Buscar

Princípios Constitucionais do Direito Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA- UCB
Nome: Ingrid de Freitas Ruas	 Matricula: UC14200508	
Turma: GP316N1082 
Matéria: Direito Penal 1
Professor: Edilberto Martins 
 
PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS
DO DIREITO PENAL
Taguatinga, 14 de setembro de 2015.
ÍNDICE
- Introdução 03 
- Princípio da Legalidade ou da reserva legal 04
- Princípio da Intervenção Mínima 04
- Princípio de Culpabilidade 05
- Princípio de Humanidade 05
- Princípio da Irretroatividade da Lei Penal 06
- Princípio da Adequação Social 07 
- Princípio da insignificância 07 
- Principio da Ofensividade ou Lesividade 08 
- Principio da Proporcionalidade 08
- Conclusão 10 
- Referências bibliográficas 11 
INTRODUÇÃO
 A importância dos princípios do direito penal é indiscutível, pois é preciso conhecer o básico da criação da norma para depois compreender a mesma e suas leis.
Neste contesto o trabalho fala do princípio, ou seja, o início da lei penal que serve para interpretar corretamente o nosso ordenamento jurídico e buscar a solução para os conflitos e a aplicação eficaz da pena.
Os princípios estão implícitos ou explícitos na Constituição federal e tem a principal função de auxiliar tanto o legislador para a criação da lei, tanto o magistrado para a interpretação da legislação, sempre garantindo os direitos humanos e a dignidade da pessoa humana.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OU RESERVA LEGAL
Esse princípio mostra que não há crime sem lei que a defina “nullum crimen, nulla poena sine lege” ou seja, só existe crimes se a lei tiver determinado o fato típico e a sua pena. A elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei, isto é, nenhum fato é considerado crime e ninguém pode punir ação de um individuo sem antes existir uma lei que a estabeleça como crime, essa lei deve ser mais clara possível, para não criar duvidas.
Precisa-se entender que o principio da reserva legal não se limita apenas a tipificação de crimes, estendendo as consequências jurídicas, especialmente à pena e à medida de segurança.
Esse princípio é constitucional de direitos e garantias fundamentais exposto no art. 5º, inc. XXXIX “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal” , e também estar no art. 1º do CP.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
O direito penal é um direito que foi feito para não ser usado, ele só deve ser usado em situações extremas e para regular condutas especificas que ofendam os bens coletivos ou individuais, o principio da intervenção mínima conhecido também como ultima ration, limita o poder incriminador do estado, deve ser somente usado se as outras formas de controle social for incapaz de dar tutela devida a bens relevantes na vida da sociedade ou do individuo.
Ele pode ser dividido em dois subprincípios da subsidiariedade ou fragmentariedade.
Subsidiariedade: esse traz a ideia que ao recorrer ao direito penal, todos os outros ramos do direito e o controle social devem ter sido esgotadas e se mostraram insuficientes para a defesa do bem jurídico.
Fragmentariedade: essa já diz que, nem todas as ações ilícitas sobre os bens jurídicos são de responsabilidade penais, o direito penal ampara apenas as ações e omissões que atentem contra valores fundamentais, ou seja, as mais graves praticadas contra os bens mais relevantes, isso que denomina o caráter fragmentário do direito penal.
PRINCÍPIO DE CULPABILIDADE
É um principio técnico que rege o direito moderno, também conhecido por responsabilidade penal subjetiva. 
Não há crime sem culpa, para que seja denomina crime alguém tem que ser o culpado pela lesão do bem jurídico alheio, o sujeito tem que ter sido responsável por aquilo. O individuo terá culpa se atuar com dolo, intenção ou com culpa, falta de cautela, sem um desses pré-requisitos não existe o crime, exposto no art. 18 do CP. 
A culpabilidade para fundamentação da pena destina- se ao fato de ser possível ou não a aplicação de uma pena ao ator de um fato típico e antijurídico, e necessita de vários quesitos, capacidade de culpabilidade, consciência da ilicitude e exigibilidade da conduta, se não houver alguns desses pode impedir a aplicação da sanção.
Capacidade de culpabilidade: se à capacidade do agente de se lhe atribuir o fato e de ser penalmente responsabilizado. Exemplo: Agente com 18 anos ou mais.
Consciência da ilicitude: de saber que a conduta é criminosa.
Exigibilidade da Conduta: refere-se ao fato de saber que naquela circunstância, o acusado poderia ter tido outra conduta em vez daquela que teve.
Lembrando que em regra só puni aquele que agiu com dolo, a condenação por crime culposo só cabe quando estiver designada em lei. 
PRINCÍPIO DE HUMANIDADE
Esse princípio firma que o poder de punir do estado não seja brutal, atingindo a dignidade da pessoa humana ou que afete o físico-psíquico dos presos, isto é, são defesas penas cruéis e desonrosas como prisão perpétua ou pena de morte, de trabalhos forçados, tortura, maus tratos, tanto nos presídios quantos nas fases do processo.
Esse princípio está explicito em vários incisos do art. 5º da constituição como III, XLVII b, c, d, e, e XLIX. E também no pacto de San José da Costa Rica sobre a declaração dos direitos humanos valido como emenda constitucional.
Mesmo alguém transgredido o direito penal, é inaceitável punição de caráter desumano, a pena deve ser usada com benignidade buscando a ressocialização do condenado e não a degradação física ou mental do individuo.
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL
A lei humana é mutável e temporal, então as leis mudam constantemente, e com isso cria-se conflitos da lei no tempo, porém a lei que vai ser aplicada será que esta vigente mesmo se for mais severa que a anterior. Isso dar a ideia de segurança jurídica, pois pra que serve mudar a lei se a anterior é a que vai ser usada? 
A vigência da lei está entre dois limites a entrada em vigor a sua revogação, então ela não alcança os fatos ocorridos antes ou depois dos limites, é o principio do tempus regit actum.
 É admitida no direito intertemporal a aplicação da lei mais benéfica, só pode retroagir para beneficiar o réu, mesmo que a sentença esteja transitada em julgado, a lei nova mais favorável sempre retroage.
Esse princípio está explicito no art. 5º inc. XL e no art. 1º paragrafo único do CP.
Vale lembrar que as leis excepcionais e temporárias não se aplicam a essa regra, são ultras ativas, mesmo acabado o seu período em vigor os fatos ocorridos continuarão em aplicação.
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL
Esse princípio indica que somente condutas que tenham uma relevância na sociedade possam ser consideradas delitos, há muitos fatos que se forem aprofundados podem se enquadrar numa tipicidade do direito penal como os paisbaterem nos filhos para correção, ou quando fazemos tatuagens, é capaz de se adequar perfeitamente como lesão corporal, mas porque não são considerados crimes ou contravenção penal?
Esses tipos de condutas são aceitos pela sociedade, fora da seara do “proibido”, então elas não se adequam a um tipo de delito, se tornando atípica.
 Como a sociedade e o direito são dinâmicos algumas condutas que anteriormente eram consideradas crimes podem agora serem aceitas pela sociedade, como também pode acontecer ao contrário, por exemplo, o adultério. 
Porém a adequação social é um principio inseguro, pois não basta somente esse critério para dizer se uma ação é crime ou não, precisa-se também verificar a constituição federal, então é preferível que esse princípio seja uma forma de interpretação da norma e das condutas.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
Princípio da insignificância também conhecido como “princípio de bagatela próprio” esse princípio afasta o fato típico do ato, não querendo dizer que não foi cometido um crime, porém a ação é irrelevante, pois não causa lesão à sociedade ao mundo jurídico ou até mesmo para a própria vitima.
Esse princípio deve ser aplicado em cada caso concreto, não sendo genérico, pois somente analisando o fato pode concluir se é ou não insignificante para a sociedade.
Para isso há vários requisitos para o crime se tornar insignificantes;
Objetivos: mínima ofensividade da conduta, ausência de periculosidade social da ação, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão ao bem jurídico.
Subjetivo: bons antecedentes e primariedade (posição do STJ e STF)
PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE OU LESIVIDADE
Para que um crime seja tipificado na lei penal, ele precisa ser considerado um perigo concreto contra os bens jurídicos. Se as condutas não ofendem os bens jurídicos de uma maneira relevante, outras áreas do direito podem resolver, confundindo ate com o principio da intervenção mínima e da insignificância. 
 Só se justifica a intervenção do estado a partir do momento em que seja grave a ação ou omissão do individuo, e a sociedade recrimine essas condutas. Somente se reconhece infração penal quando há um real perigo de lesão a sociedade. Não é racional para o direito penal tipificar crimes que não ocasionam lesões graves, então esses tipos de dano não são consideradas infrações penais.
O princípio da ofensividade exerce duas funções no direito punitivo, a função politico-criminal e a função interpretativa, a primeira é a qual limita o direito de punir do estado (ius puniendi), referindo-se ao legislador para que ele reflita se o tipo criminal é ofensivo ou não antes de elaborar as leis, e a segunda restringe ao próprio interprete do direito, ou seja, o juiz, para interpretar de forma imparcial se o caso é ofensivo para se aplicar ao tipo penal. 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
 O direito penal é o ramo do direito que mais intervêm na liberdade do homem, então e necessário que seja restringido o poder desse direito para garantir que o poder punitivo do estado de punir seja usado de maneira eficaz, correta e necessária. O princípio que indica que as penas devem ser proporcionais ao delito cometido é o da proporcionalidade, que observa a dignidade da pessoa humana.
Esse princípio e claramente ligado ao principio da legalidade, pois é de bom-senso que as sentenças ou leis sejam proporcionais as normas que regem o ordenamento jurídico.
Então a aplicação da pena precisa estar de acordo com a gravidade da violação penal, não seja deve extrapolar a pena, nem ser generoso demais,
A proporcionalidade tem dois destinatários finais, o poder legislativo e o poder judiciário o primeiro quando da criação da lei e o segundo quando da aplicação da lei e ao controle de constitucionalidade visando esse princípio.
Referindo-se ao poder legislativo abstratamente, ele deve observar o valor do bem jurídico e a tipicidade do delito para agir proporcionalmente no momento de impor os limites máximos e mínimos das penas, também tendo como referencias ou outros crimes. Já visando a magistratura o principio se materializa quando da definição do “quantum” da pena, seguindo o art. 59 do CP e os outros princípios , a sentença será proporcional.
CONCLUSÃO
Mediante os fatos expostos chega-se a conclusão que para ser ter um direito penal eficaz, adequado e totalmente de acordo com a lei e com a sociedade é imprescindível a presença desses princípios tanto no direito processual penal e tanto no direito material penal.
É importante salientar que cada princípio tem sua individualidade e faltando ou extrapolando um deles a resolução dos conflitos podem ser comprometidas.
Lembrando sempre que esses princípios analisados são apenas os principais, não se restringindo somente a eles, pelo contrário, com o dinamismo da sociedade e do direito eles podem ser constantemente modificados, abolidos ou outros possa entrar para integrar o direito penal.
	 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS	
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 14º ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2009, v.1
DAVICO, Luana Vaz, Os princípios penais constitucionais - análise descomplicada. [S.I]: JusBrasil, 2013. Disponivel em: < http://luanadavico.jusbrasil.com.br/artigos/111822119/os-principios-penais-constitucionais-analise-descomplicada>. Acesso em: 10 set. 2015
ARAUJO, Ulisses Gomes. Culpabilidade como princípio do direito penal e como elemento do delito: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 104, set 2012. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12259&revista_caderno=3>. Acesso em 10 set. 2015.
ASSIS, Rafael Damaceno de. Do direito humanitário e o princípio da humanidade.: Âmbito Jurídico, Rio Grande, X, n. 39, mar 2007. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3626>. Acesso em 10 set. 2015.
GONÇALVES, Marcelo Santin. Princípios Constitucionais de Direito Penal. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 29 mar. 2011. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.31615&seo=1>. Acesso em: 11 set. 2015.
RODRIGUES, Giselly Campelo, O Princípio da Proporcionalidade no Direito Penal Como Garantia de Efetivação dos Direitos Fundamentais. Maringá: VII EPCC, 2011. Disponivem em: < http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2011/anais/giselly_campelo_rodrigues2.pdf>. Acesso em: 11 set.2015
SIDI, Pedro. Princípio da ofensividade e sua importância para o direito penal: [S.I]: JusBrasil, 2013. Disponivel em: http://pedrosidi.jusbrasil.com.br/artigos/121942580/principio-da-ofensividade-e-sua-importancia-para-o-direito-penal>. Acesso em: 11 set. 2015
ASSIS, Rafael Damaceno de. Do direito humanitário e o princípio da humanidade.: Âmbito Jurídico, Rio Grande, X, n. 39, mar 2007. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3626>. Acesso em 10 set. 2015.

Continue navegando