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Projetos Pneumáticos SENAI - SP, 2004 Trabalho elaborado pela Escola SENAI Roberto Simonsen do Departamento Regional de São Paulo. Coordenação Geral José Carlos Dalfré Coordenação Laur Scalzaretto Alcindo Daniel Favero Organização Takeshi Urakawa Editoração Adriana Ribeiro Nebuloni Écio Gomes Lemos da Silva Silvio Audi Escola SENAI Roberto Simonsen Rua Monsenhor Andrade, 298 – Brás CEP 03008-000 - São Paulo, SP Tel. 11 3322-5000 Fax. 11 3322-5029 E-mail: senaibras@sp.senai.br Home page: http//:www.sp.senai.br Sumário Página Movimentos e esquemas de comandos hidráulicos e pneumáticos 3 Esquemas de comandos pneumáticos 9 Método intuitivo 11 Método cascata 25 Método passo a passo 47 Referências bibliográficas 61 3 Movimentos e esquemas de comandos hidráulicos e pneumáticos Introdução Sempre que você se deparar com um comando hidráulico ou pneumático a ser instalado, ou mesmo reparado, é bom ter à mão esquemas referentes a esse comando. Como se fosse um mapa, o esquema irá apontar o itinerário, onde poderá estar localizado o defeito, ou mesmo o orientará na montagem do circuito. Assim, para que você possa compreendê-lo, será apresentada a denominação dos elementos hidráulicos ou pneumáticos, o que facilitará sua interpretação. Objetivos Dada uma relação escrita sobre movimento de cilindros e diagramas, demonstrar a seqüência de trabalho e diagrama de movimentos e comando. Seqüência de movimentos Quando os procedimentos de comando de instalações hidráulicas ou pneumáticas são complicados, e estas instalações têm de ser reparadas, é importante que o técnico de manutenção disponha de esquemas de comando e seqüência, segundo o desenvolvimento de trabalho das máquinas. 4 A má-confecção dos esquemas resulta em interpretação insegura, o que torna impossível para muitos a montagem ou a busca de defeitos de forma sistemática. É pouco rentável ter de basear a montagem ou a busca de defeito empiricamente (baseada na experiência). Antes de iniciar qualquer montagem ou busca de defeitos, é importante representar seqüências de movimentos e estados de comutação (permuta, troca), de maneira clara e correta. Estas representações permitirão realizar um estudo e, com ele, ganhar tempo no momento de montar ou reparar o equipamento. Exemplo: Pacotes que chegam sobre um transportador de rolos são elevados por um cilindro “A” e empurrados por um cilindro “B” sobre um segundo transportador. Assim, para que o sistema funcione devidamente, o cilindro “B” deverá retornar apenas quando o cilindro “A” houver alcançado a posição final. Possibilidade de representação da seqüência do trabalho para o exemplo dado: 5 1. Relação em seqüência cronológica: • O cilindro “A” avança e eleva os pacotes • O cilindro “B” empurra os pacotes no transportador II • O cilindro “A” desce • O cilindro “B” retrocede 2. Forma de tabela Passo de Trabalho Movimento cilindro “A” Movimento cilindro “B” 1 para cima - 2 - para frente 3 para baixo - 4 - para trás 3. Diagrama de setas Avanço → Retorno ← A → avanço do cilindro “A” B → avanço do cilindro “B” A ← recuo do cilindro “A” B ← recuo do cilindro “B” 4. Maneira de escrever abreviada Avanço + Retorno – Escrita A + B + A – B – ou A + avanço do cilindro “A” B + avanço do cilindro “B” A – recuo do cilindro “A” B – recuo do cilindro “B” 6 5. Diagrama de Trajeto e Passo Representa a seqüência de operação de um elemento de trabalho e o valor percorrido em cada passo considerado. Passo É a variação do estado de movimento de qualquer elemento de trabalho. Obs: No caso de vários elementos de trabalho para comando, estes são representados da mesma maneira e desenhados uns sobre os outros. A correspondência é realizada através de passos. Exemplo 1 – 1 cilindro A partir do passo 1 até o passo 2, a haste do cilindro “A” avança da posição final traseira para a posição final dianteira, sendo que esta é alcançada no passo 2. Entre o passo 2 e 4 a haste permanece imóvel. A partir do passo 4, a haste retorna, alcança a posição final traseira no passo 5, completando assim o ciclo de movimento. 7 Exemplo 2 : 2 cilindros 0 ou 1 – sinais binários Escrita abreviada A + B + A – B- Do passo 1 até o passo 2 O cilindro “A” avança O cilindro “B” permanece imóvel Do passo 2 até o passo 3 O cilindro “A” permanece avançado O cilindro “B” avança Do passo 3 até o passo 4 O cilindro “A” recua O cilindro “B” permanece avançado 8 Do passo 4 até o passo 5 O cilindro “A” permanece recuado O cilindro “B” recua Exemplo 3 – 2 cilindros Escrita abreviada A + B + (A – B -) Do passo 1 até o passo 2 O cilindro “A” avança O cilindro “B” permanece imóvel Do passo 2 até o passo 3 O cilindro “A” permanece imóvel O cilindro B avança Do passo 3 até o passo 4 Os cilindros “A” e “B” recuam 9 Esquemas de comandos pneumáticos As máquinas automáticas, capazes de realizar várias operações de usinagem industrial num determinado produto, possuem seus estágios sincronizados de tal forma que seus movimentos sejam seqüenciais. O comando de movimentos seqüenciais em máquinas operatrizes podem ser executados elétrica, eletrônica, hidráulica ou pneumaticamente, de acordo com as características funcionais de cada máquina. Um dos comandos mais usados na automação industrial é o comando pneumático, assunto específico desta publicação. Aqui serão desenvolvidos os métodos, técnicas e procedimentos para a elaboração de esquemas de comandos pneumáticos para circuitos seqüenciais que envolvem dois ou mais elementos de trabalho. Os esquemas de comandos pneumáticos podem ser elaborados por intermédio de três diferentes métodos de construção, de acordo com a complexidade da seqüência de movimentos. Os três métodos tratados a seguir são: o Intuitivo, o método Cascata e o Passo a passo. 10 11 Método Intuitivo O método intuitivo é o mais simples de todos, mas só pode ser usado em seqüências diretas que não apresentem sobreposição de sinais (contrapressão) na pilotagem das válvulas direcionais que comandam os elementos de trabalho. No método intuitivo, tanto as válvulas de comando principal como os elementos de sinal (válvulas piloto) devem receber a alimentação de ar comprimido diretamente da rede de distribuição, após a unidade de conservação. Os procedimentos para a elaboração de esquemas de comando pelo método intuitivo são os seguintes: 1ª Fase Desenhar os elementos de trabalho Exemplos: Seqüência 1: A + B + A – B – 12 Seqüência 2: A + C + B – A – C – B + Observe que os cilindros devem ser desenhados lado a lado, avançados ou recuados, de acordo com a posição inicial da seqüência de movimentos. 2ª Fase Desenhar as válvulas de comando principal Exemplo: A + B + A – B – As válvulas de comando principal deverão ser direcionais de 4/2 vias ou 5/2 vias, com duplo piloto. Será utilizada uma válvula de impulso para cada elemento de trabalho. 13 3ª Fase Desenhar os elementos de sinal Os elementos de sinal, também conhecidos como válvulas pilotos, deverão ser direcionais de 3/2 vias, normais fechadas (NF), e com retorno por mola. Essas válvulas devem ser desenhadas em número de duas para cada válvulade comando principal. Neste momento, os acionadores dos elementos de sinal não devem ser representados, pois os mesmos somente poderão ser definidos na 5ª fase, durante a análise dos passos da seqüência. 14 4ª Fase Desenhar todas as linhas de trabalho, pilotagem, alimentação de ar e exaustão Na linha de alimentação de ar para todas as válvulas deve ser utilizada uma unidade de conservação (0.1), conforme o esquema acima. Observação: o esquema pré-elaborado acima serve para qualquer circuito que possua até dois cilindros. Para circuitos que utilizem os elementos de trabalho, usam-se “n” válvulas de comando e “2n” elementos de sinal, distribuídos da mesma forma. 5ª Fase De acordo com os passos da seqüência de movimentos, desenhar os acionadores dos elementos de sinal e representar a posição de cada uma das válvulas piloto entre os cilindros. Essa representação deverá ser feita com um traço vertical e o respectivo número do elemento de sinal, colocado no final do curso de avanço ou de retorno dos cilindros. Devemos lembrar, também, que o primeiro passo da seqüência deverá ser comandado por um botão de partida. 15 Exemplo: A + B + A – B – 1º passo: acionando –se um botão de partida, deverá ocorrer o avanço do cilindro A, primeiro passo da seqüência de movimentos. A válvula que pilota o avanço do cilindro A é o elemento de sinal 1.2. Como se trata do primeiro passo da seqüência, a válvula 1.2 deve ser acionada por um botão de partida, conforme representado no esquema acima. 2º passo: quando o cilindro A alcançar o final do curso de avanço, acionará o rolete de outro elemento de sinal cuja função é pilotar o avanço do cilindro B, segundo passo da seqüência de movimentos. 16 A válvula que pilota o avanço do cilindro B é o elemento de sinal 2.2 posicionado no final do curso de avanço do cilindro A. Com isso, desenha-se um rolete mecânico para acionamento da válvula 2.2 e representa-se sua posição real por um traço vertical acompanhado do número da válvula. 3º passo: quando o cilindro B alcançar o final do curso de avanço, acionará o rolete de outro elemento de sinal cuja função é pilotar o retorno do cilindro A, terceiro passo da seqüência de movimentos. A válvula que pilota o retorno do cilindro A é o elemento de sinal 1.3 posicionado no final do curso de avanço do cilindro B. Com isso, desenha-se um rolete mecânico para acionamento da válvula 1.3 e representa-se sua posição real por um traço vertical acompanhado do número da válvula. 17 4º passo: quando o cilindro A alcançar o final do curso de retorno, acionará o rolete de outro elemento de sinal cuja função é pilotar o retorno do cilindro B, último passo da seqüência de movimentos. A válvula que pilota o retorno do cilindro B é o elemento de sinal 2.3 posicionado no final do curso de retorno do cilindro A. Com isso, desenha-se um rolete mecânico para acionamento da válvula 2.3 e representa-se sua posição real por um traço vertical acompanhado do número da válvula. Fim do ciclo: esquema final para A + B + A – B – Quando o cilindro B alcançar o final do curso de retorno, encerra-se a seqüência de movimentos do circuito (fim do ciclo). 18 Uma nova partida poderá ser dada acionando-se o botão da válvula 1.2. Este é o esquema final para a seqüência proposta (A + B + A – B –). Como o esquema de comando deve ser desenhado sempre representando a máquina em posição de partida, observe que a válvula 2.3 está acionada pelo cilindro A, parado em sua posição final traseira. Tal acionamento é representado por um came desenhado sobre o rolete da válvula 2.3. Observação: Circuitos cujas seqüências apresentem sobreposições de sinais, isto é, contrapressão na pilotagem das válvulas de comando, que ocasionam a interrupção dos movimentos, podem ser elaborados pelo método intuitivo por meio da improvisação de válvulas acionadas por rolete escamoteável (gatilho). A improvisação consiste em se colocar válvulas acionadas por gatilho nos locais onde válvulas com roletes mecânicos convencionais causariam contrapressão na pilotagem das válvulas de comando dos elementos de trabalho, como cilindros ou motores pneumáticos. A utilização de gatilhos para a construção de esquemas de comando pneumáticos que apresentam problemas de contrapressão será apresentada nos exemplos a seguir: Seqüência 1: A + B + B – A – Esquema de comando 19 Observe que o esquema de comando, construído pelo método intuitivo para cumprir a seqüência de movimentos proposta, apresenta problemas de sobreposição de sinais no primeiro e no terceiro passos de acionamento: 1º passo: acionando-se o botão da válvula 1.2, o cilindro A deveria avançar. Entretanto, note que o cilindro B, parado na sua posição final traseira, mantém acionada a válvula 1.3 pressurizando o piloto Y da válvula de comando 1.1 e evitando, assim, que a válvula 1.2 possa dar a partida ao ciclo. 3º passo: quando o cilindro B alcançar o final do curso de avanço, acionará o rolete da válvula 2.3 cuja função é pilotar o retorno do cilindro B, terceiro passo da seqüência de movimentos. Entretanto, observe que o cilindro A, parado na sua posição final dianteira, mantém acionada a válvula 2.2, pressurizando o piloto Z da válvula de comando 2.1 e evitando, com isso, que a válvula 2.3 possa pilotar o retorno do cilindro B. Essas contrapressões geradas pelas válvulas 1.3 e 2.2 interromperão a seqüência de movimentos do circuito. Para que tal fato não ocorra, deveremos substituir os roletes convencionais das válvulas 1.3 e 2.2 por roletes escamoteáveis, também conhecidos por gatilhos, como mostra o esquema de comando final. Esquema final para A + B + B – A – 20 O sentido no qual o gatilho deve ser acionado é representado, no esquema, por uma seta convergindo para o traço vertical que indica a posição real da válvula no circuito. Como as válvulas acionadas por gatilho são colocadas alguns milímetros antes do final do curso dos cilindros, elas pilotam o passo seguinte da seqüência e, quando o pistão atinge sua posição final, o gatilho é desacionado. Isso evita que a válvula mantenha pressurizado o piloto da válvula de comando principal, eliminando a possibilidade de sobreposição de sinais. Seqüência 2: A + A - B + B – Esquema de comando final Nesse caso, ocorre uma sobreposição de sinais quando o cilindro B alcança o final do curso de avanço e aciona o rolete da válvula 2.3, cuja função é pilotar o retorno do cilindro B, último passo da seqüência de movimentos. Observe que o cilindro A, parado na sua posição final traseira, mantém acionada a válvula 2.2, pressurizando o piloto Z da válvula de comando 2.1 e evitando, assim, que a válvula 2.3 possa pilotar o retorno do cilindro B. Portanto, o responsável pela contrapressão na pilotagem da válvula de comando do cilindro B é o elemento de sinal 2.2. Para evitar essa contrapressão, devemos substituir o rolete mecânico convencional da válvula 2.2 por um gatilho que deverá ser 21 acionado com o retorno do cilindro A, conforme é indicado pela seta no esquema de comando. É importante salientar, mais uma vez, que a utilização de roletes escamoteáveis como acionadores das válvulas piloto, para evitar sobreposições de sinais em comandos pneumáticos, é uma improvisação que, em alguns casos, talvez não atenda ao funcionamento desejado, dependendo das características operacionais da máquina. Isso ocorre devido a movimentos simultâneos parciais provocados pelo fato de os gatilhos serem montados pouco antes do final de curso dos cilindros, fazendo com que o movimento posterior seja iniciado antes do término do movimento anterior. Existeoutra maneira para se evitar que as válvulas de roletes convencionais criem contrapressões na pilotagem das válvulas de comando. Para isso, basta instalar temporarizadores pneumáticos, normalmente abertos, em série com as válvulas responsáveis pelas sobreposições de sinais, isto é, entre a válvula de rolete e o piloto da válvula de comando principal. Veja os exemplos a seguir: Seqüência 1: A + B + B – A – Esquema de comando final 22 Observe que os temporizadores, formados por válvulas direcionais de 3/2 vias NA e por reguladoras de fluxo, têm a função de cortar os sinais de pilotagem provenientes das válvulas responsáveis pelas contrapressões, durante a seqüência de movimentos do circuito. Neste caso, a válvula 1.3 que permanece acionada no final do curso de retorno do cilindro B não prejudica a partida, pois o conjunto temporarizador, formado pelas válvulas 1.5 e 1.7, evita que o sinal alcance o piloto Y da válvula 1.1. Além disso, a válvula 2.2, posicionada no final do curso de avanço do cilindro A, também provocaria uma contrapressão no piloto Z da válvula 2.1, interferindo na pilotagem de retorno do cilindro B, o que é evitado pelo conjunto temporizador formado pelas válvulas 2.4 e 2.6. Seqüência 2: A + A – B + B – Esquema de comando final Neste caso, quando o cilindro A aciona o rolete da válvula 2.2, o conjunto temporizador formado pelas válvulas 2.4 e 2.6 permite a pilotagem da válvula 2.1, para que o cilindro B avance. Como a válvula 2.2 é mantida acionada pelo cilindro A, o conjunto temporizador é então pilotado bloqueando, assim, o sinal da válvula 2.2 para que o mesmo não interfira na pilotagem de retorno do cilindro B, quando a válvula 2.3 for acionada. 23 Para finalizar, podemos tirar algumas conclusões a respeito da elaboração de esquemas de comandos pneumáticos pelo método intuitivo: Os circuitos pneumáticos podem ser facilmente elaborados pelo método intuitivo, desde que possuam seqüências diretas nas quais os elementos de trabalho se movimentem no retorno na mesma ordem de avanço; ou possuam seqüências indiretas simples onde não existam repetições de movimentos de um cilindro dentro de um mesmo ciclo. No entanto, quando tratamos com seqüências indiretas complexas, que sempre causam problemas graves de sobreposição de sinais, os métodos mais indicados para a construção de esquemas de comando são o método Cascata e o método Passo a passo. As técnicas e os procedimentos para a elaboração de circuitos pneumáticos pelos métodos Cascata e Passo a passo serão detalhadas a seguir. 24 25 Método Cascata O método cascata consiste em cortar a alimentação de ar comprimido dos elementos de sinal que estiverem provocando uma contrapressão na pilotagem de válvulas de comando, interferindo, dessa forma, na seqüência de movimentos dos elementos de trabalho. No método cascata, todos os elementos de sinal devem receber alimentação de ar comprimido de linhas secundárias, as quais são chamadas de grupos de alimentação de ar. Esses grupos são controlados por válvulas distribuidoras de 4/2 vias, montadas de forma que seja alimentado apenas um grupo de cada vez, enquanto os demais permanecem descarregados para a atmosfera. O número de grupos ou linhas de alimentação utilizados em um circuito é determinado, dividindo-se criteriosamente a seqüência complexa em seqüências mais simples, nas quais cada elemento de trabalho deve aparecer apenas uma vez. Os procedimentos para a elaboração de esquemas de comando pelo método cascata são os seguintes: 1ª Fase: Escrever, de forma abreviada, a seqüência de movimentos do circuito a ser elaborado Exemplo: A + B+ A – B – A + B + B – A – A + C + B – A – C – B + A + B + C + A – D + B – D – C – A + B – B + A – B – B + A + A – B + B – 26 2ª Fase: Verificar se a seqüência é direta ou indireta. Dividindo-se a seqüência ao meio, se as letras estiverem na mesma ordem nas duas metades da seqüência, trata-se de uma seqüência direta. Caso contrário, se as letras estiverem dispostas em ordem diferente de uma metade da seqüência para outra, trata-se de uma seqüência indireta. Exemplos: A + B + A – B – (seqüência direta) A + B + B – A – (seqüência indireta) A + C + B – A – C – B + (seqüência direta) A+ B+ C + A – D + B – D – C – (seqüência indireta) A + B – B + A – B – B + (seqüência indireta) A+ A – B + B – (seqüência indireta) Nos dois últimos exemplos, embora as letras apareçam dispostas na mesma ordem nas duas metades da seqüência, observe que um mesmo cilindro executa dois movimentos em uma mesma metade de seqüência. Quando isso ocorrer, trata-se também de uma seqüência indireta. Observação: quando os circuitos pneumáticos possuírem seqüências diretas, não há necessidade de se usar o método cascata para a elaboração do esquema de comando, pois, nesses casos, o método intuitivo é mais simples e, portanto, o mais indicado. Porém, em se tratando de seqüências indiretas, siga as instruções fornecidas nas fases seguintes para a elaboração do esquema pelo método cascata, evitando as contrapressões na pilotagem das válvulas de comando. 27 3ª Fase: Dividir a seqüência em grupos, efetuando a leitura da mesma, da esquerda para direita e cortando-a com traços verticais toda vez que uma letra for se repetir. Exemplos: A + B + B – A – grupo I grupo II A + B + C + A – D + B – D – C – grupo I grupo II grupo III A + B – B + A – B – B + I II III IV A + A – B + B – I II I No último exemplo, observe que o terceiro grupo da divisão da seqüência possui um único movimento (B -). Como o cilindro B não aparece no primeiro grupo, podemos considerar o último movimento da seqüência como pertencente ao grupo I. Esse recurso faz com que possamos economizar um grupo de alimentação de ar, reduzindo o número de válvulas a serem utilizadas no circuito. 4ª Fase Determinar a seqüência de acionamento do circuito, considerando as mudanças de grupo como passos no funcionamento do circuito. Exemplos: A + B + B – A - 1º 2º 3º 4º 5º 6º I II II → I A + B + I → II B – A – 28 1 º passo – mudança da alimentação de ar do grupo II para o grupo I (II → I) 2º passo – o cilindro A avança (A +) 3º passo – o cilindro B avança (B + ) 4º passo – mudança da alimentação de ar do grupo I para o grupo II (I → II) 5º passo – o cilindro B retorna (B -) 6º passo – o cilindro A retorna (A -), fim do ciclo. A + B + C + A – D + B – D – C – I II III 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º III → I A + B + C + I → II A – D + B – II → III D – C – 1 º passo - mudança da alimentação de ar do grupo III para o grupo I (III → I) 2º passo – o cilindro A avança (A +) 3º passo – o cilindro B avança (B +) 4º passo – o cilindro C avança (C +) 5 º passo – mudança da alimentação de ar do grupo I para o grupo II (I → II) 6º passo – o cilindro A retorna (A -) 7º passo – o cilindro D avança (D +) 8º passo – o cilindro B retorna (B -) 9º passo – mudança da alimentação de ar do grupo II para o grupo III (II → III) 10º passo – o cilindro D retorna (D – ) 11º passo – o cilindro C retorna (C – ), fim do ciclo. A + B – B + A – B – B + I II III IV 1 º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º IV → I A + B – I → II B + A – II → III B – III → IV B + 29 1º passo – mudança da alimentação de ar do grupo IV para o grupo I (IV → I) 2º passo – o cilindro A avança (A +) 3º passo – o cilindro B retorna (B -) 4º passo –mudança da alimentação de ar do grupo I para o grupo II (I → II) 5º passo – o cilindro B avança (B +) 6º passo – o cilindro A retorna (A –) 7º passo – mudança da alimentação de ar do grupo II para o grupo III (II → III) 8ºpasso – o cilindro B retorna (B –) 9º passo – mudança da alimentação de ar do grupo III para o grupo IV (III → IV) 10º passo – o cilindro B avança (B +), fim do ciclo. A + A – B + B – 1º 2º 3º 4º 5º 6º I II I A + I → II A – B + II → I B – 1º passo – o cilindro A avança (A +) 2º passo – mudança da alimentação de ar do grupo I para o grupo II (I → II) 3º passo – o cilindro A retorna (A –) 4º passo – o cilindro B avança (B +) 5º passo – mudança da alimentação de ar do grupo II para o grupo I (II → I) 6º passo – o cilindro B retorna (B –), fim do ciclo. Observação: como o último passo do ciclo ocorreu com a alimentação de ar no grupo I e o primeiro movimento ocorrerá dentro do mesmo grupo, na hora da partida não haverá necessidade de se mudar a cascata de grupo bastando, apenas, pilotar o avanço do cilindro A. 30 5ª Fase Desenhar todos os elementos de trabalho do circuito ligados às suas respectivas válvulas de comando de duplo piloto. Exemplo: 6ª Fase Desenhar a cascata com tantos grupos de alimentação de ar quantos forem encontrados na divisão da seqüência (3ª Fase). O número de válvulas necessárias para controlar as linhas de alimentação de ar é igual ao número de grupos menos um (nº válvulas = nº grupos – 1) Exemplos: Para 2 grupos de alimentação de ar: Pilotando-se a válvula distribuidora do lado direito, a linha I será pressurizada e a linha II descarregada para a atmosfera. 31 Pilotando-se a válvula do lado esquerdo, a linha II será pressurizada e a linha I descarregada. Para 3 grupos de alimentação de ar: Pilotando-se a válvula 0.1 do lado esquerdo, a linha III será pressurizada ao mesmo tempo em que a válvula 0.2 será pilotada do lado direito, descarregando assim para a atmosfera as linhas I e II. Para 4 grupos de alimentação de ar: Observe que ao se pilotar a cascata para pressurizar uma determinada linha de alimentação de ar, a linha anterior é automaticamente descarregada para a atmosfera, por meio da inversão simultânea da válvula seguinte. 32 Não importa a complexidade da seqüência desejada, o método de construção da cascata é o mesmo para qualquer número de grupos de alimentação de ar, variando apenas o número de válvulas distribuidoras utilizadas na cascata. Exemplo do funcionamento de uma cascata com 4 grupos de alimentação de ar, em todas as etapas da seqüência: a) Linha I pressurizada; Linhas II, III e IV descarregadas: b) Linha II pressurizada; Linhas I, III e IV descarregadas: 33 c) Linha III pressurizada; Linhas I, II e IV descarregadas: d) Linha IV pressurizada; Linhas I, II e III descarregadas: Observação: a cascata deve ser desenhada alimentando sempre o grupo em que ocorreu o último movimento da seqüência. 34 7ª Fase Desenhar os elementos de sinal, respeitando rigorosamente a seqüência de acionamento do circuito, determinada na 4ª Fase. Quando, num passo de acionamento, um cilindro tiver que se movimentar, o elemento de sinal receberá ar da linha da cascata correspondente ao grupo em que deverá ocorrer esse movimento e pilotará a válvula de comando do referido cilindro. Entretanto, quando num passo de acionamento, tivermos que mudar a alimentação de ar de um grupo para outro, imediatamente posterior, o elemento de sinal receberá ar da linha da cascata que estiver pressurizada (referente ao grupo anterior) e pilotará a válvula da cascata que alimenta o grupo seguinte. Todos os elementos de sinal devem ter 3/2 vias com acionamento por rolete mecânico e retorno por mola, com exceção daqueles que são responsáveis pela partida, geralmente acionados por botão. Assim como a primeira válvula da cascata, as válvulas de comando dos cilindros recebem alimentação direta da rede. Os elementos de sinal, por sua vez, devem, com raras exceções, ser alimentados pelas linhas da cascata, obedecendo à seqüência de acionamento. Exemplo 1: vamos considerar a seguinte seqüência: A + B + B – A – 1º 2º 3º 4º 5º 6º I II II → I A + B + I → II B – A – 35 1º passo: Mudança da alimentação de ar do grupo II para o grupo I (II → I) Acionando-se o botão de partida da válvula 1.2, ocorre a mudança da alimentação de ar da linha II para a linha I da cascata. Observe que o elemento de sinal 1.2 recebe alimentação da linha II para pilotar a cascata para o grupo I. 36 2º passo – O cilindro A avança (A +) Assim que a cascata é pilotada para alimentar o grupo I, ocorre o primeiro movimento do circuito (o cilindro A avança). Note que a válvula de comando 1.1 recebe pilotagem direta da linha I. Mesmo que o operador deixe de acionar a válvula 1.2, o cilindro A permanece avançando, pois as válvulas que comandam o cilindro e a cascata são válvulas de impulso. 37 3º passo – O cilindro B avança (B +) Quando o cilindro A alcança o final do curso de avanço aciona o elemento de sinal 2.2, o qual deverá dar início ao terceiro passo (avanço do cilindro B). Como o cilindro B deverá avançar dentro do grupo I da seqüência de movimentos do circuito, observe que a válvula 2.2 é alimentada pela linha I da cascata. 38 4º passo – Mudança da alimentação de ar do grupo I para o grupo II (I → II) Quando o cilindro B alcança o final do curso de avanço, ele aciona o elemento de sinal 2.3, o qual deverá dar início ao quarto passo (mudança da cascata do grupo I para o grupo II). A mudança de grupo deve ser feita para cortar a alimentação da válvula 2.2, caso contrário, como o cilindro A mantém o rolete de tal válvula acionado, o elemento 2.2 provocará uma contrapressão no piloto da válvula 2.1, impedindo o movimento seguinte (retorno do cilindro B). 39 5º passo – o cilindro B retorna (B -) Assim que a cascata é pilotada pelo elemento de sinal 2.3, alimentando o grupo II, o cilindro B retorna, pois a válvula de comando 2.1 recebe pilotagem direta da linha II. Com o retorno do cilindro B o elemento de sinal 2.3 é desacionado, mas como a válvula que comanda a cascata é de impulso, a linha correspondente ao grupo II permanece alimentada. 40 6º passo – o cilindro A retorna (A -) Quando o cilindro B alcança o final do curso de retorno, aciona o elemento de sinal 1.3, o qual deverá dar início ao sexto passo (retorno do cilindro A). Como o retorno do cilindro A deverá ocorrer dentro do grupo II da seqüência de movimentos do circuito, observe que a válvula 1.3 recebe alimentação de ar da linha II da cascata. 41 Fim do ciclo Quando o cilindro A alcança o final do curso de retorno, encerra- se a seqüência de movimentos do circuito (fim do ciclo). Uma nova partida poderá ser dada acionando-se o botão da válvula 1.2. Observe que, com o circuito parado no final do ciclo, o cilindro B está acionando o elemento de sinal 1.3, o qual mantém uma contrapressão na pilotagem da válvula de comando 1.1, impedindo a partida direta do cilindro A. Por esse motivo, a válvula de partida 1.2 pilota a cascata para o grupo I, cortando a alimentação de ar do elemento de sinal 1.3 para garantir o início de um novo ciclo. 42 8ª Fase Eliminar as extremidades das linhas de alimentação de ar comprimido referentes a todos os grupos da cascata. Esquema Final: A + B +B – A – (Método Cascata) Observações: Todos os circuitos pneumáticos devem ser desenhados em posição de final de ciclo, prontos para a partida. Elementos de sinal que permanecerem acionados no final do ciclo do circuito devem ter as linhas de alimentação, exaustão e trabalho, desenhadas do lado do rolete mecânico de acionamento. Além disso, devem ser representados com seus respectivoscames de acionamento. As condições marginais como o ciclo único e contínuo, a parada de emergência, verificação de depósito, desbloqueio da parada 43 de emergência, e outras, devem ser introduzidas, quando necessárias, somente após a seqüência básica ter sido projetada. Se um cilindro tiver que executar vários movimentos durante um mesmo ciclo, os elementos de sinal, por ele acionados, deverão, em cada acionamento, executar pilotagens diferentes, de acordo com o grupo da cascata que estiver pressurizado. Nesses casos, utilizando-se válvulas de simultaneidade submetidas à pressão da linha pressurizada da cascata e do elemento de sinal alimentado diretamente pela rede, efetua-se com segurança o acionamento do novo passo da seqüência. Exemplo 2: vamos considerar agora uma seqüência em que o último movimento ocorre já dentro do grupo I. Observe que, neste caso, a válvula de partida pilotará diretamente o primeiro movimento de cilindros ao invés de mudar a cascata de grupo, como ocorreu no exemplo anterior: Seqüência indireta A + A – B + B - I II I nº de grupos: 2 nº de válvulas na cascata: 1 passos de acionamento: 6 1º 2º 3º 4º 5º 6º A + I→ II A - B + II → I B - 44 Esquema de comando cascata Exemplo 3: Vamos considerar agora uma seqüência na qual um cilindro executa dois movimentos de avanço e retorno durante um único ciclo: Seqüência indireta: A + B - B + A - B - B+ I II III IV Número de grupos: 4 Nº de válvulas na cascata: 3 Passos de acionamento: 10 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º IV → I A + B - I → II B + A - II → III B - III → IV B + 45 Esquema de comando cascata: 46 47 Método Passo a passo O método Passo a passo é outra técnica de elaboração de circuitos pneumáticos cuja função é evitar que a sobreposição de sinais interfira na seqüência operacional do sistema. Ao contrário do método Cascata, que apresenta certa complexidade na construção do circuito, a técnica de comando Passo a passo facilita em muito o trabalho do projetista, pois a elaboração do circuito torna–se puramente mecânica, em virtude da utilização de regras simples, que serão tratadas a seguir. Os circuitos pneumáticos elaborados pelo método Passo a passo são bastante confiáveis, uma vez que asseguram o bom funcionamento de máquinas automáticas. No entanto, apresentam uma desvantagem se comparados a circuitos construídos por outros métodos: elevam significativamente o custo da máquina, devido ao grande número de componentes pneumáticos nela empregados. Na elaboração de circuitos pelo método Passo a passo devemos dividir a seqüência de movimentos da máquina em grupos, de modo que cada passo da seqüência se constitua num grupo diferente, para a alimentação de ar comprimido. Conseqüentemente, o número de linhas de alimentação de ar é igual ao número de movimentos da seqüência. As linhas referentes aos grupos de alimentação de ar são controladas por válvulas distribuidoras de 3/2 vias, pilotadas de forma que seja alimentada uma linha de cada vez, para evitar contrapressões nos pilotos das válvulas de comandam diretamente os elementos de trabalho. Na técnica de comando Passo a passo, a pilotagem das válvulas de comando dos cilindros e todos os elementos de sinal devem receber alimentação de ar dos grupos, de acordo com a seqüência de movimentos do circuito. Somente as 48 válvulas de comando dos grupos é que receberão ar comprimido diretamente da rede. Os procedimentos para a elaboração de esquemas de comando pelo método Passo a passo são os seguintes: 1ª Fase Escrever, de forma abreviada, a seqüência de movimentos do circuito a ser elaborado. Exemplos: A + B + B – A – A + A – B + B – A + B – B + A – B – B + Observação: para justificar a elaboração de um esquema de comando pelo método Passo a passo, a seqüência de movimentos do circuito deve ser indireta, pois, caso contrário, o método intuitivo será o mais indicado. 2ª Fase Dividir a seqüência em grupos lembrando que cada movimento (passo) da seqüência corresponde a um grupo. A + B + B - A - I II III IV A + A - B + B - I II III IV A + B - B + A - B - B + I II III IV V VI Observação: No método Passo a passo encontraremos sempre um número par de grupos de alimentação de ar, toda vez que efetuarmos a divisão da seqüência. (número mínimo de grupos=4). 49 3ª Fase Desenhar todos os elementos de trabalho do circuito ligados às suas respectivas válvulas de comando de duplo piloto. Exemplo: 4ª fase Desenhar o comando Passo a passo com tantos grupos de alimentação de ar quantos forem encontrados na divisão da seqüência (2ª Fase). O número de válvulas necessárias para controlar as linhas de alimentação de ar também é igual ao número de grupos encontrados na divisão da seqüência. Exemplos: Para 4 grupos de alimentação de ar: Pilotando-se a válvula 0.1 do lado esquerdo, a linha I será pressurizada e, com isso, a válvula 0.4 será pilotada do lado direito, descarregando a linha IV para a atmosfera. Uma a uma, 50 as válvulas distribuidoras 0.1, 0.2, 0.3 e 0.4 serão pilotadas pelos elementos de sinal, de acordo com a ordem de acionamento dos mesmos, pressurizando uma linha de alimentação de ar cada vez, para que ocorra a seqüência de movimentos exigida no circuito. Para 6 grupos de alimentação de ar: Observações: O comando Passo a passo deve ser desenhado alimentando sempre a última linha, pois o último movimento da seqüência ocorreu no último grupo. A regra para desenhar o comando é a mesma para qualquer número de grupos, variando apenas o número de linhas e de válvulas. 5ª Fase Ligar os pilotos das válvulas de comando dos cilindros às linhas de alimentação de ar, de acordo com os grupos determinados na divisão da seqüência de movimentos do circuito. 51 Exemplos: A + B + B - A - I II III IV Ligar: piloto de avanço do cilindro A na linha I Piloto de avanço do cilindro B na linha II Piloto de retorno do cilindro B na linha III Piloto de retorno do cilindro A na linha IV A + A - B + B - I II III IV Ligar: piloto de avanço do cilindro A na linha I piloto de retorno do cilindro A na linha II piloto de avanço do cilindro B na linha III piloto de retorno do cilindro B na linha IV A + B - B + A - B - B + I II III IV V VI Ligar: piloto de avanço do cilindro A na linha I Piloto de retorno do cilindro B à saída de uma válvula alternadora e suas entradas às linhas II e V Piloto de avanço do cilindro B à saída de uma válvula alternadora e suas entradas às linhas III e IV Piloto de retorno do cilindro A na linha IV 6ª Fase Desenhar os elementos de sinal pilotando as válvulas do comando Passo a passo, de acordo com a seqüência de movimentos do circuito. Os elementos de sinal devem ser acionados por rolete mecânico, exceto aqueles que são responsáveis pela partida, geralmente acionados por botão. Com raras exceções, todos os elementos de sinal devem ser alimentados pelas linhas referentes aos grupos do comando Passo a passo, sendo que o ar da linha anterior deverá ser usado para pilotar a linha posterior. 52 Exemplo 1: vamos considerar a seguinte seqüência: A + B + B - A - I II III IV 1º passo Mudança da alimentação de ar do grupo IV para o grupo I para que o cilindro A avance (partida). Acionando-se o botão de partida da válvula 1.2, ocorre a mudança da alimentação de ar da linha IV para a linha I do comando Passo a passo e o cilindro A avança. Observe que o elemento de sinal 1.2 recebe alimentação da linha IV para pilotar o comando passo – a – passo para ogrupo I. 53 2º passo Mudança da alimentação de ar do grupo I para o grupo II para que o cilindro B avance. Quando o cilindro A alcança o final do curso de avanço aciona o elemento de sinal 2.2, o qual deverá mudar a alimentação de ar da linha I para a linha II do comando Passo a passo para que o cilindro B avance. 54 3º passo Mudança da alimentação de ar do grupo II para o grupo III para que o cilindro retorne. Quando o cilindro B alcança o final do curso de avanço aciona o elemento de sinal 2.3, o qual deverá mudar a alimentação de ar da linha II para a linha III do comando Passo a passo para que o cilindro B retorne. 55 4º passo Mudança da alimentação de ar do grupo III para o grupo IV para que o cilindro A retorne. Quando o cilindro B alcança o final do curso de retorno aciona o elemento de sinal 1.3, o qual deverá mudar a alimentação de ar da linha III para a linha IV do comando Passo a passo para que o cilindro A retorne. 56 Fim do ciclo Quando o cilindro A alcança o final do curso de retorno, encerra- se a seqüência de movimentos do circuito (fim do ciclo). Uma nova partida poderá ser dada por meio do acionamento do botão da válvula 1.2. 7ª Fase Eliminar as extremidades das linhas de alimentação de ar comprimido referentes a todos os grupos do comando Passo a passo. 57 Esquema Final: A + B + B – A – (Método Passo a passo) Exemplo 2: Vamos considerar a seguinte seqüência: Seqüência indireta: A + A – B + B – Nº de grupos: 4 A + A - B + B - I II III IV Nº de válvulas no comando Passo a passo: 4 58 Esquema de comando Passo a passo: 59 Exemplo 3: Vamos considerar a seguinte seqüência: Seqüência indireta: A + B – B + A – B – B + Nº de grupos: 6 A + B - B + A - B - B + I II III IV V VI Nº de válvulas no comando Passo a passo: 6 Esquema de comando passo a passo 60 61 Referências Bibliográficas SENAI SP. Projetos Pneumáticos. Núcleo de Automação Hidráulica e Pneumática. São Paulo. sd.
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