Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

GINEAD
AUDITORIA CONTÁBIL 
Unidade 2 - Normas Técnicas e 
Profissionais da Auditoria
 
SST
Moreno, Fernanda Gualda; Pereira, Beatriz da Silva 
Unidade 2 - Normas Técnicas e Profissionais da Audito-
ria / Fernanda Gualda Moreno; 
Beatriz da Silva Pereira 
Ano: 2020
nº de p.: 20
Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.
Unidade 2 - Normas Técnicas e 
Profissionais da Auditoria
3
Objetivo específico 
• Conhecer as normas técnicas de auditoria referentes à execução do trabalho 
e à pessoa do auditor.
Apresentando a Unidade
Esta unidade será o primeiro passo para que você conheça as normas técnicas e 
profissionais que regem a auditoria. Serão conceituadas as normas de auditoria 
interna e externa e de asseguração, sua importância e aplicação, tanto na 
elaboração e execução dos trabalhos de auditoria quanto no estabelecimento de 
parâmetros para o exercício da função do auditor.
Além disso, também serão explanados os principais órgãos relacionados à 
fiscalização e os pontos considerados essenciais na elaboração de uma auditoria, 
como: planejamento, relevância, riscos, amostragem, transações com partes 
relacionadas, transações e eventos subsequentes, carta de responsabilidade da 
administração, contingências etc. Vamos começar?
Importância e aplicação das normas 
de auditoria
O primeiro passo para o estudo das normas técnicas e profissionais da auditoria é o 
conhecimento de alguns conceitos importantes. Então, vamos lá?
De acordo com Crepaldi (2009, p. 23), a auditoria pode ser conceituada como “[...] 
o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, 
operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade”.
A auditoria pode ser interna ou externa. A principal diferença entre os dois métodos 
é que a auditoria externa é realizada por membros que não são colaboradores da 
empresa (SANTOS; GOMES, 2006).
4
A atividade de auditoria no Brasil é regulamentada por diversas normas, tanto para 
os profissionais quanto para a técnica, as quais iremos elucidar detalhadamente 
no decorrer deste estudo. Existem diversos órgãos que estão relacionados com a 
fiscalização, regulamentação e controle da auditoria, seguem alguns deles:
• CRC – Conselho Regional de Contabilidade: é a entidade de classe dos con-
tadores e tem como principal finalidade o registro e fiscalização do exercício 
da profissão contábil.
• CFC – Conselho Federal de Contabilidade: é o responsável pela elaboração 
das Normas Brasileiras de Contabilidade.
• CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis: tem como objetivo a emissão 
de Pronunciamentos Técnicos, para permitir a emissão de normas pela en-
tidade reguladora brasileira, considerando a convergência da Contabilidade 
Brasileira aos padrões internacionais.
• CVM – Comissão de Valores Mobiliários: é uma entidade autárquica, vincula-
da ao Ministério da Fazenda, que funciona como órgão fiscalizador do mer-
cado de capitais no Brasil.
• IFAC – (International Federation of Accountants/Federação Internacional de 
Contadores): organização mundial que representa a profissão contábil.
• IASB – (International Accounting Standards Board/Normas Internacionais de 
Contabilidade): responsável pela revisão e publicação das IFRS (International 
Financial Reporting Standard/Norma Internacional de Relatórios Financei-
ros), que são pronunciamentos com normas internacionais de contabilidade; 
o Brasil é representado pelo CFC e IBRACON.
• FASB – (Financial Accounting Standards Board): é uma entidade privada, cujo 
objetivo principal é desenvolver os princípios contábeis geralmente aceitos 
(GAAP) nos Estados Unidos da América. O FASB é responsável pela publica-
ção dos FAS (Statements of Financial Accounting Standars/Normas de Con-
tabilidade Financeira).
• IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil: tem por objeti-
vo, entre outros, elaborar normas e procedimentos relacionados com audito-
ria e perícias contábeis.
• AUDIBRA – Instituto dos Auditores Internos do Brasil: é uma pessoa jurídica 
de direito privado, sem fins lucrativos, que tem por objetivo principal a pro-
moção do desenvolvimento da auditoria interna, mediante a troca de ideias, 
reuniões, conferências, intercâmbio com outras instituições, congressos, pu-
blicações de livros e revistas e divulgação da importância da auditoria inter-
na junto a terceiros.
5
As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se como: profissionais – 
que estabelecem a conduta para o exercício da profissão – e técnicas – que 
estabelecem os conceitos doutrinários, a estrutura técnica e os procedimentos a 
serem aplicados.
Figura 2.1: As normas estabelecem conceitos, estrutura e procedimentos
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
A auditoria é um dos instrumentos de controle mais importantes para os 
administradores das empresas, pois, por meio da análise e da certificação da 
auditoria nos controles internos e nas demonstrações contábeis, é possível 
identificar se os processos internos e políticas definidas pela empresa estão 
sendo seguidos, principalmente em consonância com as Normas Brasileiras 
de Contabilidade. As normas profissionais – NBC TA – conduzem o auditor 
na realização de suas tarefas de forma imparcial, zelosa, cética, responsável e 
criteriosa.
As NBC TA conduzem o auditor, de forma técnica, no trabalho do material utilizado. 
As normas técnicas de auditoria são convergentes com as normas internacionais. 
Elas vão sendo aperfeiçoadas e, periodicamente, consolidadas no decorrer dos 
anos, com os pronunciamentos, afastando lacunas ou interpretações dúbias 
relativas ao trabalho do auditor.
As Normas de Auditoria são imprescindíveis para a profissão, para adequar e 
padronizar a correta verificação dos saldos financeiros e contábeis, analisar os 
controles e verificar a fragilidade. Elas definem quais procedimentos devem ser 
adotados na auditoria, os critérios de materialidade e os riscos envolvidos. Seu 
6
objetivo também é a regulação da profissão, garantindo a qualificação técnica dos 
auditores por meio da educação continuada.
No Brasil, a legislação é presente em todas as áreas de atividade profissional e não 
seria diferente para a auditoria, cujo objeto é o conjunto de controle do patrimônio 
administrativo, os quais compreendem papéis, fichas, arquivos e as demonstrações 
financeiras e contábeis. Assim, as normas de auditoria são:
• normas relativas à execução do trabalho;
• normas relativas ao relatório;
• normas relativas à pessoa do auditor.
Vamos conhecer cada tipo de norma nos próximos tópicos.
Normas relativas à execução do 
trabalho de auditoria
A NBC TA 300 refere-se ao planejamento da realização dos trabalhos de auditoria, 
já que esse é o primeiro passo de uma auditoria. Ela norteia o auditor no 
desenvolvimento dos trabalhos e define o escopo e limitação da auditoria. 
Um planejamento eficaz é o caminho para o bom desenvolvimento e resultado da 
auditoria. Quando o auditor faz um bom planejamento, ele pode explorar mais as 
áreas importantes, fazer um trabalho organizado, otimizar o tempo, resultando na 
seleção dos membros da equipe com capacidade e competência adequadas para 
mensurar o nível de riscos e alocação apropriada nas tarefas. 
É importante salientar que o planejamento da auditoria não deve ser visto como 
uma etapa isolada, mas como um processo contínuo. De acordo com a NBC 300, o 
planejamento contribui para: 
• Auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes 
da auditoria;
• Auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas 
potenciais;
• Auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria 
para que seja realizado de forma eficaz e eficiente;
7
• Auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis 
apropriados de capacidade e competência para responderem aos 
riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas;
• Facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho 
e a revisão doseu trabalho;
• Auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado 
por outros auditores e especialistas (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE).
Figura 2.2: O planejamento é o primeiro passo de uma auditoria
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
O planejamento deve buscar atender a alguns requisitos, tais como:
• Envolvimento de membros-chave da equipe de trabalho – na definição de 
como será realizado o trabalho de auditoria é importante que todos os mem-
bros da equipe de trabalho discutam e participem da elaboração do planeja-
mento que será posto em ação.
• Atividades preliminares do trabalho de auditoria – no início do trabalho de 
auditoria o auditor deve realizar as seguintes atividades:
a. Supervisão e controle de qualidade: os controles internos de qualidade re-
lacionam-se à garantia da qualidade dos serviços. Para a sua estruturação, 
deve-se levar em consideração o porte, a cultura, a organização e a com-
plexidade dos serviços que serão realizados. Todas as atividades do audi-
tor deverão seguir o controle interno de qualidade (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, NBC TA 220). 
8
b. Avaliação da conformidade com os requisitos éticos – no decorrer de todo o 
trabalho desenvolvido, a equipe de trabalho deve seguir as exigências éticas 
relevantes. De acordo com a NBC 200, o ceticismo envolve estar alerta a:
• Evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas;
• Informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos 
documentos e respostas a indagações a serem usadas como 
evidências de auditoria;
• Condições que possam indicar possível fraude; e
• Circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de 
auditoria além dos exigidos pelas NBCs TA (CONSELHO FEDERAL 
DE CONTABILIDADE).
Se tais elementos forem cumpridos, os auditores conseguirão diminuir os 
riscos relacionados à desconsideração de situações que não sejam comuns, 
generalização excessiva e uso inadequado de princípios ao estabelecer a natureza, 
a época e a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os seus 
resultados (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, NBC TA 200).
c. Estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho: O auditor deve 
estabelecer como adequado os termos do trabalho. Tais termos devem ser 
formalizados na carta de contratação da auditoria ou em um documento es-
crito que seja adequado. Ele deve abranger (NBC 300): 
• O objetivo e o alcance da auditoria das demonstrações contábeis;
• As responsabilidades do auditor;
• As responsabilidades da administração;
• A identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável para a 
elaboração das demonstrações contábeis;
• Referência à forma e ao conteúdo esperados de quaisquer relatórios 
a serem emitidos pelo auditor; e
• Declaração de que existem circunstâncias em que o relatório pode 
ter forma e conteúdo diferente do esperado.
• Aplicação dos procedimentos de auditoria – os procedimentos de auditoria 
devem ser aplicados por causa da complexidade e do volume de operações 
da empresa. É papel do auditor, com base na análise de riscos de auditoria e 
9
outros elementos que ele tenha, estabelecer uma estratégia global, e a partir 
dela ele deve:
a. Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;
b. Definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da 
auditoria e a natureza das comunicações requeridas;
c. Considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são signifi-
cativos para orientar os esforços da equipe do trabalho;
d. Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de audi-
toria e, quando aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros 
trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade; e 
e. Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para 
realizar o trabalho (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE).
• Documentação da auditoria – este item corresponde à documentação obri-
gatória exigida na realização dos trabalhos de auditoria das demonstrações 
contábeis. Os papéis de trabalho fazem parte dele (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, NBC TA 300).
• Risco de auditoria – o risco de auditoria corresponde à possibilidade de o 
auditor emitir uma opinião inadequada em relação às demonstrações con-
tábeis que estejam erradas. A análise dos riscos também ocorre na fase de 
planejamento (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, NBC TA 300).
É importante destacar que cabe ao auditor sempre observar todas as regras de 
auditoria vigentes, e no caso de outras auditorias já terem sido realizadas na 
empresa por outro auditor é de extrema importância que o auditor entre em contato 
com o profissional responsável.
Na auditoria interna, também são considerados alguns pontos destacados na 
execução da auditoria externa, como planejamento e riscos. De acordo com a NBC 
T 12, devem fazer parte do processo de auditoria interna os exames e investigações, 
testes de observância e testes substantivos, que possibilitem ao auditor obter as 
informações necessárias para dar base às conclusões e recomendações emitidas à 
administração da empresa. 
No Quadro 2.1, podemos ver, de forma sintética, todas as normas e suas respectivas 
resoluções, referentes à execução dos trabalhos de auditoria:
10
Quadro 2.1: Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas referentes à execução dos trabalhos de 
auditoria
Norma Resolução 
CFC Descrição
NBC TA DOU 25/11/15 Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração 
NBC TA 210 DOU 05/09/16 Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria 
NBC TA 220 DOU 05/09/16 Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações 
Contábeis 
NBC TA 230 DOU 05/09/16 Documentação de Auditoria 
NBC TA 240 DOU 05/09/16 Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude 
NBC TA 250 1.208/09 Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria de 
Demonstrações Contábeis 
NBC TA 260 DOU 04/07/16 Comunicação com os Responsáveis pela Governança 
NBC TA 265 1.210/09 Comunicação de Deficiências de Controle Interno 
NBC TA 300 DOU 05/09/16 Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis 
NBC TA 315 DOU 05/09/16 Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante 
por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente 
NBC TA 320 DOU 05/09/16 Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria 
NBC TA 330 DOU 05/09/16 Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados 
NBC TA 402 1.215/09 Considerações de Auditoria para a Entidade que utiliza a 
Organização Prestadora de Serviços 
NBC TA 450 DOU 05/09/16 Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria 
NBC TA 500 DOU 05/09/16 Evidência de Auditoria 
NBC TA 501 1.218/09 Evidência de Auditoria - Considerações Específicas para 
itens Selecionados 
NBC TA 505 1.219/09 Confirmações externas 
NBC TA 510 DOU 05/09/16 Trabalhos iniciais - saldos iniciais 
NBC TA 520 1.221/09 Procedimentos analíticos 
NBC TA 530 1.222/09 Amostragem em Auditoria 
NBC TA 540 DOU 05/09/16 Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo, 
e Divulgações Relacionadas 
NBC TA 550 1.224/09 Partes relacionadas 
11
NBC TA 560 DOU 05/09/16 Eventos subsequentes 
NBC TA 570 DOU 04/07/16 Continuidade operacional 
NBC TA 580 DOU 05/09/16 Representações formais 
NBC TA 600 DOU 05/09/16 
Considerações Especiais - Auditorias de Demonstrações 
Contábeis de Grupos, incluindo o Trabalho dos Auditores dos 
Componentes 
NBC TA 610 DOU 29/01/14 Utilização do Trabalho de Auditoria Interna 
NBC TA 620 1.230/09 Utilização do Trabalho de Especialistas 
NBC TA 710 DOU 05/09/16 Informações Comparativas - Valores Correspondentes e 
Demonstrações Contábeis
NBC TA 800 DOU 22/02/17 
Considerações Especiais - Auditorias de Demonstrações 
Contábeis Elaboradas de acordo com Estruturas de 
Contabilidade para Propósitos Especiais 
NBC TA 805 DOU 22/02/17 
Considerações Especiais - Auditoria de Quadros Isolados 
das Demonstrações Contábeis e de Elementos, Contas ou 
Itens Específicos das Demonstrações Contábeis 
NBC TR 
2400 DOU 30/10/13Trabalhos de Revisão de Demonstrações Contábeis 
NBC TR 
2410 1.274/10 Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo 
Auditor da Entidade 
NBC TO 
3000 DOU 25/11/15 Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão 
NBC TI 01 NBC T 12 Da auditoria interna
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
No próximo tópico, falaremos sobre as normas relativas ao parecer de auditoria. 
Vamos lá?
Normas relativas ao parecer/relatório 
de auditoria
O parecer/relatório de auditoria é a peça mais importante, pois nele o auditor 
informa o resultado de seu trabalho. Nessa fase, o auditor deve revisar os papéis de 
trabalho, assegurando que todas as etapas da auditoria foram cumpridas, e concluir 
12
se os objetivos da auditoria foram alcançados e se as evidências foram suficientes 
para fundamentar sua conclusão.
No Quadro 2.2, apresentaremos as principais normas e as respectivas resoluções 
referentes ao parecer/relatório de auditoria:
Quadro 2.2: Normas Brasileiras de Contabilidade referentes ao parecer/relatório
NBC Resolução 
CFC Descrição
NBC TA 700 - 
Formação da 
Opinião e Emissão 
do Relatório 
do Auditor 
Independente 
sobre as 
Demonstrações 
Contábeis
DOU 04/07/16 
Esta norma refere-se à obrigação do auditor de formar 
uma opinião sobre as demonstrações contábeis 
analisadas, além de determinar a forma e o conteúdo 
do relatório referente à auditoria realizada. De acordo 
com o item 6 da respectiva norma, os objetivos a 
serem atingidos pelo auditor ao elaborar o relatório/
parecer são:
a) formar uma opinião sobre as demonstrações 
contábeis com base na avaliação das conclusões 
alcançadas pela evidência de auditoria obtida; 
b) expressar claramente essa opinião por meio de 
relatório por escrito.
NBC TA 701 - 
Comunicação 
dos Principais 
Assuntos 
de Auditoria 
no Relatório 
do Auditor 
Independente.
DOU 04/07/16 
Esta norma refere-se à responsabilidade do auditor de 
informar os assuntos mais relevantes no relatório. Ela 
também trata do que é levado em consideração para 
determinar qual conteúdo precisa ser informado no 
relatório, além da forma como essa informação será 
apresentada.
NBC TA 705 - 
Modificações na 
Opinião do Auditor 
Independente
DOU 04/07/16 
Esta norma refere-se à responsabilidade do auditor de 
emitir um relatório específico quando as informações 
se encontram incompletas e possuem imprecisões. De 
acordo com o item 2 da respectiva norma, existem três 
tipos de opiniões modificadas: opinião com ressalva, 
opinião adversa e abstenção de opinião. 
A decisão sobre que tipo de opinião modificada é 
apropriada depende:
a) da natureza do assunto, caso as demonstrações 
contábeis apresentem distorção relevante ou, no 
caso de faltar evidências de auditoria apropriada e 
suficiente; 
b) da avaliação do auditor sobre a divulgação de 
forma geral sobre os efeitos ou possíveis efeitos das 
informações presentes nas demonstrações contábeis.
13
NBC TA 706 
- Parágrafos 
de Ênfase e 
Parágrafos de 
Outros Assuntos 
no Relatório 
do Auditor 
Independente
DOU 04/07/16 
Esta norma é referente a informações adicionais que 
constem no relatório do auditor. A finalidade desses 
dados é: 
a) chamar a atenção para um assunto quando a 
informação à que ele se refere é importante para o 
entendimento das demonstrações contábeis, ou
b) chamar a atenção sobre um assunto que, caso não 
seja apresentado nas demonstrações contábeis, fará 
com que os usuários não entendam a auditoria, as 
responsabilidades do auditor ou o seu relatório.
NBC TA 810 
Trabalhos para 
a Emissão de 
Relatório sobre 
Demonstrações 
Contábeis 
Condensadas
DOU 22/02/17 
Esta norma refere-se à responsabilidade do auditor 
de elaborar o relatório/parecer das demonstrações 
contábeis de acordo com informações que sejam 
compactas e que tenham sido auditadas em 
consonância com as normas de auditoria vigentes 
pelo mesmo auditor.
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
No próximo tópico, iremos conhecer as normas relativas ao auditor. Vamos adiante? 
Normas relativas ao auditor
No decorrer desta unidade, vimos que as normas fornecem as diretrizes e regras 
para as atividades de auditoria. Mas sua aplicação não se limita aos documentos 
emitidos, o auditor contábil responsável pela emissão dos relatórios também tem a 
sua função regida pelas normas.
O auditor contábil é um profissional com registro ativo no Conselho Regional de 
Contabilidade (CRC) e com conhecimentos sobre a área contábil, financeira e 
patrimonial. Ele pode ser um auditor interno ou externo. Sua principal função é 
identificar falhas nos sistemas de controle, contribuindo, assim, para a tomada de 
decisão com base em dados fidedignos (MELO; SANTOS, 2017). 
14
Na auditoria externa:
• não existe vínculo empregatício com a empresa auditada;
• os exames das operações são feitos principalmente 
para atender a sócios, acionistas, investidores, e demais 
interessados.
Na auditoria interna
• existe vínculo empregatício com a empresa auditada;
• os exames das operações são feitos, principalmente, visando 
aos aspectos de eficiência operacional/administrativa.
Atenção
Caso a auditoria seja feita em uma empresa de capital aberto, é preciso que o 
contador também tenha registro profissional na Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM).
De acordo com a NBC PG 100, alguns princípios devem nortear 
a conduta do profissional de contabilidade. São eles: princípios 
éticos, integridade, objetividade, competência e zelo profissionais, 
sigilo profissional e comportamento profissional. Para saber mais 
a esse respeito, acesse o link: .
Saiba mais
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCPG100.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCPG100.pdf
15
A Resolução CFC 803/96, em seu art. 5º, posteriormente atualizada pela Resolução 
3.107/10, estabelece alguns princípios éticos que o contador deve seguir como 
auditor:
I – recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em 
face da especialização requerida;
II – abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que 
constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência moral e 
técnica na elaboração do respectivo laudo;
III – abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção 
pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da 
justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito 
técnico e limitado aos quesitos propostos;
IV – considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo 
submetido a sua apreciação;
V – mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições 
de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado 
o disposto no inciso II do Art. 2º;
VI – abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente 
informado e munido de documentos;
VII – assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne 
à aplicação dos Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de 
Contabilidade editadas pelo CFC; 
VIII – considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre 
peças contábeis observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras 
de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; 
IX – atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade 
e Conselho Federal de Contabilidade no sentido de colocar à disposição 
desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros 
documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho; 
e
X - cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada 
estabelecidos pelo CFC. (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE)
16
Além de prezar pelos princípios éticos, no caso do auditor independente (externo), 
é preciso seguir as Normas Brasileiras de Auditoria, emitidas em conjunto pelos 
seguintes órgãos: Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Instituto de Auditores 
Independentes do Brasil (Ibracon), Banco Central do Brasil (Bacen), Comissão de 
Valores Mobiliários(CVM) e Superintendência de Recursos Privados (Susep).
De acordo com o art. 3º da instrução da CVM 308/99, o auditor independente 
precisa ter registro no CFC, na categoria contador. Ele deve ter exercido atividade 
de auditoria no país por, pelo menos, cinco anos (consecutivos ou não), período 
contado desde o seu registro no órgão. 
O art. 7º da instrução da CVM 308/99 estabelece como poderá 
ser comprovado o exercício da atividade de auditoria. Saiba 
mais detalhes sobre isso acessando o link: .
Saiba mais
O auditor externo deve ainda ter um escritório profissional legalizado, em seu 
nome, com instalações compatíveis com o exercício da atividade de auditoria 
independente, prezando pelo sigilo de documentos e informações dos clientes, além 
de, evidentemente, ter conhecimentos permanentemente atualizados sobre a área 
de atuação. 
Existem outras diretrizes e regras que o contador que exerce a função de auditor 
precisa seguir. No Quadro 2.3, podemos ver as principais normas e suas respectivas 
resoluções:
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/300/inst308consolid.pdf
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/300/inst308consolid.pdf
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/300/inst308consolid.pdf
17
Quadro 2.3: Normas Brasileiras de Contabilidade do Profissional de Auditoria – NBC PA
NBC Resolução 
CFC Descrição
NBC PI 01 821/97
Esta norma determina as competências técnico-
profissional do auditor interno. Ela ainda trata de sua 
autonomia profissional, sobre a responsabilidade na 
execução dos trabalhos, além da manutenção do sigilo 
profissional e cooperação com o auditor independente. 
NBC PA 13 
– Exame de 
Qualificação 
Técnica
1.109/07
Tem por objetivo examinar o nível de conhecimento 
e competência técnico-profissional dos auditores 
independentes. O exame de qualificação técnica é 
composto de prova escrita, contemplando questões para 
respostas objetivas e dissertativas. Os conhecimentos 
exigidos são: 
a) Ética Profissional; 
b) Legislação Profissional; 
c) princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas 
Brasileiras de Contabilidade, editados pelo Conselho 
Federal de Contabilidade; 
d) Auditoria Contábil; 
e) Legislação Societária; 
f) Legislação e Normas de Organismos Reguladores do 
Mercado; e, 
g) Língua Portuguesa Aplicada.
O profissional obterá a aprovação mediante acerto de no 
mínimo 50% das questões objetivas e 50% das questões 
dissertativas elencadas nas provas, ocorrendo a aprovação 
no Exame de Qualificação Técnica para registro no 
Cadastro nacional de Auditores Independentes (CNAI). 
O resultado será publicado no Diário Oficial da União e a 
certidão de aprovação será divulgada no site do CFC. A 
avaliação será aplicada pelo menos uma vez em cada ano.
NBC PA 01 
– Controle 
de Qualidade 
para Firmas
1.201/09
Esta norma destaca o controle de qualidade para auditores 
(pessoas jurídicas e físicas) que executam o trabalho 
de auditoria. O principal objetivo, manter o controle de 
qualidade para obter segurança razoável, a fim de que 
todos os profissionais envolvidos cumpram as normas 
técnicas e as exigências éticas relevantes na emissão dos 
relatórios.
Ainda de acordo com a norma, o profissional deve ter 
independência, ou seja, permite a apresentação da 
conclusão sem os efeitos da influência que possam 
comprometer o julgamento. Além disso, é um sistema de 
controle de qualidade que inclua políticas e procedimentos 
que tratam dos seguintes elementos:
(a) responsabilidades da liderança pela qualidade;
(b) exigências éticas significativas;
(c) aceitação e continuidade do relacionamento com 
clientes e de trabalhos específicos;
(d) recursos humanos;
(e) execução do trabalho; e,
(f) monitoramento.
18
NBC PA 11 
– Revisão 
Externa de 
Qualidade 
pelos Pares
1.323/11
Esta norma aplica-se, exclusivamente, ao auditor com 
registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ela foi 
criada objetivando assegurar a qualidade dos trabalhos 
desenvolvidos pelos auditores.
Essa norma consiste no exame realizado por um auditor 
independente nos trabalhos de auditoria executados 
por outro auditor independente, visando verificar se os 
procedimentos e as técnicas de auditoria utilizados para 
execução dos trabalhos nas empresas clientes estão em 
conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade 
Técnicas e Profissionais, e quando aplicável, com outras 
normas emitidas por órgão regulador.
Ela também analisa se o sistema de controle de qualidade 
desenvolvido e adotado pelo Auditor está adequado ao 
que é previsto na NBC PA 01 – Controle de Qualidade 
para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores 
Independentes.
A Revisão pelos Pares deve ocorrer, no mínimo, uma vez a 
cada ciclo de quatro anos.
NBC PA 12 
– Educação 
Profissional 
Continuada
1.377/11
Esta norma tem o objetivo de regulamentar o Programa 
de Educação Continuada exercida pelos contadores na 
atividade de auditoria independente. Essa norma determina 
que o auditor deverá cumprir no mínimo 40 pontos por ano-
calendário, sendo, no mínimo oito pontos com atividades de 
conhecimento, e comprovar, mediante relatório de atividade 
e documentos relativos à atividade de educação no órgão 
de classe - CRC de sua jurisdição -, até o dia 31 de janeiro 
do ano subsequente.
Cabe lembrar que, o descumprimento das disposições da 
norma constitui infração do profissional, podendo acarretar 
a baixa do registro no CNAI – Cadastro Nacional de 
Auditores Independentes.
NBC PA 290 – 
Independência 
Trabalho de 
Auditoria e 
Revisão
DOU 28/05/14
Esta norma trata-se da independência dos auditores em 
relação aos clientes para os trabalhos de auditoria. Os 
conceitos sobre a independência devem ser aplicados 
por Auditores para identificar ameaças à independência 
e avaliar a importância dessas ameaças. Além de aplicar 
salvaguardas, quando necessário, para eliminar as 
ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.
Quando as salvaguardas apropriadas não estão disponíveis 
ou não podem ser aplicadas para eliminar as ameaças 
ou reduzi-las a um nível aceitável, o auditor deve eliminar 
a circunstância ou relacionamento que cria as ameaças, 
declinar ou descontinuar o trabalho de auditoria. O 
auditor deve usar julgamento profissional ao aplicar estes 
conceitos sobre a independência.
NBC PA 291 – 
Independência 
Outros 
Trabalhos de 
Asseguração
DOU 28/05/14
Assim como a NBC PA 290 essa norma refere-se a 
independência dos auditores, só que diferente da norma 
referida que trata dos trabalhos de auditoria e revisão, essa 
norma refere-se a outros trabalhos de asseguração.
Fonte: Elaborado pelos autores (2018). 
19
Dessa forma, você já deve ter concluído que o contador que exerce a função de 
auditor deve atender a diversas regras, como atualização constante da profissão e, 
acima de tudo, a ética, o ceticismo e a independência.
20
Referências
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. A estrutura das Normas Brasileiras de 
Contabilidade. Disponível em: . Acesso em: 29 dez. 2017.
______. Princípios fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade, auditoria 
e perícia. Disponível em: . Acesso em: 30 dez. 2017. 
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2009.
MELO, M. M. de; SANTOS, I. R. dos. Auditoria contábil: atualizada pelas Normas 
Internacionais de Auditoria emitida pela IFAC com adoção no Brasil. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Maria Augusta Delgado, 2017.
SANTOS, J. L. dos; GOMES, J. M. M. Fundamentos de auditoria contábil. São Paulo: 
Atlas, 2006.

Mais conteúdos dessa disciplina