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Wa1 - Adm - Mercado de Capitais

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Mercado de Capitais
WebAula 1
	Visão geral
	
	Apresentação da disciplina:
	
	A disciplina de Mercado Financeiro e de Capitais tem a finalidade de proporcionar aos alunos a oportunidade de compreender e entender o Sistema Financeiro Nacional, as políticas que interferem no Mercado Financeiro, os Ativos Financeiros, e os Mercados de Ações, Bancário e os Derivativos.
	
 
	Objetivos:
	
	Entender o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional e a formação dos fluxos de fundos entre agentes tomadores e aplicadores de recursos.
Perceber como a Política Monetária, Fiscal e Cambial é utilizada e qual a influência que exercem sobre o mercado financeiro.
Conhecer os tipos de produtos financeiros disponíveis no mercado financeiro e suas avaliações e operações no mercado.
Aprender o funcionamento do mercado bancário, o processo das intermediações financeiras e suas operações.
Compreender o funcionamento do mercado de ações, seus conceitos gerais, formas de negociações, tipos de ações e de mercados.
Entender o funcionamento dos produtos derivativos, os tipos de negociações e outros aspectos mercadológicos e fiscais.
	
	Conteúdo Programático:
	
	Unidade I
- Sistema Financeiro Nacional.
- Política Monetária, Fiscal e Cambial.
- Mercados e Ativos Financeiros.
Unidade II
- Mercado Bancário
- Mercado de Ações
- Derivativos
	
	Metodologia:
	
	
	Os conteúdos programáticos ofertados nesta disciplina serão desenvolvidos por meio das Teleaulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dúvidas em tempo real), Aula Atividade por Chat para aprofundamento e reflexão e Web Aulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e estudos independentes (Portfólios) além do Material do Impresso por disciplina.
	
	
 
	Avaliação Prevista:
	
	
	O sistema de avaliação da disciplina compreende assistir a teleaula, participação no fórum, produção de texto/trabalho no portfólio, realização de quatro avaliações virtuais, uma avaliação presencial embasada em todo o material didático, teleaula, web aula e material complementar.
	
WEB AULA 1
Unidade 1 – Mercado de Capitais
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Olá pessoal,
É um com grande satisfação que estou apresentando a disciplina de Mercado Financeiro e de Capitais para vocês. Sou a profa. Karen Manganotti, e é com alegria que vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre esse tema muito comentado na atualidade, quando se pensa em investimentos pessoais e organizacionais. É evidente que não temos uma receita perfeita para sempre obtermos bons lucros ou como desejo, de muitos ficarem milionários, mas entender o Mercado Financeiro pode auxiliar para que este desejo se torne realidade.  É importante ressaltar que esse tema interage com muitos agentes, e com isso, necessita de constantes atualizações. As informações e os objetivos podem evoluir conforme o desempenho do mercado financeiro.
UNIDADE 1
Sistema Financeiro Nacional
          Para iniciarmos o nosso estudo nesse tema é muito importante compreender e entender o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN) que abrange um conjunto de instituições financeiras. De acordo com Fortuna (2011), o SFN procura proporcionar condições entre os fluxos de recursos satisfatórios entre os poupadores e investidores.
          Com base nesse objetivo, quando nós investimos ou poupamos dinheiro através de instituições financeiras estamos ligados ao Sistema Financeiro Nacional. São estes agentes que permitem o crescimento econômico do país, bem como, permitem a elevação ou diminuição das taxas para os investidores, bem como para os poupadores.
          Antes de iniciar esse assunto, um conceito importante são os agentes superavitários, ou seja, que geram excedentes aos que consomem (poupadores) e os agentes que estão na posição inversa que são chamados de agentes deficitários, ou seja, que precisam de poupança alheia para complementar as suas necessidades.
          Outro conceito utilizado para explicar o Sistema Financeiro Nacional é do autor Assaf Neto (2012, p. 39):
O Sistema Financeiro Nacional pode ser entendido como um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visa, em última análise, transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os deficitários.
Para esclarecer, observem a figura abaixo que apresenta a estrutura do SFN e percebam que há duas divisões principais: Subsistema de Intermediação e Subsistema Normativo.
Figura - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
          Sobre o Subsistema de Intermediação pode-se dizer que tem a finalidade de viabilizar o atendimento das necessidades financeiras de curto, médio e longo prazo, manifestados pelos agentes econômicos carentes de recursos, aplicando ao mesmo tempo o excedente monetário dos agentes superavitários, com um mínimo de riscos.
          Esse subsistema é composto por: Instituições Monetárias e Não Monetárias; Instituições Auxiliares; Instituições não Financeiras e pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos.
          O Subsistema Normativo é formado pelos: Banco Central do Brasil; Conselho Monetário Nacional; Comissão de Valores Imobiliários e através das Instituições Especiais que possuem como finalidade promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir os interesses da coletividade.  
Para conhecer com detalhes cada órgão vinculado ao Sistema Financeiro Nacional, vamos acessar o Portal do Investidor e conhecer as principais funções de cada instrumento ou instituições financeiras mencionadas acima.
Acesse o link:
<http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Investidor_Estrangeiro/o_mercado_de_valores_brasileiros/Estrutura_Funcionamento.html>.
          Após essa pesquisa, com certeza percebemos que alguns Bancos têm foco específico, ou seja, tem maior atuação na habitação como faz a Caixa Econômica Federal.
          As atividades vinculadas ao Sistema Financeiro Nacional podem ser alteradas ou modificadas, assim por ser uma área em constante mutação, devemos conhecer e acompanhar quais são os programas lançados pelo Governo, e analisar qual a instituição que melhor pode auxiliar a sua organização de forma a favorecer o crescimento e o desenvolvimento.
          Assim, foca-se nesta primeira unidade O Sistema Financeiro Nacional, ou seja, a instituição que regulamenta os recursos financeiros entre os agentes superavitários e os deficitários no Brasil. Porém é importante ressaltar que em cada país, há instituições e órgãos específicos que permitem a organização do mercado financeiro.
            Para entender as diferenças do sistema financeiro em outras nações, Rosseti (1997 apud PINHEIRO, 2012) apresenta os seguintes aspectos:
Os padrões com que as instituições normativas interferem nas regras de intermediação;
A diversidade das instituições de intermediação e de suas carteiras operacionais;
A estrutura dos ativos financeiros, monetários e não monetários, quanto a taxas de participação de cada um deles no estoque do sistema como um todo;
Os graus de abertura em relação ao sistema financeiro internacional.
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)
          É comum ouvir no noticiário que a Taxa Selic aumentou ou abaixou, e a pergunta que vem à nossa mente é: que diferença isso faz nas nossas vidas? Para que serve a SELIC?
          Para conhecer esse assunto temos que compreender que a taxa SELIC representa um serviçocoordenado pelo Banco Central, destinado à custódia de títulos públicos federais, estaduais e municipais, bem como à liquidação e registro de operações com base nesses títulos.
          Como grande parte dos títulos públicos e privados não são emitidos fisicamente, exige-se maior organização em sua liquidação e transferência. Assim, foi desenvolvido o Selic eCetip para controlar essas operações em tempo real.
          Um exemplo dessa operação é realizado através do computador que imediatamente transfere o registro do título para banco comprador e faz o crédito na conta do banco vendedor, e ambas as partes envolvidas têm a garantia da validade da operação efetuada.
            Deste modo, o Selic visa promover a segurança e a eficiência na administração dos títulos, de forma a operacionalizar os negócios no mercado e reduzir o risco e mal-entendidos.
          Como todo o mercado financeiro é interligado, não poderia deixar de citar o comitê que desenvolve as diretrizes da política monetária, chamada de Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa Selic a ser praticada no Brasil.
Uma curiosidade da SELIC é que, por se tratar de um serviço, com o tempo se tornou o nome de uma taxa, a famosa taxa Selic. Originalmente tem o nome de Taxa Básica de Juros ou Taxa Meta. A taxa Selic é a taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais.
Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip)
Conforme Pinheiro (2012, p. 84), “[...] a Cetip é o local em que se custodia, registra e liquida financeiramente as operações feitas com todos os papéis privados e os títulos estaduais e municipais que ficaram fora das regras de rolagem”.
As sensibilizações financeiras por meio sistema ocorrem, obrigatoriamente, no dia útil seguinte dos processamentos (sistemática D + 1).
Para saber mais sobre a Taxa Selic, o cálculo e também sobre o Sistema Financeiro. Acesse:http://www.bcb.gov.br/?SELICTAXA
Cliquem nos quatro tópicos disponíveis:
Descrição, Diária, Mensal e Variação. Aproveitem e se atualizem sempre!!!
UNIDADE 2
POLÍTICA MONETÁRIA, FISCAL E CAMBIAL
          Na unidade 1, comentamos sobre o SFN e toda sua estrutura, bem como, nos seus agentes e a importância de cada subsistema. E durante todo o tempo falamos das políticas econômicas que compreendem: monetária, fiscal e cambial. Alguns autores inserem a política de rendas também como parte da política econômica, porém, para o nosso estudo vamos nos ater apenas aos três primeiros acima mencionados.
          Mas antes de iniciar o tema, temos que entender que o Estado exerce sua atividade através das políticas econômicas, objetivando promover o desenvolvimento econômico.
          Quando falamos em políticas de desenvolvimento econômico, elas abrangem: garantir pleno emprego e sua estabilidade, equilibrar o volume financeiro das transações econômicas com o exterior, a estabilidade de preços e o controle da inflação e promover a distribuição das riquezas e das rendas.
          Com essa definição, percebemos que toda e qualquer atividade relacionada ao cotidiano como: compra no supermercado, utilizar a energia da sua casa, entre outras, está vinculada à política econômica e à importância de compreender como atua.
Política Monetária
          Primeiramente, precisamos entender o conceito de política monetária. Conforme Lagioia (2007, p. 2), a política monetária pode ser definida como “[...] o controle da oferta da moeda e das taxas de juros que garantam a liquidez ideal de cada momento econômico, ou seja, é a maneira como o Estado controla a quantidade de dinheiro que circula na economia”.
          “A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, títulos públicos e taxas de juros, modificando o custo e o nível de oferta do crédito” (ASSAF NETO, 2012, p. 20).  
          Com isso podemos deduzir que se houver um recolhimento compulsório menor, terá mais recursos para a economia, reduzindo consequentemente a taxa de juros cobrada.
Política Fiscal
          A política fiscal é a que mais interfere nas nossas vidas, pois a carga tributária que pagamos é utilizada para despesas e receitas do Governo. Nesse caso, temos agora o Congresso Nacional que aprova os orçamentos do governo. Já na política monetária descrita anteriormente o órgão responsável é o Banco Central.
          Para Lagioia (2007, p. 7), política fiscal: “É a política de receitas e despesas do governo. Envolve a definição e a aplicação da carga tributária exercida sobre os agentes econômicos, bem como a definição dos gastos do governo, que tem como base os tributos captados”.
          Diferentemente da política monetária, temos como objetivos na política fiscal: a função alocativa, distributiva e estabilizadora.
          “A tributação deve servir como instrumento para a correção de desequilíbrios conjunturais para a obtenção de taxas satisfatórias de crescimento” (REZENDE, 2001; GIAMBIAGI; ALÉM, 1999 apud LIMA; CRAVEIRO, 2003, p. 9). Podemos concluir nesse contexto a relevância do tema nas definições dos tributos.
          Com o equilíbrio, pode-se entender que o contribuinte deve contribuir com uma parcela justa para cobrir os custos do governo, e que quem ganha mais deve ter um tributo proporcionalmente maior e que para que sejam justos, os impostos devem ser tais que minimizem os possíveis impactos negativos da tributação.
          É relevante dizer que quando o governo não arrecada o montante necessário para pagar as dívidas, ele será obrigado a recorrer ao endividamento, absorvendo recursos no setor privado.
Política Cambial
Iremos verificar no estudo da política cambial, o último item deste tópico, onde as cotações de câmbio são fundamentais para que as transações internacionais aconteçam, e claro, de modo que as exportações e importações interfiram no mercado financeiro. Vamos a seguir, entender os dois conceitos:    
A política cambial está baseada na administração das taxas de câmbio, promovendo alterações das cotações cambiais, e, de forma mais abrangente, no controle das transações internacionais executadas no país. É fixada de maneira a viabilizar as necessidades de expansão da economia e promover seu desenvolvimento econômico (ASSAF NETO, 2012, p. 26).    
          Para Lagioia (2007), o conceito de política fiscal está ligado ao de política monetária, e destaca-se desta, por atuar mais diretamente por se tratar com as transações econômicas do país com o exterior.
          Podemos dizer assim, que a política cambial está ligada diretamente atrelada à taxa de câmbio, que expressa à relação entre unidades de uma moeda e outra. Portanto, a taxa representa o valor monetário que um país aceita para negociar sua moeda, seja para venda seja para compra.
          Um exemplo muito conhecido é o Dólar e a nossa moeda, o Real. Assim quando sabemos que $1 dólar é igual a R$2,00 estamos fazendo a relação entre as duas moedas, atualizada diariamente de acordo com as transações financeiras do dia.
          O desempenho das exportações pode ter grande impacto monetário na medida em que o ingresso de divisas significa conversão para reais e emissão da moeda. Uma política cambial favorável deverá permitir ao nosso país um volume maior da nossa moeda com o exterior, tanto na exportação como na importação.
          Para aprofundar sobre a política cambial, iremos diferenciar as taxas de câmbio: o câmbio fixo, o câmbio flutuante e o currency board. Segundo Assaf Neto (2012, p. 27):
 
Câmbio fixo: tem seu valor atrelado a um referencial fixo, como ouro, dólar, ou até mesmo uma cesta de moedas de diversas economias. Permite maior nível de certeza ao comercio internacional, por revelarem, previamente, o valor futuro da moeda.
Câmbio flutuante: pela sua flexibilidade permite maior liberdade às economias na execução de suas políticas monetárias. Com mais agilidade no tratamento de eventuais desequilíbrios econômicos, promovendo alterações nas taxas de câmbio.
Currency board (conselho de moeda): é um sistema em que a autoridade monetária assume o compromisso legal de efetuar o câmbio de moeda nacional por moeda estrangeira forte em uma cotação fixa.
É valido ressaltar que no Brasil atualmente trabalha-se com o câmbio flutuante na economia brasileira, e que nesse regime não está prevista a obrigação do Governode intervir no mercado.
Mercados e Ativos Financeiros
            Agora entraremos com o tema principal da disciplina. Para isso, foi necessário conhecer os agentes participantes de todo o mercado financeiro que foi resumidamente comentado anteriormente. É claro que eventualmente, o setor sofre mudanças, mas comparado a outras áreas, o mercado financeiro é considerado um dos mais bem estruturados no país.
            Apesar da sua estrutura, podemos ter crises e também, cenários não imaginários acontecendo a todo instante. Quando se fala em finanças, temos que avaliar todas as variáveis pertinentes e ligadas ao nosso interesse.
            Vamos nos aprofundar agora, nos tipos de mercados financeiros e suas possíveis classificações e ativos financeiros, bem como as operações e os seus aspectos tributários.
Podemos definir o mercado financeiro como mecanismo ou ambiente através do qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços.
Para Pinheiro (2012) são mercados nos quais os recursos financeiros são transferidos desde unidades superavitárias, isto é, que tem um excesso de fundos, até aquelas deficitárias, ou seja, que tem necessidades de fundos.
Antigamente, o mercado financeiro era o lugar físico ou ponto de encontro entre ofertadores e tomadores. Mas hoje, com o avanço da informática e das telecomunicações, esta exigência física perdeu sua importância. O contato entre os agentes ocorre de diversas formas: telefone, fax, correio, Internet, e outras ferramentas, como se verifica na imagem ao lado, com pessoas operacionalizando as transações de compra e venda de ativos financeiros.
Com o passar do tempo, o mercado financeiro pode ser classificado de outras formas, além do espaço físico, mas também pela amplitude, tipos de serviços, segundo suas obrigações e direitos.
Utilizaremos nesse contexto, as instituições que operam no mercado financeiro que podem ser classificadas segundo a natureza das obrigações que emitem e pelos tipos de operações a que estão autorizadas a realizar, que podem ser bancárias ou não bancárias.
s instituições bancárias são aquelas que recebem depósito a vista, pode emitir moeda secundária ou escritural e podem oferecer empréstimo como os Bancos Comerciais. As instituições não bancárias não podem receber depósito, nem operações cambiais, mas podem oferecer crédito. Lembrando que a emissão da moeda legal ou primáriaé monopólio do Banco Central, e o recebimento de depósitos à vista é uma concessão realizada deste Banco aos bancos comerciais.
Dentre as não-bancárias, distinguem-se as instituições de crédito daquelas cuja função principal é a distribuição de títulos e valores mobiliários. A estas últimas, denominam-se instituições auxiliares e compreendem basicamente, as Sociedades Corretoras de câmbio, títulos e valores mobiliários e as Distribuidoras. Os instrumentos financeiros também podem ser classificados.
Além da classificação das instituições e instrumentos, podemos também classificar os mercados financeiros de acordo com o tipo de operação que realizam. Assim, temos o mercado de capitais, assunto que veremos na próxima Web Aula, onde há a angariação de capital com as operações de risco.
Após compreender que o mercado pode ser classificado de várias maneiras, vamos entender o processo de intermediação que ocorre no mercado financeiro, composto por agentes que fornecem o dinheiro e outros que emprestam o dinheiro.
Como visto anteriormente, o objetivo do mercado financeiro, explicado de maneira simples, é a transferências dos recursos de pessoas que tem muito para pessoas que não tem. Claro, desde que isso só pode ser realizado com uma análise da possibilidade de pagamento, através de garantias, e também verificada a possibilidade real do tomador de recurso pagar sua dívida.
Sabemos que tanto as pessoas que tomam recursos como as que fornecem os recursos são as mesmas, ou seja, tanto uma organização pode ter recursos disponíveis para emprestar como pode precisar de recursos. Para ficar mais visível vamos analisar a figura abaixo
Figura - Processo da intermediação financeira
Fonte: Pinheiro (2012, p. 26)
Com base na figura, percebemos como o processo de intermediação acontece no mercado financeiro, e como algumas vezes podemos ser tomadores de recursos e outros fornecedores.
E o intermediário são as instituições financeiras que podem ser bancos, fundos, seguradores, entre outras. Porém, muitos podem questionar aqui, sobre o porquê da necessidade do papel do intermediário, já que ele cobra para realizar essas transações?
Um exemplo bem interessante é o cartão de crédito. A empresa aceita receber pelo cartão de crédito muitas vezes pela razão dele ser mais seguro, pois ele repassa a divida para operadora do cartão, mesmo sabendo que a operadora do cartão irá cobrar uma porcentagem sobre o dinheiro, a empresa prefere receber menos a não ter a certeza. E a operadora arca com a responsabilidade de cobrar do cliente o valor devido.
E o cliente nesse caso não tem acréscimo no valor caso pague em dia, porém a operadora também cobra juros caso tenha atraso. Pois já disponibilizou o dinheiro para empresa da qual o cliente comprou algo.
Podemos perceber então, que o intermediário pode conseguir resultados positivos e negativos, e por isso é importante verificar com detalhes os impostos e taxas cobrados na utilização de serviços financeiros.
ATIVOS FINANCEIROS
            Agora vamos iniciar o último tópico dessa Web Aula, falando um pouco dos ativos que podem ser considerados um produto, uma ação, uma poupança, ou seja, algo que tenha valor de troca.
Um bom exemplo disso é quando vamos trocar um produto por outro, que fazemos no dia-a-dia, na compra de um automóvel, saca de grãos, imóvel, entre outros.
Entretanto, no mercado financeiro o ativo tem características especificas e também são controlados pelo Sistema Financeiro, ou seja, não pode ser um produto qualquer, como um livro. Os mais conhecidos são: os títulos, as ações, poupança e fundos de investimentos.
Agora vamos conhecer alguns conceitos sobre o ativo financeiro:
Um ativo financeiro é um instrumento que canaliza a poupança até o investimento. As empresas em sua busca por financiamento podem acudir ao mercado mediante ou ativos financeiros emitindo ações ou emitindo títulos de dívida (PINHEIRO, 2012, p. 102).
            Para Assaf Neto (2012, p. 352) o termo ativo financeiro refere a todos os direitos e benefícios futuros. Há diversas categorias de ativos financeiros que geralmente são formados por títulos e valores mobiliários em geral.
            Com base nesses conceitos, percebemos que os ativos financeiros podem ser para captar recursos à organização e também para investir o dinheiro da organização. Porém como investidor, é necessário uma análise/estudo do ativo e refletir sobre a viabilidade do ativo.
Nesse contexto, para Pinheiro (2012, p. 102), as características principais dos ativos financeiros concentram-se em:
Liquidez:
é a facilidade entendida tanto de rapidez como de certeza na recuperação do valor nominal investido, com que o investidor possa obter os recursos investidos no ativo. Capacidade de conversibilidade em outros bens.
Risco:
Entendido como variabilidade ou instabilidade esperada ou a possibilidade de que o emissor descumpra com o pactuado, isto é, o pagamento do principal e dos juros. O risco dependerá, portanto, de um conjunto de variáveis relacionadas com o emissor, o mercado e outros fatores diversos.
Rentabilidade:
Que é a capacidade de o ativo produzir juros ou outros rendimentos para o adquirente como pagamento de sua cessão de fundos e sua assunção de riscos ao longo de um período de tempo determinado. Capacidade de ganho que esses ativos podem auferir aos seus possuidores.
O interessante dessas características é que todas são muito utilizadas para avaliação não apenas de ativos financeiros, mas em nosso cotidiano. Quando compramos um bem, como uma casa, por exemplo, analisamos a liquidez, ou seja, a facilidade em vendernovamente esse imóvel; analisa-se o risco observando o estado físico e documentação, e também a possibilidade de rentabilidade se o imóvel pode valorizar ou não, podemos utilizá-lo para alugar ou arrendar. Pensem como é interessante isso!!! Podemos aplicar na prática todos esses conceitos, o tempo todo no nosso dia-a-dia.
Os ativos financeiros, se analisados profundamente, podem classificar-se de múltiplas formas, atendendo a alguma de suas características descritas anteriormente. Podem ser segundo se materializem em documentos com suporte físico ou constituam simples lançamentos contábeis, sejam negociáveis ou não negociáveis, segundo seu grau de liquidez, em função da unidade de gasto que os emite etc.
Aspectos de Tributação
Sempre pensamos sobre a tributação no Brasil e muitos jornais e meios de telecomunicação informam que as taxas tributárias são exorbitantes e que o valo arrecadado pelo Tesouro Nacional é considerado exagerado para o país.
Esse detalhe não vai entrar no mérito se é muito ou pouco, porém precisamos saber que através do mercado financeiro como captador, via instituições, que o Tesouro Nacional recebe parte dos recursos necessários à execução financeira das contas do governo.
            Neste momento não vamos mencionar os custos de tributação de emissão, compra ou venda de títulos, ações, produtos do mercado bancário, pois cada um tem sua especificidade. Apenas vamos mencionar os impostos incidentes sobre as operações realizadas com títulos e valores mobiliários:
Imposto de Renda (IR): cobrado sobre o ganho de capital (é a diferença do valor final alcançado menos o valor investido de um bem), a alíquota cobrada depende do tipo de operação e também das normas estabelecidas.
IOF: este imposto é cobrado sobre as operações financeiras, com incidência sobre o valor da operação.
Quando se trata de tributação, teremos impostos e taxas que dependem de cada tipo de transação financeira. É importante argumentar e pesquisar no momento de investimento/captar dinheiro que essas taxas ou impostos geralmente incidem na compra e na venda. Assim, na grande maioria das transações financeiras incidem taxas ou impostos embutidos que interferem no ganho real e muitas vezes na análise de decisão do administrador.
Títulos Públicos
Como mencionado, sobre o mercado financeiro, a política econômica, o sistema financeiro econômico, e em nesses momentos citamos os títulos públicos constantemente.
De acordo com Assaf Neto (2012, p. 64) segue o conceito dos títulos públicos: “[...] são emitidos e garantidos pelo Governo Federal, Estadual e Municipal e têm por finalidade financiar a dívida pública, antecipar as receitas, ou serem utilizados como instrumento de política monetária”.
            Geralmente são utilizadas mediante três formas: oferta pública com a realização de leilões, oferta pública sem a realização de leilões e emissões destinadas a atender a necessidades específicas previstas em lei.
Os principais títulos públicos são:
Notas do Tesouro Nacional – NTN
Letras Financeiras do Tesouro – LFT
Letras do Tesouro Nacional – LTN
Certificados do Tesouro Nacional – CTN
Certificados Financeiros do Tesouro – CFT 
            Sabemos que os títulos são para garantir e pagar as dívidas do Governo, e muitos pensam que isso significa que o investimento não é seguro. Porém para um perfil de investidor conservador, é o ideal, pois existe a possibilidade de renda fixa. E para investir, o governo disponibiliza muitos dados e prazos pré-fixados de recebimento do ganho do titulo, ou seja, o lucro.
Para saber complementar o estudo, e caso queira como comprar e vendar títulos públicos, acesse o link: <http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/como_comprar_vender.asp>.
Descubram a possibilidade de investir e a forma de realizar essa transação online.
Títulos Privados
A estratégia utilizada pelo governo, também foi utilizada pelas organizações privadas, ou seja, as empresas. Com o objetivo de captar dinheiro as organizações emitem títulos para uma determinada ação.
Conforme JM Malucelli Investimento (2013, p. 1) “[...] um título privado é um empréstimo para uma empresa ou instituição financeira. O orçamento destas companhias, devido a necessidades de capital de giro ou aumento de investimentos, por exemplo, pode precisar de mais recursos em determinado momento”.
Os títulos privados tornaram-se uma alternativa que as companhias detêm para tornar isto possível. Porém isso é um ativo com um determinado risco, e no Brasil, são poucas as empresas que publicam títulos, a grande maioria, emite ações.
Nesse contexto, “Os principais tipos de títulos privados podem ser considerados os Certificados de Depósito Bancário e os Depósitos a Prazo com Garantia Especial, em relação às instituições financeiras, e as debêntures em relação às demais empresas” (JM MALUCELLI INVESTIMENTO, 2013, p. 1).
É importante lembrar que geralmente as instituições privadas geram maior rentabilidade nos seus ativos financeiros, por terem maior flexibilidade de ações, do que as organizações privadas. Porém o investidor precisa ser mais agressivo, no sentido de possibilidade maior de ganho, mas também de perda que chamamos de retorno x risco.
Fundos de Investimentos
Outro item muito importante dos ativos são os fundos de investimentos, que é a junção de empresas, para captação de recursos. Hoje, muito utilizada pelos investidores como opção de diversificação da carteira, ou seja, aplicar o dinheiro em várias opções de operações financeiras.
É muito comum fazer essa diversificação, pois aplicar o dinheiro em apenas um ativo pode ser perigoso, pois o mesmo pode se desvalorizar e todo o recurso pode ser perdido. Para isso há investidores que contratam gestores de investimento, e uma outra considerada razoavelmente segura como o título público, é o fundo de investimento.
Segundo a CVM, Fundos de Investimento “[...] são condomínios constituídos com o objetivo de promover a aplicação coletiva dos recursos de seus participantes. São regidos um regulamento e têm na Assembleia Geral seu principal fórum de decisões” (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, 2009, p. 5).
Fundo de Investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais (ASSAF NETO, 2012, p. 202).
            Para compreender melhor os fundos de investimentos, vamos assistir ao vídeo abaixo, que trará muitas informações importantes para vocês.
Vídeo: http://dxe.com.br/financas/entenda-o-fundo-de-investimentos/
            Como vimos no vídeo, existem possibilidades e oportunidades para aplicar nos fundos de investimentos, e com pouco dinheiro, de corretoras, bancos, entre outras instituições financeiras.
            O importante como dito no vídeo é conhecer os tipos, que são muitos, e principalmente ler o prospecto que contêm os detalhes das características de um ativo. Muitos dos ativos citados, também serão mencionados na próxima Web.
            Assim, nessa Web aprendemos bastante sobre o Sistema Financeiro, a política econômica, bem como o mercado financeiro e também seus ativos financeiros.
            Iremos na próxima Web Aula trabalhar com o Mercado Bancário, Mercado de Capitais e também com Derivativos, ou seja, outros ativos que também estão disponibilizados no mercado financeiro.
            Percebemos assim, que os produtos financeiros são inúmeros, e que aprender sobre os conceitos e entender suas funcionalidades, pode ajudar sua organização a crescer através de recursos, como o BNDES, e também aplicar.
            Espero que tenham se interessado nesse assunto, e principalmente ter lido, os link e assistido os vídeos para complementar os seus estudos.

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