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TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 1 
 
NEUROPSICOPEDAGOGIA E INCLUSÃO: TRANSTORNOS E 
DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM E O T21. 
 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Idênis Glória Belchior 
Francisca Araújo da Silva 
Wanessa Delgado Silva Ronque 
Giane Demo 
Este artigo aborda a atuação da neuropsicopedagogia no atendimento a alunos com transtornos e 
distúrbios de aprendizagem, com foco específico na Síndrome de Down (T21). O estudo investiga 
como as práticas neuropsicopedagógicas podem ser eficazes na promoção da inclusão escolar, 
auxiliando no desenvolvimento cognitivo e acadêmico desses alunos. São apresentadas estratégias 
pedagógicas adaptadas para superar as barreiras de aprendizagem, criando um ambiente 
educacional acessível e sensível às necessidades desse público, o artigo discute as interações entre 
as funções cognitivas, a percepção e as habilidades acadêmicas, propondo práticas pedagógicas 
que considerem as características específicas dos alunos com T21, com o intuito de aprimorar o 
processo de ensino e aprendizagem. 
Palavras-chave: Neuropsicopedagogia; inclusão; transtornos de aprendizagem; distúrbios de 
aprendizagem; Síndrome de Down (T21); desenvolvimento cognitivo; estratégias pedagógicas. 
 
This article addresses the role of neuropsychopedagogy in supporting students with learning 
disorders and disabilities, with a specific focus on Down Syndrome (T21). The study investigates 
how neuropsychopedagogical practices can be effective in promoting school inclusion by assisting 
in the cognitive and academic development of these students. It presents adapted pedagogical 
strategies to overcome learning barriers, creating an educational environment that is accessible and 
sensitive to the needs of this group. The article discusses the interactions between cognitive 
functions, perception, and academic skills, proposing pedagogical practices that consider the 
specific characteristics of students with T21, aiming to enhance the teaching and learning process. 
Keywords: Neuropsychopedagogy; inclusion; learning disorders; learning disabilities; Down 
Syndrome (T21); cognitive development; pedagogical strategies. 
 
1. INTRODUÇÃO 
A neuropsicopedagogia tem se consolidado como uma abordagem essencial para 
promover a inclusão escolar, especialmente no atendimento a alunos com transtornos e distúrbios 
de aprendizagem, como aqueles com a Síndrome de Down (T21). Essa abordagem integra os 
conhecimentos da neuropsicologia e da pedagogia, com o intuito de compreender e intervir nas 
dificuldades cognitivas que impactam a aprendizagem de indivíduos com necessidades 
educacionais específicas. Segundo Simão e Corrêa (2020), a neuropsicopedagogia no contexto 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 2 
 
educacional busca aplicar teorias e práticas que promovam uma interação mais efetiva entre as 
funções cognitivas dos alunos e as práticas pedagógicas. No caso de alunos com T21, a atuação 
neuropsicopedagógica visa à adaptação das metodologias e estratégias de ensino, levando em 
consideração as especificidades cognitivas e comportamentais desses indivíduos. 
O foco da neuropsicopedagogia no contexto da inclusão escolar envolve a adaptação de 
estratégias pedagógicas e a oferta de suporte individualizado para minimizar as barreiras 
cognitivas e facilitar o desenvolvimento acadêmico e social dos alunos com T21. De acordo com 
Castro e Silva (2019), o papel do neuropsicopedagogo se configura em uma intervenção que 
articula o diagnóstico das dificuldades cognitivas com a promoção de um ambiente educacional 
mais acessível e sensível às necessidades desses alunos. A inclusão escolar, portanto, é entendida 
como um processo contínuo de adaptação e ajustes, tanto por parte dos profissionais da educação 
quanto do próprio sistema educacional, que precisa considerar as diversidades presentes na sala de 
aula. 
As intervenções neuropsicopedagógicas se revelam fundamentais para a superação das 
dificuldades de aprendizagem e o aprimoramento das funções cognitivas de alunos com T21. 
Essas práticas envolvem, segundo Ferreira e Silva (2021), a identificação das funções executivas 
afetadas, como memória, atenção, raciocínio e linguagem, e a proposição de atividades específicas 
que favoreçam o desenvolvimento dessas áreas. Nesse sentido, a neuropsicopedagogia se torna um 
meio para personalizar as intervenções, adequando-as ao perfil cognitivo do aluno, o que 
potencializa suas chances de sucesso acadêmico, o papel desse profissional na sala de aula é 
fundamental para garantir que cada aluno receba o suporte necessário de acordo com suas 
necessidades específicas, respeitando suas limitações e potencializando suas habilidades. 
A adaptação das metodologias pedagógicas é uma das estratégias centrais da 
neuropsicopedagogia, com o objetivo de criar um ambiente educacional mais acessível e sensível 
às necessidades cognitivas e emocionais dos alunos com T21. De acordo com Belo e Guedes 
(2022), a aplicação de tecnologias assistivas, como softwares educacionais e dispositivos que 
facilitam a comunicação e a aprendizagem, tem se mostrado um recurso eficaz para apoiar alunos 
com transtornos de aprendizagem e distúrbios cognitivos, atividades lúdicas, visuais e 
multisensoriais também são amplamente utilizadas, pois favorecem a aprendizagem de forma 
interativa e estimulante, considerando as particularidades do processo cognitivo dos alunos com 
T21. 
A neuropsicopedagogia também promove a construção de um ambiente de aprendizagem 
mais inclusivo e colaborativo, onde a interação entre os professores, os alunos e suas famílias é 
essencial para o sucesso do processo educativo. Como destaca Freitas (2008), a inclusão 
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educacional é um desafio que exige não apenas a adaptação do currículo e das metodologias, mas 
também o fortalecimento de uma cultura de colaboração entre todos os agentes envolvidos no 
processo. Nesse contexto, a comunicação efetiva entre a escola e a família é crucial para garantir 
que o aluno com T21 receba o suporte necessário tanto no ambiente escolar quanto fora dele. 
Neste cenário, o artigo propõe discutir as interações entre as funções cognitivas, a 
percepção e as habilidades acadêmicas dos alunos com T21, visando a adaptação das práticas 
pedagógicas para um ensino mais eficaz e inclusivo. Como ressalta Vygotsky (2011), o 
desenvolvimento cognitivo não é um processo isolado, mas sim uma interação constante com o 
meio social e educativo. 
A inclusão escolar, portanto, deve considerar essas interações e possibilitar que os alunos, 
mesmo com dificuldades cognitivas, possam se desenvolver plenamente, com a ajuda de práticas 
pedagógicas que estimulem suas habilidades e talentos. Ao considerar as especificidades 
cognitivas desses alunos, a neuropsicopedagogia busca promover um ensino mais justo, equitativo 
e que respeite as limitações e potencialidades de cada estudante. 
Como remata Leite (2021) e Oliveira e Gomes (2020), a neuropsicopedagogia, ao 
incorporar os conceitos de Vygotsky sobre a interação social e a aprendizagem, propõe uma 
abordagem que vai além da simples adaptação de conteúdo. Ela visa criar um ambiente 
educacional que valorize as particularidades cognitivas de cada aluno, favorecendo sua inclusão 
real e eficaz no processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, a neuropsicopedagogia se 
configura como uma ferramenta poderosa para garantir que todos os alunos, incluindo aqueles 
com T21, possam atingir seu pleno potencial, contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais inclusiva e igualitária. 
2. DESENVOLVIMENTO 
As práticas neuropsicopedagógicas têm se mostrado fundamentais na promoção da 
inclusão escolar, especialmente no que se refere ao desenvolvimento cognitivo ede seu tempo e recursos pessoais para atender às 
necessidades de seus alunos. Isso pode gerar um ciclo de estresse, esgotamento e, 
consequentemente, prejuízos ao desempenho acadêmico dos estudantes, especialmente aqueles 
com necessidades educacionais especiais, como os alunos com Síndrome de Down. 
Para que as formações continuadas tenham um impacto positivo real na qualidade da 
educação, é imprescindível que as políticas públicas de educação considerem também a 
importância do suporte material e da valorização salarial. A combinação de uma formação sólida, 
com o investimento adequado em recursos pedagógicos e a melhoria nas condições de trabalho 
dos profissionais da educação, é fundamental para a criação de um ambiente de ensino mais 
eficiente e inclusivo. 
A formação contínua também deve ser acompanhada de investimentos no 
desenvolvimento profissional dos educadores ao longo da carreira. Isso inclui, por exemplo, a 
oferta de workshops, cursos de atualização e grupos de estudo focados em práticas pedagógicas 
inclusivas. Com isso, a educação inclusiva se torna uma prática mais eficaz, respeitando a 
individualidade dos alunos e promovendo um aprendizado mais significativo. 
A colaboração entre diferentes profissionais de apoio, como neuropsicopedagogos, 
psicólogos e fonoaudiólogos, também se destaca nesse contexto. A atuação integrada desses 
profissionais pode proporcionar uma abordagem mais holística e personalizada para os alunos com 
T21, considerando suas necessidades cognitivas, emocionais e sociais. 
A formação contínua se configura como um aspecto essencial não apenas para o 
aprimoramento das práticas pedagógicas, mas também para a criação de uma rede de apoio efetiva 
e estruturada que visa garantir a inclusão escolar plena para todos os alunos. 
Investir na formação contínua dos profissionais de educação e na equipagem adequada 
dos educadores não é apenas uma necessidade para garantir a inclusão de alunos com Síndrome de 
Down (T21), mas também uma medida importante para a promoção de um ambiente educacional 
mais justo e igualitário, no qual todos os alunos, independentemente de suas limitações, possam 
ter acesso a uma educação de qualidade. 
 
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2.12 RESULTADOS DA APLICAÇÃO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA NA INCLUSÃO 
ESCOLAR 
A aplicação da neuropsicopedagogia na inclusão escolar tem mostrado resultados 
significativos no desenvolvimento cognitivo e acadêmico de alunos com Síndrome de Down 
(T21). Estudos indicam que intervenções neuropsicopedagógicas direcionadas são capazes de 
promover melhorias importantes no desempenho desses alunos, permitindo maior participação e 
integração no ambiente escolar. Por meio de abordagens personalizadas, que consideram as 
especificidades cognitivas de cada aluno, a neuropsicopedagogia contribui para o aprimoramento 
da memória, atenção, linguagem e outras funções cognitivas essenciais para o aprendizado. Isso 
reflete diretamente na capacidade desses alunos de se envolverem mais ativamente nas atividades 
escolares, alcançando um nível mais alto de participação nas dinâmicas de sala de aula 
(ISCHKANIAN et al., 2023). 
A utilização de métodos diferenciados, aliados ao uso de tecnologias assistivas e 
materiais pedagógicos adaptados, permite uma aprendizagem mais eficaz. 
O desenvolvimento das capacidades de linguagem, comunicação e habilidades 
acadêmicas, como leitura e escrita, são favorecidos por essas intervenções, que visam respeitar e 
potencializar o ritmo individual de cada aluno (LEITE, 2021). A neuropsicopedagogia se 
fundamenta em um modelo colaborativo, no qual a escola, a família e os profissionais envolvidos 
trabalham juntos para promover um ambiente de aprendizagem inclusivo, oferecendo o suporte 
necessário para que o aluno com T21 consiga atingir seu pleno potencial (LIMA, 2014). 
Pesquisas também indicam que, com o devido suporte neuropsicopedagógico, os alunos 
com T21 podem demonstrar avanços significativos nas interações sociais e no desenvolvimento de 
habilidades emocionais, essenciais para a adaptação ao ambiente escolar. Esse apoio contínuo 
também contribui para a redução de dificuldades comportamentais e cognitivas, permitindo que o 
aluno se sinta mais confiante em sua capacidade de aprender e interagir com seus colegas 
(ISCHKANIAN et al., 2023). 
A teoria histórico-cultural de Vygotsky, que destaca a importância da interação social e 
do contexto cultural no desenvolvimento cognitivo, oferece uma base teórica robusta para a 
neuropsicopedagogia, sendo fundamental na construção de metodologias de ensino inclusivas e 
eficazes (LIMA, 2014). A adaptação do currículo, a utilização de estratégias pedagógicas 
individualizadas e o apoio constante dos profissionais da educação e da família são elementos-
chave para garantir que a inclusão escolar seja um processo exitoso e enriquecedor tanto para os 
alunos com T21 quanto para toda a comunidade escolar (LEITE, 2021). 
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Esses resultados evidenciam o impacto positivo da neuropsicopedagogia na inclusão de 
alunos com T21, destacando a importância de intervenções personalizadas e da colaboração entre 
os diferentes agentes educacionais para garantir uma educação mais justa e acessível. 
3. CONCLUSÃO 
Este artigo abordou a atuação da neuropsicopedagogia no atendimento a alunos com 
transtornos e distúrbios de aprendizagem, com foco específico na Síndrome de Down (T21). 
O estudo investigou como as práticas neuropsicopedagógicas podem ser eficazes na 
promoção da inclusão escolar, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e acadêmico desses 
alunos. Ao longo da análise, foram apresentadas estratégias pedagógicas adaptadas, com o 
objetivo de superar as barreiras de aprendizagem e criar um ambiente educacional acessível e 
sensível às necessidades desse público. 
A neuropsicopedagogia, ao integrar conhecimentos das áreas da neurociência, psicologia 
e pedagogia, oferece uma abordagem eficaz para enfrentar as dificuldades enfrentadas por alunos 
com T21, promovendo o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas, emocionais e sociais de 
maneira otimizada. As metodologias diferenciadas, como o ensino multimodal e o uso de 
tecnologias assistivas, são fundamentais para garantir a inclusão desses alunos no ambiente 
escolar. 
A adaptação do currículo e a personalização do ensino, respeitando o ritmo de 
aprendizagem e as especificidades de cada aluno, permitem que eles acessem o conteúdo de 
maneira adequada, potencializando suas habilidades. 
A colaboração entre a escola e a família é essencial para garantir o sucesso das 
intervenções neuropsicopedagógicas. O apoio contínuo da família, aliado à formação constante 
dos educadores, é um fator determinante para que as estratégias pedagógicas sejam aplicadas de 
maneira eficaz. A formação continuada dos professores, com ênfase em neuropsicopedagogia, 
permite que eles se sintam mais preparados para lidar com as necessidades dos alunos com T21, 
criando um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e eficiente. 
Outro aspecto importante é o papel do educador, que, capacitado por programas de 
formação contínua, torna-se um agente central no processo de inclusão escolar. Com uma 
abordagem pedagógica personalizada e sensível, o educador é capaz de promover uma 
aprendizagem eficaz, respeitando as diferenças e contribuindo para o desenvolvimento integral 
dos alunos com T21. 
A aplicação das práticas neuropsicopedagógicas nas instituições de ensino não só 
promove avanços no desenvolvimento acadêmico desses alunos, mas também transforma a cultura 
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escolar, sensibilizando a comunidade educativa para a importância da inclusão e da valorização da 
diversidade. Ao adotar uma abordagemfundamentada na personalização do ensino e na utilização 
de recursos pedagógicos acessíveis, a escola cria um ambiente onde todos os alunos, 
independentemente das suas limitações cognitivas, podem aprender, crescer e se integrar 
plenamente. 
A neuropsicopedagogia se apresenta como uma ferramenta essencial para o sucesso da 
inclusão escolar de alunos com T21. Ao promover o avanço acadêmico, o desenvolvimento 
pessoal e social desses alunos, ela contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva, 
que respeita e valoriza as diferenças. Com práticas neuropsicopedagógicas adequadas, é possível 
transformar o ambiente escolar, oferecendo oportunidades iguais para todos e garantindo que os 
alunos com T21 possam participar ativamente do processo educacional. Embora o caminho para 
uma educação inclusiva ainda seja desafiador, as práticas neuropsicopedagógicas representam um 
passo importante em direção a uma sociedade mais justa e igualitária. 
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VYGOTSKI, Lev Semionovitch. A defectologia e o estudo do desenvolvimento e da educação 
da criança anormal. Educação e Pesquisa, v. 37, p. 863-869, 2011.acadêmico de 
alunos com dificuldades de aprendizagem, como aqueles com Síndrome de Down (T21). 
A neuropsicopedagogia, ao integrar conhecimentos das áreas de neurociências, psicologia 
e pedagogia, possibilita a identificação e a intervenção nas barreiras cognitivas que impactam o 
processo de aprendizagem desses estudantes, adaptando as estratégias pedagógicas às suas 
necessidades específicas. 
A eficácia dessas práticas está no fato de que elas consideram a singularidade de cada 
aluno, respeitando suas capacidades e limitações, e criando um ambiente educacional acessível, 
inclusivo e que favoreça o desenvolvimento integral do aluno. Segundo Pinheiro e Pinheiro 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 4 
 
(2019), a neuropsicopedagogia contribui para o processo de ensino-aprendizagem por meio de 
práticas que estimulam funções cognitivas essenciais, como memória, atenção, percepção e 
raciocínio, que muitas vezes são prejudicadas em alunos com distúrbios de aprendizagem, 
incluindo aqueles com T21. 
Ao considerar o perfil cognitivo dos alunos, a neuropsicopedagogia oferece um suporte 
personalizado, o que favorece a melhoria no desempenho acadêmico e no desenvolvimento de 
habilidades sociais e emocionais, essenciais para a inclusão efetiva desses estudantes no ambiente 
escolar. Conforme salientado por Simão e Corrêa (2020), a adaptação das metodologias 
pedagógicas e a utilização de tecnologias assistivas são práticas comuns dentro desse campo, 
contribuindo para o aumento da autonomia e autoestima dos alunos com dificuldades cognitivas, 
como os que possuem T21. Esse processo, portanto, não se limita à simples adaptação de 
conteúdo, mas envolve a criação de um ambiente educacional que estimule o aluno a superar suas 
dificuldades, promovendo uma inclusão real e eficaz. 
2.1 NEUROPSICOPEDAGOGIA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO 
INCLUSIVA 
A neuropsicopedagogia, como campo de estudo e prática, tem se consolidado como uma 
abordagem essencial dentro da educação inclusiva, especialmente ao abordar as necessidades de 
alunos com transtornos e distúrbios de aprendizagem. Ela se caracteriza pela integração de 
conhecimentos das neurociências, psicologia e pedagogia, proporcionando um olhar 
interdisciplinar para os processos de aprendizagem. No contexto da educação inclusiva, a 
neuropsicopedagogia se destaca pela sua capacidade de promover adaptações pedagógicas que 
considerem as particularidades cognitivas e emocionais de cada aluno, criando estratégias 
educacionais que favoreçam o desenvolvimento acadêmico e social de estudantes com diversas 
condições, incluindo aqueles com Síndrome de Down (T21). A Síndrome de Down, caracterizada 
por uma deficiência intelectual e atraso no desenvolvimento cognitivo, exige que os profissionais 
da educação, especialmente os neuropsicopedagogos, adotem métodos de ensino diferenciados, 
focados no desenvolvimento das potencialidades de cada aluno. 
De acordo com Arruda et al. (2019), as práticas neuropsicopedagógicas têm se mostrado 
eficazes na inclusão de crianças com diferentes distúrbios de aprendizagem, como o autismo. Tais 
práticas promovem um ambiente educacional acessível e adaptado, o que se torna crucial para que 
esses alunos participem de forma ativa no processo de ensino-aprendizagem. A utilização de 
intervenções personalizadas, que consideram o funcionamento cognitivo e os desafios de cada 
aluno, permite que as barreiras de aprendizagem sejam superadas de maneira gradual e efetiva. 
Quando se trata da inclusão de alunos com T21, a neuropsicopedagogia pode ser aplicada no 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 5 
 
desenvolvimento de estratégias que atendam às necessidades específicas desses alunos, como por 
exemplo, programas de reforço cognitivo, atividades que estimulem a percepção e a memória, e a 
utilização de recursos tecnológicos que possam facilitar o aprendizado de forma interativa. 
Belo e Guedes (2022) destacam o papel do neuropsicopedagogo, que é fundamental no 
processo de adaptação das estratégias pedagógicas. Este profissional, ao interagir com a equipe 
pedagógica, os familiares e outros especialistas, contribui para a criação de um ambiente 
educacional que respeita as limitações e as potencialidades de cada aluno. No caso dos alunos com 
T21, o neuropsicopedagogo pode auxiliar no planejamento de atividades que estimulem 
habilidades de comunicação, linguagem, leitura e escrita, levando em consideração as diferenças 
no ritmo de desenvolvimento desses alunos em relação às suas habilidades cognitivas e 
acadêmicas. O trabalho conjunto entre os educadores e neuropsicopedagogos, portanto, possibilita 
um acompanhamento mais preciso e uma intervenção pedagógica mais eficaz. 
A inclusão de alunos com T21 também se beneficia da integração de práticas específicas, 
como a utilização de tecnologias assistivas e metodologias diferenciadas. A Associação de Pais e 
Amigos dos Excepcionais (APAE, 2020) aponta que a implementação de políticas públicas 
voltadas à educação inclusiva tem sido um grande avanço para a promoção de práticas 
pedagógicas que atendem às necessidades de alunos com deficiências intelectuais. A APAE 
defende a criação de um ambiente educacional que proporcione a autonomia e o desenvolvimento 
de habilidades sociais, motoras e cognitivas, utilizando metodologias adaptadas, e a 
neuropsicopedagogia se apresenta como um dos campos de atuação mais eficazes nesse contexto. 
A neuropsicopedagogia também colabora para o desenvolvimento das competências 
socioemocionais dos alunos, o que é especialmente importante para aqueles com T21. Segundo o 
modelo de Vygotsky, citado por Pinheiro e Pinheiro (2019), a interação social e o apoio das 
figuras significativas na vida dos estudantes desempenham um papel crucial na aprendizagem. Ao 
criar um ambiente em que os alunos se sintam aceitos e compreendidos, o neuropsicopedagogo 
ajuda a reduzir a ansiedade e os desafios comportamentais, permitindo que os alunos participem 
de forma mais ativa e produtiva das atividades escolares. 
A atuação neuropsicopedagógica no contexto da educação inclusiva, especialmente no 
que diz respeito à Síndrome de Down, vai além do simples atendimento educacional. Ela envolve 
a criação de uma estrutura de apoio que inclui o desenvolvimento de estratégias cognitivas, sociais 
e emocionais que favoreçam o aprendizado e a inclusão desses alunos no ambiente escolar. A 
atuação do neuropsicopedagogo permite, assim, um processo educativo mais acessível e eficaz, 
que respeita as particularidades de cada aluno e contribui para o fortalecimento da educação 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 6 
 
inclusiva como um direito de todos os estudantes, independentemente de suas condições 
cognitivas ou de aprendizagem. 
Conforme apontado por Arruda et al. (2019), o uso de intervenções específicas para o 
desenvolvimento das funções cognitivas pode ser um grande diferencial no ensino de alunos com 
distúrbios de aprendizagem. O estudo de caso de uma criança com autismo apresentado por esses 
autores revela como a implementação de atividades específicas, que incluem estimulação 
cognitiva e social, pode ajudar na adaptação da criança ao ambiente escolar, permitindo um 
aprendizado mais significativo. Essas mesmas práticas podem ser eficazes para alunos com T21, 
considerando que ambos os grupos possuem desafios cognitivos que exigem atenção e 
metodologias adaptadas para superar suas dificuldades de aprendizagem. 
A neuropsicopedagogia, portanto, não apenas auxilia na promoção da inclusão escolar de 
alunos com transtornos e distúrbios de aprendizagem, mas também se estabelece como um recurso 
pedagógico indispensável para a construção de uma educação que verdadeiramente atenda às 
necessidades de todos os estudantes, respeitando suas diferençase potencializando suas 
capacidades. 
2.2 O PAPEL DA NEUROPSICOPEDAGOGIA NA IDENTIFICAÇÃO E INTERVENÇÃO 
PRECOCE 
A neuropsicopedagogia desempenha um papel fundamental na identificação precoce e na 
intervenção de transtornos e distúrbios de aprendizagem, como dislexia, TDAH (Transtorno do 
Déficit de Atenção com Hiperatividade) e dificuldades de linguagem. Combinando os 
conhecimentos da psicologia, pedagogia e neurociências, os profissionais neuropsicopedagogos 
estão aptos a observar e avaliar as funções cognitivas e comportamentais dos alunos, permitindo a 
detecção de sinais precoces de dificuldades que podem comprometer o aprendizado. Essa atuação 
precoce é crucial, pois quanto mais cedo forem identificados os desafios de aprendizagem, mais 
eficazes serão as estratégias de intervenção, contribuindo para o desenvolvimento acadêmico e 
emocional do aluno e promovendo uma inclusão escolar real. 
A identificação precoce de transtornos de aprendizagem requer uma observação 
detalhada das capacidades cognitivas e comportamentais do aluno. De acordo com Camargo 
(2017), a educação inclusiva não se limita apenas ao atendimento de alunos com deficiências, mas 
também envolve a identificação e o apoio a estudantes que apresentam dificuldades de 
aprendizagem, mesmo que estas não sejam inicialmente visíveis. A neuropsicopedagogia, ao 
aplicar uma abordagem integradora, proporciona a oportunidade de avaliar, diagnosticar e 
implementar intervenções adequadas com base nas necessidades individuais de cada aluno, 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 7 
 
favorecendo o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais que impactam diretamente no 
desempenho escolar. 
Conforme a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva (BRASIL, 2008), a identificação precoce deve ser uma prioridade nas escolas, a fim de 
garantir que todos os alunos, incluindo aqueles com transtornos e distúrbios de aprendizagem, 
possam ter um acesso equitativo à educação. Essa abordagem reflete a necessidade de uma 
educação que se adapta às diversas formas de aprendizagem, considerando as especificidades de 
cada aluno. A neuropsicopedagogia, ao incorporar essa visão, torna-se uma ferramenta essencial 
para os educadores na elaboração de estratégias de ensino personalizadas, visando o 
aprimoramento das funções cognitivas dos alunos e o seu desenvolvimento acadêmico. 
Segundo Carniel (2008), a atuação neuropsicopedagógica deve ser realizada por meio de 
intervenções personalizadas, que podem incluir o uso de materiais adaptados, atividades 
específicas de estimulação cognitiva e o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. 
Essas intervenções são especialmente valiosas quando realizadas de maneira precoce, visto que o 
apoio adequado no início do processo educacional pode reduzir os impactos negativos de 
transtornos como a dislexia e o TDAH, facilitando a inclusão plena do aluno na dinâmica escolar. 
No contexto da educação inclusiva, o profissional neuropsicopedagogo também se 
destaca por sua capacidade de trabalhar de forma colaborativa com outros educadores, familiares e 
especialistas, criando um plano de intervenção que abarca múltiplos aspectos do desenvolvimento 
do aluno. Castilho et al. (2019) enfatizam que a formação contínua dos professores no 
atendimento educacional especializado é uma estratégia eficaz para proporcionar uma educação de 
qualidade, especialmente para alunos com transtornos de aprendizagem. Nesse sentido, a 
neuropsicopedagogia oferece o suporte necessário para que os docentes compreendam as 
dificuldades enfrentadas pelos alunos e adaptem suas práticas pedagógicas para promover uma 
aprendizagem mais significativa e acessível. 
A atuação precoce da neuropsicopedagogia é, portanto, um dos pilares da educação 
inclusiva, pois permite que os alunos com transtornos de aprendizagem recebam o apoio 
necessário no momento adequado, promovendo sua integração no ambiente escolar e seu 
desenvolvimento acadêmico e social. 
A intervenção precoce também favorece o fortalecimento da autoestima dos alunos, 
evitando que as dificuldades de aprendizagem se transformem em barreiras emocionais ou 
comportamentais que dificultem ainda mais o processo de ensino-aprendizagem, assim, a 
neuropsicopedagogia se configura como uma abordagem essencial para garantir que todos os 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 8 
 
alunos, independentemente de suas limitações cognitivas, tenham a oportunidade de aprender e se 
desenvolver de forma plena e inclusiva. 
2.3 ESTRATÉGIAS DE ENSINO ADAPTADAS PARA ALUNOS COM TRANSTORNOS 
DE APRENDIZAGEM 
 A neuropsicopedagogia propõe uma série de estratégias pedagógicas diferenciadas, com 
o objetivo de atender às necessidades dos alunos com transtornos de aprendizagem, promovendo a 
inclusão efetiva desses alunos no ambiente escolar. Essas estratégias, que se baseiam na 
personalização do ensino, são essenciais para garantir que todos os alunos, independentemente de 
suas dificuldades cognitivas, tenham a oportunidade de aprender e desenvolver-se de maneira 
eficaz e adaptada às suas necessidades. 
O uso de recursos visuais, auditivos e táteis é uma das principais abordagens 
recomendadas pela neuropsicopedagogia. De acordo com Honora e Frizanco (2008), os alunos 
com transtornos de aprendizagem, como a dislexia ou o TDAH, muitas vezes se beneficiam de 
recursos que estimulem diferentes canais sensoriais, pois isso permite que a informação seja 
processada de maneira mais eficaz, dependendo do estilo de aprendizagem de cada aluno, ao 
utilizar gráficos, imagens, vídeos ou atividades práticas, o ensino torna-se mais acessível para 
esses alunos, ajudando-os a compreender conceitos abstratos de maneira mais concreta e visual. 
Esses recursos auxiliam no fortalecimento de aspectos cognitivos como a memória visual, a 
organização espacial e a associação de informações, promovendo um aprendizado mais eficiente. 
A neuropsicopedagogia também enfatiza a importância de trabalhar habilidades 
cognitivas específicas, como a memória, a atenção e o raciocínio lógico, essenciais para o 
desenvolvimento acadêmico de qualquer aluno, mas particularmente críticos para aqueles com 
transtornos de aprendizagem. Estratégias que envolvem o treino da memória de curto e longo 
prazo, por exemplo, podem ser incorporadas nas atividades diárias, ajudando os alunos a 
consolidar o que aprenderam e a melhorar seu desempenho escolar. O raciocínio lógico e a 
resolução de problemas também são fundamentais e podem ser estimulados através de jogos, 
quebra-cabeças e outras atividades que incentivem o pensamento crítico e a tomada de decisões 
(ISCHKANIAN, 2023). 
De acordo com o trabalho de Ischkianian (2023), a personalização do ensino é essencial 
para permitir que alunos com transtornos de aprendizagem participem ativamente do processo 
educacional. Isso inclui o uso de metodologias diferenciadas que levem em conta o ritmo e as 
necessidades cognitivas de cada aluno, permitindo que eles superem obstáculos e alcancem seu 
potencial pleno. A adaptação de atividades de leitura, escrita e resolução de problemas para esses 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 9 
 
alunos envolve tanto o uso de tecnologias assistivas quanto o desenvolvimento de habilidades de 
concentração e organização, promovendo a autonomia e a autoestima no contexto educacional. 
A intervenção pedagógica, quando personalizada e adaptada às necessidades de cada 
aluno, cria um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e acessível, no qual os alunos com 
transtornos de aprendizagem não apenas têm acesso ao conteúdo, mas também se sentem parte 
ativa do processo de ensino. Nesse contexto, a neuropsicopedagogia se torna uma ferramenta 
indispensável, oferecendo uma abordagem holística e integrada parao apoio ao aprendizado e à 
inclusão escolar (ISCHKANIAN & ISCHKANIAN, 2023). 
Ao aplicar estratégias de ensino adaptadas, a neuropsicopedagogia não apenas contribui 
para o aprimoramento do aprendizado dos alunos com transtornos de aprendizagem, mas também 
para a construção de um ambiente educacional inclusivo, respeitoso e acessível, que promove o 
desenvolvimento cognitivo, social e emocional desses alunos, garantindo-lhes uma educação de 
qualidade. 
2.4 A SÍNDROME DE DOWN (T21) E SUAS CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS E 
PEDAGÓGICAS 
A Síndrome de Down (T21) é uma condição genética que resulta em dificuldades 
cognitivas específicas, que podem afetar diversas áreas do desenvolvimento, como a memória, a 
linguagem, o raciocínio lógico e a percepção espacial. Essas dificuldades exigem um olhar atento 
e práticas pedagógicas adaptadas, que considerem as singularidades de cada aluno com T21, a fim 
de proporcionar um ambiente de aprendizagem inclusivo e eficaz. 
Os alunos com T21 apresentam características cognitivas que variam em grau, mas que 
geralmente incluem dificuldades na memória de curto prazo, que impactam na retenção de 
informações e na aprendizagem de novos conteúdos. A memória auditiva, por exemplo, é 
frequentemente mais afetada, dificultando o processo de lembrança de palavras e instruções 
verbais, o que pode gerar desafios na aquisição da linguagem e na compreensão de conteúdos 
escolares. De acordo com Melo, Maia Filho e Chaves (2014), essa dificuldade na memória pode 
comprometer a organização mental e a execução de tarefas que exigem a sequenciação de etapas, 
como as atividades escolares e a resolução de problemas. 
A linguagem também é uma área frequentemente afetada em alunos com T21, sendo 
comum que apresentem atrasos no desenvolvimento da fala e dificuldades em estabelecer uma 
comunicação eficiente, especialmente no início da vida escolar. O domínio da linguagem verbal, 
muitas vezes, é mais lento, e pode haver dificuldades na articulação de palavras e na compreensão 
de instruções complexas. Tais aspectos exigem práticas pedagógicas diferenciadas, com foco na 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 10 
 
comunicação visual, como o uso de imagens, vídeos e outros recursos que ajudem na construção 
do vocabulário e na expressão de ideias. 
A percepção e a atenção também são áreas comumente impactadas pela T21. A 
percepção visual e espacial pode ser mais lenta, o que dificulta a assimilação de informações 
complexas, como o reconhecimento de padrões e a resolução de tarefas que envolvem geometria e 
leitura de mapas. Isso exige, conforme apontado por Oliveira e Gomes (2020), que os professores 
adaptem os métodos de ensino, utilizando estratégias que favoreçam a construção de habilidades 
perceptivas através de atividades práticas, jogos pedagógicos e recursos interativos, que estimulem 
a atenção e a concentração. 
Diante dessas características cognitivas, as práticas pedagógicas voltadas para alunos com 
T21 devem ser cuidadosamente planejadas para incluir metodologias que favoreçam o 
aprendizado gradual e reforçado. A adaptação de conteúdos, o uso de suportes visuais e a 
repetição de informações são algumas das estratégias mais eficazes para garantir o progresso 
acadêmico desses alunos. 
O objetivo das intervenções pedagógicas é promover um ambiente de ensino inclusivo, 
no qual cada aluno seja respeitado em suas particularidades e capaz de atingir seu pleno potencial 
dentro das limitações cognitivas impostas pela T21. 
Conforme abordado por Molon (2011), a inclusão de alunos com T21 na sala de aula 
regular deve ser vista como um processo de construção contínua, que exige o envolvimento de 
todos os atores educacionais, desde os professores até a família. A utilização de abordagens 
interdisciplinares, que envolvem neuropsicopedagogos e especialistas em educação especial, é 
fundamental para oferecer uma atenção completa e personalizada a esses alunos. 
A neuropsicopedagogia desempenha um papel essencial na identificação das 
necessidades dos alunos com T21 e na adaptação das práticas pedagógicas, promovendo um 
ensino que seja acessível, significativo e eficaz para esses estudantes, garantindo a eles um 
desenvolvimento acadêmico e social adequado. 
2.5 DESAFIOS NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM (T21) 
A Síndrome de Down (T21) é uma condição genética que resulta em um conjunto de 
características físicas e cognitivas específicas, que podem influenciar diretamente o processo de 
aprendizagem dos alunos afetados. As dificuldades de desenvolvimento associadas a essa 
condição frequentemente impactam várias áreas, como a linguagem, a memória, a percepção 
espacial, as habilidades motoras e as capacidades cognitivas mais complexas, como o raciocínio 
abstrato e a resolução de problemas. Esses aspectos tornam-se barreiras naturais no ambiente 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 11 
 
educacional e exigem um planejamento cuidadoso para garantir que os alunos com T21 recebam o 
suporte necessário para seu pleno desenvolvimento acadêmico e social. 
No contexto da aprendizagem, um dos maiores desafios enfrentados por alunos com 
Síndrome de Down é o desenvolvimento da linguagem. Embora a maioria dos alunos com T21 
possa adquirir a linguagem, o processo é muitas vezes mais lento e exige maior esforço. A 
aquisição de vocabulário e a fluência na expressão oral podem ser prejudicadas, o que limita a 
capacidade de comunicação efetiva, essencial para o sucesso acadêmico, a compreensão de textos 
e a produção escrita também podem ser afetadas, pois os alunos com T21 podem ter dificuldades 
em entender conceitos mais abstratos e em organizar as ideias de forma clara e estruturada. 
A coordenação motora fina, necessária para tarefas como escrever, desenhar ou manusear 
objetos pequenos, pode ser comprometida, dificultando a execução de atividades que exigem 
destreza manual. 
As habilidades motoras grossas, por sua vez, estão relacionadas à coordenação de 
movimentos maiores, como caminhar ou correr, e podem demandar intervenções específicas para 
garantir que esses alunos possam participar de atividades físicas e de interação social. Essas 
dificuldades motoras podem afetar o desempenho em atividades escolares que envolvem escrita, 
desenhar, recortar ou até mesmo atividades colaborativas, como jogos e dinâmicas de grupo. 
As dificuldades cognitivas desses alunos também são um desafio significativo. A 
memória de curto prazo é frequentemente limitada, o que dificulta a retenção de informações a 
longo prazo. Essa limitação pode ser um obstáculo para a aprendizagem de novos conteúdos e 
para a realização de tarefas que envolvam múltiplas etapas ou a compreensão de conceitos 
complexos.. Muitos alunos com T21 apresentam dificuldades em manter o foco por períodos 
prolongados, o que pode interferir na absorção do conteúdo e no desempenho escolar. A 
percepção espacial, que envolve a capacidade de compreender a organização do espaço ao seu 
redor, também pode ser uma área afetada, dificultando a realização de atividades que envolvem o 
posicionamento de objetos ou a leitura de gráficos e mapas. 
Esses desafios exigem que as práticas pedagógicas sejam adaptadas de forma a atender às 
necessidades específicas de cada aluno com T21. O uso de abordagens diferenciadas no ensino, 
como o uso de recursos visuais, auditivos e táteis, tem se mostrado eficaz no auxílio ao processo 
de aprendizagem desses alunos. A utilização de imagens, vídeos, gráficos e outras ferramentas 
visuais facilita a compreensão de conteúdos abstratos, tornando a aprendizagem mais concreta e 
acessível. 
Os recursos auditivos, como músicas e gravações, podem ser explorados para melhorar a 
compreensão e a memorização de conteúdos, enquanto os recursos táteis, como materiais 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21).Página 12 
 
manipulativos, oferecem uma abordagem prática e sensorial que pode facilitar o entendimento de 
conceitos complexos. 
O foco no desenvolvimento de habilidades cognitivas específicas, como a memória, a 
atenção e o raciocínio lógico, é fundamental. Estratégias que envolvem o reforço positivo, a 
repetição de informações e o uso de atividades lúdicas para estimular a cognição são recursos 
valiosos no ensino de alunos com T21. A personalização do ensino, portanto, deve ser um 
princípio norteador, permitindo que o aluno com T21 receba o apoio necessário para superar as 
dificuldades e alcançar o melhor desempenho possível. Isso pode incluir a adaptação de materiais 
didáticos, a criação de ambientes de aprendizagem mais acessíveis e a implementação de 
metodologias ativas que promovam o engajamento e a participação do aluno. 
O apoio da família também desempenha um papel fundamental na superação dessas 
barreiras. A colaboração entre pais, professores e profissionais especializados é essencial para o 
sucesso do processo educacional. 
A família pode ajudar a reforçar as habilidades aprendidas na escola e a proporcionar um 
ambiente de aprendizagem enriquecedor em casa, a educação dos pais sobre as características da 
Síndrome de Down e sobre as estratégias que podem ser aplicadas no dia a dia pode contribuir 
significativamente para o desenvolvimento da criança. 
Como apontado por Pinheiro, Pinheiro e Pinheiro (2019), a neuropsicopedagogia oferece 
uma abordagem crucial para lidar com os desafios apresentados por alunos com T21, ao integrar 
conhecimentos das áreas de neurociência, psicologia e pedagogia para criar intervenções 
personalizadas. Através de uma avaliação cuidadosa das funções cognitivas e comportamentais, o 
neuropsicopedagogo pode identificar as principais dificuldades de aprendizagem e elaborar 
estratégias de ensino que respeitem as limitações individuais, ao mesmo tempo que promovam a 
inclusão e o desenvolvimento acadêmico do aluno. 
A aplicação de estratégias pedagógicas inclusivas, baseadas nas necessidades específicas 
de cada aluno, pode promover uma experiência de aprendizagem mais eficaz e significativa, 
contribuindo para o progresso acadêmico e social dos alunos com Síndrome de Down. 
A contribuição da neuropsicopedagogia é, portanto, essencial para promover a inclusão 
efetiva de alunos com Síndrome de Down nas escolas, superando as barreiras cognitivas e 
garantindo que esses alunos tenham oportunidades de desenvolver suas potencialidades. Com o 
apoio adequado, esses alunos podem alcançar um desenvolvimento acadêmico significativo, 
ampliando suas possibilidades de participação ativa na sociedade. 
É possível afirmar que a abordagem neuropsicopedagógica, aliada a estratégias 
pedagógicas adaptadas e ao suporte da família, é fundamental para garantir que os alunos com 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 13 
 
Síndrome de Down possam superar os desafios de aprendizagem e alcançar seu pleno 
desenvolvimento no contexto escolar. 
2.6 FUNÇÕES COGNITIVAS E PERCEPÇÃO NA (T21) 
As funções cognitivas e a percepção são processos fundamentais que influenciam 
diretamente as habilidades acadêmicas e o desenvolvimento dos alunos com Síndrome de Down 
(T21). A T21 é uma condição genética que resulta em alterações no desenvolvimento cerebral, o 
que pode afetar de maneira específica várias funções cognitivas, como memória, atenção, 
linguagem, raciocínio lógico e percepção. Essas dificuldades podem interferir no desempenho 
acadêmico, exigindo estratégias pedagógicas diferenciadas e intervenções específicas, como as 
propostas pela neuropsicopedagogia. 
A interação entre as funções cognitivas e a percepção é um fator essencial no processo de 
aprendizagem. As funções cognitivas são responsáveis por processar informações, armazená-las 
na memória, resolvê-las e aplicá-las de maneira funcional, enquanto a percepção envolve a 
interpretação sensorial do ambiente ao redor e a integração dessas informações no contexto de 
aprendizagem. Para os alunos com T21, os déficits nessas áreas podem resultar em dificuldades 
para compreender conceitos abstratos, organizar informações de forma lógica e manter o foco 
durante atividades acadêmicas, o que impacta diretamente sua capacidade de aprender de maneira 
autônoma e eficaz. 
No caso das funções cognitivas, a memória é uma das áreas que frequentemente 
apresenta desafios para alunos com T21. A memória de curto prazo e de trabalho pode ser 
prejudicada, dificultando a retenção de informações novas ou a execução de tarefas que envolvem 
múltiplos passos. Como resultado, esses alunos podem ter dificuldades em seguir instruções 
complexas ou reter o conteúdo aprendido, o que pode afetar seu desempenho acadêmico e social. 
A atenção também é uma função cognitiva que merece destaque, pois a dificuldade em manter o 
foco por períodos prolongados compromete a capacidade de concentração em sala de aula e a 
participação nas atividades propostas pelo professor. 
A percepção sensorial, embora nem sempre seja prejudicada de forma significativa, pode 
ser afetada em aspectos relacionados à percepção espacial e à integração das informações 
sensoriais. Muitos alunos com T21 podem apresentar dificuldades para compreender relações 
espaciais e entender conceitos de espaço e tempo, o que dificulta tarefas que envolvem leitura de 
mapas, gráficos e a organização do espaço físico em atividades pedagógicas. Além disso, a 
percepção de detalhes sensoriais, como sons ou imagens, pode ser processada de forma diferente, 
exigindo adaptações nas abordagens pedagógicas. 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 14 
 
A neuropsicopedagogia, que visa integrar conhecimentos de neurociência, psicologia e 
pedagogia, desempenha um papel importante na identificação dessas funções cognitivas e 
perceptivas e no desenvolvimento de estratégias de intervenção para apoiar o desenvolvimento 
acadêmico desses alunos. Segundo Toledo, Giatti e Jacobi (2014), a pesquisa-ação, que combina 
teoria e prática, pode ser uma ferramenta útil para identificar de maneira mais precisa as 
dificuldades cognitivas específicas enfrentadas por esses alunos e para criar práticas pedagógicas 
mais eficazes. Através da observação direta e do acompanhamento contínuo, os profissionais 
neuropsicopedagogos podem propor intervenções que favoreçam o desenvolvimento dessas 
funções de forma personalizada. 
Intervenções neuropsicopedagógicas para alunos com T21 geralmente incluem o uso de 
recursos visuais, auditivos e táteis, que visam estimular e fortalecer as funções cognitivas afetadas. 
Por exemplo, o uso de imagens, vídeos e gráficos pode ajudar a melhorar a compreensão de 
conteúdos abstratos, enquanto atividades que envolvem o movimento, como jogos pedagógicos, 
podem ajudar a melhorar a percepção espacial e as habilidades motoras, o uso de estratégias que 
favoreçam a repetição e o reforço positivo é essencial para melhorar a memória e a atenção, 
promovendo um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e acessível. 
Conforme Vygotski (2011), o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem de crianças 
com deficiências, como a T21, podem ser significativamente potencializados através de práticas 
pedagógicas que contemplem o desenvolvimento de funções cognitivas por meio da interação 
social e de atividades coletivas. 
A aprendizagem em grupo e o apoio social são aspectos importantes para o 
fortalecimento das funções cognitivas, uma vez que o diálogo e a interação com colegas e 
professores proporcionam experiências que favorecem a construção de conhecimentos e o 
aprimoramento das capacidades cognitivas e perceptivas. 
O trabalho contínuo de adaptação do ensino, utilizando diferentes abordagens e 
metodologias, é, portanto, essencial para garantir que os alunos com T21 possam superar os 
desafios relacionadosàs suas funções cognitivas e perceptivas. Como sugere Volobuff (2020), a 
aplicação de estratégias pedagógicas baseadas no enfoque neuropsicopedagógico, adaptadas à 
realidade dos alunos, favorece o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e proporciona 
melhores condições para o sucesso escolar. 
Ao integrar essas abordagens, a neuropsicopedagogia contribui de forma significativa 
para a promoção da inclusão escolar e para o desenvolvimento acadêmico de alunos com 
Síndrome de Down, garantindo que suas dificuldades cognitivas e perceptivas sejam superadas por 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 15 
 
meio de intervenções específicas e adequadas, o apoio especializado se torna um elemento 
fundamental para ajudar esses alunos a alcançar seu pleno potencial no ambiente educacional. 
2.7 ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ADAPTADAS PARA ALUNOS COM (T21) 
A aplicação de estratégias pedagógicas diferenciadas é essencial para promover a 
aprendizagem de alunos com Síndrome de Down (T21), considerando as especificidades 
cognitivas dessa condição. A neuropsicopedagogia, ao reconhecer as dificuldades e 
potencialidades desses alunos, propõe metodologias que permitem a adaptação do ensino às suas 
necessidades individuais, facilitando o acesso ao conhecimento e a participação ativa no ambiente 
escolar. A utilização do ensino multimodal, que abrange recursos visuais, auditivos e táteis, é uma 
das abordagens mais eficazes para atender a essas demandas, proporcionando uma aprendizagem 
mais inclusiva e acessível. 
O uso de recursos visuais, como imagens, gráficos e vídeos, facilita a compreensão de 
conceitos abstratos e torna o aprendizado mais tangível. Para alunos com T21, que frequentemente 
apresentam dificuldades em áreas como memória e linguagem, os recursos visuais auxiliam na 
fixação e na organização das informações, permitindo que a aprendizagem seja mais concreta e 
eficaz. Esses recursos visuais podem ser combinados com métodos auditivos, como a repetição de 
instruções ou a utilização de músicas e histórias, que ajudam a reforçar a memorização e a 
compreensão dos conteúdos, além de facilitar a comunicação, especialmente em alunos com 
dificuldades na linguagem oral. 
O uso de estratégias táteis, como atividades que envolvem o toque ou o movimento, é 
particularmente relevante para alunos com T21, que frequentemente têm dificuldades motoras e de 
coordenação. A manipulação de objetos ou materiais que estimulem o sensorial, como blocos de 
construção, massas de modelar ou jogos pedagógicos que envolvam o movimento corporal, pode 
ajudar no desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras, tornando o processo de 
aprendizagem mais dinâmico e significativo. Essas práticas também contribuem para melhorar a 
percepção espacial, a coordenação e a interação social dos alunos. 
A atuação de uma equipe multiprofissional, composta por neuropsicopedagogos, 
psicólogos, fonoaudiólogos e outros especialistas, é fundamental para implementar essas 
estratégias de forma eficaz. Como Silva e Mendes (2021) destacam, a colaboração entre 
profissionais permite a criação de um ambiente educacional mais adaptado às necessidades dos 
alunos com deficiência, promovendo uma educação inclusiva de qualidade. A equipe pode atuar 
de maneira conjunta para ajustar o currículo, os métodos de ensino e as avaliações, assegurando 
que os alunos com T21 recebam o suporte necessário para superar suas dificuldades. 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 16 
 
A interação com os pais é um elemento essencial nesse processo. Como Silveira (2011) 
aponta, envolver os pais nas práticas educativas é uma forma de garantir a continuidade da 
aprendizagem e das estratégias pedagógicas adaptadas também em casa. Quando os pais estão 
bem informados e engajados, eles podem colaborar com a implementação de atividades que 
reforçam o aprendizado e a autonomia do aluno no ambiente familiar. Isso cria uma rede de apoio 
que favorece o desenvolvimento cognitivo e social da criança, ajudando-a a alcançar seu potencial 
máximo. 
A neuropsicopedagogia, por sua vez, também contribui significativamente para a 
adaptação das práticas pedagógicas no contexto escolar. Como Simão, Corrêa e Ferrandini (2020) 
argumentam, a neuropsicopedagogia proporciona um "novo olhar" para a instituição escolar, 
levando em consideração a diversidade de aprendizagem e oferecendo estratégias personalizadas 
para alunos com diferentes necessidades cognitivas. Nesse sentido, a prática 
neuropsicopedagógica tem como foco a identificação das dificuldades específicas dos alunos e o 
planejamento de intervenções que atendam essas necessidades de maneira individualizada, 
favorecendo o sucesso escolar e a inclusão social. 
Em relação à inclusão escolar, Tavares et al. (2019) reforçam a importância das práticas 
neuropsicopedagógicas na identificação de dificuldades e no planejamento de estratégias de ensino 
adaptadas. O acompanhamento individualizado e o uso de métodos diferenciados são essenciais 
para garantir que os alunos com T21 possam participar ativamente das atividades escolares, 
superando desafios como a falta de atenção e a dificuldade de compreensão de conceitos abstratos. 
Ao adotar estratégias pedagógicas diferenciadas e multimodais, como o uso de recursos 
visuais, auditivos e táteis, e ao contar com uma equipe multiprofissional envolvida nesse processo, 
as escolas podem criar um ambiente mais inclusivo e acessível para os alunos com T21. Essas 
abordagens permitem que os alunos com Síndrome de Down se desenvolvam cognitivamente, 
melhorem suas habilidades acadêmicas e se integrem plenamente ao ambiente escolar, 
promovendo uma aprendizagem mais eficaz e significativa. 
2.8 A IMPORTÂNCIA DO APOIO CONTÍNUO E DAS ADAPTAÇÕES CURRICULARES 
A personalização do currículo e a adaptação das atividades escolares são cruciais para 
garantir que alunos com Síndrome de Down (T21) tenham um acesso efetivo ao conteúdo 
educacional. Esses alunos, que apresentam particularidades cognitivas e de aprendizagem, 
necessitam de um ambiente que leve em consideração suas especificidades, permitindo que 
avancem de acordo com suas capacidades. O apoio contínuo de educadores capacitados, que 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 17 
 
compreendem as necessidades dos alunos com T21 e sabem como adaptar o currículo de forma 
inclusiva, é essencial para o sucesso escolar desses estudantes. 
Ferreira e Silva (2021) enfatizam a importância do trabalho do neuropsicopedagogo no 
apoio contínuo ao desenvolvimento acadêmico de alunos com transtornos e dificuldades de 
aprendizagem. A atuação desse profissional é fundamental não apenas para o diagnóstico das 
necessidades educacionais dos alunos, mas também para a adaptação das estratégias pedagógicas, 
garantindo que o currículo seja ajustado às necessidades de cada estudante. A personalização do 
ensino, portanto, envolve um processo dinâmico de avaliação constante e a aplicação de 
metodologias diferenciadas, ajustando as práticas pedagógicas conforme o progresso e as 
dificuldades dos alunos. 
A adaptação curricular não se limita apenas ao ajuste de materiais didáticos ou métodos 
de ensino, mas também envolve uma avaliação constante do ambiente escolar e da organização 
das atividades. Como destaca Freitas (2008), é fundamental que as escolas adotem práticas 
inclusivas que considerem as diversas necessidades dos alunos, promovendo uma avaliação 
contínua do processo de ensino e aprendizagem. A inclusão socioeducativa, nesse contexto, não se 
restringe à simples adaptação de conteúdos, mas envolve a criação de uma cultura escolar que 
respeite a diversidade e promova a equidade no aprendizado. Essas adaptações curriculares, 
quando bem implementadas, possibilitam que os alunos com T21 se envolvam ativamente nas 
atividadesescolares, tendo a chance de aprender de forma significativa e participar do ambiente 
educacional com maior autonomia e autoestima. 
Uma das abordagens pedagógicas eficazes para a inclusão escolar de alunos com T21 é a 
aplicação da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), que tem se mostrado uma metodologia 
eficaz no processo de ensino e no manejo de comportamentos. Segundo Ischkalian et al. (2023), a 
ABA oferece um conjunto de práticas que visam melhorar habilidades cognitivas, sociais e 
acadêmicas, por meio de intervenções individualizadas, que envolvem a modificação do ambiente 
de aprendizagem de acordo com as necessidades específicas de cada aluno. Essa abordagem pode 
ser fundamental no apoio contínuo ao aluno, permitindo que o processo educacional seja mais 
assertivo e ajustado às suas dificuldades e potencialidades. 
O apoio contínuo aos alunos com T21 não deve se restringir ao período escolar, mas 
também se estender ao contexto familiar. A parceria entre educadores e famílias é essencial para 
garantir que as estratégias pedagógicas e as adaptações curriculares tenham continuidade no 
ambiente doméstico, promovendo uma aprendizagem mais coesa e integral. 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 18 
 
A inclusão efetiva de alunos com Síndrome de Down no ambiente escolar passa, 
portanto, pela conscientização e capacitação de todos os profissionais envolvidos, além do suporte 
adequado e contínuo ao longo do percurso educacional. 
A adaptação curricular, aliada ao apoio constante de educadores qualificados, contribui 
significativamente para o desenvolvimento cognitivo, acadêmico e social dos alunos com T21, 
assegurando que possam atingir seu pleno potencial dentro do contexto escolar inclusivo. 
As adaptações curriculares personalizadas, em conjunto com o apoio contínuo e a 
colaboração entre professores, profissionais especializados e famílias, são fundamentais para a 
inclusão educacional de alunos com T21. Ao garantir que o ensino seja adaptado às necessidades 
de cada aluno, as escolas não apenas promovem a aprendizagem, mas também contribuem para o 
fortalecimento da autoestima e da participação plena desses estudantes na sociedade. 
 
2.9 O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO 
A colaboração entre a escola e a família é um fator decisivo para o sucesso do processo 
de inclusão de alunos com Síndrome de Down (T21). Quando ambos os ambientes – o escolar e o 
familiar – trabalham em conjunto, a aprendizagem e o desenvolvimento desses alunos tendem a 
ser mais eficazes e consistentes. Nesse contexto, a neuropsicopedagogia desempenha um papel 
essencial ao orientar e apoiar as famílias, ajudando-as a criar um ambiente de aprendizagem em 
casa que complemente as intervenções realizadas na escola. A parceria entre educadores, 
neuropsicopedagogos e familiares favorece a criação de uma rede de apoio que estimula o 
desenvolvimento cognitivo e emocional do aluno, ampliando suas oportunidades de 
aprendizagem. 
Castro e Silva (2019) ressaltam que a atuação do neuropsicopedagogo no contexto 
familiar é fundamental para o empoderamento da aprendizagem. Ao orientar os pais sobre como 
utilizar estratégias pedagógicas adaptadas em casa, o neuropsicopedagogo contribui para que a 
família desempenhe um papel ativo no processo de inclusão escolar. Essas orientações podem 
envolver desde a criação de rotinas de estudo adaptadas, até a utilização de recursos pedagógicos 
específicos que ajudem o aluno a superar as dificuldades de aprendizagem. 
A presença constante de um apoio familiar estruturado é um fator chave para o sucesso 
do aluno, pois favorece a continuidade do processo de ensino fora do ambiente escolar, tornando-o 
mais eficaz e integrado. 
As orientações neuropsicopedagógicas para as famílias podem incluir aspectos 
emocionais e sociais, como o incentivo à autonomia do aluno, o reforço da autoestima e o 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 19 
 
estímulo à socialização, aspectos que também impactam diretamente no desenvolvimento 
acadêmico. Como destacam Ciampone e Peduzzi (2000), o trabalho em equipe é uma prática 
essencial, não apenas no contexto escolar, mas também no ambiente familiar. 
A família, ao se envolver ativamente no processo de inclusão, contribui para a criação de 
um ambiente que respeita e compreende as necessidades do aluno, proporcionando-lhe mais 
confiança para explorar suas capacidades. 
A colaboração entre a família e a escola promove a identificação precoce de dificuldades, 
permitindo que intervenções pedagógicas sejam realizadas de maneira mais eficiente e 
direcionada. 
A troca constante de informações entre os educadores e os pais é fundamental para 
garantir que o plano pedagógico seja ajustado conforme o progresso do aluno. 
A coordenação entre os profissionais envolvidos, incluindo o neuropsicopedagogo, 
fortalece o processo de inclusão e proporciona ao aluno com T21 melhores condições para se 
desenvolver academicamente e socialmente. 
Clemente Junior, Ferreira e Hansen (2016) também reforçam a importância da atuação 
das APAEs (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) nesse processo. Essas instituições, 
ao trabalhar em parceria com as escolas e as famílias, oferecem suporte adicional na inclusão de 
alunos com T21, promovendo um atendimento especializado que colabora com a formação 
integral dos alunos. Essa colaboração multiprofissional é essencial para que as famílias se sintam 
mais seguras e capacitadas para contribuir no desenvolvimento educacional de seus filhos, 
fortalecendo ainda mais o trabalho conjunto com a escola. 
A colaboração estreita entre a escola e a família, com o suporte de profissionais 
especializados como o neuropsicopedagogo, é um pilar fundamental para a inclusão de alunos 
com Síndrome de Down (T21). O papel da família não se limita a apoiar o aluno em casa, mas 
também a ser uma parceira ativa no processo educacional, contribuindo para que o aluno tenha as 
melhores condições de desenvolvimento dentro e fora da escola. 
A troca de informações, o apoio contínuo e a implementação de estratégias pedagógicas 
adaptadas são componentes cruciais para garantir que o aluno com Síndrome de Down (T21) 
tenha uma trajetória escolar mais inclusiva e bem-sucedida. A comunicação fluida entre a escola, a 
família e os profissionais envolvidos permite que se compreenda de maneira mais profunda as 
necessidades do aluno, além de possibilitar ajustes constantes no processo pedagógico. Isso 
assegura que o ensino seja direcionado de forma personalizada, levando em consideração as 
especificidades cognitivas e emocionais do aluno com T21. 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 20 
 
Ao adotar estratégias pedagógicas diferenciadas, como o uso de recursos multimodais 
(visuais, táteis e auditivos), o docente pode facilitar a compreensão do conteúdo, estimulando o 
aluno a se envolver de maneira mais ativa no aprendizado. A adaptação do currículo é uma das 
principais formas de garantir que o aluno com T21 consiga acessar o conhecimento de maneira 
efetiva, respeitando seu ritmo de aprendizagem. Essas estratégias podem envolver o uso de 
softwares educativos, aplicativos de leitura e escrita, e ferramentas interativas que potencializam o 
desenvolvimento da alfabetização e a consciência fonológica, como evidenciado por Ischkanian et 
al. (2023). Essas tecnologias desempenham um papel vital no suporte à aprendizagem, pois 
oferecem estímulos visuais e auditivos que podem ser ajustados conforme as necessidades do 
aluno, promovendo a compreensão e a retenção do conteúdo de maneira mais eficiente. 
O apoio contínuo da família é fundamental para o sucesso da inclusão escolar. A parceria 
entre a escola e os pais deve ser sólida e constante, permitindo que as intervenções realizadas em 
sala de aula sejam reforçadasem casa. 
A família pode aplicar, de forma orientada pelos profissionais, as mesmas estratégias 
pedagógicas, criando um ambiente de apoio que complementa e fortalece o trabalho educacional. 
Essa continuidade do processo de aprendizagem no contexto familiar permite que o aluno tenha 
experiências consistentes e reforçadas, contribuindo para o desenvolvimento acadêmico e pessoal. 
A implementação de estratégias pedagógicas adaptadas também é essencial para 
promover a autonomia do aluno, estimulando suas habilidades cognitivas, sociais e emocionais. 
Quando as adaptações são feitas de forma consciente e planejada, o aluno com T21 se sente mais 
confiante em suas capacidades, o que impacta positivamente na autoestima e no engajamento no 
processo de aprendizagem. 
As adaptações curriculares não apenas favorecem o desempenho acadêmico, mas também 
promovem a inclusão social, pois permitem que o aluno participe ativamente das atividades 
escolares, interaja com seus colegas e desenvolva habilidades que são fundamentais para a vida 
cotidiana. 
A combinação de uma comunicação eficaz, apoio constante e a implementação de 
estratégias pedagógicas adaptadas garante que o aluno com Síndrome de Down tenha as melhores 
condições para alcançar seu potencial máximo. 
O processo contínuo e integrado de adaptação e apoio não só favorece o aprendizado, 
mas também contribui para que esses alunos se sintam incluídos e valorizados dentro do ambiente 
escolar, a educação inclusiva se torna não apenas um direito, mas uma realidade possível e eficaz 
para os alunos com T21. 
 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 21 
 
2.10 TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NO CONTEXTO DA (T21) 
O uso de tecnologias assistivas no contexto da Síndrome de Down (T21) tem se mostrado 
uma ferramenta cada vez mais essencial para promover um processo de aprendizagem mais 
inclusivo e eficaz para alunos com essa condição. Essas tecnologias, que englobam uma ampla 
gama de recursos como softwares educativos, dispositivos adaptativos e ferramentas de 
comunicação alternativa, oferecem meios significativos para contornar dificuldades cognitivas e 
motoras, favorecendo o desenvolvimento de competências acadêmicas essenciais como leitura, 
escrita, e comunicação. 
Exemplos de tecnologias assistivas que podem ser utilizadas no contexto da Síndrome de 
Down (T21), ajudando a promover um processo de aprendizagem mais inclusivo e eficaz para os 
alunos com essa condição: 
Software de Leitura (Text-to-Speech): Programas que leem o texto em voz alta, ajudando 
alunos com dificuldades de leitura. 
Software de Escrita (Speech-to-Text): Permite que os alunos falem e o software converta 
a fala em texto, facilitando a escrita. 
Livros Digitais com Áudio e Texto: Livros digitais que combinam texto e áudio, ajudando 
na compreensão e desenvolvimento da leitura. 
Teclados Adaptados: Teclados com teclas maiores ou personalizáveis, facilitando a 
digitação para alunos com dificuldades motoras. 
Tablets e Dispositivos de Tela Sensível ao Toque: Ferramentas que permitem maior 
interação através de toques simples, sem necessidade de habilidade motora complexa. 
Apps de Jogos Educativos: Aplicativos que ajudam a aprender de forma lúdica e 
interativa, abordando conteúdos de forma visual e auditiva. 
Fones de Ouvido com Cancelamento de Ruído: Utilizados para minimizar distrações e 
ajudar na concentração. 
Sistemas de Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA): Dispositivos ou aplicativos 
que ajudam alunos com dificuldades de fala a se comunicarem por meio de imagens, símbolos ou 
palavras. 
Quadros Magnéticos Interativos: Ferramentas que permitem que os alunos interajam com 
o conteúdo de forma tátil e visual, promovendo o aprendizado ativo. 
Aplicativos de Educação Matemática (como o MathBoard): Aplicativos que ajudam os 
alunos a aprender matemática através de práticas interativas e visuais. 
Ferramentas de Mapeamento Cognitivo: Softwares que ajudam os alunos a organizar 
informações de maneira visual, como mapas mentais e diagramas. 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 22 
 
Vídeos Educacionais com Legendas e Animações: Utilizados para ensinar conceitos por 
meio de recursos visuais e de áudio que aumentam a compreensão. 
Calculadoras Adaptadas: Dispositivos que auxiliam no processo de aprendizagem de 
matemática, com teclas grandes ou funções simplificadas. 
Dispositivos de Leitura Óptica: Ferramentas que convertem texto impresso em áudio, 
ajudando alunos com dificuldades de leitura. 
Aplicativos de Aprendizagem de Línguas: Apps que ensinam línguas de maneira visual, 
auditiva e interativa, facilitando a aprendizagem de novas palavras e frases. 
Cartões de Comunicação: Cartões com símbolos e palavras que auxiliam na 
comunicação de sentimentos e necessidades. 
Softwares de Planejamento de Tarefas: Aplicativos que ajudam na organização de 
atividades e no planejamento de rotinas, promovendo a autonomia. 
Dispositivos de Assistência Auditiva: Aparelhos e recursos tecnológicos que amplificam 
o som, ajudando alunos com dificuldades auditivas a acompanhar melhor o ambiente de 
aprendizagem. 
Aplicativos de Reforço de Atenção: Programas que ajudam a desenvolver habilidades de 
concentração e foco, oferecendo desafios e recompensas interativas. 
Recursos de Realidade Aumentada (AR): Ferramentas que sobrepõem objetos virtuais ao 
ambiente real, proporcionando experiências de aprendizagem imersivas e interativas. 
Essas tecnologias assistivas ajudam a personalizar o ensino, garantindo que alunos com 
Síndrome de Down (T21) possam superar barreiras cognitivas e motoras, promovendo um 
aprendizado mais inclusivo e adaptado às suas necessidades individuais. 
Uma das principais vantagens dessas tecnologias é sua capacidade de personalizar o 
ensino de acordo com as necessidades específicas de cada aluno com T21. Através de softwares 
educativos, por exemplo, é possível trabalhar aspectos fundamentais para o aprendizado, como a 
consciência fonológica, que se refere à habilidade de perceber e manipular os sons da fala, 
habilidade crucial para o processo de alfabetização. Ferramentas que utilizam recursos visuais, 
auditivos e táteis são especialmente eficazes, pois ajudam a ativar diferentes canais sensoriais que 
facilitam a aprendizagem e a retenção de informações. 
A utilização de dispositivos adaptativos, como teclados personalizados, mouse especial, e 
telas sensíveis ao toque, pode facilitar a interação dos alunos com o conteúdo digital, superando 
limitações físicas e cognitivas que muitos desses estudantes enfrentam. 
No campo da comunicação, os aplicativos de leitura e escrita podem proporcionar uma 
interação mais fluída e acessível, permitindo que o aluno se expresse de forma mais autônoma. 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 23 
 
Isso é particularmente relevante para crianças com T21, que frequentemente apresentam 
dificuldades na coordenação motora e na produção da fala, aspectos que podem ser melhorados 
com o uso de tecnologias específicas. Ferramentas que oferecem feedback em tempo real sobre a 
ortografia, a gramática e a estrutura das frases podem ser de grande ajuda no processo de 
construção da escrita, programas de leitura adaptativa, que ajustam a velocidade e o tom da voz, 
são recursos essenciais para a compreensão de textos e para o desenvolvimento da fluência leitora. 
No entanto, o impacto das tecnologias assistivas vai além da melhoria das habilidades 
acadêmicas. Elas também desempenham um papel significativo no desenvolvimento social e 
emocional dos alunos com T21. Ao possibilitar uma forma mais eficaz de comunicação, as 
tecnologias contribuem para a inclusão social dos alunos dentro da sala de aula. Alunos com T21, 
muitas vezes, enfrentam desafios no processo de interação social devido à demora na aquisição dehabilidades linguísticas e motoras, mas as tecnologias assistivas oferecem meios para que esses 
estudantes participem ativamente do ambiente escolar. Elas permitem uma comunicação mais 
assertiva e autônoma, ajudando na construção de uma maior autoestima e confiança, além de 
proporcionar uma maior sensação de pertencimento no grupo de colegas. 
Ao possibilitar que esses alunos acessem conteúdos de maneira mais adaptada às suas 
necessidades, as tecnologias assistivas favorecem um aprendizado mais inclusivo, onde todos os 
alunos, independentemente das suas dificuldades, têm a oportunidade de aprender de forma 
equitativa. 
A inclusão educacional, que deve ser um objetivo de qualquer sistema de ensino, é 
amplamente facilitada pelo uso dessas tecnologias, pois elas permitem que os alunos com T21 
acessem o currículo regular de maneira compatível com seu ritmo de aprendizagem e seus 
desafios cognitivos. 
A neuropsicopedagogia desempenha um papel fundamental nesse contexto, ao orientar 
tanto os educadores quanto as famílias sobre como utilizar as tecnologias assistivas de maneira 
eficaz. 
Os profissionais de neuropsicopedagogia ajudam a identificar as necessidades específicas 
dos alunos com T21 e orientam sobre os recursos mais adequados, garantindo que as ferramentas 
tecnológicas sejam usadas para potencializar o aprendizado de forma personalizada. 
A orientação aos professores também é crucial para que estes saibam como integrar essas 
tecnologias de maneira coerente e eficaz no ambiente de sala de aula, criando estratégias de ensino 
que aproveitem as ferramentas digitais de forma que atendam às necessidades de cada aluno. 
O trabalho da neuropsicopedagogia vai além do uso de tecnologias assistivas na sala de 
aula, incluindo também o acompanhamento contínuo do desenvolvimento do aluno. 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 24 
 
A avaliação constante do progresso, a adaptação dos recursos conforme o aluno avança 
ou enfrenta novos desafios, e a implementação de estratégias de ensino inovadoras são ações que 
garantem o sucesso do processo de aprendizagem. 
As tecnologias assistivas, quando combinadas com um suporte pedagógico adequado, 
criam um ambiente de aprendizagem mais flexível e adaptável, essencial para a inclusão 
verdadeira de alunos com T21. 
O apoio da família é crucial para o sucesso da implementação dessas tecnologias. Quando 
os pais se envolvem ativamente no processo de aprendizagem, fornecendo um ambiente de apoio 
em casa que complementa o trabalho realizado na escola, o impacto positivo das tecnologias 
assistivas é potencializado. 
A colaboração entre escola e família garante que o aluno tenha uma continuidade no 
aprendizado, tanto em casa quanto no ambiente escolar, e que se sinta apoiado em todos os 
aspectos de seu desenvolvimento. 
De acordo com Santos e Silva (2021), a neuropsicopedagogia tem um papel essencial no 
uso dessas tecnologias, ao orientar tanto a seleção dos recursos mais adequados quanto a forma 
como esses recursos podem ser integrados ao currículo e ao ambiente de aprendizagem. Seeger e 
Zucolotto (2018) destacam a importância da abordagem histórico-cultural de Vygotsky, onde as 
tecnologias assistivas atuam como mediadores essenciais no processo de ensino-aprendizagem, 
permitindo que os alunos com T21 avancem em seu desenvolvimento cognitivo de forma mais 
eficaz. 
As tecnologias assistivas representam uma ferramenta poderosa para a promoção da 
inclusão escolar e para o sucesso acadêmico de alunos com Síndrome de Down. Elas oferecem 
recursos que facilitam o aprendizado de conteúdos, aprimoram a comunicação e a escrita, e 
contribuem para o desenvolvimento social e emocional. Quando combinadas com um suporte 
neuropsicopedagógico adequado e uma colaboração estreita entre a escola e a família, essas 
tecnologias garantem que alunos com T21 tenham uma experiência educacional mais rica, 
autônoma e inclusiva, permitindo-lhes atingir seu pleno potencial dentro do ambiente escolar. 
2.11 A FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO 
 A formação contínua dos profissionais de educação desempenha um papel crucial na 
promoção de uma inclusão escolar efetiva, especialmente para alunos com transtornos de 
aprendizagem, como os diagnosticados com Síndrome de Down (T21). A capacitação dos 
educadores é fundamental para garantir que eles estejam preparados para lidar com as diversas 
necessidades desses alunos, aplicando estratégias pedagógicas diferenciadas e proporcionando um 
TRANSTORNO E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGENS E O SÍNDROME DE DOWN (T21). Página 25 
 
ambiente de aprendizagem inclusivo e acolhedor. Nesse sentido, programas de formação contínua 
focados na neuropsicopedagogia se tornam imprescindíveis, pois eles oferecem aos educadores 
ferramentas e técnicas baseadas no entendimento das necessidades cognitivas dos alunos, 
melhorando significativamente a prática pedagógica. 
É importante destacar que a formação continuada não deve se restringir apenas ao 
fornecimento de conteúdos teóricos, mas também deve incluir o treinamento prático e o 
desenvolvimento de habilidades específicas para lidar com a diversidade em sala de aula. Além 
disso, é essencial que os educadores tenham acesso a tecnologias e recursos adequados que 
complementem e potencializem o processo de aprendizagem, como o uso de tecnologias 
assistivas, que podem ajudar alunos com T21 a superar barreiras cognitivas e comunicativas. 
Porém, além da capacitação, é fundamental que as prefeituras e governos se empenhem 
em fornecer os recursos necessários para o exercício da função pedagógica de forma eficiente. 
A equipagem dos profissionais de educação com ferramentas adequadas, como 
computadores pessoais e outros dispositivos tecnológicos, é um passo essencial para que os 
educadores possam aplicar com eficácia as metodologias de ensino e integrar as inovações 
educacionais ao seu trabalho. 
No entanto, observa-se que, embora haja anualmente cerca de 10 formações continuadas 
para os professores, o suporte em termos de equipagem e a promoção de melhorias salariais ainda 
permanecem em um patamar estagnado. Esse cenário, longe de ser uma solução para os desafios 
enfrentados pelos educadores, acaba refletindo em diversos aspectos da prática docente. 
A falta de um suporte adequado, como a oferta de recursos tecnológicos modernos e 
ferramentas pedagógicas específicas, compromete o desempenho dos profissionais e limita a 
aplicação plena dos conhecimentos adquiridos nas formações continuadas, a estagnação nas 
melhorias salariais impacta diretamente na motivação dos professores, uma vez que, sem uma 
valorização justa, esses profissionais podem sentir-se desestimulados, o que pode acarretar em um 
aumento da rotatividade e até mesmo em um possível esgotamento emocional. 
A motivação do docente está intrinsicamente ligada ao reconhecimento do seu trabalho e 
ao suporte que recebe para desempenhá-lo com qualidade. 
A valorização financeira é um dos principais fatores que contribui para o bem-estar e o 
compromisso dos educadores. Quando o salário não reflete o esforço e a responsabilidade exigidos 
da profissão, pode ocorrer um descompasso entre a formação contínua, que visa o aprimoramento 
das práticas pedagógicas, e a aplicação desses conhecimentos no cotidiano escolar. 
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A falta de recursos materiais e o desestímulo causado pela estagnação salarial podem 
afetar diretamente a eficácia do processo de ensino-aprendizagem, comprometendo não apenas o 
desempenho dos alunos, mas também a qualidade do ambiente educacional como um todo. 
A inadequação do suporte e o descaso com a valorização salarial também podem levar a 
um quadro de sobrecarga de trabalho para os professores, que muitas vezes precisam arcar com a 
adaptação de materiais e com o investimento

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