Prévia do material em texto
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS campus Poços de Caldas Curso de Engenharia Civil Paulo Vitor Ricetto ENSAIOS DE AGLOMERANTES Poços de Caldas/MG Junho de 2023 Paulo Vitor Ricetto ENSAIOS DE AGLOMERANTES Relatório apresentado a disciplina de Ciência dos Materiais de Construção, do curso de Engenharia Civil da PUC Minas, campus Poços de Caldas. Orientador: Luiz Antônio dos Reis Poços de Caldas/MG Junho de 2023 SUMÁRIO 1. OBJETIVO ............................................................................................................ 5 2. TRATAMENTO TEÓRICO .................................................................................... 5 2.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5 2.2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 6 2.3. NORMAS RELACIONADAS AO ENSAIO ...................................................... 7 3. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO ......................................................................... 8 3.1. Determinação do tempo de pega do cimento Portland .................................. 8 3.1.1. Materiais utilizados .................................................................................. 8 3.1.2. Aparelhagem ........................................................................................... 8 3.1.3. Execução do ensaio .............................................................................. 10 3.1.4. Preparação da pasta de cimento ........................................................... 11 3.1.5. Medidas de consistência ....................................................................... 12 3.1.6. Determinação dos tempos de pega ....................................................... 13 3.2. Determinação da expansibilidade Le Chatelier ............................................ 14 3.2.1. Materiais Utilizados ................................................................................ 14 3.2.2. Execução do ensaio .............................................................................. 15 3.2.3. Cálculos ................................................................................................. 18 3.3. Conclusão .................................................................................................... 19 4. Ensaio de finura .................................................................................................. 20 4.1. Materiais utilizados para o ensaio ................................................................ 20 4.2. Procedimento ............................................................................................... 20 4.3. Cálculos ....................................................................................................... 22 4.4. Conclusão .................................................................................................... 22 5. Cimento Portland - resistência a compressão .................................................... 23 5.1. Ensaio .......................................................................................................... 23 5.1.1. Execução do ensaio .............................................................................. 23 5.2. Procedimento ............................................................................................... 24 5.3. Conclusão .................................................................................................... 26 6. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 27 5 1. OBJETIVO O presente relatório tem como objetivo, determinar o tempo de pega do cimento Portland, a partir da execução da norma ABNT NBR 16607:2018 - Cimento Portland - Determinação do tempo de pega e, determinar a expansibilidade Le Chatelier pela execução da ABNT NBR 11582:2012 - Cimento Portland - Determinação da expansibilidade Le Chatelier, possibilitando aos alunos um contado maior com esse material, e assim sendo possível analisar os resultados, e com isso, verificar a viabilidade do uso e da aplicação do cimento Portland na obra da construção civil. 2. TRATAMENTO TEÓRICO 2.1. INTRODUÇÃO De acordo com Bauer (1994) o cimento Portland é o produto obtido pela pulverização de clinker constituído essencialmente de silicatos hidráulicos de cálcio, com uma certa proporção de sulfato de cálcio natural, contendo, eventualmente, adições de certas substâncias que modificam suas propriedades ou facilitam seu emprego, sendo o clinker um produto de natureza granulosa, resultante de calcinação de uma mistura daqueles materiais, conduzida até a temperatura de sua fusão incipiente. Neville e Brooks (2013) ainda descreve que o processo de fabricação do cimento Portland consiste basicamente na moagem de sua matéria-prima, e na mistura de seus constituintes, onde em determinadas proporções e na queima (as temperaturas podem chegar a cerca de 1.450 °C) em fornos rotativos de grandes dimensões, o material é sinterizado e parcialmente fundido, formando assim, esferas, conhecidas como clínqueres. Os constituintes fundamentais do cimento Portland são a cal (CaO), a sílica (SiO2), a alumina (Al2O3), óxido de ferro Fe2O3, certa proporção de magnésia (MgO) e uma pequena porcentagem de anidrido sulfúrico SO3. Em suas propriedades físicas são consideradas sob três aspectos distintos: propriedades do produto em sua condição natural, em pó, da mistura de cimento e água e proporções convenientes de pasta e, finalmente, da mistura da pasta com agregado padronizado (BAUER, 1994). 6 Dentre os aspectos físicos e químicos do cimento Portland, segundo Bauer (1994), podemos definir o tempo de pega e a expansibilidade (Estabilidade), sendo: • Tempo de pega: É a evolução das propriedades mecânicas da pasta de início do processo de endurecimento, sendo um fenômeno artificialmente definido como o momento em que a pasta adquire certa consistência que a torna impropria a um trabalho. A caracterização da pega dos cimentos é feita pela determinação de dois tempos distintos – o tempo de início e o tempo de fim de pega, sendo feitos com pastas de consistências normal, noção detalhada mais adiante, e, geralmente, com o aparelho de Vicat, onde mede-se, em última análise, a resistência à penetração de uma agulha na pasta de cimento. • Estabilidade: É uma característica do cimento, ligada à ocorrência eventual de indesejáveis expansões volumétricas posteriores ao endurecimento do concreto, sendo determinado pelos ensaios de expansão em autoclave, onde a pasta de cimento é submetida a um processo acelerado de endurecimento em temperatura elevada, utilizando-se para o ensaio a agulha de Le Chatelier, prescritos na NBR 7215 da ABNT. Portanto, o conhecimento desses fatores é essencial na construção civil, tendo em vista que, através do ensaio de tempo de pega se tem ideia do tempo disponível para trabalhar, transportar, lançar e adensar argamassas e concretos, bem como transitar sobre eles ou regalá-los para execução de cura (TARTUCE e GIOVANNETTI, 1990), e, através do ensaio de expansibilidade, pode-se obter o aumento de volume criado no concreto em seu processo de endurecimento (BAUER, 1994). 2.2. DESENVOLVIMENTO A partir das definições acima, de acordo com a ABNT NBR 16697:2018, o cimento Portland é definido, sendo um ligante hidráulico obtido pela moagem de clínquer Portland, ao qual se adiciona, durante a fabricação, a quantidade necessária de uma ou maisformas de sulfato de cálcio e adições mineraisnosteores estabelecidos nesta Norma. 7 Tendo como termo e definições de acordo com a ABNT NBR NM 16607:2018 e a ABNT NBR 11582:2012. • Tempo de início de pega: É, em condições de ensaio normalizadas, o intervalo de tempo transcorrido desde a adição de água ao cimento até o momento em que a agulha de Vicat correspondente penetra na pasta até uma distância de (4 ± 1) mm da placa base. • Tempo de fim de pega: É, em condições de ensaio normalizadas, o intervalo de tempo transcorrido desde a adição de água ao cimento até o momento em que a agulha de Vicat penetra 0,5 mm na pasta. • Expansibilidade de Le Chatelier: É o afastamento em milímetros entre as extremidades da agulha especificada para a realização do ensaio, devido à variação volumétrica decorrente do processo de hidratação de alguns componentes da pasta de cimento. 2.3. NORMAS RELACIONADAS AO ENSAIO As principais normas executadas foram a ABNT NBR 16607:2018 – Cimento Portland - Determinação do tempo de pega e, a ABNT NBR 11582:2012 – Cimento Portland - Determinação da expansibilidade Le Chatelier. Onde as normas mencionadas prescrevem o modo pelo qual deve ser feito os ensaios para determinação do tempo de pega e expansibilidade do cimento Portland. Temos como normas complementares: • ABNT NBR 16606:2018 Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal; • ABNT NM 43:2003 Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal; • ABNT NBR 16697:2018 – Cimento Portland – Requisitos. 8 3. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO 3.1. DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE PEGA DO CIMENTO PORTLAND Para realização apropriada do ensaio foi executada a norma ABNT NBR NM 65:2003 - Cimento Portland - Determinação do tempo de pega, para isso foram seguidos os itens abaixo: 3.1.1. Materiais utilizados • Balança e pesos; • Aparelho de Vicat. 3.1.2. Aparelhagem Aparelho de vicat consiste de um suporte, que sustenta uma haste móvel, que pesa 300 g. A extremidade de sondagem da haste móvel tem 10 mm de diâmetro e um comprimento mínimo de 50 mm; a outra extremidade tem uma agulha de 1mm² de seção transversal nominal e 50 mm de comprimento. A haste fixa possui ainda um indicador ajustável, que se move sobre uma escala graduada em milímetros, presa firmemente ao suporte, e que permite a leitura da distância entre o fim do molde e a extremidade da sonda ou agulha. As seções terminais da agulha e da sonda devem ser planas e perpendiculares ao eixo da haste. Comparando a escala graduada do aparelho, com uma escala padrão graduado com 0,1 mm de aproximação, não são toleradas diferenças maiores do que 0,25 mm em qualquer dos seus pontos, abaixo se encontra imagens do aparelho usado no presente ensaio: 9 Figura 1 - Aparelho de Vicat utilizado no ensaio. Fonte: Autor O molde destinado a conter a pasta deve ser em forma de tronco de cone, de dimensões indicadas acima e deve ser acompanhada de uma chapa plana de vidro de pelo menos 5mm de espessura, que lhe servira de base. Pode ser de material não absorvente e resistente ao ataque da pasta de cimento. O aparelho de Vicat e o molde devem obedecer aos seguintes requisitos: • Peso da sonda: 300g ± 0,5g. • Diâmetro da sonda: 10mm ± 0,05mm. • Diâmetro da agulha: 1,13mm + 0,01mm e - 0,02mm. • Diâmetro interno do molde superior: 70mm±1mm e inferior 80mm ± 1mm. • Altura do molde: 40mm ± 0,5mm. • Espessura do molde: 8mm ± 1 mm. 10 O recipiente e a espátula para a mistura manual da pasta devem ser de material não absorvente e resistente ao ataque da pasta de cimento. 3.1.3. Execução do ensaio Para a execução do ensaio foram seguidos alguns passos, listados abaixo: • Condição do ambiente: A temperatura do ar da sala de ensaio, bem como a das ferramentas e materiais, exceto a água pode variar de 20°C a 28°C. A temperatura da água de amassamento deve ser de 23°C ± 2°C. A umidade relativa do ar ambiente não deve ser inferior a 50%. 2. • Condição da câmera úmida: A câmera úmida deve ser de dimensões tais que os corpos de prova possam ser armazenados com facilidade. A temperatura do ar da câmera úmida deve ser de 23°C ± 2°C, e umidade relativa de pelo menos, 95%. 3. • Condições da aparelhagem: Ajuste do indicador: 11 a) Aparelho de vicat operando com a sonda de tetmajer. Faz-se descer a sonda de Tetmajer até que sua extremidade repouse sobre a placa de vidro, ajustando-se o indicador no zero da escala graduada; b) Aparelho de Vicat operando com agulha de Vicat. Faz-se descer a agulha de vicat até que sua extremidade repouse sobre a placa de vidro, ajustando-se o indicador no zero da escala graduada. 3.1.4. Preparação da pasta de cimento Para preparação da pasta cimento, usou-se uma quantidade de cimento de 400g, o cimento utilizado foi o cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP II- F - 40), como mostra a figura abaixo: Figura 2 – Cimento utilizado no ensaio. Fonte: Autor Após, colou-se sobre a peneira, pesou-se e colocou-se essa quantidade no recipiente. Em seguida dispôs-se o cimento em forma de coroa e, lançou-se de uma vez a quantidade de água definida, no interior da cratera assim formada, e, com uma espátula de ação, deitou-se sobre o líquido o material circundante, devendo essa operação durar um minuto. Após com o auxílio da espátula, amassou-se a energicamente durante cinco minutos. 12 Terminado o amassamento, colocou-se com a espátula, no molde assentado sobre a chapa a pasta em pequenas porções, sem tocamento e apenas com leve agitação da espátula para distribuir bem a pasta no molde. Em seguida, procede-se à rasadura do material que ultrapassou as bordas da forma com régua, dando-lhe, um ligeiro movimento de vaivém na direção da mesma régua, abaixo se encontra uma imagem do molde usado. Figura 3 – Ensaio sendo realizado. Fonte: Autor 3.1.5. Medidas de consistência Terminadas as operações descritas anteriomente, desceu-se sobre a pasta, na sua parte central, a sonda de tetmajer (extremidade da haste móvel), até que sua superfície entre em contato com a superfície da pasta. Soltou-se a haste, desapertando o parafuso e faz-se a leitura do índice de consistência, isto é, da distância em milímetros da extremidade da sonda ao fundo da forma, 30s, após o movimento e que a haste fixa é solta. A consistência normal da pasta é considerada normal quando, medida de acordo com o processo descrito acima, de índice de consistência igual a 7mm ± 1mm. Enquanto não se obtém este resultado, preparam-se diversas pastas, 13 variando a quantidade de água e utilizando nova porção de cimento em cada tentativa, não sendo permitido fazer-se mais de uma sondagem na mesma pasta. 3.1.6. Determinação dos tempos de pega Primeiramente considerou-se como início de pega o momento em que a agulha desceu sobra à pasta de consistência normal sem choque e sem velocidade inicial, para o que deve ser sustentado com os dedos, estacionou-se a 1 mm da placa de vidro, 30s após o início desta determinação. O tempo de início de pega é contado a partir do instante em que se lançou a água no amassamento. Para a determinação do tempo de fim da pega, contou-se a partir do instante em que se lançou a água de amassamento até o momento em que a agulha, foi aplicada suavemente sobre a superfície da pasta, não deixando impressões apressáveis, como mostra a imagem abaixo: Figura 4 – Início do ensaio de pega. Fonte: Autor 14 Com os dados coletados durante o ensaio, pode-se obter a tabela abaixo: Tabela 1 – Resultados obtidos através do ensaio. Lançamento Vicat Horário Resultado 1º 19h52 Fundo 2º 20h40 7,5 mm O início de pega foi com 50 minutos e o cimento foi reprovado neste teste. 3.2. DETERMINAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE LE CHATELIER Para realização apropriada do ensaio foi executada a norma: ABNT NBR 11582:2012 -Cimento Portland - Determinação da expansibilidade Le Chatelier, para isso foram seguidos os itens abaixo: 3.2.1. Materiais Utilizados • Agulha de Chatelier: Empregada na medida da expansibilidade da pasta de cimento, que constitui em um cilindro com 30 mm de diâmetro e 30 mm de altura, em chapa de latão de 0,5 mm de espessura, fendido segundo uma geratriz. De cada lado da fenda deve ser soldada, na metade da altura do cilindro, uma haste do mesmo material, com 150 mm de comprimento e extremidade em bisel. Para a verificação da flexibilidade da agulha de Le Chatelier, sendo em prender uma das hastes a uma pinça fixa, tão próximo quanto possível de sua ligação com o cilindro, de modo que a outra haste fique aproximadamente em posição horizontal. Pendurando-se um peso de 300 g ± 3 g no lugar em que a haste se destaca do molde, a extremidade desta deve afastar-se de 15 mm a 30 mm de posição inicial. • Espátula metálica; • Placas de vidro quadrada, de 5 cm de lado; • Régua milimetrada com divisão de 0,5 mm; • Óleo Mineral. 15 3.2.2. Execução do ensaio Para a execução do ensaio foram seguidos alguns passos, listados abaixo: • Condição do ambiente: A temperatura do ar da sala de ensaio, bem como a das ferramentas e materiais, e a do amassamento deve ser de 23° ± 2°C. A umidade do ar ambiente não deve ser inferior a 50%. • Condições da aparelhagem: Cada agulha requer uma verificação da sua flexibilidade de acordo com o item 3.2.1 (Agulha de Le Chatelier). Essa verificação é indica a ser realizada antes de cada ensaio, deve ser feita periodicamente, também, por causa da quantidade de ensaios realizados. • Preparação da pasta de cimento: Para preparação da pasta cimento, usou-se uma quantidade de cimento de 400g ± 2g, o cimento utilizado foi o cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP II- F - 40). Após, colou-se sobre a peneira, pesou-se e colocou-se, essa quantidade no recipiente. Em seguida dispôs-se o cimento em forma de coroa e, lançou-se de uma vez a quantidade de água definida, no interior da cratera assim formada, e, com uma espátula de ação, deitou-se sobre o líquido o material circundante, devendo essa operação durar um minuto. Após com o auxílio da espátula, amassou-se a energicamente durante cinco minutos. a) Ensaio a frio Terminado o período de cura inicial, as placas de vidro devem ser retiradas e as agulhas mantidas no mesmo tanque, durante 6 dias com suas hastes fora da água para facilitar a medição. Os afastamentos das extremidades das agulhas devem ser medidos, em milímetros, do modo indicado a seguir: • Logo após a moldagem dos corpos de prova; • Após sete dias consecutivos em cura. A expansibilidade a frio é a diferença dos afastamentos determinados nas alíneas “b” e “a”. b) Ensaio a quente Terminado o período de cura inicial, as placas de vidro devem ser retiradas e as agulhas colocadas em um recipiente com água, de modo que as extremidades 16 das hastes fiquem fora da água. A água, neste recipiente, deve ser aquecida até a ebulição, em um período de 15 a 30 minutos Os afastamentos das extremidades das agulhas devem ser medidos, em milímetros, do modo indicado a seguir: • Imediatamente antes do início do aquecimento da água; • Após três horas de ebulição, com os corpos de prova quentes; • De duas em duas horas, de modo que duas medições consecutivas não haja variação de afastamento das extremidades das hastes. A ação da água quente deve durar cinco horas ou mais. A expansibilidade a quente é a diferença do último afastamento determinado nas alíneas “c” e “a”. Devem ser moldados três corpos de prova para o ensaio de expansibilidade a quente e, outros, três corpos de prova para o ensaio a frio. Para a moldagem de cada corpo de prova, deve-se colocar cada agulha sobre uma placa de vidro ambas lubrificadas com óleo mineral, utilizando uma espátula metálica preencher com uma única camada da pasta de cimento. Em seguida, rasar o seu topo, cobri-la com outra placa de vidro lubrificada, colocando-se peso suficiente para que o cilindro não gire devido ao peso das hastes, como mostra as imagens abaixo: Figura 5 – Realizando o ensaio. Fonte: Autor 17 Para o ensaio de expansibilidade a frio deve-se medir os afastamentos das extremidades das agulhas em milímetros. Com os dados coletados na medição, pode-se obter a tabela abaixo: Tabela 2 – Resultados obtidos no ensaio. N° de Agulhas Li - leitura inicial 1 4,65 2 4,65 3 4,65 Fonte: Autor Logo após a medição, o conjunto todo (agulha, corpos de prova, placas de vidro e contrapeso) foram imersos em tanque de água potável, mantida à temperatura estabelecida no item anterior, por um período de 20 horas ± 4 horas. A imagem abaixo mostra o resultado após o período submerso: Figura 6 – Corpo de prova após 24hrs submerso. Fonte: Autor Após esse período, foi feita novamente a medição dos corpos de prova. Com os dados coletados na medição, pode-se obter a tabela abaixo: 18 Tabela 3 - Resultados obtidos no ensaio. N° de Agulhas Lf - leitura final 1 4,65 2 4,65 3 4,65 Fonte: Autor 3.2.3. Cálculos Para determinação da expansibilidade devemos enfatizar alguns conceitos: • Repetitividade: A diferença entre dois resultados individuais, obtidos a partir de uma mesma amostra submetida ao ensaio, por um mesmo operador, utilizando a mesma aparelhagem em curto intervalo de tempo, não deve ultrapassar 1 mm. • Reprodutibilidade: A diferença entre dois resultados individuais e independentes obtidos por dois operadores, operando em laboratórios diferentes, a partir de uma mesma amostra submetida ao ensaio, não deve ultrapassar 1,5 mm. • Resultado a frio: O resultado da expansibilidade a frio é a média de três determinações, expresso em milímetros, com aproximação de 0,5 mm. • Resultado a quente: O resultado da expansibilidade a quente é a média de três determinações, expresso em milímetros, com aproximação de 0,5 mm. Com as definições acima pode-se obter a determinação da expansibilidade de cada corpo de prova, a partir das medições apresentadas na tabela 2 e 3, usando da fórmula abaixo, os valores calculados se encontram na tabela 4. 19 Tabela 4 – Resultados obtidos através de cálculos. N° de Agulhas Li - leitura inicial Lf - leitura final Expansibilidade (mm) 1 4,65 5,14 0,00 2 4,65 5,06 0,00 3 4,65 4,73 0,00 Fonte: Autor Resultado da expansibilidade fria, método utilizado no ensaio: 3.3. CONCLUSÃO Após a realização do ensaio da determinação de pega, foi possível determinar que o cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP II- F - 40) falhou no teste. Ressaltamos também que, após o término do ensaio da expansibilidade Le Chatelier, foi possível determinar a expansibilidade do cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP II- F - 40), tendo como resultados obtidos, os dados mostrados na tabela abaixo: Tabela 5 – Resultado da expansibilidade. Li - leitura inicial Lf - leitura final Expansibilidade (mm) 4,65 5,14 0,49 4,65 5,06 0,41 4,65 4,73 0,08 Média 0,33 Fonte: Autor Portanto, concluímos que a expansibilidade do Portland de Alta Resistência Inicial (CP II- F - 40), utilizado no ensaio é de 0,33 mm. 20 4. ENSAIO DE FINURA Execução da norma: NBR 11579 / 2012 - Cimento Portland — Determinação do índice de finura por meio da peneira 75 µm (nº 200) (versão corrigida 2013). Esta norma fixa o modo pelo qual deve ser executado o ensaio normal de cimento Portland, compreendendo a determinação de finura. 4.1. MATERIAIS UTILIZADOS PARA O ENSAIO • Balanças (deve apresentar resolução de 0,01 g) • Peneira - A peneira empregada no ensaio é a ABNT 0,075 mm, juntamente com a tampa e o fundo. • Pincel - O pincel, provido de cordas de náilon ou natural, deve ter um diâmetro de 25a 30 mm e cabo de madeira de aproximadamente 25 cm de comprimento. • Cronômetro; • Flanela. 4.2. PROCEDIMENTO Foi colocado na peneira 50g +- 0,05g o cimento a ser estudado. Figura 7 – Cimento utilizado no ensaio de finura. Fonte: Autor 21 A partir disso, espalhamos o material na peneira conforme se é explanado na norma “Segurar a peneira com as suas mãos e imprimir-lhe um movimento de vaivém horizontal com os pulsos, de maneira que o cimento se espalhe sobre a superfície da tela. Peneirar até que o resíduo fique horizontalmente limpo, e que geralmente ocorre no intervalo de 3 a 5min.” Após isso, tampar a peneira, retirar o fundo e dar golpes suaves no rebordo exterior do caixilho com o bastão para desprender as partículas. Limpar com o auxílio do pincel toda a superfície inferior da tela da peneira encaixando-a no fundo após ser limpo com a utilização de uma flanela. Retirar a tampa e continuar o peneiramento com movimentos suaves de vaivém horizontais, durante 15 a 20min, girando o conjunto e realizando a limpeza descrita acima com intervalos regulares de tempo. Assim o material passante é desprezado. Colocar a tampa e o fundo na peneira, segurar o conjunto com as duas mãos e, mantendo-o ligeiramente inclinado, imprimir-lhe movimentos rápidos de vaivém durante 60s, girando o conjunto mais ou menos 60º a cada 10s. Figura 8 – Cimento após realizar o ensaio Fonte: Autor Repetir esta etapa do ensaio até a massa de cimento que passa durante um minuto de peneiramento contínuo seja inferior a 0,05 g (0,1 % da massa inicial). 22 4.3. CÁLCULOS Para calcularmos o índice de finura do cimento devemos utilizar conforme é explicito na norma a seguinte formula: Onde: F = índice de finura do cimento em %. R = resíduo do cimento na peneira ABNT 0,075 mm, em gramas. C = Fator de correção da peneira utilizada no ensaio, determinado de acordo com o disposto na EB-22 devendo estar compreendido no intervalo de 1,00 ± 0,20. M = massa inicial de cimento e g. Utilizando os dados obtidos no ensaio e os aplicando na fórmula para encontrar o índice de finura do cimento temos que: 4.4. CONCLUSÃO Tendo em vista todos os dados obtidos durante o ensaio, seguindo rigorosamente a norma NBR 11579 / 2012 - Cimento Portland — Determinação do índice de finura por meio da peneira 75 µm (nº 200) (versão corrigida 2013), fica de modo concluinte que O cimento utilizado no ensaio, não passou de certa forma no teste de finura, tendo em base que o seu índice de finura foi igual a 11,8% o que não corresponde com o valor aceito pela norma em questão. 23 5. CIMENTO PORTLAND - RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO 5.1. ENSAIO I. Execução da norma: NBR 7215 / 1996 - Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão (versão corrigida 1997). II. Esta norma fixa o modo pelo qual deve ser executado o ensaio normal de cimento Portland, compreendendo a determinação de resistência à compressão. III. Aparelhagem: Balança e pesos: As balanças e pesos empregados nas pesagens devem satisfazer as condições fixadas na NBR 7215; • Mecânico (desprezado); • Recipiente e espátula para mistura normal; • Moldes para corpos de prova cilíndricos com base: • Soquete Normal; • Misturador elétrico; • Máquina de ensaio a compressão, capaz de aplicar cargas de maneira continua, sem choque, com velocidade constante. 5.1.1. Execução do ensaio Material utilizado: • Água potável; • Cimento Portland (CP V – ARI); • Óleo mineral de baixa viscosidade. 24 Preparação da argamassa de cimento • Quantidades para mistura normal: Com os dados acima se obtém argamassa suficiente para encher 6 corpos de prova. 5.2. PROCEDIMENTO Coloque todo o material dentro do recipiente, utilize o misturar elétrico de forma contínua e sem muita velocidade até que a mistura esteja homogenia. Esta medida é suficiente para moldar seis corpos de prova. Figura 9 – Utilização de um misturador elétrico. Fonte: Autor Preparação dos moldes: Deve-se aplicar uma camada de cera na fenda lateral e no topo inferior do molde para garantir a estanqueidade, untar o fundo e lateral interna com uma leve camada de óleo. 25 Enchimento dos moldes: Deve ser feito rapidamente após o preparo da argamassa, em quatro camadas, aplicando 25 golpes moderados com o soquete normal. Terminar a operação, com o limite de capacidade do corpo de prova. Figura 10 – Corpos de prova com argamassa. Fonte: Autor Cura dos corpos de prova: Devem permanecer de 20 a 24 horas em câmara úmida, após este período os moldes devem ser retirados das formas e imersos no tanque de água de cal. Determinação da carga de ruptura: Deverão ser rompidos 6 (seis) corpos de prova em cada uma das idades indicadas pela especificação do cimento ensaiado, com as seguintes tolerâncias: 26 Resistência média: Média das quatro resistências individuais. Desvio relativo máximo: Calcular para cada série de quatro corpos de prova a diferença entre a média e a resistência individual que mais se afasta desta para mais ou menos, dividir pela resistência média e multiplicar por 100. Arredondando ao décimo mais próximo. A série de quatro corpos de prova deverá ser abandonada quando o desvio relativo máximo for superior a 6%. O índice de consistência, facultativo, é determinado, aplicando-se 30 quedas em 30 segundos em corpo de prova moldado sobre a mesa de consistência pelo molde tronco cônico. A argamassa é colocada no molde em três camadas adensadas com 15, 10, 5 golpes com o soquete normal. Após retirado o molde e aplicadas 30 quedas, mede-se a base do troncocone deformado (diâmetro). O índice de consistência é a média aritmética da medida de dois diâmetros ortogonais. O ensaio deve ser repetido sempre que houver diferença de mais de 5 mm entre as duas medidas. 5.3. CONCLUSÃO Após os seis corpos de prova serem rompidos, chegamos à conclusão de que o cimente NÃO foi aprovado no ensaio, uma vez que, após 7 dias ele deveria apresentar uma resistência ≥ 34,0 Mpa, conforme tabela abaixo. Os corpos de prova apresentaram os seguintes resultados: 27 Tabela 6 – Resultados obtidos do corpo de prova. Corpo de Prova Mpa 1 30,2 2 25,0 3 31,9 4 28,3 5 31,3 6 28,6 Fonte: Autor 6. REFERÊNCIAS BAUER, L.A.F. Materiais de Construção: Novos materiais para construção civil. 5º edição. Rio de Janeiro: LTC – Livros técnicos e científicos editora S.A, 1994. TARTUCE, Ronaldo; GIOVANNETTI, Edio. Princípios Básicos sobre Concreto de Cimento Portland. São Paulo: Pini, 1990. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 16606:2018 Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 16697:2018 – Cimento Portland – Requisitos. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NM 43:2003 Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 16607:2018 - Cimento Portland - Determinação do tempo de pega. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 11582:2012 - Cimento Portland - Determinação da expansibilidade Le Chatelier. REIS, Luiz Antônio. Notas de aula, Ciências dos materiais de construção. PUC Minas, campus Poços de Caldas – MG.