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Prévia do material em texto

BOM 
NEGÓCIO! 
O crescimento 
e a importância 
dos orquidários 
comerciais no País
O SURGIMENTO DESSE GRUPO DE HÍBRIDOS 
E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
Brassolaeliocattleya
PASSO 
A PASSO 
Aposte na 
casca de 
amendoim 
como 
substrato
AS 
VANTAGENS 
DO CULTIVO 
ORGÂNICO DE 
ORQUÍDEAS 
1Capa CCO44.qxp_1 Capa-CCO 03/03/2020 11:51 Página 1
Blc. Suzuki’s Wine Drop
Telegram @clubederevistas
https://t.me/clubederevistas
3
Por mais que o número de colecionadores de orquí-
deas seja restrito, o negócio gerado pela produção e co-
mercialização dessas plantas é muito grande e bastante
significativo. Conheça detalhes sobre esse “outro lado”
do mundo que envolve as orquidáceas.
Veja também os benefícios obtidos com a adoção
do cultivo orgânico. É preciso pouco para ter exempla-
res mais saudáveis e ao mesmo tempo contribuir para a
preservação ambiental! E saiba ainda a maneira ade-
quada de usar a casca de amendoim como substrato.
Apesar dos híbridos não estarem na lista de orquí-
deas prediletas dos orquidófilos, pode-se afirmar que as
Brassolaeliocattleya são uma das exceções. Como
Cultivar Orquídeas relata os cruzamentos realizados pa-
ra sua obtenção e suas principais características.
editorial
03 Editorial:Base CCO 2010 29.07.10 17:12 Página 3
Telegram @clubederevistas
índice
14 HISTÓRIA
Participando de incursões a matas,
Luiz Filipe Klein Varella descobriu
e se encantou pelas orquidáceas
18 PASSO A PASSO
Aposte na casca de amendoim
como substrato no plantio e replantio
20 CULTIVO
Detalhes sobre os cruzamentos que
originaram as Brassolaeliocattleya
e sua forma de cultivo
26 MERCADO
DE ORQUIDÁRIOS
Os números e a importância
desse negócio
30 CULTIVO ORGÂNICO
Os benefícios resultantes
da adoção de adubos
e defensivos
naturais
38 GUIA DE ORQUÍDEAS
49 CONTATOS
50 ARTIGO
Por René Rocha
6 \ C omo Cult ivar Orquídeas
06 Indice:Base CCO 2010 30.07.10 16:00 Página 6
 
Diretores 
Luiz Fernando Cyrillo 
Renato Sawaia Sáfadi 
 
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dução total ou parcial das matérias, das fotos ou dos textos 
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PUBLICAÇÕES DA 
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ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decora-
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de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico 
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ração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte 
com as Mãos, Guia Arte e Artesanato, Guia da Mamãe Cro-
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Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir Especial 
Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Deco-
ração de Interiores Varandas e Espaços Gourmets, Guia 
Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Ba-
nheiros e Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas 
& Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS: Decoração 
de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casa-
mento e Guia de Decoração de Natal. GASTRONOMIA E 
CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção 
Delícias da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, 
Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos, Guia de Degus-
tação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. 
JARDINAGEM E PAISAGISMO: Coleção Cultivo de Orquí-
deas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Orquí-
deas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de 
Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar, Jardins em Pe-
quenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem. PROJETO E 
CONSTRUÇÃO: Casas de 50 a 90 m², Construção do Co-
meço ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Econo-
mize Água, Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas 
e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma, Guia de Projetos 
para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Pro-
jetos de 100 a 200 m². SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e 
Sempre e Saúde Hoje e Sempre.
Telegram @clubederevistas
14 \ C omo C ult ivar Orquídeas
história
Das bromélias
às orquídeas
Texto Fernanda Oliveira
Fotos Eduardo Liotti
Luiz Filipe Klein Varella, de Porto Alegre, RS, é coleciona-
dor de orquídeas, com especial encantamento pelas espécies
nativas da região Sul do País. Este seu intenso envolvimento te-
ve início na década de 1990 por meio de outro grupo botâni-
co, o Bromeliaceae.
“Antes das orquídeas vieram as bromélias que comecei a
apreciar ao conhecê-las em seu habitat, principalmente nas idas
à Santa Catarina, durante as férias de Verão com a família”,
conta o orquidófilo.
Ele continua relatando que a princípio apenas notava a gran-
de quantidade de bromeliáceas vegetando nas árvores situa-
das nas margens das estradas. Eram plantas de diversos gêne-
ros como Aechmea, Nidularium, Tillandsia e Vriesea.
Ao constatar que diferentes espécies de Tillandsia poderiam
vegetar em um mesmo galho, por exemplo, T. aeranthos, T. gard-
neri, T. geminiflora, T. mallemontii e T. stricta, o simples ato de
observar se transformou em interesse real. “Foi o primeiro pas-
so para admirar, comparar e analisar essas plantas. Até hoje sou
entusiasta da T. aeranthos e suas diversas variedades de cores.”
E AS ORQUÍDEAS?
“Com o tempo, comecei a examinar as orquídeas também.
Então, em passeios pela Serra Gaúcha, sobretudo na região de
São Francisco de Paula, descobri o mundo das micro-orquí-
deas”, lembra o colecionador, acrescentando que sua primeira
foi uma Capanemia superflua.
“Ela me cativou. Descobri-a por meio de um exemplar en-
contrado praticamente por acaso em uma caminhada à beira
de uma rodovia em Canela, RS. Avistei um galho caído com
uma pequena touceira dessa espécie com as flores quase abrin-
do. Assim teve início minha paixão pelas orquídeas.”
Segundo Varella, esse envolvimento se estreitou devido a
dois fatores fundamentais: a fotografia e o fascínio pelos locais
repletos de orquidáceas, mais especificamente, trechos da Ma-
ta Atlântica e da Floresta de Araucárias da região Sul. “Nas
matas nativas que ainda restam nesses dois ecossistemas, exis-
te um infindável número de orquídeas e bromélias. Tudo isso se
tornou um 'coquetel' irresistível para mim.”
Logo, seu grande interesse passou a exigir mais informa-
ções, o que o levou a fazer um curso sobre cultivo de orquídeas
com Sérgio Inácio Englert, orquidófilo e proprietário do Ricsel
– Orquídeas e Bromélias, da capital gaúcha. Com o tempo,
além de observá-las em seu habitat, deu início a sua própria co-
leção, implantando um orquidário em casa.
“Vale dizer que, talvez pela forma como tomei contato com
essas plantas, nunca me dediquei aos híbridos. Aprecio-os e
admiro seus cultivadores, inclusive, possuo alguns exemplares,
mas decididamente minha relação com as orquídeas está vin-
culada às espécies, sobretudo as brasileiras, com dedicação
especial às gaúchas e catarinenses. Também gosto de estudar
taxonomia botânica e ferramentas que hoje estão à disposição
para pesquisá-la”, ressalta.
Foi justamente essa aproximação com a família Orchida-
ceae (sem esquecer as bromélias) que tornou a fotografiaainda
mais instigante para o orquidófilo, que passou a retratá-las. “Unir
fotografia às orquídeas é um grande prazer e ao mesmo tempo
uma excelente forma de conhecer sua anatomia. É evidentemente
uma via de duas mãos: aprendi a fotografar melhor com as flo-
res e aprendi mais sobre elas fotografando-as.”
Este hobby é tão levado a sério que atualmente Varella tem
várias de suas fotos publicadas em sites especializados em or-
quidáceas. Dentre suas parcerias, pode-se destacar a com Ame-
rico Docha Neto e Dalton Holland Baptista, estudiosos que
mantêm o site do Projeto Orchidstudium, e a com Sérgio Amo-
retty que desenvolveu uma proposta de classificação da Cat-
tleya intermedia.
14-17 Historia:Base CCO 2010 29.07.10 17:18 Página 14
Telegram @clubederevistas
15
14-17 Historia:Base CCO 2010 29.07.10 17:18 Página 15
Telegram @clubederevistas
16 \ C omo C ult ivar Orquídeas
MUNDO ORQUIDÓFILO
Para Varella, adentrar nas matas com o intuito de observar
as orquídeas em seu habitat continua sendo uma experiência
primordial. “Há muitos anos cultivo esse hábito com seguidas
incursões na companhia de amigos orquidófilos. Boa parte das
mais de 400 espécies de ocorrência catalogada no Rio Gran-
de do Sul pude observar e registrar na natureza”, orgulha-se.
Além do contato próximo com as plantas em seu ambiente
natural, o colecionador também procura adquirir mais conhe-
cimento por meio da troca de experiências através da internet.
Ele participa de dois grupos de discussão, Mundo Orquidófilo
e Microorquídeas (e outro direcionado às bromeliáceas, Mun-
do das Bromélias), e possui um álbum on-line com mais de 17
mil fotos, sendo a maioria de orquídeas e bromélias
(http://www.flickr.com/photos/luizfilipevarella/).
No entanto, as relações interpessoais não se restringem ao
virtual. Desde 2006 é membro do Círculo Gaúcho de Orqui-
dófilos (CGO), sendo seu atual presidente. “Minha entrada no
CGO foi uma tentativa de fazer novos amigos e obter mais in-
formações. Felizmente, isto tem sido uma constante graças aos
muitos colecionadores experientes que fazem parte da enti-
dade”, enfatiza.
Ele também acredita que exposições e visitas a orquidá-
rios particulares e comerciais são ótimas oportunidades para
adquirir tanto conhecimento como novas plantas, mas nada
comparado à observação de orquídeas na natureza (sempre
com o intuito de aprender mais sobre essas plantas, já que é
contra a retirada de exemplares das matas apenas para o au-
mento de coleções). “Tenho que confessar que entre ir a uma
exposição e realizar uma excursão a matas jamais hesitarei e
sempre optarei por uma visita ao habitat.”
Para saciar sua “sede” por informações, é adepto do es-
tudo, dividindo-o em duas frentes. Primeiro, o formal e clássi-
co das obras editadas de grandes taxonomistas e botânicos,
por exemplo, Frederico Carlos Hoehne, Barbosa Rodrigues e
Guido Pabst. E o segundo dedicado a pesquisas modernas
que apontam novas tendências, às quais tem acesso com o au-
xílio da internet e de bibliografia recente.
“Decididamente minha relação
com as orquídeas está vinculada
às micro-orquídeas, sobretudo as brasileiras,
com dedicação especial às gaúchas e catarinenses”
Epidendrun secundum
Anacheilum fragans
Acervo
Pessoal
Capanemia superflua
14-17 Historia:Base CCO 2010 30.07.10 16:08 Página 16
Telegram @clubederevistas
17
Atualmente, a coleção de orquídeas de Varella apresenta cerca de 300 variedades
diferentes. O colecionador tem especial carinho pelas espécies nativas
do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina
PROJETOS
Em parceria com o amigo Jacques Klein, de São Fran-
cisco de Paula, o colecionador está preparando um site so-
bre orquídeas nativas do Rio Grande do Sul, que está em
fase de testes. Em breve, será lançado, mas já pode ser
acessadoatravésdoendereçowww.orquideasgauchas.net.
Outro projeto da dupla é a produção de um livro fotográ-
fico que reunirá imagens de espécies gaúchas feitas por
ambos nas matas do Sul do País.
VERDADEIRA PAIXÃO
Hoje a coleção de orquídeas de Varella apresenta cerca de
300 espécies diferentes. É durante a manhã que ele se dedica
ao cuidado de seus exemplares, além de fotografá-los, apro-
veitando a luz das primeiras horas do dia. Apesar do carinho
por todos, o colecionador tem seus favoritos: os pertencentes ao
gênero Oncidium.
“Há muito tempo que é meu grupo predileto. Sigo a no-
menclatura adotada pelo Projeto Orchidstudium com a divisão
das espécies brasileiras de Oncidium em diversos outros gêne-
ros. No entanto, agora com a revisão de Chase e Williams,
transferindo-os para o gênero Gomesa, novas conclusões deve-
rão vir. De qualquer forma, dentre aqueles derivados de Onci-
dium, minha preferência recai sobre os chamados 'charutinhos'
(espécies reunidas em Baptistonia) e as orquídeas dos grupos
Alatiglossum, Coppensia e Rhinocidium. Todos bem repre-
sentados no Rio Grande do Sul.”
Ele cita ainda o Carenidium ottonis por encontrá-lo em abun-
dância em seu habitat e ter contribuído na combinação taxo-
nômica, enviando espécimes para Docha Neto e acompanhando
seu estudo até a publicação. Para completar, inclui na sua lista
de preferidas as plantas dos diversos gêneros das subtribos Pleu-
rothallidinae e Maxillarinae.
De acordo com o colecionador, muito dessa admiração se
dá devido à variabilidade populacional das espécies. “Não can-
so de examinar e registrar, por exemplo, as diferentes formas e
cores que se pode observar em plantas do grupo Oncidium,
como os inúmeros desenhos das pétalas e sépalas da Baptis-
tonia cornigera e da Baptistonia riograndense.”
E adiciona: “Além disso, considero fascinante encontrar uma
orquídea vegetando em seu habitat (por mais comum que a plan-
ta seja) e sobrevivendo, muitas vezes, em condições adversas.
Assim, é possível analisar todos os fatores relacionados ao seu
crescimento e desenvolvimento, como as relações com os poli-
nizadores, o ambiente e as outras plantas.”
Varella finaliza creditando à família Orchidaceae um apren-
dizado útil para diferentes aspectos da vida. “As orquídeas me
ensinaram a ter paciência, a ouvir e a experimentar, resignan-
do-me com as quedas e os necessários recomeços. E ao falar
de orquidofilia associo não apenas a plantas, mas também a
amizades. Não sou orquidófilo há tanto tempo assim, mas já
tenho amigos para muitos outros anos de orquidofilia.”
14-17 Historia:Base CCO 2010 30.07.10 16:12 Página 17
Telegram @clubederevistas
passo a passo
18 \ Como Cultivar Orquídeas
Na última edição de Como Cultivar Orquídeas, a reporta-
gem “Riquezas regionais” falou sobre materiais encontrados em
abundância em determinadas regiões brasileiras e que podem
ser utilizados como substrato para orquídeas, tanto sozinhos co-
mo misturados a outros elementos.
Assim como foi dito na reportagem, a partir desta edição,
mostraremos como utilizar alguns desses produtos. O primeiro
é a casca de amendoim, já que pode ser obtida facilmente em
qualquer localidade do País.
De acordo com Sergio Ostetto, orquidófilo e proprietário do
Ostetto Orquídeas, de Campo Grande, MS, o substrato serve
apenas de apoio para as plantas epífitas, permitindo que se
agarrem e permaneçam firmes, além de contribuir para a re-
tenção de umidade da rega e de nutrientes da adubação.
O profissional testou a casca de amendoim em Cattleya no-
bilior e vários híbridos de Cattleya. “Todos enraizaram bem com
a aplicação de fertilizante químico NPK 30-10-10 mais micro-
nutrientes que, após seis meses, foi trocado por NPK 20-20-20
mais micronutrientes. Ao final de um ano, o substrato começou
a entrar em decomposição”, revela.
Sendo assim, sua durabilidade é baixa, exigindo replantes
anuais para garantir a boa saúde do exemplar e evitar que suas
raízes apodreçam. Porém, isso não significa que seja inade-
quado para orquidáceas.
Ao alcance
de todos Texto Renata Putinatti
Fotos Gabriel Guimarães
Também é válido que cultivadores testem esse material em
diferentes condições climáticas e com espécies ou híbridos va-
riados, pois é possível que obtenham melhores resultados.A casca de amendoim é muito fácil de ser trabalhada, co-
mo mostra Mirene Kazue Haga Saab, orquidófila e proprietá-
ria do Orquidário Oriental, de Mogi das Cruzes, SP.
VOCÊ VAI PRECISAR DE
exemplar de orquídea, casca de amendoim
e vaso de cerâmica
Antonio Di Ciommo
18-19 PAP Substratos:Base CCO 2010 29.07.10 17:26 Página 18
Telegram @clubederevistas
19
SEM SEGREDO
Para esse replantio, Mirene usou uma muda de Cattleya hí-
brida com três polegadas (cerca de 1 ano e 6 meses de vida).
Primeiramente, umedeça o substrato para facilitar a retirada da
planta do vaso, que deve ser puxada delicadamente pela par-
te mais robusta junto ao rizoma (1).
Elimine todo o substrato antigo, destacando-o com as pon-
tas dos dedos (2). “Esse exemplar não tinha raiz podre, então,
não precisou de limpeza. Mas, se apresentar raízes velhas ou
malformadas, podem ser cortadas com uma tesoura de poda
esterilizada”, esclarece a profissional.
Meça a orquídea no vaso de cerâmica. Ela deve ser um pou-
co maior que o recipiente (3). Encoste a frente da planta na la-
teral do vaso (4) e preencha todo o espaço interno com a cas-
ca de amendoim (5). “Se o vaso for de plástico, é preciso co-
locar um material drenante no fundo (como caco de telha, bri-
ta ou isopor) antes de acomodar a planta e o substrato. Dessa
forma, evita-se o excesso de umidade”, avisa.
Depois de adicionar a casca de amendoim até próximo da
borda do recipiente, aperte-a levemente para facilitar a com-
pactação (6). Não é preciso muita força, pois o material pode
se quebrar em pedaços pequenos, acelerando o processo de
decomposição. Além disso, as partes grandes ajudam a man-
ter a aeração das raízes.
Ao finalizar o procedimento, forneça água e espere a plan-
ta se adequar ao novo ambiente antes de adubar. “Quando co-
meçar a emitir novas raízes, o que deve levar cerca de três se-
manas, pode-se iniciar a adubação periódica”, finaliza Mirene.
1 2 3
4 5 6
O Orquidário Oriental não comercializa a casca de amendoim.
18-19 PAP Substratos:Base CCO 2010 29.07.10 17:27 Página 19
Telegram @clubederevistas
20 \ Como Cultivar Orquídeas
cultivo
Blc. Memoria Tiang
[5]
Uma história
20-25 Cultivo:Base CCO 2010 29.07.10 17:20 Página 20
Telegram @clubederevistas
21
Blc. Chunyeah “N 17”
de fama e beleza
Texto Renata Putinatti Fotos [1] Daniel Mansur,
[2] Evelyn Müller, [3] Hamilton Penna, [4] Sérgio Gloor e [5] Tatiana Villa
As espécies de orquídeas sempre despertam grande admi-
ração em especialistas e iniciantes no assunto. Na contramão
dessa tendência, as plantas do gênero híbrido Brassolaelio-
cattleya (Blc.) costumam roubar a atenção em exposições e dei-
xam muitos colecionadores apaixonados pela sua exuberância
e pelo seu maravilhoso colorido.
Como o próprio nome sugere, é resultante da combinação
dos gêneros Brassavola, Laelia e Cattleya. Sua história soma
mais de cem anos e, por isso, gera algumas contradições. Sa-
be-se que o primeiro cruzamento data do final do século 19.
“Cultivadores ingleses começaram a hibridar espécies de Cat-
tleya com a hondurenha Brassavola digbyana, criando as pri-
meiras Brassocattleya, que, em seguida, foram cruzadas às Lae-
lia, especialmente L. purpurata e L. tenebrosa, originando o hí-
brido trigenérico Brassolaeliocattleya”, explica Roland Brooks
Cooke, engenheiro agrônomo e proprietário do Orchidcastle
Agrícola, de Petrópolis, RJ.
Também existe a versão de que o cruzamento inicial foi en-
tre Cattleya e Laelia, sobretudo, a L. purpurata. “Este fato pos-
sibilitou a união do belo labelo tubular e da flor grande da L.
purpurata com o colorido e a boa forma das Cattleya do gru-
po das labiatas, produzindo as vistosas e grandes flores das Lae-
liocattleya. Em meados do século 20, introduziu-se a Brassavo-
la glauca para produzir um labelo mais amplo e curto e flores
com maior substância. Isso gerou a Brassolaeliocattleya, que
apresenta flores duradouras e labelo, embora menor, bem mais
vistoso”, afirmam Josélio Durigan e Célia Regina Zem Durigan,
sócios-proprietários do Orquidário Durigan, de Curitiba, PR.
Eles ainda comentam que no final do século 20 foi incor-
porado a esses cruzamentos o grupo das Cattleya bifoliadas,
que tem labelo trilobado e lobo frontal em forma de pá. “As
plantas resultantes contam com flores de textura cerosa e bri-
lhante, muita substância e colorido pintalgado. Uma delas é
a Blc. Durigan.”
[2]
20-25 Cultivo:Base CCO 2010 29.07.10 17:20 Página 21
Telegram @clubederevistas
22 \ C omo C ult ivar Orquídeas
GENÉTICA A SEU FAVOR
Demodogeral,asBrassolaeliocattleya sãomorfologicamente
muito semelhantes às Cattleya, tanto no aspecto vegetativo co-
mo no floral, e têm porte de médio a vigoroso, resultado da des-
cendência da B. digbyana. A partir do rizoma surgem as raí-
zes, os bulbos e as folhas, além disso, a haste floral aparece do
pedicelo (estrutura modificada do caule) na base da folha. Coo-
ke lembra que ao combinar as Cattleya com a B. digbyana o
objetivo foi transferir para os híbridos resultantes o grande la-
belo franjado dessa espécie, o que foi plenamente atingido.
Segundo José Antônio Coelho, proprietário do Orquidário
Amarílis, de Cachoeira do Sul, RS, suas características são bas-
tante variáveis, pois depende das matrizes. “Por exemplo, ad-
quiri dois frascos de Blc. Judy Fuchs “Oro de Cali” x Blc. Wai-
kiki Gold “Lea”. Alguns exemplares produziram bulbos altos
(em torno de 40 cm), enquanto outros não cresceram mais do
que 25 cm. Todos, entretanto, apresentaram várias flores ama-
relas e de tamanho médio. Isso demonstra os diferentes atribu-
tos que plantas-irmãs podem trazer.”
As Blc. possuem de duas a cinco flores por haste, que podem
durar de sete a 30 dias. Seu colorido exuberante é proveniente
das Laelia; já o tamanho e a forma das flores geralmente são
transmitidospelasCattleya. “Sãobastanteperfumadas, cadaqual
com seu aroma particular, de adocicado, floral e cítrico até ama-
deirado”, descrevem os profissionais do Orquidário Durigan.
Blc. Chia Lin “New City”
[1]
20-25 Cultivo:Base CCO 2010 30.07.10 15:41 Página 22
Telegram @clubederevistas
As cores são variadas, desde claras até mais escuras, de-
pendendo do cruzamento, porém, com predominância de tons
róseos. Coelho acrescenta que se pode dividi-las em dois gru-
pos principais: as amarelas e as magentas. Em ambas, a C. do-
wiana contribui com alto percentual – às vezes, com mais de
50%, como no caso das famosas Blc. Toshie Aoki, Blc. Mal-
worth e Blc. Chunyeah.
Não há uma época de floração específica, pois como com-
binam a genética de muitas espécies, existem exemplares flori-
dos durante todos os meses do ano. Entretanto, pode-se dizer
que ocorre maior concentração no Outono.
Graças às flores robustas (em torno de 20 cm de diâmetro),
à beleza das cores e à boa substância e forma, esse é um dos
híbridos de maior presença no mercado, fazendo grande su-
cesso não apenas no Brasil, mas também no exterior.
Segundo o proprietário do Orchidcastle Agrícola, no País a
representante mais destacada é a Blc. Pastoral (Blc. Deesse x
C. Mademoiselle Louise Pauwels), criada pelo Orquidário Flo-
rália, da capital fluminense, em 1963. “É encontrada em tons
que vão do branco puro ao róseo, com flores sempre grandes,
vistosas, perfumadas e duráveis. Multiplicada por via clonal di-
versas vezes, a Blc. Pastoral “Innocence”AM/AOS é uma pre-
sença constante nas exposições durante o Outono”, salienta, ao
adicionar que, atualmente, as tendências de hibridação no gê-
nero buscam colorido mais intenso de amarelo a vermelho por
terem maior impacto visual e procura por parte dos consumi-
dores. “Existem inúmeras plantas famosas nesta linha, comoBlc.
Chia Lin, Blc. Chunyeah e Blc. Goldenzelle.”
Para o profissional gaúcho, entre as amarelas se destacam
Blc.Malworth “Orchidglade”, Blc.Goldenzelle “Lemon Chif-
fon”, Blc. Toshie Aoki “Robin”, Blc. Kure Beach “Lenette” e
Blc. Orglade’s “Charm Crystelle”.
Durigan e Célia recordam que desde 2005 a Blc. Durigan
(Blc. Waianae Leopard x C. Corcovado) vem ganhandomuitos prêmios no Brasil e no exterior, com plantas que rece-
beramoHighly Commended Certificate (HCC) e tambémoAward
of Merit (AM), por exemplo, Blc. Durigan “Sirius”, Blc. Duri-
gan “Orquilanda”, Blc. Durigan “Aquarius”, Blc. Durigan
“Cygnus”, entre outras.
23
Blc. Durigan ”Sirius” HCC
[4]
[2]
Blc.Blc. Malworth “Orchidglade”
20-25 Cultivo:Base CCO 2010 30.07.10 15:42 Página 23
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24 \ C omo C ult ivar Orquídeas
GARANTIA DE BOA FLORAÇÃO
Além da extrema beleza, o fácil cultivo é outro fator que con-
tribui para o sucesso das Blc. entre os colecionadores. Elas cres-
cem bem e florescem em qualquer região do Brasil, desde ci-
dades praianas até serranas.
Por serem oriundas da Cattleya, sofrem essa forte influência
genética e, por isso, suas necessidades são muito similares, como
alta luminosidade, boa ventilação, temperaturas de amenas a tro-
picais (de 12 a 25°C), substrato drenante e rega frequente.
Apreciam bastante água durante a fase de crescimento ve-
getativo, geralmente na Primavera-Verão, época na qual o for-
necimento deve ser diário. Durante os períodos mais frios do In-
verno no Centro-Sul, pode-se realizá-lo a cada dois dias. “Cor-
rem o risco de perder as raízes caso o substrato permaneça úmi-
do por muito tempo. Costumo dizer que não gostam de muita
água, mas adoram a umidade no ar. Em climas secos, como na
região central do País, recomendo molhar praticamente todos
os dias, especialmente o chão do orquidário”, orienta Coelho.
Os especialistas de Curitiba afirmam que elas precisam de
bastante claridade, entretanto, não toleram sol direto. “É melhor
mantê-las emambiente àmeia-sombra,mas com claridade abun-
dante. Também devem ficar em local bem ventilado para evitar
o surgimento de pragas e doenças.”
A luminosidade adequada é essencial na obtenção de flo-
rações abundantes e com flores de bom tamanho e duráveis.
“Sendo descendentes da B. digbyana, que vegeta sob alta lu-
minosidade no seu habitat, é natural que exijam grande inten-
sidade de luz para florir. Podem ser colocadas sob tela sombrite
de 70% ou debaixo de plástico translúcido. Quando dispostas
em árvores, é importante cuidar para que a copa não as som-
breie em demasia”, explica Cooke.
Como não suportam encharcamento, o substrato tem que per-
mitir o rápido escoamento da água. O engenheiro agrônomo su-
gere casca de pinus, fibra de coco, esfagno e carvão em propor-
ções variadas, conforme o gosto do cultivador. As Brassolaelio-
cattleya ainda se adaptam facilmente a placas de madeira.
[5] [3]
Blc. Suzuki’s Wine Drop
20-25 Cultivo:Base CCO 2010 04.08.10 13:25 Página 24
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25
“Em nosso orquidário, depois de várias experiências, pa-
dronizou-se da seguinte forma: primeiro são colocados cubos
de isopor até a metade do vaso, depois pedra em decomposi-
ção (uma espécie de saibro) e casca de pinus autoclavada”, de-
talha o profissional gaúcho.
É indicado o uso quadrimestral do adubo orgânico bo-
kashi, que pode ser complementado com adubo químico NPK
20-20-20 hidrossolúvel (diluído em água de acordo com as
instruções do fabricante) aplicado semanalmente no Verão e
uma vez ao mês no Inverno. “Este último, também chamado
de foliar, deve ser pulverizado em toda a planta, não apenas
nas folhas, já que as raízes captam a maior parte do fertili-
zante”, diz o proprietário do Orquidário Amarílis.
Um ambiente equilibrado, ventilado, com boa umidade do
ar e adubação regular previne a maioria das pragas. No en-
tanto, as Blc. não estão livres do ataque de cochonilhas, les-
mas, tripes e caramujos. O tratamento é feito com defensivos in-
dicados por um profissional da área.
“As doenças mais comuns são fungos de folha (Cercospo-
ra sp) e os que causam podridão (Pythium sp, Fusarium sp etc).
Para seu combate, são receitados fungicidas específicos após
o diagnóstico do agente causador, realizado por um técnico
qualificado”, ressalta o especialista do Orchidcastle Agrícola.
Segundo ele, assim como para a maioria das orquídeas, as
Brassolaeliocattleya devem ser replantadas quando houver bro-
tação em franco desenvolvimento, para que haja um enraiza-
mento mais acelerado, além da sua rápida recuperação pós-
plantio. “Esse procedimento é recomendado se o substrato esti-
ver em decomposição e por necessidade de acomodar o exem-
plar em vaso maior ou de dividi-lo. O amador deve dar prefe-
rência aos recipientes de cerâmica, baixos e largos, não muito
grandes.” Se forem feitas mudas, aconselha-se dividir a planta
deixando-a com pelo menos quatro pseudobulbos.
Coelho finaliza dizendo que a última exigência das Blc. para
uma boa floração é a dedicação do cultivador. “Poucas horas por
semana são suficientes para acompanhar seu desenvolvimento.”
Blc. Toshie Aoki “Pizzaz”
20-25 Cultivo:Base CCO 2010 29.07.10 17:21 Página 25
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mercado de orquidários
26 \ C omo C ult ivar Orquídeas
A todo
vapor
O cultivo de orquídeas está se tor-
nando cada vez mais popular no Brasil e
no exterior. O setor vive um forte aqueci-
mento, com crescimento notável no nú-
mero de orquidários físicos e virtuais e
também na variedade de espécies e hí-
bridos disponíveis para compra.
DeacordocomAntonioHélio Junqueira,
engenheiro agrônomo e consultor da Hór-
ticaConsultoriaeTreinamento,deSãoPau-
lo, SP, houve um inegável aumento das es-
calas de produção e melhorias no acesso
ao produto. Por exemplo, a maior oferta
e exposição dessas plantas em supermer-
cados. “Com isso, veio também a dimi-
nuição dos preços, o que tem servido pa-
ra aumentar a demanda. Outro fator im-
portante é sua superexposição, especial-
mentedasPhalaenopsis, em revistas,mos-
tras e reportagens sobre decoração. Tudo
isso produz uma associação como item de
bom gosto e distinção, acentuando o de-
sejo de consumo e dinamizando as ven-
das”,afirma.Emconsequência,atualmente
é possível comprar uma orquídea por cer-
ca de R$ 5, uma queda no preço de qua-
se 90% em dez anos.
Deolho na lucrativa oportunidade, Ra-
fael Bianchi Galati, há cinco anos, abriu
o Orquidário da Terra, em Embu das Ar-
tes, SP. Antes de montar o negócio, foi
realizada uma pesquisa de mercado pa-
ra saber o melhor local para sua implan-
tação, além de um planejamento estraté-
gico elaborado por uma empresa espe-
cializada, a fim de determinar a viabili-
dade do projeto e quanto tempo precisa-
ria para equilibrar o fluxo de caixa. “Co-
mecei com três funcionários em uma área
total de 1.400 m² com 700 m² de área
construída. No início, tinha por volta de
300 plantas floridas e cerca de cem mu-
das em consignação. A média de clientes
por mês era de 200 pessoas, sendo que
a venda mensal não passava de 120 va-
sos”, revela.
Texto Renata Putinatti
Fotos [1] Evelyn Müller, [2] Felipe Panfili e [3] Tatiana Villa
[1]
26-29 Rep1-Mercado:Base CCO 2010 30.07.10 17:42 Página 26
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Rapidamente Galati começou a co-
lher bons frutos, experimentando um cres-
cimento médio de 20% ao ano. Hoje, o
volume de venda alcança 600 plantas
pormês, tendo disponível 500 orquídeas
em floração e uma média de 3 mil mu-
das. Ele também apostou na diversifica-
ção e, desde a inauguração, houve um
aumento de mais de 2.000% no núme-
ro de produtos do orquidário. “Com o
passar dos anos, fui adquirindo expe-
riência e maturidade e conhecendo meu
público. Assim, pude arriscar mais nas
compras e ampliar os contatos com im-
portantes produtores do Brasil e do ex-
terior. Mas, é válido dizer que também
tive um grande acréscimo nos gastos fi-
xos e variáveis. Como arrisquei mais, so-
fri uma perda de 10%, diminuindo meu
lucro”, admite.
ProprietáriodoManoelOrquídeas, de
Jundiaí, SP, e colecionador de orquídeas
há 36 anos, Manoel Romero Cortegoso
também viu neste segmento uma próspe-
ra fonte de renda e resolveu abrir seu or-
quidário há 12 anos. “A empresa era fa-
miliar, comandada pela minha esposa e
por mim. No começo, tínhamos cerca de
2 mil exemplares, sendo a maioria repe-
tida. Vendíamos de quatro a cinco vasos
por semana”, lembra.No entanto, por conta de um pro-
blema de saúde na família, Cortegoso
não conseguiu dedicar muito tempo ao
negócio nos últimos oito anos, mesmo as-
sim, com o setor aquecido, as vendas
continuavam subindo e a clientela au-
mentava a cada dia. “Há oito meses con-
segui retomar com afinco a frente do ne-
gócio e já percebi um incremento nas
vendas de 30%. Hoje comercializo de
30 a 50 plantas floridas por semana.
Além de ampliar a variedade e a diver-
sidade para cerca de 12 mil espécies e
híbridos, adicionei ao meu leque de pro-
dutos os insumos de cultivo, como adu-
bos, etiquetas de identificação, recipientes
cerâmicos e plásticos etc”, explica.
Cortegoso iniciou o orquidário com 2 mil orquí-
deas. Hoje possui 12 mil e acrescentou ao seu
portfólio insumos para cultivo. “Nos últimos oito
meses as vendas subiram 30%”, diz.
[1]
[1]
26-29 Rep1-Mercado:Base CCO 2010 30.07.10 17:42 Página 27
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28 \ C omo C ult ivar Orquídeas
MUITO A SER EXPLORADO
Não existem dados concretos sobre o
número de produtores no País, sabe-se
que a maior concentração de profissio-
nais que produzem híbridos comerciais
está nos estados de São Paulo, principal-
mente nas regiões de Atibaia e Mogi das
Cruzes, e Rio de Janeiro. Os que traba-
lham com espécies nativas são encontra-
dos sobretudoemEspíritoSanto,MatoGros-
so e Santa Catarina. Além disso, há co-
lecionadores e amadores espalhados por
todo o território nacional.
O número de exemplares produzidos
internamente está estimado em 12 mi-
lhões por ano. Seu ritmo acelerado de
expansão acompanha o setor de flores
e plantas ornamentais, contabilizando
um crescimento de 8 a 9% anualmente.
“O mercado está em ascensão para va-
riedades de Phalaenopsis, Cymbidium
e Oncidium, que apresentam consumo
mais acentuado. Vanda e Cattleya des-
pontam para mercados mais seletos”, as-
segura Junqueira.
Ele acrescenta que, embora esteja em
“ebulição”, o consumo interno de flores
ainda é baixo se comparado aos padrões
internacionais. “Frente a isso e conside-
rando a manutenção das boas condições
de emprego, financiamento e renda pre-
valecentes no País, pode-se esperar que
as vendas ainda tenham muito para cres-
cer. Portanto, existe um amplo mercado
para as orquídeas no Brasil. Talvez venha
a ocorrer algum saturamento para varie-
dades muito determinadas em faixas de
renda, como Phalaenopsis. Por outro la-
do, espécies e cultivares novos sempre
chamam a atenção e despertam novos de-
sejos de consumo”, aponta.
Galati e Cortegoso tambémacreditam
que existe bastante espaço no segmento
orquidófilo, tanto para o varejo como pa-
ra o produtor. Há diversos lugares do Bra-
sil que sofrem com a carência de orqui-
dários e,mesmoos centros commaior con-
centraçãodeles, comoSãoPaulo, têmcon-
dições de ser melhor explorados.
Para obter sucesso no varejo, o pro-
fissional de Embu das Artes ressalta seis
fatores essenciais: fazer um bom plano de
negócio, encontrar um local de fácil aces-
so e de grande circulação, ter uma equi-
pe bem treinada, manter contato com pro-
dutores e fornecedores, saber a necessi-
dade do seu público e sempre investir em
publicidade. “Se você está montando um
orquidário, está montando uma loja es-
pecializada, então deve estar preparado
e entender do assunto para sanar todas
as dúvidas dos clientes.”
Para o engenheiro agrônomo e con-
sultor, o produtor comercial deve estar
atento ao fato de que o consumidor bra-
sileiro, via de regra, prefere as orquídeas
com cachos e as de flores grandes, dan-
do menor importância para as de flores
pequenas ou de cores e formatos menos
exuberantes ou chamativos. “Trata-se, no
casodestasúltimas,deplantas relacionadas
mais especificamente aos colecionadores
que, apesar de comprarem menos que as
pessoas em geral, costumam pagar mui-
to bem pelo que adquirem.”
CONCENTRAÇÃO
DE PRODUTORES
NO BRASIL
RIO DE JANEIRO
MATO GROSSO
SANTACATARINA
ESPÍRITO SANTO
HÍBRIDOS
ESPÉCIES
SÃO PAULO
Cymbidium Cattleya Oncidium
[3][1][1]
26-29 Rep1-Mercado:Base CCO 2010 30.07.10 17:46 Página 28
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29
Em cinco anos, Galati teve um crescimento de
seis vezes na quantidade de exemplares vendi-
dos e aumentou em 2.000% o número de pro-
dutos do orquidário. “Com o passar dos anos,
fui adquirindo experiência e maturidade e co-
nhecendo meu público”, afirma.0
10
20
30
40
50
60
Seguindo essa demanda, ele assegu-
ra que a produção comercial brasileira es-
tá absolutamente centrada na exploração
de híbridos importados, especialmente de
Phalaenopsis,CymbidiumeDendrobium.
PANORAMA GLOBAL
Ocomércio mundial de orquídeas mo-
vimentou US$ 20 bilhões em 2009, onde
se destacam os maiores produtores: Esta-
dos Unidos, Alemanha, Holanda e Malá-
sia. A participação do Brasil no cenário
internacional se resume apenas a mudas
e não a flores envasadas ou cortadas e
prontas para o consumo.
Nosso ponto forte são espécies nativas
e alguns de seus híbridos, sendo que omer-
cado comprador é constituído essencial-
mente por colecionadores não focados na
multiplicação.Então, estamospresentes em
umnicho ondepequenas quantidades ofer-
tadassãocompensadaspelosmelhorespre-
ços unitários. Diferentemente dos líderes de
comércio que se baseiam na produção em
larga escala de híbridos comerciais que
possuem longos cachos repletos de flores.
Segundo um levantamento realizado
pela Hórtica Consultoria e Treinamento,
as exportações brasileiras desse segmen-
to tiveram um crescimento em 2009 de
9,05% em relação ao ano anterior, so-
mando um valor total de US$ 219,86 mil.
Os principais países de destino foram Ja-
pão (53,08%), Alemanha (21,74%), Es-
tadosUnidos (12,27%)eHolanda (8,08%),
além de Taiwan, Hong Kong e Chile.
O Japão se transformou no principal
cliente, com um crescimento de 242,23%
sobre as importações de2008.Constatou-
se ainda a abertura comercial em outros
destinos não tradicionais, como Ucrânia e
África do Sul.
Para Junqueira, o País não é um player
concorrente no mercado internacional de
orquídeas e os valores exportados são
pequenos e pouco interferem na movi-
mentação global.
No entanto, dados parciais de um es-
tudo realizado pela empresa de consulto-
ria mostra que o Brasil se destaca pelo
constanteepersistente crescimento.Nopri-
meiro semestre de 2010, acumulou omon-
tante de US$ 87,8 mil, valor 2,27%maior
que o mesmo período do ano passado.
Ainda foi possível verificar que as mu-
das exportadas no primeiro semestre des-
te ano foram provenientes de Mato Gros-
sodoSul (51,11%),EspíritoSanto (14,64%),
Rio de Janeiro (13,86%), Santa Catarina
(13,02%) e Rio Grande do Sul (7,37%).
MAIORES IMPORTADORES
DE ORQUÍDEAS BRASILEIRAS
BALANÇA COMERCIAL DA FLORICULTURA
BRASILEIRA EM 2009
(SALDO DE US$ 11,323 MILHÕES)
Japão
bulbos, tubérculos, rizomas e similares
(em repouso vegetativo)
outras mudas
mudas de outras ornamentais
mudas de orquídeas
Alemanha EstadosUnidos Holanda
53,08%
21,74%
12,27%
8,08%
Acervo
pessoal
Dendrobium VandaPhalaenopsis
[1][1][2]
26-29 Rep1-Mercado:Base CCO 2010 30.07.10 17:43 Página 29
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cultivo orgânico
30 /C omo C ult ivar Orquídeas
Beneficiando
as plantas
e o meio
ambiente
30-31 Rep2-Cultivo organico:Base CCO 2010 30.07.10 16:16 Página 30
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31
Preservar florestas, proteger animais, usar defensivos natu-
rais e reciclar o lixo são apenas algumas das inúmeras ações
pró meio ambiente que têm se disseminado em nossa socieda-
de. Atualmente, muitas pessoas sabem da importância de pen-
sar e agir de forma ecologicamente correta, tentando fazer sua
parte a favor da conservação do planeta.
O mundo orquidófilo já assumiu essa postura. É comum en-
contrar associações que realizam excursões para reintroduzir
orquidáceas nativas nas matas, profissionais e estudiosos que
reproduzem plantas em extinção em laboratório e coleciona-
dores que divulgam a proibição do uso do xaxim (espécie em
risco de extinção) como substrato, incentivando o emprego de
materiais alternativos.
Entre essas atitudes conscientes, pode-secitar também o
cultivo orgânico de orquídeas, que segue o mesmo princípio
da produção orgânica de alimentos, ou seja, sendo o mais na-
tural possível. Ainda não é um método amplamente adotado
por produtores e colecionadores de orquidáceas, mas está
avançando. É apenas uma questão de tempo para sua disse-
minação, como aconteceu com tantos outros hábitos ambien-
talmente corretos.
Segundo Darly Machado de Campos, orquidólogo e presi-
dentedaAssociaçãoBrasileiradeOrquidólogos (ABO), deCam-
pinas, SP, o cultivo orgânico se diferencia do tradicional por
não utilizar defensivos, adubos e substratos químicos. “No lu-
gar desses produtos são empregadas alternativas naturais, por
exemplo, extratos vegetais e óleos para a defesa contra pragas
e micro-organismos causadores de doenças. Resumidamente, o
cultivo orgânico se baseia no natural”, completa Roberto Jun Ta-
kane, engenheiro agrônomo e professor da Universidade Fe-
deral do Ceará (UFC), de Fortaleza, CE.
EXPERIÊNCIAS E VANTAGENS
Na Takane Agrifloricultura, o engenheiro agrônomo fez tes-
tes do cultivo orgânico antes de implantá-lo de fato em sua pro-
dução de orquídeas do gênero Cattleya. De acordo com ele,
os resultados foram positivos em relação ao crescimento e à pro-
dutividade das plantas. Além disso, cita a maior resistência das
orquidáceas, observada quando o sistema orgânico foi real-
mente adotado em 2006.
Campos também lida com esse método nos projetos de re-
posição de orquídeas em árvores de parques públicos realiza-
dos pela ABO. “Temos notado que a volta dos polinizadores é
mais rápida do que quando utilizávamos plantas provenientes
de cultivo tradicional”, ressalta o orquidólogo, acrescentando
que também observou maior resistência natural, além de flora-
ções mais abundantes.
Com isso, conclui-se que realmente há uma série de vanta-
gens para as plantas. Mas elas não se restringem às orquídeas,
já que a ausência de produtos químicos evita a contaminação
da natureza e a intoxicação do próprio cultivador. “Com cer-
teza, os produtos utilizados no cultivo orgânico são menos tó-
xicos para o meio ambiente e para a saúde humana. No en-
tanto, vale lembrar que de qualquer forma o produtor/cultivador
deve usar equipamentos de proteção individual (EPI) ao lidar
com esses insumos”, destaca Campos.
Para implantar essa metodologia, Takane sugere um bom
conhecimento das plantas cultivadas, identificando muito bem
suas necessidades, do ambiente onde será feito o cultivo e dos
produtos alternativos que podem ajudar na obtenção de bons
resultados. Para completar, o presidente da ABO sugere aten-
ção aos fatores preventivos, evitando ataques nocivos em gran-
de escala (é essencial o cuidado na fase de transição de méto-
dos, já que as plantas ainda não desenvolveram grande resis-
tência natural).
Somente com dedicação e sobretudo conhecimento que as
vantagens serão obtidas. O engenheiro agrônomo cita como
exemplo um equívoco sério: o uso do bokashi junto com a apli-
cação de fungicida. O bokashi é um biofertilizante que possui
em sua composição bactérias e fungos benéficos, que, no ca-
so, são exterminados pelo fungicida. “É um erro grosseiro. Pa-
ra evitar esse e outros, é muito importante um estudo aprofun-
dado sobre o assunto.”
No entanto, o grande contratempo para a adoção do culti-
vo orgânico é o aspecto financeiro, pois muitos acreditam que
ele é mais caro, o que, segundo ambos especialistas, não é ver-
dade. O engenheiro agrônomo afirma que, no caso de uma
produção, há uma redução considerável na perda de plantas,
o que resulta em economia. Enquanto para o orquidólogo émais
uma forma de agregar valor às orquídeas, tornando seu valor
comercial mais elevado.
“Ainda estamos ‘engatinhando’. Acredito que o maior obs-
táculo que encontramos é a venda ilegal de adubos orgânicos
sem certificação de órgãos oficiais. Como a composição exata
desses produtos é desconhecida, pode haver agentes nocivos
que contaminarão as plantas ao longo do tempo. Num primei-
ro momento, pode parecer que estão proporcionando benefí-
cios, mas depois levam à perda de muitos exemplares pelos con-
taminantes incorporados ou que atraem pragas e insetos malé-
ficos”, alerta Campos.
Texto Fernanda Oliveira Foto Tatiana Villa
30-31 Rep2-Cultivo organico:Base CCO 2010 29.07.10 18:26 Página 31
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guia de orquídeas
38 \ Como Cultivar Orquídeas
Cattleya trianae “Vitoria de Castro”
Origem: Colômbia
Condições ideais: clima de frio a ameno,
com temperaturas variando de 5 a 28oC
Curiosidades: trata-se de um clone oriundo
da autofecundação da C. trianae Sladen.
É uma planta bastante valorizada por orquidófilos,
pois é uma cultivar de ótima forma
Cultivo: Orquidário Epiphanio (Rio Claro/SP)
Evelyn
M
üller
38-44 Guia:Base CCO 2010 29.07.10 17:32 Página 38
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Campylocentrum aromaticum
Origem: Brasil
Condições ideais: sombreamentode50%
e temperaturas variando entre 10 e 35oC
Curiosidades: floresce no Verão e as
flores têm cerca de 1,2 cm de diâmetro
Cultivo: Americo Docha Neto
(Poços de Caldas/MG) Edu
Castello
38-44 Guia:Base CCO 2010 29.07.10 17:32 Página 39
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Dyakia Nender Soniane
Origem: híbrido
Condições ideais: necessita de bastante umidade, clima
quente e boa luminosidade, mas sem exposição direta
aos raios solares
Curiosidade: floresce mais de uma vez ao longo do ano
Cultivo: Orquidário Morumby (São Paulo/SP)
40 \ Como Cultivar Orquídeas
Ta
tia
na
Vi
lla
38-44 Guia:Base CCO 2010 29.07.10 17:32 Página 40
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Vanda Oriental Fuji
Origem: híbrido
Condições ideais: pode ser cultivado em locais
úmidos, bem ventilados e com sombreamento mediano
Curiosidades: planta resultante do cruzamento entre
V. Madame Rattana e V. Gold Spots
Cultivo: Orquidário Oriental (Mogi das Cruzes/SP)
41
Tatiana
Villa
38-44 Guia:Base CCO 2010 29.07.10 17:32 Página 41
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42 \ Como Cultivar Orquídeas
Phragmipedium Sorcerer’s Apprentice
(Phrag. longifolium x Phrag. sargentianum)
Origem: híbrido
Condições ideais: desenvolve-se em locais de clima
tropical e subtropical, em ambientes ensolarados e úmidos
Cursiosidade: o gênero Phragmipedium é nativo das
Américas do Sul e Central
Cultivo: Aranda Orquídeas (Teresópolis/RJ)
Tatiana
Villa
38-44 Guia:Base CCO 2010 29.07.10 17:32 Página 42
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Laeliocattleya Remo Prada
Origem: híbrido
Condições ideais: aprecia umidade elevada, sombreamen-
to mediano e boa ventilação
Curiosidades: produz flores grandes e com um vistoso splash
de cor do labelo às pétalas. É originário do cruzamento Lc.
Wilmoss x Cattleya trianae
Cultivo: Orquidário Morumby (São Paulo/SP)
Tatiana
Villa
38-44 Guia:Base CCO 2010 29.07.10 17:32 Página 43
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Angraecum cultriformis
Origem: África do Sul, Quênia e Tanzânia
Condições ideais: clima ameno e quente e rega controlada. Deve
ser cultivado em locais com até 1.800 m de altitude
Curiosidades: as flores, que aparecem de outubro a abril, são pe-
quenas, apresentando cerca de 3,5 cm de diâmetro
Cultivo: Dalton Holland Baptista (Piracicaba/SP)
44 \ Como Cultivar Orquídeas
Evelyn
M
üller
38-44 Guia:Base CCO 2010 29.07.10 17:32 Página 44
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contatos
EMPRESAS
Aranda Orquídeas
Teresópolis/RJ
(21) 2742-0628
www.aranda.com.br
Associação Brasileira de Orquidólogos (ABO)
Campinas/SP
(19) 3252-1831
Associação Orquidófila de Betim
Betim/MG
aob.orquideas@hotmail.com
Biofert
Contagem/MG
0800-6008432
Caiana.com
Joinville/SC
(47) 3026-6677
www.caiana.com.br
Círculo Orquidófilo Rioclarense (CRO)
Rio Claro/SP
croorquideas@gmail.com
www.croorquideas.webnode.com.br
Colibri Orquídeas
São Lourenço da Serra/SP
(11) 4686-1129
www.colibriorquideas.com
Hórtica Consultoria e Treinamento
São Paulo/SP
(11) 3887-7396
www.hortica.com.br
Manoel Orquídeas
Jundiaí/SP
(11) 4533-3154
Orchidcastle Agrícola
Petrópolis/RJ
rolandbrookscooke@gmail.com
Orchiland
Mogi das Cruzes/SP
(11) 8174-3743
www.orchiland.com.br
Orquidário AmarílisCachoeira do Sul/RS
(51) 3723-8193/3723-1490
www.orquidarioamarilis.com.br
Orquidário Chácara Suíça
Curitiba/PR
(41) 3335-8340
www.orquidariochacarasuica.com.br
Orquidário da Mata
São Paulo/SP
(11) 5542-7627/5092-5637
www.orquidariodamata.com.br
Orquidário da Terra
Embu das Artes/SP
(11) 9308-9864
www.orquidariodaterra.com.br
Orquidário do Sol
Salto/SP
(11) 4024-1466/9989-4936
Orquidário Durigan
Curitiba/PR
(41) 3372-0072
www.orquidariodurigan.com.br
Orquidário Epiphanio
Rio Claro/SP
(19) 3524-3624/3524-9588
www.orquidarioepiphanio.com
Orquidário Maripá
Maripá/PR
(44) 3687-1678
www.bazar10.com.br
Orquidário Morumby
São Paulo/SP
(11) 5041-2391
www.morumby.com.br
Orquidário Oriental
Mogi das Cruzes/SP
(11) 4724-9619
www.orquidariooriental.com.br
Orquidário Santa Bárbara
Santa Bárbara d’Oeste/SP
(19) 3406-5274/3463-8349
www.orquidariosantabarbara.com
Ostetto Orquídeas
Campo Grande/MS
(67) 3382-5342/3027-4821
www.ostetto.com.br
RF Orquídeas
Campo Largo/PR
(41) 9963-8108
www.rforquideas.com
Sociedade Orquidófila Cantareira (Socan)
São Paulo/SP
socan.orquideas@gmail.com
www.socan.com.br
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Fortaleza/CE
(85) 3366-7300
www.ufc.br
PROFISSIONAIS
Americo Docha Neto
Orquidófilo e estudioso do Projeto Orchidstudium
Poços de Caldas/MG
docha@orchidstudium.com
Antonio Hélio Junqueira
Engenheiro agrônomo e consultor
da Hórtica Consultoria e Treinamento
São Paulo/SP
(11) 3887-7396
Célia Regina Zem Durigan
Sócia-proprietária do Orquidário Durigan
Curitiba/PR
(41) 3372-0072
Dalton Holland Baptista
Orquidófilo e estudioso do Projeto Orchidstudium
Piracicaba/SP
dalton@orchidstudium.com
Darly Machado de Campos
Orquidólogo e presidente da ABO
Campinas/SP
darly.machado@ig.com.br
José Antônio Coelho
Proprietário do Orquidário Amarílis
Cachoeira do Sul/RS
(51) 3723-8193/3723-1490
Josélio Durigan
Sócio-proprietário do Orquidário Durigan
Curitiba/PR
(41) 3372-0072
Luiz Filipe Klein Varella
Orquidófilo
Porto Alegre/RS
lvarella@via-rs.net
Manoel Romero Cortegoso
Proprietário do Manoel Orquídeas
Jundiaí/SP
(11) 4533-3154
Mirene Kazue Haga Saab
Orquidófila e proprietária
do Orquidário Oriental
Mogi das Cruzes/SP
(11) 4724-9619
Rafael Bianchi Galati
Proprietário do Orquidário da Terra
Embu das Artes/SP
(11) 9308-9864
Roberto Jun Takane
Engenheiro agrônomo e professor da UFC
Fortaleza/CE
takane@uol.com.br
Roberto Alves Ferreira
Diretor de exposição do CRO
Rio Claro/SP
croorquideas@gmail.com
Roland Brooks Cooke
Engenheiro agrônomo e proprietário
da Orchidcastle Agrícola
Petrópolis/RJ
rolandbrookscooke@gmail.com
Sergio Ostetto
Orquidófilo e proprietário
do Ostetto Orquídeas
Campo Grande/MS
(67) 3382-5342/3027-4821
Solange Menezes
Presidente da Socan
São Paulo/SP
solange.menezes@ig.com.br
Valdir Gonçalves Machado
Presidente da Associação Orquidófila de Betim
Betim/MG
aob.orquideas@hotmail.com
49 Contatos:Base CCO 2010 30.07.10 16:13 Página 49
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50 \ Como Cultivar Orquídeas
artigo
Para um programa básico e eficaz de adubação, não invente
muito. É primordial escolher um fertilizante químico hidrossolú-
vel de marca confiável com formulação balanceada e completa
e estabelecer um dia da quinzena ou mesmo da semana para
adubar com regularidade. Lembre-se de que está cultivando or-
quídeas, então, não use produtos para culturas de solo, por exem-
plo, milho, feijão e café.
ADUBO HIDROSSOLÚVEL COM FORMULAÇÃO
BALANCEADA E COMPLETA
A formulação campeã para orquídeas é NPK 20-20-20 –
Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) somados aos macro-
nutrientes essenciais secundários Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e
Enxofre (S) e aos micronutrientes Zinco (Zn), Ferro (F), Boro (B),
Manganês (Mn), Cloro (Cl), Cobre (Cu), Sódio (Na), Molibdê-
nio (Mb) e Níquel (Ni).
Também existem estudos sobre a utilidade do Silício (Si) pa-
ra orquídeas no aumento da resistência a doenças. Quanto ao
Cálcio (Ca), deve-se aplicá-lo separadamente e apenas quan-
do necessário, afinal, poucas regiões brasileiras possuem ca-
rência desse elemento, pois a água tratada (de torneira) tem sua
dosagem corrigida.
Também são macronutrientes essenciais os elementos gaso-
sos como Carbono em forma de gás carbônico (CO2), Oxigê-
nio (O2) e Hidrogênio (H2), sendo que todos são retirados nor-
malmente do ar pela planta.
Logo, um fertilizante é essencial quando contém N, P e K.
É balanceado quando tem a mesma proporção desses ele-
mentos. É completo quando também contém os macro e mi-
cronutrientes. Para orquídeas, são mais utilizadas as propor-
ções 20-20-20, 15-15-15 e 10-10-10, que contribuem para o
crescimento ou a manutenção.
De funções específicas e não balanceados são aqueles co-
mo 30-10-10, para acelerar o crescimento de seedlings, ou
15-30-15 e 10-30-15, para favorecer a floração. Essa identi-
ficação tríplice-numérica corresponde à quantidade, respecti-
vamente, de N (Nítrico, NO3- e Amoniacal, NH4+), P (P2O5)
e K (K2O) em cada 100 g de adubo.
Os elementos químicos são conduzidos pelo transporte ati-
vo entre raízes e folhas, “sugando” de baixo para cima solu-
ções de água e nutrientes. A absorção se dá em quase sua to-
talidade através das raízes, por isso para cultivar adequada-
mente uma orquídea aprenda primeiro a cuidar de suas raízes.
REGULARIDADE NAS APLICAÇÕES
Decida adubar semanalmente com a metade da dosagem
recomendada pelo fabricante do produto escolhido ou se para
você for mais prático adubar quinzenalmente, na dosagem re-
comendada (geralmente 1 g do adubo solúvel por litro de água).
O que não pode é ficar adubando no dia que dá ou quando
tem vontade e, então, pular as datas pré-estabelecidas. Logo, a
ideia “como não deu tempo, aplico em dias seguidos ou com
dosagemmaior para compensar” é totalmente equivocada.Não
faça isso, pois estará passando “mensagens químicas” des-
controladas para suas plantas.
Com conhecimentos sobre pH e condutividade das soluções,
vá sofisticando e usando fórmulas específicas para crescimento
e floração ou com adubações mistas (química e orgânica ou or-
ganomineral). Ao aplicar elementos químicos, lembre-se de que
a diferença entre remédio e veneno está apenas na dosagem e
na sua mistura. Além disso, adubo de fonte orgânica não pas-
sará (no final) dos mesmos elementos químicos disponíveis pa-
ra a absorção da planta. E cuidado com a ideia equivocada de
que todo produto orgânico é natural e saudável. Para finalizar,
vale destacar que adubos de má qualidade podem trazer con-
taminantes maléficos para suas orquídeas.
*René Rocha é professor,
de Areado, MG, e autor do livro
ABC do Orquidófilo. Contatos:
renerocha@ip3.com.br e
www.abcdoorquidofilo.vai.la.
*Por René Rocha
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Hamilton Penna
Hamilton Penna
O ABC
da adubação
50 Artigo:Base CCO 2010 29.07.10 17:30 Página 50
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