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FISIOLOGIA ANOTAÇÕES - M3 ADRENAL INTRODUÇÃO A glândula adrenal é localizada em cima do rins, formando uma espécie de capuz, por isso também chamada de suprarrenal. É revestida por uma cápsula de conjuntivo e dividida em córtex e medula adrenal. CÓRTEX DA ADRENAL: - Zona glomerulosa: camada mais externa. Produz mineralocorticóides, como a aldosterona. - Zona fasciculada: produz glicocorticóides, como o cortisol. - Zona reticulada: sua função é produzir androgênios, como a DHEA. MEDULA DA ADRENAL: - Formada pelas células cromafins. - A principal função dessas células é secretar as catecolaminas - adrenalina (epinefrina) e a noradrenalina (norepinefrina). REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS GLICOCORTICÓIDES E ANDRÓGENOS 1. CONTROLE HIPOTALÂMICO: os núcleos paraventriculares mandam CRH no sistema porta hipofisário. 2. CONTROLE PELO ACTH: o ACTH estimula a secreção dos hormônios esteróides, em todas as zonas do córtex adrenal e suprarregula seus receptores. 3. CONTROLE POR RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA: inibição da secreção de CRH pelo hipotálamo e do ACTH, pela hipófise. SÍNTESE DE ACTH A PARTIR DO POMC 1. O CRH se liga a receptores nos corticotrofos da adeno-hipófise, o que acarreta na síntese de pró-opiomelanocortina (POMC), que é o precursor de ACTH, que faz a secreção desse. 2. A partir da POMC é produzido também o MSH, que possui três formas (alfa, beta e gama). 3. Esse MSH atua sobre os melanócitos, o que acarreta na produção de melanina. Desse modo, quando tenho muito ACTH sendo produzido, um dos primeiros sinais serão hiperpigmentação cutânea. Ademais, esse MSH aumenta durante a gravidades (junto com o aumento dos estrógenos) e na Síndrome de Cushing (característica da acantose nigricans). PATOLOGIA ENDÓCRINA PRIMÁRIA: patologia na glândula específica em si. PATOLOGIA ENDÓCRINA SECUNDÁRIA: patologia na hipófise. PATOLOGIA ENDÓCRINA TERCIÁRIA: patologia no hipotálamo. BIOSSÍNTESE DOS HORMÔNIOS Todos os hormônios do córtex da adrenal são esteróides - produzidos a partir do colesterol. FATORES QUE ALTERAM A SECREÇÃO DE ACTH: ~estimulatórios: - Diminuição dos níveis séricos de cortisol. - Transição entre sono e acordar. - Estresse, hipoglicemia, cirurgia, trauma. - Distúrbios psiquiátricos. - Agonistas alfa adrenérgicos. - Antagonistas beta adrenérgicos. - Serotonina. ~inibitórios: - Aumento do cortisol. - Opióides. - Somatostatina. ALDOSTERONA Seu receptor é intracelular e o órgão alvo é o rim. SECREÇÃO DE ALDOSTERONA: ~estímulos: - A produção de aldosterona é promovida principalmente pela angiotensina II. - Menos volume plasmático e PA faz aumentar renina. - Diminuição da osmolaridade plasmática. - Hiperpotassemia. ~excesso: retenção de água e Na. SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA 1. O fígado produz angiotensinogênio (proteína inativa) e, quando perco volume de sangue, as células granulares do rim produzem renina. 2. Transforma o angiotensinogênio em angiotensina I (inativa) e o endotélio dos vasos sanguíneos pulmonar produz ECA (enzima conversora de angiotensina). Débito cardíaco: volume sistólico (70mL, que depende de volemia) X frequência cardíaca. Débito cardíaco médio: 5L PA: débito cardíaco X resistencia vascular periférica (20 mmHg) Minha volemia depende de: grau de hidratação, concentração do sangue. Aldosterona faz com o que rim guarde muito sódio, o que faz eu guardar água , o que faz aumentar a volemia. A angiotensina II aumenta a aldosterona, aumenta a vasoconstrição de arteríolas (aumenta resistência e aumenta pressão), aumenta a resposta cardíaca (aumenta frequência, aumenta débito) e no hipotálamo faz com que eu tenha sede e aumenta o ADH. Portanto, é um mecanismo que AUMENTA A PRESSÃO ARTERIAL. - Medicamentos para abaixar pressão: dieta hipossódica, vasodilatador, diurético, bloqueadores β-adrenérgicos, inibidor ECA. RECEPTORES DE ANGIOTENSINA: - Tipo 1: induz a vasoconstrição, anti-natriurese (excreção de sódio), antidiurese liberação de vasopressina e aldosterona, fibrose e proliferação celular. - Tipo 2: contrabalança esses esses efeitos. EFEITOS DA ALDOSTERONA: - Aumenta a reabsorção de sódio nos rins, à custo da secreção de potássio. - Aumenta a secreção de potássio e hidrogênio nos túbulos renais. Esse aumento do sódio, faz, por consequência, como explicado uma retenção de líquidos. Os inibidores de ECA causam tosse seca por que as bradicininas são normalmente degradadas pela ECA. CORTISOL Hormônio sintetizado a partir do colesterol, com receptores intracelular e células alvos na maioria dos tecidos, produzido na zona fasciculada. ESTÍMULOS PARA A SECREÇÃO: - Ritmo circadiano (mais alto pela manhã e menor à noite). - Aumenta com estresse. - Exercício físico. - Sono. REGULAÇÃO DA SECREÇÃO: - CRH: estimula adeno hipófise a produzir ACTH. - Retroalimentação. A dexametasona em dose altas inibe a produção de ACTH, por isso é um teste para ver se o problema é hipofisário-hipotalâmico. FUNÇÕES: O efeito mais importante é prevenir a hipoglicemia, assegurando a atividade do glucagon. - O cortisol AUMENTA MUITO A GLICEMIA, estimula lipólise, induz gliconeogênese e reprime o sistema imune. - Diminui a síntese proteica e causa proteólise. - Diminui a sensibilidade de insulina, e por consequência aumenta resistência. - Estimula diferenciação dos adipócitos. Efeito anti-inflamatório: Inflamação é uma resposta de defesa, que prepara tecido para reparo e inibe a ação antigênica. Os corticóides são cortisol sintético, com função anti-inflamatório, podendo ter muito mais efeito que o cortisol próprio. A resposta inflamatória aguda é a desejada, e não quero ter a crônica, pois não consegue inibir o patógeno. REAÇÕES VASCULARES: - Vasodilatação: abre fendas para a saída de soro - exsudato. - Aumento da permeabilidade. EVENTOS CELULARES: - Marginação. - Rolagem. - Adesão. - Transmigração. - Quimiotaxia. - Ativação e fagocitose. Essas reações são mediadas por fatores químicos derivados de proteínas ou de células do conjuntivo. - Podem ter origem celular (pré ou neoformados - que são os derivados do ácido aracdônico) ou plasmática (como complementos). Via dos leucotrienos agem basicamente nas fases dos eventos celulares e broncoconstrição. Os corticóides inibem a fosfolipase A2, impedindo a via inteira. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) bloqueiam somente a COX e ainda tenho a resposta celular, por que ainda tenho os leucotrienos. Inibição da resposta imune: - Estabiliza as membranas dos dos lisossomos, o que reduz a liberação de enzimas. - Inibem a IL-2. - Atenua a febre, porque reduz a IL-1. - Induz a síntese de lipocortina, que inibe a fosfolipase A2. - Promovem a apoptose de macrófagos. - Promovem produção de citocinas anti-inflamatórios. Aumento da pressão arterial: - Aumenta a responsividade vascular às catecolaminas, aumentando o efeito constritor da norepinefrina, causando o aumento da pressão arterial. - Em excesso, o cortisol tem efeitos aldosterona-like no rim, causando a retenção de Na e H2O. Isso acontece por que a enzima que converte o cortisol ativo à cortisona inativa está alterada (diminuída). Desse modo, o cortisol fica disponível para interagir com o receptor de aldosterona, pelo qual tem afinidade. Aqueles que usam corticoide podem ter edemas, justamente pelo inchaço causados pela retenção de sódio. Outras funções importantes: - Diminui a formação de ação óssea, pois inibem a função dos osteoblastos, podendo causar fraturas e osteoporose. - Estimula a maturação fetal do SN, retina, pele, TGI e pulmões (mas só dou em ambientes hospitalares, porque aumenta muito a PA). - Inibem eixos hipotalâmico-hipofisários que causam diminuição da secreção do TSH e LH e FSH. - Diminui o sono REM. - Participa na modulação do estresse - luta ou fuga- age em conjunta a adrenalina e noradrenalina, para aumentar a glicemia, aumentar batimentos cardíacos e PA. EFEITOS COLATERAIS DOS CORTICÓIDES: - Aumento da pressão arterial. - Aumento da glicemia. - Aumenta a possibilidade de osteoporose. -Síndrome de Cushing. - Edema. - Diminuição de tireoidianos e gônadas. - Ganho de peso. - Alterações do sistema imune. - Inibição da fosfolipase A2. - Inibe a ação dos fibroblastos, que inibem o reparo tecidual. - Alteração de crescimento ANDRÓGENOS ADRENAIS Hormônios formados na zona glomerulosa da adrenal, sendo os mais importantes o DHEA, S-DHEA, A4A e testosterona (em menor quantidade). EFEITOS NA MULHERES: - Crescimento do pelo pubiano axilar. - Produção de estrogênio. - Libido: aumentando os níveis de testosterona. - Manutenção da massa óssea após a menopausa. EFEITOS NOS HOMENS: - A DHEA é precursor quase direto da testosterona e estradiol (tipo de estrógeno), mas ela possui fraca ação androgênica. - Os andrógenos adrenais contribuem para o aparecimento de características masculinas. MEDULA ADRENAL Constituída pelas células cromafins e regulada pelas ações simpáticas e não hipofisárias. Produzem as catecolaminas - adrenalina e norepinefrina. NOREPINEFRINA: - Constrição de quase todos os vasos sanguíneos. - Atividade aumentada do coração. - Inibição do TGI. - Dilatação das pupilas. EPINEFRINA: - Maioria dos efeitos da norepinefrina. As diferenças delas são: - Maior estímulo em receptores beta adrenérgico, logo maior efeito na estimulação cardíaca. - Constrição mais fraca dos vasos, aumentando menos a pressão, mais aumenta mais o débito cardíaco. - Efeito metabólico 5 a 10x maior. INSUFICIÊNCIA ADRENOCORTICAL PRIMÁRIA - DOENÇA DE ADDISON: Causada geralmente pela destruição autoimune do córtex adrenal. - Diminuição dos mineralocorticóides, glicocorticóides e androgênios. - Aumento do ACTH (por retroalimentação negativa) - Hipoglicemia (pela deficiência do cortisol) - Hiperpigmentação. - Diminuição dos pelos pubianos e axilares nas mulheres. - Hipotensão, hiperpotassemia e acidose metabólica (pela deficiência de aldosterona e consequente incapacidade de excreção de íons potássio e hidrogênio em troca de reabsorção de sódio). SECUNDÁRIA: Causada pela deficiência de ACTH. - Os sintomas são similares aos da Doença de Addison, mas sem hiperpigmentação e acidose metabólica. HIPERFUNÇÃO ADRENOCORTICAL SÍNDROME DE CUSHING: Distúrbio provocado por qualquer condição que produza uma elevação dos níveis de cortisol ou corticoides relacionados. SE CARACTERIZA POR: - Aumento dos níveis de cortisol e de andrógenos. - Alterações do ACTH. - Hiperglicemia. - Cicatrização deficiente. - Ganho ponderal e obesidade do tronco, fácies de “lua” e acúmulo de gordura na parte posterior do pescoço e costas, gordura supraclavicular. - Por que o aumento do cortisol aumenta o estímulo à alimentação alimentar. - Virilização das mulheres. - Infertilidade, e amenorreia, redução da libido e nos homens disfunção erétil. - Hipertensão (níveis elevados de cortisol e aldosterona). - Osteoporose. - Perda de colágeno e estrias vermelhas. FISIOLOGIA DA SÍNDROME: - A maior parte dos casos de Síndrome de Cushing é provocada pela administração de glicocorticóides exógenos (Iatrogênica). - Os casos restantes são endógenos e causados por uma das seguintes patologias: - Secreção aumentada de ACTH por tumores hipofisários. - Hiperplasia ou neoplasia adrenocortical primária (adenomas e - carcinomas). - Secreção de ACTH ectópico por neoplasias não endócrinas (ex: carcinomas pulmonares). SÍNDROME DE CONN: Causado por um tumor secretor de aldosterona. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: - Hipertensão. - Hipopotassemia (a aldosterona aumenta a secreção de K+). - Alcalose metabólica (a aldosterona aumenta a secreção de H+). Representação da Síndrome de Cushing. PÂNCREAS INTRODUÇÃO Glândulas mistas, formadas pelas ilhotas de Langerhans (porção endócrina) e ácinos pancreáticos (exócrina). CÉLULAS DAS ILHOTAS α Glucagon β Insulina D(Δ) Somatostatina F (PP) Polipeptídeo pancreático SOMATOSTATINA: Hormônio INIBITÓRIO de: - Inibição da secreção de insulina e glucagon. - Reduz motilidade do estômago, vesícula e duodeno. - Reduz secreção gástrica, motilidade intestinal e absorção gastrointestinal. - Inibe a liberação do GH. POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO: Função: - Inibe a secreção exócrina do pâncreas, duodeno e vesícula. - Parece estimular o centro da fome. DIABETES MELLITUS Existem outros tipos, medicamentosa e gestacional por exemplo, mas as mais importantes são: DM I: É uma doença autoimune, onde os linfócitos e anticorpos destroem as células beta do pâncreas. Então, o organismo não produz insulina. DM II: O organismo tem deficiência na produção de insulina ou tem resistência a ele, por alterações nos receptores de insulina. Fatores de risco: - Idade maior ou igual a 45 anos; - Sobrepeso ou obesidade, e estilo de vida sedentário; - História de HAS, doenças cardiovasculares, ovário policístico; - Dislipidemia e triglicerídeos altos. HORMÔNIOS GLICEMIA NORMAL EM JEJUM: 70-99 mg/dL. PRÉ-DIABÉTICO: 100-125 mg/dL (em 2 dias ≠). DIABÉTICO: > 126 mg/dL (em 2 dias ≠). GLUCAGON Hormônio que tem seu receptor em membrana, meia-vida de 3-4 minutos e seus tecidos alvos são o fígado, tecido adiposo e músculo. OBS: claro que ele e a insulina tem efeitos antagônicos, mas ao mesmo tempo são sinérgicos. ESTÍMULOS PARA A SECREÇÃO: - Aumento de aminoácidos do sangue. - CCK (alerta de alimentação proteica). - Norepinefrina, epinefrina e ACh. MECANISMO DE AÇÃO: - Hiperglicemiante; - Glicogenólise (quebra de glicogênio hepático, além de impedir a reciclagem de glicose em glicogênio). - Gliconeogênese (precursores não carboidratos são convertidos em glicose, começa quando acaba a glicogenólise). - Aumenta a concentração de ácidos graxos e cetoácidos; - Ao aumentar a lipólise, a inibição da síntese de ácidos graxos “desvia” os substratos para a gliconeogênese). - Produzo corpos cetônicos, pois sintetizo muita Acetil-CoA a partir dos ácidos graxos. - Posso fazer acidose metabólica (os corpos cetônicos são ácidos). - Aumenta a produção de ureia. - Grupamentos amino, derivado de aminoácidos para a gliconeogênese, são incorporados na ureia. INSULINA Hormônio com meia-vida de 6 minutos (degradada pela desidrogenase flutationica hepática) e seus alvos principais são os mesmos do glucagon. O ENCÉFALO: O encéfalo não pode armazenar glicose por muitos minutos, mas a função cerebral depende do suprimento ininterrupto de glicose pela circulação. - Não consegue utilizar ácidos graxos. - Depois de 2-3 semanas: usam cetoácidos ESTÍMULOS PARA SECREÇÃO: - Aumento da glicose e ácidos graxos; - Glucagon e hormônios do TGI - como gastrina, CCK, secretina e incretinas. EFEITOS DA INSULINA: - Aumento do transporte de glicose para dentro da célula. - Utilização de glicose nas células. MECANISMO DE AÇÃO DA INSULINA: TRANSPORTE DE GLICOSE P/ CÉLULAS Difusão facilitada GLUTs Co-transporte com Na SGLTs DIFUSÃO FACILITADA: Acontece em todas as células, exceto nos enterócitos e túbulo proximal do néfron. ALGUNS TRANSPORTADORES IMPORTANTES GLUT 2 Concentração dependente. Presente nos hepatócitos e células β, por exemplo. GLUT 3 Independente de insulina. Presente nos neurônios. GLUT 4 Dependente de insulina. Presente em MEE, MEC e tecido adiposo. SGLT 1 Epitélio intestinal. Co-transporte com Na. SGLT 2 Epitélio intestinal e túbulo renal. Co-transporte com Na. EFEITO NO METABOLISMO DE PROTEÍNAS E LIPÍDIOS: - Estimula captação de aminoácidos e inibe formação de corpos cetônicos. - Estimula síntese proteica e de lipídios, além de estimular a captação celular de aminoácidos. - Inibe enzimas de lipólise e proteólise. OUTROS EFEITOS DA INSULINA: - Diminui a concentração sanguínea de potássio, aumentando a captação pelas células. - Isso por meio do aumento da atividade da bomba Na+K+ ATPase, principalmente nos miócitos e hepatócitos. Uma superdose de insulina pode ser letal pela sua capacidade de diminuir acentuadamente a concentração de K+ plasmática. SÍNTESE DE INSULINA: 1. Sintetizada como uma pró-insulina. 2. Clivagens proteolíticas celular da pró-insulina em insulina e peptídeoC. 3. A insulina é armazenada nos grânulos das células B juntamente com o peptídeo C. 4. Quando é necessário insulina, ela pode ser liberada - glicose entra na célula via GLUT-2 criando energia nela, a síntese de ATP faz o fechamento de canais de Na que polariza a célula - há a abertura de canais de cálcio, íon na qual estimulará os grânulos na liberação de insulina. CONTROLE DA SECREÇÃO DE INSULINA: 1. Fibras nervosas não mielinizadas pós-ganglionares simpáticas e parassimpáticas: A) PARASSIMPÁTICAS: ACh causa a liberação de insulina quando a glicemia está elevada. B) SIMPÁTICAS: epinefrina e norepinefrina, via ativação de receptores alfa, leva a inibição de liberação de insulina - a norepinefrina também estimula a liberação de somatostatina. 2. Controle pancreático: A) SOMATOSTATINA: que inibe secreção de insulina e glucagon - produzindo hipoglicemia e diminuição de absorção intestinal de glicemia. B) POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO: inibe secreção de insulina e somatostatina. C) GLUCAGON: estimula secreção de insulina e somatostatina. INCRETINAS: - GLP-1 e GIP são hormônios intestinais - produzidos no intestino delgado em resposta à ingestão de alimentos. - GLP-1: retarda o esvaziamento gástrico, aumento da sensibilidade dos receptores à insulina, estimula secreção de insulina, diminui a secreção de glucagon, aumenta a proliferação de células beta-pancreática, diminui a fome. - GIP: estimula liberação de insulina. ANÁLOGOS DO GLP-1 LIRAGLUTIDA: Victoza - para diabetes - e Saxenda - para obesidade - ambos de aplicação diária, via subcutânea. O segundo possui dose bem maior. SEMAGLUTIDA: Ozempic - para diabetes e obesidades - aplicação semanal. DULAGULTIDA: Trulicity - para diabetes - aplicação semanal. RECEPTOR DE INSULINA É um tetrâmero constituído por subunidades α e β. 1. A ligação com a insulina na subunidade α causa auto fosforilação da subunidade β, que sofre uma mudança conformacional para tornar-se uma TIROSINA QUINASE ATIVA. 2. A tirosina quinase fosforila várias proteínas em tirosina, incluindo o adaptador IRS-1. 3. Por cadeias de reações, causa a translocação de GLUT4 para a membrana plasmática. 4. Quando eu retiro a insulina, o receptor é “guaradado”. Nesse processo, a membrana celular fica mais permeável aminoácidos, e íons potássio e a íons fosfato, resultando em transporte aumentado dessas substâncias para o interior celular. FISIOPATOLOGIA DA DIABETES A RESISTÊNCIA À INSULINA: 1. Uma mutação no adaptador proteico de sinalização do receptor IRS-1. 2. O receptor de insulina, além de ser fosforilado em tirosina, também pode ser fosforilado em serina, o que atenua a transmissão do sinal através da diminuição da capacidade do receptor em se fosforilar em tirosina após estímulo com insulina. 3. Uma mutação na PI3-kinase (relacionado a stress, inflamação, obesidade, hiperlipidemia, hiperinsulinemia). 4. Na obesidade, pode ser decorrente da ativação sequencial da proteína quinase C (PKC) e quinase inibidora do fator nuclear kB. RELAÇÃO COM A OBESIDADE: O tecido adiposo pode funcionar como órgão endócrino, liberando adipocinas que influenciam o metabolismo da glicose. Tecido adiposo EM EXCESSO: - Reduzindo a liberação de adiponectina diminui a captação de glicose e a oxidação de ácidos graxos. - Liberando fator inflamatóriorios (adipocinas) como TNF-α, IL’s, leptina e resistina. Nos primeiros anos de DM II, tenho hiperinsulinemia, e como consequência tenho um aumento de perímetro abdominal, justamente por estimular lipogênese. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NA DIABETES Muita fome Cansaço fácil Muita sede Aumento do apetite Emagrecimento Urina aumentada *fome: células não conseguem captar glicose. *poliúria por saturação de receptores SGLT. *intersticio coloca água no túbulo por que a [ ] aumenta. HIPERPRODUÇÃO DE AGEs Os produtos de glicação avançada - AGEs - são capazes de modificar, irreversivelmente, as propriedades de diversas estruturas biológicas. A formação de AGEs, através da hiperglicemia crônica contribui para as complicações da diabetes. A HEMOGLOBINA GLICADA (média da glicose dos últimos três meses), é um Produto de Amadori formado pela ligação não enzimática da glicose à hemoglobina. - Diabético: hemoglobina glicada > 6,5. Os AGEs geram: - Geração de radicais livres → estresse oxidativo. - Ligações cruzadas com proteínas → alterações morfofuncionais. - Interações com receptores celulares → aumento da expressão de mediadores inflamatórios. COMPLICAÇÕES DA DIABETES Microangiopatia (retinopatia, neuropatia e nefropatia). Complicações macrovasculares Comprometimento da cicatrização. MECANISMOS DAS DOENÇAS VASCULARES: 1. Glicosilação das proteínas séricas com formação de AGEs. 2. Produção de superóxidos. 3. A ativação da proteína quinase C. 4. Aceleração das vias biossintéticas da hexosamina e do poliol, levando ao acúmulo de sorbitol nos tecidos. 5. HAS e dislipidemias. 6. Microtromboses arteriais. 7. Efeitos pró-inflamatórios e pró-trombóticos da hiperglicemia e da hiperinsulinemia que comprometem a autorregulação vascular. 1. MICROANGIOPATIA: Atinge os pequenos vasos do corpo. - Os AGEs ligam-se na membrana basal dos vasos, espessando-a, e diminuindo a luz dos capilares, alterando a permeabilidade. RETINOPATIA: - AGEs na retina aumentam a permeabilidade do endotélio e oclusão vascular, além de angiogênese e neovascularização, causando a retinopatia. - Ocorrem ainda hemorragias intra- retinianas que podem levar à cegueira, formação de catarata ou glaucoma. NEFROPATIA: - Os AGEs fazem cross-link com proteínas como o colágeno - causando espessamento da membrana basal capilar dos glomérulos renais - perda de função glomerular pelas alterações na capacidade filtração. NEUROPATIA: - A mielina é um alvo das AGEs que alteram-a, fazendo com que os macrofagos destruam as células produtoras dela. - Pode causar tanto perda sensorial, quanto motora. - A neuropatia diabética faz com que a pessoa se machuque bastante, causando úlceras, com má cicatrização, característico do PÉ DIABÉTICO. Desse modo, esses danos são associados às vias vasculares, metabólicas, inflamação e neurodegenerativa. VIA VASCULAR: anormalidades microvasculares no endoneuro incluem o espessamento e presença de trombo plaquetário oclusivo. VIA METABÓLICA: os AGEs modificam componentes extracelulares essenciais para a regeneração axonal, além de que o aumento de glicose promove ativação da proteína C quinase em excesso, determinando a produção de óxido nítrico, que leva à lesão isquêmica ao nervo periférico. VIA INFLAMATÓRIA: causa como consequência da cronicidade da inflamação, aumento da hipóxia e isquemia do nervo periférico, dificultando sua regeneração. VIA NEURODEGENERATIVA: com os AGEs, há a glicação da mielina ela é fagocitada por macrófagos, que liberam proteases, acarretando em desmielinização nervosa. - Ainda mais, a hiperglicemia aumenta as ROS que causam estresse oxidativo nos nervos. 2. MACROANGIOPATIA Atinge os vasos maiores do corpo. É a própria doença aterosclerótica, que é caracterizada por placas de gordura, formadas principalmente por colesterol. - Pode causar infarto, gangrena, AVE e doenças renais. 3. MÁ CICATRIZAÇÃO Há inicialmente retardo no afluxo de células inflamatórias para o local do ferimento, e após inflamação crônica, o que limita a deposição de componentes da matriz e o fechamento da ferida. ACANTOSE NIGRICANS: acontece quando a insulina liga-se nos IGFs. TIREOIDE INTRODUÇÃO Fica localizada na frente da traqueia, e é a única glândula folicular, que guarda um pré-hormônio no colóide. FORMADA POR: 1. Folículos tireoidianos - Células foliculares: T3 e T4. - Colóide: guarda tireoglobulina. 2. Células parafoliculares: calcitonina. CALCITONINA Hormônio peptídico, com receptor em membrana celular, com alvo em ossos e rins. AÇÕES: 1. Diminui a concentração de cálcio plasmático. - A CURTO PRAZO: diminui a saída de Ca+2 através da membrana osteocítica. - A LONGO PRAZO: diminui atividade osteoclástica. 2. Diminuia reabsorção de cálcio e fósforo nos túbulos renais. T3 e T4 Hormônios com alvo na maioria das células, são derivados de tirosina, em receptor em membrana nuclear, e vai transportado à globulina ligante à tirosina e à albumina. Meia-vida: - T4: 6 dias. - T3: 1 dia. Secretamos mais T4 do que T3, além de que o T4 deve perder um iodo para virar T3 (ativo). LEMBRANDO QUE quando hormônio está ligado a proteína é inativo; a forma ativa é livre! A glândula tireóide é comandada pelo hormônio hipofisário tireotrófico (TSH), esse que age sob o efeito do TRH (hipotalâmico). LEMBRANDO QUE há consequências, em casos de distúrbio, com a PRL! Quando tenho muito T3 e T4, inibo, por retroalimentação negativa, a secreção tanto de TRH, quanto TSH. SÍNTESE DE T3 e T4: 1. Células foliculares sintetizam tireoglobulina e armazenam ela no colóide. 2. Células foliculares transportam ativam íons iodo usando o simporte Na-I, mediado por pendrina. 3. No colóide, na presença de H2O2, a TPO oxida o iodo e é associado à tirosina na tireoglobulina, formando o T3 e T4. A TPO é inibida pelo PTU (medicamento), isso é usado para hipertireoidismo. 4. A tireoglobulina é endocitose pelas células foliculares, por estímulos de TSH, e enzimas proteases separam o T3 e T4 da tireoglobulina. Depois de liberados, são ligados a proteínas plasmáticas, e devido sua alta afinidade são liberados lentamente. FUNÇÕES: Ao penetrar nas células-alvo, o T3 e T4 se ligam a proteínas intracelulares sendo armazenadas. A enzima deionidase, retira um iodo e transforma T4 em T3. 1. AUMENTO DO METABOLISMO BASAL; - Aumento do consumo de oxigênio na maioria dos tecidos corporais. - Termogênese. 2. EFEITOS NO TGI; - Aumento do apetite. - Aumento da secreção gastrointestinal. - Aumento da motilidade intestinal. 3. MODULAÇÃO DO METABOLISMO; - CARBOIDRATOS: aumenta a absorção de glicose no TGI, aumenta a glicólise (hiperglicemiante) e potencializa efeitos do glucagon e GH na gliconeogênese. - LIPÍDEOS: promovem lipólise, reduzem a concentração de colesterol e tg no plasma. - PROTEÍNAS: promovem tanto proteólise, quanto síntese proteica. 4. CRESCIMENTO ÓSSEO; - Estimulam a secreção de GH, e agem sinergicamente com ele e as somatomedinas. - Promovem a proliferação de osteoblastos (produção de matriz óssea). Logo, tanto o hiper quanto o hipotireoidismo tem como consequência a baixa estatura. O hiper promove maior reabsorção óssea e o hipo impede a remodelação óssea. 5. SISTEMA CARDIOVASCULAR; - Aumento do fluxo sanguíneo, do débito cardíaco e da frequência cardíaca e PA. - Hormônios induzem a síntese de receptores β-adrenérgicos no miocárdio, causando taquicardia e aumento da força de contração. 6. AUMENTA SÍNTESE DE OUTRAS MOLÉCULAS; - Aumenta a produção de somatomedinas. - Aumenta a produção de RANKL (fator de diferenciação de osteoclastos). - Aumento de receptores de fator de crescimento de fibroblastos. RISCO DE OSTEOPOROSE! 7. SISTEMA NERVOSO; - Desenvolvimento corporal e do SN. - Mielinização de T3 e T4. - Montagem dos microtúbulos neuronais. - Aumenta o estado de alerta, responsividade a estímulos, senso auditivo, fome, memória e aprendizado. - Aumento da velocidade de reflexos nervosos periféricos. 8. EFEITOS NA PELE; - Influência no ciclo de crescimento, degradação e maturação da pele e anexos. - Podem inibir a síntese de glicosaminoglicanos e fibronectina no conjuntivo. 9. EFEITOS SEXUAIS. - Regulação do ciclo ovariano, espermatogênese e manutenção da gestação. - Aumento da libido. HIPERTIREOIDISMO Resultado de uma função excessiva tireoidiana, gerando um estado hipermetabólico. Seus sintomas são aumento das funções de T3 e T4. CAUSAS PRIMÁRIAS (glândula): - Doença de graves; - Tumores na tireoide; - Tireoide viral - pós parto; - Ingestão excessiva de iodo; CAUSAS SECUNDÁRIAS (hipófise e hipotálamo): - Tumores hipofisários secretores de TSH. DOENÇA DE GRAVES: marcada pela exoftalmia (proptose), e pode-se ter oftalmopatias 20 anos antes ou mais antes do hipertireoidismo CRISE TIREOTÓXICA: caso descompensado e agudo de hipertireoidismo, com riscos de até 30% de óbito. Ocorre em pacientes com Doença de Graves ou Bócio Multinodular Tóxico. HIPOTIREOIDISMO Disfunção tireoidiana que caracteriza-se por menor síntese de T3 e T4, e seus sintomas são atenuamento das funções desses hormônios. CAUSAS PRIMÁRIAS: - Tireoidite de Hashimoto; - Cirurgias, radioterapia ou irradiação na tireoide; - Deficiência de iodo; - Defeito congênito na biossíntese; - Drogas, como o lítio, iodetos,etc; - Anomalias, como disgenesia; - Tireoidite pós parto. HASHIMOTO: destruição auto-imune da glândula tireoide, causando falências nela. CAUSAS SECUNDÁRIAS: - Lesões tumorais no hipotálamo ou hipófise; - Danos cerebrais, como traumatismos, hemorragias, aneurismas e AVE; - Necrose hipofisária pós-parto (Síndrome de Sheehan); - Mutações genéticas. A DEFICIÊNCIA DE IODO NA DIETA PODE LEVAR À: BÓCIO E CRETINISMO. O excesso do estímulo do TSH na tireóide causa hipertrofia das células foliculares , mas é importante salientar que o hipertireoidismo pode causar bócio também, mas somente com a Doença de Graves. CRETINISMO: deficiência mental causada por hipotireoidismo congênito, durante o desenvolvimento do recém-nascido. Há comprometimento do SNC e esquelético - comum há baixa estatura e surdo-mudez. PARATIREOIDE HORMÔNIO PARATIREÓIDEO O hormônio PTH tem como células-alvo os ossos, rins e intestino. FUNÇÃO: - Aumenta a concentração de Ca+2 plasmática. ESTÍMULO: - Baixas concentrações de Ca+2 plasmática. Além de, nos rins, estimularem a vitamina D3 (calcitriol) a converter-se a sua forma ativa. *Aumenta a absorção intestinal pois estimula os enterócitos a produzirem uma proteína chamada calbindina, que ao ligar-se ao cálcio facilita seu transporte. FORMAÇÃO DO CALCITRIOL É o principal hormônio responsável pela absorção de Ca+2no intestino delgado. 1. A luz solar converte um composto presente na pele em Vitamina D3 inativa. 2. A forma inativa é modificada no fígado. 3. E posteriormente nos rins, onde torna-se sua forma ativa. 4. Essa conversão dos rins é regulada pela ação do PTH. HORMÔNIOS FEMININOS CICLO OVARIANO E UTERINO O ciclo menstrual dura em média 28 dias e tem uma fase ovariana e uterina. FASE OVARIANA: - Na fase folicular tenho o desenvolvimento dos folículos ovarianos, pela ação do FSH. - Na fase lútea tenho a formação do corpo lúteo - resíduo - produzem muita progesterona e pouco estrógeno. - No final do ciclo ovariano vira corpo albicans. O pico de LH causa a ovulação. FASE UTERINA: - Descamação: o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia da menstruação. - Proliferativa: níveis de estrogênio sobem - espessa o endométrio. - Secretora: níveis de progesterona sobem e de estrógeno cai. TRATAMENTO DE ENDOMETRIOSE: o anticoncepcional é somente por progesterona, pois ela atrofia do endométrio - tornando-o secretor - e a mulher não menstrua. TRATAMENTO DE OVÁRIO POLICÍSTICO: o anticoncepcional é combinado de progesterona e estrógeno - para ajudar a regular o ciclo, e ajuda na ovulação. ESTROGÊNIOS Os principais estrógenos são o β-ESTRADIOL e a ESTRONA, além disso temos o ESTRIOL - produto oxidativo dos dois e é oxidado no fígado. PROGESTINAS A principal progestina é a PROGESTERONA e a outra seria a 17-α-HIDROXIPROGESTERONA. SÍNTESE DE ESTROGÊNIOS E PROGESTINAS 1. As células da teca e granulosas do folículo utilizam colesterol do LDL. 2. Endocitam o LDL e transformam por vias metabólicas o colesterol. 3. Colesterol em pregnenolona e isso em progesterona. 4. As células da granulosa passam tudo para teca, que transforma progesterona em andrógenos. 5. Granulosa não tem aromatase, por isso passam de novo para teca que transforma andrógenos em estrógenos, sob estímulo de FSH. Durante a fase folicular do ciclo ovariano, quase todos os andrógenos e grande parte da progesterona são convertidos em estrogênios. Durante a fase lútea do ciclo ovariano, muito mais progesterona é formada do quepode ser convertida, o que responde pela grande secreção de progesterona no sangue nessa fase. TRANSPORTE E EXCREÇÃO DE ESTROGÊNIOS E PROGESTINAS Esses hormônios são transportados por ligações fracas com a albumina e globulinas. O fígado conjuga os estrogênios formando glicuronídeos e sulfatos. Cerca de 1/5 desses produtos é excretado na bile. Grande parte do restante é excretado na urina. A progesterona também é degradada no fígado até outros esteróides. Cerca de 10% é excretada na urina. REGULAÇÃO DA SECREÇÃO 1. CONTROLE HIPOTALÂMICO: GnRH - Secretado de forma pulsátil; - Estimula a produção de FSH e LH. 2. CONTROLE HIPOFISÁRIO: FSH E LH. - O FSH promove o desenvolvimento folicular e a produção de estrógenos; - O LH promove a ovulação, a formação do corpo lúteo e a produção de progesterona e estrogênios. 3. RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA E POSITIVA - Fase folicular: estrogênio provoca retroalimentação negativa sob a adenohipófise. - Meio do ciclo: estrogênio promove retroalimentação positiva sobre a adenohipófise. - Fase lútea: estrogênio e progesterona provocam retroalimentação negativa sobre a adeno-hipófise. ATIVINA e INIBINA são hormônios peptídicos ovarianos que ajudam na retroalimentação (negativa ou positiva). O pico de FSH e queda de LH (onde seria o “dia da ovulação”) é um indicador de que a mulher está entrando na menopausa. ANOVULAÇÃO A ovulação regular também depende do funcionamento normal das glândulas tireóide e adrenal. Pacientes com hipo ou hipertireoidismo, síndrome de Cushing ou resistência ao cortisol podem apresentar essa condição. ANOVULAÇÃO HIPOTALÂMICA: - Distúrbios genéticos e anatômicos. - Estresse: por meio do aumento de CRH e ACTH e diminuição do GnRH. - Dietas: secreção de gonadotrofinas com padrão pré-pubertal (falta de colesterol). - Exercício físico rigoroso: aumento de CRH e inibição de GnRH. MEDICAMENTOS: antagonistas dopamina os e opiáceos. HIPOTIREOIDISMO: deficiência no desenvolvimento e redução de LH. EXCESSO DE ANDRÓGENO: - Síndrome do ovário policístico, tumor ovariano e causas supra-renais (síndrome de Cushing e resistência aos glucocorticóides). EFEITOS HORMONAIS ESTRÓGENOS PROGESTINAS Espessamento do endométrio, características sexuais secundárias Preparam útero para gravidez e mamas para a lactação. Além de funções mais específicas e sistêmicas, como as citadas a seguir: EFEITOS DOS ESTRÓGENOS: 1 CARACTERÍSTICAS SEXUAIS FEM. - Aumento dos órgãos reprodutores e genitália externa. 2 EPITÉLIO UTERINO E TUBAS - Age no endométrio e nos e cílios das tubas. 3 OVÁRIOS 4 MAMAS Proliferação e desenvolvimento das células foliculares. Desenvolvimento dos tecidos estromais mamários. 5 OSSOS - Fechamento das placas epifisárias - nas mulheres, há a fusão precoce das epífises que faz com que essas cercam menos que os homens. - Promove a sobrevivência dos osteoblastos e apoptose de osteoclastos - favorecendo a formação óssea. A osteoporose na mulher é causada pela redução de estrógenos pela diminuição da atividade osteoblástica. 6 FÍGADO 7 HIDROELETR. Aumenta a expressão de receptores de LDL. Retenção de Na e H2O nos túbulos renais. 8 APARELHO CARDIOVASCULAR - Vasodilatação pelo aumento na produção de NO, o que relaxa a musculatura lisa vascular e inibe ativação plaquetária. 9 METABOLISMO - Aumento da atividade metabólica e deposição de lipídeos no tecido subcutâneo. 10 TEGUMENTO - Mantém uma pele saudável e lisa. - Estimula a proliferação e inibe a apoptose dos queratinatinocitos. - Aumenta a síntese de colágeno. 11 SISTEMA NERVOSO CENTRAL - Efeito neuroprotetor: Inibem a morte neuronal em resposta à hipóxia. ↓ EFEITO DAS PROGESTINAS: 1 ÚTERO 2 TUBAS UT. Alterações secretoras do endométrio durante a fase lútea. Alterações na secreção das células das tubas. PUBERDADE O evento primário na puberdade é o início da secreção de GnRH, que vai estimular a secreção de testosterona e estradiol. - O GnRH suprarregula os seus receptores aumentando estímulos para a secreção de FSH e LH. - Nos meninos a puberdade está associada com a ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário, proliferação das células de Leydig e secreção de testosterona; - Nas meninas a puberdade está associada com a ativação do eixo hipotalâmico- hipofisário, que leva à produção de estradiol nos ovários. O aparecimento de pelos pubianos e axilares precede a menarca, e depende da secreção aumentada de andrógenos adrenais (adrenarca). HORMÔNIOS PLACENTÁRIOS A placenta humana produz os hormônios: 1. Gonadotrofina coriônica humana (hCG): - Possui papel fundamental no início da gestação, pois mantêm o corpo lúteo e manutenção para níveis elevados de progesterona. - O aumento rápido dele é responsável pelo enjoo matinal do início da gravidez. Ele é formado por uma subunidade α e outra β. A α é parecida com outros hormônios, e a β é bem diferente, por isso no teste de gravidez procuro o β-hCG. - Níveis elevados de hCG em geral indica gravidez, e podem averiguar gravidez ectópica (se aumento pouco ou estabiliza) ou aborto espontêneo (diminuição contínua). 2. Progesterona - Necessária para manutenção do miométrio no útero e induz o crescimento e diferenciação das mamas. - A troca entre a progesterona derivada do corpo lúteo e a progesterona derivada da placenta (troca luteoplacentar) está completa em torno das 8 semanas de gestação. 3. Estrógeno - Aumentam o fluxo sanguíneo útero-placentar, aumentam a expressão de receptores para LDL nos sinciciotrofoblastos, para mandar para o feto, e induzem vários componentes envolvidos no parto, como as prostaglandinas e receptores de ocitocina. - Contribui para a diabetes gestacional, pois reduzem a sensibilidade à insulina. 4. Lactogênio Placentário Humano (hPL) ou Somatomamotropina Coriônica Humana (hSC). - Sua ação antagônica à insulina é a base principal para a diabetogenicidade da gestação, para que a criança cresça, aumentando a disponibilidade de glicose para o feto. - Sua quantidade varia com o tamanho placentário, mas no final da gestação posso produzir até 1g em 24h. HORMÔNIOS DO PARTO ESTROGÊNIOS PROGESTERONA Tendência de aumentar o grau de contratilidade uterina. Inibe as contrações durante a gravidez. OCITOCINA Promove as contrações uterinas. - ↑ dos receptores no final da gravidez. - A taxa de secreção de ocitocina é maior no momento do parto. - Prostaglandinas liberadas pelas membranas fetais no trabalho de parto aumentam as contrações uterinas. HORMÔNIOS MASCULINOS INTRODUÇÃO TESTOSTERONA PRODUÇÃO HORMONAL CÉLULAS DE LEYDIG TESTOSTERONA - Por meio da influência do LH. A testosterona é secretada em 1:30 horas de forma pulsátil - que liga-se à albumina plasmática ou a globulina, que circula nos tecidos por 30 minutos. Nos tecidos: a maior parte da testosterona é convertida em diidrotestosterona pela 5 alfa-redutase na pele da genitália, os folículos pilosos e no fígado. Uma pequena quantidade de estrógenos são produzidos a partir da testosterona pela ação da aromatase. EFEITOS: 1 CARACT. SEXUAIS PRIMÁRIAS - Órgão sexuais internos e externos além da genitália externa. - Diferenciação sexual durante o desenvolvimento embrionário e pelo desenvolvimento da genitália durante a puberdade. 2 CARACT. SEXUAIS SECUNDÁRIAS - Determinação da forma corporal, distribuição dos pelos do corpo, crescimento da barba, desenvolvimento da massa muscular, engrossamento das cordas vocais e libido. 3 CALVÍCIE - Diminuição do crescimento de cabelos (e predisposição genética). 4 PELE E ACNE - Aumento da espessura da pele em todo corpo além do aumento de secreção de glândulas sebáceas. 5 SÍNTESE PROTEICA - Os estrógenos são hormônios anabólicos - síntese proteica (aumento de massa muscular). 6 CRESCIMENTO ÓSSEO E RETENÇÃO DE CÁLCIO 7 AUMENTO DO METABOLISMO BASAL 8 AUMENTO DE ERITRÓCITOS 9 EQUILIBRIO HIDROELETROLITICO - Aumento da reabsorção de sódio. DIFERENCIAÇÃO SEXUAL FENÓTIPO MASCULINO: - Os testiculos dos indivíduos com sexo go adição masculino secretam os hormôniosantimulleriano e testosterona. - O hormônio antimulleriano provoca atrofia dos ductos de Müller (que formariam o trato genital feminino). - A testosterona estimula o crescimento e a diferenciação dos ductos de Wolff, que formarão o trato genital masculino. FENÓTIPO FEMININO: - Os ovários dos indivíduos secretam estrogênio. - Na ausência de testosterona, os ductos de Wolff não se diferenciam. - Na ausência do hormônio anti mulleriano, os ductos de Müller não são suprimidos e se desenvolve o trato genital interno.