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Eng Civil no Brasil

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Desde que o homem começou a se organizar em sociedade, as construções passaram a ser necessidade. A sociedade evoluiu; as construções se transformaram e ficaram cada vez mais complexas.
Evolução
“As primeiras casas feitas pelos colonizadores quando aqui chegaram eram toscos abrigos cobertos de palha. Tais construções, que nem por extensão poderiam merecer o nome de obras de engenharia, serviram não só como moradia, mas também como capelas, armazéns, etc. As primeiras obras de defesa, muros e fortins, eram também muito primitivas, consistindo simplesmente em paliçadas de troncos de árvores justapostos, de que havia grande abundância na época.” (TELLES. História da Engenharia no Brasil)
No período XV a XVIII (1500 a 1800), o trabalho de engenheiros se voltava muito para a construção de fortificações e igrejas. 
As mudanças no Brasil aconteceram com o advento da cultura cafeeira, que conduziu a necessidade de construir estradas de ferro para escoar o café do interior de São Paulo para a capital e desta para o porto de Santos, e também, com a demanda crescente de casas e edifícios. 
Até o século XVIII os principais materiais utilizados na construção civil no Brasil eram pedra, cal e taipa.
1599 Com a decretação do Governo Geral, o engenheiro Luiz Dias foi incumbido, pelo governador Tomé de Souza, de levantar os muros da cidade de Salvador (BA). Dias acabou construindo também o edifício da alfândega e o sobrado de pedra-e-cal da Casa da Câmara e Cadeia. 
1630
Por volta de 1630, um tal Pedro Roiz, “homem do mar”, que “entendia do rumo da agulha”, foi contratado pela Câmara Municipal de São Paulo para corrigir alinhamentos de ruas; por esse motivo, foi considerado como o “ patriarca da classe dos engenheiros em terra paulistana”.
1699
O rei D. Pedro II, de Portugal, ordenou a criação de aulas de fortificação para não estarem tão dependentes de engenheiros vindos do Reino.
1764
Em São Paulo, não havia arquiteto que quisesse se responsabilizar pela construção da torre da Igreja da Matriz da Sé, tendo sido a obra entregue a um escravo mestiço conhecido por Tebas.
1792 
Fundada no Rio de Janeiro, pela rainha D. Maria I de Portugal, a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho foi à primeira escola a ministrar cursos de engenharia. Conhecida hoje como UFRJ.
Essa Academia formava oficiais para o Exército. “Os oficiais de infantaria e de cavalaria faziam apenas os três primeiros anos, os de artilharia os cinco primeiros, e os de Engenharia o curso completo. O sexto ano era dedicado exclusivamente à Engenharia Civil.” (TELLES, 1984).
Nos primeiros anos ensinava-se 
Matemática, 
Artilharia, 
Minas, 
Fortificações, 
Ataque e Defesa das Praças. 
No sexto ano, voltado à Engenharia Civil, estudava-se a 
Arquitetura Civil, 
Corte de Pedras e Madeira, 
Orçamento de Edifícios, 
Materiais de Construção de Edifícios, 
Construção de Caminhos e Calçadas, 
Hidráulica, 
Arquitetura de Pontes, Portos, Diques e Comportas. 
1810
A sucessora da UFRJ foi a Academia Real Militar, primeira escola de Engenharia não militar no Brasil.. O ensino nessa escola abrangia um curso teórico de Engenharia Civil voltado para as técnicas e construção de estradas, pontes, canais e edifícios, ministrando aos não-militares. Teve sua sede transferida, em 1812, para o Largo de São Francisco de Paula, ocupando o primeiro prédio construído no Brasil para abrigar uma escola. Funcionou até 1966.
 
1864
O Rio de Janeiro tornou-se a 5ª cidade do mundo a adotar um sistema modernizado de coleta de esgotos sanitários. No entanto, apenas no século XX as principais cidades brasileiras se estruturaram sanitariamente.
1875
André Rebouças, primeiro engenheiro negro do mundo, introduziu no país técnicas inovadoras de engenharia, incluindo o uso do concreto armado, utilizado pela primeira vez no Brasil em uma ponte em Piracicaba, construída em 1875, da qual foi o responsável técnico junto com seu irmão Antônio.
1876
É construído o primeiro sistema publico de abastecimento de agua potável, na cidade do Rio de Janeiro.
André Rebouças (1843-1898)
O primeiro Engenheiro negro do mundo. 
Nascido na Bahia seguiu a carreira de engenheiro civil em 1860, tornando-se o responsável por importantes obras ferroviárias, portuárias e de saneamento em diversas províncias do Brasil.
André Rebouças deu grandes contribuições para a construção do Brasil no século 19 e teve participação importante no movimento abolicionista. 
Eugenio Gudin (1886-1986) 
Engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro (1905). 
Atuou como Engenheiro na construção de Ribeirão das Lages, nas obras do Rio Carioca do abastecimento de água do Rio de Janeiro e na Construção da grande represa do Acarape no Ceará. Foi Presidente da Associação das Estradas de Ferro do Brasil da Companhia Paulista de Força e Luz e da Sociedade Brasileira de Economia Política. Homem Global (1973) e Homem Visão (1974).
Francisco Paes Leme de Monlevade (1861-1944)
Engenheiro Civil responsável pela primeira eletrificação ferroviária no Brasil. 
Diretor (1897) e Inspetor Geral da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (1907 – 1927) implantou a eletrificação da linha principal da Cia Paulista, no interior do Estado de São Paulo. Este feito fez com que de 1921 a 1926, o Brasil ganhou uma ferrovia eletrificada com o sistema mais moderno existente na época, superando então quase todos os demais países.
Referências: http://www.crea-rn.org.br/artigos/ver/120
http://www.bahia-turismo.com/cachoeira/andre-reboucas.htm
http://educacao.uol.com.br/biografias/eugenio-gudin.jhtm
 
A Maior Barragem do Brasil – Complexo Hidroeléctrico de Itaipu
O Complexo Hidroeléctrico de Itaipu está localizado no Rio Paraná. A sua construção foi resultado de uma parceria entre o Brasil e o Paraguai e continua a ser uma das maiores barragens do mundo. Tem uma potência geradora de cerca de quatorze mil MW, 20 unidades de geração de energia eléctrica e fornece uma parte muito significativa da energia eléctrica consumida em ambos os países. A sua construção implicou o uso de 13 milhões de m3 de betão e a intervenção de cerca de 40 mil operários.
O Edifício Mais Alto do Brasil – Mirante do Vale
O edifício mais alto do Brasil continua a ser o Mirante do Vale. Este arranha-céu foi construído em São Paulo durante a década de sessenta e tem uma altura de cerca de 170 metros. Localizado no Vale do Anhangabaú, demorou seis anos a ser construído, sendo uma obra absolutamente inovadora na época. Possui algumas características bastante peculiares para um edifício desta altura, nomeadamente o facto de a sua estrutura ser constituída quase inteiramente por betão armado ao invés da crescente tendência do uso combinado aço e betão, em estrutura mista.
A Maior Ponte do Brasil – Ponte Rio-Niterói
Localizada na baía Guanabara, no estado do Rio de Janeiro a ponte Rio-Niterói liga a cidade do Rio de Janeiro e Niterói. É uma das maiores pontes rodoviárias do mundo medindo cerca de 13km, dos quais quase 9km sobre água. A sua construção ficou concluída em 1974, sendo estruturalmente constituída por betão armado pré-esforçado.

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