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1 
Eduardo João Zanotto do Carmo 
R.A. 3250172 – 10ª Semestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÔRMAS E ESCORAMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
Itatiba 
Dezembro 2007 
 2 
Eduardo João Zanotto do Carmo 
R.A. 3250172 – 10ª Semestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÔRMAS E ESCORAMENTOS 
 
Monografia apresentada à 
disciplina Trabalho de Conclusão 
de Curso, do Curso de Engenharia 
Civil da Universidade São 
Francisco, sob orientação do Prof. 
Dr. Adilson Franco Penteado, como 
exigência parcial do curso de 
graduação. 
 
 
Itatiba 
Dezembro 2007 
 
 3 
Carmo, Eduardo João Zanotto do. Fôrmas e Escoramentos. Monografia defendida e 
aprovada no dia 11 de Dezembro de 2007, na Universidade São Francisco pela banca 
examinadora constituída pelos professores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Adilson Franco Penteado 
USF – orientador 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Adão Marques Batista 
USF – examinador 
 
 
 
 
 
 
Prof. Ms. André Penteado 
USF - examinador 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ao Prof. Dr. Adilson Franco Penteado 
 
 
Pelo entusiasmo, atenção e paciência com que conduziu 
os momentos de aprendizado, orientando sem imposição, 
dialogando e alegrando – se com cada conquista. 
 
 5 
AGRADECIMENTOS 
 
 Primeiramente a Deus, que me propicia vida, todos os dias e me orienta em todas as 
minhas escolhas. 
 A minha família, que sempre me apoiou e orientou a cada passo da minha vida e se 
esforçou durante toda ela, pra me dar o melhor. 
 A minha namorada, Priscilla, que entendeu minha ausência quando necessária, para 
me dedicar aos estudos e vibrou com cada conquista minha e a sua mãe Sandra que 
contribui com o auxilio a tradução do português para o inglês quando necessário. 
 Aos professores Adilson Franco Penteado e Adão Marques Batista, pela orientação e 
dedicação na realização deste trabalho. 
 A todos os professores do curso de Engenharia Civil, que durante todos esses anos 
contribuíram para a minha formação profissional e pessoal. 
 Aos meus colegas de classe, que compartilharam conhecimento e experiências que 
contribuíram para a realização desse trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
CARMO, Eduardo João Zanotto do. Fôrmas e Escoramentos. 2007. 44 f. Monografia – 
Curso de Engenharia Civil da Unidade Acadêmica de Área de Ciências Exatas da 
Universidade São Francisco, Itatiba. 
 
 
 
RESUMO 
 
O binômio fôrma / escoramento, cada vez mais vem sendo analisado dentro de um 
cronograma na construção civil. Hoje em dia as fôrmas se apresentam em grande 
variabilidade de materiais, como por exemplo, madeira serrada, madeira revestida, aço, 
papelão, plástico e alumínio. Já o escoramento é dividido em dois tipos de materiais: 
madeira e aço. E mesmo assim, dentro desses dois materiais temos alternativas, como no 
caso do aço, podemos optar por um sistema mais simples e leve, com escoras ou um 
sistema mais complexo e pesado, formado por torres, que apesar de ter uma montagem 
mais complexa, ele proporciona mais estabilidade para que os operários possam trabalhar. 
Para a escolha de um bom sistema, seja de fôrma ou escoramento, devemos analisar 
algumas variáveis e se possível envolver arquitetos, calculistas e encarregados de executar 
o serviço no momento de tomar a melhor decisão, pois todos tem participação direta na 
construção e suas opiniões são determinantes para uma boa escolha. As variáveis mais 
importantes a serem analisadas são: projeto arquitetônico, projeto estrutural, projeto de 
formas, planejamento, produtividade, custos, número de reutilizações, perdas no processo, 
movimentação, disponibilidade no mercado, espaço no canteiro e segurança. O 
levantamento de custos dos materiais mostra que a madeira serrada, comprada em 
madeireiras ainda é o material que apresenta menor custo. Porém, não devemos avaliar 
isso separadamente das outras variáveis citadas acima, além do que temos o custo da mão 
– de – obra, o custo das ferramentas e maquinas para manusear este equipamento, que 
acaba se tornando artesanal e ainda corremos o risco de não obter um produto final de tão 
boa qualidade, como teríamos utilizando um sistema de fôrma ou escoramento 
industrializado. Os profissionais da construção civil nos dias de hoje, sejam eles 
engenheiros, mestres – de – obra, encarregados ou operário, já estão totalmente adaptados 
a esses novos sistemas. Como os prazos de entrega das obras estão cada vez menores e a 
exigência de qualidade está cada vez maior, esse tipo de equipamento industrializado, seja 
fôrma ou escoramento, já é visto pela grande maioria como indispensável e insubstituível na 
construção civil. Além da otimização da madeira na construção civil, devido à preocupação 
com o meio ambiente, devido ao aquecimento global. Nos dias atuais, é de extrema 
importância analisar vários fatores para a escolha dos materiais empregados na construção 
civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras – chave: FÔRMA, ESCORAMENTO, SISTEMA E CUSTO. 
 
 7 
Abstract 
 
These two names pattern and support, more and more are being analyzed inside a schedule 
on building construction. Nowadays the patterns present itself in a big fickleness of materials, 
l for example sawn wood, wood coated, steel, board, plastic and aluminum. The support is 
divided into two types of materials: wood and steel. Even so, inside of this two kinds of 
materials we have alternatives, like in the case of the steel, we can going for a system 
simpler and light, or a system more complex and hard, formed by towers, that, in spite of 
have an assembly more complex, it provides more stability in order that the workers can 
work. For choice a one good system, in pattern or support, we must analyze some variables 
and if possible envelop architects, calculating and people in charge of executing the service 
at the moment of taking the best decision, because all of them have participation on building 
and their opinions are determining for a good choice. The most important variables to be 
analyzed are: architectonic project, structural project, and project of shapes, planning, 
productivity, costs, number of re-use, losses into the process, movement, availability in the 
market, space into the stonecutter and safety. The search in costs of the materials shows 
that the wood sawed, bought in lumber merchant is the material that has minor cost. But we 
mustn’t evaluate it separately from the another variables named above, beyond this we've 
the cost of hand – of – work, the the cost of the tools and machines to work with this 
equipment, and turn out to be handicraft and we have the risk of don’t get a good final 
product as we could have using a system of pattern or industrialized support. The 
professionals of building construction nowadays, as engineers, masters – of – work, people 
in charge or those who work in production, are totaly adapted in these new systems. As 
deadlines of delivers of works are each time minors and the requirement of quality is each 
time bigger, this kind of industrialized equipment, it may be pattern or support, is already 
seen by big majority as indispensable and irreplaceable on building construction, besides of 
optimization of wood on building construction, due on the preoccupation with the 
environment, due the heating global. Nowadays, it has an extreme importance to analyze 
various factors for choice of the materials used on building construction. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Key -words: PATTERN , SUPPORT , SYSTEM AND COST 
 
 8 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 01 
1.1 Objetivos .................................................................................................................... 02 
2 FÔRMAS .......................................................................................................................e foram fornecidos pela 
empresa Mecan Industria e Locação de Equipamentos para Construção. Estes custos estão 
descritos na Tabela 6.03. 
 
Tabela 6.03 – Custo de escoramento metálico 
Projeto Valor da Locação mensal 
Projeto A R$ 2.960,00 
Projeto B R$ 1.755,00 
 
6.1.1 Dimensionamento de escoramento para projeto A 
 Quando optamos pela escolha da madeira para o escoramento, não temos bases 
técnicas do material que iremos usar, portanto, temos que dimensionar o escoramento de 
uma maneira que nos proporcione segurança. 
 O escoramento para o nosso projeto foi dimensionado da seguinte maneira: 
• Pontaletes afastados a cada 70 cm; 
• Barrotes feitos em caibro 15,5 x 5,0 a cada 70 cm; 
• Contra - barrotes de caibro 7,5 x 5,0 a cada 50 cm. 
 No caso das vigas, será feito escoramento com pontaletes de madeira a cada 80 cm. 
 O escoramento fica mais bem detalhado na Figura 6.01. 
 
 42 
 
Figura 6.01 – Protótipo do escoramento de laje maciça 
Fonte: Apresentação interna Mecan 
 
 A quantificação do material para o escoramento das lajes maciças e das vigas, ficou 
como mostra a Tabela 6.04. 
 
Tabela 6.04 – Custo do material utilizado no escoramento do projeto A 
Material Quantidade 
 
Valor Unitário Valor Total 
Pontalete 3 m 612 unidades R$ 4,10 R$ 2.509,20 
Caibro 5,0 x 15,5 cm 269,20 m R$ 6,00/m R$ 1.615,20 
Caibro 5,0 x 7,5 cm 382,80 m R$ 4,11/m R$ 1.573,31 
Total: R$ 5.697,71 
 
6.1.2 Dimensionamento de escoramento para projeto B 
 O escoramento para o projeto com lajes pré – fabricadas é diferente do escoramento 
para lajes maciças, pois não necessita do contra – barrote para apoio do compensado. 
 Portanto, o escoramento foi dimensionado da seguinte maneira: 
Contra-barrote 
15,5x5,5 cm 
Barrote 
5,0x7,5 cm 
Pontalete 
Compensado 
18 mm 
 
 
 43 
O escoramento para o nosso projeto foi dimensionado da seguinte maneira: 
• Pontaletes afastados a cada 80 cm; 
• Barrotes feitos em caibro 15,5 x 5,0 a cada 70 cm, onde serão apoiados os trilhos na 
laje. 
 O escoramento das vigas, segue o mesmo padrão do escoramento de laje maciça, 
pontaletes a cada 80 cm. 
 A Tabela 6.05 mostra a quantidade e o custo da madeira empregada nesse 
escoramento. 
 
Tabela 6.05 – Custo do material utilizado no escoramento do projeto B 
Material Quantidade 
 
Valor Unitário Valor Total 
Pontalete 3 m 375 unidades R$ 4,10 R$ 1.537,50 
Caibro 5,0 x 15,5 cm 179,00 m R$ 6,00/m R$ 1.074,00 
Total: R$ 2.611,50 
 
6.2 Comparativo de custos 
 Após todos os custos serem levantados, podemos fazer uma análise sobre os 
materiais utilizados para escoramento. 
 Na Tabela 6.06, vemos a diferença de custos entre o escoramento metálico e 
escoramento com madeira, feito para o projeto A. 
 
Tabela 6.06 – Comparativo de custos de escoramento para projeto A 
Material utilizado Valor 
Escoramento metálico: locação mensal R$ 2.960,00 
Escoramento de madeira: aquisição R$ 5.697,71 
 
 Os custos levantados para o projeto B, estão representados na Tabela 6.07. 
Tabela 6.07 – Comparativo de custos de escoramento para projeto B 
Material utilizado Valor 
Escoramento metálico: locação mensal R$ 1.755,00 
Escoramento de madeira: aquisição R$ 2.611,50 
 
 44 
 Assim como no caso das fôrmas, cada obra tem suas peculiaridades e suas 
exigências. 
 Nesse caso, devemos analisar o cronograma da obra, se este permitir um prazo longo 
de execução, devemos evidentemente optar pela aquisição de madeira para executar o 
escoramento, pois não seria viável pagar a locação de um equipamento que estaria parado 
na obra. 
 Se a obra tiver no cronograma a execução de níveis de laje diferente a cada semana, 
com grandes repetições e grande chance de reaproveitamento do equipamento, utilizando 
assim um sistema de reescoramento, o ideal é a utilização do equipamento metálico, pois o 
valor da locação mensal chega a ser quase a metade do valor para aquisição de madeira, 
sem contar os custos indiretos, como mão – de – obra empregada para execução do 
escoramento que é muito maior quando tratamos de madeira e os custos de reposição 
durante a obra, que com a madeira sempre acontece e com o equipamento metálico é 
praticamente zero. E com um cronograma bem organizado, é possível que mesmo o 
equipamento sendo utilizado por mais de dois meses, esse custo sejam menores com a 
locação do equipamento metálico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
7. OPINIÃO DE ALGUNS PROFISSIONAIS 
 Durante todo o período de pesquisa trabalho, foram feitas algumas entrevistas com 
alguns profissionais da área da construção civil. 
 Entre eles, engenheiros, mestres - de – obra e carpinteiros. 
 O senhor Joaquim Gomes, mestre – de – obras, relatou o seguinte: 
“A fôrma metálica é a que tem produção mais rápida. Certa vez, trabalhando na construção 
de um complexo industrial em Rio Claro, cheguei a executar uma média de 10 pilares com 
seção 40 x 40 cm e altura de 8 m por dia.” 
 O Engenheiro Alois Silva, que está atuando na construção de 2 edifícios residenciais, 
em Campinas/SP, é categórico ao dizer que nos dias de hoje, com os cronogramas 
apertado que temos, seria impossível executar uma construção do porte da dele, sem a 
utilização de escoramento metálico e sistema de fôrmas prontas. 
 Já o Engenheiro José Luis, que está atuando na construção de uma universidade, 
junto ao senhor Joaquim Gomes, exemplifica o caso deles, que em 4 meses necessitariam 
entregar a estrutura dos 3 blocos que lá estão sendo construídos e que se não fosse a 
agilidade na montagem, facilidade de desforma e o alto índice de reaproveitamento do 
escoramento metálico e da fôrma pronta, seria impossível cumprir o prazo programado. 
 O mestre – de – obras José Luis Roberto, de Piracicaba, que está utilizando 
escoramento metálico para execução da estrutura de um edifício residencial de 4 
pavimentos, relatou que o prazo que ele demora para executar o cimbramento de uma laje, 
com 2 carpinteiros e 2 ajudantes, utilizando equipamento metálico é de 4 dias, se fosse 
utilizado o mesmo número de operários, porém usando madeira para o escoramento, o 
prazo de execução seria de aproximadamente 10 dias, devido as dificuldades de ajustes e 
travamentos. 
 Claudemir dos Santos, mestre – de – obras, falou mais, disse que o mais valido no 
caso da opção por fôrmas prontas e escoramento metálico é o acompanhamento técnico e 
os projetos, pois estes asseguram que a obra não terá nenhum problema ou acidente 
durante a execução da estrutura. 
 A opinião destes profissionais é importante, pois trata – se de pessoas que trabalham 
diretamente ligadas ao planejamento e execução de obras de grande porte. 
 
 
 
 
 
 
 46 
8 CONCLUSÃO 
 Evidentemente, cada obra tem sua peculiaridade, suas exigências, seu cronograma 
definido, seu numero de operários e suas tecnologias empregadas, o que é de grande 
importância quando pretendemos fazer uma analise do binômio fôrma / escoramento. 
 O que é possível concluir, após o termino desse trabalho, é que atualmente, o 
mercado de hoje nos oferece várias opções de equipamentos para execução de uma obra. 
 Muitas vezes, o orçamento estipulado para a obra, não permite a escolha do sistema 
mais prático e que proporcione grande agilidade na construção. O fluxo de caixa de uma 
obra, é determinante para a escolha do equipamento ideal, 
 E muitas outras situações, por falta de planejamento ou conhecimento nos 
equipamentos, o profissional acaba fazendo uma escolha ruim. 
 É possível, através de um estudo detalhado, evitar os erros na escolha dos melhores 
sistemas de fôrmas e escoramento. 
 Apesar de a madeira serrada ter apresentado o menor custo de material, tanto para 
fôrmas quanto para escoramentos, é importante sabermos que quando se trata desse 
assunto, não basta apenas analisarmos o custo do material ou equipamento empregado, 
devemos levar em conta outras variáveis, como:• Prazo de entrega da obra; 
• Mão – de – obra empregada na construção; 
• Disponibilidade de ferramentas e máquinas adequadas para utilização do sistema 
escolhido; 
• Número de reutilizações; 
• Disponibilidade no mercado; 
• Produtividade; 
• Planejamento; 
• Adequação do sistema aos projetos; 
• Segurança. 
 
 O fluxo de caixa de uma obra, é determinante para a escolha do equipamento ideal, 
pois ela determina se é viável a locação de um equipamento ou a compra. Por ele é 
determinado o andamento da obra, se está será mais lenta ou se ela terá alta produtividade, 
o que influencia diretamente na escolha do material utilizado. 
 A produtividade que um equipamento proporciona, pode viabilizar uma obra, baixando 
o custo da mão – de – obra empregada, mesmo esse equipamento tento um custo inicial 
alto, como no caso das fôrmas metálicas e do escoramento metálico. 
 47 
 A partir do momento que tivermos uma mão – de – obra qualificada, que nos 
preocuparmos com treinamento para os operários, conscientização, teremos mais 
produtividade e muitos equipamentos que hoje nos parecem caros, se tornarão de baixo 
custo, fazendo a construção civil evoluir. 
 O importante também é nos preocuparmos, quando adquirimos um equipamento, seja 
ele para fôrma ou para escoramento, que a manutenção destes deve ser dada 
periodicamente, para que sempre que necessitarmos eles estejam em condições idéias para 
uso e não gerem custos de reforma. 
 Nota – se também que a construção civil está passando por uma grande evolução e 
que os profissionais que nela trabalham, sejam eles engenheiros, mestres – de – obra, 
encarregados e até operários, estão se especializando para as novas tecnologias que estão 
chegando e nos dias de hoje, procuram sempre os sistemas mais práticos e de maior 
produtividade para execução das obras, visto que os prazos de entrega estão cada vez mais 
curtos e a exigência de qualidade está cada vez maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
SILVA, Francisco Alberto Ferreira da. Estruturas de Concreto. Fôrmas e Escoramentos. Rio 
de Janeiro: 1998. 
 
PFEIL, Walter do Couto. Cimbramentos. Rio de Janeiro; São Paulo: LTC – Livros Técnicos e 
Científicos, 1987. 
 
OLIVEIRA, Maurício Gomes de. Cimbramento metálico oferece qualidade e agilidade na 
obra. Anuário 2007 ALEC (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens 
Móveis), n. 9. São Paulo, 2007. 
 
Associação Brasileira de Cimento Portland. Fôrmas. Disponível em: 
http://www.dptoce.ufba.br/construcao1_arquivos/F%F4rmas_ABCP.pdf . Acesso: 17 
de set. 2007. 
 
Associação Brasileira de Cimento Portland. Escoramento. Disponível em: 
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/comunidade/filesmng.nsf/Ativos/cimbra
mento.pdf/$File/cimbramento.pdf . Acesso: 17 de set. 2007. 
 
Portal do concreto. Fôrmas para concreto. Disponível em: 
http://www.portaldoconcreto.com.br/index.php?pagina=forma. Acesso: 8 de set. 
2007. 
 
 
MARANHÃO, George Magalhães. Fôrmas para concreto: Subsídios para otimização do 
projeto segundo a NBR 7190/97. 2000. 226 f. Dissertação apresentada à Escola de 
Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. 
 
BATISTA, A. M. e MASCIA, N. T. Escoras metálicas empregadas em cimbramentos para 
edificações em concreto armado. 2006. 10 f. Anais da XXXII Jornadas 
Sulamericanas de Engenharia Estrutural 
 
MORIKAWA, M. S. e DEMARZO, M. A. Materiais alternativos utilizados em fôrmas para 
concreto armado. 6 f. Disponível em: http://www.cefetsp.br/edu/sinergia/7p4c.html. 
Acesso: 15 de set. 2007. 
 
 49 
GUILHERME, Marcos Roberto. Apostila de escoramento (material interno Mecan 
industria e locação de equipamentos para construção civil). 2004 
 
_____. NBR 6118: Projeto e execução de obras de concreto simples, ar mado e 
protendido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS03 
2.1 Cargas atuantes ......................................................................................................... 04 
2.1.1 Cargas devido ao peso do concreto ........................................................................ 04 
2.1.2 Cargas devido ao peso das fôrmas e respectivos escoramentos ........................... 04 
2.1.3 Cargas temporárias ................................................................................................. 04 
2.2 Materiais alternativos utilizados em fôrmas ............................................................... 05 
2.2.1 Madeira serrada ...................................................................................................... 05 
2.2.2 Chapas de madeira revestidas ................................................................................ 06 
2.2.3 Aço .......................................................................................................................... 07 
2.2.4 Alumínio .................................................................................................................. 08 
2.2.5 Plástico .................................................................................................................... 08 
2.2.6 Papelão ................................................................................................................... 10 
3 ESCORAMENTO .......................................................................................................... 12 
3.1 Reescoramento .......................................................................................................... 13 
3.1.1 O processo de reescoramento ................................................................................ 14 
3.1.2 Prazos para desforma ............................................................................................. 15 
3.2 Cargas atuantes ......................................................................................................... 16 
3.3 Materiais utilizados ..................................................................................................... 16 
3.3.1 Madeira bruta .......................................................................................................... 17 
3.3.2 Madeira serrada ...................................................................................................... 18 
3.3.3 Metálicos ................................................................................................................. 18 
3.3.3.1 Escoras (sistema pontual) .................................................................................... 20 
3.3.3.2 Torres metálicas ................................................................................................... 22 
4 METODOLOGIA ............................................................................................................ 26 
5 SISTEMATIZAÇÃO DE FÔRMAS ................................................................................. 27 
5.1 Levantamento de custos ............................................................................................ 32 
5.1.1 Dimensionamento de fôrmas para pilares ............................................................... 33 
5.1.2 Dimensionamento de fôrmas para vigas ................................................................. 35 
5.1.3 Dimensionamento de fôrmas para lajes .................................................................. 36 
5.1.4 Totalização do custo dos materiais para fôrma serrada ......................................... 36 
5.2 Comparativo de custos ............................................................................................... 37 
 9 
6. SISTEMATIZAÇÃO DO ESCORAMENTO ................................................................... 39 
6.1 Levantamento de custos ............................................................................................ 40 
6.1.1 Dimensionamento de escoramento para projeto A ................................................. 44 
6.1.2 Dimensionamento de escoramento para projeto B ................................................. 42 
6.2 Comparativo de custos ............................................................................................... 43 
7 OPINIÃO DE ALGUNS PROFISSIONAIS ..................................................................... 45 
8 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 46 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 48 
ANEXOS .......................................................................................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
Lista de Ilustrações 
Figura 2.01 – Fôrma de madeira serrada ......................................................................... 06 
Figura 2.02 – Assoalhamento de laje com fôrma plastificada .......................................... 07 
Figura 2.03 – Sistema de fôrma pronta ............................................................................ 07 
Figura 2.04 – Fôrma metálica em paredes de reservatório ............................................. 08 
Figura 2.05 – Fôrma plástica para laje nervurada ............................................................ 09 
Figura 2.06 – Laje nervurada executada com fôrma plástica .......................................... 10 
Figura 2.07 – Fôrma de papelão para pilar de seção redonda ........................................ 11 
Figura 2.08 – Travamento em madeira para fôrma de papelão ....................................... 11 
Figura 3.01 – Sistema de escoramento metálico ............................................................. 12 
Figura 3.02 – Sistema de escoramento de madeira ........................................................ 13 
Figura 3.03 – Escoramento provisório para caixa d´água ................................................ 13 
Tabela 3.01 – Prazos para desforma ............................................................................... 16 
Figura 3.04 – Escoramento em madeira bruta ................................................................. 17 
Figura 3.05 – Cunha em madeira para ajuste de escoramento de madeira .................... 18 
Figura 3.06 – Escoramento metálico ................................................................................ 20 
Figura 3.07 – Cruzeta metálica ........................................................................................ 21 
Figura 3.08 – Tripé metálico ............................................................................................. 21 
Figura 3.09 – Fundo de viga escorado com escoras e cruzetas ...................................... 22 
Figura 3.10 – Escoramento metálico composto por torres ............................................... 23 
Figura 3.11 – Escoramento metálico para pé – direito alto .............................................. 24 
Figura 3.12 – Operário trabalhando sobre escoramento metálico ................................... 24 
Figura 3.13 – Plataforma metálica para trabalho ............................................................. 25 
Tabela 5.01 – Comparativo: sistemas de fôrmas ............................................................. 29 
Tabela 5.02 – Orçamento de fôrma pronta em madeira .................................................. 32 
Tabela 5.03 – Empresa de locação de fôrmas metálicas ................................................ 33 
Tabela 5.04 – Orçamento de locação de fôrma metálica ................................................. 33 
Tabela 5.05 – Madeireiras ................................................................................................ 33 
Figura 5.01 – Estruturação da fôrma dos pilares .............................................................34 
Tabela 5.06 – Material utilizado na fabricação de fôrmas dos pilares ............................. 34 
Figura 5.02 – Estruturação da fôrma das vigas ............................................................... 35 
Tabela 5.07 – Material utilizado na fabricação de fôrma das vigas ................................. 35 
Figura 5.03 – Estruturação da fôrma das lajes ................................................................ 36 
Tabela 5.08 – Material utilizado para fabricação de fôrma das lajes ............................... 36 
Tabela 5.09 – Custo do material utilizado para fabricação de fôrmas ............................. 37 
Tabela 5.10 – Comparativo de custos .............................................................................. 37 
 11 
Tabela 6.01 – Comparativo: sistemas de escoramento ................................................... 40 
Tabela 6.02 – Madeireiras ................................................................................................ 41 
Tabela 6.03 – Custo de escoramento metálico ................................................................ 41 
Figura 6.01 – Protótipo de escoramento de laje maciça................................................... 42 
Tabela 6.04 – Custo do material utilizado no escoramento do projeto A ......................... 42 
Tabela 6.05 – Custo do material utilizado no escoramento do projeto B ........................43 
Tabela 6.06 – Comparativo de custos de escoramento para projeto A ........................... 43 
Tabela 6.07 – Comparativo de custos de escoramento para projeto B ........................... 43 
 
 
 
 
 
 
 1 
1 INTRODUÇÃO 
 
A questão tratada nesse projeto é de extrema importância na construção civil. O 
escoramento, uma estrutura provisória destinada a suportar cargas de uma estrutura 
permanente ou não permanente e as fôrmas que são o invólucro da estrutura de concreto 
armado quando este ainda não tem o tempo de cura suficiente para se auto – sustentar, tem 
grande representatividade no custo de um empreendimento e na qualidade do produto 
entregue. 
Sabe – se que é de grande importância conhecer o material ou equipamento utilizado 
numa construção, pois esses garantem a segurança, a qualidade e a durabilidade de um 
edifício, seja residencial, industrial ou comercial. 
A construção civil vem evoluindo e se modernizando através do tempo. As fôrmas e 
os escoramentos não ficam de fora dessa evolução, com o crescimento industrial e a 
necessidade de novas opções, foram desenvolvidos equipamentos e materiais que 
atendessem as mais diversas situações da construção civil. 
Apesar do tema ainda ser pouco difundido, o binômio fôrma / escoramento ganha 
cada vez mais espaço no cronograma da obra e a atenção de quem trabalha na construção 
civil. 
Serão apresentados aqui, os materiais disponíveis no mercado atual, para a 
obtenção de fôrmas e escoramento, suas vantagens e desvantagens, a finalidade desses e 
em quais situações são melhores empregados. 
Procuramos soluções com maior produtividade e menor custo, mostrando o quanto 
um estudo bem realizado antes do inicio de uma obra pode reduzir os gastos e diminuir os 
problemas que podem vir a ocorrer durante uma construção. 
Analisar os projetos e envolver arquitetos, calculistas, encarregados de execução 
pode ser o inicio para uma escolha acertada quando tratamos de fôrmas e escoramento. 
Levantar os valores, decidir a maneira que será feito o transporte dentro da obra, 
verificar a disponibilidade de material, analisar o número de reutilizações, o número de 
perdas e reformas no equipamento e a segurança que este proporciona são outros pontos 
importantes a serem analisados na escolha de um bom sistema de fôrma e escoramento. 
Por fim, em cima de todos esses parâmetros citados anteriormente, analisar o custo 
do equipamento, que não se restringem apenas ao custo direto que ele tem e sim a todo o 
processo, como por exemplo a produtividade e a mão – de – obra empregada. 
 
 
 
 2 
1.1 Objetivos 
 O objetivo deste trabalho é mostrar o quanto o binômio fôrma / escoramento é 
importante na construção civil. O projeto pretende mostrar os diversos tipos de 
equipamentos para execução dos serviços, comparar o custo entre eles, analisar as 
vantagens e desvantagens de cada um. Será feita ainda uma pequena introdução sobre as 
cargas atuantes em cada uma dessas etapas construtivas. 
 Pretende – se apresentar um roteiro, onde serão encontradas as questões a serem 
avaliadas quanto à escolha de um sistema ideal de fôrmas e escoramentos. 
 Com a preocupação ambiental, vivida nos dias de hoje, devido ao aquecimento global, 
devemos otimizar a utilização de madeira na construção civil e quando possível, substitui – 
lá por materiais, como aço, plástico, papelão e até materiais recicláveis. 
 Por fim, será ilustrado o valor bruto, para a obtenção de fôrmas e escoramento, 
fazendo um comparativo de custos entre eles. 
 Deseja – se com esse trabalho, trazer informações pouco encontradas nos canteiros 
de obra e nas salas de aula, ajudando aqueles que trabalham na construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
2 FÔRMAS 
 As fôrmas são de grande importância, apesar de quase nunca agregar valor estético 
ao produto final. Um escritório, um hospital ou uma residência. Pois a estrutura na sua 
grande maioria receberá acabamentos e revestimento. Por isso, esse item, muitas vezes 
não recebe a atenção devida. 
 Mas devemos ter cuidados especiais ao escolher a solução de fôrmas que utilizaremos 
em nossas construções e ainda acompanhar sua aplicação e o seu uso, visando o máximo 
desempenho. 
 A língua portuguesa diz que a expressão fôrma significa algo como um molde ou 
modelo. 
 A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) afirma que: 
Além de modelar, de dar forma a qualquer peça em concreto que 
desejarmos construir, as fôrmas são responsáveis por atender a várias 
exigências não menos importantes: 
• Garantir a geometria (dimensões e formatos) 
• Garantir o posicionamento das peças (junto com o cimbramento 
permite a locação exata no espaço de todas as peças estruturais) 
• Manter a conformação do concreto “fresco” 
• Permitir a obtenção de superfícies especificadas (concreto aparente, a 
ser revestido, texturado, etc) 
• Possibilitar o posicionamento de outros elementos nas peças (furos de 
passagens, inserts, elementos de instalações hidráulicas e elétricas, 
espaçadores, a própria armadura) 
• Proteger o concreto novo (devido a fragilidade do concreto novo, as 
fôrmas o protegem contra impactos acidentais bem como contra 
variações bruscas da temperatura ambiente) 
• Evitar a fuga de finos (as fôrmas devem ser estanques, evitando perda 
de argamassa ou nata de cimento) 
• Limitar a perda de água do concreto fresco (mantendo a quantidade de 
água necessária para hidratação do concreto) 
 
 Devemos considerar fôrmas não apenas as chapas de madeira ou material específico 
e sim todo o travamento que acompanha está e tem influência na formação da estrutura de 
concreto. 
 Segundo Magalhães (2000), estudos realizados mostram que as fôrmas representam 
de 40 % a 60 % do custo total da estrutura de concreto armado e cerca de 8 % a 12 % no 
custo final de uma edificação. Hoje, com os materiais alternativos que existem no mercado, 
o valor da forma para uma construção deve girar em torno de 2%. 
 4 
2.1 Cargas atuantes 
 A ABCP mostra que as fôrmas devem ser projetadas e fabricadas a fim de atender 
todas as necessidades enumeradas anteriormente, mantendo sua geometria e posição 
dentro de limites aceitáveis, às cargas atuantes. Essas cargas são: devido ao peso do 
concreto, devido ao peso das fôrmas e respectivos escoramentos e cargas temporárias. 
 
2.1.1 Cargas devido ao peso do concreto 
 Sabendo que o concreto “fresco” não constitui um líquido perfeito, fica difícil determinar 
a pressãoque este exerce contra fundo e laterais das fôrmas. Então utilizamos o dado 
fornecido pela NBR-6118, que estabelece a massa do concreto como 25 KN/m³. 
 Segundo Moliterno (1989), nos fundo das vigas consideramos a massa do concreto e 
acrescemos 10 % devido à vibração do concreto, totalizando assim 2.750 kgf/m³, já que se 
trata da ação gravitacional agindo diretamente sobre os painéis de fundo. 
 No caso de painéis laterais, levam – se em conta mais itens, como a altura da peça, a 
velocidade de lançamento no interior da fôrma, o processo de vibração e até a temperatura, 
afirma Moliterno (1989). 
 
2.1.2 Carga devida ao peso das fôrmas e respectivos escoramentos 
 Como hoje em dia temos muitos tipos de fôrmas disponíveis no mercado, deve – se 
consultar o fabricante da fôrma para obter esse dado, ou no caso da utilização de madeira 
devemos executar um anteprojeto ou então um esquema de como serão executadas, 
constando um memorial de calculo. 
 
2.1.3 Cargas temporárias 
 Na questão das cargas temporárias, Moliterno (1989) sugere que devemos analisar as 
fôrmas vazias e cheias de concreto. 
 Quando vazias devemos nos preocupar com a ação dos ventos, embora muitos 
projetistas não a considerem, pois já contam com os travamentos contra vibrações, mas, 
devemos lembrar que cada caso deve ser analisado sobre uma ótica diferente. 
 Quando cheias, temos que levar em conta a movimentação de pessoas sobre a fôrma, 
equipamentos, o concreto concentrado em determinados pontos antes de ser espalhado. 
Isso é denominado sobrecarga e como critério de cálculo adota – se 0,15 a 0,20 KN/m², 
afirma Moliterno (1989). 
 
 
 5 
2.2 Materiais alternativos utilizados em fôrmas 
A evolução e o desenvolvimento da construção nas ultimas décadas foi muito grande e 
as fôrmas não ficaram de fora dessa evolução. 
 Segundo o Portal do Concreto era necessário que elas fossem melhoradas, já que os 
concretos de alta resistência, secagem cada vez mais rápidas e menos deformáveis 
estariam totalmente comprometidos se essa evolução não acontecesse. 
 A preocupação com o meio ambiente, a quantidade de reaproveitamentos, a qualidade 
do acabemanto do concreto e a praticidade na hora de montar e desmontar foram apenas 
alguns dos fatores que fizeram com que se pensasse mais no item fôrma. 
 Antes a execução das fôrmas era totalmente artesanal, na própria obra, gerando 
resíduos e desperdícios. Hoje temos muitas opções de materiais para utilização, vindo 
acompanhados de uma produção industrializada, com projetos específicos para cada 
situação e redução total dos custos finais. 
 Hoje em dia não precisamos mais ficar restritos ao uso de madeiras naturais. Podemos 
utilizar compensados de reflorestamento, fôrmas metálicas, de plásticos, plásticos 
recicláveis, aço, alumínio, papelão e até pvc. 
 Independente do método construtivo, do material a ser utilizado, é de grande valia um 
bom estudo das alternativas antes de comprar ou alugar um conjunto de fôrmas. 
 
2.2.1 Madeira serrada 
 Foi o primeiro material a ser utilizado como fôrma para concreto, hoje em dia é pouco 
utilizado, apenas quando se deseja que o concreto adquira a textura dos veios da madeira. 
 Tem como vantagem o baixo custo, facilidade de corte e sua disponibilidade. 
 A ABCP mostra que, como desvantagem temos a sua baixa durabilidade, dificuldade 
de acabamento nas pontas das chapas, necessitando sempre reforços e grande mão – de – 
obra, como mostra a Figura 2.01, sua variabilidade (que exige cálculos muitas vezes 
superdimensionados) e poucos fornecedores “profissionalizados”, além de ser um recurso 
natural que precisa ser explorado de maneira sustentável. 
 6 
 
Figura 2.01 – Fôrma de madeira serrada 
 
2.2.2 Chapas de madeira revestidas 
 Utilizadas em contato com o concreto em quase todos os tipos de fôrmas, desde 
simples, curvas e moduladas, surgiram no mercado na década de 60. 
 Dentre as vantagens estão à facilidade de corte da madeira e o reaproveitamento das 
chapas, como exemplifica a Figura 2.02, que mostra fôrmas que já foram utilizadas, sendo 
reaproveitadas numa próxima etapa. 
 Existe hoje em dia um sistema conhecido como sistema de fôrma pronta, Figura 2.03, 
que já vem com as chapas de madeira nas dimensões corretas para os elementos de 
concreto armado. 
 Um estudo feito pela ABCP, mostra que quando contam com revestimento resinado 
podem ser reaproveitadas até 8 vezes sem causar danos ao aspecto da superfície do 
concreto. Já quando revestidas com material plástico permitem a reutilização até 18 vezes. 
 
 
 
 
 7 
 
Figura 2.02 – Assoalhamento de laje com fôrma plastificada 
 
 
Figura 2.03 – Sistema de fôrma pronta 
2.2.3 Aço 
 Proporciona aspecto altamente liso a superfície do concreto e tem como grande 
vantagem o alto número de reaproveitamento. 
 8 
 Devido ao alto custo inicial deste equipamento, porém com alta produtividade, é 
geralmente fornecido por empresas especializadas, que trabalham com locação de 
equipamentos. 
 A sua utilização nos dias de hoje está mais difundida nas construções de muros de 
concreto armado, reservatórios, como mostra a Figura 2.04 e fundações, devido ao alto 
custo é pouco utilizada em edifícios. 
 Uma obra com sistemas de escoramentos com mesa voadora e uma grua para 
movimentar tanto escoramento, quanto fôrma, pode fazer a solução de fôrmas metálicas 
uma solução interessante, pois, uma vez montada, não é necessário a desmontagem 
completa para o transporte, o que gera grande produtividade na obra. 
 
Figura 2.04 – Fôrma metálica em paredes de reservatório 
 
2.2.4 Alumínio 
 Apresenta as mesmas características do aço, porém ainda leva em conta como 
vantagem a leveza, proporcionando fácil manuseio. 
 A grande desvantagem é custo alto de aquisição e manutenção. 
 
2.2.5 Plástico 
 Material de grande versatilidade, podendo trazer soluções interessantes para as 
diversas situações da construção civil, como demonstra a Figura 2.05 , proporcionando um 
acabamento de qualidade, como mostra a Figura 2.06. 
 9 
 Hoje em dia temos vários tipos de fôrmas plásticas, como mostram Morikawa e 
Demarzo. 
PVC, plástico reforçado com fibra de vidro, polipropileno, poliuretano e até plásticos 
recicláveis. 
 Além de o custo ser abaixo do aço e do alumínio, o plástico tem baixo peso, facilitando 
o manuseio e a montagem das fôrmas. 
 
Figura 2.05 – Fôrma plástica para laje nervurada 
 A grande desvantagem é que ele tem grande deformabilidade devido a temperatura e 
as cargas atuantes, por isso deve – se ter cuidados especiais em relação a estruturação dos 
painéis. 
 10 
 
Figura 2.06 – Laje nervurada executada com fôrma plástica 
 
2.2.6 Papelão 
 Utilizado geralmente para pilares de seção redonda, como mostra a Figura 2.07, tem 
como grande vantagem ser alto estruturado, precisando apenas de equipamentos para 
posicionamento e prumo. A grande desvantagem desse material é que o seu 
reaproveitamento é zero, pois para a desforma é necessário destruir o molde, como mostra 
a ABCP. 
 11 
 
Figura 2.07 – Fôrma em papelão para pilar de seção redonda 
 
 Outra desvantagem é que esse tipo de fôrma não tem auto - estruturação, 
necessitando de madeira como complemento para que este fique no prumo, como mostra a 
Figura 2.08. 
 
Figura 2.08 – Travamento em madeira para fôrma de papelão 
 
 
 12 
3. ESCORAMENTO 
 A ABCP define escoramento como uma estrutura provisória composta por um conjunto 
de elementos que apóiam as fôrmas de lajes e vigas, suportando as cargas atuantes (peso 
próprio do concreto, movimentação de operários e equipamentos, etc) transmitindo para a 
estrutura anterior ou para o piso, até que essa estrutura se torne autoportante, podendo ser 
metálico como mostra a Figura 3.01 ou de madeira, como mostra a Figura 3.02 . O 
escoramento também funciona bem como plataforma, servindo de suporte para 
equipamentos, caixas d´água, cilos de concretoou qualquer outro tipo de material, tal como 
a Figura 3.03 demonstra. 
 
Figura 3.01 – Sistema de escoramento metálico 
Fonte: Catálogo de escoramento Mecan 
 Com o grande problema de desperdício de uma construção, que vai desde a mão de 
obra desqualificada, a pouca otimização dos projetos e a aplicação do material inadequado 
para os serviços executados, um escoramento bem projetado e uma escolha adequada de 
equipamentos, fazem com que tenhamos menos desperdícios, uma obra mais limpa, 
racionalização e agilidade na produção, tudo isso gerando um menor custo no fim da 
construção e muitas vantagens técnicas. 
 13 
longarina
cunha
escora
tirante
cunha
Mão-francesa
prumo
tensor
gastalho
Sarrafo
nivelamento
Painel da
laje
garfo
guia
gravata
 
Figura 3.02 – Sistema de escoramento de madeira 
Fonte: Madeirit 
 
Figura 3.03 – Escoramento provisório para caixa d´água 
 
3.1 Reescoramento 
 Logo após a concretagem da estrutura, dá se inicio ao processo de cura do concreto, 
onde as peças atingem sua condição de serem autoportantes. Até o concreto chegar à 
resistência a qual ele foi projetado, costuma – se utilizar um sistema de reescoramento, a 
fim de retirar o máximo de equipamentos possíveis da área recém concretado, para que 
 14 
possa se ter um reaproveitamento do equipamento e até uma disponibilização de área para 
armazenar materiais ou até para executar outros serviços, como alvenaria de fechamento 
por exemplo. 
 Segundo Guilherme (2004), o reescoramento tem também como finalidade o 
reaproveitamento de fôrmas de lajes e vigas para próximas etapas da obra, visando assim 
economia, tanto no escoramento, quanto nas fôrmas. 
 Também é necessário o reescoramento, quando a estrutura mesmo após a cura total 
de 28 dias e a resistência do concreto ter sido atingida, exista a necessidade de se 
movimentar equipamentos sobre a estrutura com pesos maiores do que a sobrecarga de 
projeto, afirma Guilherme (2004). 
 O reescoramento é de menor complexidade do que o escoramento, porém não menos 
importante. 
 
3.1.1 O processo de reescoramento 
O processo em obra se inicia com a retirada das formas, as lajes e vigas são escoradas 
com algumas escoras para evitar ação, de sobrecarga enquanto se processa a preparação 
da concretagem do teto superior. 
Para lajes maciças o reescoramento segue prescrições da Norma Brasileira Reguladora 
(NBR) 6118 “projeto e execução de obras de concreto armado” item 14.2, que através de 
ensaios em laboratórios, com equipamentos adequados, confirmam a evolução das 
resistências do concreto, como é citado a seguir: 
 
NBR 6118 
14.2 Princípios gerais da análise estrutural 
14.2.1 Objetivo da análise estrutural 
O objetivo da análise estrutural é determinar os efeitos das ações em uma 
estrutura, com a finalidade de efetuar verificações de estados limites 
últimos e de serviço. 
A análise estrutural permite estabelecer as distribuições de esforços 
internos, tensões, deformações e deslocamentos, em uma parte ou em 
toda a estrutura. 
14.2.2 Premissas necessárias à análise estrutural 
A análise deve ser feita com um modelo estrutural realista, que permita 
representar de maneira clara todos os caminhos percorridos pelas ações 
até os apoios da estrutura e que permita também representar a resposta 
não linear dos materiais. 
 15 
Em casos mais complexos a interação solo-estrutura deve ser contemplada 
pelo modelo. 
No caso da aplicação da protensão, deve-se garantir deslocabilidade 
adequada à sua realização efetiva, minimizando a transmissão não 
desejada para elementos adjacentes. 
Análises locais complementares devem ser efetuadas nos casos em que a 
hipótese da seção plana não se aplica. 
Análises locais complementares também devem ser efetuadas quando a 
não linearidade introduzida pela fissuração for importante, como por 
exemplo na avaliação das flechas. 
 
Guilherme (2004), na apostila de escoramentos Mecan sugere que para as lajes pré – 
fabricadas o próprio escoramento se torne o reescoramento, podendo ser retirado somente 
após 21 dias, quanto o concreto não conter aditivos. Isto se dá, pois a retirada do 
escoramento num tempo menor que este pode provocar uma flecha na laje, provocando 
posteriormente fissuras, desconforto visual dependendo de quanto cedeu a laje e em casos 
mais graves a ruptura dessa laje. 
Guilherme (2004) sugere que a retirada das escoras deve ser feita da seguinte maneira: 
• Do meio do vão para a extremidade nas lajes bi– apoiadas e a partir da 
extremidade para o apoio nos balanços. 
A maneira como o reescoramento é disposta em uma estrutura é determinado pelo 
resultado dos ensaios da evolução da resistência do concreto. Tendo isso em mãos, as 
empresas de escoramento executam um projeto específico para este item. 
 
3.1.2 Prazos para Desforma 
 
 A retirada das fôrmas e do escoramento somente poderá ser feita quando o concreto 
estiver suficientemente endurecido para resistir aos esforços que nele atuarem. Um plano 
prévio de desforma pode reduzir custos, prazos e melhorar a qualidade. 
A desforma deve ser progressiva a fim de impedir o aparecimento de fissuras e 
trincas. Também é indicada a utilização de pessoal capacitado para executar a desforma. 
Sugere – se atribuir o encargo da desforma a, no mínimo, um auxiliar de carpintaria (nunca 
deixar a cargo de serventes), sob a supervisão de um carpinteiro experiente ou um oficial 
pedreiro. Evitar utilizar ferramentas que danifiquem as formas ou mesmo a superfície do 
concreto (nunca usar pés – de – cabras ou pontaletes). 
Na tabela 3.01, fornecida pela empresa Mecan Industria e Locação de Equipamentos 
para Construção Ltda., estão especificados os prazos de desforma definidos pela norma, 
 16 
tanto para concretos com cimento portland comum e cura úmida como para concretos 
aditivados (com cimento de alta resistência inicial): 
 
Tabela 3.01: Prazos para desforma 
Tipos de fôrmas Concreto comum Concreto 
aditivado 
Paredes, pilares e faces laterais de vigas 03 dias 02 dias 
Lajes até 10 cm de espessura 07 dias 03 dias 
Faces inferiores de vigas com reescoramento 14 dias 07 dias 
Lajes com mais de 10 cm de espessura e faces 
inferiores de vigas com menos de 10 m de vão 
21 dias 07 dias 
Arcos e faces inferiores de vigas com mais de 10 m 
de vão 
28 dias 10 dias 
Fonte: Apostila interna Mecan 
 
3.2 Cargas atuantes 
 O escoramento deve ser montado de modo que receba as cargas verticais, seja de 
laje, vigas ou equipamentos e transmiti – las ao solo ou a estrutura de apoio, segundo a 
ABCP 
 Já o reescoramento é um sistema dinâmico, que visa prever, além do peso próprio da 
estrutura, o quanto às estruturas inferiores podem receber dessa carga. 
 É sempre importante estudar junto aos projetistas e calculistas da estrutura a maneira 
que será feito o reescoramento, para que ele possa definir o vão máximo entre escoras, o 
prazo que eles devem ficar montadas e o número de pavimentos a serem reescorados se 
houver mais de um. 
 
3.3 Materiais utilizados 
 Hoje em dia, temos no mercado dois tipos de materiais para serem utilizados no 
processo de escoramento. A madeira e o metal. Sendo que a madeira ainda se divide em 
dois tipos, a madeira bruta e a madeira serrada. 
 É necessário um estudo aprofundado para escolher o tipo de material que iremos 
utilizar em nossas obras, muitas vezes o mais barato pode sair caro no final, levando em 
conta a mão de obra nele aplicada, o tempo utilizado para executar o escoramento e a 
qualidade final da estrutura. 
 Além desses itens citados acima, ainda temos que observar outros detalhes para a 
escolha do material aplicado, como por exemplo: o pé direito, necessidade de 
 17 
reaproveitamento, limpeza e organização da obra, acompanhamento de projetos específicos 
e ainda o acompanhamento técnico na obra para assegurar todo o processo. 
 Veremos a seguir uma breve explicação sobre os materiaisque podem ser escolhidos 
para executar um escoramento. 
 
3.3.1 Madeira bruta 
 Geralmente encontramos na forma de troncos de eucalipto, como mostra a Figura 3.04 
é um sistema rudimentar, onde o material encontrado é muito heterogêneo, fazendo com 
que os cálculos de dimensionamento sejam feitos para os piores casos, 
superdimensionando a utilização de escoras. Seu nivelamento é muito complicado, 
necessitando sempre de cunhas, como demonstrado na Figura 3.05 e a sua estabilidade 
não é garantida, tendo assim que utilizar sarrafos para travamento vertical, proporcionando 
uma grande mão de obra. Tem custo muito baixo e é facilmente encontrado, afirma a ABCP. 
 
Figura 3.04 – Escoramento em madeira bruta 
 18 
 
Figura 3.05 – Cunha em madeira para ajuste de escoramento de madeira 
 
3.3.2 Madeira Serrada 
 É um material imbatível quando se trata de custo em obras lentas, comparada ao 
sistema metálico. 
 Foi criado junto com o sistema “formapronta”, é composta por madeiras aparelhadas, 
padronizadas e com encaixes previstos. 
 A ABCP mostra que esses tipos de materiais são compostos normalmente por: 
• Escoras simples de pontaletes 3” x 3” para lajes 
• Escoras duplas (garfos) de pontaletes 3“ x 3” para as vigas 
• Longarinas de sarrafos 1” x 6” duplos 
• Barrotes de sarrafos 1” x 4” ou pontaletes 3” x 3” 
 As suas desvantagens são que o nivelamento é através de cunhas, assim como na 
madeira bruta e o seu uso é restrito a apenas uma obra já que temos grande dificuldade de 
reforma e de adaptação a outras dimensões. 
 
3.3.3 Metálicos 
 Hoje em dia temos muitas empresas especializadas nesse tipo de equipamento, que 
no geral são compostos por aço ou alumínio. Essas empresas trabalham com venda e 
locação de equipamentos. 
 19 
 Esses equipamentos têm como características a flexibilidade, ajustes precisos, alta 
resistência, montagem simples com peças de encaixes simples. 
 Além disso, pode se contar com uma equipe de projetistas e técnicos para que junto 
com a obra possa se escolher a solução mais adequada para cada construção. Tendo ainda 
acompanhamento técnico para instrução de montagem e conferencia do escoramento já 
montado para que não haja nenhum problema posterior com a estrutura que será 
concretada, devido à má utilização do equipamento de escoramento. O equipamento 
metálico é muito indicado quando não se aceita deformações na laje. 
 Guilherme (2004) ainda cita como vantagens os seguintes pontos: 
• Não existir estocagem de equipamento na obra, pois os equipamentos são 
enviados conforme um projeto; 
• Grande reaproveitamento do equipamento; 
• Montagem rápida e simples; 
• Organização e limpeza na obra, evitando acidentes e permitindo boa 
movimentação entre o equipamento montado, como é mostrado na Figura 3.06, 
diferente da madeira, em que os pontaletes ficam muito próximos uns aos 
outros. 
 Como já foi citado antes, existem hoje várias empresas no segmento de locação e 
venda de escoramento metálico, cada uma com suas características próprias, porém, de 
uma maneira geral, os sistemas podem ser divididos em dois tipos: escoras e torres 
 
 
 20 
 
Figura 3.06 – Escoramento metálico 
 
3.3.3.1 Escoras (sistema pontual) 
 Segundo Batista e Mascia, são peças de fácil montagem, com formada a partir de dois 
tubos que deslizam um dentro do outro, tendo o tubo inferior com diâmetro maior do que o 
tubo superior, que é conhecido por “flauta”, já que possui furos a cada 10 cm para ajuste 
através de um pino. No topo da peça superior existe uma luva metálica, com rosca e duas 
alças para o ajuste milimétrico. 
As escoras, associadas a um acessório conhecido por cruzeta, Figura 3.07 , que é 
uma peça metálica feita para receber um caibro de 8 x 8 cm², são ideais para o escoramento 
de vigas com a seção maior medindo até 70 centímetros (cm), como mostra na Figura 3.09. 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.07 – Cruzeta metálica 
Fonte: Catálogo de escoramento Mecan 
 
 Esse equipamento trabalha a compreensão e está sujeito a instabilidade por 
flambagem. 
 Necessitam de complementos que a deixem em pé, como sarrafos de madeiras ou 
tripés próprios, Figura 3.08, que veremos em seguido quando falarmos dos acessórios. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.08 – Tripé metálico 
Fonte: Catálogo de escoramento Mecan 
 
 A grande vantagem em relação à madeira é que tem grande resistência e precisão no 
nivelamento. 
 Hoje em dia já existem sistemas de escoras com desforma rápida, na qual utiliza – se 
um cabeçal na ponta da escora para que seja feito o reaproveitamento maior de fôrmas. 
 22 
 
Figura 3.09 – Fundo de viga escorado com escoras e cruzetas 
 
3.3.3.2 Torres metálicas 
 É um equipamento de montagem mais complexa que as escoras, porém apresenta 
uma capacidade de carga muito maior, segundo a ABCP . 
 É composta por elementos verticais múltiplos, ligados entre si (por diagonais ou tubos, 
dependendo do fabricante do equipamento), formando quadros, conforme Figura 3.10. 
 Este tipo de equipamento é ideal para grandes alturas, pois seu sistema de montagem 
não limita o seu alcance como acontece com as escoras, como é mostrado na Figura 3.11. 
 23 
 
Figura 3.10 – Escoramento metálico composto por torres 
 
 Uma vantagem desse sistema é que ele proporciona maior estabilidade, permitindo 
que os operários caminhem sobre ele, Figura 3.12 para fazer o assoalhamento das lajes, 
armação e com o desenvolvimento que já chegamos hoje em dia, nas vigas de periferia de 
um edifício é possível fazer uma plataforma com guarda corpo em balanço para trabalho na 
face externa da viga, como mostra a Figura 3.13. 
 
 
 
 
 
 24 
 
Figura 3.11 – Escoramento metálico para pé – direito alto 
 
Figura 3.12 – Operário trabalhando sobre escoramento metálico 
 25 
 
Figura 3.13 – Plataforma metálica para trabalho 
Fonte: Catálogo de escoramento Mecan 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
4. METODOLOGIA 
 O trabalho presente, consiste em avaliar qual é a melhor escolha para os sistemas de 
fôrmas e escoramentos de uma obra. 
 Evidentemente cada obra tem sua necessidade e cada situação se adapta a um tipo 
de equipamento, mas, através de um estudo das vantagens e das necessidades para a 
implantação de cada sistema, podemos fazer uma avaliação precisa da melhor escolha. 
 Para isso, foi realizada a princípio, uma pesquisa bibliográfica, a qual foram colocadas 
as características de cada equipamento. 
 Após isso, foram feitas algumas avaliações e comparações, criando tabelas, de 
sistematização, onde foi indicado o melhor material para cada situação. 
 Baseado - se em um projeto, foram feitas cotações, para serem feitas avaliações de 
custos de cada equipamento. 
 No caso das fôrmas, foi feito um comparativo entre fôrma de madeira bruta, sistema de 
fôrma pronta de madeira e sistema de fôrma metálica. 
 Já no caso de escoramento, foram comparados dois projetos, o mesmo citado no item 
fôrmas, que contem laje maciça e foi feito o comparativo entre escoramento de madeira e 
escoramento metálico misto, composto por torres e escoras. 
 No segundo projeto, trata – se de uma laje pré – fabricada e foi feito uma analise de 
custos entre escoramento de madeira e escoramento metálico composto apenas por 
escoras. 
 Por fim, foi feita uma pesquisa com alguns profissionais que trabalham na construção 
civil, na qual, colocaram suas opiniões sobre os sistemas de fôrmas e escoramentos mais 
adequados para a construção nos dias de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
5 SISTEMATIZAÇÃO DE FÔRMAS 
 Com tantos sistemas de fôrmas disponíveis no mercado, é necessário uma analise de 
vários pontos para a escolha do equipamento ideal para cada construção. 
 Como não há regras para fazermos essa escolha, a ABCP mostra os principais pontos 
a serem analisados, para que se feita uma boa escolha de um sistema de fôrmas,as quais 
são demonstradas a seguir: 
• Projeto arquitetônico: E o início de tudo, pois ele influencia diretamente no projeto 
estrutural e conseqüentemente no sistema construtivo adotado. O arquiteto trabalha 
com muitas variáveis pra execução de um projeto, como o desejo do cliente, 
legislação, custo, topografia, materiais e a geometria estrutural também deve fazer 
parte dessas variáveis para a execução de um projeto. 
• Projeto estrutural: Determina a geometria das peças, logo, este qualifica os matérias e 
sistemas construtivos que devem ser utilizados. Determina o número de reutilizações 
também, que chega a ser tão importante quanto os consumos de concreto e de aço 
em uma obra. 
• Planejamento: Fornece o ritmo da execução da estrutura e a seqüência de trabalhos. 
O aluguel de uma fôrma se torna viável se o ritmo da obra é acelerado e se 
reutilizam várias vezes ao mesmo. Quando temos um prazo longo, o ideal é utilizar 
fôrmas de madeira. 
• Forma de lançamento e adensamento do concreto: O tipo de concreto utilizado 
determina vários fatores, tais como, a estanqueidade da fôrmas e a inexistência de 
reações químicas. É bom sempre lembrar que uma concretagem bombeada exerce 
um grande esforço sobre as fôrmas em comparação a uma concretagem utilizando a 
grua. Devemos pensar também que as fôrmas respondem diferentemente ao 
adensamento com vibradores de imersão e ao vibradores de placa. Esses detalhes 
devem ser discutidos com o fornecedor do concreto e o projetista de fôrmas. 
• Custo: Com certeza, nos dias de hoje, com um mercado muito competitivo, o item mais 
importante é o custo. Não é algo que deve ser analisado individualmente, pois 
englobado ao custo do material, existe o custo da mão – de – obra, reposições, 
equipamentos utilizados, o descarte desse material após a utilização. É importante 
que os fornecedores estejam interados com as nossas necessidades sempre. E que 
possamos entender que nem sempre o menor preço é o melhor preço. 
• Número de utilizações: Devemos sempre buscar a alternativa que nos permita um 
número de reutilização do material o mais próximo da nossa necessidade. Por isso, 
que um bom sistema de fôrmas é aquele fácil de desmontar. O momento de 
desforma é o que os painéis sofrem mais dano, o que compromete a durabilidade 
 28 
dele. É necessária uma equipe consciente disso, que trabalhe com equipamentos 
adequados e o cuido necessário para danificar o menos possível as fôrmas durante 
a desmontagem. 
• Movimentação: É de extrema importância a escolha do equipamento adequado para 
cada tipo de estrutura. Uma grua pode transportar fôrmas mais pesadas, junto com 
concreto, aço e blocos. Se o transporte for manual, deve – se optar por um sistema 
mais leve. E mesmo quando a opção for pela grua, ela deve ser dimensionada para 
o transporte das fôrmas. 
• Produtividade: É fundamental que os profissionais que irão utilizar as fôrmas sejam 
consultados sobre o sistema escolhido, pois os pequenos detalhes de fabricação dos 
painéis sugeridos pelos operários, podem transformar a fôrma padrão na fôrma ideal 
para a obra. Além de que o tipo de material escolhido deve respeitar a forma de 
trabalho planejado. 
• Espaço no canteiro: A obra deverá contar com espaço maior ou menor dependendo da 
escolha do sistema e do material, deve – se levar em conta se a fabricação das 
fôrmas será in – loco e os cuidados especiais para armazenamento antes, durante e 
após o uso. 
• Perdas no processo: Muitas vezes a escolha mais barata se torna mais cara, pois 
existe a necessidade de reparos e reposições durante o uso. Existem alternativas 
mais duráveis, que devem ser analisadas sua viabilidade junto ao cronograma da 
obra. 
• Disponibilidade no mercado: Quando optarmos por uma alternativa que nunca 
utilizamos, devemos ficar atentos a sua disponibilidade de entrega, assistência 
técnica se necessário, cumprimento dos prazos de entrega e as garantias técnicas e 
comerciais. 
• Segurança: Escolher material que garanta a segurança dos operários é obrigação 
primária do engenheiro. 
 
A ABCP criou um comparativo entre fôrmas de madeira e fôrmas industrializadas, como 
é mostrado na Tabela 5.01. 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
Tabela 5.01 – Comparativo: sistemas de fôrmas 
Variável Fôrma de madeira 
(convencional ou industrializada) 
Fôrma industrializada 
Projeto 
Arquitetônico 
Adaptam-se a praticamente todas 
as formas geométricas, basta 
termos no canteiro as 
ferramentas necessárias. Porém 
elas nem sempre são de fácil 
acesso. 
Quando se trata de estruturas muito 
recortadas não são recomendadas, 
pois os seus painéis geralmente são 
modulados. Tornando necessária a 
utilização de madeira em alguns 
pontos ou até inviabilizando o uso 
desse sistema. 
Projeto 
Estrutural 
Padronizar ao máximo as 
dimensões de vigas e pilares, faz 
com que tornemos o trabalho com 
fôrmas de madeira mais rápido e 
com um melhor custo. 
Deve – se sempre estar em sintonia 
com o fornecedor da fôrma, para 
padronizar a estrutura as dimensões 
dos painéis da fõrma. 
Planejamento Deve se estudar o ritmo da obra, 
pois se o ritmo for lento podemos 
optar por ½ jogo de fôrmas para o 
pavimento tipo se este for 
simétrico. 
As fôrmas industrializadas podem ser 
compradas e alugadas. Devemos 
apenas nos lembrar que o aluguel 
mensal de uma fôrma utilizada 2 
vezes é o mesmo de uma utilizada 4 
vezes. 
Forma de 
lançamento / 
adensamento 
do concreto 
É importante conhecer bem o 
concreto que se utilizara na obra, 
tal como sua maneira de 
lançamento e adensamento, para 
definirmos os travamentos que 
serão utilizados e até o tipo de 
madeira das fôrmas. 
Fôrmas industrializadas são 
projetadas para atender vários 
solicitações e possuem encaixes 
praticamente perfeitos, garantindo sua 
estanqueidade. Mas, ainda sim é 
importante que o fornecedor conheça 
as características do concreto, sua 
forma de lançamento e adensamento. 
Custo Se analisarmos apenas uma 
obra, com poucas reutilizações, a 
fôrma de madeira é imbatível, 
pois é barata e ainda é 
necessária mão de obra 
especializada. 
Quando tratamos de fôrmas 
industrializadas, devemos pensar em 
duas situações. 
Aquisição: inicialmente é mais cara 
em comparação a madeira, porém sua 
vida útil é muito maior, o que torna 
essa opção muito interessante. 
 30 
Locação: como foi colocado no item 
planejamento, quanto maior o número 
de reutilização das fôrmas, mais 
barato é sua locação. 
Número de 
utilizações 
Os fabricantes garantem o 
seguinte número de reutilizações. 
Compensado resinado: 8 vezes 
Compensado plastificado: 18 
vezes 
Compensado vitrificado: 12 a 14 
vezes 
Evidentemente os painéis que 
são retirados com pé – de – 
cabra, que sofrem algum tipo de 
quebra provido de impactos, não 
são cobertos pelas garantias 
citadas acima. 
São painéis fabricados buscando um 
grande número de reutilizações e 
baixa manutenção. Mesmo os painéis 
metálicos, com chapa de compensado 
plastificado embutida tem uma 
expectativa de ser utilizado acima de 
100 vezes. 
Movimentação É importante analisar o tipo de 
movimentação na obra antes de 
projetar e fabricar as fôrmas. 
Se a movimentação for manual, 
pede – se peças de fácil 
manuseio, leves, porém um 
número maior de peças. 
Com a movimentação feita por 
grua ou guindaste, podemos ter 
peças já montadas com seus 
elementos de estruturação e 
travamentos já fixados. 
Mesmo quando a fôrma for leve e de 
fácil transporte manual, é interessante 
que seja solicitado ao fornecedor 
pallets, para melhor organização após 
a desforma, para que o transporte 
para o próximo nível ou etapa seja 
facilitado. 
Produtividade Quando temos um projeto 
estrutural complexo, com muitos 
pilares e vigas, lajes pequenas e 
recortadas, a fôrma de madeira 
tem ótimos resultados. 
Quando o projeto leva em conta a 
modulação dos painéis, ea estrutura 
conta com número reduzido de vigas e 
pilares, a fôrma industrializada é 
imbatível. 
Espaço no 
canteiro 
Quando pensarmos em fabricar 
as fôrmas na própria obra, 
Devemos pensar que muitos sistemas 
de fôrmas industrializadas tem peças 
 31 
devemos prever espaço para o 
posicionamento de máquinas e 
matéria prima. 
Quando pensamos em fôrmas 
prontas, devemos estar em 
sintonia com o fornecedor para 
planejar os prazos de entrega 
conforme o cronograma da obra. 
de encaixes pequenas e soltas, 
portanto devem ser armazenadas e 
locais organizados e com controle de 
acesso, para evitar as perdas e 
reposições. Quando locamos, 
devemos estar atento aos valores de 
indenizações por peças quebradas e 
perdidas. 
Perdas no 
processo 
A madeira é mais frágil que o 
metal e o plástico, então é 
necessário cuidado no transporte 
e na desforma. É necessária a 
conscientização dos operários, 
evitando cortes desnecessários 
nas fôrmas. Uma maneira de 
evitar isso, é identificação das 
peças, com uma numeração 
idêntica ao projeto estrutural ou 
criada em obra mesmo. 
Como sua durabilidade é muito maior, 
devemos voltar nossa atenção a 
peças pequenas e soltas, evitando 
quebras ou perdas. Devemos sempre, 
junto aos operários, compreender 
cada peça e maneira como devem ser 
utilizadas. 
Disponibilidade 
no mercado 
A madeira é um material de fácil 
acesso, disponível em qualquer 
região do território nacional. 
Quando optamos por fôrmas 
prontas, estamos restritos aos 
grandes centros. 
Devemos ficar atentos aos 
valores dos fretes nas regiões 
mais distantes. 
Graças a grande demanda do 
mercado nos dias de hoje, temos 
fabricantes ou representantes de 
fôrmas industrializadas em quase 
todas as capitais brasileiras. 
Segurança O projeto de fôrmas de madeira 
deve contemplar estes aspectos 
criando elementos específicos 
para a segurança durante a 
montagem. 
Geralmente os sistemas de fôrmas 
industrializadas possuem peças que 
visam a segurança durante a 
montagem, tais como guarda – corpos 
que são fixados aos painéis de vigas 
de bordo. 
Fonte: ABCP 
 
 32 
 Caso optarmos pela escolha de madeira, temos as opções de fabrica – las na obra ou 
então utilizar o sistema de fôrma pronta, devemos nos responder as seguintes perguntas: 
1. Espaço físico: O canteiro possui área para uma central de fôrmas, onde serão 
locados o maquinário necessário e a matéria prima? 
2. Aquisição de máquinas: Pretende – se disponibilizar verbas para adquirir serras 
circulares, desengrossos, serras de fita, que serão necessárias para esta e outras 
obras? 
3. Mão – de – obra capacitada: A fabricação de fôrmas exige profissionais capacitados, 
que tenha atenção a pequenos detalhes e grande precisão, esse funcionários nem 
sempre são encontrados com facilidade e geralmente tem salários mais elevados se 
comparando aos encarregados e carpinteiros habituada a montagem de fôrmas. É 
interessante para a construtora contratar esse tipo de funcionário? 
4. Cronograma: O prazo de execução da estrutura permite que as fôrmas sejam 
fabricadas in loco? 
5. Preços: Hoje, graças a grande concorrência e a grande demanda, os preços de 
fôrmas industrializadas se tornaram bastantes competitivos e viáveis. Os custos 
decorrentes da fabricação das fôrmas no canteiro são menores do que os preços 
oferecidos pelos fabricantes de fôrmas prontas, levando – se em conta todos os itens 
citados acima? 
 
5.1 Levantamento de custos 
 Foi feita a escolha do projeto de um andar tipo, para que fossem feitos os orçamentos 
e as analises dos custos das fôrmas. 
 A Tabela 5.02, mostra os custos da fôrma pronta, obtidos junto a empresa que fabrica 
e fornece fôrmas para concreto. Através de contato telefônico, foi enviado cópia do projeto 
via e–mail e assim os projetistas e vendedores da empresa forneceram os valores a seguir 
 
Tabela 5.02 – Orçamento de fôrma pronta em madeira 
Elemento Material Área (m²) Valor (R$/m²) Valor total (R$) 
Pilares retos Compensado Plastificado 97,00 48,00 4.656,00 
Vigas Retas Compensado Plastificado 209,00 48,00 10.032,00 
Lajes Compensado Plastificado 227,00 48,00 10.896,00 
Total: 25.584,00 
 
 A Tabela 5.03, mostra um comparativo de custos do aluguel de fôrmas metálicas, entre 
duas empresas. 
 33 
 
Tabela 5.03 – Empresas de locação de fôrmas metálicas 
Empresa Valor (m²/dia) Valor (m²/mês) 
Fôrmas metálicas A R$ 1,20 R$ 36,00 
Fôrmas metálicas B R$ 1,40 R$ 42,00 
 
 Como não iremos levar em conta o frete do equipamento, optaremos pelo menor custo 
do equipamento, utilizando os valores da empresa de Fôrmas metálicas A. 
 
Tabela 5.04 – Orçamento de locação de fôrma metálica 
Elemento Material Área (m²) Valor (R$/m²) Valor total (R$) 
Pilares retos Metálicos 97,00 36,00 3.492,00 
Vigas Retas Metálicos 209,00 36,00 7.524,00 
Lajes Metálicos 227,00 36,00 8.172,00 
Total: 19.188,00 
 
 Finalmente, foi feita uma cotação de compra de madeira, para execução em obra, a 
Tabela 5.05, mostra as cotações feitas em três empresas. 
 
Tabela 5.05 – Madeireiras 
Material / Empresa Madeireira A Madeireira B Madeireira C 
Compensado 18 mm 
(Chapa 2,20x1,60 m) 
R$ 92,55 
R$ 27,15/m² 
R$ 90,00 
R$ 25,56/m² 
R$ 76,25 
R$ 21,80/m² 
Sarrafo 7,0 cm 
(metro linear) 
R$ 1,90 R$ 1,97 R$ 1,79 
Caibro 7,5x5,0 cm 
(metro linear) 
R$ 5,22 R$ 4,95 R$ 4,11 
 
 Da mesma fôrma como no caso do equipamento metálico para locação, aqui foram 
considerados os menores preços, pois não levaremos em conta o frete para entrega do 
material. 
 
5.1.1 Dimensionamento de fôrmas para pilares 
 Foi definida a estruturação das fôrmas, para que haja uma uniformidade, quanto ao 
material que será utilizado. 
 34 
 Para levantamento do material, foi adotado que as fôrmas dos pilares seriam 
compostas por uma caixa de compensado 18 mm, com sarrafos de 7,0 cm na vertical, 
sendo 3 nas faces maiores e 2 nas faces menores e teríamos caibros de 7,5 x 5,0 cm na 
horizontal a cada 60 cm nos dois lados maiores da seção, como mostra a Figura 5.01. 
 
Figura 5.01 – Estruturação da fôrma dos pilares 
Fonte: Apresentação interna Mecan 
 
Os pilares foram divididos por seção e a Tabela 5.06 demonstra a quantidade de 
material que será usado para executar as fôrmas dos pilares. 
 
Tabela 5.06 – Material utilizado para fabricação de fôrmas dos pilares 
Pilares 
(seção) 
Quantidade Compensado 18 mm Sarrafo 7,0 cm Caibro 7,5 x 5,0 
cm 
19 x 98,5 cm 04 27,00 m² 113,60 m 48,00 m 
19 x 60 cm 04 18,20 m² 113,60 m 48,00 m 
19 x 40 cm 16 54,50 m² 454,40 m 192,00 m 
Total: 24 99,40 m² 681,60 m 288,00 m 
Compensado 
18 mm 
 
Caibro 
7,5x5,0 
Sarrafo 
7,0 cm 
 35 
 
5.1.2 Dimensionamento de fôrmas para vigas 
 Foi adotado para o dimensionamento de vigas, compensado 18 mm, 03 linhas de 
sarrafo de 7,0 cm nas laterais das vigas, 02 linhas de sarrafo de 7,0 cm nos fundos e 
sarrafos de 7,0 cm a cada 70 cm nas laterais e nos fundos para travamento, como mostra a 
Figura 5.02. 
 
 
Figura 5.02 - Estruturação da fôrma das vigas 
Fonte: Apresentação interna Mecan 
 
A Tabela 5.07, mostra a quantificação do material usado para a fabricação de fôrmas das 
vigas. 
 
Tabela 5.07 – Material utilizado para fabricação de fôrmas das vigas 
Pilares 
(seção) 
Quantidade 
(metro linear) 
Compensado 18 mm Sarrafo 7,0 cm 
14 x 60 cm 73,00 m 98,55 m² 750,00 m 
19 x 60 cm 66,00 m 92,40 m² 678,00 m 
Total: 139,00 m 190,95 m² 1428,00 m 
 
5.1.3 Dimensionamento de fôrmas para lajes 
No caso das lajes, os materiais utilizados, representados na Figura 5.03, foram: 
compensado de 18 mm para assoalho e sarrafo de 7,0 cm para travamento das 
bordas. 
 
Sarrafo 7,0 cm 
 Sarrafo 
 7,0 cm 
4 - Sarrafo de 
pressão 
compensado 
18 mm 
 36 
 
Figura 5.03 - Estruturação da fôrma das lajes 
Fonte: Apresentação interna Mecan 
 
 A Tabela 5.08, mostra a quantificação do materialutilizado para fabricação das fôrmas 
das lajes. 
 
Tabela 5.08 – Material utilizado para fabricação de fôrmas das lajes 
Lajes Quantidade (m²) Compensado 18 mm Sarrafo 7,0 cm 
 212,00 212,00 m² 114,00 m 
Total: 212,00 212,00 m² 114,00 m 
 
5.1.4 Totalização do custo dos materiais para fôrma s em madeira serrada 
 Após ser feita a quantificação dos materiais, foi feito o levantamento de custos, 
considerando os menores valores, da cotação feita, citada anteriormente na Tabela 5.05. 
 A Tabela 5.09 mostra a quantidade total de madeira que será utilizada para execução 
das fôrmas. 
 
Sarrafo 7,0 cm 
Compensado 
18 mm 
 37 
Tabela 5.09 – Custo do material utilizado para fabricação de fôrmas 
Material Quantidade 
 
Valor Unitário Valor Total 
Compensado 18 mm 450,40 m² R$ 21,80/m² R$ 9.818,72 
Sarrafo 7,0 cm 2.223,60 m R$ 1,79/m R$ 3.980,25 
Caibro 5,0 x 7,5 cm 288,00 m R$ 4,11/m R$ 1.183,68 
Total: R$ 14.982,65 
 
5.2 Comparativo de custos 
 Após todos levantamentos feitos, podemos avaliar os custos de cada sistema. 
 Analisando a Tabela 5.10, vemos que o valor da madeira serrada para fabricação das 
fôrmas em obra é relativamente menor. 
 
Tabela 5.10 – Comparativo de custos 
Material utilizado Valor 
Madeira: Sistema fôrma pronta R$ 25.584,00 
Metálico: Locação R$ 19.188,00 
Madeira R$ 14.982,65 
 
 Obviamente cada obra apresenta suas necessidades. 
 Para fazermos uma escolha adequada de fôrma, não basta olharmos apenas o custo 
da fôrma ou do material empregado nela. 
 O sistema de madeira serrada, o de custo mais baixo no nosso comparativo, seria 
ideal para uma construção de um prédio, com prazo longo e poucas repetições de material, 
em que não tivéssemos a necessidade de concretagem de lajes semanalmente. 
 O caso do sistema metálico, devido ao alto custo da locação, é inviável para obras de 
edifícios, embora, como já havia sido dito antes, com equipamentos adequados e mão – de 
– obra treinada este equipamento apresente grande produtividade, podendo fazer o custo 
inicial alto, ser transformado em grandes ganhos devido ao tempo curto de execução da 
obra. Hoje em dia, ela é muito recomendada para obras de galpões industriais, 
reservatórios, pontes e muros de concreto maciço, onde o prazo para desforma é rápido e 
não exige que a cobrança seja feita mensalmente. Também é viável para fábricas de pré – 
moldados, as quais adquirem o equipamento, fazendo com que através do tempo ele se 
pague. 
 38 
 Definitivamente, nos dias de hoje, com a mão – de – obra que temos, o sistema de 
fôrma pronta é o mais adequado para a grande maioria das construções, que hoje em dia 
são dinâmicas e pedem concretagem semanal de lajes, onde se exige grande durabilidade 
das fôrmas e fácil reaproveitamento. 
 Como esse tipo de fôrma é modulada com faixas para reescoramento, ela permite a 
rápida desforma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
6. SISTEMATIZAÇÃO DO ESCORAMENTO 
 Antes da escolha por um sistema de escoramento é necessário levar em consideração 
vários aspectos. 
 A ABCP fez a analise de alguns pontos para a escolha de um bom sistema de 
escoramento: 
• Projeto de fôrmas: é importante a escolha de uma fôrma adequada para cada tipo de 
construção, pois além de ela influenciar na qualidade final, ela é determinante para a 
escolha ideal do escoramento. 
• Projeto estrutural: é fundamental que tenhamos o projeto estrutural em mãos e até o 
acompanhamento do projetista estrutural na obra, pois com ele determinamos as 
dimensões dos elementos estruturais a serem escorados e ainda a escolha do 
equipamento ideal. 
• Planejamento: planejar cada etapa da obra e o reaproveitamento do equipamento, é 
de suma importância para avaliar a escolha do equipamento, se esse equipamento 
deve ser alugado ou comprado e também pra avaliar a mão de obra que será 
empregada para montagem. 
• Custo: deve ser levado em conta, além dos custos diretos, os custos indiretos para 
escolha do escoramento, tais como frete, reposição, indenizações por perdas ou 
danos ao equipamento (no caso de metálicos), manutenção, etc. 
• Durabilidade: quando o equipamento é comprado, devemos nos certificar se a vida útil 
dele é compatível com o número de utilização desejada para ele, já quando falamos 
em locação, devemos nos certificar de que os equipamentos são adequados para o 
uso, evitando assim que haja interrupções para troca de peças. 
• Movimentação: determinar se a obra possuirá um elevador de carga ou uma grua, 
pode significar a escolha de um equipamento mais pesado ou até paletizado, quando 
o transporte for manual, deverá se optar por elementos mais leves. 
• Produtividade: alguns sistemas permitem uma montagem inicial parcial, pra realizar e 
adiantar o processo de fôrmas e também, uma desmontagem parcial para a 
reutilização, ainda sim, é importante ter uma equipe de montagem qualificada, com 
conhecimento no equipamento, para gerar maior produtividade. 
• Segurança: parte essencial é a segurança, por isso o equipamento deve conter peças 
específicas, como plataformas de trabalho, guarda – corpos, etc. 
• Flexibilidade: como em muitas construções temos elementos a serem concretados 
com formas geométricas variáveis, o sistema de escoramento escolhido deve se 
adaptar a essas situações. 
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• Facilidade de Ajustes: é fundamental para a execução de uma boa estrutura de 
concreto armado que o escoramento tenha ajustes precisos, para evitar 
desnivelamentos indesejados. 
• Estabilidade: devido à segurança e qualidade, o escoramento deve ser estável no seu 
apoio e também proporcionar estabilidade para as fôrmas e para os operários que 
irão trabalhar sobre ele. 
• Pé-direito: em geral, os sistemas mais leves só podem ser utilizados em construções 
com pé – direito baixo (até 4,50 m), os sistemas que atendem pé – direito alto são 
pesados, um bom sistema deve vencer a altura do projeto sem ser muito pesado. 
• Quantidade de elementos: Quanto mais elementos um escoramento, maior a 
probabilidade de perda e maior a dificuldade de montagem e desmontagem. 
 A ABCP fez também, um estudo comparando o desempenho esperado de cada 
sistema em todas as variáveis, ilustradas na Tabela 6.01. 
Tabela 6.01 – Comparativo: sistemas de escoramento 
Variáveis / Sistema Madeira 
Escoras 
Metálicos 
Escora 
Metálicos 
Torres 
Custo inicial Baixo Médio Médio / Alto 
Durabilidade Baixa Alta Alta 
Movimentação Manual Manual Manual ou mecânica 
Produtividade Baixa Média / Alta Média 
Segurança Baixa Média Média / Alta 
Flexibilidade Baixa Média Alta 
Facilidade de ajustes Baixa Alta Alta 
Estabilidade Baixa Baixa Alta 
Pé – direito Até 3 m (sem 
contraventamento) 
Normalmente até 4,5 
m 
Qualquer altura 
Quantidade de 
peças soltas* 
Média Média Variável 
Peças que devem ser montadas e desmontadas a cada concretagem 
Fonte: ABCP 
 
6.1 Levantamento de custos 
Foram escolhidos 2 projetos para execução do orçamento de escoramento. 
 O mesmo utilizado para levantar os custos de fôrmas, com laje maciça, será utilizado 
para levantamento de custos com madeira e um escoramento metálico misto, com escoras e 
torres. Chamaremos este de projeto A. 
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 Um outro projeto, com laje pré – fabricada, será utilizado para fazer comparativo entre 
escoramento de madeiro e escoramento metálico apenas com escoras. Chamaremos este 
de projeto B. 
 A Tabela 6.02, mostra os valores levantados para as madeiras utilizadas nos 
escoramentos. 
 Para os dois projetos, foram considerados pé – direito de piso à piso de 3,00 m. 
 
Tabela 6.02 – Madeireiras 
Material / Empresa Madeireira A Madeireira B Madeireira C 
Pontalete 3 metros R$ 4,10 R$ 4,35 R$ 4,45 
Caibro 15,5x5,0 cm 
(metro linear) 
R$ 10,04 R$ 9,20 R$ 6,00 
Caibro 7,5x5,0 cm 
(metro linear) 
R$ 5,22 R$ 4,95 R$ 4,11 
 
 Os custos do escoramento metálico, são de locação mensal

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