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DIREITO DIGITAL 
Módulo: 
ENTENDENDO A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 
 
TEMA 
A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO OU PÓS- 
INDUSTRIAL 
 
 
 
Resumo da Aula 
 
 
O professor apresentou o estudo do direito digital, a seguir apresentaremos o 
resumo da aula dada, e logo após o estudo complementar. 
 
Direito e Tecnologia 
 
 
• Alteração dos próprios textos legislativos 
• Provoca a busca por um conteúdo concreto da norma, influenciando 
em qualidade e quantidade como a relação entre os textos se desenvolve; 
• Altera as percepções da literatura jurídica sobre os fenômenos 
sociais; 
• Altera a forma como as resoluções dos conflitos sociais se 
desenvolvem; 
• Provoca a alteração da percepção dos intérpretes normativos; 
• Altera o suporte fático da extração normativa; 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Principais fenômenos 
 
• Internet 
• Disruptividade 
• Big Data 
• Tráfego automatizado de dados 
• Mídias Sociais 
• Blockchain 
• IoT e Smart... 
• Streaming 
• Gaming 
 
 
 
 
 
Leitura Complementar 
 
• Direito Digital 
 
O Primeiro Diploma Legal afeto ao Direito Digital no Brasil é a Portaria 
Interministerial 147 de 31 de maio de 199510, dos Ministérios da Comunicação 
e da Ciência e Tecnologia, que regulou o uso de meios da rede pública de 
telecomunicações para provimento e utilização de serviços de conexão à 
internet (PIMENTEL, 2018) 
Para conceituar o Direito Digital Peck (2021) afirma que além dos fatores 
que compõem a fórmula tridimensional do Direito (Fato, Valor e Norma), existe, 
no Direito Digital, o fator tempo. Para Miguel Reale havia a união do axiológico 
(valor da justiça), do fato (realidade social), do normativo (o ordenamento) é 
necessário um quarto valor, "o conjunto fato-valor-norma necessita ter certa 
velocidade de resposta para que tenha certa validade dentro da sociedade 
digital.( PINHEIRO, Patrícia Peck. Direito Digital. São Paulo: Saraiva, 2021). 
O direito digital, não tendo objeto próprio, seria o direito com modus 
operandi diferente, sendo, na verdade, a extensão de diversos ramos da ciência 
jurídica, que cria novos instrumentos para atender anseios e ao 
aperfeiçoamento dos institutos jurídicos em vigor. (ARAÚJO, Marcelo Barreto 
 
 
 
 
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de. Comércio eletrônico; Marco Civil da Internet; Direito Digital. Rio de Janeiro: 
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo, 2017). 
De forma mais didática pode-se dizer que Direito Digital é o conjunto de 
regras e códigos de conduta que rege o comportamento e as novas relações 
dos indivíduos cujo meio de ocorrência ou prova da manifestação de vontade 
seja o digital, gerando dados eletrônicos que consubstanciam e representam as 
obrigações assumidas e sua respectiva autoria. Deve, portanto, reunir 
princípios, leis e normas de autorregulamentação que atendam ao novo cenário 
de interação social não presencial, interativo e em tempo real. O Direito Digital 
é, portanto, a evolução do próprio Direito, para atender às mudanças de 
comportamento e às necessidades de novos controles de conduta gerados pelo 
uso da Tecnologia (PINHEIRO, Patrícia Peck, 2013). 
É a evolução do próprio direito e abrange todos os princípios 
fundamentais e institutos que estão vigentes e são aplicados até hoje, assim 
como introduzindo novos institutos e elementos para o pensamento jurídico, em 
todas as áreas (PINHEIRO, Patrícia Peck, 2014). 
 
• Direito X Tecnologia 
 
Há um imenso avanço da tecnologia na sociedade contemporânea, a exemplo 
da Robótica, da Inteligência Artificial (IA), da Engenharia Genética, dentre outros. Por 
isso, se fala muito em um domínio do mundo sendo feito pelo uso excessivo de 
aparelhos eletrônicos, como se a humanidade não conseguisse sobreviver sem a 
tecnologia. Isso tem se observado cada vez mais como fato verídico, uma vez que os 
aparelhos eletrônicos estão cada vez mais inseridos nos nossos ambientes de trabalho 
e social, como por exemplo: O uso do computador, o celular, os televisores e afins. 
Porém, nem só da tecnologia vive o homem, afinal, observa-se que a humanidade 
só foi possível progredir a partir da junção entre inovação técnica e política. Assim, se 
em Aristóteles, o homem é um animal político e em Marx, o homem é um ser social, não 
resta desvencilhar a ideia de que o homem é um ser técnico e que a tecnologia tem um 
lastro ontológico, figurado em patrimônio da humanidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nesse sentido, é importante frisar que o direito digital é necessário para garantir 
a pacificação da convivência nos meios digitais, como um ramo do direito que tem como 
objetivo proporcionar as normatizações e regulamentações da tecnologia e dos espaços 
digitais, utilizados pelas pessoas, além de oferecer proteção das informações contidas 
nesses espaços e em seus respectivos dispositivos eletrônicos. 
O uso da internet e da tecnologia estão cada vez mais interconectados com todas 
as interações humanas, causando um problema natural na sociedade: onde há mais 
tecnologia, há também mais riscos de ataques cibernéticos, como vazamento de 
informações e destruição de dados, gerando danos para pessoas, empresas e 
governos. 
O direito digital nasce da necessidade de criação de procedimentos e normas 
para a proteção de dados, essa criação de normas e procedimentos para a proteção 
das pessoas atacadas e a punição de condutas que prejudiquem terceiros digitalmente, 
portanto, é um caminho também natural a seguir seguido. 
No âmbito do ensino jurídico, pode-se dizer que a incidência da tecnologia 
demanda uma revolução nos meios tradicionais de transmissão do conhecimento. O 
Direito não pode ser mais um objeto que é oferecido ao aluno pelo professor em doses 
homeopáticas, não pode mais ser um modelo de aprendizado na forma de espectador. 
Todavia, no geral, não se preza pela qualidade das informações, tudo é refletido 
da forma como sugere a imagem original, não há uma intervenção criadora do sujeito 
no objeto. Depois de tantos anos, com o imenso aporte tecnológico, retornamos ao 
método positivista de fazer ciência que rompe com os vínculos entre sujeito e objeto. 
Recai-se aqui na mesma teia da que nada produz e é acrítica, porém “modernizada” 
pela Internet. 
Pode-se dizer que a Internet “forma” bons observadores, mas não bons 
cientistas, pois, com novas formas de acesso à informação, viabiliza-se a navegação 
por hiperdocumentos, caça à informação através de mecanismos de pesquisa, 
knowbots ou agentes de software, exploração contextual através de mapas dinâmicos 
de dados 
 
 
 
 
 
 
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1) Art. 154-A – Invasão de dispositivo informático alheio, 
conectado ou não à rede de computadores, mediante violação 
indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, 
adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização 
expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar 
vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. Pena – detenção, 
de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
2) Art. 266 – Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, 
telefônico, informático, telemático ou de informação de 
utilidade pública – Pena – detenção, de um a três anos, e multa. 
3) Art. 298 – Falsificação de documento particular/cartão – 
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
4) Art.154-B 
 
 
 
Vale ressaltar que o Brasil possui legislação voltada especificamente ao direito 
digital, podendo citar as três principais leis sobre o tema, e que são fundamentais para 
ramo crescimento do direito no país: a Lei Carolina Dieckmann (lei nº 12.737/2012), que 
alterou o código penal; o Marco Civil da Internet (lei nº 12.965/2014), que legislou sobre 
o uso da internet no Brasil; e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (lei nº 
13.709/2018).• Lei Carolina Dieckmann 
A lei 12.737 que foi sancionada em dezembro de 2012, promoveu uma 
alteração do Código Penal e foi nomeada com o nome da atriz Carolina 
Dieckmann, após a atriz ter fotos nuas divulgadas na internet. 
 
Ao todo, foram 36 fotos da atriz publicadas na internet em 2012. Ela 
recebeu ameaças de extorsão para que pagasse a quantia de R$ 10 mil reais 
para não ter suas fotos publicadas. 
 
Após entrar com a queixa, a Polícia descartou a hipótese das imagens 
terem sido copiadas de uma máquina fotográfica que havia sido levada para o 
consertar, sendo verificado que a caixa de e-mail da atriz havia sido invadida por 
hackers. 
 
A lei sancionada pela então Presidente Dilma Rousseff, tipificou os 
chamados de cybercrimes ou crimes cibernéticos. 
 
Os delitos previstos na Lei Carolina Dieckmann são: 
 
 
 
 
 
 
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• Marco Civil da Internet 
 
O Marco Civil da Internet estabelece princípios, garantias, direitos e 
deveres para o uso da internet no Brasil. A lei tem como objetivo central, 
disciplinar a relação entre empresas provedoras de conexão e provedoras de 
aplicação de internet e os seus respectivos usuários dentro do território nacional. 
 
Quando se fala em provedores de conexão, se fala sobre as empresas 
que fornecem conexão de internet, ou seja, as prestadoras de serviço que se 
contrata para ter acesso à rede e navegar pelos sites e plataformas que 
desejarem. 
 
Os provedores de aplicação de internet são as empresas que fornecem 
um conjunto de funcionalidades que são acessadas por meio de um terminal 
conectado à internet, ou seja, são serviços que você utiliza online. 
 
Ainda vale salientar, que o Marco Civil da internet foi desenhado a partir 
de três fundamentos essenciais que o norteiam e norteiam a relação das 
empresas prestadoras de serviços e de seus clientes. São eles: a neutralidade 
da rede, a privacidade e a fiscalização. 
Seguindo o pressuposto de que os princípios que norteiam o Marco Civil da 
internet, são os mesmos que norteiam o direito digital como um todo, é correto afirmar 
que tais princípios são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neutralidade da rede 
 Este princípio garante a isonomia na contratação de 
provedores de conexão de rede, impedindo que estes 
cobrem valores diferentes dos usuários em função do 
que acessam. Isso significa dizer que o provedor de 
conexão à Internet não pode interferir no conteúdo que 
o usuário deseja acessar, seja o conteúdo religioso, de 
gênero, político, ou quaisquer outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Privacidade 
O princípio da privacidade garante que o indivíduo 
não seja foco de observações por terceiros, de não 
ter os seus assuntos, informações pessoais e 
características particulares expostas a terceiros ou ao 
público em geral. Também garante que provedores e 
sites não possam usar dados dos privados para fins 
comerciais. Esse princípio também obriga empresas 
estrangeiras a submeterem-se às leis brasileiras de 
segurança à informação, ainda que os centros de 
armazenamentos de dados fisicamente fiquem fora do 
Brasil. 
 
 
 
 
Liberdade de expressão 
O direito à liberdade de expressão garante que todas as 
pessoas tenham o mesmo direito de expor informações 
e opiniões na rede. Nesse sentido, a liberdade de 
expressão tende a sempre prevalecer, entretanto, não 
pode violar demais direitos de terceiros. Para isso, os 
conteúdos publicados só podem ser retirados com 
autorização do autor ou com ordem judicial, não 
podendo os provedores de acesso e de serviços serem 
responsabilizados pelo que os usuários publicam, 
apenas podendo serem responsabilizados pela inépcia 
quando já tiver havido manifestação do violado. 
 
 
 
 
 
 
• Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) 
A Lei Geral de Proteção de Dados, Lei 13.709 de 14 de agosto de 2018, 
dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por 
pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o 
objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o 
livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. A disciplina da 
proteção de dados pessoais tem como fundamentos: I - o respeito à privacidade; 
 
 
 
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II - a autodeterminação informativa; III - a liberdade de expressão, de informação, 
de comunicação e de opinião; IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da 
imagem; V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; VI - a 
livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e VII - os direitos 
humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o exercício 
da cidadania pelas pessoas naturais. 
A Lei Geral de Proteção de Dados, criada a partir da lei nº 13.709/18. Essa 
é provavelmente a lei que atualmente é a mais relevante dentro do campo do 
direito digital. 
Como o nome já traz, essa lei tem como objetivo específico resguardar os 
dados pessoais de pessoas e empresas que estão dentro da internet, conforme 
aponta o seu artigo 1º: 
 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, 
inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa 
jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger 
os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre 
desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. 
 
 
Essa lei traz um impacto enorme nas relações comerciais de empresas 
que utilizam os dados das pessoas para prospecção de clientes, uma vez que 
garante maior transparência das empresas com o público, mostrando como 
utilizam dados pessoais dos indivíduos. 
A proteção de dados é uma das discussões mais relevantes a respeito do 
direito digital no mundo inteiro. Ter uma legislação específica para essa 
proteção, que garante maior transparência na manipulação desses dados pelas 
empresas, foi um passo fundamental para a área no Brasil. 
 
 
 
• INTERNET DAS COISAS (INTENET OF THINGS) 
 
A ideia por trás da internet das coisas é fazer a conexão de objetos à rede 
mundial de computadores, estabelecendo a união das redes dos humanos com 
as diversas redes de objetos (EVANS, 2011). A variedade de objetos conectados 
é grande, e as aplicações podem ser as mais diversas possíveis. Por exemplo, 
é possível conectar um smartphone à geladeira 
 
 
 
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informando o usuário que está faltando algum item (NETSCAN, 2014). Assim 
como também é possível indicar ao gerente de manutenção que chegou a hora 
de realizar uma troca de uma correia que alcançou o seu tempo de operação ou 
que atingiu um desgaste excessivo (NETSERVICE, 2016. NETSERVICE. “Saiba 
como a internet das coisas vai mudar a nosso dia-a-dia, para sempre”.2016). 
A internet das coisas forçará a uma mudança no consumo e nos meios de 
produção, criando tendências e estimulando a criação de novos negócios para 
suprir a demanda por objetos inteligentes concebidos para auxiliar nas tarefas 
do dia a dia (FIRJAN, 2016. FIRJAN. ”Indústria 4.0”. 2016). 
 
• BIG DATA 
 
No mundo dos negócios, possuir a informação exata na hora exata é o 
que determina sucesso ou fracasso de suas apostas. As empresas buscam essa 
preciosidade contemporânea, a informação, para garantir a prevalência de suas 
operações, atuando com a pesquisa Big Data. 
O termo Big Data se refere a um grande volume de dados estruturados ou 
não que utilizados de maneira correta podem contribuir com insights que podem 
ajudar na tomada de decisões e no planejamento estratégico das empresas 
(SAS, 2016. SAS. ”Big Data, o que é e por que é tão importante? ”. 2016). 
O Big Data também pode ser definido como um conjunto de tecnologias 
de armazenamento e processamento de grande volume de informações.As 
informações que dão corpo ao Big Data são oriundas de diversas fontes, tais 
como: redes sociais, sensores de máquinas, sensores meteorológicos, bancos 
de dados, GPS, transações bancárias e etc (CANALTECH, 2016. CANALTECH. 
”O que é Big Data”. 2016). 
O Big Data ganhou foco no ano de 2000 através de Doug Laney, quando 
o definiu sob a perspectiva dos três “V”. A perspectiva dos três “V” se refere à: 
volume que é a quantidade de dados gerados dentro e fora das empresas; 
velocidade com que os dados trafegam nas redes exigindo um processamento 
quase que em tempo real e variedade de formatos que os dados são 
apresentados (TARIFA; NOGARE, 2014. TARIFA, Alexandre e NOGARE, 
Diego. ”Big Data: descubra o que é e como usar 
 
 
 
 
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na sua empresa”. 2014). 
 
• ROBOTICA AUTÔNOMA 
 
Os robôs industriais foram desenvolvidos para executar tarefas repetitivas 
que exigem força ou precisão, as primeiras gerações destas máquinas 
apresentam programação fixa e executam somente o que foi previamente 
definido e qualquer alteração no processo resulta em paradas para 
reprogramação (ROMANO; DUTRA, 2016. ROMANO, Vitor Ferreira e DUTRA, 
Max Suell. ”INTRODUÇÃO À ROBÓTICA INDUSTRIAL”. 2016). 
A robótica autônoma inspira uma nova geração de robôs capazes de 
sentir o ambiente em sua volta e operar por longas horas sem a supervisão direta 
de humanos. Estes equipamentos poderão aprender novas funções e se auto 
programarem o que permitirá o seu uso em processos de produção flexível 
(GARCIA, 2016. GARCIA, Pedro. “Robôs Autónomos”. 2016). 
A evolução dos sistemas autônomos trará benefícios para a indústria 
4.0. Pois contribuirá para diminuição dos custos relacionados a mão de obra e 
possibilitará uma fabricação mais flexível, com produtos customizados e em lotes 
sob medida (BARROS, 2016. BARROS, José Roberto Mendonça de. ”A indústria 
4.0 e o Brasil”.2016.). 
 
• COMPUTAÇÃO NAS NUVENS 
 
Computação nas nuvens refere-se à possibilidade de ter acesso a 
serviços de TI através de uma conexão à internet. Com esta tecnologia precisa- 
se apenas de um browser no dispositivo (computador, tablete ou smartphone) e 
desta forma pode ter acesso a seus arquivos ou aplicativos de qualquer lugar 
(MICROSOFT, 2016. MICORSOFT. ”O que é computação em nuvem”. 2016.). 
O termo nuvens é utilizado porque os detalhes técnicos e a infraestrutura 
por trás dos serviços de TI são invisíveis para o usuário. Os responsáveis por 
controlar e manter toda essa infraestrutura são os provedores. (MICROSOFT, 
2016. MICORSOFT. ”O que é computação em nuvem”. 2016.) 
As indústrias do futuro estão aderindo as ferramentas de computação em 
nuvem para melhorar o gerenciamento dos seus processos através de um 
 
 
 
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ambiente colaborativo, incentivando o compartilhamento de informações e 
reutilização de código fonte. Nestes ambientes permite-se a criação, simulação 
e teste de novos produtos (GE, 2016 GE. “Automação em alta performance 
Soluções para um mundo conectado”. 2016). 
Não somente grandes indústrias estão aproveitando os benefícios da 
computação em nuvens, as pequenas estão descobrindo suas vantagens e com 
isto estão melhorando seus resultados e se mantendo competitiva no mercado. 
No que se refere a inovação elas estão conseguindo desenvolver produtos com 
o uso de plataformas de desenvolvimento antes só acessível a grandes 
indústrias devido ao seu alto custo de licença. 
 
 
• Principais Fenômenos 
• Internet 
 
A Lei n. 12.965/14, também conhecida como Marco Civil da Internet,[i] estabelece 
princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. Para Leonardi, 
provedor de serviços de internet é gênero do qual as demais categorias são espécies. 
Assim, provedor de internet é a pessoa natural ou jurídica que fornece serviços 
relacionados ao funcionamento da internet, ou por meio dela. (LEONARDI, Marcel. 
Internet: elementos fundamentais. in Responsabilidade Civil na Internet e nos demais 
meios de comunicação, coordenado por Regina Beatriz Tavares da Silva e Manoel J. 
Pereira dos Santos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.) 
 
 
Blockchain 
 
A “Blockchain” é um tipo de tecnologia de registro distribuído proposto no artigo 
que deu origem ao Bitcoin. É necessário ressaltar que todo blockchain é uma 
tecnologia de registro distribuído, mas nem todo registro distribuído é um blockchain, 
embora seja comum que a literatura atual trate como sinônimos. 
Nas palavras de DE FILIPPI et al (2015) 
 
Estamos à beira de uma nova revolução digital. A Internet está 
iniciando uma nova fase de descentralização. Após mais de vinte 
anos de pesquisa científica, houve avanços dramáticos nos 
 
 
 
 
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campos de criptografia e redes de computadores 
descentralizadas, resultando no surgimento de uma nova 
tecnologia profunda - conhecida como blockchain - que tem o 
potencial de mudar fundamentalmente a maneira como a 
sociedade opera. 
O blockchain é um banco de dados distribuído, compartilhado e 
criptografado que serve como um repositório público de 
informações irreversíveis e incorruptíveis. Permite, pela primeira 
vez, que pessoas não relacionadas cheguem a um consenso 
sobre a ocorrência de uma transação ou evento específico sem 
a necessidade de uma autoridade de controle. 
Com precisão técnica, Antônio Unias de Lucena e Marco Aurélio Amaral 
Henriques definem o conceito de blockchain: 
Assim, pode-se definir o blockchain como uma base distribuída 
de dados que mantém uma lista encadeada com todos os 
registros dos elementos de uma rede, bem como registros de 
qualquer criação de novos elementos e modificação destes, 
impossibilitando revisão e adulteração dos mesmos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
 
 
ARAÚJO, MARCELO BARRETO DE. COMÉRCIO ELETRÔNICO; MARCO CIVIL DA 
INTERNET; DIREITO DIGITAL. RIO DE JANEIRO: CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO 
COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇO E TURISMO, 2017. 
BIONI, BRUNO RICARDO. PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS: A FUNÇÃO E OS LIMITES DO 
CONSENTIMENTO. 2 ED. FORENSE: RIO DE JANEIRO, 2019. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. 
PINHEIRO, PATRÍCIA PECK. DIREITO DIGITAL. SÃO PAULO: SARAIVA, 2021. 
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PINHEIRO, PATRÍCIA PECK. DIREITO DIGITAL. SÃO PAULO: SARAIVA, 2021. 
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 19 DE ABRIL DE 2021 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO 
NACIONAL DE EDUCAÇÃO. CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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