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N-1823 REV. B MAI / 2004 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 26 páginas e Índice de Revisões MONTAGEM DE CALDEIRA AQUOTUBULAR Procedimento Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior. Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos seus itens. CONTEC Comissão de Normas Técnicas Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo. Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. SC - 22 Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. Equipamentos de Utilidades “A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.” Apresentação As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho - GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS. N-1823 REV. B MAI / 2004 2 PREFÁCIO Esta Norma PETROBRAS N-1823 REV. B MAI/2004 é a Revalidação da norma PETROBRAS N-1823 REV. A OUT/98, não tendo sido alterado o seu conteúdo. 1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a montagem de caldeira aquotubular, em instalações de indústria de petróleo e petroquímica, e em centrais termoelétricas. 1.2 Esta Norma se aplica aos serviços de montagem iniciados a partir da data da sua edição. 1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a presente Norma. Portaria MTE nº 3214 de 08/06/1978 – Norma Regulamentadora nº 13 (NR-13) - Caldeiras e Vasos de Pressão; PETROBRAS N-12 - Acondicionamento e Embalagem de Válvulas; PETROBRAS N-13 - Aplicação de Tinta; PETROBRAS N-115 - Montagem de Tubulações Metálicas; PETROBRAS N-133 - Soldagem; PETROBRAS N-250 - Montagem de Isolamento Térmico a Alta Temperatura; PETROBRAS N-1592 - Ensaio Não-Destrutivo - Teste pelo Imã e por Pontos; PETROBRAS N-1593 - Ensaio Não-Destrutivo - Estanqueidade; PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som; PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia; PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante; PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual; PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas; PETROBRAS N-1617 - Aplicação de Concreto Refratário; PETROBRAS N-1618 - Material para Isolamento Térmico; PETROBRAS N-1644 - Construção de Fundações e de Estruturas de Concreto Armado; PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho; ISO 8501-1 - Preparation of Steel Substrates Before Application of Paints and Related Products; ASME B 31.1 - Power Piping; ASME B 31.3 - Process Piping; ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Section I and Section VIII/Division 1; ASTM E-1290 - Test Method for Crack-Tip Opening Displacement (CTOD) Fracture Toughness Measurement. N-1823 REV. B MAI / 2004 3 3 DEFINIÇÕES Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.6. 3.1 Sistema ASME Section I Sistema da caldeira sob o escopo do código ASME Section I. 3.2 Sistema ASME B 31 Sistema da caldeira sob o escopo da normas ASME B 31.1 ou ASME B 31.3. 3.3 Balança Qualquer dispositivo de montagem utilizado para elevação ou movimentação de peças esbeltas com a função de apoiar a peça em vários pontos, a fim de evitar deformações na peça. 3.4 Painel Conjunto de tubos unidos entre si, ao longo do comprimento, diretamente ou através de aletas por meio de junta soldada, ou ligados a 2 coletores comuns. 3.5 Solda Filetada Solda cujo aspecto visual é o de uma solda executada, utilizando-se a técnica de deposição retilínea, com oscilação máxima de 1,5 vez o diâmetro do consumível. 3.6 “Buck-Stay” Viga para rigidez estrutural da fornalha. 4 CONDIÇÕES GERAIS DE ENSAIOS NÃO-DESTRUTIVOS Nesta Norma, algumas atividades são citadas repetidas vezes e deve ficar implícito que essas atividades são executadas de acordo com as prescrições deste Capítulo. 4.1 Ensaio por Meio de Líquido Penetrante Executado de acordo com a norma PETROBRAS N-1596. 4.2 Ensaio por Meio de Partículas Magnéticas Executado de acordo com a norma PETROBRAS N-1598. 4.3 Ensaio por Ultra-Som Executado de acordo com a norma PETROBRAS N-1594. N-1823 REV. B MAI / 2004 4 4.4 Ensaio Radiográfico Executado de acordo com a norma PETROBRAS N-1595. 4.5 Ensaio Visual Exame executado de acordo com a norma PETROBRAS N-1597. 4.6 Teste por Pontos Ensaio executado de acordo com a norma PETROBRAS N-1592. 4.7 Ensaio de Estanqueidade Ensaio executado de acordo com a norma PETROBRAS N-1593 ou conforme procedimento próprio do fabricante, desde que previamente aprovado pela PETROBRAS. 5 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO 5.1 Deve ser verificado se as partes do equipamento estão perfeitamente identificadas de acordo com os desenhos de fabricação. Para as partes submetidas a pressão, verificar também se os materiais utilizados estão marcados de acordo com as especificações de material estabelecidas pelo projeto da caldeira. 5.2 Deve ser verificada a espessura de parede em todas as regiões de maiorgrau de conformação de calotas, partes cilíndricas do tubulão e curvas por dobramento de tubos. Deve ser obedecido o seguinte critério: Espessura medida ≥ Espessura mínima de projeto 5.3 Deve ser verificada se a ovalização dos tubos dobrados atende as tolerâncias especificadas no projeto da caldeira. 5.4 Inspecionar os chanfros das partes a serem soldadas conforme o item 8.7. 5.5 Os consumíveis para soldagem devem estar de acordo com a norma PETROBRAS N-133. 5.6 Deve ser verificado se o número da corrida dos consumíveis para soldagem recebidos coincide com o número da corrida constante nos certificados e se os certificados estão de acordo com as especificações. 5.7 Verificar as juntas soldadas das seções recebidas prontas, que devem estar conforme o projeto e mais as seguintes prescrições para juntas soldadas de topo em estruturas metálicas: N-1823 REV. B MAI / 2004 5 a) reforço: deve ser, no máximo, 3 mm; b) desalinhamento: deve ser, no máximo, 10 % da menor espessura nominal, das partes soldadas, limitado a 3 mm; c) adoçamento nas juntas entre chapas de espessuras diferentes deve ser, no mínimo, 1 para 3. 5.8 Verificar nas partes de apoio do equipamento se a dimensão e disposição dos furos é compatível com os chumbadores. Deve ser verificado, em especial, se os furos permitem a dilatação prevista para o equipamento, conforme definido em projeto. 5.9 O posicionamento das conexões deve ser verificado conforme os requisitos estipulados no item 8.11.1. 5.10 Inspecionar as chapas ligadas à superfície das peças do equipamento através de juntas soldadas de maneira contínua, para verificar se as chapas possuem o furo que tem a função de “vent”. Esse furo não deve estar tamponado. 5.11 Para curvas de retorno, fundidos ou forjados, deve-se executar, em todas as peças os seguintes ensaios não-destrutivos: a) ensaio visual: a avaliação do resultado deve ser feita de acordo com a especificação do material; b) ensaio por meio de líquido penetrante ou partículas magnéticas: apenas quando exigido pelo fabricante: a avaliação dos resultados deve ser feita conforme a especificação do fabricante. 5.12 Verificar no relatório de fabricação dos tubulões e coletores a conformidade com o projeto das seguintes dimensões: a) diâmetro do furo; b) posicionamento da ranhura; c) profundidade da ranhura; d) largura da ranhura. 5.13 Todos os furos de mandrilagem e as superfícies interna e externa das extremidades dos tubos a serem mandrilados, devem ser examinados visualmente e devem ter a rugosidade especificada no projeto e estar isentos de defeitos superficiais, não sendo admitidos: a) riscos; b) amassamentos; c) corrosão; d) arestas cortantes. Notas: 1) As superfícies dos tubos a serem examinadas devem se estender a um comprimento igual à da parte a ser mandrilada mais 50 mm, em cada extremidade. 2) Proteger os furos e as extremidades dos tubos contra a corrosão; usar tampão plástico externo nas extremidades dos tubos. N-1823 REV. B MAI / 2004 6 5.14 Verificar o Relatório de Fabricação dos tubos a serem mandrilados que devem obedecer aos seguintes quesitos: a) dimensões nas extremidades: devem estar de acordo com o projeto; b) dureza nas extremidades: devem estar de acordo com o especificado no projeto (fazer a medida de dureza de maneira a não danificar o tubo na região de mandrilagem). 5.15 Devem ser verificados, por exame visual e/ou dimensional, todos os tubos e demais peças submetidas a pressão, os quais devem estar isentos de: a) defeito que cause uma transição aguda na superfície da peça; b) defeito que reduz a espessura da peça para valor inferior ao requerido no item 5.2; c) corrosão acima do grau C da norma ISO 8501-1 para os seguintes materiais: aço-carbono, aço-liga molibdênio, aço-liga cromo-molibdênio e aço-liga níquel; d) qualquer grau de corrosão para os aços inoxidáveis, para níquel e para ligas de níquel. Nota: Os reparos, caso necessários, só podem ser realizados com autorização da PETROBRAS. 5.16 A forma e dimensões de tubos e painéis devem estar de acordo com o item 8.6. 5.17 As sedes de assentamento da boca de visita do tubulão (corpo e tampa) devem ser examinadas visualmente e devem estar em bom estado, isentas de qualquer irregularidade, e devidamente protegidas contra efeitos mecânicos e corrosão. A perpendicularidade das sedes de assentamento em relação ao eixo da boca de visita ou ao eixo da tampa deve estar dentro da tolerância de ± 1/4°. 5.18 Executar teste por pontos em material de aço-liga de coletores e tubos dos superaquecedores e suas conexões. Realizar teste por pontos em todas as peças de baixa liga para certificar-se de eventual troca de material. 5.19 Verificar se os reforços dos dutos do equipamento, utilizados para aumentar a rigidez dos dutos, estão instalados conforme o projeto. 5.20 Verificar os dutos do equipamento quanto à deformação existente, a qual deve atender às seguintes tolerâncias: a) duto de seção circular: - circularidade em qualquer seção transversal: diâmetro máximo-diâmetro mínimo ≤ 1 % do diâmetro nominal; - afastamento máximo da geratriz em relação a um gabarito reto de 1 000 mm de comprimento: 20 mm, medido entre as extremidades do gabarito (ver FIGURA A-2); b) duto de seção poligonal: - diferença entre diagonais de qualquer seção transversal: diagonal maior menos diagonal menor ≤ 1 % da diagonal nominal; N-1823 REV. B MAI / 2004 7 - afastamento máximo de qualquer das faces do duto em relação a um gabarito reto de 1 000 mm de comprimento: 20 mm, medido entre as extremidades do gabarito (ver FIGURA A-2). 5.21 Verificar o estado geral do abafador (“damper”), o qual deve se movimentar livremente. Verificar a folga para dilatação do abafador (“damper”). Verificar se tem ar de selagem no caso de gases letais. 5.22 Verificar por ensaio visual, se todos os suportes de tubos ou serpentinas estão em bom estado e com bom acabamento, devendo se apresentar isentos de cantos vivos e rebarbas na região de apoio do tubo. 5.23 Executar nos suportes de tubos ou serpentinas, ou os mesmos ensaios descritos no item 5.11. 5.24 Verificar no relatório de fabricação dos sopradores de fuligem se os tubos estão com as seguintes tolerâncias em relação ao projeto: a) comprimento: ± 1 % do comprimento nominal e, no máximo, 50 mm; b) posicionamento dos orifícios: ± 3 mm; c) diâmetro interno dos orifícios: ± 10 % do diâmetro nominal; d) flexionamento longitudinal, medido em relação ao eixo teórico: menor ou igual a 1/500 do comprimento. 5.25 Verificar, por ensaio visual, se os sopradores de fuligem e o painel estão em bom estado. Os tubos dos sopradores devem estar isentos de trincas. Verificar os certificados dos materiais de todos os tubos dos sopradores de fuligem para constatar se o material empregado é o especificado no projeto. Verificar o sistema de acionamento. Efetuar ensaio por líquido penetrante (ver norma PETROBRAS N-1596) no bico da lança. 5.26 Verificar no relatório de fabricação dos queimadores as tolerâncias de posicionamento dos furos (ângulo de abertura) e de diâmetro dos furos. Confirmar o posicionamento dos bicos dos queimadores em relação aos dados de projeto. 5.27 Verificar por ensaio visual, se os queimadores estão com as aletas direcionadoras de fluxo em bom estado e se os reguladores de ar funcionam de modo satisfatório. 5.28 Verificar por ensaio visual se os ventiladores do equipamento estão em bom estado. Para tanto deve: a) ter as pás sem deformações ou corrosão; b)girar livremente. 5.29 Verificar, por ensaio visual, o estado geral do pré-aquecedor de ar, principalmente quanto a danos nos tubos e aletas, sendo inadmissíveis os defeitos estipulados no item 5.14. Para o caso de pré-aquecedor regenerativo, observar também se os bicos de lavagem estão de acordo com o projeto. Verificar o balanceamento do conjunto rotativo executado pelo fabricante. N-1823 REV. B MAI / 2004 8 5.30 Inspecionar, por ensaio visual e dimensional, as juntas de expansão para constatar se estão em bom estado, travadas e de acordo com o projeto. As juntas devem estar isentas dos defeitos estipulados no item 5.15. 5.31 Verificar por ensaio visual o estado de todas as válvulas situadas no limite de bateria da caldeira. 5.32 Verificar, por ensaio visual e dimensional, se as estruturas metálicas, chaparia, plataformas, escadas e portas de explosão se apresentam em bom estado e de acordo com o projeto. As peças devem estar isentas dos defeitos estipulados nas alíneas a) e c) do item 5.15. Os elementos estruturais (ex.: colunas e vigas) não devem apresentar deformações além daquelas permitidas pela especificação do material. 5.33 Verificar o estado geral dos materiais refratários e isolantes térmicos de acordo com as normas PETROBRAS N-1617 e N-1618. 5.34 Verificar se as peças pré-fabricadas estão convenientemente protegidas. Inspecionar, por ensaio visual, o estado geral da proteção: a) pintura ou verniz, de proteção provisória: deve estar com perfeita aderência, protegendo integralmente a superfície e isenta de corrosão sob a película de tinta ou verniz; b) pintura definitiva: deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-13; c) outras formas de proteção (ex.: graxa ou óleo): devem proteger integralmente a superfície, formando um filme uniforme e impermeável sobre a superfície que deve estar isenta de corrosão sob o filme. Nota: As juntas soldadas, de peças que sofrem teste de resistência ou estanqueidade na fase de montagem, devem estar isentas de película de tinta. 5.35 Examinar visualmente as faces dos flanges para verificar o estado e padronização das ranhuras. Não é admissível qualquer corrosão ou amassamento nas ranhuras. 5.36 Deve-se verificar se as peças fabricadas são recebidas com a embalagem prevista pelo fabricante. 6 ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS Caso as peças não estejam acondicionadas e protegidas, deve ser providenciado o perfeito acondicionamento e proteção para armazená-las, conforme este Capítulo. 6.1 Os flanges devem estar com suas ranhuras devidamente protegidas contra danos mecânicos e corrosão. As faces dos flanges devem ser protegidas com revestimento adequado e por uma cobertura de madeira. 6.2 As peças pequenas, tais como: parafusos, grampos, estojos, arruelas e guarnições, devem ser acondicionadas em caixas e ficar em lugar abrigado das intempéries. As roscas devem ser previamente protegidas contra a corrosão. N-1823 REV. B MAI / 2004 9 6.3 Cuidados especiais no armazenamento devem ser tomados com o abafador (“damper”), sopradores de fuligem, painel do soprador de fuligem, ventiladores e silenciadores, que devem ser colocados em locais ao abrigo das intempéries. 6.4 As chaminés ou seções devem ser armazenadas de modo a evitar a perda de circularidade e amassamento do casco da chaminé, das aletas antivórtice (antivibração) e dos reforços estruturais. 6.5 As juntas de expansão devem ser armazenadas, travadas, de maneira a evitar qualquer deformação no fole. Devem ser guardadas em local ao abrigo das intempéries. 6.6 Os materiais refratários e isolantes térmicos devem ser armazenados de acordo com as normas PETROBRAS N-1617 e N-1618. 6.7 As peças do equipamento devem ser armazenadas de modo a evitar empenamento, empoçamento ou outros danos. Aplicar esta prescrição com especial atenção para estruturas metálicas, chaparia, plataformas, escadas e portas de explosão. 6.8 Os tubos, painéis e serpentinas devem ser protegidos contra corrosão e danos mecânicos. Cuidados especiais devem ser tomados na movimentação de peças longas para evitar empenamentos. Evitar o contato direto de peças com o solo e entre si. Deitar as peças com ligeira inclinação para evitar empoçamentos internos. Usar balanças na elevação e/ou movimentação de peças esbeltas. 6.9 Para todas as partes do equipamento, em especial as citadas nos itens 6.4, 6.7 e 6.8, deve-se utilizar calços adequados de maneira a distanciá-las, no mínimo, 30 cm do solo. 6.10 Os consumíveis para soldagem devem ser armazenados de acordo com a norma PETROBRAS N-133. 6.11 Todas as válvulas situadas no limite de bateria da caldeira devem ser armazenadas conforme a norma PETROBRAS N-12. As válvulas flangeadas devem obedecer também ao especificado no item 6.1. 7 FUNDAÇÕES Antes de iniciar a montagem do equipamento, deve ser feita uma verificação rigorosa da fundação e base da caldeira conforme esse Capítulo. 7.1 Certificado e Relatório 7.1.1 Verificar o certificado de conformidade da base de concreto com as prescrições da norma PETROBRAS N-1644, emitido pela executante da base. N-1823 REV. B MAI / 2004 10 7.1.2 Verificar o relatório contendo a locação e dimensões reais da base, emitido pela executante da base, para constatar se os dados do relatório atendem às especificações do projeto, dentro das tolerâncias da norma PETROBRAS N-1644. 7.2 Referências Verificar se a referência de nível e a de coordenadas da área onde o equipamento é montado, estão rigorosamente corretas, de acordo com a norma PETROBRAS N-1644. 7.3 Chumbadores 7.3.1 Fazer a verificação dos seguintes quesitos: a) os filetes das roscas dos chumbadores devem estar intactos, sem corrosão e sem qualquer amassamento; b) o comprimento de rosca de cada chumbador deve ser sempre igual ou maior que o comprimento nominal; c) o diâmetro e o tipo da rosca de cada chumbador deve estar de acordo com o discriminado no projeto. 7.3.2 Fazer a proteção dos chumbadores contra corrosão e os danos mecânicos. 7.3.3 Fazer a limpeza dos copos (luvas ou camisas) dos chumbadores. 7.4 Nivelamento da Base de Concreto O nivelamento da base deve ser executado através da colocação de calços. Os calços devem ser dimensionados e espaçados de modo a suportar o equipamento, levando-se em conta os seguintes requisitos: a) na elevação, adotar uma tolerância de + 1 mm em relação à elevação de projeto, e, para chaminé, adotar + 2 mm como tolerância; b) os calços devem estar dispostos próximos aos chumbadores, cerca de 25 mm afastados dos copos dos chumbadores, devendo estar totalmente contidos na região de apoio; c) a altura do calço (metal + argamassa) deve ser, no máximo, 5 mm acima da altura prevista no projeto; d) após a colocação do equipamento, da chapa de base e cunhas, deve haver espaço suficiente para a execução do grauteamento. 7.5 Grauteamento Deve ser feito antes do enchimento do equipamento para o teste hidrostático e de acordo com a norma PETROBRAS N-1644. N-1823 REV. B MAI / 2004 11 8 MONTAGEM 8.1 Base do Equipamento 8.1.1 Verificar se a saia ou apoios têm os furos dispostos em conformidade com os chumbadores e se estão com dimensões compatíveis, com os chumbadores. 8.1.2 Verificar, pelo confronto entre as dimensões da base do equipamento e do espaçamento entre chumbadores, se o equipamento pode dilatar-se conforme previsto no projeto. 8.2 Marcação Marcar nas peças as linhas indicativas dos eixos coordenados. A marcação deve ser feita por meio apropriado, talcomo: por punção ou riscador e destacada com tinta. 8.3 Inspeção antes da Montagem Seguir as prescrições dos itens 5.5, 5.15, 5.17, 5.18, 5.19, 5.24, 5.25, 5.27, 5.28, 5.29, 5.30 (exceto a verificação dimensional), 5.31 (exceto a verificação dimensional), 5.33, 5.34 e 5.35. 8.4 Reparo de Defeitos em Materiais Devem ser executados de acordo com o código ASME Section I ou norma ASME B 31.1 e examinados de acordo com o item 9.11. 8.5 Dispositivos Auxiliares de Montagem Devem atender à norma PETROBRAS N-133. 8.6 Ajustagem 8.6.1 As seções ou peças do equipamento devem ser ajustadas dentro das seguintes tolerâncias: a) afastamento das linhas indicativas dos eixos coordenados do tubulão e do coletor da posição teórica das linhas: + 2 mm; b) nivelamento longitudinal e transversal do tubulão e do coletor, medido nos pontos extremos do tubulão e do coletor, em relação às suas posições teóricas: + 2 mm; c) afastamento da linha de centro do tubo que possui apenas 1 plano de simetria, medido nos pontos extremos do tubo, em relação ao plano de simetria do tubo em sua posição teórica: 1/100 do comprimento total do tubo, porém, no máximo, 5 mm (ver FIGURA A-1); N-1823 REV. B MAI / 2004 12 d) flexionamento longitudinal (empenamento longitudinal) do tubo ou painel, medido em qualquer ponto do tubo ou painel, em relação à posição teórica da linha de centro de cada tubo: 1/75 da menor distância do ponto de medida às extremidades do tubo, porém não superior a 50 mm; e) flexionamento transversal (empenamento transversal) do painel, medido em qualquer secção transversal do painel, em relação à reta que passa pelo centro de cada tubo da seção, estando os tubos em suas posições teóricas: 1/100 da distância do ponto de medida à extremidade mais próxima do painel na secção transversal, porém não superior a 5 mm; f) afastamento da linha de centro dos tubos extremos do painel, medido nas extremidades dos tubos, em relação à posição teórica da superfície que contém a linha de centro dos tubos (ver FIGURA A-1): - painéis mandrilados: 1/200 da largura do painel; - painéis soldados: 1/50 da largura do painel; g) paredes horizontais: - diferença máxima entre diagonais: 12 mm; - diferença máxima entre as larguras medidas nas extremidades: 8 mm; h) paredes verticais: desvio máximo da verticalidade de cada seção ajustada: 1/1 000 da altura total ajustada; i) desalinhamento de juntas para soldagem, exceto chaminé, duto e estrutura metálica conforme o código ASME Section I ou norma ASME B 31; j) abertura de juntas para soldagem, exceto chaminé, dutos e estrutura metálica: - 1,0 mm em relação ao especificado, para soldagem TIG; - 1,5 mm em relação ao especificado, para os demais processos. 8.6.2 As juntas circunferenciais de tubos ou serpentinas devem estar afastadas, no mínimo, de 500 mm do suporte ou espaçador mais próximo. 8.7 Chanfros 8.7.1 Devem ser examinados dimensional e visualmente, quanto à limpeza e ausência de defeitos inadmissíveis. São considerados defeitos inadmissíveis: a) desfolhamentos; b) poros; c) irregularidades de corte; d) amassamentos; e) trincas; f) descontinuidades transversais ou laminares paralelas à superfície. 8.7.2 Suplementar o ensaio visual com o ensaio por meio de líquido penetrante ou de partículas magnéticas, para: a) espessura de chanfro superior a 38 mm; b) chanfros de aberturas para conexões com diâmetro nominal maior ou igual que 76 mm (3”); c) chanfros recuperados por solda; d) chanfros dos seguintes materiais: aço-carbono com exigência de teste de impacto, aço-liga cromo-molibdênio quando é previsto tratamento térmico após a soldagem, aço-liga níquel, aço inoxidável, níquel e liga de níquel. Nota: Considerar inadmissíveis os mesmos defeitos descritos no item 8.7.1. N-1823 REV. B MAI / 2004 13 8.8 Mandrilagem 8.8.1 Os furos de mandrilagem e as extremidades dos tubos a serem mandrilados devem ser limpos de maneira a eliminar quaisquer vestígios de óleo, umidade, graxa, pintura, óxidos, carepas e sujeira de qualquer espécie. A limpeza deve ser executada inclusive nas ranhuras dos furos e, nos tubos, deve se estender, no mínimo, numa distância igual a 2,5 vezes a extensão da região de mandrilagem. 8.8.1.1 A limpeza deve ser feita de maneira a não reduzir a espessura do tubo ou danificá-lo pela introdução dos defeitos citados no item 8.8.2. 8.8.1.2 A limpeza especificada acima para os tubos aplica-se igualmente às superfícies interna e externa dos tubos, devendo porém, na superfície interna, estender-se numa distância igual a 1,5 vez a extensão da região de mandrilagem. 8.8.2 Todos os furos de mandrilagem e as extremidades, interna e externamente, dos tubos a serem mandrilados, devem ser examinados visualmente, devendo estar isentos de defeitos superficiais. Não são admitidos: a) riscos; b) amassamentos; c) corrosão; d) arestas cortantes. 8.8.3 Os tubos a serem mandrilados devem ser ajustados ao tubulão e coletor dentro das seguintes tolerâncias: a) projeção do tubo para o interior do tubulão ou coletor em relação a medida de projeto: ± 2 mm; b) afastamento da linha de centro do tubo, medido em qualquer ponto do tubo em relação à posição teórica da linha: ± 2 mm. 8.8.3.1 Caso a projeção ultrapasse a tolerância especificada, o excesso de tubo existente deve ser removido, antes da mandrilagem, através de corte a frio até ser atingida esta tolerância. Devem então ser observados os cuidados descritos nos itens 8.8.1 e 8.8.2. 8.8.3.2 Devem ser instalados espaçadores de madeira entre as fileiras de tubos, e, instaladas braçadeiras nos tubos, de modo a impedir a rotação e o deslocamento axial dos tubos, durante a operação de mandrilagem. 8.8.4 A operação de mandrilagem deve ser executada logo após a limpeza dos tubos e sua ajustagem ao tubulão e coletor de modo a evitar que as regiões anteriormente limpas se oxidem e haja necessidade de nova preparação das superfícies de acordo com os itens 8.8.1 e 8.8.2. N-1823 REV. B MAI / 2004 14 8.8.5 A operação de mandrilagem deve ser executada de acordo com o procedimento de montagem da executante, o qual deve conter, sobre a operação de mandrilagem, no mínimo, o seguinte: a) equipamento a ser utilizado; b) tipos e dimensões dos mandris; c) seqüência de mandrilagem; d) lubrificação; e) controle de mandrilagem, indicando: - valores para execução; - valores para verificação; - instrumentos para verificação; - cálculos da expansão. 8.8.5.1 A lubrificação dos mandris deve ser feita apenas pelo uso de graxas vegetais saponificáveis ou do tipo solúvel em água. 8.8.5.2 A expansão dos tubos e seu controle devem ser feitos de maneira gradual de modo a evitar que a expansão ocorra além dos limites previstos pelo procedimento de montagem da executante. 8.8.5.3 No caso de tubulão e coletor, os tubos devem ser mandrilados ao longo de toda a extensão da peça, de modo a eliminar a possibilidade de existência de folga entre o tubo e as peças citadas. Este requisito não é aplicável quando as peças possuírem um rebaixamento, na sua região mais extrema, tal que não permita o alargamento. Interromper a mandrilagem 3 mm antes da borda do espelho de pré-aquecedor de ar ou da borda do tubulão. 8.8.6 Nos casos em que for solicitada a solda de selagem dos tubos ao tubulão, a solda deve ser feita pelo lado interno do tubulão. 8.9 Soldagem 8.9.1 A soldagem deve ser executada de acordo com esta Norma e a norma PETROBRAS N-133. 8.9.2 O pré-aquecimento e pós-aquecimento devem ser aplicados: a) ao longode toda a junta soldada ou ponteamento em execução, e deve compreender a solda e mais 75 mm de cada lado; b) em soldas de selagem de tubulões, em um raio, no mínimo, igual a 2,5 vezes o diâmetro do tubo que está sendo soldado, e preferencialmente pelo lado externo do tubulão; c) por meio de resistência elétrica em juntas com diâmetro nominal maior que 6”, sendo porém admitido o aquecimento a gás para juntas com diâmetro nominal até 12”, se for utilizado um anel que envolva toda a junta para este fim. 8.9.3 O controle de temperatura de pré-aquecimento e pós-aquecimento deve ser efetuado através de medidas realizadas em toda a região mínima de pré-aquecimento e pós-aquecimento especificada, da maneira descrita na norma PETROBRAS N-133. N-1823 REV. B MAI / 2004 15 8.9.4 As soldas dos dispositivos auxiliares de montagem, e demais soldas provisórias, inclusive a solda de fixação dos termopares, devem ser removidas após cumprir sua função. Não é aceitável, por ensaio visual e dimensional, a existência de mordedura, redução de espessura, remoção incompleta ou os defeitos inaceitáveis para as partes submetidas a pressão. Para as soldas de fixação dos termopares nos tubulões e coletores deve ser aplicado o ensaio de líquido penetrante ou de partículas magnéticas após a remoção das soldas. 8.9.5 Quando é exigido o pré-aquecimento, por ocasião da soldagem, devem ser executados ensaios por meio de líquido penetrante ou partículas magnéticas na região de ponteamento removido. 8.9.6 Além do requisito descrito no item 8.9.5, deve ser executado ensaio por meio de líquido penetrante ou partículas magnéticas nas regiões citadas na norma PETROBRAS N-133. 8.9.7 Se algum reparo for necessário, deve ser executado de acordo com o código ASME Section I ou norma ASME B 31. Os reparos devem ser examinados da mesma forma que a solda original. 8.9.8 Devem ser esmerilhadas as juntas soldadas que possuam irregularidades superficiais que prejudiquem a interpretação de qualquer ensaio não-destrutivo. Este requisito é obrigatório para soldas filetadas. 8.9.9 O fabricante deve apresentar o Certificado de Ensaio COD (“Cracking Open Displacement”) conforme a norma ASTM E-1290, para as juntas soldadas dos coletores e dos tubulões, quando solicitado pela PETROBRAS. 8.10 Tolerâncias de Juntas Soldadas As juntas soldadas e as seções soldadas do equipamento, exceto chaminé, dutos e estruturas metálicas, devem estar dentro das tolerâncias especificadas pelo código ASME Section I ou norma ASME B 31 para reforço de solda e desalinhamento. 8.11 Conexões 8.11.1 Devem ser locadas, ajustadas e, após soldagem, estar posicionadas dentro das tolerâncias apresentadas abaixo: a) projeção: ± 3 mm em relação a superfície da peça; b) orientação do eixo da conexão: ± 3 mm; c) perpendicularidade da face do flange em relação ao eixo da conexão: ± 1/2°; d) orientação da furação dos flanges de ligação com tubulações: - a vertical e os eixos principais devem sempre passar pelo meio do intervalo entre 2 furos adjacentes do flange; - a rotação máxima dos furos do flange em relação à posição indicada no projeto: 1,5 mm; e) desvio angular do eixo da conexão: ± 1/2°. N-1823 REV. B MAI / 2004 16 8.11.2 A sede de assentamento de junta de flange e da boca de visita do tubulão, bem como os parafusos (estojos) devem ser protegidos contra danos mecânicos e corrosão. 8.11.3 0 comprimento roscado em conexões roscadas deve atender ao código ASME Section I. 8.12 Juntas de Expansão 8.12.1 O sistema de travamento das juntas de expansão somente deve ser retirado após a conclusão total da montagem do sistema de dutos, inclusive pontos de ancoragem e do teste de estanqueidade. 8.12.2 É obrigatória a retirada do sistema de travamento das juntas de expansão após o teste de estanqueidade do duto em questão. 8.13 Soprador de Fuligem 8.13.1 Os suportes de tubo e soprador de fuligem devem ser montados dentro das tolerâncias de nivelamento e alinhamento, especificadas no projeto, em relação ao eixo teórico do tubo. 8.13.2 Os sopradores de fuligem devem ser montados com possibilidade de movimentar-se livremente e dentro das tolerâncias especificadas no projeto para: a) flexionamento longitudinal (empenamento longitudinal dos tubos); b) posição dos orifícios de sopragem em relação ao ponto médio da distância entre fileiras consecutivas. Nota: A alínea b) é aplicável a sopradores que só possuem movimento de rotação. 8.14 Queimador Os queimadores devem ser montados dentro das tolerâncias especificadas no projeto do fabricante e de acordo com os combustíveis aplicáveis. 8.15 Chaminé e Dutos 8.15.1 A ajustagem das seções da chaminé e dutos para soldagem, deve estar de acordo com as seguintes tolerâncias: a) desalinhamento: 10 % da espessura da chapa mais fina e, no máximo, 3 mm; b) abertura das juntas: ± 1,5 mm em relação ao especificado; c) circularidade nos bordos superior e inferior e/ou ao longo dos anéis: diâmetro máximo menos diâmetro mínimo < 1 % diâmetro nominal; N-1823 REV. B MAI / 2004 17 d) para duto de seção poligonal, a diferença entre diagonais deve ser menor ou igual a 1 % da diagonal nominal; e) perímetro nos bordos superior e inferior: Ver TABELA 1; f) nivelamento dos bordos superior e inferior medido pela diferença entre os pontos máximo e mínimo de cada bordo: - 3 mm se o arco de círculo entre os pontos máximo e mínimo for menor ou igual a 3 000 mm; - 4 mm se o mesmo arco for maior que 3 000 mm; g) verticalidade (prumo): - desvio máximo da perpendicular ao plano de referência: 1 mm/m de altura, porém, no máximo, 50 mm; - desvio máximo permitido entre soldas adjacentes: ± 3 mm. TABELA 1 - TOLERÂNCIA DO PERÍMETRO DE CHAMINÉ E DUTOS ∅ CHAMINÉ OU DUTO (mm) TOLERÂNCIA DO PERÍMETRO (mm) ∅ < 1 200 ± 9 1 200 < ∅ < 2 100 ± 12 2 100 < ∅ < 5 000 ± 18 ∅ > 5 000 ± 24 8.15.2 Após concluída, a chaminé e dutos devem estar de acordo com as seguintes tolerâncias: a) desalinhamento: 10 % da espessura mais fina e, no máximo, 3 mm; b) reforço de solda, no máximo, 3 mm; c) circularidade ou diferença entre diagonais: idem alínea c) do item 8.15.1 ou alínea d) do item 8.16; d) verticalidade: idem alínea g) do item 8.15; e) altura total: ± H/1 000, sendo H a altura total de projeto. 8.15.3 Verificar se o trilho de manutenção da chaminé está com dimensões e soldado de acordo com o projeto. Verificar por ensaio visual o estado geral do carrinho de manutenção da chaminé e testar o seu funcionamento. 8.16 Refratamento e Isolamento Térmico 8.16.1 Os elementos de fixação do refratário ou isolante térmico devem estar dentro das seguintes tolerâncias em relação ao projeto: a) dimensões das soldas: - 0 + 20 %; b) espaçamento das soldas: ± 10 %; c) distância da tela à parede da chaminé ou dutos: ± 10 %; d) distância entre pinos: ± 10 %. 8.16.2 As não-conformidades conforme descritas no item 8.16.1 devem ser corrigidas antes da pintura externa das peças. N-1823 REV. B MAI / 2004 18 8.16.3 Os elementos de fixação de refratário ou isolante térmico devem ser instalados de acordo com as normas PETROBRAS N-250 ou N-1617, respectivamente. 8.16.4 O refratamento ou isolamento térmico devem ser executados de acordo com as normas PETROBRAS N-250 ou N-1617, respectivamente. 8.16.5 As partes refratadas e isoladas sujeitas à chuva (ex: chaminé) devem ser devidamente protegidas após o refratamento e isolamento. 8.17 Estruturas Metálicas em Geral 8.17.1 A ajustagem dasseções das estruturas metálicas, para soldagem, deve estar de acordo com as seguintes tolerâncias: a) desalinhamento: 10 % da espessura do elemento mais fino e, no máximo, 3 mm; b) abertura das juntas: ± 1,5 mm em relação ao especificado; c) verticalidade (prumo) das colunas: desvio máximo da perpendicular ao plano de referência: 1/1 000 da altura. 8.17.2 As estruturas metálicas e plataformas montadas devem estar dentro das seguintes tolerâncias: a) desalinhamento: 10 % da espessura do elemento mais fino e, no máximo, 3 mm; b) reforço de solda, no máximo, 3 mm; c) verticalidade (prumo) das colunas igual ao desvio máximo da perpendicular ao plano de referência: 1/1 000 da altura; d) distância entre colunas: ± 5 mm; e) nivelamento dos apoios das vigas: 1/1 000 da distância entre apoios. 8.17.3 Na chaparia, a tolerância para deformações é de 20 mm de flecha máxima medida com um gabarito de 1 000 mm. 8.17.4 A possibilidade de dilatação das estruturas metálicas deve ser rigorosamente obedecida, com especial atenção aos “buck-stays” observando que: a) os furos oblongos devem ter uma folga para movimentação maior que a máxima dilatação prevista, em, pelo menos 10 mm; b) o aperto dos parafusos deve ser o especificado no procedimento de montagem da executante; caso não exista contraporca, a porca deve ser ponteada na chapa da base, após o aperto; c) o posicionamento do ponto fixo do “buck-stay” deve ser o especificado. 8.17.5 Devem ser furadas as estruturas metálicas e plataformas nos locais onde houver possibilidade de empoçamento d’água. N-1823 REV. B MAI / 2004 19 8.18 Válvula de Segurança 8.18.1 As válvulas de segurança flangeadas devem ser instaladas somente após o teste- hidrostático e devidamente testadas e calibradas. 8.18.2 As válvulas de segurança soldadas devem ser plugadas com bujão (“plug”), fornecido pelo fabricante, durante o teste hidrostático da caldeira. 8.18.3 Deve ser feito um teste a quente das válvulas de segurança conforme a norma regulamentadora nº 13. 8.19 Tratamento Térmico 8.19.1 A solda de fixação dos termopares deve ser executada de acordo com o item 8.9. 8.19.2 Além dos requisitos desta Norma, deve ser obedecida a norma PETROBRAS N-115. 8.19.3 Deve ser evitado o contato de peças galvanizadas com peças aquecidas durante o tratamento térmico. 8.19.4 As temperaturas do tratamento térmico, bem como as taxas de aquecimento e resfriamento, e medições de dureza, nas zonas fundida e termicamente afetada da junta soldada, devem estar de acordo com o código ASME Section I ou norma PETROBRAS N-115, conforme o caso. 8.20 Visores Os vidros dos visores devem apresentar perfeita vedação. 9 INSPEÇÃO DE MONTAGEM 9.1 Os ensaios não-destrutivos devem acompanhar a progressão da soldagem. 9.2 Além dos requisitos para ensaio radiográfico ou ultra-som do código ASME Section I ou norma ASME B 31, examinar as juntas soldadas de topo conforme abaixo: a) 100 % das juntas que não tenham acesso para reparo após o teste hidrostático; b) 100 % das juntas nos tubos que possuem também a função de suporte; c) 100 % das juntas sem acesso durante o teste hidrostático; d) 10 % das demais juntas. 9.3 Devem ser refeitos, nos casos de reparo ou alterações das juntas, os ensaios não-destrutivos previstos para a junta soldada. N-1823 REV. B MAI / 2004 20 9.4 Quando é feito o ensaio parcial das juntas, este deve ser extendido quando for detectado algum defeito. Assim, deve-se executar o ensaio em 2 juntas adicionais do mesmo tipo para cada junta com defeito. 9.5 Para as peças de aço-carbono com exigência de teste de impacto, de aços cromo- molibdênio, de aço inoxidável, de níquel e de liga de níquel é exigido que se faça ensaio por meio de partículas magnéticas ou por meio de líquido penetrante, nas juntas soldadas dentro da seguinte extensão: a) juntas soldadas compreendendo uma faixa de 200 mm de largura centrada na junta; b) soldas de reparos de chapas; c) regiões de solda removida de dispositivo auxiliar de montagem e de solda provisória removida; d) soldas de fixação de acessórios. 9.6 Além dos requisitos descritos no item 9.5 deve ser executado ensaio por meio de líquido penetrante ou partículas magnéticas nas regiões citadas na norma PETROBRAS N-133. 9.7 Deve ser executado ensaio por meio de líquido penetrante ou partículas magnéticas nas soldas de selagem dos tubulões. 9.8 Dentre os defeitos detectados na inspeção requerida nos itens 9.5, 9.6 e 9.7 são consideradas inaceitáveis: a) trincas: todas; b) falta de fusão: todas; c) porosidades: utilizar o critério do código ASME Section I, de porosidades detectadas pelo ensaio radiográfico; d) mordeduras: todas. 9.9 Para as peças sujeitas a tratamento térmico, executar as prescrições descritas no item 9.5 antes e depois do tratamento térmico, para os seguintes materiais: a) aço-carbono com exigência de teste de impacto; b) aço-liga cromo-molibdênio; c) aço-liga níquel; d) aço inoxidável martensítico. 9.10 Deve ser executado ensaio radiográfico nas juntas soldadas da chaminé, na quantidade prevista para a eficiência de junta adotada no projeto, conforme os critérios do código ASME Section VIII Division 1 9.11 No caso de restabelecimento de espessura do metal base através de solda, devem ser executados nesta região os mesmos ensaios não-destrutivos previstos para a junta soldada de topo mais próxima, que pertença ao metal base em questão. 9.12 Verificar as condições do aterramento elétrico da caldeira. N-1823 REV. B MAI / 2004 21 10 TESTE HIDROSTÁTICO 10.1 Procedimento O teste deve ser feito de acordo com o procedimento de teste hidrostático do fabricante, que deve conter, no mínimo, as seguintes informações: a) água de teste com características conforme o item 10.5; b) cálculo da pressão de teste ou indicação do documento da projetista que especifique esta pressão; c) limites do sistema a ser testado, com indicação de bloqueios; d) esquema da instalação auxiliar do teste, com indicação da posição de: - manômetros; - respiros e drenos; - termômetros; - bombas (de enchimento e a de pressurização); - válvulas; - pontos de enchimento e pressurização; e) velocidade de pressurização e despressurização; f) descrição da execução do teste, incluindo precauções de segurança; g) métodos de conservação para regiões não drenáveis. 10.2 Métodos de Teste Para o sistema ASME Section I, devem ser seguidas as prescrições descritas nos itens 10.3 a 10.12. Para o sistema ASME B 31 deve ser seguida a norma PETROBRAS N-115. 10.3 Suportes Todos os suportes provisórios devem ser removidos e todos os suportes definitivos instalados antes do início do enchimento do equipamento para o teste. Os suportes de mola devem estar travados durante o teste hidrostático. Em casos especiais, o projetista deve indicar quais suportes não devem ser travados. 10.4 Pintura, Isolamento Térmico e Refratamento O equipamento deve ser testado antes de aplicar pintura, isolamento térmico e refratamento na região das juntas soldadas. 10.5 Água de Teste Utilizar sempre água doce. As características adequadas de pureza da água devem ser definidas pelo projetista. Deve ser feito o controle dessas características. 10.5.1 A temperatura da água deve ser maior que 20 °C. Caso a temperatura da água esteja próxima do limite mínimo, instalar termômetros em região inferior do equipamento. 10.5.2 O teor máximo de cloretos na água permitido para o teste de tubos de açosinoxidáveis austeníticos é 50 ppm. N-1823 REV. B MAI / 2004 22 10.6 Proibição de Soldagem Não soldar sobre o equipamento e sobre qualquer parte em contato eletro-condutor com o equipamento enquanto o equipamento contiver água ou outro fluido. 10.7 Manômetros 10.7.1 Usar, no mínimo, 2 manômetros, sendo um deles registrador, obedecendo às prescrições descritos nos itens 10.7.1.1 a 10.7.1.4. 10.7.1.1 Pelo menos 1 dos manômetros deve estar situado em posição de fácil acesso ao inspetor do teste durante todo o tempo de pressurização e teste. 10.7.1.2 Os manômetros devem ser calibrados antes do início do teste, admitindo-se uma validade de 3 meses para a calibração. 10.7.1.3 O valor máximo da escala deve estar sempre compreendido entre 1,5 e 4 vezes a pressão de teste e, preferivelmente, ser o dobro da pressão de teste. 10.7.1.4 A menor divisão da escala não deve exceder a 5 % da indicação máxima da escala. 10.7.2 Prever bloqueios entre os manômetros e o equipamento, para permitir substituição, se necessário. 10.8 Proteção do Equipamento 10.8.1 Instalar válvula de alívio ou disco de ruptura. 10.8.2 O uso de válvula de alívio ou disco de ruptura é dispensável quando se prevê cuidados adicionais no controle da pressão de teste durante todo o decorrer do teste de pressão. 10.8.3 A pressão de teste não pode exceder os limites estipulados no código ASME Section I. 10.9 Segurança e Acesso 10.9.1 O teste de pressão só pode ser realizado decorridos, no mínimo, 48 horas após a última soldagem sobre a parte submetida a pressão e parte de sustentação do equipamento. N-1823 REV. B MAI / 2004 23 10.9.2 Prever condições de segurança do pessoal antes de iniciar o teste, conforme a norma PETROBRAS N-2162. 10.9.3 Prever acesso nas partes a serem inspecionadas durante o teste. 10.10 Juntas de Vedação 10.10.1 Nas conexões e bocas de visita que não serão abertas após a conclusão do teste, instalar juntas definitivas. Caso contrário, instalar juntas provisórias que devem ser substituídas após o teste. 10.10.2 Em flanges com diâmetro nominal superior a 24”, a junta provisória, quando usada, deve ser igual à definitiva. 10.11 Duração O tempo mínimo de permanência do equipamento na pressão de teste é de 30 minutos, antes de se proceder ao ensaio visual do equipamento. Após o tempo mínimo na pressão de teste, baixar a pressão (conforme o procedimento do fabricante) e inspecionar o equipamento. 10.12 Providências Após o Teste 10.12.1 Limpar e secar completamente o equipamento. 10.12.2 Para bocais que forem abertos, proteger as faces dos flanges contra corrosão e danos mecânicos. 10.12.3 Os tubos não drenáveis devem ser conservados de acordo com o procedimento de conservação ou hibernação da executante. 10.12.4 Emitir um certificado de execução do teste, com os dados do teste. 11 ENSAIO DE ESTANQUEIDADE 11.1 O ensaio de estanqueidade deve ser executado na caldeira e dutos da caldeira. Nota: O fabricante deve apresentar um procedimento de ensaio de estanqueidade conforme esta Norma ou conforme procedimento próprio, desde que aprovado pela PETROBRAS. 11.2 O ensaio deve ser feito de acordo com o procedimento de ensaio de estanqueidade do fabricante, que deve conter, no mínimo, as seguintes informações: N-1823 REV. B MAI / 2004 24 a) fluido de teste; b) solução formadora de bolhas; c) pressão de teste; d) limites do sistema a ser testado, com indicação dos bloqueios; e) esquema da instalação auxiliar do teste, com indicação da posição de: - manômetros; - pontos de enchimento e pressurização; - equipamentos ou meio de enchimento ou pressurização; f) velocidade de pressurização e despressurização; g) descrição da execução do teste. Nota: O procedimento de ensaio de estanqueidade da caldeira e dutos, conforme esta Norma, deve estar também de acordo com a norma PETROBRAS N-1593. 11.3 Devem ser usados manômetros de coluna d’água para controle da pressão do teste. 11.4 A pressão de teste deve ser especificada pela projetista, porém sempre maior ou igual a 4,91 kPa (500 mm de coluna d’água). 11.5 A solução formadora de bolhas deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1593. 11.6 O teste de estanqueidade deve constar simultaneamente de: a) teste de formação de bolhas com pressão positiva; b) verificação da queda de pressão em tempo pré-estabelecido. 11.7 A avaliação dos resultados deve ser a especificada no procedimento de teste de estanqueidade do fabricante, porém os vazamentos em soldas devem ser reparados mesmo que a queda da pressão seja menor que o limite aceitável indicado pelo projetista. Neste caso não é necessário testar novamente o equipamento, os reparos devem ser conduzidos com o equipamento despressurizado. 12 NR-13 Devem ser seguidos todos os requisitos da norma regulamentadora nº 13 (NR-13). 13 PROCEDIMENTO PARA HIBERNAÇÃO DA CALDEIRA O montador deve seguir o procedimento para hibernação da caldeira preparado pelo projetista/fabricante. _____________ /ANEXO A N-1823 REV. B MAI / 2004 IR 1/1 ÍNDICE DE REVISÕES REV. A Não existe índice de revisões. REV.B Partes Atingidas Descrição da Alteração Revalidação _____________
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