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Tempo Geológico Literatura de Apoio http://semanact.mct.gov.br/upd_blob/0000/151.pdf www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/radio.pdf Sumário • Idade da Terra; • Tentativas de determinação da idade da Terra; • Radioatividade; • O que é radioatividade? • Isótopos; • Decaimento radioativo; • Tipos de datação; • Exercício; Idade da Terra • A idéia de que a Terra poderia ser extremamente antiga só emerge por volta do século XVIII; • Antes disso, havia forte influência religiosa na civilização ocidental sendo que cada religião tinha seu cálculo da data da Criação; • Calendário Judaico: Criação em 3761 a.C.; • Cal. Bizantino: 5508 a.C.; • Bispo James Ussher (1656) publica tratado da cronologia bíblica: Terra tem aprox. 6000 anos; Período Iluminista (metade do século XVIII): Novas teorias surgem – o Sistema Solar, a Terra e a vida não teriam sido criadas por Deus durante seis dias, mas por processos naturais complexos e de longa duração; • Edmond Halley (astrônomo inglês) em 1715: propõe uma maneira científica de estimar a idade da Terra – determinando o tempo necessário para acúmulo de sais nos oceanos (pressupondo-se que antes a água era doce); – Medindo a quantidade de sal num determinado momento e novamente uma década mais tarde para determinar o acréscimo anual fornecido pelos rios; Difícil execução; • Georges Louis Leclerc (Conde de Buffon), 1749: filósofo e naturalista francês, realizou experimentos e concluiu que a Terra teria idade entre 75 mil e 168 mil anos (publicado), mas secretamente até 3 milhões de anos (manuscrito); “Abismo temporal” • William Smith (pai da estratigrafia) em 1815 publica o primeiro mapa do mundo retratando a geologia da Inglaterra; – Percebeu que camadas de rochas poderiam ser ordenadas com base em suas características e ordem dos fósseis contidos; – Sabendo disso, Smith diz que um grupo de fósseis ocorrem no registro geológico invariavelmente, de modo que, se conhecida esta ordem, é possível correlacionar a idade das camadas a partir do conteúdo fossilífero (princípio da sucessão fóssil); • Georges Cuvier (1769 – 1832), naturalista francês desenvolve métodos de descrição de fósseis por anatomia comparada e melhor compreensão dos seres “desaparecidos” (extintos) e viventes (Catastrofismo); • Cuvier não aceitava a ideia de que a existência de seres extintos implicasse em evolução (fixismo); • Logo, propõe o Catastrofismo como forma de explicar o desaparecimento das espécies. Parte do princípio que ocorreram catástrofes naturais como inundações, terremotos e formação de cadeias de montanhas. Plantas e animais que viviam nestas áreas geralmente morriam e novas espécies se formavam e migravam para outras regiões; • Como resultado, o registro fóssil apresenta grandes mudanças abruptas de espécies; http://www.ucmp.berkeley. edu/history/cuvier.html • Charles Lyell publica entre 1830 e 1833 três volumes intitulado Princípios da Geologia; • Para Lyell, o Catastrofismo era uma teoria errônea, pois a Terra estava sujeita a mesma sorte de processos naturais*, lentos e progressivos, que ocorreram no passado e que operam hoje; • Logo, Lyell juntou evidências para validar o termo proposto anteriormente por James Hutton, o Uniformitarismo, cujo lema é: “O presente é a chave do passado” *Erosão, terremotos, erupções vulcânicas, decomposição de plantas e etc. • Os processos geológicos do passado teriam sido iguais aos atuais, até em gênero e intensidade (uniformes); • Charles Darwin é influenciado por Lyell – as espécies surgiam e se extinguiam na medida em que os organismos se adaptavam por seleção natural num processo lento e contínuo, e não por pulsos de extinção e recriação como no catastrofismo; • Para Darwin a evolução se iniciou há milhares de anos, o que despertou o interesse em se determinar a idade absoluta do registro geológico; • Darwin tenta calcular o tempo de exposição de rochas fossilíferas do Sul da Inglaterra baseado em taxas de erosão marinha. Chegou a um valor de 300 milhões de anos para aquelas rochas, concluindo que a Terra pudesse ter bilhões de anos; • Problema – Darwin pensou que as taxas de denudação eram constantes ao longo do tempo; • Uniformitarismo – revelou-se dogmático e não estritamente verdadeiro, devido a evidências de que a atmosfera, os oceanos, a crosta, o clima e a biosfera passaram por mudanças profundas ao longo da história do planeta; • Atualismo: princípio em que alega a constância, através do tempo, das leis naturais que regem o funcionamento do sistema Terra, mas não a uniformidade eterna dos processos e produtos geológicos; – Ex: lavas vulcânicas antigas indicam que houve vulcões que hoje estão extintos ou cujas crateras já foram erodidas; Tentativas de Determinação da Idade da Terra • J. Ussher (1656) – 6000 anos (4004 a.C.); • James Hutton (1795) – Terra muito velha, quase eterna (nenhum começo, nenhum fim); • Darwin (1859) – ordem de bilhões de anos; • William Thompson (Lorde Kelvin, 1862): – Através da Física tenta estabelecer a idade da Terra por cálculos e modelos termodinâmicos; – Kelvin deduziu, por meio do gradiente geotérmico, que a Terra estava tornando-se mais fria gradativamente; – Por condução térmica, postulou valores como temperatura interna da Terra primitiva e atual, obtendo idades entre 25 e 400 milhões de anos; • Em 1896 descobre-se a radioatividade e o modelo de Kelvin é abandonado ao perceber a importância do decaimento radioativo na produção do calor interno da Terra; • Problema - Kelvin superestimou a taxa de resfriamento e não se conhecia a convecção térmica que transfere calor do manto; Radioatividade • Em 1896, o físico francês, Henri Becquerel (1852 – 1908) estava envolvido em estudos de materiais fosforescentes; • Estudando sais de urânio, Becquerel expunha os sais à luz solar. Em seguida, embrulhava os sais em papel opaco preto e os colocava próximo a uma placa fotográfica. Observou que, ao colocar uma moeda ou um pedaço de metal entre os sais e a placa fotográfica, era possível criar uma imagem da moeda; • Becquerel pensou que os materiais fosforescentes emitiam raios X* * A descoberta dos raios X foi feita um ano antes por Whilhelm Roentgen • Henri Becquerel tenta repetir o experimento dias depois, no entanto, o sol não brilha em Paris por vários dias, logo, ele guarda as placas e os sais de urânio numa gaveta; • Becquerel decide revelar suas placas que não estavam expostas e nota que havia impressões nas placas, mesmo com os sais envolvidos num papel escuro e guardado na gaveta por vários dias – um novo tipo de raio era descoberto (intitulou de raios U); http://lappweb.in2p3.fr/neutrinos/centenaire/rada.html • Oito meses após os estudos de Becquerel, Marie e Pierre Curie realizam pesquisas baseadas em suas descobertas. Em sua tese de doutorado, Marie Curie apresenta a mesma radioatividade para o Tório (Th); • Em junho de 1898, Marie e Pierre isolam um material milhões de vezes mais radioativo que o Urânio, o qual foi denominado de Polônio; Assim, a partir do mineral pechblenda (toneladas) extraíram um material 2,5 milhões de vezes mais radioativo que o urânio, o rádio. • Por essas descobertas, Becquerel, Marrie e Pierre Curie dividem o prêmio Nobel de 1903; • Mais tarde, após a morte de Pierre, Marie isola o metal de rádio e ganha o Nobel de química em 1911; pechblenda Marrie e Pierre em seu Pequeno laboratório. http://lappweb.in2p3.fr/neutrinos/centenaire/rada.html • Frederick Soddy e Ernest Rutherford (1900) desenvolvem a teoria da Desintegração Radioativa; “Átomos dos elementos radioativos se desintegram espontaneamente formando átomos de outros elementos” • Lord Rayleigh descobre que o Ra é largamente encontrado nas rochas; • A radioatividade gera calor nas rochas; • Ernest Rutherford (1905) percebe que a radioatividade poderia ser um meio eficaz de mensurar a idade das rochas e minerais; • 1909, John Joly em parceria com Rutherford mede concentrações de Th e Ra em diferentes rochas (trabalhointitulado “Radioatividade e Geologia”); • Joseph John Thomson é o pioneiro a estudar e desenvolver técnicas de espectrografia de massa. – Thomson descobre 212 isótopos de ocorrência natural com seu espectrômetro de massa; – Em 1906 Thomson ganha o Nobel por descobrir o elétron em 1898; Espectrômetro de Massa • Francis William Aston em 1918 constrói um espectrômetro de massa que analisava raios positivos (prêmio Nobel de 1922); • Bainbridge & Jordan (1936), Nier (1940) e Inghram & Chupka (1953) desenvolvem espectrômetros mais precisos com o avanço da eletrônica; Princípio do Espectrômetro de Massa • Determina a massa molecular através da razão entre a massa e a carga (m/z) de íons; • Processo semelhante a uma fonte de luz e um prisma: http://masspec.scripps.edu/mshistory/whatis ms_details.php#Basics No prisma, a luz de uma determinada fonte de emissão é decomposta dentro dele de acordo com os comprimentos de onda, os quais são detectados por um receptor óptico; Similarmente ocorre com os íons dos átomos analisados, segundo a razão massa/carga. Componentes Básicos de um Espectrômetro de Massa Modificado de Diniz, M. E. R. (2011) • Uma amostra de átomos é ionizada numa câmara de vácuo; • Os íons formados são acelerados formando uma corrente de íons que passam por um campo magnético; • O campo magnético exerce uma força na corrente iônica encurvando a sua trajetória; • Os íons mais leves são mais defletidos que os pesados, sendo os íons selecionados de acordo com suas massas; • A abundância relativa de cada isótopo pode ser medida através dos valores dos feixes de elétrons produzidos por cada corrente de íons de caminhos separados; Exemplo de análise de isótopos de Sr Relembrando: O Átomo Núcleo (diâmetro de 10-12cm, 10.000 vezes < que a átomo): Prótons (p+)- carga +1 – massa1 Nêutrons (n0)- carga neutra – massa 1 Eletrosfera: Elétrons (e-)- carga -1 – massa 1/1840 massa do H Caracterizado pelo seu núcleo e eletrosfera O que é radioatividade? • É o processo pelo qual um núcleo contendo muita energia, por excesso de partículas, tende a estabilizar-se pela emissão destas (radiação), transformando-se em outro núcleo de peso atômico diferente (desintegração nuclear); • Tipos de radiação: – Alfa (α): grupo de partículas positivas constituídas por dois prótons e dois nêutrons (núcleos de hélio); – Beta (β): são os elétrons com carga negativa (-1); • Ocorre a mudança de 1 nêutron em 1 próton. – Gama (γ): radiação eletromagnética de alta energia. Não possui massa nem carga (o que a diferencia é seu comprimento de onda); • Elementos radioativos: são aqueles que emitem radiação (alfa, beta ou gama); • A radioatividade vem do núcleo atômico. Foram identificados aproximadamente mais de 300 isótopos de ocorrência natural. Desses, 264 são estáveis, ou seja, o núcleo nunca libera energia. O restante são isótopos radioativos. Isótopos • Elementos que possuem o mesmo número de prótons, mas diferentes números de nêutrons; – Exemplo: o átomo de carbono sempre apresenta 6 prótons e 6 nêutrons. No entanto, outros átomos de carbono podem apresentar 6 prótons e 7 nêutrons e, portanto, nº de massa 13. Outros, apresentam 6 prótons e 8 nêutrons, logo, A = 14; nº de massa (A) = nº de prótons + nº de nêutrons nº atômico (Z) = nº de prótons em seu núcleo Símbolo do elemento Todos os isótopos de carbono possuem 6 prótons (ou não seriam carbono). Contudo, apresentam diferentes números de nêutrons e, portanto, diferente nº de massa. • Os isótopos diferem nas propriedades radioativas; • Os isótopos em que o nº de prótons e nêutrons está em equilíbrio são chamados estáveis (leves); – Ex: • Entre elementos mais pesados, a estabilidade exige mais prótons e nêutrons; – Ex: o Pb-206, o isótopo mais estável do chumbo, contém 82 prótons e 124 nêutrons. • Se houver grande desequilíbrio entre a proporção de nêutrons e prótons, seja de pouco ou muitos nêutrons, o núcleo ifrer rá reação nuclear para se tornar mais estável; Transmutação • Conceito: Processo de transformação de um elemento em outro; – Ex: Emissão beta – se um núcleo tiver mais nêutrons do que precisa para atingir a estabilidade, poderá converter um nêutron em um próton e um elétron. O fósforo-32 é um emissor beta, em seu núcleo há 15 prótons e 17 nêutrons. Após a emissão de um elétron o núcleo restante terá 16 prótons e 16 nêutrons: seu Z aumenta em 1 unidade, porém, seu A continua o mesmo: + + Emissão alfa – para elementos pesados a perda de partículas alfa (α) é um processo de estabilização importante: Emissão gama – são raros, mas alguns núcleos são emissores gama puros (geralmente são acompanhadas de emissões α e β): Nesse caso não houve transmutação de boro, pois o * significa que o núcleo se encontra em estado de alta energia. Após a emissão de raios gama o núcleo retorna ao seu estado mais estável. + + γ Isótopos Estáveis e Radiogênicos • Os estáveis (não radiogênicos) são aqueles em que o nº de prótons e nêutrons são iguais mantendo o núcleo em equilíbrio; • Os instáveis (radioativos ou radiogênicos) resultam do processo de desintegração radioativa; • Os isótopos radiogênicos é de interesse para a datação do tempo geológico, pois podem ser aprisionados por minerais; • O elemento que sofre decaimento radioativo é chamado de elemento-pai e o isótopo resultante em forma de menor energia é o elemento-filho; Formação do Carbono-14 e Decaimento • O carbono possui três isótopos: 12C e 13C, estáveis, e 14C, radioativo; • O se forma na alta atmosfera pela colisão de raios cósmicos (nêutrons) com , 1 próton sai do núcleo se transformando em • Na medida em que se forma na atmosfera, o se combina com o oxigênio para formar CO2 que é absorvido pelas plantas por fotossíntese; • O é absorvido pelos animais através da cadeia alimentar. Nos organismos são encontrados o e em proporção constante enquanto o organismo viver; • Ao morrer, o continua estável, porém o começa a decair; Decaimento Radioativo • A teoria do decaimento radioativo proposta por Rutherford e Soddy diz que os átomos dos elementos radioativos se desintegram espontaneamente formando átomos de outros elementos; • O descobrimento da radioatividade foi importante para a Geologia porque seria possível medir a radioatividade das rochas; • A possibilidade de usar a radioatividade para medir a idade de minerais e rochas foi proposta por Rutherford em 1905; • Rutherford analisou a série de minerais de U a partir da quantidade He acumulada obtendo uma idade de 500 Ma; • O decaimento radioativo (liberação de radiação) envolve apenas o núcleo do elemento pai; • Essa taxa é constante e não se altera em quaisquer condições físico-químicas, pressão e temperatura; Decaimento radioativo de um isótopo dentro de um cristal. Carneiro (2006) Tempo de meia-vida • É o tempo de desintegração da metade dos átomos radioativos de um elemento pai; • Teoricamente, o tempo de vida de um elemento pai é infinito; • Cada tipo de elemento pai possui uma meia-vida única (T1/2) relacionada à uma constante de desintegração; • Isto é fundamental para a datação radiométrica, pois o método se baseia entre o acúmulo de elementos filhos produzidos por um núcleo radioativo (elemento pai); • Quando um mineral ou rocha se formam estes contém apenas um elemento radioativo (admite-se que a quantidade de filhos radiogênicos seja zero), portanto, a razão pai/filho é também zero; • O decaimento progressivo de pais radioativos para filhos radiogênicos ficam aprisionados no retículo do cristalino; • Conhecendo-se a constante de desintegração do pai radioativo, necessita-se apenas medir a proporção entre elementos pai e filho de modo a calcular o tempo em que o sistema se originou; • Pressupostos e propriedades: – O sistema permaneceu fechado – nenhum átomo pai ou filho foi adicionado ou removido ao sistema quando este foi originado; – Nenhum elemento filho existia no sistema na sua formação; • Estas propriedades são específicasde cada isótopo e não depende de nenhum outro de tipo de átomo que circunda o núcleo (molécula); • Não se conhece nenhum método para acelerar ou desacelerar o decaimento radioativo; Método Aplicação mais comum 40K – 40Ar Minerais potássicos de todos os tipos de rochas 234U – 230Th Corais, espeleotemas (estalagmites , estalactites) 147Sm – 143Nd Rochas ígnea, metamórficas e meteoritos Radiocarbono (14C) Carvão, ossos, conchas, troncos, dentes, folhas, fósseis, papel, água, gelo, papiro. Série de decaimento Radioativo do Urânio-238 Até Chumbo-206 Exemplos • Suponhamos que administramos 10g de um isótopo radioativo de Iodo-131 ( ) a um paciente, quanto restará no corpo passados 32 dias? (T1/2 do I-131 é de 8 dias). – Resolução: O período de 32 dias corresponde a quatro meias-vidas (gráfico), logo: 10mg x ½ x ½ x ½ x ½ = 0,625 mg Curva de decaimento Iodo-131 32 dias (4 meias-vidas) • Em um pedaço de carvão encontrado numa caverna da França, próximo de algumas pinturas rupestre, a contagem de carbono- 14 ( ) indicou um teor de 12,5% deste isótopo. Sabendo-se que o T1/2 do é de 5.370 anos, quanto tempo decorreu para que tenha restado essa concentração? – Resolução: 100% 50% (1 meia-vida) 50% 25% (1 meia-vida) 25% 12,5% (1 meia-vida) Logo: passaram-se 3 meias-vidas para que sejam encontrados 12,5% de C14. Então: 3 x 5.370 = 17.190 anos. 5.370 anos 5.370 anos 5.370 anos Tipos de Datação • Datação absoluta – baseia-se na datação radiométrica das rochas, partindo do princípio que esta é um sistema fechado, que não sofreu alteração externa. Sendo assim, qualquer alteração ocorrida provem do decaimento radioativo. As idades obtidas serão correspondentes àquela escala de tempo; • Datação relativa – baseia-se na correlação temporal entre camadas e fósseis. Este tipo de datação permite sequenciar acontecimentos em uma dada ordem cronológica; • Pelo princípio da sucessão faunística, foi possível, antes do conhecimento da radioatividade, construir uma escala de tempo geológico ordenando as principais unidades geológicas; • Métodos estratigráficos, propostos por Nicolau Steno: – Lei da Superposição: cada camada é mais jovem que aquela que se encontram abaixo e mais antigas que as situadas acima; – Horizontalidade Original: as formações sedimentares depositam-se originalmente na posição horizontal; – Continuidade Lateral: sequências idênticas expostas em lados opostos de um vale devem ser interpretadas como restos de camadas que já foram contínuas; • Príncipio de J. Hutton: – Lei da interseção: Qualquer rocha que foi cortada por um corpo intrusivo ígneo ou por uma falha é mais antiga que o corpo ígneo ou falha; Continuidade Lateral Interseção • Métodos Paleontológicos (William Smith): – Sucessão Faunística: Os organismos sucederam-se no tempo, dos mais simples aos mais complexos, e uma determinada espécie ou grupo de organismos, após sobreviver durante tempo mais ou menos prolongado, desapareceu do planeta para não mais ressurgir (fósseis guias). • Fósseis guias: organismos que viveram em curto período de tempo, mas com ampla distribuição geográfica; – Ex: Trilobitas (surgem no início do Paleozóico e desaparecem no seu final) Trilobita – crustáceo marinho Exercício 1. Suponha que uma rocha contendo 1mg de plutônio-239 por kg de rocha é encontrada em uma geleira. A t1/2 do plutônio é de 25.000 anos. Se a rocha foi depositada há 100.000 anos durante uma era glacial, quanto de plutônio-239, por kg de rocha, havia na rocha naquele tempo? 2. Numa amostra de anortosito trazido da lua analisou-se a proporção entre 235U e 207Pb e foi encontrada a seguinte quantidade: 0,18 mg de 235U por kg de rocha e 11,82 mg de 207Pb por kg de rocha. Sabendo-se que o t1/2 do 235U é de 713 Ma, qual a idade desta rocha? Próxima Aula Aula 11 Princípios Básicos de Paleontologia
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