Lei Antifeminicídio: Alterações e Impactos

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Entenda as Alterações 
da Lei n. 14.994/2024
Lei Antifeminicídio
Professora: Maria Julia Inácio do Nascimento
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br
CÓDIGO:
2411124371M
TIPO DE MATERIAL:
E-book
EDITAL:
Pós-Edital
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
11/2024
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de impressão, que deve ser realizada sob responsabilidade exclusiva do aluno.
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Entenda as Alterações da Lei n. 14.994/2024
Lei Antifeminicídio
SUMÁRIO
Entenda as Alterações da Lei n. 14.994/2024 (Lei Antifeminicídio) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Principais Alterações e o Enquadramento do Feminicídio como Crime Autônomo . 4
Mudanças na Execução Penal e Medidas Rigorosas para Feminicidas . . . . . . . . . . . . 5
2.1 Monitoramento e Progressão de Regime . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Proibição de Livramento Condicional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Reforço Penal para Violência de Gênero e Outras Modificações . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Feminicídio como Crime Hediondo e Perda do Poder Familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Código de Processo Penal: Prioridade de Tramitação em Casos de Crimes 
Hediondos e Violência Contra a Mulher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Isenção de Custas para Vítimas de Violência de Gênero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Aplicação da Isenção em Casos de Morte da Vítima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Compromisso com a Prevenção e a Proteção Integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Resultados Esperados e Impacto na Sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Questões Inéditas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Questões Inéditas Comentadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
 
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Entenda as Alterações da Lei n. 14.994/2024
Lei Antifeminicídio
ENTENDA AS ALTERAÇÕES DA LEI N. 14.994/2024 ENTENDA AS ALTERAÇÕES DA LEI N. 14.994/2024 
(LEI ANTIFEMINICÍDIO)(LEI ANTIFEMINICÍDIO)
Este material é essencial para estudos e conta com quadros comparativos que destacam 
as mudanças introduzidas pela nova Lei n. 14.994/2024. A lei tem como objetivo coibir e 
reprimir crimes cometidos contra mulheres ou motivados por razões de gênero feminino.
Em 2023, o Brasil registrou 1.463 casos de feminicídio, resultando em uma taxa alarmante 
de 1,4 mulheres mortas para cada 100 mil habitantes. Esse dado reflete uma crise de violência 
de gênero que exige intervenções urgentes e eficazes. Em resposta, a Lei n. 14.994/2024, 
conhecida como Pacote Antifeminicídio, foi promulgada em 2024, trazendo mudanças 
substanciais ao Código Penal e à legislação processual penal.
Essa lei visa reforçar a proteção das mulheres e intensificar o combate à violência de 
gênero, promovendo punições mais severas aos agressores e ampliando o amparo jurídico 
às vítimas.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES E O ENQUADRAMENTO DO PRINCIPAIS ALTERAÇÕES E O ENQUADRAMENTO DO 
FEMINICÍDIO COMO CRIME AUTÔNOMOFEMINICÍDIO COMO CRIME AUTÔNOMO
Antes tratado como qualificadora do homicídio, o feminicídio agora é classificado como 
crime autônomo pelo artigo 121-A do Código Penal, com pena de reclusão de 20 a 40 anos. 
Essa mudança evidencia a gravidade do crime e a necessidade de abordá-lo de maneira 
independente.
O feminicídio é definido como o ato de matar uma mulher por razões da condição de sexo 
feminino, seja em contexto de violência doméstica e familiar, ou motivado por menosprezo 
e discriminação contra a condição feminina.
1.1 Agravantes e aumento de pena
A Lei n. 14.994/2024 introduz circunstâncias que aumentam a pena em um terço a 
metade nos seguintes casos:
• quando o crime é cometido durante a gestação ou até três meses após o parto;
• se a vítima é responsável por crianças, adolescentes, pessoas com deficiência ou 
maiores de 60 anos;
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• se o crime ocorre na presença de familiares, presencial ou virtualmente;
• em casos de descumprimento de medidas protetivas da Lei Maria da Penha.
Dica!
Agravantes como essas reforçam a proteção a mulheres em condições de maior vulnerabilidade, 
tornando a punição aos agressores mais rigorosa.
MUDANÇAS NA EXECUÇÃO PENAL E MEDIDAS RIGOROSAS MUDANÇAS NA EXECUÇÃO PENAL E MEDIDAS RIGOROSAS 
PARA FEMINICIDASPARA FEMINICIDAS
A Lei n. 14.994/2024 também fortalece a execução penal em casos de feminicídio, com 
medidas que visam à proteção contínua da vítima e de seus familiares.
2.1 MONITORAMENTO E PROGRESSÃO DE REGIME2.1 MONITORAMENTO E PROGRESSÃO DE REGIME
• Monitoramento eletrônico: feminicidas podem ser monitorados eletronicamente 
durante saídas temporárias do sistema prisional.
• Progressão de regime: o tempo necessário para a progressão de regime foi ampliado; 
agora, feminicidas devem cumprir 55% da pena antes de progredir.
• Transferência: feminicidas que ameaçarem ou praticarem novas violências contra 
a vítima ou familiares podem ser transferidos para unidades prisionais distantes da 
residência da vítima.
Essas mudanças evitam que agressores tenham contato com suas vítimas e promovem 
maior segurança para as mulheres e suas famílias.
PROIBIÇÃO DE LIVRAMENTO CONDICIONALPROIBIÇÃO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL
O livramento condicional foi proibido para feminicidas, reforçando o compromisso com 
o cumprimento integral da pena e prevenindo a reincidência.
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REFORÇO PENAL PARA VIOLÊNCIA DE GÊNERO E OUTRAS REFORÇO PENAL PARA VIOLÊNCIA DE GÊNERO E OUTRAS 
MODIFICAÇÕESMODIFICAÇÕES
Além do feminicídio, a Lei n. 14.994/2024 aumenta a pena de outros crimes cometidos 
em contexto de violência de gênero.
• Lesão corporal: a pena para lesão corporal no contexto de violência doméstica agora 
é de dois a cinco anos.
• Crimes contra a honra: calúnia, injúria e difamação motivadas por razões de gênero 
terão penas dobradas.
• Descumprimento de medidas protetivas: o descumprimento de medidas da Lei 
Maria da Penha passa a ter pena de dois a cinco anos.
• Vias de fato: em casos de vias de fato (como empurrões e agressões leves) contra 
mulheres, a penalidade foi triplicada.
Dica!
Essas modificações criam uma rede de proteção mais ampla e aumentam a punição para 
diversas formas de violência, reconhecendo a gravidade da violência psicológica e moral.
FEMINICÍDIO COMO CRIME HEDIONDO E PERDA DO PODER FEMINICÍDIO COMO CRIME HEDIONDO E PERDA DO PODER 
FAMILIARFAMILIAR
A inclusão do feminicídio entre os crimes hediondos ressalta sua gravidade e a prioridade 
para sua tramitação judicial. Em caso de condenação, o juiz pode declarar a incapacidade 
do agressor para exercer:
• poder familiar;
• tutela ou curatela.
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Essa medida amplia a proteção à vítima e aos seus familiares, impedindo que o agressor 
possa continuar exercendo controle ou influência sobre pessoas vulneráveis, como filhos 
ou parentes em situação de dependência.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: PRIORIDADE DE CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: PRIORIDADE DE 
TRAMITAÇÃO EM CASOS DE CRIMES HEDIONDOS E TRAMITAÇÃO EM CASOS DE CRIMESHEDIONDOS E 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERVIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Com a inserção do art. 394-A, o CPP prioriza a tramitação dos processos relacionados 
a crimes hediondos e violência contra a mulher em todas as instâncias do sistema judicial. 
Isso significa que o andamento desses casos terá precedência, independentemente de sua 
fase processual ou grau de recurso.
A medida visa reduzir o tempo de resposta da Justiça em casos considerados urgentes, 
aumentando a efetividade da proteção à vítima e prevenindo a revitimização pelo 
prolongamento do processo judicial.
ISENÇÃO DE CUSTAS PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNEROISENÇÃO DE CUSTAS PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO
O § 1º garante a isenção de custas, taxas e despesas processuais nos casos que envolvem 
violência contra a mulher, promovendo o acesso facilitado à Justiça para as vítimas. Tal 
isenção busca remover barreiras econômicas que poderiam impedir ou desmotivar a busca 
por justiça e reparação. No entanto, a isenção é condicionada à boa-fé da requerente, o 
que previne o uso abusivo do benefício, garantindo sua aplicação apenas para aqueles que 
buscam genuinamente a justiça.
APLICAÇÃO DA ISENÇÃO EM CASOS DE MORTE DA VÍTIMAAPLICAÇÃO DA ISENÇÃO EM CASOS DE MORTE DA VÍTIMA
No § 2º, a legislação amplia a isenção das custas processuais para familiares da vítima em 
caso de falecimento. O direito à isenção se estende ao cônjuge, ascendentes, descendentes ou 
irmãos da vítima, que assumem o direito de representação, queixa ou prosseguimento da ação 
judicial. Essa medida visa assegurar que, mesmo após a perda, os familiares possam buscar 
justiça, mantendo o processo em tramitação prioritária e assegurando o direito à reparação.
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Dica!
A extensão da isenção para familiares reforça a ideia de que o direito à justiça e à reparação 
em crimes de violência de gênero ou hediondos é um direito coletivo, que atinge a vítima 
e a sua rede familiar.
COMPROMISSO COM A PREVENÇÃO E A PROTEÇÃO COMPROMISSO COM A PREVENÇÃO E A PROTEÇÃO 
INTEGRALINTEGRAL
A Lei n. 14.994/2024 demonstra o compromisso do Estado brasileiro com a proteção 
das mulheres e o combate à violência de gênero. No entanto, para que seus efeitos sejam 
amplamente eficazes, a legislação precisa ser acompanhada de:
• Políticas de prevenção: campanhas educativas e programas de conscientização são 
fundamentais para prevenir a violência de gênero.
• Apoio às vítimas: centros de atendimento e suporte psicológico, além de abrigos 
temporários, são necessários para oferecer amparo a mulheres em situação de risco.
• Formação profissional: capacitar agentes de segurança e profissionais do sistema 
judicial para uma abordagem empática e eficiente em casos
RESULTADOS ESPERADOS E IMPACTO NA SOCIEDADERESULTADOS ESPERADOS E IMPACTO NA SOCIEDADE
Com a aplicação da Lei n. 14.994/2024, espera-se uma redução nos casos de feminicídio 
e violência de gênero no Brasil, além de um fortalecimento da segurança e autonomia das 
mulheres. Essa legislação visa a:
• Consolidar a proteção da mulher: garantindo que o sistema penal reconheça e 
combata a violência de gênero em toda sua complexidade.
• Promover a justiça: com penas mais rigorosas, o sistema penal assume uma postura 
mais protetiva e punitiva em relação aos agressores.
• Fortalecer o amparo às vítimas: ampliando o acesso a medidas de proteção e 
assistência, que possibilitam que as mulheres e suas famílias se sintam seguras e 
amparadas.
VIGÊNCIA E APLICAÇÃO
A Lei n. 14.994/2024 entrou em vigor na data de sua publicação, no Diário Oficial da 
União, em 10 de outubro de 2024. É aplicável a todas as causas iniciadas após essa data, 
que tratem sobre o crime hediondo de feminicídio ou violência contra a mulher.
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CONCLUSÃOCONCLUSÃO
A Lei n. 14.994/2024, ou Pacote Antifeminicídio, representa um avanço significativo 
no combate à violência de gênero no Brasil. Suas disposições fortalecem o sistema penal 
para proteger as mulheres e seus familiares, consolidando o feminicídio como uma violação 
gravíssima. É essencial que a aplicação dessa lei seja complementada por políticas públicas de 
prevenção e apoio, promovendo uma proteção integral e efetiva dos direitos das mulheres.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA NOVA LEI
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Quadro comparativo
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ANTES DA LEI APÓS A LEI
CP – Art. 121, VI – Contra mulher, por razões 
da condição do sexo feminino;
§ 2º-A – Considera-se que há razões de 
condição do sexo feminino quando o crime 
envolve:
I – Violência doméstica e familiar;
II – Menosprezo ou discriminação à condição 
de mulher.
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 
1/3 (um terço) até metade se o crime for 
praticado:
I – durante a gestação ou nos 3 (três) meses 
posteriores ao parto;
II – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos, 
com deficiência ou com doenças degenerativas 
que acarretem condição limitante ou de 
vulnerabilidade física ou mental;
III – na presença física ou virtual de 
descendente ou de ascendente da vítima;
IV – em descumprimento das medidas 
protetivas de urgência previstas nos incisos 
I, II e III do caput do art. 22 da Lei n. 11.340 
de 7 de agosto de 2006.
CP – Art. 121-A Matar mulher por razões da condição do 
sexo feminino:
Pena – reclusão, de 20 (vinte) a 40 (quarenta) anos.
§ 1º Considera-se que há razões da condição do sexo feminino 
quando o crime envolve:
I – violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei n. 14.994, 
de 2024)
II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
§ 2º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) 
até a metade se o crime é praticado:
I – durante a gestação, nos 3 (três) meses posteriores ao 
parto ou se a vítima é a mãe ou a responsável por criança, 
adolescente ou pessoa com deficiência de qualquer idade;
II – contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 
(sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças 
degenerativas que acarretem condição limitante ou de 
vulnerabilidade física ou mental;
III – na presença física ou virtual de descendente ou de 
ascendente da vítima;
IV – em descumprimento das medidas protetivas de urgência 
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei n. 
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha);
V – nas circunstâncias previstas nos incisos III, IV e VIII do § 
2º do art. 121 deste Código.
Comentário:
O feminicídio deixou de ser uma qualificadora do homicídio e tornou-se um crime autônomo no ordenamento 
jurídico penal brasileiro, com penas mais severas, que variam de 20 a 40 anos de prisão. Entre as inovações, 
estão causas de aumento de pena, como quando a vítima é mãe ou responsável por criança, adolescente ou 
pessoa com deficiência de qualquer idade. Também há agravantes se o feminicídio for cometido com veneno, 
fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outros meios insidiosos ou cruéis, bem como em situações que coloquem 
terceiros em risco, como traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível 
a defesa da vítima. A pena também é aumentada se for usada arma de fogo de uso restrito ou proibido. É 
importante ressaltar que se comunicam ao coautor ou partícipe as circunstâncias pessoais elementares do 
crime previstas no § 1º do artigo 121-A.
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ANTES DA LEI APÓS A LEI
Código Penal Código Penal
Art. 92 - São também efeitos da 
condenação:
II – a incapacidade para o exercício do 
poder familiar, da tutela ou da curatela 
nos crimes dolosos
sujeitos à pena de reclusão cometidos 
contra outrem igualmente titular do 
mesmo poder familiar,
contra filho, filha ou outro descendente, 
tutelado ou curatelado;
Parágrafo único. Os efeitos que trata este 
artigo não são automáticos, devendo ser 
motivadamente declarados na sentença.
Art. 92 - São também efeitos da condenação:
II – a incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela 
ou da curatela nos crimes dolosos
sujeitos à pena de reclusão cometidos contra outrem igualmente 
titular do mesmo poder familiar,
contra filho, filha ou outro descendente, tutelado ou curatelado, 
bem como nos crimes cometidos
contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, nos 
termos do § 1º do art. 121-A deste
Código; (Redação dada pela Lei no 14.994, de 2024)
§ 1º Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, 
devendo ser motivadamente declarados
na sentença pelo juiz, mas independem de pedido expresso da 
acusação, observado o disposto no
inciso III do § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei no 14.994, de 2024)
§ 2º Ao condenado por crime praticado contra a mulher por 
razões da condição do sexo feminino,
nos termos do § 1º do art. 121-A deste Código serão: (Incluído 
pela Lei no 14.994, de 2024)
I – aplicados os efeitos previstos nos incisos I e II do caput deste 
artigo;
II – vedadas a sua nomeação, designação ou diplomação em 
qualquer cargo, função pública ou
mandato eletivo entre o trânsito em julgado da condenação até 
o efetivo cumprimento da pena;
III – automáticos os efeitos dos incisos I e II do caput e do inciso 
II do § 2º deste artigo.
Comentário:
O artigo que trata dos efeitos da condenação no Código Penal agora estabelece automaticamente para o 
feminicida a perda do poder familiar, a perda de cargo ou mandato eletivo e a proibição de futura nomeação 
em função pública, a partir da condenação definitiva e enquanto durar a pena.
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QUESTÕES INÉDITAS
001. 001. Em casos de descumprimento das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, 
a Lei n. 14.994/2024 estabelece uma pena de reclusão de dois a cinco anos para o agressor.
002. 002. Caso hipotético: Antônio praticou feminicídio contra sua esposa na presença do filho 
menor de idade. A lei permite que essa circunstância agrave a sua pena.
003. 003. Feminicidas, mesmo que representem risco à vítima ou familiares, não podem ser 
transferidos para unidades prisionais distantes da residência da vítima.
004. 004. Caso hipotético: Pedro foi condenado por feminicídio e solicitou livramento condicional 
após cumprir 1/3 da pena. A Lei n. 14.994/2024 garante a Pedro o direito ao livramento 
condicional, desde que ele preencha os requisitos legais.
005. 005. Caso hipotético: João cometeu feminicídio contra sua companheira, que era responsável 
por uma criança menor de 14 anos. Nesse caso, a pena de João pode ser aumentada em 
até metade.
006. 006. A nova legislação obriga que feminicidas cumpram 55% da pena para obter progressão 
de regime, ampliando o tempo necessário para a progressão.
007. 007. A Lei n. 14.994/2024 dobrou a pena para crimes de calúnia, injúria e difamação cometidos 
por razões de gênero contra mulheres.
008. 008. Em caso de vias de fato, como empurrões e agressões leves, a penalidade foi triplicada 
se o crime for cometido contra uma mulher.
009. 009. Caso hipotético: Lucas praticou lesão corporal contra sua ex-companheira em um 
contexto de violência doméstica. Ele poderá ser condenado a uma pena de dois a cinco anos.
010. 010. A inclusão do feminicídio como crime hediondo significa que o agressor terá o benefício 
de progressão de regime antecipado, caso apresente bom comportamento.
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QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS
001. 001. Em casos de descumprimento das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, 
a Lei n. 14.994/2024 estabelece uma pena de reclusão de dois a cinco anos para o agressor.
Certo.
O descumprimento de medidas protetivas é punido com pena de reclusão de dois a cinco 
anos, conforme alteração promovida pela Lei n. 14.994/2024 no artigo 24-A da Lei n. 
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). Essa medida reforça a importância 
do cumprimento rigoroso dessas proteções.
002. 002. Caso hipotético: Antônio praticou feminicídio contra sua esposa na presença do filho 
menor de idade. A lei permite que essa circunstância agrave a sua pena.
Certo.
A presença de familiares, como filhos menores, é uma agravante prevista pela lei e pode 
aumentar a pena em até metade, conforme inciso III do § 2º do artigo 121-A.
003. 003. Feminicidas, mesmo que representem risco à vítima ou familiares, não podem ser 
transferidos para unidades prisionais distantes da residência da vítima.
Errado.
Em caso de ameaças ou novas violências contra a vítima ou familiares, a lei permite a 
transferência do agressor para unidades prisionais mais distantes da vítima, conforme 
nova redação do artigo 86, § 4º, da Lei n. 7.210/1984.
004. 004. Caso hipotético: Pedro foi condenado por feminicídio e solicitou livramento condicional 
após cumprir 1/3 da pena. A Lei n. 14.994/2024 garante a Pedro o direito ao livramento 
condicional, desde que ele preencha os requisitos legais.
Errado.
A nova lei proíbe o livramento condicional para feminicidas, reforçando o compromisso com 
o cumprimento integral da pena, de acordo com o artigo 112, VI-A, da Lei n. 7.210/1984.
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005. 005. Caso hipotético: João cometeu feminicídio contra sua companheira, que era responsável 
por uma criança menor de 14 anos. Nesse caso, a pena de João pode ser aumentada em 
até metade.
Certo.
A Lei n. 14.994/2024 prevê aumento de pena quando a vítima for responsável por crianças, 
adolescentes, pessoas com deficiência, idosos ou menores de 14 anos.
006. 006. A nova legislação obriga que feminicidas cumpram 55% da pena para obter progressão 
de regime, ampliando o tempo necessário para a progressão.
Certo.
A Lei n. 14.994/2024 estabelece que feminicidas devem cumprir 55% da pena para progredir 
de regime, refletindo um aumento no tempo exigido.
007. 007. A Lei n. 14.994/2024 dobrou a pena para crimes de calúnia, injúria e difamação cometidos 
por razões de gênero contra mulheres.
Certo.
A pena para crimes contra a honra, como calúnia, injúria e difamação, cometidos em razão 
de gênero, é duplicada pela lei, reforçando a proteção à integridade moral das mulheres.
008. 008. Em caso de vias de fato, como empurrões e agressões leves, a penalidade foi triplicada 
se o crime for cometido contra uma mulher.
Certo.
A penalidade para vias de fato contra mulheres foi triplicada, demonstrando o rigor da lei 
no combate a agressões, mesmo de menor gravidade.
009. 009. Caso hipotético: Lucas praticou lesão corporal contra sua ex-companheira em um 
contexto de violência doméstica. Ele poderá ser condenado a uma pena de dois a cinco anos.
Certo.
A Lei n. 14.994/2024 estabelece uma pena de dois a cinco anos para lesão corporal praticada 
em contexto de violência doméstica.
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010. 010. A inclusão do feminicídio como crime hediondo significa que o agressor terá o benefício 
de progressão de regime antecipado, caso apresente bom comportamento.
Errado.
A classificação como crime hediondo dificulta a progressão de regime e limita benefícios, 
reforçando a punição para feminicidas.
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Entenda as Alterações da Lei n. 14.994/2024
Lei Antifeminicídio
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940. Código Penal. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/
del2848compilado.htm. Acesso em: 9 nov. 2024.
______. Decreto-Lei n. 3.688, de 3 de outubro de 1941. Lei das Contravenções Penais. 
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3688.htm. Acesso 
em: 9 nov. 2024.
______. Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. 
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm. 
Acesso em: 9 nov. 2024.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 14.994, de 9 de outubro de 2024. 
Altera o Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o Decreto-Lei n. 
3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais), a Lei n. 7.210, de 11 de 
julho de 1984 (Lei de Execução Penal), a Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei dos Crimes 
Hediondos), a Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) e o Decreto-Lei n. 
3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para tornar o feminicídio crime 
autônomo, agravar a sua pena e a de outros crimes praticados contra a mulher por razões 
da condição do sexo feminino, bem como para estabelecer outras medidas destinadas a 
prevenir e coibir a violência praticada contra a mulher. Disponível em: https://www.planalto.
gov.br. Acesso em: 9 nov. 2024.
______. Lei n. 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Disponível 
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7210.htm. Acesso em: 9 nov. 2024.
______. Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990. Dispõe sobre os crimes hediondos. Disponível 
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8072.htm. Acesso em: 9 nov. 2024.
______. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência 
doméstica e familiar contra a mulher. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm. Acesso em: 9 nov. 2024.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Feminicídios em 2023. Disponível em: 
https://fontesegura.forumseguranca.org.br/feminicidios-em-2023/. Acesso em: 9 nov. 2024.
MARCÃO, Renato. Curso de Execução Penal. 13. ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2024.
PARANÁ. Ministério Público do Paraná. Publicada a Lei 14.994/24, que altera vários 
dispositivos do CP, CPP, LEP, Lei das Contravenções Penais e Lei Maria da Penha. Disponível 
em: https://site.mppr.mp.br/criminal/Noticia/Publicada-Lei-1499424-que-altera-varios-
dispositivos-do-CP-CPP-LEP-Lei-das. Acesso em: 9 nov. 2024.
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7210.htm
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
https://fontesegura.forumseguranca.org.br/feminicidios-em-2023/
https://site.mppr.mp.br/criminal/Noticia/Publicada-Lei-1499424-que-altera-varios-dispositivos-do-CP-CPP-LEP-Lei-das
https://site.mppr.mp.br/criminal/Noticia/Publicada-Lei-1499424-que-altera-varios-dispositivos-do-CP-CPP-LEP-Lei-das
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	Sumário
	Entenda as Alterações da Lei n. 14.994/2024 (Lei Antifeminicídio)
	Principais Alterações e o Enquadramento do Feminicídio como Crime Autônomo
	Mudanças na Execução Penal e Medidas Rigorosas para Feminicidas
	2.1 Monitoramento e Progressão de Regime
	Proibição de Livramento Condicional
	Reforço Penal para Violência de Gênero e Outras Modificações
	Feminicídio como Crime Hediondo e Perda do Poder Familiar
	Código de Processo Penal: Prioridade de Tramitação em Casos de Crimes Hediondos e Violência Contra a Mulher
	Isenção de Custas para Vítimas de Violência de Gênero
	Aplicação da Isenção em Casos de Morte da Vítima
	Compromisso com a Prevenção e a Proteção Integral
	Resultados Esperados e Impacto na Sociedade
	Conclusão
	Questões Inéditas
	Questões Inéditas Comentadas
	Referências