, duas mulheres negras que se destaca-
ram na luta contra o regime escravocrata 
por aqui, em embalagens de café significa 
usar essa bebida para expandir o conheci-
mento de todos os consumidores a respei-
to da história afro-brasileira. O impacto é 
genuíno, repleto de arte e com gastrono-
mia”, diz referindo-se a dois de seus grãos 
mais conhecidos.
A ideia surgiu pouco antes da pande-
mia. Anteriormente, ele, um contador es-
pecializado em gestão de negócios, já ha-
via criado um e-commerce, em 2019, com 
o sugestivo nome Quitandeiro. O empre-
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A questão da negritude no Brasil es-
cancara sua problemática no ter-
reno da economia. Dos pouco 
mais de 29 milhões de empreendedores 
no País , 52% são pretos, considerando os 
que assim se declaram, bem como os par-
dos. São 15,2 milhões de afrodescenden-
tes brasileiros à frente de suas próprias 
empresas, segundo o Serviço Brasileiro de 
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Se-
brae). No entanto, esse contingente ocupa 
majoritariamente postos com baixa for-
malização e recebe menos por liderar em-
preendimentos menores, já que possuem 
escolarização mais baixa do que a popu-
lação branca. 
Esse é um estereótipo que Danilo Les-
sa Rodrigues conhecia muito bem e, jus-
tamentepor isso, resolveu construir ou-
tra história, criando a Café Quilombo, 
com grãos vindos diretamente do Con-
go, na África Central, mas hoje também 
plantados no Brasil. Além da represen-
tatividade negra, Rodrigues preocupou-
-se com a sustentabilidade, construindo 
uma empresa de baixo impacto ambien-
tal. “Escolhemos usar o grão robusta de-
vido à baixa necessidade de agrotóxico e 
“O café é a segunda bebida mais 
consumida no mundo, perde 
apenas para a água. Levar a história 
da Tereza e Dandara, duas mulheres 
negras que se destacaram na luta 
contra o regime escravocrata por 
aqui, em embalagens de café, é 
usar essa bebida para expandir 
o conhecimento de todos os 
consumidores a respeito da história 
afro-brasileira”
DANILO LESSA RODRIGUES,
FUNDADOR DA CAFÉ QUILOMBO
sário só vendia produtos brasileiros, co-
mo chocolate, o próprio café e cachaça. 
Foi então que percebeu que o café era 
o que mais vendia e resolveu estudar o 
produto mais a fundo.
BEBIDA ANCESTRAL
Ao aprofundar-se na história do café, 
que veio da África, foi cultivado por es-
cravos e tornou-se o principal produto de 
exportação da nação, viu que essa narra-
tiva engendrada com a escravidão e o fa-
to de, ainda hoje, a população negra não 
ter a representatividade que devia ter, foi 
um fator de inspiração. “A Quilombo foi 
criada exatamente pensando nessa fal-
ta de representatividade. Em dezembro 
de 2020, eu comprei um livro que falava 
sobre escravidão, e estava iniciando meu 
planejamento de negócio sobre trabalhar 
com café, mas ainda não existia o nome 
Café Quilombo. E quando eu leio que o 
café é um produto orginalmente africano 
e me deparo com pouquíssimos negros 
na nossa sociedade trabalhando com ca-
fé, eu tenho um sopro de inspiração e aí 
nasce a Café Quilombo, uma bebida an-
cestral”, conta o empresário.
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DEU CERTO
Segundo Lessa Rodrigues, o objetivo 
da Quilombo como empresa de café é in-
serir o povo negro dentro do cenário eco-
nômico cafeeiro e fazer com que diversas 
áreas estejam relacionadas. “A intenção é 
sair um pouco só do café e ter a área de 
marketing, de finanças, operações, logís-
tica, negro empregar negro também, é 
black money”, explica. 
O aprendizado, segundo ele, foi mais 
tranquilo porque já vinha de um históri-
co profissional privilegiado, comparado 
com outros profissionais negros da mes-
ma faixa de idade que a dele. “Trabalhei 
sempre com custos e planejamento fi-
nanceiro em grandes indústrias alimen-
tícias, e essa experiência é fundamental 
para criar uma indústria do zero. Quanto 
ao aprendizado com o café, ele veio jun-
to com a marca. Eu não era apreciador 
de cafés, na verdade nem tomava muito, 
aprendi sobre café trabalhando com ele. 
Hoje sou especialista na bebida e res-
ponsável pelas características da torrefa-
ção dos nossos cafés”, comenta.
Com R$20 mil iniciais, deu início à 
Quilombo, nome escolhido a dedo, já que 
era o local para onde iam os negros alfor-
riados e os fugitivos, e onde também ven-
diam produtos que eles próprios planta-
vam. “O nome Café Quilombo veio como 
inspiração do Quilombo do Quariterê. 
Nossos cafés são cultivados no Espírito 
Santo, semiárido capixaba, e 50% dos nos-
sos cafés são de produtores negros, além 
de todo o nosso time ser formado por pro-
fissionais negros, e foi pensando nesse 
passado que o primeiro café, que veio do 
Congo, ganhou o nome de Tereza, da Te-
reza de Benguela”, informa. 
NA CONTRAMÃO
No acumulado dos dois primeiros me-
ses do ano safra 2024/2025, as remessas 
ao exterior alcançaram 7,516 milhões de 
sacas, o que implica alta de 11,8% em re-
lação aos 6,719 milhões embarcados em 
julho e agosto de 2023. Em receita, o in-
cremento é de 39,1% no mesmo interva-
lo comparativo, com o ingresso de divisas 
saltando de US$ 1,360 bilhão para os atu-
e Chica, minhas filhas quilombolas. 
Gosto das quatro igualmente e se vier 
mais uma continuarei amando todas 
do mesmo jeito. E a trajetória delas 
está sendo incrível. Ver pessoas foto-
grafando o produto na gôndola e en-
viando ao nosso Instagram com men-
sagem como: ‘olha, o nome da minha 
mãe’, ‘nossa, Tereza de Benguela, me 
sinto honrada’, ‘que orgulho ver os nos-
sos aqui’. E trabalhamos com profissio-
nais envolvidos no aquilombamento 
do café. Recentemente tivemos a par-
ticipação de dois novos possíveis in-
vestidores negros: Artuto Nunes e Mo-
nique Evelle, da Shark Tank”, enumera. 
A Café Quilombo tem como meta 
para 2024 consolidar sua presença no 
varejo. Atualmente, está investindo 
em degustações, promotorias e per-
formance de vendas. Quanto ao im-
pacto produzido na comunidade ne-
gra, é enfático: “Eu sinceramente não 
posso falar por todos. Vejo e percebo 
que a maioria se impacta profunda-
mente. Recebo e me deparo com pes-
soas na rua que me abraçam e agra-
decem por isso. E isso me faz seguir 
com meu propósito”. 
ais US$ 1,892 bilhão, segundo dados do 
relatório estatístico mensal do Conse-
lho dos Exportadores de Café do Brasil 
(Cecafé). Ainda de acordo com a insti-
tuição, o café arábica é o líder em ex-
portação, somando, em setembro deste 
ano, 3,19 milhões de sacas, um aumen-
to de 31,9% em relação ao mesmo mês 
do ano anterior.
A Café Quilombo usa os grãos ro-
busta e conilon. Rodrigues explica que 
a escolha dos grãos deve-se a alguns fa-
tores: “Primeiro, eu não podia falar de 
mulheres tão poderosas, intensas e tra-
zer uma bebida leve, sem força e doci-
nha. O conilon e o robusta, ambos do 
DNA canéfora, são cafés fortes, escu-
ros e intensos, independentemente da 
torra que apliquemos. Em segundo lu-
gar, acredito que boa parte da socieda-
de que consome café no Brasil está com 
problemas de escolha de um café de 
qualidade. Uma parte não gosta mais 
dos cafés tradicionais e a outra não con-
seguiu se adaptar aos cafés 100% arábi-
cas com acidez, doçura e coloração le-
ve… Então abraçamos esse público ca-
rente. E, em terceiro, a palavra canéfora 
tem como origem o latim ‘caneus’, que 
significa ‘de cana’ e ‘forma’, que vem do 
latim ‘forma’. A palavra canéfora é usada 
para descrever uma mulher que carrega 
um cesto ou vaso em forma de cesta na 
cabeça, especialmente em rituais reli-
giosos ou cerimônias”.
Para ele, tudo isso forma a Café Qui-
lombo. “Chamo os meus cafés de qui-
lombolas, Tereza, Dandara, Anastácia 
Serviço
Site:
www.cafequilombo.com.br/
Instagram:
www.instagram.com/cafe.quilombo
Além da representatividade negra, Rodrigues preocupou-se com a 
sustentabilidade, construindo uma empresa de baixo impacto ambiental.
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prejudicar tanto a margem de lucro.
Como minimizar os prejuízos com ex-
cesso de estoque
Quando o estoque parado se acumu-
la, o risco de prejuízo é iminente. A saída 
tradicional é a liquidação, mas isso pode 
prejudicar a imagem da marca se fei-
to de forma recorrente. Clientes podem 
passar a esperar pelas promoções, o que 
afeta as vendas no preço cheio.
Uma alternativa interessante é realizar 
bazares, uma oportunidade de vender o 
estoque parado com descontos, mas em 
um ambiente que cria uma expectativa 
diferenciada, afastando a ideia de que o 
varejista sempre faz liquidações. 
Cada situação de excesso de estoque 
traz valiosas lições para o varejo. O gran-
de aprendizado é reavaliar o processo de 
compras e o controle de estoque com 
mais frequência. 
Acompanhar o estoque periodicamen-
te é uma dinâmica de varejo essencial. 
Quem faz isso bem, tem maior controle 
sobre o giro de produtos e sobre a saúde 
do negócio. O estoque deve ser tratado 
como uma extensão da loja, e o vende-
dor precisa estar envolvido nesse pro-
cesso, sabendo o que está disponível e o 
que não está vendendo.
Se você deseja aprender mais sobre co-
mo controlar o estoque de forma efi-
cientee aumentar as vendas, a F360, por 
meio de seu hub de educação para vare-
jista, acaba de lançar um curso de gestão 
de estoque, exclusivo para clientes. Nele, 
são abordadas técnicas avançadas, co-
mo a curva ABC e o OTB (Open to Buy), 
para garantir que o estoque trabalhe a 
favor do lojista, e não contra ele. 
EDUCAÇÃO&FINANÇAS POR MAURÍCIO GALHARDO
Excesso de estoque: como 
combater esse inimigo 
silencioso do varejo
No varejo, o estoque é a alma do 
negócio. Ele garante que os pro-
dutos estejam disponíveis no 
momento certo para os clientes, impul-
sionando as vendas. No entanto, quan-
do o estoque não gira, ou seja, quando 
os produtos não saem das prateleiras na 
velocidade necessária, ele rapidamente 
se transforma em um inimigo silencioso, 
gerando prejuízos às vezes invisíveis que, 
se não forem controlados, podem com-
prometer a saúde financeira da operação. 
Quais são os sinais de que o estoque não 
está girando como deveria? O primeiro 
passo para evitar que o excesso de esto-
que se torne um problema grave é perce-
ber os sinais antes que seja tarde demais. 
Há indícios claros que devem ser obser-
vados para diagnosticar o problema com 
antecedência.
Diagnóstico visual: Um estoque parado, 
acumulando produtos, pode ser percebido 
de forma simples. Basta observar o volume 
de itens que permanecem nas prateleiras, 
sem serem vendidos. Esse é o primeiro si-
nal de que algo está errado. E, para detec-
tá-lo, é importante treinar os vendedores 
para ter esse olhar.
Relatórios de vendas: Gerar relatórios 
regulares e comparar com o que está dis-
ponível em estoque também ajuda. Se há 
produtos em abundância que não estão 
saindo, é um alerta. A verificação periódica 
de estoque por meio de softwares de ven-
das auxilia nesse processo.
Reposição inadequada: Será que os pro-
dutos parados estão sendo realmente 
expostos? Sem a devida exposição, es-
ses itens não têm chance de ser vendi-
dos. Portanto, é fundamental realizar uma 
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MAURÍCIO GALHARDO É ENGENHEIRO MECÂNICO E SÓCIO DA F360 EDUCA, PLATAFORMA DE CURSOS VOLTADOS PARA VAREJISTAS. APAIXONADO POR FINANÇAS, É AUTOR 
DE TRÊS LIVROS DE NEGÓCIOS E GESTÃO FINANCEIRA, TEM AMPLA EXPERIÊNCIA EM TREINAMENTOS E PALESTRAS E JÁ TREINOU MAIS DE 50 MIL PESSOAS NO VAREJO.
exposição correta, destacando na vitrine 
ou na área de vendas os produtos que pre-
cisam de atenção. Além disso, é essencial 
treinar os vendedores para que entendam 
a importância dessa prática.
E quais são as estratégias para evitar o 
excesso de estoque? Quando o problema 
é identificado, é hora de agir. Aqui estão al-
gumas estratégias eficazes para evitar que 
o estoque parado gere prejuízos maiores:
Exposição: Produtos que estão encalha-
dos devem ser trazidos à frente, expostos 
nas vitrines para ganhar destaque na loja. 
Se os clientes não veem o item, ele não 
será vendido.
Engajamento da equipe: A equipe de ven-
das precisa falar sobre o produto. Se hou-
ver resistência, pode ser necessário um 
treinamento para capacitar os colabora-
dores a vender o item com mais entusias-
mo. Uma equipe bem treinada e engajada 
faz toda a diferença.
Campanhas de marketing e divulgação: 
Produtos que não estão vendendo podem 
ser promovidos com campanhas específi-
cas, como banners na loja, promoções ou 
publicidade digital. O objetivo é dar ênfase 
ao item, destacando-o para o cliente.
Incentivo para a equipe: Melhorar a co-
missão sobre o produto também pode ser 
uma tática eficiente. Se a equipe perce-
ber que tem algo a ganhar vendendo um 
item específico, o esforço de vendas será 
redobrado.
Descontos e liquidações: Se nenhuma das 
estratégias acima surtir efeito, talvez seja 
hora de liquidar o produto. Oferecer des-
contos ou criar combos (um produto com 
desconto e outro pelo preço normal) pode 
ajudar a liberar espaço no estoque sem 
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MAPA DA MINA
A CARA 
DO VERÃO
ESPECIALISTAS EXPLICAM COMO FAZER PARA QUE UM 
NEGÓCIO COM FOCO NA ESTAÇÃO MAIS QUENTE DO 
ANO NÃO ESFRIE E PROSPERE O ANO TODO
 TEXTO DE MICHELLE RAEDER 
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N E G Ó C I O S D E V E R Ã O
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e viajar, o que pode gerar um aumento no 
número de manutenções e serviços espe-
cíficos”, lista Labatut.
Diversos setores podem ser lucrati-
vos nessa estação, contudo alguns pontos 
são relevantes para fazer a escolha certa. 
O vice-presidente da vertical de scale up 
do  ecossistema 300 Franchising, Vinicius 
Barreto, alerta que é crucial considerar a 
demanda do mercado local, a compatibi-
lidade do negócio com suas habilidades e 
experiência, bem como a capacidade do 
modelo de negócio de se adaptar às mu-
danças econômicas e de mercado. “Além 
disso, é importante avaliar a solidez finan-
ceira do franchising, verificar a transpa-
rência e o suporte oferecido pelo franque-
ador e estudar a concorrência na área”.
O especialista em vendas e gestão em-
presarial e CEO da Consultoria MR16, 
Marcelo Reis, aconselha que se faça um 
estudo cuidadoso e detalhado sobre o ti-
po de negócio e o conhecimento da pes-
soa (ou dos sócios) em relação ao segmen-
to em que se deseja entrar. “Além desse 
entendimento de mercado, é importante 
conhecer bem o ponto de venda, a concor-
rência e, principalmente, estudar o fluxo 
de caixa e o investimento necessário para 
ter certa garantia do retorno”, pontua.
A estação mais quente do ano já 
chegou e com ela muitos negócios 
surgem, contudo é muito comum 
que, na hora de pensar em investir surjam 
dúvidas como: que negócio poderia ser 
mais lucrativo nessa época? Vale a pena 
investir em algo que tenha apelo somente 
no verão? Faço uma expansão do meu ne-
gócio pensando nessa época? 
Segundo o especialista em varejo e con-
sultor de franquias com mais de 16 anos de 
experiência em franchising Erlon Labatut, 
um dos setores que se destacam bastante 
pela sazonalidade do verão é o de turismo 
e lazer, sendo bastante visado durante as 
férias de verão. Outro que ganha força nes-
sa época do ano é o de moda e acessórios, 
sobretudo os que exploram moda praiana 
e roupas mais leves.
O mercado de alimentação, especial-
mente as sorveterias e gelaterias, assim co-
mo restaurantes que oferecem uma culi-
nária mais orgânica e leve, como saladas e 
pratos vegetarianos, também apresentam 
um aumento no faturamento. O setor de 
beleza é, igualmente, bastante procurado 
nesse período. “Por fim, mas não menos 
importante, temos o setor de automóveis 
e transporte. Durante as férias, é comum 
tirarmos o carro da garagem para passear 
“Nas demais épocas do 
ano, pode ser interessante 
ofertar produtos ou serviços 
diferentes. Então uma 
loja de moda praiana, por 
exemplo, pode oferecer 
roupas de frio no inverno ou 
opções fashion no outono”
ERLON LABATUT, ESPECIALISTA
EM VAREJO E CONSULTOR DE FRANQUIAS
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MAPA DA MINA
COMO PROSPERAR
EM OUTRAS ESTAÇÕES?
Negócios com a cara do verão também 
podem ser lucrativos no restante do ano, 
basta que o empreendedor tome alguns 
cuidados. Segundo Barreto, para garan-
tir o sucesso durante todo o ano, diver-
sificar a oferta de produtos ou serviços 
para atender a diferentes necessidades 
sazonais pode ser uma estratégia eficien-
te. “Manter um foco consistente na expe-
riência do cliente, investir em marketing 
digital para alcançar novos públicos e 
adaptar-se rapidamente às tendências de 
mercado também são práticas recomen-
dadas, assim como uma gestão financeira 
prudente assegurará que o negócio possa 
enfrentar períodos menos lucrativos sem 
comprometer sua operação”, afirma.
Para Labatut, fazerum negócio de ve-
rão prosperar o ano todo exige estratégias 
para superar a sazonalidade e atrair clien-
tes em diferentes épocas. A primeira delas 
é diversificar a oferta. “Nas demais épocas 
do ano, pode ser interessante ofertar pro-
dutos ou serviços diferentes. Então, uma 
loja de moda praiana, por exemplo, pode 
oferecer roupas de frio no inverno ou op-
ções fashion no outono”, diz.
Outra iniciativa é investir no mercado 
digital para alcançar outros públicos, pois 
às vezes a sazonalidade pode não ser útil 
na região. Porém, ao expandir para o e-
-commerce, o negócio abrange todo o Bra-
sil. Também pode ser interessante trans-
formar o empreendimento em uma rede, 
seja por meio de franquias ou lojas pró-
prias. “Para isso, é importante operar em 
regiões em que a sazonalidade seja inver-
sa ou com menos impacto, então, mesmo 
se uma determinada loja está mais fraca, 
você terá outra para compensar”, explica 
Labatut.
Por fim, o especialista relata que um 
elemento fundamental nesse tipo de ne-
gócio é o financeiro. Uma opção para 
sempre prosperar é trabalhar com dife-
rentes metas e operações. Durante a sa-
zonalidade boa, aumente o estoque e te-
nha uma equipe maior, uma vez que seu 
público será igualmente superior. Nos 
demais períodos, trabalhe com estoque 
e equipe reduzidos, para não impactar o 
faturamento.
TENDÊNCIAS PARA 2025
É importante saber como o mercado 
está se desenhando para 2025. De acordo 
com os especialistas consultados, as no-
vidades não são relacionadas diretamen-
te ao verão, mas os segmentos que já fa-
zem sucesso devem trazer algumas novas 
tendências do mercado para dentro de si, 
como a inovação tecnológica e o uso da 
inteligência artificial, por exemplo. “Além 
disso, a prática de sustentabilidade e eco-
“Negócios ou 
serviços que 
proporcionem 
momentos 
únicos, como 
eventos ao vivo, 
experiências 
de imersão 
e turismo de 
aventura, têm 
grandes chances 
de sucesso”
MARCELO REIS, 
ESPECIALISTA EM 
VENDAS E GESTÃO 
EMPRESARIAL E CEO DA 
CONSULTORIA MR16
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nomia circular e a busca por negócios 
que priorizem experiências únicas, nor-
malmente procuradas nos períodos de 
férias e lazer, serão fortes em 2025”, afir-
ma Labatut.
Segundo ele, talvez a principal ten-
dência que misture o verão com os negó-
cios seja a criação e aplicabilidade de ne-
gócios digitais. “Normalmente, essa épo-
ca do ano é marcada por uma sazonali-
dade de produtos e serviços físicos, em 
cidades ou regiões turísticas. Mas com a 
presença do digital cada vez mais eviden-
te no mercado, podemos esperar tam-
bém um preparo maior do consumidor, 
que deve optar por certos tipos de pro-
duto por meio de compras on-line antes 
mesmo de sua viagem”, completa.
Marcelo Reis explica que o consumi-
dor e as indústrias já vêm buscando isso, 
mas, em 2025, devem priorizar as ten-
dências ligadas à sustentabilidade e ao 
consumo consciente. “Negócios que ofe-
reçam soluções sustentáveis, como pro-
dutos recicláveis, embalagens ecológicas 
e práticas de baixo impacto ambiental, 
estarão em alta”, declara.
A busca por experiência, em vez de 
simplesmente adquirir um produto, é 
mais um aspecto relevante. “Negócios 
ou serviços que proporcionem momen-
tos únicos, como eventos ao vivo, experi-
ências de imersão e turismo de aventura, 
têm grandes chances de sucesso. Por fim, 
a tecnologia segue como um dos maiores 
interesses, especialmente no campo da 
inteligência artificial, seja para alavancar 
oportunidades e otimizar negócios, seja 
para se capacitar e compreender essa no-
va onda”, completa Reis. 
Uma característica importante para 
2025 é a crescente digitalização dos ne-
gócios. Isso envolve não apenas e-com-
merce, mas também a integração de tec-
nologias como inteligência artificial para 
personalizar a experiência do cliente e 
otimizar operações. “Outra tendência é a 
sustentabilidade, com mais consumido-
res preferindo empresas que adotam prá-
ticas ambientalmente responsáveis e so-
cialmente justas”, afirma Barreto. 
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 RAIO-X 
MODELO 
CONVENIÊNCIA
Investimento inicial: a 
partir de R$230 mil (inclui 
instalações, taxa de 
franquia, estoque inicial)
Instalações e 
equipamentos: R$155 mil
Taxa de franquia: R$50 mil
Estoque inicial: R$20 mil
Marketing inicial: R$5 mil
Capital de giro: R$25 mil
Royalties: 7% do 
faturamento bruto
Taxa de publicidade: 
isento
Faturamento médio 
mensal: R$60 mil
Lucro mensal: 
de 20% a 30%
Prazo de retorno:
de 18 meses a 24 meses
Tamanho: 
a partir de 40 m²
Prazo de contrato: 5 anos
ALGUMAS REDES 
QUE COMBINAM 
COM O VERÃO
MAIS1.CAFÉ 
Rede de cafeteria com opções 
de bebidas refrescantes e cafés 
gelados para o verão. A rede foi 
fundada em dezembro de 2019 
pelos empresários Alan Parise, 
Gare Marques, Hilston Guerim 
e Vinícius Delatorre. Ela oferece 
mais de 30 opções da bebida, 
desde o clássico coado até 
drinques gelados com café de 
grão especial. Atualmente, está 
presente em mais de 200 cidades, 
em 25 estados brasileiros, e 
conta com mais de 700 unidades 
confirmadas no Brasil. 
 QUAIS OS PLANOS PARA 2025? 
Tem a projeção de aumentar a 
participação em regiões como 
Paraná, Rio Grande do Sul, São 
Paulo e Rio de Janeiro, além 
de ampliar as parcerias com 
empresas reconhecidas pelos 
clientes, com sabores que 
encantam. 
MASSA NO COPO 
A Massa no Copo nasceu em 2020 com a 
proposta de ser um restaurante fast casual. 
Tendo como tradição a culinária italiana, 
associa a qualidade no preparo a um estilo 
de vida prático e moderno por meio do 
formato to go. Em 2023 o negócio ganhou 
mais um sócio, Aglay José de Carvalho Souza. 
Hoje possui três unidades nos estados de São 
Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
 QUAIS OS PLANOS PARA 2025? 
A rede vive a fase de aceleração no 
crescimento a partir da entrada do 
ecossistema 300 Franchising. O intuito é 
expandir, principalmente nas regiões Sudeste 
e Sul. E a meta é chegar até o fim de 2025 com 
100 operações vendidas e com faturamento 
de R$100 milhões. 
 RAIO-X 
MODELO EXPRESS
Investimento inicial: R$185 mil (inclui: taxa de 
implantação, projeto de design de interiores, 
adequações, comunicação visual, mobiliário, 
equipamentos de cozinha e utensílios, 
equipamentos de PDV – computador, 
impressora, leitor –, marketing inaugural, 
estoque inicial, embalagens e outros – 
abertura da empresa, uniformes, etc.)
Capital de giro: R$40 mil
Taxa de publicidade: 1% do faturamento bruto
Royalties: 6% do faturamento bruto
Faturamento médio mensal bruto: R$125 mil
Lucro médio mensal:
20% do faturamento bruto
Prazo de retorno: de 18 a 24 meses
Tempo de contrato: 5 anos
Área mínima: a partir de 55 m²
Atenção: o valor de investimento pode variar 
de acordo com a metragem, localização, 
condições de conservação e necessidades de 
ajustes da unidade.
Gera de 5 a 12 empregos por operação.
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IX
MAPA DA MINA
BUBBLE MIX 
Fundada pelos sócios Alex Lin, Rodrigo Balotin 
e Rogério Arcanjo, a Bubble Mix é uma rede de 
franquias de bebidas à base de chás, com sabores 
e acompanhamentos exclusivos. As bebidas 
são todas feitas com insumos importados de 
Taiwan (país de origem da bebida), respeitando os 
sabores tradicionais, mas incorporando o paladar 
brasileiro, com xarope e bolinhas saborizadas de 
frutas tropicais. Em 2023 a marca faturou R$29,4 
milhões, e em 2024 a expectativa é chegar a R$40 
milhões. A rede conta com mais de 85 unidades 
espalhadas por todo o Brasil. 
 QUAIS OS PLANOS PARA 2025? 
Mira a região Sudeste, principalmente os estados 
de São Paulo e Minas Gerais. 
 RAIO-X 
MODELO QUIOSQUE
Investimento inicial: R$190 mil (inclui: estrutura, 
maquinário, utensílios e taxa de franquia)
Taxa de franquia: R$50 mil
Estoque

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