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201 George Firmino 11. (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil/ESAF/2014) A Lei Complementar n. 123/2006 prevê tratamento tributário diferenciado para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que consiste em um regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos por estas entidades, denominado Simples Nacional. Sobre este, é incorreto afirmar que: a) para fins do Simples Nacional, considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. b) o Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de um conjunto de tributos e contribuições. Todavia, mesmo em relação a algum destes tributos e contri- buições, há situações em que o recolhimento dar-se-á à parte do Simples Nacional. c) na determinação dos valores a serem lançados de ofício para cada tributo, após a exclusão do Sim- ples Nacional, devem ser deduzidos eventuais recolhimentos da mesma natureza efetuados nessa sistemática, observando-se os percentuais previstos em lei sobre o montante pago de forma unificada. d) alteração recente na legislação tributária permitiu o parcelamento de débitos do Simples Nacional. e) para efeito do Simples Nacional, e enquadramento da sociedade empresária na condição de Mi- croempresa ou Empresa de Pequeno Porte, deve-se considerar a receita de cada estabelecimento individualmente, e não o somatório destes. Alternativa A – Correta. Este é o conceito de receita bruta previsto no art. 3º, § 1º, da LC 123. Alternativa B – Correta. Apesar do recolhimento unificado dos tributos, há situações em que mesmo os tributos contemplados serão recolhidos por fora da sistemática. É o caso do ICMS substituição tributária, por exemplo. Alternativa C – Correta. Nos termos do § 10, do art. 21, da LC 123, os créditos apurados no Sim- ples Nacional não poderão ser utilizados para extinção de outros débitos para com as Fazendas Públicas, salvo por ocasião da compensação de ofício oriunda de deferimento em processo de restituição ou após a exclusão da empresa do Simples Nacional. Alternativa D – Correta. Em 2011, a LC 123 passou a permitir o parcelamento de débitos em até sessenta parcelas mensais, na forma e condições previstas pelo CGSN. Alternativa E – Errada. Para fins de enquadramento no Simples, deverá ser observada a totali- dade dos estabelecimentos (matriz + filiais), não podendo esse total exceder o limite da receita bruta anual. Gabarito: E 12. (Auditor/TCE-ES/CESPE/2012) As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo SIMPLES Nacional não podem utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal. ( ) Certo ( ) Errado O Simples Nacional compreende um tratamento diferenciado a empresas de pequeno porte e microempresas, para que possam ter igualdade de condições no mercado. Porém, ao fazer opção por esse tratamento mais vantajoso, a empresa passa a recolher seus tributos com base na receita bruta e não faz jus a nenhum outro benefício fiscal destinado às demais empresas não optantes, tais como isenções ou reduções da base de cálculo, por exemplo.