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Curso Bacharelado em Engenharia Ambiental EAD Disciplina Manejo de Recursos Naturais Aluno (a) Lauany Sumaia Rodrigues Alves de Souza Parque Estadual da Serra do Rola-Moça O Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, abriga uma rica diversidade de flora e fauna, refletindo a complexidade dos ecossistemas do cerrado e da Mata Atlântica. Abaixo sua Ficha Técnica. Ficha Técnica da Unidade de Conservação Nome da UC: Parque Estadual da Serra do Rola-Moça Instituição Responsável: Instituto Estadual de Florestas (IEF) - MG Endereço: Acesso pela rodovia MG-030, Bairro Rola-Moça, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil Telefone: (31) 3269-2571 Superfície (ha): 3.960 hectares Perímetro (m): Aproximadamente 130 km Municípios que Abrange em Porcentagem: Belo Horizonte: 55%, Brumadinho: 30% e Ibirité: 15% Estado que Abrange: Minas Gerais Mesorregião Geográfica que Abrange: Metropolitana de Belo Horizonte Microrregião Geográfica que Abrange: Microrregião do Alto Paraopeba Coordenadas Geográficas (Centro da APA): Latitude: 19° 58' 50" S, Longitude: 43° 55' 00" W Número do Decreto e Data de Criação: Decreto nº 35.355, de 20 de dezembro de 1994 Marcos Importantes (Limites em UTM): Os limites do parque incluem zonas de altitude variando entre 800 e 1.500 metros. O limite do parque é cercado por áreas urbanas, com destaque para a proximidade da capital Belo Horizonte e das cidades vizinhas. Bioma e Ecossistema: Bioma: Cerrado e fragmentos de Mata Atlântica Ecossistema: Cerrado, campo rupestre, e mata ciliar Unidade de Conservação e Área de Manejo Especial em sua Área de Influência: É uma Unidade de Conservação de Proteção Integral (Parque Estadual). Áreas de Manejo Especial na região incluem zonas de preservação das nascentes e atividades de recuperação da vegetação nativa. Atividade Desenvolvida: Ecoturismo e Educação Ambiental: Trilhas, visitas guiadas, atividades de lazer e turismo sustentável. Pesquisa científica: Estudos sobre fauna, flora, geologia e hidrografia locais. Monitoramento ambiental: Acompanhamento da qualidade da água, flora e fauna. Fiscalização: É realizada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), com apoio da Polícia Militar Ambiental. A fiscalização abrange a proteção contra a caça ilegal, extração de recursos naturais e ocupação indevida da área. Principais Programas e Projetos Desenvolvidos na Região: Projeto de Recuperação de Nascentes: Focado na recuperação das nascentes que abastecem Belo Horizonte e na conservação do solo. Programa de Educação Ambiental: Realização de atividades educativas para a população e escolas, com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância da preservação da natureza. Projeto de Monitoramento da Fauna: Acompanhamento da fauna do parque, com ênfase em espécies ameaçadas de extinção e em monitoramento de espécies endêmicas. Monitoramento: É realizado o monitoramento de sua biodiversidade, com foco em espécies de fauna e flora em risco de extinção. O monitoramento também inclui a qualidade das águas das nascentes e o uso do solo, garantindo que a vegetação nativa seja preservada. Atividade Conflitante: Caça e pesca ilegal: Atividades ilegais, como caça e pesca não autorizada, representam um conflito direto com a conservação da fauna e flora. Expansão urbana: A proximidade com Belo Horizonte e a pressão da urbanização constante trazem desafios para a manutenção dos limites do parque e para a proteção das áreas mais sensíveis. Turismo não regulamentado: Algumas atividades de turismo não regulamentadas, como acampamentos e atividades recreativas fora das trilhas oficiais, podem gerar impactos ambientais negativos. A fauna do parque é diversificada e inclui várias espécies ameaçadas de extinção. Entre os mamíferos, destacam-se o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o maior caníde da América do Sul, conhecido por sua pelagem avermelhada e comportamento solitário. Outra espécie de grande relevância é a onça-parda (Puma concolor), predador de topo de cadeia alimentar, fundamental para a manutenção do equilíbrio ecológico. O tatu-canastra (Priodontes maximus), maior espécie de tatu do mundo, também pode ser encontrado na região, desempenhando um papel crucial na aeragem do solo. Entre as aves, o parque abriga o gavião-pomba (Amadonastur lacernulatus) e o papagaio-do-peito-roxo (Amazona vinacea), ambas ameaçadas devido à destruição de seus habitats. Além disso, a seriema (Cariama cristata) e o joão-de-barro (Furnarius rufus) são presenças constantes na paisagem, desempenhando funções ecológicas como o controle de populações de insetos e pequenos vertebrados. Dentre os répteis e anfíbios, o parque é lar de serpentes como a jararaca (Bothrops jararaca) e lagartos como o teiú (Salvator merianae). Os cursos d'água abrigam uma rica diversidade de anfíbios, como o sapo-cururu (Rhinella icterica), essencial para o controle de insetos e como bioindicador da qualidade ambiental. No que diz respeito à flora, o parque apresenta uma vegetação característica de diferentes ambientes. No cerrado, que ocupa grande parte da área, destacam-se árvores como o pequi (Caryocar brasiliense), cujos frutos são amplamente utilizados na culinária regional, e o baru (Dipteryx alata), cujas sementes são ricas em nutrientes. O ipê-amarelo (Handroanthus albus), uma das árvores mais emblemáticas da vegetação tropical, também está presente no cerrado do parque. Além disso, a copaíba (Copaifera langsdorffii), famosa por suas resinas com propriedades medicinais, é uma espécie importante da flora local. Em áreas mais sombrias e úmidas, o parque apresenta fragmentos de Mata Atlântica, onde encontramos espécies como o jequitibá-rosa (Cariniana legalis), uma árvore de grande porte, conhecida pela sua madeira de alta qualidade. Outra espécie típica da região é a embaúba (Cecropia hololeuca), que se destaca pela sua rápida regeneração e importância ecológica. A cabeludinha (Myrciaria glomerata), uma árvore frutífera, também é comum nas áreas de Mata Atlântica do parque. A preservação do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça é de extrema importância para a conservação da biodiversidade local. Sua flora desempenha um papel crucial na proteção do solo, prevenindo a erosão, e na conservação da água, garantindo a manutenção das nascentes. Além disso, a fauna do parque depende diretamente dessas espécies vegetais para alimentação e abrigo. Com o avanço da urbanização e das atividades humanas, muitas dessas espécies enfrentam ameaças significativas. Dessa forma, a manutenção do parque é essencial não apenas para garantir a sobrevivência desses seres vivos, mas também para promover a educação ambiental e conscientizar a população sobre a importância da preservação da natureza. Abaixo, imagens da unidade de conservação, fauna e flora. Figura 1: Parque Estadual da Serra do Rola-Moça (Belo horizonte - MG) Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2021/06/08/ambientalistas-mantem-alerta-apesar-de-decisao- que-preserva-serra-do-rola-moca-em-mg, 2021. Figura 2: Bothrops jararaca Fonte: https://butantan.gov.br/bubutantan/uma-jararaca-nada-comum-conheca-a-maior-causadora-de- acidentes-com-cobras-do-brasil , 2022. Figura 3: Jequitibá-rosa (Cariniana legalis), Fonte: https://corredorcaipira.com.br/jequitiba-rosa/ , 2022. https://www.brasildefato.com.br/2021/06/08/ambientalistas-mantem-alerta-apesar-de-decisao-que-preserva-serra-do-rola-moca-em-mg https://www.brasildefato.com.br/2021/06/08/ambientalistas-mantem-alerta-apesar-de-decisao-que-preserva-serra-do-rola-moca-em-mg https://butantan.gov.br/bubutantan/uma-jararaca-nada-comum-conheca-a-maior-causadora-de-acidentes-com-cobras-do-brasil https://butantan.gov.br/bubutantan/uma-jararaca-nada-comum-conheca-a-maior-causadora-de-acidentes-com-cobras-do-brasilhttps://corredorcaipira.com.br/jequitiba-rosa/