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Psicopatologia - Unidade III - Construção da Subjetividade

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,\f1I\ l'll l/111'. Xl'lll/'I'(: /<' .lt',f/1/1 11.f /Ili.UM 
s,.; 1;111· 1T11~ i1,/i·nÍ1tl 11n•111/1·11-te t1( lm1ro.1· 
/. "f<'tt '"'l'in>:í·mil11)i1i 1mi/i,1111/o! 
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;~ .:;\:f, r.~. 
:'.:. ~; . -"~:· ::· ~~··:: 
. . .: +:: . . 
"mlu•ra haja 1i1il:11c11latil'a atual de aha11do-
t1:í-l11. 11 l'nncci111 .i,: neurose é cxtn:mamcnlc útil 
,. lwurí,1ic«>. razão pela qual nrnntcmos o seu 
"'"· Sq!llndo \1:111 den llerg t l1J70J. a neur11sc é 
11111:11wrlmh:u;flo di1;coi11a111i11tcr-hunm110.11111a 
/''·r111rl•a\·,;,, 1u1.~ rt•lttrik .. \. com 011trc1111. ,,·e111 que. 
1•1m1 r.11•lic1í·lct. sl'.,1•0.1·s11111irl111· 1'.1Tl11.~Í1'11111t•11~ 
11• 111/t'fi•ito.\ COl'/!lll'//iJ, ,/ocll('llS Clll'J>l!t'//ÍS, JISÍ· 
··"·"'·'·'.ti 1//111.\· t•1:111.,·1i1111·itmai.o;, 011 ""''ma/ias f!t' 
As rclaçilcs com luuncns corpt\reos que 
tH.?cm. ll"'lu.km. dCSl"':i\lfll. S\! l"'l"l°Ol'\:Un l"' SC' tJc .. 
f~ndcm. são l\111da111cnt:lis para 11 ser humn· 
no. Quem ~11z:1 realmente• delas. tmnhém so· 
írc 1101· causa 1lcl:1s. ,\ c•xist.'.·ncia. di7. Van dcn 
lkn!. é.<:<)/''!" tal. gloriosa e 1rc1nemla. con· 
tant~i que estejamos susl·c1í1·cis e :1hcnos para· 
ela. O n~·111·t'11ico o l'. i\1:1s clc l'. lamentavcl· 
me111e. aquele. para quem. 1h:l'ido 11sua11:1lu· 
re7.a ou q1nstit11ic;:io \'Ulncr:ivel. o tremendo 
transcende ao glorioso. O aspecto dolorosO' 
da intcrac;~o humana 1r:tn~l·,·1uk o aspecto pra· 
zcmso. 
As prindpais síndrnmes lll'lln\1icas e son~a­
wformcs podem Sl'r descrita' e dassiricadas da 
SC!!t1in1c forma: sí11th·<1111cs_1'1'1hka~. ohscssil'O· 
co~npulsi\·as. histérica~. hipocollllríal·as e ncu· 
rasti:nicas (síndnimc da radi~a c1;t1nica). 
SÍNDROMES FÚl\IC,\S 
, 11ní1rr. . .. :: .·. 
Nu n·ntrn de~'i·;,das as neuroses cst:i a an- i\s síndromes l'ôhka~ l'araell•rizam-sc por 
l!ti,ti:1. O homem ncun\tkn l'ivc 11s conllitos hu- medos imensos e irracionais. por situa\·(ics. oh· 
;\\:11\llS fundamentais ilc forma pal'li.:ul:irrnentc r jetos 011 animais que ohjctil'amc·nte não 01cre· 
dtilornsa e recnrre1Ít<'. Aill(hl seg11nd11 <1 psiqui:I· «:cm :in indil'íduo um perigo real l' proporcio· 
ira holandi:s \1:111 de'n Ilerg. a ncurnsc p;><k lmn· nal :1 iiúeiisidadc de tal nwdo. t\s síndromes h.:m sa ,.i,ta i:unw uma l'orm:1 pal'lil'ular de re-
f,\hic:1s m:iis importanlL'S sfto: 
lação do indil'íduu com os uutros. cnm ª cnrpu- i\gori~/iibia, l'ujn medo e anl,!ústia rclacin-
r,·id:uk 1w1í11ria ,~ ü.dos ou1n1s. com us objetos . 
nam-sc a csp:u;ns an1plos ou com nn111:is pcs· 1maÍc·riai'11 'imlHilicns) do mundo. funil' de uso 1 · 1 soas. :1 p1•ssihilidadc de l'Slar em uca1s rnH e 
,. 1lc· co1.o. Para \':ui ·kn lkrg. qucm ni'io :1trihui •
1
. 
• 111><sa ser dil'íeil l''l'apar ou onde 11 a11x1 10 ou a irn1"tlflf1nl·ia 11articular ao ._·tmlato l'Olll outro~. lt . · 1 p1\.''\1."1h;a t.lc..• l'l''°""ª~ pnbd1na~ nflo Sl'Jª rnp1< a .. 1:~i~1,•n~ia '".•rp.11r:11 pn'1pria <' :1lhl'ia. l' :.i~.'l.i'l~ 11 •. nwnlc :it:L'~'iwl. < h imli' idun' l'lllll al,!mafohia 
111h1lul:11h.·, llh.'l\ "::~t.'(º~ª'· "ªº p1tdt.• l1t:,11 IH.:11· tL·1p. ln·qiktlklH\'Ul~·. lTI\.\.'~ th• 11wdnt• a11~lhlii1 
n·11ii:o. , 1-1-~~ J 8 (JooôJ ... ei_t.c ~ J. 
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qu;11:do t'stfto fora eh; <:&!:\a, cm u1n t·ongcsliona-
:nc11IP. em t11na pnnli.: ou ltíncl. cm meio t1 mul-
lidJo. cm um cst:idio de futebol, i.:m um grande 
~up.:rn1creadt1. cinema llll lCalro. Têm. com fre-
'!iié11,·i::. mcdu de viajar de õnibus. :1u1omúvcl 
ou a\'ifu>. l·l;í tendénda. por parle do indivíduo 
que a sofre. de cvi1:1r tais situaçõc~. o que lcv:1 
!!cralmcntc a um estreitamento das possihilida-. 
;les vivenciais do imlil•íduo, restringindo-se, 11s 
vezes. 11 s11:1 casa e a ambientes muito f:unilfa-
rl·s e sc-t?u1·os .. 
O m:·do dos grandes espuços, car:iclcríslica 
dos pacientes agor:il'<Íbieos, apar~ce de forma 
contundente nestes belos versos: 
Grmules 1>11sq11e.1". de 1·1ís, como das catedmis, 
Si11111 p111·11r: 1til'llis c111110 IÍ1;~1io.~: e e111111e11 peito, 
Ctímam 11nlc·11w 011de ret11111hi~111 ve/lto.1· ais, 
D.e 1·ox.ws /)e prq/i111dis ouço!b eco p<•1feito. 
Tr.• 11dl'i11. OC'l't1110! Te11s 1'.1·1ws11111.v e 11111111/1..,s, 
Em si mi11/111 11/11111 os /('///: e exte sorri.m m11m;t111 
/)11 h1111w111 1'(•1wido,-i11u•1:l'l1 t•m ltígri11111s e• i11.w/to.1', 
1fo111,,:,,; os 011ço q11m1do o li/Ili' garg11/h11110 largo. 
Clwrlcs B:imlclairc 
Sobre o poder paralisante d11 111cdo. "''ja111 u 
que di~. Carlos !Jn1111nwnd lk 1\ 11dradc: 
J,ro\•isori<1111e111l' niio c1111/ill'l'J11ox o 11111or 
q11e -.1·e n:/i1gio11111ais 11/J/li.w dos .rnbterrímeos. 
Cm11rtr<'111os o medo. q11e e.1wrili~11 os a/Jrnços, 
mio c1111u1remo.1· o IÍdio por1111t• esse 111io exisre. 
existe 11p1•1ws o 1twd11. 1111s.w pai 1• 11os.rn 1:h111· 
pm1heim, 
o medo grmule tios .\l'J'/1ie.1', d11x 111ttrt'.~. tios de· 
S/!J'/0,\". 
o medo dos so/Úatlo.1-. o 111t'do das mües. o medo 
rias igrejas, 
cm11111·e1110.1· .'/! medo do.\' 1/it111/ore.~. o 111edo dos 
dt•111ocrntas; 
1:011/art'mo.1· o m<•do da 111111'/t' t' o medo de de· 
pois da l/IOl'fl'. 
deJlois 111orrer1•mos dt• 11Íedo 
t' .1·0/Jrt' 1111ssà.~ 11í11111/11s 1111.1Tt'r1i11 Jlore.1· amare-
las e medro.rns. •:: 
SÍNDROMl~S 
OBSl~SSIVO-COl\I PULS 1 \'1\S 
Os quadros ohsessivo-compu lsi vos i:ar:u;tc· 
rizam-se por idéi:1s. fantasias e imagens obses-· 
/\ .Ji1/Ji11 si111ple.1· ou t'.l'pec(/ica carnetcriza-sc si vas e por aios, rituais ou co111poria111cn1os cu111-
por medo intenso. persistente. dcsproporcion:d ptÍlsivos. '!'ais quadros são vil'idos como 11111a 
e irracional de objetos simples ou de animais pressão sobre o indivíduo. co1110 algo que os 
(harnla, sapo. cobra, passarinho, cachorro, ca· obl'iga e suhml,lC. Na prática clínica. nem scm-
valo. ctc.J. medo de l'er objetos como seringas, prc é f;kil demarcar com precisão n limite entre 
sangue. faca. 'vidros quebrados, etc. /\ exposi· uma obsessão e uma fobia (obsessão por lirnpc-
çiio ao ohjcto nu aniinal l'ohígeno dcllagra. ge· 7.a, fohia de sujeira ou co111a111inação. por c.xe111-
r:ilmcn1c. u111a crise de angtistia ou 111es1110 de pio). ou entre uma idéia 1klira11tc ,•\11na obses-
pfinico. Os indil'íduos acometidos reconhecem são (com pouca critica e i11.1·ig/11). Da mcsm:t 
o canilcr irracional ,. d~sproport:ional de seus forma cm alguns casos é difícil dil'crcnciar c11-
medos. trc um alo C()mpulsivo ( vivl·nciado como obri-
/\ .fi1/iia social carat·tcriz.:1-se por um medo gat6rio e dcsprazcroso) e um ato impulsivo. 
intenso e pcrsistcntc tk: situações sociai's que As síndi'o111cs obscssivo-rnn1p11bivas dil'i· 
c11\'olva111 expor-se ao rn1Halo interpessoal, a dem-sc cm dois subtipos b:'1sicos: aquelas nas 
du111onstrar um certo desempenho ou siluações qi:ais predominam as idéias obsessivas e aquc-
co111pe1i1ivas ou de cobrança. O indi\;íduo scn- las nas quai.s predominam os atos e comporta-
ll• intensa :mglistia ao ter que folar cm público, mcnlos compulsivos. Muito frcqllentemcntc, cn· 
dar um semin:irio. fazer 11m:1 palcslrn, ler um trctanto, ohscn•:un-sc formas mistas. 
trecho 1k um livro. ele. O medo 11 exposiçf10 é /\s.1·í111/m111c•.1· olis<·.ui1·a.1·c:<rae1crizam-sc por 
mais forll• com pessoas estranhas 0\1 hicrnn111i- idéi:1s. pensamentos. fantasias 1111 imagens pcr-
C:llllL'lllC tidas l'Olllo superioras. O indil'íduo tcn· sisll'ntcs. qlll' surg1•rn de forma r,•,·orrcnlc na 
la l'\'il:11lais si111:1\·rn:s. e.~ f'l'l't11llH't"l' o t':1r:ill'f l'Oll!'t.'Ít~ru:ia. sf10 viv1..~11l'iatlas nu11 :m.~1is1ia ~· 
al~~unlu dy '''ll'J;,"r'~~:J ~ ::1~,~~1Q1~o~:sc~~~ti-
: / 
'1.11111 l'l'<'1111hc,·<· n l.'ar:Ítl·r irraóunal I.' :1l>s1mlu 
.i.·~M'S pcns:11111.'llt0S. t.:nrnndt•. i1s \'C7.CS. 111.'ll· 
11ali1.<i· l11~ com uutrns pcnsaml'nt''' <>li cnm :ilu' 
.. _. rimai' 1.''l'''<:Ílkos. . 
Na' ,,i111lr11111;·s 1·t1mf'rrhin1s prc\!0111i1fo111 º' 
111:1111~·-h> c :;·t~r111'11ml~i-lt•. 1 ><• pomn <k \'Í$la 
c:dstcnda1. o p:1ek111e hi!•t~ril.'o \'Íl'c ainda o 
drnina tla in:11Hcntkid:nk 1m 1:1mtat11: deve 
rcprc~cn1:u·ó11\.;ta111cml.'Hll' no ,cu rdadonar-
~c com o nnm<ln. Suhtli\'itl~m->c a> símlnml<'' Í1b11iril:as cm 
· '"'lll("Hl:1111c11tos I.' ri11lais n:pc•ti1h:11s. c1.,1m1 la-
' ar :1.; m!ms in1i11ll'nt~ vc1.cs. tomar 11111iws ha· 
.11h11s. n:rifü·ar e i:hci::1r 'cu> pmws estão trai\· 
'""'ª' pnl' dcr..:n:is. de vcr.cs . .:te .• :1ssim como 
por :iW> mcntai~ comhrcpctir p:1lavrns mcnt:il· : 
1111.'lllC cm silêndt'· fi;7.'c•r dclC1'111ÍtH!\l:I~ COnl:ts. 
· tini~ :1n111llc> :;rnpo$: hi~11:ri:1 tk rn11wr~ãn ou 
con\'l'l'~in1 cJ1istc1fa dlssod::til'a ~11~:1·~: atual· 
mente o 1emto "transtorno th~~11c1;111n1 l. 
Na 1,;_,·/t'1~ia fie• co11\•t•1-.i.:,io º"' sinton\;,t~ e us 
("u.!rl\ll'h:H;ôt..~~ corpnnlh> sftn muito \'~1riadns: 
p•traliSias htflérk!1S. ancsh:sitt~ e analg..:sius 
hhtéricas. ccgucira histéril·a. paturh:1~fics 
hist<'l'ic:is no ;111d:11: c 110 l'it::1r de pi! (astasia-
ah:t~illl e perda d:t fola 1n1 rn11q11idí10 hi~téri· 
rc· 1.ar. etc .. ;:cralmcntê ~m rcspo'l:I a uma illéius '. 
11l>s.:s.;iv:1 !cu 1lcv(1 estar i.'tml ;\ !DS ou síl'ifü. 
1k\'.O c•nti'm me 'lav:fr: cirnstantcmcnll.'). Os 
c·11111pt1r1:1111cntos c:n11Íi.ct;mphlsh·os pmkm sur· . 
i::ir 1a111hém l.'01h~1J1i1:ní;i de cumprir rc1,m1s m:.í· 
)!Ío.:;1~ quc pri.'t:í~:1111 ;~cr rigidamente scguid;is. ·. 
11111rn' rni\•c~ p;m1 lí's; ;1ms e ri1m1is i:ompulsi' 
'••" ,fü, pcnsaml.'nlo~ 1mígicos que vinculam a 
\!'ali1:rç~n do :1ln cn1iíi1uhh:o Çtlll\ o ur11stamcnlo 
,i.- :1li:11111 cwnto 't••miwl ou imlc~cjmlo (se cu 
·k• 1111i1m: \·oh:1s"n1\~q11nricirão :111lc$ de c111rnr · 
"'11 t•:i<a. ningm!ní dii,fmi1ili:1 irá morrer pmxi· 
IH:tlll<'lllC l. . ::;.>: ·;,;.:. · 
í'! ;iiml:r n';i,;s~o ·~;;~~l; Ónnnmn;ill q11c~1 nos 
i.1l;11ft:,~;1 an~ü,tinsi{~~"·mm~·no tk scnti1·-~c sujo~ 
, • 1111a111i nmlu: ;,, · 
.\/ i11l111 mria ;.,,,i· ~.iarr .. 
l'n·«i.w1 1•111·11i·/a.~ ó· 
N,i11 odiimta /m·,1i: 
A âgm1 1'.Wtl /•01/n•: 
,\1,·111 t'll.\'ttb<ull: · 
r J ,,1h1io ,; ruim.:· 
,\ miin «SIÚ .\'ll}ll.~ ' ... · .. 
S1~ír1 fui 1111d10• m11ts. 
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SÍNlllÜ1:\ms llJSTl~HlCAS 
c:11al'(i11h1 histtiriêu l. Chmrn1 u at.:nçfto cm !:li~ 
padcntcs o foi<! de. ao mllarcn1 S\'\IS lr:mstor· 
nos coqmrnis apurcn1cmcn1c muito );!nl\'CS 
'(par:ili~ias. cci!llcirn. m1cstcsias. cH;'.). n:;igi· 
rcm vi,•c111:ial1m:nl<' com uma indil.,:rl.'nÇ:t 
exemplar. ,.\ bltl os clinico~ antigo~ dc1111111i· 
11:m1m "/11 /1t'lk i111l(l.l<'n•11n• <ks ilys11'rí11m·s .. 
(;t hcl:t imlifcrl.'l\Ç:I dn~ hbtt!rknsl. , 
Conl'nrmc s:1licnt;1 Riunml:rm ! 19X5 l. "11 
l'tWl/ll'lllll<'lilll<'lll" 1mn·1w11do 1•t'i11 l1i.<1cri11 mio 
e' <'t{lti1•afr111!' 1i .fi1t1ç<it1 />íolú.dr·t1 11111111111r11/ tio 
1ín,:1iu. SC'MWldo suo.\ 1•.\lr1111tro.\ f' dhpo.\fr1ie.~ 
1t11t1tomt~/i11,1t·i111u1is: -o I r11n.~Jtn·no · 1.·01TC.\"f J0-1ttf, 1 • 
st'mf>ll'. ti 111ili:aç1i11 lwbimal </llt' 11 f'adc1111·.(i1~ 
do rh:-:1.io, oÍI ü n·r1n'.\'t'ltftr\'ii11 imagiwíriu 1• ·''im-· 
luílirn que 11•1111lw11w/a Ji111rcill." 
Nu ili.ttc•ria rfissod111in1 pntl.:m nL'lllTl'I' ai· 
1c1·:1çi\es da consci~111:i:1. i:om fl.~c·udot'l'i.l'l's que 
;1s;cmcllmm·SC ;i crises cpil<'p1icas. (kmrcm 
com frcqliênci:1 como crises hi>iJrica.; dissocia· 
tivas com rl!haix;11111.'11lo e afonila1m:n111da1.'0llS· 
cit:udn <<'.l'ilu/o <'l'<'/»l.Yr'1tir11· hi.•·11'rin,J. 'l'amhém 
s~o consit1crnd:1s fornms de hish:rh1 lk disso· 
d:1çiio :1s 1111111c'.l·ie1.ç lri"1tll'it·m. nas quais o imli-
As símln>mc~ hi~t't:rira> carn~tcriz:mMc pnr 
aprL•sc111:1rL'l11 m:mi l'l-sl:11;.-1cs dínicas 1:111tn nn 
""l'i'º çu1m1 na 111,•nti:. N11 l'1>rp11. pn:domin:m1 
a.; ;1l1ern,·1l1.·..; da~ ftÍnçtlc..; '~ll~oriait.: e nu1tnnt~ 
" 11:1 ll1L'llll' ;iqnclas: n:l:u:illn:1tlas li ctinsei~m.:i~1 
\ it;il. ;"1 ntt."nHkia. t." ii~· pl.:"rt.'\.'\1\i'>c..•s. 
,·id110 csqucçc clcmrntos scll'1ivos ~ siunilka· 
lÍ\:os lln pni1to de d>ta pskolt'igko. ·1\m1hém 
Jl!lth:m o<:om:r l'Ul,!;ls hislérii::1s C i'c11il111c11ns SCll-
sopCl'l'CplÍ\'OS (ih1sé1c,, psc11do-alncin:u;f1cs) de 
1mllll'CZa histéril:a. lln pnnlo de• 1'isla dínkn. é 
l'umla111cnt:1l p1>lkr dif.:rcndnr as crises hisléri-
~us tl:t~ crha:s cpii~p1ka~. A st.'µnir \tpn.~~cnlt1 .. 
mos 11m t11wdrn 11uc visa re:;uinir e sish.:maliwr 
'" dl'm.-.1110' tkssl' impnn;mtt' tliaµmhlko di-
kn:ndal. 
Em r~laçrm 11 c:xpt•rit:nl'ia enqwral; 11 pa· 
dl'nle hi-i.:rico ap1:1'.:•L'nla 11111<1 P<'t·uliari•latk: 
11''''"'si1a de eont:illl I.'. ll'lll inc;1p:1ridatk 1k 
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SÍNDROi\füS 111POCONDRÍACAS 
E ~Oi\lATl/..r\Ç1\0 
Nos 1111;1tlros hipocondríacos predominam os 
tt•morcs i: prcocup:rç\lcs intensas com a idéia 
dc ler 11111:1 drn:11ç;1 !,!r:tVC. 'fois idéias surgem gc-
ralmcnlc a parlir tlc sensações corpornis ou si-
nais fisicns in:;i)!.nilic:mtcs:. O inúivíduu proçu-
r;i .:011stm11c111cn1e os médkos e ~crviços de smí-
tlc p;1ra ler gurantias de que rculmcnlc nílo tc111 
cs~a tlocm;a grnvc. Entrclunio. cmborn !mja uma 
pn:rn:up:1çflo enorme com u possibilitlndc de 
snl'lw tk lni~ doenças. essas 11rcoc11pm;fics nílo 
1.:m 11111 c:mítcr llclirnnlc, podendo o indivíduo 
fazer uma crítica cm algum momcnll), cm rcla-
çfüi :in t:tmih:r nhsurdo tlc su:1s preocup:tçõcs. 
··t 
'"" ! 
A s<mmtiw<·ito é um !crmo th.: signilka~·ílo 
muito m11p!;1. rcfcrcmc mi prm:cs~o pelo qiwl 
um indivíduo us;1 (<:011scic111c nu inrnnsdcnlc- · 
mente) seu con10 011 si1111111ms cnrpornis para 
fins psicol1ígicos mi p:m1 obter !!:mhos pessm1is. 
Sinlonrns comuns slio don:s di1'11sas lccfoléias. 
lombalgia$; m:tral~h1s. dmcs :ihdnminai» "cor· 
palgh1$", ele.} os sintomas 1?as1ri11tcs1inais (mÍll· 
scas, diarréias, i.lispcpsi'1~. ele.) e síndromes 
pse1ído-11curill1\l;licas. 
/\ st11m11íznçün pmk OCtllTl'r na prcscni;a ti.: 
doença físicii tlcmonstnivcl (i111c11silk:111dn tk· 
111nsiad:une111c :1 sua nprcscnt:u;~o sinl01rní1ic:1). 
:1ssim como mi ;msência de qm1lquer dncm;u rí· 
sica. Geralmente há ul\f tlescjo ilc :1dquirir opa-
//d de cloellfe físico para ohtcr g:mhos primá-
Qnndl'!l W;f llil\•rcnçns onlrc cri~•s histérlcns e cl'iscs cpilépHcns 
1\111t•t:\· .. h.·nh:s p~·sstHtis de "pl.!rstm:1lidudc hi:-:tri{mh;a". 
111:urnsi.· histêric~1. nu cnnllitos psicollígicos impor .. 
tanlt:S 
Pn.•,lnmimun m•mif~s1:11.,·f1I.!!-< ntPhH':rn~·1.1nc tem.km n ser 
mai"' hi1.mrn~ ( pttr cxi.:mpin. ;1l:lqtM ao cxnmiomlol' 
dumnlt.' a l'(H\\'Ulsfu1) \ 
()mmdo o imJivíduo prémlc n rçspínt\'fül~ as ~xl~mida~ 
dcs tiuas"'· st."mpn:-. :1p1-c?-;e111nm-sc t'Clnxadns . 
1\tivi~~~u,I~ n.\ul:w;i hth1h:ntl ;om pn:scrv~wão de cotrn· 
c1t.·ncw mc..hca ps!.!udrn.:nsc 
T"'~tuk· a "Hf!!ir 1m prc!'<-crn;u tlc outrns pcsi-:rnt!'(. thmmtc 0 
; dia. :1pt'1s dh;cnssfn:s_ou brigas rmitilinres. Hurnmcnh.: 
· $\tr!!t.~m tlurmuc n sono 
Dun1,·~o. lt.·.mf\! u Sl't: mai~ h'nga tlo que dt! uma crise 
t'pth.•ptl\'a. • 
{ il.•nthnl'1lll1 Hfül h;i t'OllfoS1in mcntnl. obn11hih11.;fü1. 1011 .. 
tur:i. l'~foléin fnt~n~n °tlU hipotonia must:'ulur npüs 
umu p:-.c\1th1t:ri.sc 
EEt; nfü, tlcmnnstrn allcra,·úcs dunmh! :1 cri si!. Ti.:rn.fl!' a 
!'-~r uonn;tf !ln"! pt•rfotlos intcr\·1·ít it:os 
Pode ou nàü haver nltcrm;flt!i: p~iquifürkas pr~vi~ts~ Pode 
ser rcforit111 um pcrlll.tJ., tipo "l'"'"mmlitlmfo cpi· 
• 1t!plict1" 
~c~rn.!m ús p;ttln\t•s tfol\ tli1\.~r-t:mi:s lip1t)'. dé t.'l'ÍSt.'$ cpi:. 
t~pti.,•u:i (nst.:ri!-!.l!S pun.:iais~t.•t1n1plt.•x:1s. t..'tln\ ~~11s an-
tmrnuls:mos podem wmhém npn:~clll:\r um ~tspt.:l;hl 
;1p:H'cnh.::mc1ttt! "'hi1.arro' 0 )- • • 
A hipcrionta é gcncrnli7.nd:t 
Qu:mdo h:l :1tivitlt.1dc omtnrn hiiah.:rnl ~t ctm~1.:i~ndiu,kvc 
cscar i>cmprc' nhcrndn ( ~~ccção: csp;n~mos mlm:lõ .. 
nirns 011 ncxorcs) 
Pmkm surgir durnntê o suno, tiu t1mmdn o l11tli\'Ú.hhl 
cst;í ~oziuho. 
A im.:tnltw:io ê: gt..~.rnhucnh.• nhmruu. l't'"I~ han·1· o '"t!dln 
cpiléplicu .. IH'i:!ct!<ll!mlo ;1 crise 
Durnçílo l~lais curta. Dm·u g..:mlmcutc !\cgundo.s a pou· 
ern: llllO\llOS 
Api)s ;1 crise pmJc ncon·cr c<mfusfü111icn1.il e olmuhtltt· 
\·ão. ton1ura. i:cl':ilêi~t inlcns;1 u hiptllt~nh1 musi.:ufor 
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EEG podc.tlemonstr:ir m:111ili:s1m;i1cs úo lipo epilé11li· 
· t.:n nn h1sc- iuh:rkt;1l. Na fusa: it.·,:1' sC-lllf'f\,• h;f111:mi-
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Al:u11ws d~· r•ftnkn: \_',h .. ·i! .hi t~\'l• aw11ui:~ ou \.~ris.:~ dt.!' m.:-du inh."n""· uos it1_1~1is ~-.· ~t.·ntiu multn nrni'! T .. ·,~ t:ri.;t~:-:; 
' · .... inh.'U!:Wr:i -,k nn.;.i~dm.lé'! St•nti:t l'tah•ildrns fatrn ti!! ai'. 1'1.\rU\i~um~ntos. ~i:n~n~ftH th: ttllt..' iria rnnrr\_·r ou p"•n.11.•r -º 
t:uUU'lili:'.1 Í>ur:wt1m llltantn t\*Utpif! Quando l'ni :i pritn1.~ira cri~e·! Quan\1" ~:l'Í'il' ... \."IH ml;dÍ~l. h.'IU t•tn UI\\ mi:s·! 
· .\j.!m·af'oÍ•hl: Tem tnl.?'do d.: lu!!:tres muht' :11nplos.. L'omo $.Upl!í'nl1.•n::tdo!r'"l!!<i.l•iúio!--. 1.·ifü.•m;is. \.'Pn~ ... ·~tiHH:un1.•1th.\ de 
t:arro.s .. t:tc~ Tem llh!th~ ttv ter um al:H111i: tl.i!' :m:'i .. ·thnk lh:s..;çs h.t!!m·~;:~ ou tlc não JMtli .. •1' .. êSt.';1j1ar .. lkh.•1\'! 
Fohin'I: ~itn1llrs: "(t.•in mcdn di.: ul~unm t•ui~a nu ti\! :1l~1m1 ~u1imal f.'lll i.!~p~dal kohrn. '\!tpH, ht1r•tt•1 . ._·;a.·hurro, t:tc.}'! 
T,•ui m\!du ti..: \'Cr san~tui.!'. fi\l'i:lS., gih!'h!S ttU \'idn's c,:urtuntcs'! Tem mcilu di: t~vifm'! 
Vnhhi Sftl'fal! _\\1çJ se m:hn um:t l'"'"'sua tímida'! \ht:ê- t~m medo d..: fotm}~m 1\uhlko. de dar :níl:1"i ou ~\·min:irius'! 
T•:Ut medo dt.• k a íc!i.lns e ~onh~ccr g:c..~ntc novn·~ T~m rc\!do ô~ íuhi com J~'1"S!-uas. qul.!' \ 01.•\• \.'Unsitkra ºmub 
im1mrtmth.:s .. tiu·c ,~oca·! ,Ti.!m medo ou t;t.•ittt! d~scui1íurto cm cmncr /ia fri:nh.~ d\.' th:...:L·unh\!'ddo.;'! 
·ldl<luti nhs~•ti.t,,;h·us: \'11"'~ h:~n ulpuma" M,:ju,.. ou p~1l!Wl1li.tntn~ HUC niio sn,•1n-1l .. ~ litl:\ •·ah~\·a'! l,hi~ n1h:mi ?-ol'lll parnr 
,i Ut,~ inl•omod:uu'! C.hmt~· ~àii' t!''WS pcn,mnl.!'1Ü'~"'·! t) <fUI..' :u.:lw tli:li:!it.'.'1Sàu al\\Hhl11, ttu rt:ai,'! 
.\tos_ c.•om1u1l~ivo"'l: ,Vcwê rc;dl1.n ulgum ti1~º- tlt.• atuou •·riu.mr· til• forma:l'~p.:titiva·.• T1..•m .. m:mia"'" .,,·omt\ l:war ;1s 
mãos muít:1~ ,:ci.cf.. ·dt1..•c;1r nmit:i=' n'lt."" ~~ .. ;15 portas e j:mt:h1~ d;1 l,,.';t~a i;~1;1n n.~~•lm.:nÍ\." fcchac.fas'! 1 l1,.'llH'nt muilü 
· h~mpo nú b:tnho·t O:t;atm;. rituais nu •·munias:º $:Cf\·em i>arn .. ncutrnll:1.:1r·· a-tgum pcnsan11..•11tn uu idéJa'! 
( ·a·i-.:,•s cll..:!iõocinth·nçr J:í tC\'I! <l.:~nmins nu t•ri~e~ ncn·ns~ts um que .. dcsli!:!uu .. t 1'1..~nh:u u cunsd~ndur! Quundu. 
ttt.'HrH.·r;un·! Qunn.tn.1.1..•mpn dunh·am alô. ~:rises.'? Com qul• fn.·~1lh:n\·it1h:m01:urritlo',' :\l_g.n fodlita <tHt-" ;.is 1..·ris.t.?s: 
· n1.:-nn:uu hÍi..;1,.·u~l\Ü~~~ hri~u;;. ct1ntrari~d:tth.•s:. "•h:.J1! \·nr.:~ t.:m ul~um l!ruo lh!' '-='~ntu 1 I!.!' 1r.ohn.• \.~!it.~'-'' tk~1~laíos·.• 
.· Sintnnutl\ t'<m,·t•rsi\o'Ú Ji\ tCH~ parudsi:l' ou un"•:-t\.':-.in~ Jc 1mrtéS do çorpu'! t'nm"-'''r~inun'.• Tiveram n ,.,~r com 
. ''li.ti~m prohh•mu 1~Jsttu;11'1 \'01..·ê fi4i:iHI :1>.:'iUS.IUtlu com iM~o·.• ·\~\'t.' outro~ pruhh."nt~i~ no 1...·u1 po q\1,.-•n.h:r a vnz. 1\ 
,.l,;11~. pt\,r ,.,\!'mph1} r~·tm:inmldo?' com pi:rimln!\ di;? ucr\'u!(hann t'n 1,:um hdlm<{ uu nuttl*' proht,•Uta'l. j\L'.li"'oah'! 
Slnltrnrn' hiimetit~dritú.•tls: Si:-oh.~ .. ~t· nmho prC.t\CUflUtht t.'tllU su:t ~:uitlt.• fí,;ka'.1 .·\d1~1 tim ... h:m :ill_!um:1 tl11""·u,·:1'! At"'lut 
tllh· p·1•ih· ~~ .. , nlV•\ grnq"'! 1\pl''i:-tr Jos e.'\ames. darem th.~!,?:iti\'01'. _:u:h:t t.\\h.~ r..;:1hn1.•11tli tlt.•\'\.' lc1· :•lgo ~ra,· .. ~·! 
• _~:1'o 1m"uh·m 1 ;:+r·-. (.: _. · · 
t)o;m.tn t'lii 4.\llt' c'th.'~ pruhlt.~ltm,,. fsintmnuiu t.•omci.::m1111 n m:nnl.:t.•\.•t .. ! Unu\\' f'Crírnh" 110~ quai~ '-'s1h·t·r~uu melhor 
t•U S'iur'! AI;!\' ujuih•u \'OI.!"~ a m .. ~lhr'r:tl' ,r,~sscs pruht\."auas'! 
. ·>, 
1 i"' 1 p,io:1•hli:ko~. intra11siqukos l l\U ~ccund:í· 
ri..,; 1s11d;1i~ nu int1.•ip<:sfüõ1is). ,\ ~111n111i7.õ1<:;lio 
prnlt• s1.•1·vir como :11 ·n ni!.'ilú d!.' cn1mrnicm;no, 
qumulu :t 1.'lípr1.·~süci \'t:rh:1I mais t.lil'ct;i está hhv 
11uca1la. Pode tmnhi.'m n:prcscnwr uniu l'orma 
1lc 1.•xpr1.·ssnu de ~tifriméntn e desconforto cm 
. · 1u's,uas "l'h.• nâ~> C\l1i"'°'ipui.:1n 1'1.:1.:on1l.:ci..'r e \'C-r~ 
· h:tli11ir >t.·11~ seniimcntos (11h'.l'ili111i11). . 
o~ \(ll:tdm~ de :Sii111'1tiza\'il(l podem ser si· 
'iual'i .. nais e transiiliifos (durnntc uma !'use tli~ 
• fídl da vida). ou .éiúívcis e durmlonrus. pas-
samlu a s1.'r u·m ·estilo uu "mudo d.: Yid:1" 
t Fnrtl. l 'JXCiJ. Os ·i;:icic;llcs hipllcondríacos e 
soma1iz:1dorcs 11.·ntkm a rt•j1.•it:11":1 i1k'i11 d.: que 
·~~~ . 
;·,· .. 
·.!.i;··~ 
I·'.; 
SC\I suM1111:1Ht1 S•'Í:I '"' <>rÍ\!<'111 psi<.·t1hh:ka ou p~icussnciul. , ' · -
SÍND!tOl\lES NIWllMiT~;NIC,\S 
/\ ncurMtcniilj:í !'nl uma ca11.•goria muito uti· 
lizadu por clínicos e pcln pt'ihlko leigo. Atual· 
mente cst:í em rclati\'O dc·suso. h:ndcmlo-sc a 
ser suhstiltddo pdo conceito dê "símlromc da 
f:ldi:,rn crônku", /\ 11eur:1s1eni:1 .;m·:1éh:riza-sc ror 
f:1diga f:ícil,. scnstt<:;ão de fmqucz;i e exaustão . 
corporal. irdt:thi!idadc'. tlil"it:uldadc• cm conccn· 
trar-sc. tonturas. cd'aléias e insi:gurnnçit. 
'i 
' 
1 
-·-···- -·-··-·····------~-l.._ . 
Síndr01nes psicóticas 
Mudos awf/ws ujimt, 11a so111mfrladt: de alw 1wit1'. e11 e ela cami11/uíw1111os. 
1':11. 1w á1lttb<111ro si11istm tle 1111w dor ab· 
.mnk1, <'111110 r/1• /<·/11.t tlc•vomiiila e11tr<mlws, Sf!JI, 
ti11do 11111a ,1'1•11.rÚ1i/itla1h• tllm'f 111011/er-111e, dila· 
l'l'l"lfl' .. lllt1, 
/:'/11, 1 r1111.~/i.~11rad11por1n•me111/a 11/íe11aç1io, 
/011r11, rt'~t111do e ,w/11çw1do baixi11/io l'l:'Ws bâr-
lmras . 
/:'11 <' «111. 1'111 L' <'11!.- am/10.t a/11ci11m/os. /011· 
1·0.<. 110 :"t•11sar<io im:iliw ti« 1111111 tlorJr1;11ais f!X· 
fWl'illl<'llllU/u, 
Crui ç Snus:i (1111/w/a 1/c f.011ct1s*) • 
As síndromes psicóticas camctcrizam-sc por 
sintolnas 1 ípicos c.01110 oluciuaçiíes e delírios, 
p1•11.wm1•11ta tl1'.wrg<111i:,11do e cm11porta111«11to 
dan1111c111e bi~arm, como fala e risos imotiv:i-
dos. Os simoilms paranóidcs são muito conilius, 
t.•omo itll!itis dclirmllt:s e alltcin:1<:;õcs :1uditivas. 
de cnntctido persecutório. Os autores de oricn-
ta<;füi psicodinfnnka lc1Ídcm :1 dar ênfase 1ipcr-
d11 de co1111110 <'011111 n·alidade como dimensão 
ccntrnl da !'sico~c. O psic61ico, ncsrn perspecti-
va. passaria a v1wr lorn tia realidudc, sem ser 
regido pt:lo principio de rc:tlitladc, m11s vivcri:t 
prixluminantemcntc sob a égide do principio du 
prazér e du nardsisnm. 
*l{l'fr1\·-sv 1,) 1hi1.~tn nesl:t h;1hula :_1 Ul\l cr\istlditt real <}\IC 
lh1.: a .. ·u111t•1.·,·n: :iu \'o-luu· p;in1 1.•:isH ,, .... um pass,~io l'Um 
~11:1 t"'I'º"'ª· .n11h1u tJm• t·la ~uhi1:11m·utt.· l':.la\'::1 l'llluu· 
<1ui .. •et.•mh>. 
A principal forma de psicost'. pela su;1 fre-
qtiênci:i e ill1portii11da clínic:;, é ccrt:uncnlc a 
· c~quizoírenia. Co11sidcn1-sc ljUC alguns sinto· 
nrns são muito significativus p:irnodit1gmístico 
da csquizofrcni:i, par1icnlannc111c nqwlcs que 
i<urt Sch11cidc1· denominou "sintomas de primei· 
rn ordem". Eles sào os seguintes: 
SINTOMAS DE l'IHMIURA OlmEl\I DE 
KURT SCIINEIDER 
l. l'cn'<'/!\'l1o tldit·tmte: Unm percepção ab· 
soht1t1111cntc 11orm:1I rccchc uma signific;i<:;ão de-
lirante, que ocorre simult:111ct1111cn1c tm mo per-
ceptivo, como 11111:1 cxficriênt:ia de "rcvclm;ão". 
2. A/11citwçrJr:.v <luditfros c·amc1Úí.v1ic11s: 
Como as ."vozes que comcntmn a açãn" tio pa· 
ciente e as "vozes que com:imlam a a,·~o" do 
doente. 
. :i. T::c11 ''º flt'llSl/lllt'/l/O 1111 Sll/IOl'i:ar1io 1/11 
fl<'lls<11111•111a: O Jl:lt.'Ícntc escuta seus pensamen-
tos ao pclístí·los. · 
4. D(limio do l"'11smm•1110: Neste caso. o 
doente semc que seus pcnsmncnlus suo ouvi-
dos ou pcrcchidos cl:u·:uncn1c pelos m11ros, no 
momc1110 cm que os pensa. 
5. Ro11b11 tio p1•11st111w1110: Expcrii'nchr mi 
.qual o indivíduu scntt! qut! s..:u pensamento é 
i11i:xplic:ivclmcntc cxtrnído de sua mente, como 
se fosse 1\1uhado. 
6. l1it>h1da.nle ii1/l11ênâa: Sfto \'árias :is vi-
vências de influênci:r características da cs<1ui-
zof'rc11i:1. \li1fm·ias til' Íl!/luP11;·ia rnr11m~1I são 
cxp1·ri.:ndas nas <1uais 11 dol'lllt' s1·111t· qu<' uma 
fui\· a ou !\~r c:d!.!nH~ a~c :-itthn .. · s-.. ~u eurpo. suhre 
' 1 :·. ... ,, .. ~· _ .. -..._ .. ···-~· .. --- ... 
,,·us 1ír!!~os. ,·mitimlu raios. inlhtl'n..:iamlo i1s · 
1'1111\'iics corpowi:;. t'lc. \'i\'êm:ias lk inl'htcnda 
-..tthn .. • n p1.:n,..am\!nto n:kn:ni.·st: :, (.'Sp-.·ri(-nl'ia 
1k q111· :!1110 inlluc11ci:1 seus pc11•a111c1Hlls, n:<.'1> 
h\· peu~amt.~mos impn~tn~ tk f'or:1. J1t'1t.w1111t'n~ 
lÍ\'<~S ou prn~luliVn!--. Apr~si:ntamo~ a "'~!!uÍr 
c~~t·s ~11h1ip1is. 
\. . 
SÍNDIWl\I Í~S l>EF!CIT:\ IHAS i\AS 
l'S!COSESjSINTOi\V\S Nl·:c;,\Tl \'OSl 1 .. sp•i1os pos1t1s cm >CU <.'érchni. ele Sfui l'il'Í'll· 
1·111s a/i'lim.,, rolítii·o.~ ou <'1>1'f"""1is qu1• têlll a 
q11alitiadc 1klscrcm Vi\'CIH:iadas <.'llllHl "lcil:ts". Os sintnlmts 11t'l!atÍ\'tlS tias psko~cs csqui-
t'<llt\ll "in1post:1' de fnrn". · · · 1.orn:11ic:1s c~rm:tcriwm-sc pd;i pcnla de f11n· 
Os sin11111ms tlc primeira nnkm indil:mn uma . çiics psíquklis t na csft."r:t da ''ont:uk. tln p..:nsa· 
i•mfundo allcrnção d:1 rd:tçãn cn-mumlo. uma· mcntíi. t!;1 li1lg11agcm.y1c.l. pm urn .:mpohn:d· 
d;uiilkaç!io. rndi..:al das "mcmhrana'" q11c deli· ml'nlo glohal d:1 vid:1 J"Í<!UÍ\'n e so<:ial do imli· 
mit:1111 o cu cm rcl:u;flo :t(l mumln, uma 11cnla \·(duu. Os pr\m:.ipais sintomas 11cgnlin1s ou tlc· 
· m:ircmll..: tia diincnsílo"tlit íntimidmlc. ,\o >cntír lkit :írios m1s sí111h·o111.:s csquiznl'rênicas silo: 
qlll' alµn li imposto d2 !'nr:t, fd!n i1 sua r<'"clia. o 1. IJísi111u·ia11w1110 a/i•tim, <'111 gr:n1~ vuriti· 
dn<'Uh.' vivc•ndu n pcÍ'1la d11 contmlc sohrc si wis mi! n comph:to <'111ho111111c11111 •!/i·rh·11. Trn· 
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,.1:1,. wrific!l-sc 1mnl fusão com .o mumln .. um rcs1\11111lc ;10 q11c l!k11kr 1lt.'nomin11u 11111i.m111. 
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\ ,111.1, Hill CXltll\'<tS:!lllC!llO..ill\'\llUlltÍlrill dn CX· do j11'llgl'CSSÍ\'i1111Clllt.' do l'Oll\'Í\'ÍU srn:ial, 
1•1·ri.'111'Í;i p.·sso:1l e intcriur.scibre o nmm.lo cir- 3. /;'1111>r•lm·d111t•11111 riu li11.11m1g<'111 <'tio /><'li· 
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1i1:1da por altu:inaçl\~s c idéia~ dclírmtlc~. prin- · t1/>rt1,~m111is11111. 011 Sl'fa. <lilkuldatl.: 011 int·upn· 
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Jl•'l'tu11i11. lk~ihilitlmlc' ccnkc:1 e. ahenu;õcs !ln · mo lle i11iciq1in1 e P<'l'<i<ll'ncia. 
rn11.1ml~', crnnn1.m:·g;iÚíiis1110. 1111t1i~11w c.impul-· 6. 1\111111rcglígh1âa. tfllC ~e r,·,·cla pelo dcs· 
'i"itl;ul~. 1\ l'timm líc;/lc'(rb1ic·11.' camctérizada · cuido consigo mesmo. pclt1 fal1;1 tlc higkm'. por 
p11r 11111 1wn~amci11n:dcs~ll'i;anizado. co1i1pnrta·.:' dcsini.:rcssc pela pnipria :1p:m:n<:in. Ctl-. 
111'·11111 hit.mrn e al'ciü' pl1c1·il. Finahm•11tc deli· " 7. l.1·111ijkaç1in 1iskt1111111ora c cmp1Íhn:d· 
11i11-~c 11111 ~11htipn .iiii1{'l<'s. no qual. npcsm· (lc. mcnto da csl'crn gestual c mo!orn. 
fal1:11'l'm ~i1111111ms'c:iractcrís1kos. oh~cr\'a-sc um 
l;·ntn c• pn1i:rcssÍ\'.O 1:"lnpnhi-.:ci111éi110 psít111icií e 
,· .. mp11rt:11t1cm:il. ·com. :1u1oncgligência. cmh1i· 
lalllc·ntn afrtÍ\'t) e disfonciamcnln sm:h11. 
A ddiniçilo précis:t da csquizofn.~nia. ~cus 
'i11t111n:1s mais funda.1Íil.'nluis c ..::iractcrfs1icos. 
:1t111il11 !(Ili." lhl'.: 111:1is peculiar e l'Clllrnt; é tema 
1k Ính:nq, di~<.:11\S<ic~ cm p~inipa1olngh1. E11· 
tn· as mai< imp11r1:rntcs 1k>H11 iç<•cs de ~intomas 
~~\ ... \'tll'Í~ti~ na ~s<.1ui1.ofrt:nia t~srno as uprc~cnla~ 
d;·~ IHI Qtrntlm :!9. l .J: ;, 
Nas 1il!in1:1s tlfri1~Ía~ lcl11·$t' tl;1do nwis 
i111portf111l·ii111 difc·r,·Í1l'iat;iin tia <''<lllÍ101'rc11ia 
t·n1.~111htip11~ 111:;!,:1n~·t.1·' 011 tletkil:i.tio-.. e pu~j .. 
SÍNDIWi\IES l'ROÜUTJ\',\S NAS 
PSICOSES (SlNTOi\lAS l'OSITIVOS) 
Ao contr:írio dos si1Honms llC[!:Hivos. que se 
m:mil'..:s1:1111 pda~ :msêndas e délicits crnnpm-
l:t111l'lllais. os si111mn:1s positin>s são m:mifi:slll· 
,,;,., ml\'as. llnridas e produlÍ\'a!l do prnn~sso 
i:squirnl'rO.:nkn. Os prinl'ipais sin1om:1s positi· 
"''' das <ínllrnmcs i:st1ui111fr~nkas ~ão: 
l. ,\/11('Í11(fç1it's. iltist>,·s 011 pst·udn-at11dna-
\''"'' m1tli1íva' 1111ai' f1\"<t!ic1H«q. d'uais 011 de 
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\ 'frt';Hf'ÍH.\' dt• i11/1ttt"lucit1 ~(1hn.~ u pc:n~a1'\l'lltO 
1'.'t·olu~·11o rlt•ft•;·im•mHt' {X.lfh. dos C'4SOS}, nn sentido tlc 
um cmhutamcnto g:~l'nl tht p\in;,oirnHtlmh.!. 
Knrl .Jnspers 
1, ftf,:io.\ tll'lil·om1•s priuuíri11,v, ufin-dt.!ri\'!Í\'ci~ ou Ctltl1Jll'é~ 
~ll~Í\'CÍS pskiito~kttlllCIH\.! 
I ,~ llumor 1/r•linmtt• pt-cccdcmlo n dt.:Vrio Al11dnarric•s 11·r•1·tlm/;•fras 11'dmúriui \'fr, .. 11âm· ih· inflm-;uda. vl,·CncÍfüi,tÍlo "feito'" 
i · · ( 1f't •rrc".11da 1111' iwuiçrio th•li1·m11r• 
Oi:rn'1'c t/1tdu·a 1w c'lfl'\'H t'.\'istt·m·fol. inst;tunun~su sm· .. 
,,,s ott ''/trticTs.w> in,..idillSt\ <Jtll! t.rnm:1'1u·n1a nu.lli::il-
m1..•1ttc a C\il'ti':nt·i:1 \ln doi:ntc 
CID·lO 
Alfcrdftio 1/w: ft1u~·tlt'.'f mais hâsicas <1uc dílo 1\ pessoa 
~..:ns(t ti~ indivilluafidmlt!, unicidndc e de dircc;ão 
tk ~i mesmo 
l~ru. inM.-rrflrt, in;mlinçt1o ou rou/10 ,~ln pt.msmncnto 
lh•Urio,,· tlt• lnjlw~nt'ia. contrnh! uu llHNsividndc 
\;1:.t•,\ ffJtf' l'Wllt'llftllll 'l lfftiO 
lh·Urio.v 1•1•1-,,·;s1c•m,•x t•ul1urnft11<'HI<' inaproprimlo,,· 
Aln1·iuoç1it-.,· 1wr,\·is11•mt'.V i.k qmilqncr mnt.htlitl:uJc. sem 
~.:faro C\Jllh.!tidu nfr~1h·o (nílo~cnta!{micns)• 
lllit'l't't'}Jftl\*CitS mt "1m11win,'C 1/a /l('fUtfllU!llfO " 
('r>m1mn1mu•11111 r«11,11ti11ico, cum.llcxihilidndc ccrtíccn. 
1H:uuli\·isim,, mucisnm. eh.•, 
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11tigl·ncia. ~Hmimtl\'''º da fluêndn Vt!rhnl. etc.) . 
1\ltt.·rn~·:"to~ignifk:11ivn na lltmfü1adc globn1 c..loctH11púr .. 
t:m1l'ntu pessoal. perda dt! inh~l'CSS\!, rclmr..·ão social. 
Os sintmnas tll.!'\'t.'lll t:!it;1r prcsctH\'.Sf'"" {U::lo mt•iw.v 
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autn-n:kn:n1c. de inl1uê11t.:i:1. nu de mllnt 1rntu-
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J. Co111pol'/a111c1110 M:arro. :rio~ impul~ivos. 
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.ww1t•11to t1té tlixwd<lftio das t1s.wdttçti<•.t 
Amhiraf1~udrt c~frti\·11:' :11\!tus Cl,Htrmlhií:rins \"iv.:ndtt-
tlt'S iulcn~:uln.:111c ;,to ml!~mo h.:mf>o . · 
Arai:mm.~omn tcnd~ud:1 u um lsufamctt1t1 p};iquic11 ~fn· 
h;tl cm rcla~·ã(1 nu muut.lo. um "t!n:-.ÍHh!smumcnto" 
rm.licul 
l)is.wt·ir1rtio itkm!J(~tira. dc!":.tniHmia ln'ilÍUllda cntré íl!'i 
hl~ias e os nícOJ!\ 
H1·utur,in 11wiw lu•r,•''ogt!nrfl, i\ml"·mlo muih'~ \,';\!\OS 
u1wt!st•nw1l!111 ~~·cJhu;llt\ hcni~nn 
Km·t Sl'lmchkr 
Pl~n .. ·cp,iío d~lirnntc 
Vozes qul! comcnt:un tt m;iin 
Vo-1.cs que commu1m\l :t Ul{íio 
Eco tHt }it1ntwi1.at;:1u th1 p\!n~a11t•.:n10 
Diíusi'io dn pénsnrni.:utn 
Rnut10 do l't~11samcnft1 
VivêÍ1cias. dC innih:nda un pt:rnu itli.':11i\•f1, :tl'~li\'o, vo-
ii1h·n e çoqmrnl. 
llSi\1-1\' 
Dois ou maiS dos scguint...•s sintrnm1s (tk l :1 5) de· 
vem estar prrst~J11cs com dtu'i1\'íln sig11ifk<1tivu. p1u· 1>ê· 
l'Íodn d!.! 1n•ln mcmu um mi'.\': 
l.d<'ffritls; 
2. aludnuçt'i<~s: 
.l. 1lí.rf'ttr.~t1 d1~.w11:~ani:.rulo,• 
4, 1•-t1m/JrH1rm1t'nto ttmpl11m<~1111• i'lesorx,aui:,atl11 rn1 cu .. 
untmíco~ .. 
.~ • . \"/mmua} w1,t:dllw1s {,,:mhot;1nH:uln al~·1h·o. aln~ia, 
nvolhjfin), 
(i. Di.~/imftk,\' .\·m·ia;s. nu ·1ralrnUm ·c1nu no cs1udn. 
dcnot:mdt'I pcrd:is; lllJ$ lrnhifüladl!s inh!t'll\!!H::o:1is ·t! 
1m,dnti\•ns: 
1)11rnçílo dns sí11tmm1.1· 11rilldpais itl~ ln 5J. de 
11<!111 lllt'tltl.V 11111 11111.<. e ''º •/111/111~1 1lt:/ki1cil'i11 fSlll!O· 
mas ncgmivos. déíkit fundon:1I, e1~.). /1t•1· 11f'lo 111~· 
lltJS .W1ix 111<\~t',\*, 
SÍNDROME PSICÓTlCA COM 
PREDOMÍNIO DE DESOIHl1\NIZAÇÀO 
MENTAL E COMPORTAMENTAL 
Ao htdo dessa~ du:1s s11bl'onnas de símlro-
mc .csquizol'rênica. com sintrnn:1s ncgati,·os e 
com simomas pnsi1ivo~. potk'-sc idcntitkar um 
lt.·rt:l'iro.típ11, nt.Yq11;1f pi·.,•1ft11niu:1 :i d\.~Sof'J.'.;111i1a· 
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llfl!dj:.I C ')!l~,_-,:;i,i,'11 ·':-l"t.llJ ·'lil'!HMS ~:O.·-'_N 'l:~I 
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o!tW l·t~l!i'."'f'"Oll•\.\\l l '\Jl~l:'.i ;~'~S.'111 ll.< .• '):i1:111.i!)."4'tl 
u1n · ,1t'11~·!1~·11-1~.-.J 1:l1~11;li:.,111~lM"P"'' .nt1.;..tp111\,. 
q.tl:l!tlb!•hl 1111 ,."Sil!\·'llh:l:-1., l~ll~);~,"111 ill<\I ·;i*'h ISl'll· 
-im;i;; ''•' :-.1;~p~ 1!1'!.111;.1 '"l~'!tl•~.l 1110.1 '\l>mfn 01 
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·t»"!~t s111111i11h 1th•.'> s;1:11.it·'"''I :il1 'S\1,11,1?p11.a.,i1,11 
·;'·" 1•11.,,'r 11111 •!•I~!"·,' n.'lll!P r.~111!1nl1~ \' 
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·J•iS ·1:,\1,\llil/!'''""·' ,1'p• •:!1'.1':\ 1)1\1.11\l l\l\lll l!~ll,,,.j. 
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·~~:l\~.U~l llU1511)~1'll t!IJ •lll•lJ 11\I"' ;1p1:1'!11:11$'1i.l-11I 
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NOTA Dó EDITOR INGL:t:.S 
DER REALITÃTSVERLUST BEI NEUR -.osE 
AND PSYCHOSE 
(a) EDIÇÕES ALEMÃS: 
1924 1 m. Z. Psyc/w(lnaJ., .!.O ( 4), 3 7 4-9. · 
1925 G.S., 6, 409-14. . 
1926 Psychoanalyse der Neurosen, 178·84. 
1931 Neurosenlehre und Teclmik, 199-204. 
1940 G.W., 13, 363-8. · 
(b) TRADUÇÃO INGLESA: 
'T:-te Loss of Realify in Neurosis and · Psychosis' 
1924 C.P., 2, 277-11~. (Trad. de Joan Riviere.) 
,_ . 
\ 
Segundo uma ctlfcláraÇão. em norn de rodapé i\ tradução 
inglesa (C.,P., 2, 277), ela foi, na n~ulidade, publicada antes do 
original alemão. A presente tradução inglesa baseia-se na 
de 1924. 
Este artigo foi escrito em fins <le maio de 1924, pois foi 
lido por Abraham durante esse mês. Ele prossegue o debate 
iniciado no trabalho anterior 'Neurose e Psicose' ( l 924b) ,· l)~Íg. 
240, a:cima, o qual amplia e corrige. Algum.as dúvidm; u rcs· 
peito da validade dn distinção traçnda nestes dois trabalhos f:)· 
ram posteriormente debatidas por Frçud, cm ·seu artigo. sobre 
'Fetichismo' (1927e). . . · 
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A PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE 
E NA PSICOSE 
Recentcmentel indiquei como uma das características que 
diferenciam uma neurose de uma psicose o fato de em uma 
neurose ~&Q,;--em..s.~de.p~end~cia.d~uprimír um 
fragmento do 1d (f!a vida mstmtual), ao passo que;-enrmrm 
:psicõseesse mesmo egõ;as~do id, se afasta de um frag-. 
inento da realidade. Assini; pâra üiiiã'rieü'rôse o fator decisivo 
· seria a.·--préoomiiiãilcia da influência da ·realidade, ·enquanto 
para uma psicose, esse fator seria a predominância do id. Na 
· psicose a perda de realidade estaria necessariamente presente, 
ao passo que na neurose, segundo pareceria, essa perda seria 
evitada. 
Isso, porém, não concorda em absoluto com a observação, 
que. todos nós podemos fazer, de que toda neurose perturba de 
algum modo a relação do paciente com a realidade servindo-
lhe de um meio de se afastar da realidade, e que, em suas 
formas graves, significa concretamente uma fuga da vida real; 
Essa contradição parece séria, ·porém é facilmente resolvida, 
e a explicação a seu respeito na verdade nos auxiliará a com-
reender as neuroses. 
A contradição, pois, existe apenas enquanto mantemos os 
olhos fixados na situação no começo da neurose, quando o ego, 
a serviço da realidade, se dispõe, à repressão de um impulso 
instintual. Porém isso não é. ainda . a pr6pxia...rie.uras.e....Eluo.n:: 
siste antes nos processos QJ!.LtfJ.tllSl..Q.~!ILW!!~CnJ!.ªIY.i!.2_~­
J~(lrte. do ... id ... damficada .. : .... Jsto. ~ •• na_ i;:~aç,ãQ_ .~.f:>.n.~~!1 _ ~ .. !epr.e.~~~o . 
_e no fracasso da repressão. O afrouxamento do. relação com ·a 
rcaIT<làcfe-ír ümã~cónseqüêncià desse segundo passo na forma-
ção de uma neurose, e não deveria surpreender-nos que um 
exame pormenorizado demonstre que a perda da realidade afeta 
exatamente aquele fragmento. de realidaP,e, cujas exigências 
resultaram na repressão instintual ocorrida. 
1 ~Nctirosc e Psicose' ( l 924b) [neste volume, pí1g. 189]. 
229 
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·'' 1. ... . Nada de novo existe cm nossa caracterizaçlio úa neurose 
· .~, ,·como o resultado de uma rcprqssão fracassada. Vimos dizendo 
:·;;.isso por todo o tempo, 1 e apenas devido ao novo contexto onde 
<:.?~ estamos. considerando o assunt~ f~i necessário repeti-lo. 
.J 
. :;; ;:; · . .Inc1dentalmente, a mesma~ obieção surge de maneira so-
. ·;:.,:e.t;bremodo acentuada· quando estamos lidando comuma neurose 
.,. ~~'.\!:na qual a causa 'excitante (a 'cena traumática'.) é conhecida 
.. : :,{;:::~;e.onde se pode ver como a péssoa interessada volta as costas. 
·. :i ,;,:;;;;iif/,,;à::experiência; e a tra11sfere à amnésia. Permitam-me retornar, 
(:.'')JJ~:fo:.a)ítulo de exemplo~ a .um.caso analisado há muitos anos atrás,~ 
: .. :;. , 'j)f /f:!;em que a paciente, UIT\a jovem, estava enamorada do cunhado. 
;. : 1.:i1l°·f·:iDe pé ao lado do leito de morte da irmã, ela. ficou horrorizada 
·}~lflFde ter o pens~~ento: 'Agora ele está liv~e e pode .casar comigo.' 
'J ;J;íl:f~;lEssa .cena foi instantaneamente esquecida e assim o processo 
"·; ~!í.}!'·~de regressão,ª que· conduziu a seus sofrimentos histéricos, foi -~ (;Jjj:'f:acionado. Exatamente nesse caso é, ademais, instrutivo aprcn-
·: i.:;y.~·s,: der ao longo de que. via a neurose tentou solucionar o conflito. 
:~ f1!t ~~;;.Ela se afastou do valor da mudança -que ocorrera 'na realidade, 
. : :;.j:j >.reprimindo a exigência instint'ua~ que. h,a~ia su~gid<_> - isto é, 
::: :!!(~~-:-.seu aµior pelo cunhado. A reaçao ps1cot1ca terHu.1dQ .. u!l1a re· 
· ; . ·· · ; '-.';;; ;,,_: jeição" do fato da morte dá irmã. · --· 
:!i' i" .~õêfêtiiiíiiõiiesperarqüe:aõ' surgir uma psicose, ocorre algo 
·:;~ .. ·análogo ao processo de uma neurose, embora, é claro, entre 
.• (!:.~:':distintas i~stância.s. na mente.'. Assim, poderíamos esperar que 
":1; j:\ também n·a .psicos,'e duas etapas pudessem ser discernidas, das 
.· '(;'"'.quais a prim'Cirâ' àrrastaria o ego para longe, dessa vez parn 
. ~ fü.kf ' -------·--· ............. ____ ,, ... " 
· ·, ·1:'. ;:,'(. · t [A !!QÇÜO de QU!l o 'retorno· rut.r.eprimido' constitui 'a doença 
.. "i :~;r~!.; l![Opriamen!e dita' já está _enu!1ciada no Rascunho i< da corresponi1en-
. w;,·~ .. , eia com Fhess, de t.0 de ;ane1ro de 1896 (Freud, 19S0a). Pouco mais ; n ;::; ~:.tarde, Freu.!...Le.for11,1ulou essa idéia, utilizando !IS palavras concretas 
f;:11.· ,';.....'ff;.· racasso da defesa' cõínõ.eiiüívãre-n.t_çf a 're:@:ó.o::do~3~iifím1iJÕ1 na ~ 'i;t·;L Sêcao ll do segundo artigo sobre 'The •Neura.Psycliõses~orDefiÍncc' 
<!,"iP'< Cl896b>.J . · " .. . 
· ~Ji:: · • :? Em Estudos sobre a Histeri'a (1895d). (Edição Standard Dmsilei: 
; ;i·; L; ra, ,Vol. II, p4gs .. 205 e 21.6, IMA<?O Edito_rn, 1974. As palavras ~a 
.. '!'1' ;:'. p.nc1ente, Frau Ehsabeth von R., nao são citadas textualmente aqui.] 
•P L,; .. . a (A palavra alemã é 'Regression', não 'Yerdrii11g1111g' ('repressão'), 
i' ( em todas as edições.] 
· · 4 [Ver not.1 de rapapé 2 do Editor Inglês a 'A Organização Genital 
· · ' · Infantil' (1923e), pág. 181, acima.] ' 
230 
... ·' 
..... 
{ longe da rc~lidad~~Q.9..1.lj~nto___uçg!:l..'l~Jl..JÇ.!ltriria repa·;~~ o d~.n~ ·'. ,., 
I ca~sá~õ:~i~~.t_aQ.êl.~c;ecas .relaçqe_s __ do)!.lc:l_i~!4~(:u:.9.1?: a reahoade ' 
I 
às expcns.a.s _í!o _ _i.9_,_ E, de fato, determinada analogiã.aess1ftipo· 
, • . pode ser ol:)servada em uma psicose. Aqui há igualmente duas 
1 · j etapas, possuindo a segunda o caráter de uma· reparação. Acima 
1 disso, porém, a analogia cede a uma semelhança muito m'ais 
1 ( 
ampla entre os dois processos. O segundo passo da psicose, é 
verdade, destina-se a reparar a perda da realidade, contudo, 
_: n~o,às expensas de uma restrição ·do id - como acontece na 
! \ neurose às expe .. nsas da relação .com a realidade - senão· de,. 
li out~a maneira, mais autocrátiéá, .~_E!i..!9.~~ .. ~e __ u!lla_MYª , .. , ;·, r_i:,~ade que . não_ }~v.~!1.t.a._~1s .. ~~-~1!1e~I!las. objeçõe:s __ que a ! a.i:it1g!\ •. _que :foi· ábandonada. O segundo passo, portªnto, "i 
~-
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neurose coE1 ... ~L~J2sic<;>!,~ • .,_~--~P.E~~~~ -~~-~s _p_e~as !~,!ldê!1Ç.ta§; ~fil-x:f?~ri~J~~~!~°-}.~~1~:-ª~;-~~ii?i-!l.i!e~~º{ê·çi~ui~~~~-:s~~º~~ 
sao, p01s, ~~,.r~~.ã9~e~~~~elião ~-~~~ 
pi.~n?9,~no, áe S)ll!).TI~\sp.~s1ç~ ou, caso preferirem, de 
sua incapacidade - a adaptar-se às exigências da real.idade, à 
'Av(i.yx"1' [Nccessidade]J.1 A neurose: e a psicosé di'forcm Ümàj" 
da outra muito mais em sua primeira reação introdutória do 
que na tentativa de reparação que a segue. 
Por conseguinte, ~L4iferença iniciál assim se Clg)ressa no 
desfecho final: na neurose, um frag,mento da realidadeê ev1faão 
P.-~~P..~çiLd_U:_yg11:,_ao .• p_~_s§.o,_qµ~_I)_a,_p_s_lc;Q~~-ele e remo-
delado. Ou poderíamos dizer: na psicose, a fuga iniciaTeiüêC'.". . 
Cfiaapor uma fase ativa de :remodelamento; na neurose, a 
'-Ó. obedi~ncia inicial é sucedida por uma tentativa adiada de f~ga. 
Ou amda, expresso de outro modo: a neurose não repudia a 
realidade, apenas a ignora; a psicose a repudia e tenta substi~ 
tuí-la. Chamamos um comportamento de 'normal' ou 'sadio!.. 
se ele combina certas característíéas·C!e-ãml:5alf·-âs-rê'à'Ções -
se répudia a realidade tão pouco quanto uma neurose, mas 
se depois se esforça, como faz uma psicose, . por efetuar uma 
alteração dessa realidade. Naturalmente, esse comportamento 
conveniente e normal conduz à realidade do trabalho no m\mdo 
_ 1 [Ver ·o Problema Econômico do Masoquismo' (1924c). pág. 210, 
acima.] 
231 
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· externo; ele não se detém, corpo na psícose, cm efetuar mu-
danças internas. Ele não é maii:: autoplástico, mas alopltístico. 1 
. · ·: . Em uma psicose, a transformaÇãõ Ciãrealidã.élc e ·éxecutacia 
) . ?ºb.rc os precipitados psíquicos~_d? an~i~as,.relações ;om ela -
::; ; isto é, sobre os traços de mem!:>na, as ideias e os Julgamentos 
· ::y anteriormente derivados da re~lidade e através dos quais .u 
:~!:;:realid!!de foi representada na mente. Essa relação, porém, 
·: ·~:rjamais foi uma relação fechada~ era continuamente enriquecida 
,;;~;:·e al.terada por novas percepções. Assim, _;....p.~f.9.~.C. .. ~a111bém 
. ::h 1 ~1?,p_a_~~-S~!P.-.. ~ •. ~~~!i,i _d_~ _Ç.~!?s.~gµj,i: .P.i1~ª ... s.i ... P!.9f.!!~_ pcr.;epçõe~ d~ 
· ; J!., ~)~P.~}flle .. cs:i.i:.~~.P.º?~-ª .. !l ... ~O.Y~ .• r.~.a.~.~<i<:.~~. ~-1~sg __ rr.iu1~~ .i:~d.1c_al­
; ,:>! t. r mente se efetua mediante a alucmaçao. O fato de em ~antas 
· :. fü)'ffüiüãs-e~'cãsõsêi:e'psicose. as" pai:íirimésias) os delírios e as 
. ., .. : .. :.,ii.!' .. alu. cin.açõ.es. que ocorrem, serem '.d. e ... caráter m.uito afütiv.o e esta-f::::q .re+n ligados a uma· geração de ansiedade, é sem dúvida sinal 
. $,!'' ··de, que todo_o_p..!',.Q..c;i::sso,.::.d.eJ:.<a1:i,o..Q;elamento é levado a cabo t 
.. ; *}f ;'.·~9-~ti:.a.J_O.t:9!!.L9.1:Je se lhe_2p_i?..<?.~ :V!?i~"?,~eiife.-·Poaemos cons-
,; ,;,fh'tru1r o proc~sso seir?n~ o modelo âe um.a.....neuro~ com o qual 
, ,:...:\ ·~[~J'. est~mos · mai~ fam1hanzados. Nela vemo~ q;ie uma ~e~ção de 
.("' i~i!f:r ans e . a e se. esta ele · em re ue o mstmto re nm1do faz 
•. <2i~"·Ulha.arremet1da J2ara a frente, e~e O des eeho O CO fl'lW 
. ; :1!: ;i constitui a enas· uma conciliação e não proporcfona satisfação 
. :· ·r.; F'. c Provave~me!1.te.na·ps1cose o fragméntõãerealiéfããe 
<ri,' j re1e~ta .. consfanteJ:n!;fnte s~ impõe à mente, tàl qomo o instinto 
': ·~·;f~;:.i:eprimido ·õ:faz·~na"·)nêüfo·se, ·e "'é por isso que, em ambos os 
: ,: '':i,j;r}.:::;casos, os meçanismos· também são os mesmos. A elucidação 
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1
,1:: ~i.•'dós. di;;ersqs. mecanismos .que, nas psicoses, são projetados para 
' j 'f:iJ~·;afa~tar o indivíduo da .realidade e para reconstruir essa última, 
.. ; ~!)'.l.i:. c?nsti~u~ uma tarefa. para o estudo psiquiátrico especializado; 
;;·;:li'·ii:: .. amçla nao empreend1da.2 
.. ;~JHU~ ;;,~ ·Existe, portanto, outra analogia entre uma. neurose e uma 
" ;1H;:,ps1cose no fato de em. ambas a tarefa empreendida na segunda 
:_;~1g;;:.:= . ·, . __ ....................... ___ ,,.,., ................... .. 
". ·:• :t;i ;: t i [Esses termos são provavelmente atribuídos a Ferenczi, que os 
··;" :,:;;.~·;empregou em um artigo sobre{The. Phenomena of Hysterical Matcriali~ 
· · :i'f, l',:.zatíon'· (1919b, 24; trad. ínglcsll..: 1926, 97)., Aí, i:C!rém, ele parece atri· 
.". :;;.;·, ,buf.los a Freud, que, contudo, nao parece te-los utilizado em outro lugar 
. :.' ;:::·: ; que não fosse essa passagem.] 
· • !,;:; !;;.,;: 2 .[Cf., no :entanto, alguns começos feitos pelo propno Freud no 
' ~i~ ;:, caso d~ paranóia (Edição Standard Brasileira, Vol. XH, págs. 93.5, 
. ;'..':" 232 
- ··~ ~; 
I'•· :1. , ' : 
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etapa ser parcialmente mal sucedida, de vez que o instinto 
reprimido é incapaz ·de conseguir· um substituto completo (m1 
neurose) 'e à representação da realidade não pode ser remode-
lada cm formas satísfotóriâs (niío;· pelo menos, Clll todo tip:) 
de doença mental). A ênfase, porém, é diferente nos dois casos. ! , .. 
Na psicose, ela incide inteiramente sobre a primeira etapa, que •; 
é patológica cm si própria e só pode conduzir à enfermidade. ::-
Na neurose, por outro lado, ela recai .sobre a segunda etapa. <!<;:, .. 
sobre o fracasso da repressão, ao passo que a primeira etapa "·,. 
pode alcançar êxito, e realmente o alcança cm inúmeros casos, 
i ... .,, ,~· sem transpor os limites da saúde - embora o faça a um certo 
r• ''. ~ .... , preço e não sem deixar atrás de si traço do dispêndio psíquico 
.,1 ·"' J • .,l.1· \·que exig. iú. Essas distinções, e talvez muitas outras também, são 
resultado da diferença topográfica na situação inicial do con-
jflito patogênico'- ou seja, ,se nele o ego rendeu-se à sua .leal-
~de perante o mundo real ou à sua dependência do id; 
1 
Uma neurose geralmente se contenta em evitar o frag-
. mento de realidade em apreço e proteger-se contra entrar cm 
contato com ele. A distinção nítida entre neurose e psicose, 
contudo, é enfraquc;cida pela circunstância de que também na 
! neurose. não faltam tentativas de substituir uma realidade desa-
\ gradável por outra· que esteja mais de acordo com os desejos 
i do indivíduo. Isso é possibilitàdo Eela existência de um irwndd 
!... de f antasia,jl~ __ ':.1.!l.LdQif!,Íl!iO guc fícou separado do munél'õ"eF 
ter11_~.::.~t~Ena. .. época-da .. intr.QÓl1..ÇÍÍ.9 .... SLQ_J?J..tnf.1piõ"dtne<rltdade7 Esse do).llírtio .. desde .. ent~o Jqi mantido livre dàspretêii'Sõ'êsõãs 
~~g~.~~i~s. da,._v_ida,, .. como .. 1.!mâ: espéCie~de ..... ,reservâ,.;T ele"n[ó' é 
inacessível ao ego, mas só 'frõuxãfüeri're· ligàdif a· ele: .. :r:;··ac'ste 
mundo de fantasrà" qüe a nêúrôse"nàfü:(f'o material "para·suas 
·novas co~struções ·de tle~ejô' e ge_ral~.~~~ .·~nc'piitra éss·e-.tna. teri. ai 
pelo c~n:1?ho da regrc,ssao. a u~~. pas~~ .. :.r~.f ·mais· sausfa,t~~i.?; 
D1ficilmente se. pode duv1dar ... que o mundo da fantasia 
desempenhe o mesmo papel na psicose, e de que aí também 
!MAGO Editora, 1976) e da 'parafrenia' (Edição Stamlará Brasileira, 
Vol. XIV, págs. 102-3, 231·3 e 261·2, IMAGO Edílorn, 1974).J 
l [Cf. o artigo sobre os 'Dois Princípios do Funcionamento Mcn· 
tal' (1919b), Edição StanJ11rd Brasileira, Vol. XII, págs. 281 e 282, • 
IMAGO Editora, 1976.) 
233 
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'éle' seja o depósito do qual derivam os materiais ou o padrão 
,para construir a nova realidade. Ao passo que º/1.0.VO .• e .ima-. 
, · gi~rio mundo ..{Xte.tno 9e uma~ psicose tenta -.. cofocar-se no 
'. ·1ti$a);(da'réãli'í{ad~ee!::ei(g\;~ó dà,'Úell(Ôse·, pelo contrário está 
.. ó, ci;imO--ó"'bf'-" das crini'.qh~. a ligar-se a um frag.1).}_<:nto_ 
,). eahdade - f a cnto d1fürente daquele contra o e uai 
: : tem pe defende,r.:.se .:....., e emP.resttir a esse fll,g!fil..l!.t9 __ ul!l.a.Jm-
' porta~ga Cl!Q.~síal e um sígnificaµo s~~.r.eto..J]\!.e_n~s (nem sem-
. _;.:pre de ·mod9 intç.i.i.].!llilll-~~ap.ropriàdo.)-cha.nrn.m.Q~.-Q.e·si~b,mca. 
:; 1:yemos, assim, que tanto na neurose quanto na psicosé"foteressa 
.·j'~~: questão nã ....apenas-relativ~_JU.!.rrÍa perda da realidade, mas 
\·!;;também um substituto /iãrã a reàlidàd'f'. 
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UMA BREVE DESCRIÇÃO DA PSICANÁLISE 
(1924 (1923]) 
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sem ajuda? Ou trata-se de uma impaciência, de um movimento 
para transferir a outrem a responsabilidade por alguém que incomo-
da? Na maioria das vezes ambas as posições se mesclam, exigindo, 
uma manobra da nossa parte: como oferecer, face às exigências dei 
internação e seus similares - que apontam para uma intenção de\~ 
livrar-se daquele que transtorna um reconhecimento do transtor- f 
no, e uma proposta concreta de abordá-lo por outra via que não a 
da exclusão? De qualquer fonna, se queremos privilegiar a palavra 
•.--,,, ..... .,.,...,.~~"""'""""-"'•"""""' ..... -:,,. ., . ...,.,...;.,..,,;~·~,..:;,>c:..,.,.,-......-,~.......,..,..,..~1-.......,,"'""' 
do sujeito, não podemos fazer ouv!Clos moucos para aque es que o 
cercam; necessitamos tâmbêm dé''sua anuência para' tjüe õ sujêlfo 
se faça escutar, }~çiusive perante eles. 
A esta palavra, matéria-prima do tratamento, cabe-nos cavar-
lhe um lugar - quando partimos do princípio de que o sujeito fala, 
situando a materialidade do seu dizer como o alicerce possível da 
nossa construção. 
40 
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A psicose, questão do suieito 
A psicose: questão do sujeito? 
Trata-se, neste texto, de situar uma dimensão que nos parece 
essencial para o p;nsamento da loucura: esta dimensão da experi-
ência da lo.ucura que é a psicase como questão do sujeito. 
Isto não significa dizer que a experiência da loucura "pertence" 
. apenas aos loucos; implica, porém, numa diferença a ser levada 
em conta, sob pena de falsearmos gravemente o problema a tratar. 
Examin'emos, por exemplo, os pronunciamentos do tipo "é a 
família toda que está doente", ou "é preciso tratar de toda a famí-
lia". Há um aspecto importante aí, no sentido em que, quando um 
membro de uma família enlouquece, isto perturba seriamente o 
grupo familiar; com certeza, a família precisa de apoio e auxflio 
para lidar com esta perturbação. Todavia, qualquer ajuda se toma 
impossível se não reconhecennos que há ali uma determinada pessoa 
vivendo uma situação peculiar: há uma pessoa que está ouvindo 
vozes, que tem seus pensamentos lidos ou roubados, que não está 
conseguindo dormir, ou não tem como impedir-se de andar sem 
parar. Há alguém que está sendo afetado de forma direta, própria, 
diferente: se não admitirmos isto, se ignorarmos este aspecto pes-
soal e intransferível do sofrimento psíquico, estaremos dando um 
primeiro e irreversível passo para a exclusão da loucura. 
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Pelo contrário, se o reconhecemos, é claro que isto i~_e,~!~ª 
num convite para que os próprios loucos ü1l~II,1.Q(),.que.se.passa, 
para qué construam como possível uma explicação, um quebra-
cabeÇás ou uma·resposta·para as_estr~11has. coisa,s que vivem. 
Isto se pode fazerdeTÔrmâ~ diversas, conforme a diversidade 
dos espaços: falar da própria loucura para o terapeuta não é o 
mesmo que falar dela para um amigo; também não é o mesmo 
; que escrever um livro ou dar um depoimento público a este res-
: peito. E, ao lado da construção que os próprios loucos podem 
· fazer da sua experiência, há também um outro tipo de constru-
ção, legítima e necessária: aqÚela das idéias que osnão loucos 
fazem da loucura, quando se deixam verdadeíramente interpelar 
por suas questões. 
. É esta a construção à qual nos dedicaremos aqui. Se - até hoje, 
pelo menos - muitos de nós não passamos pela experiência de 
comunicações telepáticas ou de contatos diretos com a TV, temos 
n~s esforçado por acompanhar, com solidariedade e interesse, 
aqueles que a sofrem; esta busca, que suscita nossa curiosidade 
·intelectual e provoca o nosso pensamento, nos pennite e nos con-
vida a debater as experiências da loucura. 
O sujeito: qual? 
Por que recorremos ao termo "sujeito"? É um termo. que nos 
vem da filosofia, onde encontra acepções diferentes, que não am-
bicionamos examinar aqui. Todavia, há uma concepção do "sujei-
to'" que, embora não tenha nascido do pensamento filosófico, veio 
problematizá-lo e trazer-lhe alguma coisa até então impensada, 
alguma coisa sem registro em sua tradição: trata-se do sujeito tal 
como apreendido pela psicanálise, referido por Lacan como o su-
jeito do inconsciente. 
42 
Este sujeito do inconsciente, nós o encontramos em sua pri-
meira apresentação no texto de Freud. Procuremos examinar aqui 
alguns de seus indícios e pegadas - lembrando que sua presença 
traz marcas decisivas para as experiências da loucura que deseja-
mos considerar. 
Chega-se ao sujeito do inconsciente pelo viés do falar a alguém 
de uma maneira até então desconhêciefa. O tra5alfíôCleFreudhá 
de apostar nas conseqüências da invenção desta fala, chamada 
então de associação livre - já não mais induzida a tematizar isto 
ou aquilo, mas convidada a seguir seu curso, sem preocupar-se 
com sentido ou censura. A fala assim endereçada, sem qualquer 
outra ordem que não aquela inerente a seus próprios trilhos, coo~ 
siste por si mesma na matéria que se trata de interrogar. 
Este falar a alguém de uma maneira até então desconhecida 
implica num laço criado só então entre o dizer de um sujeito e seu 
destinatário: o laço da transferência. Este laço tem como peculia-
ridade o constituir-se como essencialmente assimétrico, ao mesmo 
tempo em que deve destituir qualquer relação de dominação ou 
poder. Assimétrico, porque não se trata de duas pessoas conver-
sando uma com a outra, logo em comunicação; não se trata 
tampouco de uma que fala o tempo todo ·e outra que apenas escu-
ta: trata-se de colocar em pauta a fala de um sujeito. Ora, um tal 
ato tem como condição a impossibilidade de domínio: não cabem 
aí nem o comando declarado da hipnose, nem aqueles mais sutis 
da sugestão. 
o falar assim a alguém, constituindo este nova fonna de enlace 
da palavra, há de mostrar aguilo onde a palavra tropeça: a sexuali-
dade. A palavra tropeça na relaçã~ sexual que~ ímpossí--· 
~~ . . 
vel do encaixe entre homem e mulher, fala e escuta, palavra e 
coisa. Estranha sexuaHdade humana: a pulsão é sempr~ parcial, 
. --···" ... -··-·' ·- _ .. -----"- _ ... -~ ·--.. ··-------~""""'--. _________ •,_. ___ .---------, 
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s~u opleto~~~?.~~~~-c.om~.~:~_:,9.IPJ?!~.tn~r:'!.9- A criança já sofre 
dêstê embaraço: para stia surpresa, Freud há de constatar que o 
sujeito se remete inevitavelmente às questões que a sexualidade 
lhe trazia na infância, tendo como único recurso para situar-se no 
campo da diferença sexual a saída problemática da castração -
onde gozo e culpa desde então se entrelaçam, de forma tal que um 
já não mais poderá comparecer sem apelar ao outro . 
O tropeço da palavra a impele ao salto, ao deslizamento, ao 
contorno: neste falar da análise inscreve-se o sonho, onde se pro- \
7 
cura dizer de outra maneira alguma coisa, e onde alguma coisa se 
repete como impedida de dizer. O lapso, o chiste, também nos 
mostram esta operação: assim como o sonho, são formações do 
incoriscie~te que interrompem, desviam, desconcertam um senti-
do que parecia dado . 
A associação livre e a transferência; a sexualidade e a castra-
ção; o sonho, o lapso e o chiste; o fantasma - eis os traços que nos 
levam ao sujeito do inconsciente, este que, como diz Lacan 
problematizando Descartes, pensa ali onde não estou. Este que só 
pode falar pela minha. boca, sem coincidir comigo; este que se 
ancora em minha carne, sem aderir-se a ela; este que só pode 
habitar meu corpo, sem aí encontrar lugar certo; este que só pode 
surgir como produção e problema da linguagem, sem esgotar-se 
em suas soluções . 
A este sujeito, então, chamamos de sujeito do inconsciente, 
distinguindo-o assim, dentre o~tros, cio sujeito fenomenológico, 
concepção onde se ancorou o trabalho psicopatológico da psiquia-
tria clássica; distinguindo-o do sujeito tal como pode pensá-lo a 
psiquiatria biológica dos nossos dias. 
O sujeito da fenomenologia é o sujeito da consciência, reino do 
sentido. Trata-se de um sujeito capaz de tornar-se dono de si, um 
44 
sujeito que se ordena em tomo de seu centro, cabe em seu lugar, 
encontra-se nas suas significações; pode reconhecer sua responsa-
bilidade e absolver-se de suas culpas. Ali onde isto se rompe, rom-, 
pe-se o sentido, e o sujeito, por conseguinte, desaparece. Tal' 
desaparição atribui~se à ação da doença; embora afirme que não • 
se conhecem causas somáticas para o processo psíquico, ou psi-
cose, Jaspers parte do princípio, ainda, de que serão mais cedo ou 
mais tarde descobertas. 
O sujeito da psiquiatria biológica. é o homem neuronal. Seu 
paradigma é o paciente dito deprimido: na C()n.cepç~c,> atu,1:t.l dl,!. e)~~ 
pressão, o sofrimento ou a infelicidade, totn.{l.cJ.O..S...Q.Q~l1Ç!l! perdem · ;~ 
qualquer refação com o sujeito e sua vida; resultang.QJ:J.~ J.!~;p,_;!': , . 
· t~~~ação dos riéürotrà~~mi~;~t-~s~ ~~~j~~:~~~cl;;;P-rn.b1~mªfü:.!_ da ; . 
culpabilidade, pretendendo inSiftÜir U!!!_!_ujeito desculpado. 
---------·~·~-·---·~·--- ------------··-.---·-- - ·-.... ·--~···----.. ·--~ .. 
Ora, no que diz respeito ao sentido, a psicanálise nos mostra 
que o., sujeito do inconsciente, quer escute vo~es oq não, não s~ ... 
acomoda aí: descentrado, não se perten~e; mane~ oti.escapple, 
/ ;_/ ·- .. - . - . . .. • 
~~e-~}}o da meada, ~~cup~r_-ª-~e,_!lQl.Jtra~~stóri~'. tl~~ s~ _ _(ln- · 
contra lá onde se çrê. Quanto à culpabilidade, sem poder iderifificá-/'·.. // '. /"' ., ___ .., ... 
la, ô-sujeito do inconsciente não tem desculpa: a culpa lhe apare-
ce, como dissemos, de fonna indissociável do gozo. '!.~ªtª-:!l~. 
um sujeito sempre às voltas com uma acusação. Freud referia-se, 
~ui, a urna culpabilidade inconsciente - denominando como 
supereu a instância psíquica que acusa. O que faz freqüentemente 
o sujeito? Na impossibilidade de provar-si;: inocente diante de um 
~·~rdo, el~.P.!2.~~~aii:_seg_gozo.JisLPróp_Li.~~-
go, evidenciando urna certa posição masoquista fundamental: ao 
senifr-se culpada pela própri~~~cit;Ção ~~~~;c~~·~r~~~;:;s ir~~d 
riuinfü~11ss1mo texto, a criariÇa'sê'mastü'rba fantasiando-se 
espancada. 
45 
O sujeito psicótico 
Temos como objetivo, nesta parte, mostrar como a questão da 
psicose configura-se para o sujeit~ do inconsciente. Trata-se de 
uma questão interna ao âmbito psi, certamente - como pertence a 
este âmbito o próprio termo "psicose". Todavia, não devemos 
furtar-nos a examinar as questões fonnuladas no âmbito psi, des-
de que reconheçamos não só os límites necessários ao traçado de 
qualquer campo, mas, também e sobretudo, a insuficiência deste 
campo específico para abordar ?s múltiplos aspectos relativos à 
experiência da loucura. 
Feita esta ressalva, prosseguimos principiando porum retor-
no à psiquiatria clássica, aqui ilustrada poralguns trechos da 
fenomenologia de Jaspers. 
Nos processos psíquicos, ou psicoses, diz Jaspers, não poderí-
amos encontrar nenhuma alteração primária da memória ou da 
inteligência, da orientação ou da atenção, ou de qualquer outro 
aspecto da vida psíquica relacionado à capacidade intelectual ou à 
lucidez de consciência. Os transtornos que aí encontramos não 
podem, tampouco, ser relacionados a qualquer alteração orgânica, 
permanecendo inteiramente hipotéticas, como vimos, todas as ten-
tativas de explicação por esta via. Por outro lado, são transtornos 
que não apontam necessariamente para um deficit, e sim para uma 
diferença, cuja incompreensível estranheza chama a atenção. Te-
mos dentre el~ justamente, os delínos, ou mterpretações bizar-
ras; às "vozes", ou alucinações auditivas ou verbais; as alterações 
da consciência do eu, como as idéias de adivinhação ou roubo do 
próprio pensamento. 
Estes fenômenos, descritos por Jaspers como característicos 
dos processos psíquicos, também impressionaram, por sua singu-
46 
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f 
laridade, vários outros autores de grande importância na psiquia-
tria. Assim, Clérambault irá reuni-los sob o tenno de "automatismo 
mental"; também irão compor os conhecidos sintomas de primeira 
ordem de K. Schneider. 
Procuremos resumir: todo o esforço do trabalho psicopatológico 
de autores como estes que citamos, colocam, de um lado, os casos de 
sofrimento psíquico que nos. são compreensíveis, que são, por assim 
dizer, mais próximos de nós; que nós podemos mesmo já ter experi-
mentado, ou, no mínimo, podemos nos imaginar experimentando; 
são os desenvolvimentos anonnais da personalidade, segundo Jaspers, 
e corresponderiam àquilo que hoje éhamamos de neuroses. Num se-
gundo grupo, teríamos os quadros de transtornos psíquicos decorren-
tes de alterações orgânicas conhecidas, repartindo-se em dois sub-
grupos: os processos orgânicos, ou demências, e as psicoses sintomá-
ticas. E, num terceiro grupo, temos os processos psíquicos, também 
conhecidos na tradição psiquiátrica como psicoses endógenas: são 
aqueles onde encontramos, ria ausência de qualquer distúrbio somático 
causal, os curiosos fenômenos esboçados até agora. É este o grupo ao 
qual reservaremos aqui a denominação de psicose. · 
. -Si~~!!l.?s Jaspers na sua Psicopatologia geral, 1 a propósito dos 
· delfrios,\09de insiste em estabelecer algumas distinções clínicas 
'imp·011ãrííes. Distingue as idéias delirantes verdadeiras - aquelas 
que remontam em sua fonte a uma vivência delirante primária, 
que são incompreensíveis, e só se encontram nos processos psí- · 
quicos, ou psicoses - das idéias deliróides, que nascem compreen-
sivelmente a partir da personalidade, da situação e do estado de 
ânimo do indivíduo. As vivências delirantes primárias, diz o autor, 
" ... são modos de vivência inteiramente estranhos para nós". Con-
sistem, em última análise, na presença ou irrupção de novas e 
inexplicáveis significações no psiquismo do paciente. 
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Jaspers traz alguns exemplos. "Gestos, palavras ambíguas, fa-
zem insinuações secretas. Na forma de observações inocentes, 
como por exemplo, "os cravos são belos", as pessoas pretendem 
coisas muito diferentes do que parece". Segundo um p<1\ac1m::, 
"certas palavras, ao passar, eram sempre dirigidas a ele. No jonrnl, 
nos livros, por toda a parte, há coisas que se lhe referem, signifi-
cam avisos, injúrias ... " 
Um outro paciente dirá: "Numa destas noites. se ímpôs a mim 
de repente e de modo muito natural e evidente que a srta. L é a 
causa provável destas coisas simplesmente horríveis que tive de 
nos últimos anos, como a influência telepática ... " 
Devemos considerar o sistema delirante como o produto de 
um tr-abalho de elaboração pelo qual o sujeito tenta explicar as 
estranhas significaçõys que lhe ocorrem: isto se compreende. Mas 
a ocorrência das novas significações as vivências delirantes pri-
márias - permanecem irredutíveis a qualquer compreensão. Ve-
mos, assim, que o delírio não consiste simplesmente na afirmativa 
de ser Napoleão ou de sofrer a perseguição dos marcianos; Ç pre-
ciso que tais assertivas se alicercem num tipo de experiência ond 
se destaca o caráter de evidência imposta, de revelação de nov 
significações. 
Consideremos agora as "vozes", oq alúcinações verbais,J;aís 
uma vez seguindo Jaspers: " ... sugerem~ceisas aQ çlpente,JnMrro-
gam, xingam, ordenam. As do pacíente são acompanhadas 
de observações; ou então. são palavras sem sentido, repetições 
vaziai;. Muitas vezes o paciente ouve seus pensamentos em voz 
alta" :_ a chamada sonorização do pensamento · · 
Jasper~ cita o relato de um paciente: "São tão estranhos como 
horríveis e humilhantes pàra mim os exercícios e experimentos 
acústicos que há quase 20 anos com meus ouvídos e 
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meu corpo ... Muitas vezes uma única soava sem interrup-
ção 2 ou 3 horas seguidas. Ouviam-se, então, discursos longos 
sobre mim, em sua maior parte de conteúdo injurioso; o que se' 
dizia continha sempre pouca verdade, com mentiras e calúnias 
vergonhosas a respeito de minha pessoa e freqüentemente tam-
bém das outras. Muitas vezes se declarava ainda que era eu 
· dizia aquilo tudo ... " 
Finalmente, vamos ao terceiro grupo fenômenos que nos pro-. 
pusemos a considerar a,qui cQmo típicos dos processos psíquicos: as' 
. ~çõe;d~;~~;i2ncia do-;;;;} A este propósito, Jaspers observa 
-...... _t.· 
que~_!!!_yi!,L".l, ps..iq!JlÇi\ _6asei1':-Se n.uma certa evidênc_ia de o 
nosso pensamento nos pertertce, é pensI\d,O pornós.me~mos. Isto se 
desmorona nas-alteraÇões dá con"~~iê~da do eu, naquilo que os. pró: . 
. ,,, .- ·' .. _. , .. " ' -~- - .~,-- ..... ~ .,, 
prios pacientes denominam, por exemplo, de pensamentos feitos: 
"Pensam alguma coisa corltul:IO, sentem que Ílm outro pensou os 
pensamentos e lhos impas de alguma maneira. O pensamento surge 
diretamente com a consciência de que não o pensa o paciente, mas 
outro poder estranho." Desta mesma ordem são as subtrações ou , 
roubos de pensamento: "Um pensamento desaparece com o senti- . 
mento de que acontece provocado por fora!' Isto afeta não só o 
pensamento, mas toda a da ação voluntária: o falar, o agir; 
são as vivênc.ias de influência. Um paciente diz: "Não gritei de ma-
neira alguma. O nervo da voz é que berrou em mim" ... Outros 
sofrem excitações sexuais forçadas. ou têm os seus corpos expostos 
.a abusos sexuais telepáticos. Outros 
mentos são conhecidos por todos. 
ainda, que seus pensa-
Os relatos são fiéis, con-espondem àquilo que encontramos co-
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quica, chegando a atingir o próprio corpo; a perdade privf!:~~g.!lde, 
'o estar expostô, estaf à mercê; a irrupÇão ~o estn_i,nhp e dp enJg-
'~átÍ~~; o-t~a~o dã-êvidêridá'e d~ revêt~Ção: Êtudo 'ist~. não·~ 
-~sq~teÇàmós;Ki~postoaó- psicótiê~ cÍesâefÓ~a. 
------~------:~:---:-:----~--:----~---.~ 
Até aí, a fenomenologia vai bem - bem me or, certamente, do 
que a pobreza das apresentações dos sintomas psicóticos que en-
contramos nos manuais de psiquiatria baseados no DSM-IV e no 
CID-10. Todavia, a partir daí ela não vai mais - e por quê? Porque, 
como vemos, a fala destas pessoas é recolhida a título de ilustra-
ção de um desarranjo, utilizável para uma identificação diagnóstica, 
mas não. como material para seu próprio trabalho de cura; _ _!~-~­
~e q.ue ... aquele_q.ue_djz.J<QjJl!l.2 tais não tem como respoJ!cler. por_ 
----.. ---· -~--····-····'· ., ... ·- ----· . 
elas, n~o tem como implicar~se [l~ qJ!e ~j_z,;_ ~i.nda _q_ue_ possa ser_ 
tratado, não tem engajamento possível

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