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Prévia do material em texto

RESPONSABILIDADE CIVIL
Prof. Nélson Tavares
Aula 1 – 11/02
Bibliografia - Programa de responsabilidade civil (Sérgio Cavalieri)
Plano de aula 
1 - Conceito de responsabilidade civil
2 - Ato ilícito (sentido estrito e amplo)
3 - Pressupostos da responsabilidade civil (conduta, nexo e dano)
4 - Espécies de responsabilidade
. Penal e civil
. Contratual e extracontratual
. Subjetiva e objetiva
5 - Excludentes de ilicitude
6 - Indenização por ato lícito 
----------
Obs. Mapa mental - método de estudo que uso 
1 - Conceito de responsabilidade civil
- Não devemos causar dano a ninguém. Mas se ocorrer, será descumprida a obrigação e será gerada outra obrigação, a de reparar esse dano. Então terei a responsabilidade. Então a RC é secundária.
- Cavalieri - " RC é o dever jurídico sucessivo que surge para recompor a violação de um dever jurídico originário." (Que é o de não causar dano).
- Em geral é do ato ilícito que surge o dano.
2 - Ato ilícito
- Art. 186, CC
TÍTULO III
Dos Atos Ilícitos
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
- Imperícia não entra, pois a condição jurídica dele é outra, uma vez que ele é perito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
- Aqui houve uma inovação expressa em relação ao CC de 1916. Aqui temos o abuso de direito. Ex. Procrastinar um processo. 
- Características:
. Limite de difícil compreensão 
. Os exemplos são mais fáceis na área de direito processual
. Esses limites são determinados por fins econômicos, sociais, boa-fé bons costumes, ou seja, dependem de interpretação. A questão, portanto será sempre ética. "Seu direito termina quando começa o do outro".
- Então mesmo praticando um ato lícito você pode ter o dever de indenizar.
3 - Espécies de responsabilidade:
a) Civil
Quando viola uma regra de natureza cível.
b) Criminal
É quando asma conduta caracteriza um fato típico.
c) Contratual
É aquela que demonstra um vínculo pré existente entre as partes, relacionado ao dano. Pode ser de natureza tácita. Ex. Sofre acidente dentro de um ônibus.
d) Extracontratual
É aquela em que não havia relação jurídica prévia entre as partes.
e) Subjetiva
Aqui há a necessidade de comprovar a culpa. Ex. Art. 927, CC
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
f) Objetiva
É aquela que não depende da culpa. Ex. Art 14, Caput e §4º, CDC 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
§ 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. 
4 - Pressupostos da Responsabilidade Civil
- Art. 927, CC - Cláusula geral de responsabilidade
. Conduta (comissiva ou omissiva)
. Nexo causal (há 3 hipóteses de excludentes - fato (culpa) de terceiros / fato exclusivo da vítima / caso fortuito ou força maior)
. Dano (natureza material ou patrimonial - danos emergentes e lucros cessantes/ natureza moral - decorrem dos direitos da personalidade)
- Entre a conduta e o dano deve haver um nexo causal (veremos isso mais a fundo lá na frente)
5 - Excludentes de ilicitude
- São 3:
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. (estado de necessidade)
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. 
-Então os excludentes de responsabilidade civil podem ser as do nexo causal ou os da ilicitude. Se houver qualquer uma dessas 6 coisas não teremos responsabilidade civil.
6 - Indenização por ato lícito 
- Art. 929, CC 
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. 
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. 
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I). 
- Ex. Para evitar o atropelamento de uma criança, joga o carro sobre outro. É estado de necessidade, ou seja, é ato lícito. Mesmo assim quem teve o carro batido não tem nada a ver com isso e vai ser indenizado. Mas cabe ação de regresso ao verdadeiro culpado. No caso em tela, os pais da criança.
Aula 2 – 18/02
Feriado quarta-feira de cinzas
Aula 3 – 25/02
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA
(Pressuposto da conduta culpável)
- Se norteia apenas pelas regras constantes no código civil. Não há um contrato entre as partes.
- A responsabilidade objetiva é aquela que na depende de culpa. 
- Na subjetiva é obrigatório o advogado demonstrar que o agente agiu com culpa.
- Culpa CC 1916 x culpa CC 2002
Esquema da aula no meu pendrive
Art. 927 c/c 186, CC 
TÍTULO IX
Da Responsabilidade Civil
CAPÍTULO I
Da Obrigação de Indenizar
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
TÍTULO III
Dos Atos Ilícitos
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
- Conduta tem que ser voluntária, sempre, caso contrário não gera responsabilidade civil. Ex. Desmaia é cai sobre outra pessoa, que sofre uma fratura. Não há responsabilidade civil, pois foi uma conduta involuntária. Mas cuidado. Se desmaiasse dirigindo um ônibus, teria responsabilidade, pq está seria objetiva. A empresa seria culpada de qualquer maneira.
- Fato da coisa
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. 
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
- Imputabilidade
- Para ser imputável tem que ter Idade suficiente para responder pelos seus atos e sanidade mental.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
Obs. Neste artigo então as circunstâncias em que o inimputavel pode responder.
- Culpa x dolo - na responsabilidade civil é diferente da esfera penal, iOS na cível o que interessa é o dano causado. Se o dolo causou um dano menor e a culpa um maior, a indenização deste ultimo será maior.
Aula 4 – 04/03
Obs. Professor vai dar a aula da semana2 novamente e vai reenviar o material
. Relembrando:
- Elementos essenciais da RC são: conduta, nexo e dano.
- Só haverá indenização se houver dano. Este dano tem que ter nexo causal com minha conduta.
- Essa conduta pode ser omissiva ou comissiva e tem que ser culpável e imputável.
- Existem graus de culpabilidade.
O tema de hoje será:
CONDUTA
- CC/16 - A responsabilidade era subjetiva (tem que comprovar a culpa) 
- No código de 2002, passou a ter como regra a responsabilidade objetiva.
- A conduta pode ocorrer por fato próprio, fato de 3º ou fato da coisa, mas também pode ser por força de um contrato
Ditado - A responsabilidade civil depende essencialmente de 3 elementos:
- Conduta, nexo causal e dano
Com relação à conduta (é sempre mais adequado dizer conduta culposa que culpa), sendo a responsabilidade contratual ou extracontratual, cada uma delas poderá gerar responsabilidade objetiva ou subjetiva. O que determinará se a responsabilidade é objetiva ou subjetiva é a lei e o legislador só é motivado a determinar a modalidade objetiva quando houver uma desproporção entre a condição das partes envolvidas (vulnerabilidade).
A responsabilidade no CC/16 tinha como cláusula geral a responsabilidade subjetiva a qual se mostrava como regra. A responsabilidade objetiva era excepcionalíssima. Com o CC/02 a cláusula geral continuou a preservar a condição subjetiva, mas pelamhrande quantidade de ocorrências de responsabilidade objetiva em direito material, pode-se dizer que a desnecessidade de provar a culpa é a regra.
É importante ressaltar que para ser atribuída a responsabilidade, a conduta deve ser culpável e imputável, razão pela qual algumas questões precisam ser esclarecidas:
1) Nem sempre aquele que pratica a conduta é o responsável pelo dano. O autor da conduta responderá pelo dano quando agir por fato próprio, regra geral. No entanto, o art. 932, CC lista em seus incisos diversas hipóteses em que a responsabilidade decorre de fato de 3º. Isso acontece porque o responsável pelo dano tem o dever de guarda, vigilância ou cautela e sua omissão pode ser demonstrada pela falta do dever de cuidado. A terceira hipótese é de fato da coisa exemplificada nos arts. 936 a 938, CC. Aqui também se observou a omissão do responsável.
TIPOS DE CULPA
Características:
a) Culpa levíssima - Decorre da falta de atenção.
b) Culpa leve - Aquela que pode ser evitada pelo homem médio (aquele que age dentro da normalidade, que observa a lei)
c) Culpa grave - É aquela cuja conduta excede ao esperado pelo homem médio.
d) Culpa contratual - É aquela que é estabelecida a partir de um vínculo pré existente.
e) Culpa extra contratual - Não há relação prévia. A culpa decorre de determinação da lei ou de preceito geral do direito.
f) Culpa in eligendo - É aquela em que eu elejo alguém para me representar, qe exerce a atividade como se você fosse.
g) Culpa in vigilando - É quando alguém está sob a sua guarda, tutela ou segurança e você não faz isso.
h) Culpa in custodiando - Culpa que ocorre da inobservância do dever de custódia.
i) Culpa presumida - É o fundamento jurídico que possibilita a atribuição de uma responsabilidade objetiva.
j) Culpa concorrente - Falha mútua de quem lesou e de quem sofreu o dano.
A imputabilidade exige do agente 2 características:
Maturidade e sanidade mental
O código civil adotou um critério mitigado sobre a responsabilidade do capaz por doença mental (art. 928), ou seja, em regra o incapaz não responde porque o tutor o fará, mas se a lei eximir o tutor de responsabilidade será necessário apurar se o incapaz tem o necessário para sobreviver e amparar seus alimentandos; caso haja ainda disponibilidade financeira, responderá pelo dano.
Alguns autores da área de responsabilidade civil sustentam que não há utilidade prática em distinguir culpa de dolo, pois enquanto no juízo criminal se exerce juizo de reprovabilodade a depender do animus do agente, na responsabilidade civil interessa apenas a extensão do dano e a restituição do status quo.
Obs. Atenção para a tese da função pedagógica da pena que de alguma forma pune quem de forma dolosa causa um dano para aferir mais lucro. Ex. da Oi que usa estratégias acreditando que poucas pessoas vão entrar com ação.
Aula 5 – 11/03
NEXO CAUSAL
Obs. O ideal para o advogado de defesa é quebrar o nexo causal. Ao contrário se for pelo autor. Assim, ele vai atribuir ou afastar a RC.
Ditado - A atribuição da RC depende que entre a conduta do agente e o dano exista um liame subjetivo que liga a responsabilidade desse dano ao agente.
Nexo causal, para Cavalieri, é o liame capaz de reunir a conduta culposa ao dano, ou seja, é por meio do nexo de causalidade que podemos afirmar se a ação ou omissão voluntárias foram imperativamente responsáveis pela ocorrência do dano.
a) Teoria da equivalência das causas
Não é adotada no Brasil no âmbito civil, somente na criminal.
b) Teoria da finalidade adequada 
Adotada aqui. Diz que somente aquele cuja conduta gera diretamente o dano é que responde.
Ditado- Para atribuição da responsabilidade civil é importante que o nexo causal tenha relação direta entre a conduta e o resultado de maneira a que retirando a causa, inevitavelmente estaria afastada a consequência. Essa teoria foi denominada Teoria da finalidade adequada ou da causalidade adequada.
A Teoria da equivalência das causas nao é adotada em RC, mas o é para aferição da responsabilidade criminal na medida em que será considerado participe todo aquele cuja conduta de alguma forma contribuiu para a prática a do ilícito. 
CONCAUSAS
Aqui não há que se falar em afastamento da responsabilidade e sim do abrandamento do valor da indenização. Ela pode ser antecedente (causa já existia), concomitante (simultânea ao evento) ou superveniente (vem depois).
- Excludentes de responsabilidade
. Culpa exclusiva própria da vítima 
. Culpa exclusiva de 3º
. Caso fortuito (exemplo de roubo em ônibus no RJ - Não indeniza)- Cavalieri dividiu em:
Interno - Inerente ao risco do empreendimento. (Colisão de coletivo). Tem que indenizar.
Externo - Extrapola o risco assumido. (bala perdida que atinge alguém dentro do ônibus). Nao tem que indenizar.
. Força maior (Fenômeno da natureza)
Aula 6 – 18/03
- Professor faltou
Aula 7 – 25/03
- Professor faltou
Aula Extra Sábado – 28/03
Revisão
Conceito de Responsabilidade Civil
Dever jurídico:
. Sucessivo – Dever de indenizar.
. Originário – Dever de não causar dano.
Responsabilidade Civil (Pressupostos):
. Conduta:
- Comissiva – Ação (via de regra, vai gerar dever de reparação – exceto os excludentes)
- Omissiva – Dever de agir / Garantidor (nem sempre haverá o dever de reparação, só se o agente tiver o dever de agir ou for o garantidor)
Obs. Se eu produzo um dano, pratiquei um ato ilícito que vai gerar um dever de reparação.
. Nexo causal
. Dano
Excludentes de Responsabilidade Civil
a) Excludentes de ilicitude (Art. 188, CC)
Legítima defesa
Exercício regular de um direito
Estado de necessidade (sem excesso)
- Aqui uma pessoa teve uma conduta, praticou um ato ilícito, mas por sua conduta estar classificada como excludente de ilicitude, a conduta passa a ser lícita e não vai ter que reparar.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
	
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. (Este art. recebe o nome de indenização por ato lícito, pois aquele que recebeu o dano não é responsável pelo perigo)
- Ex. do motorista que desvia da criança e destrói a barraquinhade sorvete. O dono da barraca terá direito de indenização do motorista (indenização pela prática de ato lícito) e este teria direito de regresso contra o pai da criança que foi omisso, pois era o garantidor. Se o pai da criança fosse o dono da barraca, o motorista não teria que indenizá-lo, uma vez que sua omissão deu origem ao dano.
b) Excludentes de nexo causal
Culpa exclusiva da vítima
Fato de terceiro
Caso fortuito ou força maior
- Aqui, aquele que estou imputando como réu em nenhum momento teve uma conduta que pudesse causar aquele dano.
Responsabilidade Subjetiva – Análise da culpa
- Culpa provada – A prova cabe a quem alega
- Culpa presumida – O réu tem que provar que não agiu com culpa (inversão do ônus da prova)
Responsabilidade Objetiva – Análise do risco
Culpa contra a legalidade (Abrange qualquer tipo de norma) – Ex. Avanço de sinal / Convenção de condomínio etc.
Culpa concorrente (Art. 945, CC)
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
- Não se trata de “meio a meio” ou “cada um com seu prejuízo”. O caso concreto vai dar ensejo à análise do grau de participação de cada um.
Culpa em sentido amplo 
- Dentro dela eu tenho o dolo e a culpa em sentido estrito (negligência, imprudência e imperícia). Vai ter que reparar se sua conduta for dolosa ou se for em sentido estrito.
- Culpa em sentido estrito (sempre vai ter essas 3 características):
Conduta voluntária com resultado involuntário. 
Previsibilidade
Falta do dever de cuidado – imprudência, negligência ou imperícia
Ex. Avanço sinal de madrugada e causo acidente. Fui imprudente. Causei o dano por uma conduta de ação.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
- Dolo
Semana 4
DANO
Conceito
Dano material (ou patrimonial/perdas e danos)
– Danos emergentes – É aquilo que você efetivamente perdeu. É o valor que você vai gastar para restabelecer o que foi fruto do dano. 
– Lucros cessantes – É aquilo que você razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Dano Moral
– Evolução – No cc de 1916, não existia. Surgiu após segunda guerra e aqui no Brasil a partir da CF/88. No cc de 2002 ela foi “formalizada”.
– Configuração (Tem que ter ocorrido, via de regra, a violação do direito da personalidade. O foco não é o aborrecimento. Você pode tê-lo e não ter direito, assim como pode não se aborrecer e ter seu direito da personalidade violado).
Prova – Como tudo no direito, tem que provar.
Arbitramento (o intuito é o caráter pedagógico). Ex. da velhinha que ganhou 100 mil da ré que ganha 4 mil por mês e não levou, quando era muito mais razoável ter ganho 10 mil divididos em 10 x de 1000, pois 25% do salário durante 10 meses vai atingir o caráter pedagógico da questão. A ré vai pensar 10 vezes antes de fazer de novo.
Semana 05
Continuação de dano...
Transmissibilidade do dano moral (Obs. Dano à imagem da pessoa falecida)
Liberdade de informação e inviolabilidade da vida privada
Dano estético
Dano moral e pessoa jurídica
- Direito da pessoa (Arts. 11 e 12 186, CC)
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
- Transmissibilidade do dano moral – 3 posições:
1ª Hipótese: O autor ingressa com ação e morre no curso do processo – Regra geral do direito das sucessões – Autor é substituído por seu espólio (Art. 943, CC)
Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
2ª Hipótese: O autor morre antes de ingressar com a ação – 2 posições:
1ª Posição => Não podem os herdeiros ingressar com a ação porque nós adquirimos direitos da personalidade com o nascimento com vida e são extintos com a morte. Logo, se não entrou com a ação, o direito é extinto.
2ª Posição => Podem os herdeiros ingressar com a ação porque o que está sendo pleiteado é o valor indenizatório pelo dano moral que a pessoa sofreu enquanto estava viva. O que se quer é a reparação material (majoritária). O herdeiro vai pedir em nome do morto.
3ª Hipótese: Ocorre o dano moral após o falecimento da pessoa – Os herdeiros podem ingressar com a ação em nome próprio
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
- Liberdade de informação e inviolabilidade da vida privada:
. Da mesma forma que cuidamos de nossas coisas materiais, devemos cuidar de nossas coisas imateriais. Se estamos em um lugar público, devemos preservar nossa imagem. Devemos zelar pelo nosso comportamento, pois somos aquilo que exteriorizamos.
- Dano estético (aleijão / deformidade física) - Hoje não há necessidade de se ter um aleijão para caracterizar o dano estético. Ex. artista com contrato para não cortar o cabelo e tem o cabelo danificado.
. O STJ bem entende que o dano estético é um 3º tipo de dano.
- Dano moral para pessoa jurídica
. Honra objetiva – O que ela é para os outros.
Semana 6
Responsabilidade Subjetiva – Análise da culpa
- Culpa provada – A prova cabe a quem alega
- Culpa presumida – O réu tem que provar que não agiu com culpa (inversão do ônus da prova)
Responsabilidade Objetiva – Análise do risco
Teoria do risco
– Criado (mais amplo – adotado no Brasil).
- Risco criado – Se você opta por prestar um serviço, você cria o risco da ocorrência de um resultado. Deve-se sempre verificar o risco inerente àquela atividade. Havendo excludente de nexo causal, será afastado o dever de indenização.
- Na teoria do risco – Empreendedor não é segurador universal
 - Proveito (Se quer o bônus, tem que arcar com o ônus) – Mais ligada ao aspecto econômico.
 - Risco integral – ATENÇÃO – É exceção à tese do não segurador universal
- No risco integral, mesmo havendo excludente de nexo causal, haverá o dever de reparação. Ex. DPVAT – mesmo com culpa exclusiva da vítima, não terei indenização do autor, mas receberei o DPVAT.
Responsabilidade Civil Objetiva
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
– Habitualidade
– Caráter econômico
. Cláusula geral da Responsabilidade Civil Subjetiva - Arts. 186 + 927 (caput)
. Cláusula geral da Responsabilidade Civil Objetiva – Art. 927, § único.
- Independe da culpa:
I – Nos casos especificados em lei
II – A atividade normalmente desenvolvida importar em risco para outros (necessário verificar se há habitualidade + caráter econômico).
Aula 8 – 01/04
- Professor faltou
Aula 9 – 08/04
- Av1
Aula 10 – 15/04Correção da prova
Aula 11 – 22/04
Responsabilidade civil por fato de outrem.
 - Terceiro, coisa, aquele por quem em responsabilizo, decorrente do dever de guarda, vigilância e cuidado
-Att. Nem sempre é o mesmo garantidor do direito penal.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. 
- Atenção - Menor que pega carro para dirigir. O simples fato de dirigir sem habilitação não gera responsabilidade civil para os pais, mas gera responsabilidade administrativa (multa). Se for maior sem habilitação, este vai responder do mesmo jeito. Caso o menor se envolva em um acidente (sem dar causa), e fere uma pessoa, os pais não vão responder, a não ser que o filho der causa, aí a responsabilidade será objetiva.
Argumentos 
1º ) O simples fato de menor dirigir não gera responsabilidade civil, salvo a administrativa.
2º) A responsabilidade civil dos pais é objetiva. (art. 933)
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. 
3º) O ônus da prova é sempre daquele que tem a responsabilidade objetiva.
4º) A responsabilidade dos pais é objetiva, mas não é ilimitada. Os pais têm que provar que o menor não tem culpa (objetiva). 
a) Tem que ter aqui também os elementos da responsabilidade (conduta, nexo, dano).
b) Valem as excludentes de responsabilidade para o menor também, poiso fato pode ter acontecido também por caso fortuito externo, força maior, fato exclusivo da vítima, de 3º etc. 
5º) Os pais em relação aos filhos, a responsabilidade é solidária (art. 942, p.u.)
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. 
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932. 
6º) O limite para a responsabilidade civil dos pais é a garantia do mínimo existencial pautado na dignidade da pessoa humana.
- No inc. II, segue basicamente o mesmo raciocínio do Inc. I, mas há uma divergência doutrinária (responsabilidade do tutor/curador corresponde à dos pais). Mas uma parcela (minoritária) acha que a deles é maior uma vez que nasce de ato volitivo. Portanto a apuração deve ser feita como maior rigor.
- Tutor (art. 1728, CC)
Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela:
I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;
II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.
- Curador (art. 1767, CC)
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil;
II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;
III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;
V - os pródigos.
Obs. No CC de 1916, como a responsabilidade civil por parte de outrem era subjetiva, quando o CC/02, no art. 933 disse que a responsabilidade civil pelo fato de outrem era objetiva, não precisa mais se discutir a culpa.
- Empregador é diferente de empresário. Podemos ter empresário que não é empregador e vice-versa. Ex. Empregador doméstico não é empresário.
- MEI (Micro empresario individual) - É empresário mas pode não ser empregador (pode ter até 1 empregado). 
- Outra diferença - Empregado, serviçal, preposto e profissional liberal.
- O que o empregado faz é responsabilidade do empregador 
- O que o profissional liberal faz é responsabilidade do contratante.
- O empregado está submetido ao poder diretivo do empregador.
- O profissional liberal não está submetido ao poder diretivo do contratante (ex. Advogado é contratado para fazer ação alimentar e faz a petição inicial quando quer).
- O Estado responde pelos seus agentes com base no art. 37,§6º, CF.
Art. 37,§6º, CF.- As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Ex. Agentes policiais militares a noite fora do horário de trabalho a paisana em veículo particular com armas particulares, foram a uma comunidade e mataram vários inocentes. Os crimes foram cometidos como retaliação a poloca rigorosa do quartel. eles não estavam na função, mas agiram em razão do trabalho, motivados por questões ligadas ao trabalho. O Estado responde com fundamento no art. 37, §6º, CF. 
Obs:
. Art. 936, CC - O dono do animal reponde objetivamente, mas de forma limitada. Ex. Culpa da vítima. Criança que pula no quintal para pegar a bola. Não temho que indenizar.
. Art. 937, CC - O dono do edifício que ruiu
. Art. 938, CC - Aquele que joga coisas pela janela - Responde a coletividade a quem se pider imputar o fato (coluna do prédio)
- Carro emprestado - Culpa será do dono do veículo. O ônus da prova é sempre do dono.
Aula 12 – 29/04
- A RS pode ocorrer por:
Fato próprio
Fato de 3º
Fato da coisa (aula de hoje - já antecipou algumas coisas na aula passada)
- Vimos aula passada o art. 932, CC 
- O art.933 diz que os 5 incisos do art. Anterior são objetivas
- São também objetivos - art. 36, §6º, CF , 936, 937 e 938 - Pela teoria do risco. (Incutir também direitos do consumidor arts. 12 e 14, CDC)
- Art. 936 - Responsabilidade do dono do animal pelo FATO (nunca conduta) do animal. 
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. 
Teoria da guarda intelectual - Tem que ter poder de comando, determinação sobre a coisa. Ex. Pet shop. Se o cão está lá no Pet shop, este é o detentor e ele responderá caso algum cão cause dano a outro. Outro exemplo: Dono manda caseiro passear com cão sem coleira dentro da propriedade e ele morde o jardineiro. Quem deu o comando foi o dono então este responderá. (deu exemplo também do odor de cachorro no estacionamento)
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. 
- Não é só a conduta omissiva. A conduta comissiva também gera a responsabilidade. Ex. Faz obra e derruba uma parede que causa o desmoronamento.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
- Coisa caída - independe do ser humano. Mais comum - Vasos de plantas
- Coisa lançada - depende de conduta comissiva que lance a coisa, mesmo que culposamente. Em função do dolo (se houver), o valor da indenização será maior.
- Entao pra fechar. Será sempre responsabilidade OBJETIVA os artigos:
932
Art. 37, §6º, CF
936, 937 e 938
12 e 14, CDC
927, § único
Aula 13 – 06/05
Corrigiu 25 exercícios do e-mail que ele mandou.
Aula 14 – 13/05
Responsabilidade civil do Estado
Art. 37, §6º, CF 
Teorias
. Teoria da irresponsabilidade - anterior, o Estado não tinha responsabilidade.
. Teoria da responsabilidade civil subjetiva - Atual, melhorou.
. Teoria da responsabilidade pela culpa anônima - Só preciso provar que houve falha no serviço, não importa de quem.
. Teoria da responsabilidade objetiva - Evoluímos para esta.É pacífica, com base na teoria do risco administrativo.
- Então, para o Estado, em regra a responsabilidade civil será objetiva.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos (administração indireta, sociedade de economia mista, fundações públicas, concessionários e permissionários, serviços sociais e os notários) responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
- Erro judicial - praticadoela estrutura global do judiciário. Há 2 espécies:
 - Erro jurisdicional - exclusivamente praticado pelo magistrado. Seus atos são chamados de atos de gestão. Nesses casos o Estado pode indenizar. Ex. Alguém é condenado, já cumpriu a pena e continua preso
. Erro judiciário - erro cometido por demais agentes do judiciário. Seus atos são chamados de ato de Império. Isso não gera responsabilidade do Estado.
- Se for culpa da estrutura - art. 5º, LXXV, CF
Atos legislativos 
. Norma inconstitucional - Ex. Você é obrigado a pagar uma taxa de x mil reais e posteriormente ela é declarada iinconstitucional e não huve retroatividade, ou seja, houve um erro do legislativo. Pela regra não há que se falar em indenização (posição majoritária)
. Lei defeituosa - Por analogia estrutural, segue a redação acima.
. Omissão legislativa - Aqui o Estado não legislou sobre determinada matéria e isso vem me trazendo prejuízos. Há 2 situações: Se precisa ou não da declaração do STF. Para haver indenização precisa provocar o STF para que ele emita um mandado de injeção.
Morte ou fuga do preso 
. Suicídio (evitável/ inevitável) - Sempre que for evitável o Estado terá que indenizar. 
. Morte provocada - O Estado tem que indenizar sempre, uma vez que estava sob sua custódia.
. Fuga - Logo após ocorrer, o indivíduo comete um crime próximo do presídio. A vítima desse crime sera indenizada. Mas se ocorrer apos um longo periodo (dentro ainda do contexto da fuga) após a fuga e/ou o preso está longe do presídio em que fugiu, a responsabilidade será subjetiva, ou seja, tenho que provar a culpa do Estado. 
Att. O Estado nao é garantidor universal, ou seja, não tem que indenizar caso você seja vítima de um crime comum na rua.
. Preso que foge sempre - Leva em conta o longo período fora do contexto de fuga, mas tem que haver nexo para haver responsabilidade. Caso não tenha nexo com a fuga, o Estado não responde.
- As doutrinas acima (isso não está na lei) são do desembargador Cavalieri.
Aula 14 – 20/05
RESPONSABILIDADE CIVIL NA RELAÇÃO DE CONSUMO
- Fato do produto 
- Arts. 12 e 14, CDC - Responsabilidade objetiva nos dois casos
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. (Incompleto)
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
- Fato é todo defeito que viola a integridade física do consumidor ou causa a destruição total ou parcial da coisa.
- No fato as consequências são mais gravosas.
- Prazo prescricional em 5 anos 
. Vício 
- Arts. 18, 19, 20 e 21 (produto/serviço ) - ambos são responsabilidade objetiva
 Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
        § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
        I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
        II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
        III - o abatimento proporcional do preço.
        § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
        § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
        § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
        § 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
        § 6° São impróprios ao uso e consumo:
        I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
        II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;
        III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.
        
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
        I - o abatimento proporcional do preço;
        II - complementação do peso ou medida;
        III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
        IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
        § 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior.
        § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
        
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
        I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
        II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
        III - o abatimento proporcional do preço.
        § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamentecapacitados, por conta e risco do fornecedor.
        § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
       
 Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do     consumidor.
- Art. 27, CDC
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. 
- Art. 26, CDC
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1º - Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
§ 2º - Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II - Vetado.
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3º - Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
- Prazo decadencial de 30 dias para bens não duráveis e 90 dias para bens duráveis.
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando: 
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; 
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; 
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. 
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso. 
- Responsabilidade civil do profissional liberal (art. 14, §4º)
§ 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. (Essa responsabilidade é subjetiva, pois precisa comprovar a culpa).
Aula 15– 27/05
- Desde o início do semestre falamos sobre a responsabilidade extracontratual.
RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL
- Na extracontratual precisamos da conduta, nexo causal e de dano.
- Nela, o dano sempre tem que ser apurado e sofrer liquidação, ou seja, não é o pagamento e sim a fixação de um valor, permitindo assim que esse dano seja líquido, reconhecível, pagável.
- Na contratual essa liquidação não é necessária, pois já está escrito no contrato. Assim, o dano não precisa ser apurado pelo magistrado, pois já é conhecido antes mesmo de sua ocorrência.
- Se manifestar vontade (pacta sunt servanda), esta vai prevalecer sobre lei pré-constituída.
- Mas há limitações: Boa fé, equidade, isonomia e ética. São princípios anteriores a própria regra.
- Obs. Tudo isso só valerá se o contrato for válido. Pressupõe-se pessoa capaz, objeto lícito e forma prescrita em lei. Para haver indenização precisa haver o inadimplemento da obrigação. Tem que haver também nexo causal. 
- A sanção (forma como vai ser dada a indenização) pode se dar de 3 formas:
a) Mora - Ainda é possível cumprir com a obrigação. (juros de mora é proporcional ao atraso)
b) Inadimplemento - Não é mais possível cumprir com a obrigação. O inadimplemento absoluto estabelece um único valor proporcional ao prejuízo, em uma única parcela.
c) Cláusula penal - Fruto de um inadimplemento. É um estimulo ao cumprimento da obrigação. Tem natureza preventiva.
Obs. A cláusula penal tem que ser proporcional, razoável. Ex. Te dou 50 pra fazer um quadro, mas se não fizer você me paga 30.
Aula 16– 03/06
RESPONSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTADOR
- Transporte público de massa
- Art. 37, §6º, CF (só para as relações extracontratuais)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
- Art. 14, CDC 
- Há antinomia (conflito aparente de normas) entre essas 2 leis. Isso é resolvido por hierarquia, especialidade ou temporalidade.
- Nesse caso (consumo) vai se aplicar o CDC, pela Teoria do diálogo das fontes, através da qual as normas dialogam, na se excluem.
- Além disso, pode-se aplicar o próprio CC (art. 730)
Art. 730. Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas.
. Transportes gratuitos
- Carona - Há um acidente com dano estético. Quem da a carona não é tido como transportador , pois não há onerosidade, mas poderá vir a ter responsabilidade civil do art. 927, CC, na forma subjetiva.
- No caso da carona solidária , quem dá carona é tido como transportador. Portantomse aplica o art. 730 e seguintes do CC
- Taxista - É transportador. Aplico o CDC 
- Aparentemente gratuitos - Ex. Ônibus que rodam dentro dos shoppings. Os lojistas é que pagam. Há uma relação de consumo.
Obs. A taxa não caracteriza relação de consumo. Ex. Ônibus da OAB. 
SEGURO
ler do art. 757 até 813 - regula a responsabilidade do regulador. 
(Não cai na prova)
(vai enviar o material)
FIM DA MATÉRIA
Aula 17– 10/06
Revisão Av2
Revisão para prova
Prova X
1 questão - Do plano de aula - Resp. Extracontratual
2 - Questão do cachorro que caiu lá de cima - discute se é Resp. do estado ou se é outra coisa - Ver por que caminho vai
3 - Erro judicial - do magistrado ou da estrutura - vai ser assim ou assado
4 - Um dos elementos , com relação a nexo causal, por exemplo. São corretas (V ou f)
5 - Parecida com a 4, mas fala das características gerais da Resp. Civil (V ou f)
6 - Sobre a Resp. Civil é correto dizer q.... Características gerais 
7 (discursiva) - Discutir fortuito interno e externo 
8 - Diferença entre fato (pegar com Silvia)
9 - Caso do plano de aula 
10 - Também do plano de aula
Outra versão (y)
1 - Subjetiva ou objetiva 
2 - Alguém causa um dano mas ele estava exercendo atividade em nome de outro. De quem é a responsabilidade? É de um, é dos 2 etc.
3 - Igual a 2
4 - O q é necessário para ter responsabilidade, o que cai é a exceção para a rehra geral. Tem que indenizar excepcionalmente 
5 - Fato produto ou serviço ou vício
6 - prescrição, indenização por erro judicial, Resp, do empregador (V ou f)
7 (discursiva) - Resp. Civil do estado - plano de aula 
8 - Plano de aula 
9 - Plano de aula 
10 plano de aula
Revisão 
CDC
Arts. 12 e 14 - falam do fato do produto e serviço - defeito que causa acidente de consumo . É passível de prescrição. Prazo de 5 anos desde o condimento do fato
Arts. 18 e 20 - falam do vício do produto e serviço - todos os demais problemas q não violam a própria coisa destruindo-a, e nem geram acidentes de consumo. É passível de decadência e. Prazo vai ser ou de 30 dias ou de 90 dias para produtos não duráveis e duráveis, respectivamente. 
Consumidor standart (art. 2º CDC) ou consumidor por equiparação (art. 2º, Pu ou art. 17)
O art. 37, §6º, CF só se usa na Resp. Extracontratual.
Normalmente a responsabilidade na cadeia de fornecedores, do comediante é subsidiária. Mas no caso do principio da aparência, excepcionalmente a sua responsabilidade será solidária.Resp. Civil do estado - Regra art. 37. §6º, CF - é Objetiva. Pela teoria do risco administrativo, que só se aplica em Resp. de natureza Extracontratual. Então pode gerar antinomia.
Conduta ilícita (arts. 186 e 188). Porém o art. 929 fala em indenização por ato lícito, em função do estado de necessidade (art. 188, II, CC) - pode entrar com ação de regresso (art. 930) 
Conduta ilícita stricto sensu (culpa e dolo) e a latu sensu (dever genérico de não causar dano a outrem)
Excludentes de ilicitude são diferentes de excludentes de nexo causal 
Teoria da causalidade adequada - coloca um limite no liame de nexo causal.
Caso fortuito - sempre algo inesperado - interno - dentro do risco que o empreendedor assume. Tem que indenizar. Externo, fora disso, não tem indenizar.
- Hipóteses em que você responde por culpa de terceiros (art. 932)
- Resp, da coisa (dono do animal, ruína de prédio e coisa caída)

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