PLANO A

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No microscópio petrográfico, diferentes sistemas permitem analisar diversas propriedades dos minerais. NO SISTEMA ORTOSCÓPICO COM LUZ NATURAL, pode-se observar a cor natural do mineral, útil para identificação inicial, além do hábito e forma do cristal, que indicam se é euédrico (bem formado), subédrico ou anédrico (mal formado). Também é possível identificar clivagens e fraturas, que são planos ou linhas de fraqueza no mineral, os contornos de grãos, que destacam diferenças de índice de refração entre minerais adjacentes, inclusões, como bolhas de gás ou outros minerais aprisionados no cristal, e alterações químicas ou físicas, como oxidação ou hidratação.No SISTEMA ORTOSCÓPICO COM NICÓIS CRUZADOS, podem ser analisadas propriedades como cores de interferência, determinadas pela birrefringência e pela espessura do grão, e a extinção, que ocorre quando o mineral escurece ao ser girado em certas orientações, indicando a relação entre sua estrutura cristalina e a luz. Também se observa a birrefringência, que é a diferença entre os índices de refração máximos e mínimos, geminações, padrões internos relacionados à formação do cristal, e o signo óptico, que diferencia se a birrefringência é positiva ou negativa. No SISTEMA CONOSÓPICO COM NICÓIS CRUZADOS, é possível analisar minerais isotrópicos e anisotrópicos em detalhes. Observam-se figuras de interferência, como cruzes ou anéis, criadas pela interação da luz com a estrutura do mineral, o signo óptico, que determina se o mineral é uniaxial (um eixo óptico) ou biaxial (dois eixos ópticos), a orientação dos eixos ópticos, que ajuda a classificá-lo, e o ângulo entre os eixos ópticos (2V), usado para caracterizar minerais biaxiais. Essas observações são fundamentais para identificar minerais, compreender suas propriedades e interpretar suas histórias geológicas.
A COR DE INTERFERÊNCIA é uma propriedade óptica observada em minerais anisotrópicos quando analisados sob luz polarizada cruzada em microscópios petrográficos. Ela surge devido à interferência das ondas de luz que atravessam o mineral em diferentes direções, criando um padrão característico. Essa cor depende da birrefringência do mineral (diferença nos índices de refração), da espessura da lâmina mineral e da orientação dos cristais em relação à luz. Já a DUPLA REFRAÇÃO ocorre em minerais anisotrópicos, nos quais a luz que os atravessa se divide em dois raios com diferentes velocidades e direções: o raio ordinário e o raio extraordinário. Esse fenômeno acontece devido à estrutura cristalina do mineral, que faz com que a luz viaje a velocidades distintas dependendo da direção. Esse fenômeno é um dos fatores responsáveis pelas cores de interferência e é crucial para caracterizar minerais como calcita e quartzo. O ÍNDICE DE REFRAÇÃO, por sua vez, é uma medida que indica a razão entre a velocidade da luz no ar e sua velocidade no mineral. Quanto maior o índice de refração, maior será a capacidade do mineral de desviar a luz. Essa propriedade é utilizada para identificar minerais e observar fenômenos como o contorno de grãos em luz natural no microscópio petrográfico. A luz POLARIZADA, essencial para essas análises, é composta por ondas que vibram em uma única direção. No microscópio petrográfico, a luz é polarizada ao passar por um polarizador, o que permite observar como os minerais interagem com a luz e identificar propriedades como pleocroísmo e birrefringência. OS NICÓIS cruzados são uma configuração no microscópio petrográfico em que dois polarizadores (polarizador e analisador) são posicionados perpendicularmente. Nessa configuração, apenas a luz que sofreu alteração de polarização ao passar pelo mineral é visível, destacando propriedades ópticas como cores de interferência, extinção e birrefringência. Já o PLEOCROÍSMO é a variação de cor que minerais anisotrópicos exibem quando vistos sob luz polarizada em diferentes orientações. Isso ocorre porque esses minerais absorvem a luz de forma diferente em cada direção cristalina, como no caso da biotita, que pode exibir tons variados de marrom dependendo da orientação do grão em relação à luz.