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Leis de Newton (Isaac Newton, 1642-1727) Até agora apenas descrevemos os movimentos sem se preocupar com suas causas - cinemática. É impossível, no entanto, prever movimentos usando somente a cinemática. Forças são as causas das modificações no movimento. Seu conhecimento permite prever o movimento subseqüente de um objeto. O estudo das causas do movimento é a Dinâmica. 01 Forças de contato e forças à distância As forças podem, de maneira geral, ser classificadas em dois grandes grupos: forças de ação à distância e forças de contacto (que incluem também as forças de Em Física, pode-se definir como força um agente capaz de alterar o estado de movimento retilíneo uniforme de um corpo ou de produzir deformações em um corpo elástico. Em muitos casos, uma força faz as duas coisas ao mesmo tempo. O conceito leigo de força é um conceito primário, intuitivo. Por exemplo, é preciso “fazer força” para deformar uma mola, empurrar um carrinho,etc. forças de ação à distância e forças de contacto (que incluem também as forças de tração). A força de atração gravitacional é uma força de ação à distância e as forças de atrito (com o ar e com o solo) e força normal são exemplos de forças de contacto. As forças que agem à distância diminuem com esta. Forças fundamentais da natureza: Gravitacional Eletromagnética Força nuclear fraca Força nuclear forte 02 Medida e Unidade de Força Corpos elásticos se deformam sob ação de forças de contato. Podemos medir o efeito de uma força aplicada a um corpo pela distensão que ela produz numa mola presa ao corpo. O dinamômetro baseia-se neste princípio. Vamos usar provisoriamente a escala da F = k ∆L Esta é a Lei de Hooke (homenagem a R. Hooke, 1635-1703, o primeiro a formulá-la) Vamos usar provisoriamente a escala da régua como unidade de força: a força da mola é: No Sistema Internacional de unidades (SI) a força é medida em Newton (N) : 211 s mkgN ⋅= 03 Resultante de forças Diagrama de corpo livre: isolamos o corpo em questão colocando todas as forças externas que agem sobre o corpo. Exemplo: As forças se somam como um vetor: a resultante de n forças agindo sobre um corpo é: nres FFFFF r L rrrr ++++= 321 força de atrito com o solo força de resistência do ar força peso força norm al Forças internas x forças externas N r gm r1 T ′ r T r gm r2 04 Força e 1a Lei de Newton Uma partícula sujeita a uma força resultante nula mantém o seu estado de movimento. Se ela estiver em repouso, permanece indefinidamente em repouso; se estiver em MRU, mantém sua velocidade (constante em módulo, direção e sentido). 0 r r r == dt vd a00F v v cte= ⇔ = =∑ r r r O repouso é apenas um caso particular da expressão acima: 00 =v r dt Quando observamos um corpo colocado em movimento (pela ação de uma força) sempre verificamos a diminuição de sua velocidade após o cessar da força. Isto porque é praticamente impossível eliminar as forças de atrito completamente. Do ponto de vista da dinâmica, ausência de forças e resultante de forças nula são equivalentes. 05 Referencial Inercial Sistema de referência inercial é aquele no qual a primeira lei do movimento de Newton é válida Se um referencial é inercial, qualquer outro referencial que se mova com velocidade constante em relação a ele é também inercial. 0constante =⇒= refref av rr refref Exemplos: Referencial inercial: - Dentro de um trem com velocidade constante obeservando uma pessoa parada na estação. -Dentro de um trem com velocidade constante obeservando uma pessoa caminhando com velocidade constante na estação. Referencial não inercial: - Dentro de um trem que parte com aceleração constante obeservando uma pessoa parada na estação e outra andando na estação. 06 2a Lei de Newton A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força resultante agindo sobre ele e inversamente proporcional à sua massa. = = =∑ r r r r dvF F ma m Matematicamente: A massa que aparece na 2a lei de Newton é chamada de massa inercial = = =∑ r r r res i i dvF F ma m dt A massa é uma grandeza escalar 07 Decomposição de forças e a 2a Lei de Newton i dvF ma m dt = =∑ r r r 1F r 2F r iF∑ r m 3F r Decomposição vetorial: x xi x y yi y z zi z dvF ma m dt dv F ma m dt dvF ma m dt = = = = = = ∑ ∑ ∑ 08 Exercício 1 Um disco de hóquei de 0,30 kg desliza sobre uma superfície sem atrito de um rinque de gelo. Ele é golpeado simultaneamente por dois bastões de hóquei diferentes. As duas forças constantes que agem sobre o disco como, mostrado na figura, são paralelas à superfície do gelo. Os módulo dessas forças são F1 = 5,0 N e F2 = 8,0 N. Determine a aceleração do disco enquanto está em contato com os dois bastões. Resolução: ∑ +=+= )º60(cos)º20(cos 2121 FFFFF xxx )500,0)(0,8()940,0)(0,5( NNFx +=∑ )500,0)(0,8()940,0)(0,5( NNFx +=∑ N70,8= ∑ +−=+= )º60(sen)º20(sen 2121 FFFFF yyy )866,0)(0,8()342,0)(0,5( NNFy +−=∑ N22,5= 09 Da segunda lei de Newton: m F a x x ∑ = kg N 30,0 70,8 = 2/0,29 sm= m F a y y ∑ = kg N 30,0 22,5 = 2/4,17 sm= jaiaa yx ˆˆ += r jsmism ˆ/4,17ˆ/0,29 22 += 10 Um corpo em queda livre está sujeito apenas à força gravitacional. - Pela segunda lei de Newton: A Força Gravitacional e o Peso gF r A força gravitacional aponta para o centro da Terra. ∑ = gFF rr Como a aceleração de um corpo em queda livre é igual a aceleração amF r r ∑ = → gmF rr = Como a aceleração de um corpo em queda livre é igual a aceleração da gravidade 11 3a Lei de Newton Se dois corpos interagem , a força exercida pelo corpo 1 sobre o corpo 2 é igual em módulo e direção, mas em sentidos oposto à força .12 F r 21F r 12 Par Ação e Reação A normal e o peso não constituem um par ação e reação porque atuam no mesmo corpo. 13 A partícula em Equilíbrio Diz-se que um corpo está em equilíbrio quando se ele está em repouso, ou em movimento retilíneo uniforme. A partir da 2ª lei de Newton, tem-se que .0=ar Matematicamente, é equivale a: 0=∑F r ⇒ = = = ∑ ∑ ∑ 0 0 0 y x F F F =∑ 0yF O equilíbrio é estático se o corpo estiver em repouso. O equilíbrio é dinâmico se o corpo estiver em MRU. 14 Exercício 2 Um sinal luminoso pesando 122 N está pendurado por um cabo preso a dois outros cabos ligados a um suporte (Figura) Os cabos fazem ângulos de 37º e 53º com a horizontal. Esses cabos superiores suportam uma tensão até 100 N. Nessa situação os cabos permanecem em repouso ou algum cabo vai se romper? Força Componente x Componente y T1x = -cos 37 º T1y = sen 37 º T2x = cos 53 º T2y = sen 53 º T = 0 T = -122 N 1T r 2T r T r Resolução: NT 4,731 = 12 33,1 TT = 4,7333,12 ⋅=T As tensões no fio é dado por: T3x = 0 T3y = -122 N3T r 1T r 2T r 3T r 0º53cosº37cos 21 =−=∑ TTFx 0122º53senº37sen 21 =+−−=∑ TTFy Da eq. (1), achamos T2 em termos de T1 : = º35sen º37cos 12 TT (2) (1) 133,1 T= Substituindo na eq. (2) : ( )( ) 0122º35sen33,1º37sen 11 =+−− TT 2 NT 4,972 = 15 Força de Atrito - É uma força de contato que causa uma resistência ao movimento. - Força de Atrito Estático fe nf eµ≤ ≡ ≡n µ Módulo da força normal Coeficiente de atrito estático≡eµ Coeficiente de atrito estático - Força de Atrito Cinético fc ≡cµ Coeficiente de atrito cinético Os valores destes coeficientes de atrito depende da natureza das superfícies. Para estimar estes valores, consultamos uma tabela. 16 17 Exercício 3: O motorista da caminhonete vazia andando rápido pisa bruscamente nos freios e derrapa até parar a uma distância d. (a) Se a caminhonete carregasse uma pedra pesada, tal que a sua massa dobrasse, qual seria a distância de derrapagem se ele estivesse com a mesma velocidade inicial escalar? (b) Se a velocidade escalar inicial da caminhonete vazia fosse dividida por dois qual seria a distância de derrapagem? 18 Exercício 4: Determinação Experimental de µµµµe e µµµµc Apresenta-se um método simples para medir os coeficientes de atrito.Suponha que um bloco sobre uma superfície áspera inclinada em relação à horizontal. O ângulo do plano inclinado θ é aumentado até que o bloco inicie movimento. (a) Como está relacionado o coeficiente de atrito estático com o ângulo θc no qual o bloco começa a se mover? (b) Como podemos encontrar o coeficiente de atrito cinético? 19
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