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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CASSIANO HENRIQUE PEREIRA DESENVOLVIMENTO DE UM CIRCUITO ELETROPNEUMÁTICO PARA UMA FURADEIRA AUTOMÁTICA CAXIAS DO SUL 2016 1 CASSIANO HENRIQUE PEREIRA DESENVOLVIMENTO DE CIRCUITO ELETROPNEUMÁTICOS PARA UMA FURADEIRA AUTOMÁTICA Trabalho de sala de aula apresentado à Universidade de Caxias do Sul como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Laboratório de Automatização - AUT0400A. Área de atuação: Automatização Orientador: Prof. Dr. Eduardo Nabinger CAXIAS DO SUL 2016 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3 1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 3 1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 3 1.1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 4 2.1 PROJETO DO MECANISMO ......................................................................................... 4 2.2 REPRESENTAÇÃO DOS MOVIMENTOS .................................................................... 4 2.3 FORMAS DE REPRESENTAÇÃO ................................................................................. 5 2.3.1 Sequência Cronológica ................................................................................................... 6 2.3.2 Anotação em Forma de Tabela ...................................................................................... 6 2.3.3 Indicação Vetorial ........................................................................................................... 6 2.3.4 Indicação Algébrica ........................................................................................................ 7 2.4 DIAGRAMAS DE MOVIMENTOS ................................................................................ 7 2.4.1 Diagrama Trajeto-Passo ................................................................................................. 8 2.4.2 Diagrama Trajeto-Tempo .............................................................................................. 8 2.4.3 Diagrama de Comando ................................................................................................... 9 2.5 ELABORAÇÃO DO CIRCUITO ................................................................................... 10 2.5.1 Componentes Utilizados ............................................................................................... 10 2.5.2 Método da Sequência Máxima ..................................................................................... 12 2.5.3 Método da Sequência Mínima ..................................................................................... 13 3 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 17 3 1 INTRODUÇÃO Visando a aplicação dos conceitos teóricos e práticos aprendidos na aula de Laboratório de Automatização na Universidade de Caxias do Sul, o presente trabalho apesenta o desenvolvimento de um mecanismo que faz a utilização de um sistema eletropneumático para o funcionamento do mesmo. A proposta inicial foi o desenvolvimento de uma furadeira que execute a furação em peças. Para isso foram inicialmente delimitados alguns fatores que serviram de base para o projeto inicial e toda a programação dos movimentos que este mecanismo deve executar. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo Geral Desenvolver um mecanismo para furar peças. 1.1.2 Objetivos Específicos Para atendimento ao objetivo geral foram definidos os específicos listados abaixo: a) alimentação automática de peças; b) sistema que segura a peça; c) sistema que executa a furação. 4 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 PROJETO DO MECANISMO Para o desenvolvimento do projeto do mecanismo foi decidido realizar um projeto no qual a automatização facilitasse a produção eficiente da peça Para isso foi desenvolvido um sistema de furação em peças cilíndricas com carregamento em um magazine de alimentação e funcionamento constante depois de pressionado um botão com trava, responsável por ligar e desligar o equipamento. A Figura 1 apresenta o modelamento do mecanismo proposto. Figura 1 - Dispositivo de Furação de Peças Automático Fonte: o autor (2016). 2.2 REPRESENTAÇÃO DOS MOVIMENTOS Inicialmente o operador deverá abastecer o magazine de alimentação com as peças e após ligar a furadeira. Ao ligar a máquina, será realizada a sequência de avanços dos cilindros de forma que primeiramente o Cilindro A, conforme visto na Figura 1, irá empurrar uma peça através da canalização. Em seguida o Cilindro B irá avançar para prender a peça para que na sequência o Cilindro C, que terá um mecanismo de furação na ponta, irá avançar e realizará a furação na peça. Após esse ciclo de procedimentos o sistema irá executar o mesmo ciclo porém de forma contrária. Sendo assim, o Cilindro C irá retornar retirando a broca da peça e liberando o orifício A B C 5 feito por ela, em seguida o Cilindro B irá retornar e soltar a peça e após o Cilindro A irá recuar liberando o espaço para o abastecimento de uma nova peça. A sequência de avanços e retornos dos pistões é apresentada de forma de fluxograma pela Figura 2. Figura 2 - Fluxograma de funcionamento do mecanismo Fonte: o autor (2016). A automatização do processo é vista no recuo do cilindro A, pois este, quando recuar, irá liberar uma área na qual uma nova peça irá cair automaticamente e assim realizar toda a sequência de avanços novamente. A Figura 2 ilustra isso na oitava etapa, onde é visto que o cilindro A irá avançar e executar a sequência de procedimentos novamente à partir da segunda etapa. 2.3 FORMAS DE REPRESENTAÇÃO A seguir são apresentadas as formas de representação do funcionamento do mecanismo projetado para a furadeira. As formas de representação são sequência cronológica, anotação em forma de tabela, indicação vetorial e indicação algébrica. 6 2.3.1 Sequência Cronológica A sequência cronologia mostra o funcionamento do mecanismo listando as etapas de cada movimento gerado pelos cilindros pneumáticos. A seguir é apresentado o método de representação por sequência cronológica: 1 - A haste do cilindro A avança e empurra a peça; 2 - A haste do cilindro B avança e segura a peça na posição; 3 - A haste do cilindro C avança e com a broca fura a peça; 4 - A haste do cilindro C recua para a posição inicial; 5 - A haste do cilindro B recua para soltar a peça; 6 - A haste do cilindro A retorna para a posição inicial. 2.3.2 Anotação em Forma de Tabela A anotação em forma de tabela é um tipo de representação que facilita a compreensão do comportamento de cada cilindro em cada uma das etapas de funcionamento da máquina. A seguir é apresentado o método de representação por anotação em forma de tabela conforme Tabela 1: Tabela 1 - Representação do funcionamento em forma de tabela Movimento Cilindro A Cilindro B Cilindro C 1 Avança Parado Parado 2 Parado Avança Parado 3 Parado Parado Avança 4 Parado Parado Retorna 5 Parado Retorna Parado 6 RetornaParado Parado Fonte: o autor (2016). 2.3.3 Indicação Vetorial A indicação vetorial apresenta uma forma clara para representação do mecanismo de 7 modo que os vetores e indicam os movimentos de avanço e retorno, respectivamente, de cada cilindro. A seguir é apresentado o método de representação por indicação vetorial: 1 - Cilindro A 2 - Cilindro B 3 - Cilindro C 4 - Cilindro C 5 - Cilindro B 6 - Cilindro A 2.3.4 Indicação Algébrica A indicação algébrica apresenta uma forma clara para representação do mecanismo de modo que os símbolos de + e – indicam os movimentos de avanço e retorno, respectivamente, de cada cilindro. A seguir é apresentado o método de representação por indicação vetorial: 1 - Cilindro A + 2 - Cilindro B + 3 - Cilindro C + 4 - Cilindro C – 5 - Cilindro B – 6 - Cilindro A – Também, de forma mais simplificada, esta representação pode tomar a seguinte forma: A+ B+ C+ C- B- A- 2.4 DIAGRAMAS DE MOVIMENTOS Os diagramas de movimento representam o deslocamento realizado pelos cilindros de forma a compreender através de uma ilustração gráfica o comportamento de cada um. Os diagramas de movimento são divididos em trajeto-passo, trajeto-tempo e de comando, conforme serão apresentados à seguir. 8 2.4.1 Diagrama Trajeto-Passo O diagrama trajeto-passo apresenta o deslocamento que cada cilindro irá realizar conforme a etapa de funcionamento da máquina. A Figura 3 apresenta o diagrama trajeto passo da máquina desenvolvida. Figura 3 – Diagrama Trajeto-Passo Fonte: o autor (2016). 2.4.2 Diagrama Trajeto-Tempo O diagrama trajeto tempo apresenta o tempo necessário para a execução de cada passo realizado pelo mecanismo. A Figura 4 apresenta o diagrama trajeto-tempo da máquina desenvolvida. 9 Figura 4 - Diagrama Trajeto-tempo Fonte: o autor (2016). Conforme pode ser observado no diagrama trajeto-tempo da Figura 4, o tempo foi otimizado de modo que os Cilindros A e B atuam em um tempo menor em consideração ao Cilindro C. Isso se dá pelo fato do Cilindro C estar avançando o mecanismo de furação e dessa maneira deverá avançar com uma velocidade menor para não haver problemas na furação na peça. Ao contrário, os Cilindros A e B que executam movimentos mais rápidos pois apenas empurram as peças ou às prendem respectivamente. 2.4.3 Diagrama de Comando No diagrama de comando são apresentados os estados de cada elemento de entrada de sinais e de processamento dos sinais sobre os passos, não considerando o tempo. A Figura 5 apresenta o diagrama de comando da máquina desenvolvida. 10 Figura 5 - Diagrama de Comandos Fonte: o autor (2016). Conforme Figura 5 os números 1.1, 2.1 e 3.1 representam as válvulas de 5/2 vias utilizadas no circuito para os Cilindros A, B e C. 2.5 ELABORAÇÃO DO CIRCUITO 2.5.1 Componentes Utilizados Para o desenvolvimento do circuito eletropneumático foram utilizados os componentes apresentados no Quadro 1. 1 2 3 4 5 6 1.1 1 0 2.1 1 0 3.1 1 0 11 Quadro 1 - Componentes utilizados no circuito eletropneumático Fonte: o autor (2016). 12 2.5.2 Método da Sequência Máxima Primeiramente o sistema foi desenvolvido pelo método da sequência máxima. O sistema foi dividido de forma que a quantidade de memórias (relês) é igual à quantidade de passos. Cada memória é responsável por um passo. O sistema foi então divido conforme análise abaixo: A+ B+ C+ C- B- A- I II III IV V VI Após foi elaborado, conforme apresenta o Quadro 2, cada passo a ser realizado os comandos, os acionamentos e o setor no qual estará em atividade. Quadro 2 - Passos realizados pelo método da sequência máxima Passo Comando Acionamento Setor 1º Botão de partida/parada Avanço do cilindro A I 2º Chave de fim de curso S2 Avanço do cilindro B II 3º Chave de fim de curso S4 Avanço do cilindro C III 4º Chave de fim de curso S6 Retorno do cilindro C IV 5º Chave de fim de curso S5 Retorno do cilindro B V 6º Chave de fim de curso S3 Retorno do cilindro A VI 7º Chave de fim de curso S1 Avanço do cilindro A – Recomeço do Ciclo I Fonte: o autor (2016). Utilizando o software FluidSim da Festo, foi possível realizar o desenvolvimento do circuito por sequencia máxima. Este é apresentado pela Figura 6. 13 Figura 6 - Circuito criado pelo método da sequência máxima Fonte: o autor (2016). 2.5.3 Método da Sequência Mínima Utilizando o método de desenvolvimento pela sequência mínima é possível dividir o sistema em grupos. O sistema foi dividido em dois grupos conforme a seguir: A+ B+ C+ C- B- A- I II Após foi elaborado, conforme apresenta o Quadro 3, cada passo a ser realizado os comandos, os acionamentos e o setor no qual estará em atividade. 14 Quadro 3 - Passos realizados pelo método da sequência mínima Passo Comando Acionamento Setor 1º Botão de partida/parada S1 Avanço do cilindro A I 2º Chave de fim de curso S3 Avanço do cilindro B I 3º Chave de fim de curso S5 Avanço do cilindro C I 4º Chave de fim de curso S7 Mudança de alimentação do setor I para o II rede 5º Setor secundário II energizado Retorno do cilindro C II 6º Chave de fim de curso S6 Retorno do cilindro B II 7º Chave de fim de curso S4 Retorno do cilindro A II 8º Chave de fim de curso S2 Mudança de alimentação do setor II para o I rede 9º Setor primário I energizado Avanço do cilindro A - Recomeço do ciclo I Fonte: o autor (2016). Utilizando o software FluidSim da Festo, foi possível realizar o desenvolvimento do circuito por sequencia mínima. Este é apresentado pela Figura 7. 15 Figura 7 - Circuito criado pelo método da sequência mínima Fonte: o autor (2016). 16 3 CONCLUSÃO O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou a aplicação dos conhecimentos adquiridos durante o semestre na disciplina de Laboratório de Automatização. Tais conhecimentos proporcionaram a realização do desenvolvimento e da análise entre dois métodos de construção de um circuito eletropneumático. O método de sequência máxima mostrou o desenvolvimento detalhado de cada etapa no processo pois este foi baseado no passo a passo onde realizou-se a divisão dos movimentos separadamente à cada passo. Cada passo apresentou um movimento de avanço ou retorno. A desvantagem é a utilização de uma maior quantidade de comportes no circuito. O método de sequência mínima apresentou um circuito de uma forma mais automática e rápida de processamento pois é um método baseado no passo a passo onde realizou-se a divisão dos movimentos em grupos. Cada grupo permitiu apenas um movimento de avanço ou retorno por cilindro. A vantagem é a redução de componentes utilizados no circuito. Por fim vale ressaltar que a utilização de um método onde os componentes utilizados e o tempo de processamento forem menores comparados à outros métodos torna-se essencial em um mercado competitivo como é visto atualmente. 17 REFERÊNCIAS PARKER HANNIFIN CORPORATION. Tecnologia pneumática industrial: apostila M1001-1 BR. Jacareí, SP: Parker Hannifin Corporation, 2007. BOLLMANN, Arno. Fundamentos da automação industrial pneutrônica: projetos de comandos binários eletropneumáticos. São Paulo: Associação Brasileira de Hidráulica e Pneumática, 1997. FIALHO, Arivelto Bustamante. Automação pneumática: projetos, dimensionamento e análise de circuitos. 6ª ed. São Paulo: Érica, 2011.
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