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Profª Ana Figueiredo COLETA DE EXAMES LABORATORIAIS Disciplina Exames Complementares 2012-2 TIPOS DE COLETA DE AMOSTRAS • Coleta sangue: capilar, venoso e arterial • Coleta de escarro • Coleta fezes • Coleta Hemoculturas • Coleta de Swabs • Coleta de Urina SEGURANÇA DO PACIENTE • Seja cordial • Chame o paciente pelo nome • Explique o procedimento de coleta que será realizado • Verifique os pré-requisitos para a coleta dos exames • Transmita confiança e segurança SEGURANÇA DO PACIENTE • Identificação do cliente: não utilizar o número do leito como critério de identificação • Identificar sempre o material colhido na presença do paciente ou familiar – nome completo, amostra, data e hora. • Materiais colhidos fora do laboratório – “amostra enviada ao laboratório • Barreiras de proteção- precaução padrão FASES DA COLETA Pré- analítica •a solicitação do exame •o preparo do paciente, •a coleta, •a preservação, •o transporte •o preparo da amostra Analítica Pós- Analítica Observações antes da coleta • Jejum: falta de jejum aumenta a lipemia no sangue, provocando alterações nos resultados dos exames (Adulto - jejum habitual 8h, máximo 16h. Criança, 1o infância ou lactentes - 1 ou 2h); • Passagem por período de repouso: esforço físico pode causar aumento da atividade sérica de algumas enzimas (ex: Creatinoquinase, Aldose); • Preparo psicológico : o medo provoca queda de pressão provocando vasoconstrição, dificultando a visualização da veia; COLETA DE SANGUE • Verificar exames a serem realizados • Lavar e secar as mãos • Utilizar EPIs • Separe o material a ser utilizado ROLHAS ANTICOAGULANTE EXAME Sem anticoagulante Soro / Plasma EDTA Hemograma / Tipagem Diagn. molecular / Carga viral Plasma com citrato de sódio Coagulação Plasma com fluoreto Glicemia / Lactato ACD-B ACD-A CPDA Tipagem Heparina sódica Heparina lítica Heparina amônica Provas de compatibilidade cruzada Citrato de sódio VHS Ativador de coágulo EDTA Provas de compatibilidade cruzada Heparina sódica Ativador de coágulo Sem aditivo Traços de elementos: Cu, Zn, Pb Tubo de plásticoTubo de vidro SEQUÊNCIA DOS TUBOS Norma da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica COLETA DE SANGUE Áreas a evitar: • Áreas com terapia ou hidratação intravenosa de qualquer espécie. • Locais com cicatrizes de queimadura. • Membro superior próximo ao local onde foi realizada mastectomia, cateterismo ou qualquer outro procedimento cirúrgico. •Áreas com hematoma. •Fístulas artério-venosas. • Veias que já sofreram trombose porque são pouco elásticas e têm paredes endurecidas. ESCOLHA LOCAIS DE PUNÇÃO Técnicas para evidenciação de veias: •Pedir para o paciente abaixar o braço e fazer movimentos suaves de abrir e fechar a mão; •Massagear delicadamente o braço do paciente (do punho para o cotovelo); •Fixação das veias com os dedos nos casos de flacidez. Norma da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Norma da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica USO ADEQUADO DO TORNIQUETE • Posicionar o torniquete com o laço para cima. • Não bater na veia (provoca hemólise capilar). • Torniquete usado para seleção preliminar da veia, aguardar 2 minutos para usá-lo novamente. • Aplicá-lo cerca de 8 cm acima do local da punção. • Não utilizá-lo continuamente por mais de 1 minuto. • Não apertá-lo intensamente para não interromper o fluxo colateral. • Paciente alérgico ao látex, usar outro material. Norma da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica COLETA DE SANGUE • Posicionamento do braço: • O braço do paciente deve ser posicionado em uma linha reta do ombro ao punho, de maneira que as veias fiquem mais acessíveis e o paciente o mais confortável possível. • Não dobrar o cotovelo e a palma da mão voltada para cima. Norma da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica SISTEMA À VÁCUO Norma da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica COLETA COM SERINGAS • A agulha deve estar bem adaptada a seringa para não dar espuma. • Não puxar o êmbolo com muita força. • Passar o sangue para o tubo, deslizando cuidadosamente pela parede do tubo. • Não contaminar o bico da seringa com o anticoagulante. • Não espetar a agulha no tubo, para transferência do sangue da seringa para o tubo – provoca hemólise, deslocamento da rolha. Norma da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Agulhas para coleta múltipla e a vácuo • 25 X 7 mm (22 G1) – geralmente preta. geriatria, pediatria e acesso difícil. • 25 X 8 mm (21 G1) – geralmente verde. Bom acesso venoso. Mais usada. • Escalpes para coleta • 21G • 23G • 25G COLETA DE SANGUE • Antissepsia do local • do centro para fora em sentido espiral • de baixo para cima • nunca toque o local após antissepsia • Não assoprar Norma da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica CURATIVO NO LOCAL DA COLETA • Colocar um pequeno algodão seco no local da punção e fixar com adesivo hipoalergênico; • Compressão local de 1 a 2 minutos; • Orientar o cliente para não flexionar o braço e evitar esforços com o membro puncionado por, no mínimo, 1 hora, e não manter a manga dobrada; • Curativos em clientes portadores de coagulopatia. Técnica de Homogeinização Homogeinização evita: • Hemólise; • A insuficiente ou a não-homogeneização em tubos contendo anticoagulantes pode resultar em microcoágulos; • A insuficiente ou a não-homogeneização em tubos para sorologia pode resultar em demora na coagulação e provável volume insatisfatório de soro após a centrifugação. COLETAS ESPECIAIS • Paciente recebendo infusão • Paciente com cateter venoso central • Paciente anticoagulado COLETA DE SANGUE • Dificuldades na coleta DIFICULDADES SOLUÇÃO Punção profunda e transfixou a veia Retirar a agulha Agulha se localizou ao lado da veia sem atingir a luz do vaso Apalpar a veia, localizar sua trajetória e corrigir o posicionamento Aderência de bisel na parede da veia Desconectar o tubo, girar suavemente o adaptador, liberando o bisel e reiniciar a coleta Colabamento da veia Diminuir a pressão do garrote Agulha de calibre incompatível Trocar de agulha Estase venosa devido a garroteamento prolongado Liberar o garrote Bisel voltado para baixo Remover a agulha e puncionar novamente RISCOS DA COLETA • Formação de Hematoma (extravasamento do sangue para o tecido, durante ou após a punção); • Fatores que podem precipitar a formação de hematoma: – Agulha ultrapassa parede posterior da veia; – Veia frágil ou muito pequena; – Diversas tentativas de punção sem sucesso, – Remover a agulha antes de retirar o torniquete. HEMATOMA Visualizado extravasamento na forma de protuberância: •Retirar torniquete e agulha; •Realizar compressão local durante pelo menos 2 minutos; •Fazer compressas frias para atenuar a dor RISCO DA COLETA Punção acidental de uma artéria: •Tentativa de uma punção venosa profunda; •Evitar veia basílica (próxima artéria braquial); •Pressão local por pelo menos 5 minutos; •Infecção (antissepsia inadequada); • Lesão nervosa (inserção muito rápida, profunda e multiplas tentativas da agulha já inserida); • Dor (comprometimento nervoso). HEMÓLISE • Liberação dos constituintes intracelulares para o plasma ou soro, quando ocorre a ruptura das células do sangue, estes componentes podem interferir nos resultados das dosagens de alguns analitos. Fonte: www.vivo.colostate.edu/.../smallgut/lipemia.jpg Fonte: upload.wikimedia.org/.../7/7f/Hemolysis.jpg PREVENÇÃO DE HEMÓLISE • Deixar álcool usado na antissepsia secar; • Não puxar o êmbolo da seringa com muita força; • Evitar a formação de espuma; • Transportar o sangue deslizando cuidadosamente pela parede do tubo; • Homegeneizar a amostra suavemente por inversão, não chacoalhar o tubo; PREVENÇÃO COÁGULO • Respeitar a exigência da proporção sangue/aditivo; • Aspirar comagilidade, o processo de coagulação é ativado no momento da coleta; • Homogeneizar o tubo por inversão (5 a 8 vezes) . HEMOCULTUAS • Lavar as mãos e calçar as luvas; • Garrotear o braço do paciente e selecionar uma veia adequada; • Limpar o local selecionado com algodão embebido em álcool 70o; • Afrouxar o garrote temporariamente; HEMOCULTURA • Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura, já identificados com nome, data e hora da coleta e número da amostra. • Fazer uma assepsia prévia nas tampas, com álcool 70%; • Fazer a anti-sepsia da área a ser puncionada com clorexidina alcoólica a 0,5%, em movimentos circulares, do centro para a periferia; • Deixar agir por um minuto até secar; Material adaptado enf Haydeé Hanh HEMOCULTURAS • Hemoculturas em duas ou três amostras exigem punções em locais diferentes; • Aanti-sepsia inadequada pode levar ao isolamento de microrganismos contaminantes, não relacionados ao processo infeccioso, com grande prejuízo para o paciente e a instituição; • Sempre que possível,a coleta deve ser feita antes de iniciar a antibioticoterapia; • Melhor momento para coleta é na ascensão da temperatura. TRANSPORTE • Encaminhar ao Laboratório dentro de maleta específica; • Utilizar bandeja de suporte para os frascos; • Enviar material protocolado pelo andar; • Aguardar conferência do material na Central do Laboratório. Os tempos de armazenagem das amostras primárias consideram os seguintes limites: • Temperatura ambiente • 18 a 22ºC até 3 – 4 horas • Ex.: K+ aumenta concentração > 3 h da coleta • Refrigerada • 2 a 8ºC • Congeladas – deve ser rápido • - 20ºC TRANSPORTE COLETA DE SANGUE • Descarte de rejeitos • O descarte do lixo produzido deve ser feito de acordo com as normas estabelecidas para o trato do lixo hospitalar. • Todos os objetos perfuro cortantes devem ser descartados em um recipiente de boca larga, paredes rígidas e com tampa. • O algodão e os coágulos devem ser colocados em sacos plásticos brancos. • Todo esse material deve ser encaminhado ao lixo hospitalar. REFERÊNCIAS • Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para Coleta de sangue Venoso, 2o ed. Barueri, SP: Minha Editora ,2010 • BRUNNER & SUDDARTH. Exames complementares. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2010 • FISCHBACH, F. Manual de Enfermagem: Exames laboratoriais e Diagnósticos. 6ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
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