Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
6A. PARTE: AMBIENTES GRÁFICOS ✔ Copyright (c) 2002-2004 – Ednei Pacheco de Melo. Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms of the GNU Free Documentation License, version 1.1 or any later version published by the Free Software Foundation; a copy of the license is included in the section entitled “GNU Free Documentation License”. ÍNDICE ABERTURA...........................................................5 I. OS AMBIENTES GRÁFICOS.........................................6 Introdução.................................................................................6 Os ambientes gráficos................................................................6 Os tradicionais........................................................................................6 AfterStep.......................................................................................................6 BlackBox................................................................................................. .......7 Blanes...........................................................................................................8 Enlightenment................................................................................. ...............8 Equivox.........................................................................................................9 IceWM.........................................................................................................10 XFce.......................................................... ..................................................11 XPde................................................................................. ...........................11 WindowMaker..............................................................................................12 Em 3D?.................................................................................................13 Looking Glass................................................................................... ............13 Metisse 3D.................................................................................... ...............14 O KDE e o Gnome.....................................................................15 Gnome – GNU Network Object Environment........................................15 A biblioteca GTK............................................................................ ...............16 Requisitos de hardware................................................................................17 Iniciando o Gnome................................................................................. .......17 O Nautilus.................................................................................. ..................18 Sobre o Dropline Gnome........................................................... ....................19 Sites de apoio..............................................................................................20 Observações finais.......................................................................................20 Sobre a Xlib.............................................................................21 O Projeto FreeDesktop..............................................................21 Conclusão................................................................................21 II. KDE – THE “K” DESKTOP ENVIRONMENT..................23 Introdução...............................................................................23 Considerações básicas.............................................................23 Um resumido histórico..........................................................................23 A biblioteca Qt......................................................................................24 Requerimentos......................................................................................24 Iniciando o KDE........................................................................25 Configurações iniciais...........................................................................25 Pacote de idiomas........................................................................................25 Assistente de configurações para a área de trabalho......................................25 Configurar Ambiente de Trabalho..................................................... .............26 A área de trabalho................................................................................26 A área de trabalho e seus ícones...................................................................27 A barra de tarefas............................................................................... ..........28 O menu K............................................................................... ......................28 O Konqueror............................................................................30 Funcionalidades....................................................................................30 Navegação em abas.....................................................................................30 Manipulação de arquivos..............................................................................31 Permissões de acesso............................................................ .......................32 Compactação / descompactação de arquivos.................................................32 Navegação na Internet............................................................................. .....34 Ajustes & Configurações.......................................................................34 Outras funcionalidades.........................................................................35 As ferramentas........................................................................36 Sistema.................................................................................................36 Konsole (Terminal).......................................................................................36 KUser (Gerenciador de Usuários)........................................................... ........37 KPackage (Gerenciador de Pacotes)...............................................................38 KwikDisk / KDiskFree.................................................................. ..................38 KSysGuard (Guarda do Sistema KDE)............................................................39 Utilitários..............................................................................................40 Ark (Arquivador)................................................................................... ........40 KFloppy (Formatador de Disquetes)..............................................................41 Internet.................................................................................................41 KPPP (Discador Dial-up)................................................................................41 O Centro de Controle................................................................41 Ajustes & configurações...........................................................42 A seção Configurações do menu K.......................................................42 Assistente de Configurações para a Área de Trabalho.........................43 Configurar o Painel...............................................................................43 Editor de Menus....................................................................................44 Ferramenta de Atualização de Menu....................................................44 Ferramenta de Gerenciamento da Carteira..........................................45 Gerenciador de Impressão....................................................................45 Páginas de apoio......................................................................47 KDE-Apps..............................................................................................47KDE-Look...............................................................................................47 Conclusão................................................................................48 III. OPERAÇÕES E AJUSTES AFINS.................................50 Introdução...............................................................................50 Seleção da autenticação gráfica...............................................50 Nível de execução.................................................................................50 Opções de gerenciadores.....................................................................51 Seleção de gerenciadores....................................................................52 Método 1 – adição de comentários nos gerenciadores indesejados..................52 Método 2 – alteração da ordem de inicialização..............................................53 Seleção do ambiente gráfico.....................................................54 Configuração automatizada..................................................................54 xwmconfig...................................................................................................54 Configuração manual............................................................................54 Alteração padrão para todos os usuários.......................................................54 Alteração personalizada para cada usuário....................................................55 Outra alteração personalizada para cada usuário...........................................56 Temas personalizados..........................................................................56 Internacionalização do KDE/Gnome...........................................57 Conclusão................................................................................58 ENCERRAMENTO....................................................59 ABERTURA Pelo fato de ter sido concebido para a utilização em propósitos específicos, os sistemas Unix e baseados – especialmente GNU/Linux – não possuíam ambientes com interfaces gráficas, tendo todas as suas funcionalidades disponíveis somente com a utilização de comandos e parâmetros em um interpretador. Porém, em virtude da crescente necessidade de maior interação e da evolução tecnológica, não demorou muito para o surgimento dos servidores gráficos. Conseqüentemente vieram à luz os primeiros ambientes gráficos. Naquela época as interfaces e os recursos dos mesmos eram precários, porém funcionais. Com o passar dos anos, houveram mudanças profundas que mudaram totalmente a concepção de interface gráfica nos sistemas GNU/Linux... Diferente do Microsoft Windows (seja qual for a versão), os sistemas GNU/Linux não possuem apenas um, e sim vários vários ambientes gráficos disponíveis, todos com diversos recursos e características interessantes. Existem ambientes que disponibilizam apenas uma interface gráfica à aqueles que fornecem avançados recursos gráficos para a realização de diversas atividades. Mas para que tantos ambientes gráficos? Ao invés de facilitar a adoção de sistemas GNU/Linux, isto não irá complicar mais? Isto ocorre graças à dois motivos: Um deles é a facilidade para desenvolver ambientes gráficos, pois basta para os programadores conhecerem apenas as funções básicas do servidor gráfico X.org/XFree86, onde os mesmos apenas fornecerão uma camada de API para acessar os recursos gráficos da placa de vídeo. A criação e o gerenciamento dos recursos gráficos fica à cargo do ambiente gráfico, que por sua vez deverá ser desenvolvido; em vista disto, na necessidade de soluções personalizadas, aliadas à disponibilidade do código-fonte dos ambientes gráficos existentes, resultam no 2o. Motivo: o desenvolvimento de diferentes ambientes gráficos, uns criados à partir do zero, outros derivados de projetos mais antigos, para atender à propósitos gerais e específicos, como veremos mais adiante. Dentre os ambientes gráficos existentes, os mais notáveis são o KDE e o Gnome, seguidos pelos maravilhosos XFce, Enlightenment, WindowMaker, Blanes, OpenStep e Blackbox, além e muitos outros. Em virtude da extensas funcionalidades e utilização dos primeiro, estes é o ideal para a utilização em sistemas domésticos. Por estes motivos este ambiente gráfico será bastante focados neste livro, onde descreveremos suas principais características, particularidades e algumas instruções de configuração. Para isto foi criado um capítulo especial à parte, intitulado KDE – The K Desktop Environment. Nos outros capítulos também iremos conhecer as características e funcionalidades dos principais ambientes gráficos disponíveis para os sistemas GNU/Linux, além dos ajustes e intervenções técnicas pertinentes. 5/59 I. OS AMBIENTES GRÁFICOS INTRODUÇÃO Conforme dito na Abertura, existem inúmeros ambientes gráficos disponíveis para os sistemas GNU/Linux, cada um com seus perfis e características com distinção bastante variável. Neste capítulo iremos conhecer os principais. OS AMBIENTES GRÁFICOS Descreveremos aqui os principais ambientes gráficos disponíveis para os sistemas GNU/Linux em ordem alfabética. Segue: OS TRADICIONAIS Devido às exigências de recursos do sistema pelos ambientes gráficos KDE e Gnome, são poucas as possibilidade de sua utilização em computadores de baixa performance geral. Mas felizmente isto não é motivo para nos desesperarmos! Existem várias opções de interfaces gráficas mais leves e funcionais que nos disponibilizarão pelo menos os recursos indispensáveis que não comprometerão o bom desenvolvimento de nossas atividades. AFTERSTEP O AfterStep é um ambiente gráfico que adotou a interface gráfica do NeXTStep, um sistema operacional utilizado nos computadores NeXT, fabricados pela Apple. Em 1993, a Sun e a NeXTStep realizaram um acordo que resultou no porte deste ambiente gráfico para outras plataformas, em especial os Unix. Graça à isto, nasceu a API OpenStep, um conjunto de especificações e bibliotecas para ambientes gráficos. Com isto, vieram à existir diversos ambientes gráficos, entre eles o AfterStep. Tela obtida da página oficial, versão 2.0 (beta). 6/59 Baseado nas especificações da OpenStep e incorporando o código-fonte da FVWM, o AfterStep apresenta um excelente visual, dotado de uma beleza notável e de ícones bem desenhados, além de ótimas funcionalidades que o tornou em tempos antigos um ambiente gráfico muito popular entre os usuários de sistemas GNU/Linux. Ele também foi a inspiração de outros ambientes gráficos que vieram à surgir posteriormente. Não deixem de visitar a página oficial do projeto. Além de estar atualizada, é de uma belíssima organização e impecável aparência visual. ✔ <http://www.afterstep.org/>. BLACKBOX Outra ótima opção de ambiente gráfico leve e funcional é o BlackBox, que foi concebido com o intuito de ser uma interface gráfica simples, rápida e totalmente nova, tendo os conceitos básicos de sua interface gráfica diferenciada dos ambientes gráficos tradicionais. Dentre suas características, estão todos os recursos básicos necessários para a manipulação do ambiente gráfico (janelas, menus, área de trabalho, etc.), garantindo assim sua perfeita utilização. Apesar de não existir uma barra de tarefas que mostre os programas em execução e minimizados, basta darmos um simples clique com o botão direito do mouse na área de trabalho para que estes sejam exibidos; para acessá-los, deveremos clicar novamente nas opções disponíveis, porém com o botão esquerdo. Um fato interessante deste ambiente gráfico está na impossibilidade de suportar o carregamento de imagens, impedindo-nosde utilizar qualquer figura como papel de parede. Além disso, todos os seus elementos (menus, barras, etc.) são preenchidos com um simples palhetas de cores com gradientes. Estas características torna o BlackBox é um dos ambientes gráficos mais leves existentes para os sistemas GNU/Linux, consumindo do sistema apenas alguns megabytes de memória RAM. 7/59 ✔ <http://blackbox.alug.org/>. ✔ <http://blackbox.themes.org/>. BLANES Desenvolvido por Luiz Blanes, o Blanes é mais um ambiente gráfico genuinamente brasileiro que tem o objetivo de ter uma interface bastante similar ao Windows para facilitar a migração dos usuários deste sistema operacional para os sistemas GNU/Linux e Unix. Tela obtida na página oficial do projeto. Uma das características mais marcantes deste ambiente gráficos é a incrível semelhança de sua interface com o Microsoft Windows 98, “clonando-o” nos mínimos detalhes. Inclui o botão Iniciar e as demais opções principais exatamente como no sistema operacional da Microsoft. Somente ao clicar nas opções secundárias é que percebemos a disponibilidade de aplicativos e utilitários não pertencentes ao outro sistema operacional. Isto é porque este ambiente gráfico foi desenvolvido à partir do código-fonte do IceWM, outro bom ambiente gráfico que possui uma interface gráfica também parecida com o Windows, mas não tão semelhante quanto o Blanes. ✔ <http://labdid.if.usp.br/~blanes/>. ENLIGHTENMENT Desenvolvido por Rasterman e conhecido popularmente por “E”, o ambiente gráficos Enlightenment foi tem como a principal característica ser o gerenciador de maior flexibilidade possível, podendo ser totalmente configurável até nos mínimos detalhes. 8/59 Tela obtida na página oficial do projeto. O Enlightenment possui seu próprio gerenciador de autenticação, o Entrance, tão bonito e funcional quanto os tradicionais KDM (KDE) e GDM (Gnome) e ainda tendo a vantagem de ser mais leve. Além disso, suporta os menus de aplicações do KDE e Gnome. Pelo fato de contar com uma bela interface gráfica, este ambiente gráfico requer pelo menos 32 mbytes de memória RAM do sistema e 2 mbytes de memória RAM da placa de vídeo, além de requerer uma CPU Pentium para dispor uma performance aceitável. Infelizmente à partir da versão 9, o Slackware não disponibiliza mais o ambiente gráfico entre os pacotes oficiais da distribuição, restando-nos obtê- lo diretamente da página oficial do projeto, onde deveremos realizar a instalação manualmente. ✔ <http://www.enlightenment.org/>. EQUIVOX O Equivox Desktop Environment é mais outra recente interface gráfica. Bastante semelhante ao IceWM (veja abaixo), a grande novidade fica por conta da utilização da eFLTK, uma versão modificada da biblioteca gráfica FLTK. 9/59 Tela obtida na página oficial do projeto. Por ser construída especialmente com base em uma biblioteca que possui uma excelente performance e suportar C++, o Equivox foi desenvolvido nesta linguagem e consegue combinar um ótimo desempenho à uma bela interface. Consideramos uma excelente opção em comparação ao IceWM. ✔ <http://ede.sourceforge.net/>. ICEWM Mais um ótimo ambiente gráfico. Simples, leve e prático, a interface do IceWM é bastante similar ao Windows 95, onde consta um botão abaixo e à esquerda da janela que aciona os principais aplicativos, outros elementos como a barra de tarefas com os aplicativos em execução, além de mostrar a hora corrente e o estado da conexão com a Internet. Da mesma forma que o Centro de Controle do KDE, o IceWM também possui suas opções de configurações centralizadas nos painéis IcePref e IceWMConf, desenvolvidos respectivamente em Python e TCL/TK. Graças à isto, teremos 10/59 disponíveis diversos recursos de personalização, tornando o IceWM um dos ambientes gráficos bem customizável. Outra característica interessante está na possibilidade de interagir com o Gnome e o KDE, tornando seus recursos disponíveis neste ambiente gráfico para os usuários que assim o desejarem. ✔ <http://www.icewm.org/>. XFCE Desenvolvido por Olivier Fourdan, o XFce nasceu com o objetivo de ser um ambiente gráfico simples e eficiente, conciliando um belo padrão de beleza à uma excelente performance, onde sua leveza é fator preponderante para sua utilização. Por fim, torna-se excelente opção para equipamentos modestos de recursos limitados. A interface é dona de uma aparência limpa e impecável, levemente parecido com o CDE da Sun e, por utilizar a biblioteca GTK+, o XFce agrada tanto àqueles que desejam recursos cosméticos quanto aos que necessitam de um ambiente simples e prático para usar. Neste ambiente há uma simples e simpática barra no canto central-inferior da tela que disponibiliza as principais aplicações existentes, onde também fornecer uma série de utilitários pertinentes, além de ter suporte aos menus com aplicações do KDE e Gnome. O ambiente gráfico possui um bom gerenciador de arquivos – o XTFree – que possui todos os recursos básicos necessários como a expansão da árvore de diretórios e a função arrastar-e- soltar, tornando a navegação uma atividade simples, prática e prazerosa. ✔ <http://www.xfce.org/>. XPDE Para a maioria dos novos linuxers, adaptarem-se às interfaces gráficas disponíveis é uma grande dor de cabeça, mesmo com a grande evolução que elas tiveram últimamente. E como o Windows ainda é o sistema operacional 11/59 que predomina na maioria dos computadores domésticos, ter uma interface similar aos recursos e características ajuda bastante na migração. Se já temos o Blanes, que simula a interface do Windows 98, mas como fica os usuários do Windows XP? Para simular este sistema operacional, temos o XPde – XP Desktop Envirounment. Tela obtida da página oficial, versão 0.5 (beta). Além de possuir forte semelhança com o Windows XP, bons recursos de usabilidade e excelente performance, o XPde ainda conta ótimas ferramentas de configuração ao conhecido estilo Windows, tendo como destaque o excelente gerenciador de arquivos Explorer. Outro detalhe interessante é que o ambiente gráfico foi todo desenvolvido com a utilização da IDE Kylix. Ao optarem por utilizá-lo, lembrem-se de que ele ainda se encontra em fase de testes, onde poderemos ter alguns erros e/ou ocorrências indesejáveis. ✔ <http://www.xpde.com/>. WINDOWMAKER Desenvolvido pelo brasileiro Alfredo Kojima, o WindowMaker foi concebido para dar suporte as aplicações GNUStep. Foi um dos ambientes gráficos mais utilizados pelos usuários dos sistemas GNU/Linux, por consumir poucos recursos de máquina e de ter boa flexibilidade. Apesar de utilizar a modesta biblioteca gráfica Xlib, possui um excelente visual, lembrando muito o AfterStep (o qual seu código foi derivado deste projeto) e com suporte à temas belos e variados que podem ser encontrados em diversas páginas eletrônicas. 12/59 Tela obtida diretamente da página oficial do projeto (resolução de 1280x1024). O WindowMaker utiliza um menu suspenso para serem acessadas as aplicações disponíveis. Por não possuir uma barra de tarefas, todas as aplicações abertas, quando minimizadas, permanecem na área de trabalho com um simples ícone. As áreas de trabalho virtuais são gerenciadas através do Clip, um ícone que se situa no canto superior-esquerdo da área de trabalho, onde para navegarmos, basta apenas clicarmos nas setinhas posicionadas nos cantos inferior-esquerdo e superior-direito deste ícone. Outro grande destaque do WindowMaker é o WMaker Config, uma excelente ferramenta de configuração com uma boa diversidade de opções para ajustes e configurações, levando-se emconta a sua simplicidade. Apesar da inexistência de alguns recursos disponíveis nos ambientes gráficos atuais (como a função arrastar-e-colar, por exemplo), o WindowMaker é uma excelente opção para se utilizar em antigos equipamentos, como os valentes 486 da vida com poucos recursos de hardware! &;-D ✔ <http://www.windowmaker.org/>. EM 3D? LOOKING GLASS Uma das maravilhas proporcionadas pelas aceleradoras de vídeo está na possibilidade de curtir gráficos de altíssima qualidade, com grande variedade de cores e suavidade de movimentação. E estes recursos estão sendo agora incorporados para os ambientes gráficos graças à Sun Microsystem com o desenvolvimento do Looking Glass. 13/59 Tela “Applications view” obtida da página oficial do projeto. Desenvolvido em Java, e dentre as maravilhas proporcionadas, agora poderemos manipular as janelas em 3D com maior conforto e comodidade, além de manter uma integração com as aplicações já existentes para o sistema operacional. Porém face à estas virtudes, o ambiente gráfico requer um processador de 2 ghertz, 512 mbytes de memória RAM e uma aceleradora de vídeo com pelo menos 64 mbytes. Para obtermos instruções mais detalhadas (em inglês), consultem a página eletrônica oficial do projeto. Lá também teremos algumas interessante telas capturadas para apreciarmos! &;-D ✔ <http://wwws.sun.com/software/looking_glass/>. METISSE 3D Outra interessante interface gráfica em 3D, que utiliza os recursos gráficos providos por uma aceleradora gráfica e sua licença é a GPL, é o Metisse. Tela obtida diretamente da página oficial do projeto (resolução de 1024x768). 14/59 Desenvolvido por Olivier Chapuis e Nicolas Roussel, este ambiente gráfico em fase experimental, baseado em um servidor gráfico especial Xwnc (uma junção do Xvnc e Xdarwin) e que utiliza as chamadas de sistema OpenGL. Por utilizar recursos de aceleração gráfica, requer uma boa configuração de hardware – um processador Pentium IV de 2 Ghz ou similar e aceleradora gráfica com 64 MBytes. ✔ <http://insitu.lri.fr/~chapuis/metisse/>. O KDE E O GNOME O KDE e o Gnome são atualmente os maiores e mais poderosos ambientes gráficos disponíveis para os sistemas GNU/Linux. Até o lançamento da Pré-Edição deste livro, havíamos elaborados dois capítulos especiais – um sobre o KDE e outro sobre o Gnome –, mas pelo fato da vasta utilização do KDE em virtude de sua grande popularidade (entre estes dois, é o ambiente gráfico mais utilizado) e de suas facilidades proporcionadas aos usuários mais habituados ao Windows, resolvemos utilizá-lo como o ambiente padrão, dedicando assim uma maior quantidade de instruções detalhadas. Mesmo assim, na parte seguinte – Aplicativos & Utilitários – descreveremos aplicações para ambos os ambientes gráficos. Porém, para não perder todo o material até então criado, realizamos um resumo e criamos esta seção à parte, em homenagem à este maravilhoso ambiente gráfico. Enfim, espero que compreendam esta decisão, que para nós, foi bastante difícil. &:-( GNOME – GNU NETWORK OBJECT ENVIRONMENT O Gnome - GNU Network Object Model Environment – é o maior “rival” do KDE no quesito “super ambiente gráfico”! Originalmente foi desenvolvida a biblioteca GTK para a construção de um aplicativo de editoração de imagens, o famoso Gimp, e aproveitando-se dos ricos recursos disponibilizados por ela, a mesma foi aproveitada para a construção de um ambiente gráfico para ser uma opção à altura do KDE.1 1 O brasileiro Miguel de Icaza fundou o projeto em 1997, com o intuito de criar um ambiente gráfico 100% livre, pois na época o seu maior concorrente (KDE), apesar de livre, a Qt possuía uma licença restritiva que não se enquadrava dentro da filosofia do Software Livre. 15/59 Tela inicial do Gnome versão 2.4. Da mesma forma que o KDE, o Gnome possui ótimos recursos para facilitar ainda mais a vida do usuário – porém menos vastos, em virtude de sua filosofia de simplicidade e eficiência. Em destaque, o excelente gerenciador de arquivos e navegador para Internet Nautilus, sua suíte de escritórios “dispersa” e ótimos utilitários para a Internet, como o GnomeICU, o Galeon, gFTP e muitos outros. ✔ <http://www.gnome.org/>. A BIBLIOTECA GTK A interface gráfica do Gnome foi desenvolvida com a utilização da biblioteca GTK, que provê um conjunto de recursos gráficos de excelente qualidade para a construção e manipulação das janelas e elementos gráficos. A GTK – Gimp Tool Kit – é uma biblioteca desenvolvida em linguagem C, composta por um conjunto de widgets e funções que visam prover ao desenvolvedor de programas vários recursos para a facilitar a construção de interfaces gráficas. Foi desenvolvida inicialmente para prover ao Gimp uma interface mais forte e bonita, porém devido à sua qualidade, ela atualmente é utilizada para o desenvolvimento de diversos programas que necessitam de uma interface bela e consistente – inclusive o Gnome. &;-D Dentre suas principais características, encontra-se a possibilidade de sua utilização em várias linguagens de programação, bastando apenas utilizar as extensões necessárias para as demais linguagens que se queira utilizar para implementação. Também é orientada à objetos, onde todos os widgets são contidos em objetos e acessados através da utilização de seus métodos. Da mesma forma que a biblioteca Qt, a GTK é requerida obrigatoriamente durante a instalação normal do Slackware quando da opção de instalação do Gnome e demais programas que necessitam desta biblioteca.2 2 Um aspecto interessante nesta biblioteca está no processo de sua atualização. Atualmente existem duas versões “correntes”, a GTK 1 e a GTK 2, pois em virtude 16/59 REQUISITOS DE HARDWARE Apesar de exigir uma certa demanda de processamento e memória, o Gnome não chega à ser tão exigente quanto o KDE, mesmo que venha à utilizar quase os mesmos requisitos de hardware que este último. Em máquinas equipadas com 64 mbytes de RAM, seu desempenho é bem mais leve que o seu rival. Em contrapartida, o Gnome não chega à apresentar recursos tão vastos, concentrando-se em funcionalidades simples, prática e de uso comum no dia-a-dia. Para utilizarmos o Gnome, serão necessários pelo menos um processador Pentium 266 Mhz, com a quantidade de memória RAM acima mencionada. INICIANDO O GNOME Na inicialização do Gnome, teremos à disponibilidade o ambiente de trabalho com as mesmas funcionalidades do KDE. Porém, ele não auto- executa nenhum assistente de configuração, ficando à nosso cargo acessar o menu Aplicações -> Preferências e realizarmos os ajustes necessários. Outro aspecto bastante interessante é o fato do ambiente gráfico ter presente o idioma português do Brasil em sua interface gráfica, onde o idioma é definido apenas alterando as variáveis do sistema, já que o mesmo suporta a internacionalização. A estrutura do ambiente de trabalho do Gnome apresenta os seguintes componentes em sua interface gráfica: os menus Aplicativos e Ações... ... a barra de tarefa... ... e os ícones da área de trabalho. das implementações que vêm sofrendo, estas são diferentes de tal forma que muitas aplicações desenvolvidas para a 1a. ainda não são compatíveis para utilizar com a versão atual. Para solucionar este problema, os desenvolvedores optaram por manter as duas versões da biblioteca instalada no sistema, para que as tradicionais aplicações, quando do lançamento de novas versões, possam se ajustar perfeitamente à atual biblioteca gráfica. 17/59 Como todos já sabem, as funcionalidades básicas são praticamente as mesmas, porém cada ambiente gráfico possui recursos e implementações própriaspersonalizadas de acordo com a ideologia de seus desenvolvedores. O NAUTILUS O gerenciador de arquivos e navegador para Internet Nautilus segue também a filosofia de disponibilizar um conjunto de ferramentas e utilitários em sua interface gráfica, visando facilitar ao máximo a realização destas atividades no ambiente gráfico. Apesar de possuir uma interface simples, o Nautilus possui todas os recursos necessários para a boa administração de arquivos e diretórios, além de fornecer atalhos e menus rápidos para as ações mais freqüentes. O Nautilus possui inúmeras funcionalidades. Das interessantes, além do gerenciamento de arquivos e navegação na Internet, está na possibilidade de visualizar as fontes do sistema e realizar gravação de CD-R (ou gerar imagens ISO). Vejam outras à seguir: Serviços & Funções applications:/// Listagem de todos os pacotes instalados no sistema. As aplicações se encontram subdivididas por categorias. burn:/// Serviços de gravação em mídias de CD-R/RW. Para maiores informações, consultem a 7a. Parte: Aplicativos & Utilitários -> Imagem, som e multimídia. 18/59 Serviços & Funções fonts:/// Visualização das fontes instaladas no sistema. Ao clicarmos com o botão direito do mouse sobre qualquer fonte e selecionarmos no menu rápido a opção Preferência, teremos acesso às informações gerais desta. ftp:// Navegação em FTPs, como se fossem diretórios locais. preferences:/// Ajustes e configurações do ambiente gráfico. start-here:/// Visualização dos ícones da área de trabalho. Basta digitarmos estes comandos na barra de endereços para ter acesso às funcionalidades acima citadas. SOBRE O DROPLINE GNOME O Gnome deixou de fazer parte da distribuição Slackware desde à versão 10.1 pelo fato de seu criador ter dificuldades em realizar a compilação dos pacotes deste ambiente gráfico. Mas se ainda desejamos tê-lo disponível no sistema, deveremos então recorrer ao Dropline Gnome. Este último não é nenhum um novo ambiente gráfico, e sim apenas uma otimização do tradicional Gnome para o Slackware. Tela obtida na página oficial do projeto. Distribuído pelo próprio Projeto Gnome, o objetivo do projeto é disponibilizar para a distribuição uma versão melhorada deste ambiente gráfico, em um formato simples, belo e prático, conforme a filosofia KISS da distribuição. Apesar de possuir um excelente desempenho, o Dropline Gnome requer os mesmos recursos de hardware do tradicional Gnome, o seja, necessita de um processador Pentium II e pelo menos 64 mbytes de RAM. ✔ <http://www.dropline.net/gnome/>. 19/59 SITES DE APOIO Na página eletrônica Gnome Artwork & Themes estão disponíveis bons materiais (papéis de parede, ícones, etc.), além de belos temas pré-definidos para enfeitar este ambiente de trabalho. Gnome Artwork & Themes. GnomeFiles. Na página eletrônica GnomeFiles, encontraremos uma fantástica quantidade de referência para aplicativos e utilitários desenvolvidos especialmente para este ambiente gráfico. Todo estes materiais se encontram organizados de acordo com suas categorias e classes. No caso dos aplicativos, temos também uma simples classificação para aquelas mais populares existentes. ✔ <http://art.gnome.org/>. ✔ <http://www.gnomefiles.org/>. OBSERVAÇÕES FINAIS Apesar de não possuir tantos recursos quanto seu rival, o Gnome possui características e qualidades interessantes, como a disponibilização de forma completa e integrada de apenas as aplicações necessárias para o uso do dia- a-dia. Nada de um visual “poluído” pela farta disponibilidade de ícones, como é o menu K do KDE, e sim apenas o básico necessário. Porém para a maioria das necessidades sempre haverá um atalho disponível no menu Aplicações que aciona os programas do ambiente. Estes, além da excelente qualidade, possuem uma interface gráfica bela e consistente, além de se encontrarem padronizados com a utilização da biblioteca GTK. Além disso, pelo fato de não dispoar atalhos para outros aplicativos que utilizam outras bibliotecas gráficas (como a Qt), confere ao ambiente uma melhor performance em equipamentos medianos ou com modestos recursos de hardware, desbancando o KDE e tornando-o a opção ideal para a sua utilização.3 3 “Por ter sido criado 100% em C (não C++) ele torna-se 100% portável além de ser mais leve que outros completamente feitos em C++ (como o KDE - claro que com as 20/59 SOBRE A XLIB A Xlib é a biblioteca gráfica do servidor Xfree86/X.org, que foi desenvolvida para prover aos desenvolvedores e usuários de interfaces gráficas um simples conjunto de recursos básicos (janelas, botões, caixas, barra de rolagens, etc.). Atualmente, devido à existência de poderosas e elaboradas bibliotecas gráficas como a Qt e GTK, a Xlib caiu bastante em desuso, pois além destas primeiras disponbilizarem mais recursos, sua aparência e estética possuem qualidades muito superior. Mas ainda assim é possível encontrar programas atuais utilizando-a face à pouca requisição de hardware que ela necessita, onde até um simples 486 com 8 mbytes de memória RAM já é o suficiente para rodar uma simples aplicação gráfica com interface baseada nela. O PROJETO FREEDESKTOP Como todos nós sabemos, os sistemas GNU/Linux têm caminhado para a sua utilização em Desktops. E dentre inúmeras atitudes e mudanças realizadas à favor deste movimento, surgiu o Projeto FreeDesktop, concebido com o objetivo de prover um conjunto de especificações que visam melhorar a integração dos ambientes gráficos & aplicações. Apesar de ainda ser uma realidade um pouco distante, os sistemas GNU/Linux – em especial as interfaces gráficas – estão alcançando uma maturidade tal que não irá demorar muito tempo para que se tornem uma séria opção para o uso em Desktops. Apesar das dificuldades encontradas em implantar o seu uso em estações domésticas e de escritório, é perfeitamente possível obter excelentes resultados, visto que quando ministrados um bom treinamentos e suporte técnico, a migração para os sistemas GNU/Linux têm ocorrido sem maiores complicações. ✔ <http://www.xfreedesktop.org/>. CONCLUSÃO Existe uma infinidade de ambientes gráficos que, apesar da maioria não possuir os mesmos recursos e funcionalidades dos poderosos KDE e Gnome, eles estão aptos para a realização da maioria das atividades inerentes, tendo como grande vantagem na maioria das vezes, menores exigências de performance e hardware, o que os tornam ideais para máquinas antigas e obsoletas. Além disso, em alguns deles os usuários encontrarão características tão interessantes que talvez dispense até os principais ambientes gráficos existentes para a realização de suas atividades. Analisem cada um destes e, caso se interessarem por algum, procurem seus respectivos pacotes no FTP do Slackware para realizar a sua instalação; ou últimas otimizações feitas no GCC, as ultimas versões do KDE tem se tornando mais velozes, mas ainda não se comparam com o Gnome)” -> [Welington R. Braga via ICQ]. 21/59 caso não se encontrem, obtenham o código-fonte diretamente da página oficial. Maiores informações encontraremos na 5a. Parte: Gerenciamento de Programas -> Obtendo pacotes para o Slackware. 22/59 II. KDE – THE “K” DESKTOP ENVIRONMENT INTRODUÇÃO O KDE é um dos maiores projetos de Software Livre conhecido da atualidade. Trata-se de um ambiente gráfico completo, poderoso, intuitivo, prático, customizável, e de fácil utilização. Possui uma interface belíssima e bem integrada, além de dispor de uma boa variedade de aplicações-base para as mais diversas necessidades. Temática clássica do KDE 3.2. Em virtude da existência de inúmeras aplicações nativas, o KDEé a opção ideal para os usuários iniciantes, pois os mesmos terão à sua disposição todos os recursos necessários para a obter o bom aproveitamento em sua utilização. Nele, será minimizado e/ou até mesmo desnecessário o conhecimento de intervenções e atividades extras para a administração geral do sistema, além da procura, seleção, instalação, configuração e uso de aplicações extras para suprir deficiências (se existirem...). Isto somente ocorrerá em situações específicas! &:-D ✔ <http://www.kde.org/>. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS UM RESUMIDO HISTÓRICO O Projeto KDE foi desenvolvido inicialmente por Matthias Ettrich em 1996, utilizando a linguagem C++, e sua interface foi implementada com a biblioteca Qt, numa época em que os ambientes gráficos eram precários em recursos e funcionalidades, motivo pelo qual resultou na concepção e fundação do projeto. Atualmente o projeto é mantido na Alemanha, onde ganha um forte apoio da distribuição SuSe. 23/59 A BIBLIOTECA QT A Qt é a principal “responsável” pela beleza, graça e consistência deste ambiente gráfico e de suas aplicações. Ela é uma biblioteca gráfica desenvolvida em C++ e criada pela empresa holandesa TrollTech. Atualmente ela se encontra disponível licenciada sob a GNU GPL4. Esta biblioteca possibilita o desenvolvimento de interfaces gráficas com o uso das linguagens C/C++, além de suportar orientação à objetos. Acompanha a IDE QtDesign para o desenvolvimento de programas em C/C++ que também é desenvolvida pela mesma empresa. O pacote referente à biblioteca Qt encontra-se nos CD-ROMs de instalação do Slackware, na pasta kde/, onde sua instalação é obrigatória para o uso do ambiente gráfico e outros demais programas que a utilizam. ✔ <http://www.trolltech.com/>. REQUERIMENTOS Apesar de inúmeras vantagens, o KDE possui também algumas limitações em comparação aos demais ambientes gráficos. Dentre elas, a principal é a necessidade de uma máquina com um processador razoável, do porte de um Pentium II de 350 Mhz ou equivalente e uma boa quantidade de memória, com pelo menos 96 mbytes. Ainda poderemos este ambiente gráfico com apenas 64 mbytes (ou até mesmo 32 mbytes), porém teremos apenas um modesto desempenho. À seu favor, encontraremos vastos recursos e funcionalidades, e graças à esta qualidade, será lógico concluir que a demanda de processamento e hardware tenderá à ser maior, em alguns casos até mesmo em comparação ao desempenho obtido pelo Gnome. Outro aspecto importante está na distribuição em uso, pois de acordo com cada uma, esta situação pode tanto melhorar quanto piorar. Nas tradicionais Red-likes5, sua demanda chega ao ponto de necessitarmos de um equipamento dotado de um processador Pentium III, com 256 mbytes de memória. Já no Slackware e na maior parte dos live-CDs disponíveis, um Pentium 233 Mhz com 64 mbytes de RAM são suficientes. 4 Antigamente esta biblioteca era disponibilizada de forma gratuita somente para os sistemas GNU/Linux e *BSD, onde para realizar a sua utilização em outros sistemas operacionais era necessário o pagamento de uma licença. Graças à isto, pelo fato de seu licenciamento não ser GPL, muitos desenvolvedores evitavam utilizá-la. Mas justamente devido à restrições de algumas distribuições em não incluírem-na em seu pacote oficial e ao lobby dos desenvolvedores de Software Livre em torná-la livre, a Qt atualmente é licenciada sob os termos da GPL, tornando mais uma bela opção para a sua utilização no desenvolvimento de programas de código aberto. 5 São popularmente conhecidas como Red-likes as distribuições que são baseadas na Red Hat ou que possuem diversos elementos desta, como o sistema de inicialização System V e o gerenciador de pacotes RPM. 24/59 INICIANDO O KDE CONFIGURAÇÕES INICIAIS PACOTE DE IDIOMAS Antes de mais nada, instalem o pacote de internacionalização do KDE, o kde-i18n-pt_BR-[VERSÃO_DO_KDE]-noarch.tgz. Para isto, consultem nesta parte o capítulo Operações e ajustes afins, onde poderemos encontrar instruções para a instalação do pacote com o idioma português do Brasil. ASSISTENTE DE CONFIGURAÇÕES PARA A ÁREA DE TRABALHO Ao iniciar pela 1a. vez, o KDE executará o Assistente de Configurações para a Área de Trabalho, um assistente gráfico que orientará o usuário a realizar uma rápida, porém funcional configuração inicial do ambiente gráfico. Será importante configurar o idioma local, já que se encontra instalado o pacote descrito na seção anterior. Assistente de Configurações para a Área de Trabalho. Basta selecionar as opções desejadas e seguir adiante. O Assistente de configurações do KDE executará 5 passos importantes para o ajuste finais do ambiente gráfico: 1. Boas vindas e seleção da linguagem do ambiente; 2. Comportamento do sistema; 3. Enfeites; 4. Todo mundo gosta de temas; 5. Tempo para refinar. Todas estas etapas são intuitivas e fáceis de ajustar, dispensando maiores 25/59 comentários para a realização destas atividades. Ao terminá-los, o KDE disponibilizará a opção Lançar o Centro de Controle KDE, onde poderemos executar o diretamente o Centro de Controle KDE e realizar outras diversas alterações que desejarmos. CONFIGURAR AMBIENTE DE TRABALHO Outra interessante forma de ajuste e configuração é a opção Configurar Ambiente de Trabalho presente no menu rápido do ambiente de trabalho com o simples clique do botão direito do mouse. Menu rápido do Ambiente de Trabalho Em seguida será aberto uma simples caixa de diálogo: Configurar – Área de Trabalho Aqui, com muita praticidade e intuitividade, poderemos ajustar o Ambiente de Trabalho de acordo com nossas preferências! &;-D A ÁREA DE TRABALHO Como qualquer outro avançado ambiente gráfico, o KDE disponibiliza em seu Desktop os seguintes elementos: 1) a área de trabalho; 2) a barra de tarefa e 3) o menu K. 26/59 O menu K e a barra de tarefas do KDE, versão 3.1 Ainda podemos habilitar o menu rápido da área de trabalho no topo da tela. Para isto, cliquem com o botão direito na área de trabalho e selecionem a opção Configurar Área de Trabalho. Na seção Comportamento, desmarquem a caixa Barra de menu na área de trabalho. Pronto! Já se encontra disponível o menu rápido no topo da tela! A ÁREA DE TRABALHO E SEUS ÍCONES Como todo bom ambiente gráfico, o KDE disponibiliza alguns atalhos em sua área de trabalho com o intuito de facilitar ao máximo a utilização para as tarefas mais corriqueiras. Em algumas distribuições, estes ícones chegam à ser numerosos devido às personalizações feitas. Como o Slackware mantém a configuração padrão do ambiente, estes são apenas dois: Lixo e Home. 27/59 Para àqueles que estão acostumados com a utilização do Windows, não existe muito mistério para saber qual é a função deste ícone. Trata-se da famosa Lixeira, onde todos e quaisquer arquivos desnecessários são removidos até a sua exclusão definitiva. O ícone Home é nada mais que um atalho do gerenciador de arquivos Konqueror, disposto da mesma forma que a pasta Meus Documentos à partir do Windows 98. Basta clicarmos nela e teremos acesso aos nossos diretórios pessoais, localizados em / home/darkstar/. A BARRA DE TAREFAS A barra de tarefas do KDE não difere muito do Windows, nem das demais existentes em bons ambientes gráficos. A barra de tarefas (Painel). Destaca-se a disponibilidade do botão Esconder painel, representado por uma seta abaixo e à direita da tela que possibilita ocultação da barra de tarefas. O MENU K Da mesma forma que o botão Iniciar do Microsoft Windows, o menu K disponibiliza ao usuário uma entrada para os principais aplicativos existentes, bastando apenas clicar no botão K. Menu K. 28/59Todas estas aplicações subdivididas em diversas categorias, organizada e consistente, que facilita a fácil localização dos ítens desejados. As principais categorias de aplicações disponíveis no menu K são: Menu K Brinquedos Diversão e entretenimento para o público infanto/juvenil. Configurações Assistentes, painéis de ajuste e controle, centro de controles integrados, enfim, ferramentas gerais de ajuste e configuração do ambiente gráfico. Desenvolvimento IDEs, editores de código, construtores de interfaces gráficas, depuradores de erros, controles de versões, terminais de comandos, etc. Editores Editores de textos em geral. Desde os mais simples a aqueles ricos em recursos e funcionalidades. Educativo Para o entretenimento do público infanto-juvenil, subdivididas nas classes Ciência, Ferramentas de Aprendizado, Idiomas, Matemática e Outros. Escritório Suítes de escritório (processamento de texto, planilhas eletrônicas e apresentações), agendas pessoais, editores de fórmulas, geradores de relatórios, fluxogramas, etc. Gráficos Editor de imagens bitmaps, vetoriais e ícones, visualizadores, capturas de tela, diagramadores, manipuladores de arquivos PostScript, etc. Internet Discadores dial-up, navegadores, gerenciadores de conteúdo (downloads) clientes de correio, clientes de bate-papo, mensagens instantâneas e IRC, clientes de FTP, leitor de notícias, etc. Jogos Diversos jogos para o entretenimento. Alguns são subdivididos por categorias, das quais segue: Arcade, Jogo de Cartas, Jogos de Tabuleiro, “Kidgames” (jogos infantis), Táticas & Estratégias. Multimídia Ferramentas de ajuste e configuração de gáudio, tocadores multimídia (CDs, DVDs e arquivos multimídia de gáudio e vídeo), gravadores de gáudio, gravadores de mídia (CD-R/W e DVD-R/W), entre outros. Sistema Ferramentas gerais de ajuste e configuração do sistema. Como o próprio nome diz, difere da seção Configurações pelo fato destas intervirem no sistema em geral. Utilitários Calculadoras, formatador de disquetes, mapa de caracteres, enfim, ferramentas diversas que não se enquadram nas demais categorias. 29/59 Menu K Achados & Perdidos Todas e quaisquer aplicações, quando instaladas e que não pertençam à uma categoria específica têm seus atalhos disponibilizados aqui. Fica à critério do usuário mantê-los nesta área ou colocá-los em outras seções, conforme seus critérios. Ao realizarmos a instalação de novos programas, este menu poderá ser atualizado tanto automaticamente quanto através do uso das ferramentas da seção Configurações, como o Editor de Menus e a Ferramenta de Atualização de Menus. O KONQUEROR O Konqueror é mais uma das grandes maravilhas do ambiente integrado KDE. Este poderoso gerenciador de arquivos é dono de uma interface bela, consistente e bem estruturada, além de ser uma das ferramentas mais utilizadas e evoluídas do ambiente gráfico, com inúmeros recursos e funcionalidades. O gerenciador de arquivos Konqueror acessando o diretório /home/darkstar/docs. Este gerenciador de arquivo também possui a funcionalidade de navegador para Internet, além de permitir visualizar diversos formatos de arquivos através de aplicações nativas do sistema, porém de forma embutida. Entre eles imagens, ícones, textos, páginas html, etc. FUNCIONALIDADES NAVEGAÇÃO EM ABAS À partir da versão 3.1 do KDE, o Konqueror passou à suportar o modo de navegação em abas, nos mesmo moldes como é feito nos navegadores da 30/59 família Mozilla. O Konqueror exibindo 3 abas para 3 diretórios distintos: docs, cdrom e floppy. No canto esquerdo, o ícone “Fechar a aba atual”. Poderemos tanto habilitar as abas clicando no menu principal, em Localização -> Nova Aba, ou clicando com o botão direito do mouse sobre o diretório em questão e acionar a opção Abrir em uma nova Aba. Acionamento das abas no menu principal... ... e através do botão direito do mouse. Ao usarmos o botão direito do mouse, podemos também abrir em uma nova aba e de forma embutida um arquivo qualquer, desde que previamente especificado na Associação de Arquivos. Duas abas abertas: uma visualizando o diretório /home/darkstar e outra visualizando um arquivo no formato PNG, de 358x55 pixels. MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS Com o Konqueror podemos realizar as atividades de navegação de forma simples, prática e extremamente produtiva, seguindo a mesma filosofia do Windows Explorer, da Microsoft. 31/59 Tela principal do Windows Explorer. Para não estender esta seção, omitiremos instruções adicionais, visto que praticamente todos os usuários já conhecem com precisão esta ferramenta. PERMISSÕES DE ACESSO A definição de permissões de acesso à arquivos e diretórios poderão ser feitas com o clique do botão direito do mouse sobre o elemento. Em seguida, basta clicarmos na opção Propriedades... Caixa de diálogo Propriedades. Basta redefinirmos os usuários, grupos e permissões de acesso conforme nossas necessidades. Vale também lembrar que, como superusuário do sistema (root), teremos maior flexibilidade para realizarmos as mudanças do perfil Dono. COMPACTAÇÃO / DESCOMPACTAÇÃO DE ARQUIVOS A compactação e descompactação de arquivos e diretórios podem ser feitos nos mesmos moldes que faríamos caso estivéssemos no Windows Explorer e os WinZip, PowerArchive, BraZip, entre outros. Basta clicarmos diretamente 32/59 com o botão direito do mouse sobre o elemento (arquivo, diretório ou conjunto deles) e acionar as opções Ações -> Criar arquivo .tar.gz com o gzip. Seleção das opções do menu rápido do Konqueror (KDE 3.2). Aqui vemos realçada a opção criar arquivo .tar.gz com o gzip. Para descompactá-los, deveremos utilizar o mesmo procedimento através das opções Extrair, onde as seguintes sub-opções: Compactação / Descompactação de arquivos Extrair para... Solicita a indicação do diretório-destino. Extrair para [DIR] Cria um diretório com a mesma nomenclatura do arquivo compactado e lá descomprime o seu conteúdo. Extrair aqui Extrai todo o conteúdo no diretório corrente. Ainda assim, se desejarmos, poderemos acionar o Ark para realizar outras atividades que se façam necessários. Basta apenas dar um clique sobre o arquivo com o botão direito do mouse e selecionar a opção Ark. Acionamento do Ark à partir do clique com o botão direito do mouse. Estes recursos são ótimos para manipularmos os pacotes que contém o código-fonte de aplicações que desejamos instalar, pois bastará apenas entrarmos no diretório criado (pressionando <F4>) e lançarmos os comandos necessários! &;-D 33/59 NAVEGAÇÃO NA INTERNET Além de ser um excelente gerenciador de arquivos, com o Konqueror podemos também navegar na Internet. Para esta atividade, há um ícone na barra de tarefas intitulado Navegador Web. Dos ícones da Barra de Tarefas, observem o Navegador Web Basta clicarmos nele e digitar no campo Localização o endereço desejado. Konqueror visualizando a página oficial do KDE. Até a versão presente, o Konqueror ainda peca um pouco na visualização das páginas, onde inclusive foi cogitada a utilização do motor Gecko, utilizado nos navegadores derivados do Mozilla / Netscape. AJUSTES & CONFIGURAÇÕES Para acionar a tela de configuração do Konqueror, deveremos ir ao menu principal e selecionar a opção Configurações -> Configurar Konqueror. Aqui encontraremos de forma organizada e estruturada as mais diversas 34/59 opções de ajustes e configuração, bastando apenas navegar no painel à esquerda e ajustar o gerenciador de acordo com nossas preferências. As principais seções que encontraremos são: Comportamento / Aparência / Previsões & Metadados / Associações de arquivos / Comportamento Web / Java & JavaScript/ Fontes / Atalhos da Web / Barra lateral de Histórico / Cookies / Cache / Proxy / Folhas de estilo / Criptografia / Identificação do Navegador / Plugins / Performance. OUTRAS FUNCIONALIDADES Das funcionalidades disponibilizadas pelo Konqueror, todas são inerentes às atividades desta categoria (gerenciamento de arquivos e navegação para Internet). Para habilitá-las, basta digitar estas seqüencias de caracteres no campo Localização do gerenciador de arquivos. Vejam todas as seções do Centro de Controle disponíveis. Basta agora navegarmos em suas opções, como faríamos com uma estrutura de arquivos e diretórios. À seguir, vejam as principais funcionalidades presentes nesta ferramenta: Serviços & Funções audiocd:/ Conversão das faixas de áudio em arquivos. Para maiores informações, consulte a 7a. Parte: Aplicativos & utilitários -> Imagem, som e multimídia. devices:/ Exibe as unidades disponíveis no sistema, com opções para montagem e desmontagem. floppy:/ Acesso à unidade de disquete do sistema. ftp:// Navegação em FTPs, como se fossem diretórios locais. http:// https:// Acessa os protocolos HTTP/HTTPS. As páginas deverão ser especificadas (por exemplo, <http://www.kde.org/>. Info:/ Exibe as man-pages (documentação eletrônica) dos comandos do sistema. Deverá ser informado o comando em questão. 35/59 Serviços & Funções man:/ Exibe as man-pages (documentação eletrônica) dos comandos do sistema. Se não for inserido um comando na especificação, será exibido apenas um menu com todas as categorias. print:/ Exibe as impressoras instaladas no sistema, além das ferramentas padrão do ambiente gráfico. setting:/ Exibe todas as entradas do Centro de Controle. Existem inúmeras outras que aqui não foram descritas por não ser de interesse geral do usuário doméstico. Para visualizá-las, cliquem no menu K -> Sistema -> Centro de Informações e visitem a seção Protocolos. AS FERRAMENTAS Um bom ambiente gráfico deverá prover aos usuários – além do gerenciador de arquivos e painel de configuração – excelentes ferramentas e recursos para que possam obter produtividade em suas atividades. Tarefas simples que vão desde realizar cálculos ou formatar disquetes à aquelas complexas e elaboradas requerem que estes recursos estejam disponíveis de forma fácil e intuitiva ao usuário. Como todo ótimo ambiente gráfico, o KDE possui inúmeras ferramentas e recursos para facilitar o nosso dia-a-dia. Iremos conferir as principais existentes. SISTEMA Aqui encontraremos as ferramentas para a administração geral do sistema. Um aspecto importante é que, para usar determinadas ferramentas, será necessário estar autenticado no sistema no modo superusuário – root. Solicitação da senha de autenticação do superusuário. Caso contrário, será aberta uma nova tela solicitando a senha de acesso desta conta, que, após ser digitada, teremos o acesso ao sistema para realizar as atividades desejadas. KONSOLE (TERMINAL) Conforme já comentamos diversas vezes em outras partes e capítulos, o 36/59 Konsole é a aplicação de linha de comando (terminal) simples e fácil de utilizar e personalizar. Konsole. Uma circunstância interessante para o seu uso está no ato da navegação na estrutura de diretórios do sistema com o Konqueror. Ao pressionarmos <F4>, teremos acesso ao Konsole, com a linha de comando apontando para o mesmo diretório o qual estávamos realizando a navegação. KUSER (GERENCIADOR DE USUÁRIOS) O KUser é o gerenciador padrão de contas de autenticação dos usuários e grupos de acesso do sistema operacional. KUser. O processo de criação de contas pode ser feito de forma simples e intuitiva, bastando apenas navegarmos nas abas Usuários e Grupos ou clicar nos ícones ADD (adicionar), EDIT (editar), DEL (excluir) referentes às abas mencionadas. O ícone Salvar (o pequeno disquete à esquerda) grava as definições realizadas. 37/59 KPACKAGE (GERENCIADOR DE PACOTES) Desde suas primeiras versões, o KDE conta com o KPackage, um gerenciador de pacotes nativos para o ambiente gráfico. Gerenciador de pacotes KPackage. Com esta ferramenta, poderemos gerenciar sem maiores dificuldades os pacotes instalado no sistema, através das operações de instalação, atualização e remoção disponíveis nas abas e barra de ferramentas lateral. Remoção do pacote DGens, um popular emulador do vídeo-game MegaDrive. Para as distribuições que utilizamo o formato RPM, esta ferramenta conta ainda com a possibilidade de utilizar seus recursos de checagem de dependências, informando-as ao administrador. KWIKDISK / KDISKFREE O KwikDisk (Utilitário de Mídia Removível) e o KDiskFree (Disco Livre) são ferramentas nativas do ambiente criadas para o gerenciamento do sistema de armazenamento de dados. 38/59 KwikDisk acoplado KDiskFree Ambos possibilitam a montagem e visualização das unidades físicas (CD- ROM, disquete, memórias eletrônicas, etc) e partições (discos rígidos) do sistema, desde que estejam especificados corretamente no arquivo de configuração /etc/fstab. KSYSGUARD (GUARDA DO SISTEMA KDE) O KSysGuard – Guarda do Sistema KDE – é a aplicação que permite monitorar os aplicativos em aberto e o desempenho geral do sistema. Aba “Carga do Sistema”. Aba “Tabela de Processos”. A aba Carga do Sistema mostra as medições das taxas de utilização do processador, memória, disco rígido, alimentação elétrica, entre outros, possibilitando-nos verificar o desempenho geral do sistema. Já a aba Tabela de Processos nos permite visualizar todas as aplicações em aberto, além de nos possibilitar matar os aplicativos que porventura travarem no sistema. De forma análoga ao conhecido <CTRL>+<ALT>+<DEL>, também poderemos habilitar esta última aba pressionando simultâneamente <CTRL>+<ESC>. 39/59 Aba “Tabela de Processos”, habilitada com o pressionamento das teclas <CTR>+<ESC>. Outra forma de realizar a destruição de um processo é pressionando simultâneamente as teclas <CTRL>+<ALT>+<ESC>, onde em seguida o cursor terá sua imagem modificada por uma caveirinha. Bastará apenas clicarmos na janela o qual reside a aplicação travada. Felizmente, devido à grande estabilidade dos sistemas GNU/Linux, pouquíssimas vezes recorremos à este recurso caso tenhamos alguma aplicação mal humorada ou “bugada”... &;-D UTILITÁRIOS ARK (ARQUIVADOR) Uso de ferramentas para a compressão e descompressão de arquivos é grande nos tempos atuais. E para esta atividade temos o Ark. Com uma interface intuitiva e fácil de usar, este utilitário lembra muito as tradicionais aplicações do Windows como o WinZip, PowerArchive e BraZip. Também poderemos usar suas funcionalidades através do gerenciador de arquivos Konqueror, através do clique do botão direito do mouse sobre o arquivo em questão, nos mesmos moldes que faríamos no Windows Explorer. 40/59 KFLOPPY (FORMATADOR DE DISQUETES) O KFloppy (nome original) é o formatador padrão de disquetes do KDE. Nele podemos ainda definir qual será o sistema de arquivos à ser utilizado (DOS ou ext2). Recomendamos utilizar o DOS (FAT16), para que possa ser acessado por outros computadores que utilizam Windows. INTERNET KPPP (DISCADOR DIAL-UP) O KPPP é o discador oficial do ambiente gráfico KDE, que alia beleza e praticidade, além de ser simples e fácil de configurar e utilizar. Para obterem maiores informações sobre este utilitário, consultem a 7a. Parte: Aplicativos & Utilitários -> Internet, na seção Discadores. O CENTRO DE CONTROLE O Centro de Controle KDE é a principal ferramenta de configuração do ambiente gráfico KDE. Fornece um excelente menu estruturado com os principais módulospara a configuração do ambiente gráfico e até mesmo do sistema operacional. Para acessá-lo, deveremos clicar no menu K -> Centro de Controle. 41/59 As categorias disponíveis no Centro de Controle são: Administração do Sistema; Aparência & Temas; Área de Trabalho; Componentes do KDE; Controle de Energia; Internet & Rede; Periféricos; Regional & Acessibilidade; Segurança & Privacidade; Som & Multimídia. Cada categoria se extende em um conjunto de opções passíveis de intervenções. AJUSTES & CONFIGURAÇÕES A SEÇÃO CONFIGURAÇÕES DO MENU K Grande parte das ferramentas de ajuste e configuração do ambiente possuem entradas no menu K -> Configurações. Lá encontraremos as seguintes ferramentas: A seção Configurações do menu K Assistente de Configurações para a Área de Trabalho; Configurar o Painel; Editor de Menus; Ferramenta de Atualização de Menus; Ferramentas de Gerenciamento da Carteira; Gerenciador de Impressão. 42/59 Omitiremos as ferramentas Central de Controle do Gnome e Screensaver, por tratarem de ser aplicações exclusivas do ambiente gráfico Gnome. ASSISTENTE DE CONFIGURAÇÕES PARA A ÁREA DE TRABALHO O Assistente de Configurações para a Área de Trabalho é [...] Assistente de Configurações para a Área de Trabalho. Para maiores informações, consultem a seção Iniciando o KDE neste capítulo. CONFIGURAR O PAINEL Para realizarmos ajustes gerais no painel do ambiente de trabalho, poderemos recorrer ao atalho Configurar o Painel. Configurar o Painel, entrada também disponível no Centro de Controle -> Ambiente de Trabalho -> Painéis Tanto aqui quanto no Centro de Controle -> Ambiente de Trabalho -> 43/59 Painéis, teremos recursos para personalizar o painel de trabalho conforme nossas preferências, bastando apenas navegar nas abas Disposição, Ocultação, Menus e Aparência. EDITOR DE MENUS O Editor de Menus fornece todos os recursos necessários para que possamos ajustá-lo conforme nossas necessidades. Sem grandes mistérios, nele poderemos realizar diversos tipos de operações – inclusive criar submenus! &;-D FERRAMENTA DE ATUALIZAÇÃO DE MENU A Ferramenta de Atualização de Menus possibilita fazer uma busca das novas aplicações recém-instaladas ao sistema. Muito útil especialmente para aquelas desenvolvidas com o uso de outras bibliotecas gráficas (como a GTK+), por elas não terem sido concebidas para integrarem-se à este ambiente. Ferramenta de Atualização de Menu, adicionando ao sistema um atalho para o Firefox. 44/59 As aplicações que utilizam a Qt geralmente criam atalhos diretamente no menu K durante a instalação, dispensando o uso desta ferramenta. Uma observação importante é que estas novas aplicações deverão incluir seus executáveis no diretório /usr/local/bin, pois caso contrário, não serão detectados por esta ferramenta, o que ocorre normalmente. Caso não se encontrem, deveremos criar atalhos simbólicos para seus executáveis neste diretório. # ln -s /usr/local/share/[DIR_APLICATIVO]/[EXECUTÁVEL] [EXECUTÁVEL] Feito isto, a ferramenta fará a inclusão da aplicação normalmente. FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DA CARTEIRA Para aqueles que utilizam os mais diversos servidos que, para terem o acesso necessitam se autenticar, guardar os nomes das contas e senhas de acesso torna-se um verdadeiro tormento. Felizmente, para esta necessidade, existe a Ferramenta de Gerenciamento da Carteira. Ferramenta de Gerenciamento da Carteira – o popular “Carteira de Senhas do KDE”. Basicamente trata-se de um aplicativo simples e fácil de utilizar, que armazena todas contas de acesso e senhas de forma automática. Sem maiores inconvenientes, poderemos utilizar o Kopete, o KMail, entre outras aplicações com maior conforto e comodidade apenas acionando a opção gravar, salvar ou lembrar senha, presente na maioria destas aplicações. Assim, a Ferramenta de Gerenciamento da Carteira será acionada. GERENCIADOR DE IMPRESSÃO Outra maravilhosa ferramenta do KDE é o seu Gerenciador de Impressão. 45/59 Gerenciador de Impressão do KDE. Em conjunto com os servidores CUPS e LPRng, permitem configurar facilmente as impressoras do sistema. Com qualquer um dos servidores de impressão CUPS e LPRng, poderemos facilmente instalar uma impressora no sistema. Em Sistema de impressão atualmente usado deveremos selecionar um dos servidores acima citados; Em seguida, ao clicarmos em Adicionar -> Adicionar impressora/classe... será inicializado um assistente gráfico que auxiliará no processo de instalação do periférico. Assistente de configuração da impressora – KDE. Mas lembrem-se de que este periférico somente estará disponível para este ambiente gráfico; para os demais ambientes gráficos, deveremos proceder com a sua instalação de acordo com a documentação dos servidores e filtros de impressão disponíveis. 46/59 PÁGINAS DE APOIO KDE-APPS Por ter sido concebido para ser um ambiente gráfico completo e poderoso, o KDE possui diversos aplicativos e utilitários importantes. Dentre eles merecem destaque o KOffice, uma suíte de escritório integrada, o KDevelop, uma IDE para desenvolvimento em C/C++, o Konqueror, para o gerenciamento de arquivos e navegação de páginas locais e na Internet, o KMail, o gerenciador de correio eletrônico padrão do ambiente e o Centro de Controle KDE, para a configuração geral do ambiente, além de diversas outras aplicações. Mas se desejarmos, poderemos incluir mais aplicações ao sistema para integrar-se neste ambiente. Para isto, deveremos visitar a página eletrônica KDE-Apps, onde encontraremos uma fantástica quantidade de referência para aplicações desenvolvidas para este ambiente gráfico. Todas elas estão organizadas em categorias, onde também temos uma simples classificação para as aplicações mais populares existentes. Recomendamos que não deixem de conferir! &;-D ✔ <http://www.kde-apps.org/>. KDE-LOOK O KDE é um dos mais belos ambientes gráficos na atualidade. Além de possuir seu antigo perfil padrão (KDE Clássico), encontram-se disponíveis temáticas belas e elaboradas como a Keramid, Plastick, entre outros. Seus ícones e papéis de paredes não deixam nada à desejar. Mas se quisermos utilizar outras temáticas? Para esta necessidade temos a página eletrônica KDE-Look. 47/59 Mantendo basicamente a mesma estruturação da página KDE-Apps, a KDE- Look possui uma boa quantidade e qualidade de papéis de parede, telas, estilos, ícones, etc., disponíveis para atender aos mais variados gostos! &;-D ✔ <http://www.kde-look.org/>. CONCLUSÃO O KDE é atualmente o ambiente gráfico mais rico de recursos nos sistemas GNU/Linux, desbancando até mesmo o Gnome com suas inúmeras funcionalidades e implementações. Para aqueles que possuem uma máquina razoável com bons recursos de processamento e hardware, é a opção que melhor fará uso de todo o poder de fogo destes equipamentos. &;-D Finalização do KDE. Porém toda esta gama de recursos tem um alto preço: para equipamentos de baixa e – em alguns casos – média performance, a exigências do KDE o tornam uma opção não muito viável para a sua utilização nestas máquinas, onde em diversas circunstâncias será desbancado por gerenciadores mais 48/59 leves, como o XFce e o Enlightenment (e até mesmo o Gnome). Além disso, seu carregado menu K também disponibiliza atalho para outras aplicações que, por fazer uso de outras bibliotecas (como a GTK) torna o ambiente um grande devorador de memória. Mas ainda assim, sua beleza, facilidade de uso e intuitividade são inigualáveis! &;-D 49/59 III. OPERAÇÕES E AJUSTES AFINS INTRODUÇÃO Após conhecermos os principais ambientes gráficos, suas características, qualidades,diferenças e limitações, iremos agora colocar a mão na massa para aprendermos à realizar intervenções e/ou personalizações de acordo com as nossas necessidades. Enfim, mãos à obra! &;-D SELEÇÃO DA AUTENTICAÇÃO GRÁFICA Ao inicializarmos o sistema, poderemos optar por ajustar tanto o modo de autenticação (texto ou gráfico) como definir quais os gerenciadores utilizar e como selecionarmos. NÍVEL DE EXECUÇÃO Em virtude de sua concepção multi-usuário, os sistemas GNU/Linux necessitam que façamos a autenticação para que possamos usufruir dos recursos deste sistema operacional. Para isto deveremos apenas digitar o apelido e a senha de acesso quando for solicitado pela linha de comando. Login: _ Apesar de simples e funcional, muitos usuários (especialmente os mais leigos) poderão optar pela inicialização do sistema em modo gráfico, que por sua vez nos proporciona maiores funcionalidades e conforto, além da facilidade de seleção dos ambientes gráficos. Para isto, deveremos mudar para o nível de execução 4, com a edição do arquivo de configuração / etc/inittab: -//- # These are the default runlevels in Slackware: # 0 = halt # 1 = single user mode # 2 = unused (but configured the same as runlevel 3) # 3 = multiuser mode (default Slackware runlevel) # 4 = X11 with KDM/GDM/XDM (session managers) # 5 = unused (but configured the same as runlevel 3) # 6 = reboot # Default runlevel. (Do not set to 0 or 6) id:3:initdefault: Na seção Default runlevel, deveremos alterar a linha abaixo, que se encontra pré-configurada para inicializar no nível 3. Vejam que existem diversas opções à nossa disposição: 50/59 Níveis de execução e sua função Runlevel 0 Atalho simbólico para rc.6. Runlevel 1 Modo single user, necessário para a manutenção do sistema. Runlevel 2 Sem uso. Runlevel 3 Modo multi-usuário, autenticação em modo texto (console). Runlevel 4 Modo multi-usuário, autenticação em modo gráfico. Runlevel 5 Sem uso. Runlevel 6 Reinicialização do sistema – System Halt. Conforme podemos conferir na tabela, o modo gráfico desejado corresponde ao valor 4; deveremos então alterar o valor antigo assim: # Default runlevel. (Do not set to 0 or 6) id:4:initdefault: A partir da próxima inicialização do sistema estará disponível um gerenciador de autenticação gráfico, o qual poderá ser selecionado nas seções seguintes. Será bem mais fácil que instruir os usuários à inicializar o ambiente com o comando startx! &;-D OPÇÕES DE GERENCIADORES Os sistemas GNU/Linux possuem 3 gerenciadores de autenticação gráficos: O GDM (Gnome)... GDM versão 2.4. ... o KDM (KDE)... 51/59 KDM versão 3.1. ... e o XDM (XFree86). XFree86 versão 4.3. Cada um correspondente à seus respectivos projetos. SELEÇÃO DE GERENCIADORES MÉTODO 1 – ADIÇÃO DE COMENTÁRIOS NOS GERENCIADORES INDESEJADOS Caso prefiram inicializar o sistema no modo gráfico (init 4), por padrão o Slackware utiliza os gerenciadores de autenticação gráfico na seguinte seqüencia: GDM, KDM e XDM. Para selecionarmos o gerenciador desejado, abra o arquivo /etc/rc.d/rc.4 e procure o seguinte trecho: -//- # Tell the viewers what's going to happen... echo "Starting up X11 session manager..." # Try to use GNOME's gdm session manager: if [ -x /usr/bin/gdm ]; then exec /usr/bin/gdm -nodaemon fi # Not there? OK, try to use KDE's kdm session manager: if [ -x /opt/kde/bin/kdm ]; then exec /opt/kde/bin/kdm -nodaemon fi # If all you have is XDM, I guess it will have to do: if [ -x /usr/X11R6/bin/xdm ]; then exec /usr/X11R6/bin/xdm -nodaemon fi -//- Conforme puderam observar, o script procura seqüencialmente os três gerenciadores, porém quando não os encontra disponíveis, procura pelo seguinte. O macete aqui é bem simples: comente todas as linhas referentes ao gerenciadores que não deseja utilizar, deixando apenas “intacto” apenas 52/59 o selecionado. Ao inicializar o sistema em modo init 4, será executado somente este gerenciador de autenticação. Tomemos como exemplo a seleção do gerenciador XDM. Ficará então assim: -//- # Tell the viewers what's going to happen... echo "Starting up X11 session manager..." # Try to use GNOME's gdm session manager: # if [ -x /usr/bin/gdm ]; then # exec /usr/bin/gdm -nodaemon # fi # Not there? OK, try to use KDE's kdm session manager: # if [ -x /opt/kde/bin/kdm ]; then # exec /opt/kde/bin/kdm -nodaemon # fi # If all you have is XDM, I guess it will have to do: if [ -x /usr/X11R6/bin/xdm ]; then exec /usr/X11R6/bin/xdm -nodaemon fi -//- MÉTODO 2 – ALTERAÇÃO DA ORDEM DE INICIALIZAÇÃO Também podemos reorganizar a ordem de execução dos gerenciadores, removendo o bloco referente àquele desejado (XDM) para o início. -//- # Tell the viewers what's going to happen... echo "Starting up X11 session manager..." # If all you have is XDM, I guess it will have to do: if [ -x /usr/X11R6/bin/xdm ]; then exec /usr/X11R6/bin/xdm -nodaemon fi # Try to use GNOME's gdm session manager: if [ -x /usr/bin/gdm ]; then exec /usr/bin/gdm -nodaemon fi # Not there? OK, try to use KDE's kdm session manager: if [ -x /opt/kde/bin/kdm ]; then exec /opt/kde/bin/kdm -nodaemon fi -//- Optem por utilizar o 2o. método, pois caso utilizemos o 1o. método e o gerenciador de autenticação por algum motivo qualquer falhar, o sistema irá simplesmente paralisar. -//- Hey, you don't have KDM, GDM, or XDM. Can't use runlevel 4 without one of those installed. 53/59 -//- Agora é só reinicializar o sistema e aguardar a inicialização do modo gráfico. SELEÇÃO DO AMBIENTE GRÁFICO A seleção de ambiente gráfico no modo gráfico não existe muito mistério. Basta apenas selecionar os gerenciadores disponíveis na tela de acordo com sua preferência. Porém, no modo texto existem diversas opções à serem utilizadas, e a principal existente é com a utilização do utilitário xwmconfig. CONFIGURAÇÃO AUTOMATIZADA XWMCONFIG O xwmconfig é uma ferramenta de configuração nativa do Slackware que realiza a seleção do ambiente gráfico para aqueles que preferem inicializar o sistema em nível de execução 3, com a utilização do comando startx + <ENTER>. Uma característica interessante é que, quando o programa é executado com os poderes de superusuário, as alterações realizadas passam à ser padrão geral do sistema. Porém ao ser rodado apenas por um simples usuário, suas alterações somente irão se refletir em sua conta; somente ele é que poderá executar o ambiente gráfico selecionado. Os demais seguirão os padrões adotados pelo superusuário ou definidos por si próprio. CONFIGURAÇÃO MANUAL Outra forma de alterar o ambiente gráfico do sistema é lidando diretamente com os arquivos de configuração. ALTERAÇÃO PADRÃO PARA TODOS OS USUÁRIOS Vá ao diretório /etc/X11/xinit... # ls -l 54/59 total 32 -rw-r--r-- 1 root root 321 Mar 16 18:36 README.Xmodmap lrwxrwxrwx 1 root root 11 Ago 10 20:52 xinitrc -> xinitrc.kde* -rwxr-xr-x 1 root root 559 Fev 14 2003 xinitrc.fvwm2* -rwxr-xr-x 1 root root 539 Fev 21 2002 xinitrc.fvwm95* -rwxr-xr-x 1 root root 630 Fev 5 2003 xinitrc.gnome* -rwxr-xr-x 1 root root 536 Mar 16 00:54 xinitrc.kde* -r--r--r-- 1 root root 664 Mar 2 2003 xinitrc.twm -rwxr-xr-x 1 root root 788 Fev 11 2003 xinitrc.wmaker* -rwxr-xr-x 1 root root 1487 Fev 14 2003 xinitrc.xfce* # _ ... excluam o atalho simbólico xinitrc e recriem-no apontando para o gerenciador de janelas desejado. # rm xinitrc # ln -s xinitrc.wmaker xinitrc Verifiquem as alterações realizadas com... # ls -l total 32 -rw-r--r-- 1 root
Compartilhar