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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFATECIE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM GEOGRAFIA-1125 Disciplina: Categorias e Conceitos da Geografia Aluno(a): Elenson Ueslen Minosso Cardoso Professor(a): Espec. Karitta da Silva Lopes Data: 16 de Fev. de 2025 Incorporação da Interdisciplinaridade nas Aulas Temáticas de Geografia da Educação Básica: Uma Perspectiva Integrada da Sociedade e da Natureza 1. Introdução A Geografia, como ciência da humanidade e da interação da sociedade com a natureza, tem uma base epistemológica propensa ao diálogo com outras áreas do conhecimento. Dessa forma, essa complexidade torna a interdisciplinaridade uma atitude indispensável para a compreensão do mundo — mais do que nunca dentro das premissas de problemas globais como mudanças climáticas, desigualdades econômicas e avanços super tecnológicos. No entanto, este trabalho pretende mostrar práticas possíveis que podem ser desenvolvidas em aulas de Geografia, permitindo um trabalho interdisciplinar por meio da integração de conceitos de Geografia Humana e Física e das ciências humanas, exatas e naturais. Assim, a proposta tende a abordar o compartilhamento de conhecimentos, o que permite uma educação mais contextualizada e dinâmica, e busca desenvolver estudantes com um perfil capaz de enfrentar os desafios do século XXI. . 2. Relações nas Geografias nos âmbitos Interdisciplinares 2.1 Geografia e as Humanidades — Geografia x História: Nossa compreensão sobre como os territórios evoluem e como os processos de urbanização ocorrem ao longo do tempo é um dos pré-requisitos básicos sobre como as sociedades produzem espaço. Por exemplo, uma perspectiva histórica pode dar melhores insights sobre a formação das fronteiras nacionais, bem como os conflitos políticos. — Geografia x Sociologia: A sociologia tem uma dimensão geográfica que se relaciona com populações, migração e disparidades socioeconômicas. Em outras palavras, tudo o que diz respeito à análise das razões e resultados dos fluxos migratórios modernos, como reações xenofóbicas e integração cultural, é um exemplo de como enfrentar problemas imediatos. — Geografia x Filosofia: Uma interseção entre Geografia e Filosofia reside na contemplação da ética ambiental e sustentabilidade. Discussões sobre antropocentrismo, junto com suas premissas e implicações ambientais, podem também estimular os alunos a pensar criticamente sobre a posição da humanidade no mundo. 2.2 Geografia e as Ciências Exatas — Geografia x Matemática: A estatística ajuda na análise quantitativa de dados (demografia, clima, etc.) na Geografia. As habilidades analíticas dos alunos são aprimoradas, por exemplo, ao utilizar gráficos e tabelas para estudar tendências de mudanças populacionais e climáticas ao longo do tempo. — Geografia x Física: Processos meteorológicos e geológicos (por exemplo, terremotos e vulcanismo) são componentes essenciais da Geografia Física. Este é apenas um exemplo de como a física pode vincular-se ao mundo da geografia com placas tectônicas e terremotos. — Geografia x Química: Estudar a poluição em nosso entorno e a química atmosférica e do solo permite uma compreensão do efeito estufa e de outros poluentes ambientais, como os presentes em rios e mares. 2.3 Geografia e Ciências Naturais Aqui, biomas, biodiversidade e impacto humano no meio ambiente são uma comunhão entre Geografia e Biologia. Diferentes disciplinas poderiam ser estudadas juntas, por exemplo, a Amazônia, sua degradação e seus efeitos sobre a biodiversidade global. — Geografia da Ecologia: Geografia e Ecologia compartilham um interesse na interação recíproca de seres e seus ambientes. A discussão sobre o papel que os corredores ecológicos podem desempenhar na manutenção de parte da vida selvagem. — Geografia x Ciências Ambientais: Para ambas Geografia e Ciências Ambientais, a agenda de desenvolvimento sustentável é global por natureza, com apreciação regional para o planejamento e políticas ambientais.. 3. Contextos do Mundo Real: Trazendo a Interdisciplinaridade para a Sala de Aula — Estudos de caso: A análise de eventos atuais incluindo mudança climática e crises ambientais é essencial para desenvolver o pensamento crítico. Por exemplo, descobrir o impacto do aquecimento global nas zonas polares pode conectar-se à geografia, ciência e ética. — Construindo Conhecimentos Interdisciplinares: Investigações individuais sobre possíveis soluções para desafios ambientais locais a partir de diversos domínios de conhecimento encorajam o trabalho colaborativo entre os alunos. Por exemplo, um projeto de pesquisa sobre a poluição de rios urbanos e seu efeito na saúde pública. "Nas palavras dos próprios clientes" usando modelagem ambiental ESRI + AR expandem os tipos de aprendizado. De modo que o Google Earth pode ser usado para mapear mudanças urbanas e ambientais. — Debates e Seminários: Organizar debates sobre questões contemporâneas e suas consequências socioambientais incentiva os alunos a pensar criticamente. Por exemplo, sugerir um debate sobre as implicações da mineração em ambientes indígenas; uma atividade rica em interdisciplinaridade que poderia funcionar em vários debates de classe. — Aulas de Campo: Visitas físicas a locais urbanos e rurais para uma experiência de como se vê e se diz. Uma visita a uma reserva ambiental, por exemplo, fornece aos estudantes a experiência direta da união da sociedade e natureza. 4. Educação Geográfica: Muitos Problemas Relacionados à Interdisciplinaridade e Suas Possíveis Soluções A ideia de interdisciplinaridade tem muitos desafios como — derrotar o paradigma de aprendizagem convencional/ordenado, formação de professores, etc. Outro obstáculo identificável na implementação deste tipo de método é a falta de compromisso pessoal que pode ser testemunhada em como líderes e planejadores transmitem seu apoio a essa abordagem. No entanto, seu uso é uma questão realmente difícil; o modelo de educação reflexiva que visa equipar os alunos com uma mentalidade mais crítica em um mundo repleto de desafios, desde divisões climáticas, socioeconômicas até revoluções tecnológicas para enfrentar os desafios do século XXI. Interdisciplinaridade: O envolvimento dos professores de diferentes disciplinas leva a um ambiente favorável para o processo de ensino-aprendizagem. 5. Considerações Finais De uma perspectiva acadêmica, estruturas para uma cobertura de conteúdo interdisciplinar melhor integrada beneficiam os processos educacionais, à medida que estes se tornam mais dinâmicos, envolventes e transferíveis para contextos geográficos mais amplos e transversais. Um bom início condensado de networking: Atravessa campos de conhecimento da realidade e conecta verticalmente, reflete e critica para promover uma educação engajada que sustente a educação cívica. Essa qualidade intercedente torna a geografia, como disciplina, singularmente posicionada para ser um agente crítico de interdisciplinaridade nas escolas, dotando os alunos com as habilidades que os prepararão para resolver os vários desafios do futuro. Isso requer um esforço concertado por parte de professores, gestores e da comunidade escolar para superar os obstáculos à interdisciplinaridade, mas tanto educativo quanto societário o investimento nisso é justificado. Referências SANTOS, Milton. A Estrutura do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Edusp, 2002. MOREIRA, Ruy. O Pensamento Geográfico Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2008. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ministério da Educação, 2018. MORIN, Edgar. A Cabeça Bem Feita: Rethink Reform, Reshape Thinking. Editora Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2000. CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, a Escola e a Construção do Conhecimento. Campinas: Papirus, 1998.