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10/04/2014 1 Citoesqueleto: Filamentos Intermediários Microtúbulos Filamentos de Actina CITOESQUELETO Intrincada rede de filamentos proteicos que se estende através do citoplasma Funções do citoesqueleto nas células eucarióticas � Controla a diversidade de formas das células eucarióticas � Organização dos vários componentes em seu interior � Interação mecânica com o ambiente Microtúbulos Actina 10/04/2014 2 Funções do citoesqueleto... � Realizar movimentos coordenados � Separa os cromossomos durante a mitose � Divide a célula em duas � Proporciona a maquinaria necessária à contração Funções do citoesqueleto... �Estrutura altamente dinâmica que está continuamente se reorganizando conforme as células alteram suas formas, dividem-se e respondem ao ambiente. �Sem citoesqueleto, as feridas nunca cicatrizariam, os músculos seriam inúteis e os espermatozoides jamais encontrariam o óvulo. 10/04/2014 3 Citoesqueleto constituído a partir de uma base composta por 3 tipos de filamentos proteicos Responsáveis pela grande variedade funcional do citoesqueleto! Citoesqueleto constituído a partir de uma base composta por 3 tipos de filamentos proteicos Responsáveis pela grande variedade funcional do citoesqueleto! Filamentos de actina Microtúbulos Filamentos intermediários 10/04/2014 4 Citoesqueleto constituído a partir de uma base composta por 3 tipos de filamentos proteicos Necessitamos da ação conjunta dos ligamentos, ossos e músculos Os 3 sistemas do citoesqueleto devem atuar coletivamente para fornecer à célula RESISTÊNCIA, FORMA E CAPACIDADE DE LOCOMOÇÃO FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS � Grande resistência à tensão � São os mais resistentes � Rígidos, fortes, difícil de desmontar � Proteínas fibrilares FUNÇÃO: Conferir resistência e manter a integridade das células Muito importante em células sujeitas à tração ou tensão mecânica (pele, ID, IG, axônio células nervosas) 10/04/2014 5 FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS � Formam uma rede através do citoplasma � Estendem-se rumo à periferia da célula – ancorados desmossomos � Interior do núcleo (lâmina nuclear) A construção de um filamento intermediário Semelhantes a cordas ou cabos, com várias fitas longas trançadas para fornecer resistência Monômero: domínio central em bastão com regiões globulares nas extremidades Monômeros se associam em pares = DÍMEROS Dímeros se associando em tetrâmeros. Os tetrâmeros se ligam uns aos outros - filamento intermediário final (cabo aço). . 10/04/2014 6 Filamentos intermediários tornam as células mais resistentes a estresses mecânicos Evitam que as células e suas membranas rompam em resposta à tração mecânica Muito importante em células sujeitas à tração mecânica (pele, ID, IG, axônio células nervosas, musculares) Principais categorias de filamentos intermediários 10/04/2014 7 Filamentos intermediários de queratina � Família mais variada de subunidades � Epitélios, unhas, cabelo, pêlos, penas � Juntamente com os desmossomos nas células epiteliais, fornecem resistência à tração e ao estresse quando a pele é esticada. Filamentos intermediários de queratina � Epidermólise bulhosa simples � Mutação em genes da queratina � Pele vulnerável a lesões mecânicas interferem na formação dos filamentos de queratina da epiderme Ruptura de células / bolhas na pele 10/04/2014 8 Epidermólise bulhosa simples Lâmina Nuclear � Consiste de filamentos intermediários – proteínas laminas � Revestem internamente o envelope nuclear � Interrompido no poro nuclear Envelope nuclear – lâmina nuclear - Heterocromatina 10/04/2014 9 Lâmina Nuclear � Filamentos dispostos em rede � Suportam e dão resistência ao envelope nuclear � Dão forma ao núcleo � Participam na desmontagem e montagem da lâmina nuclear – divisão celular Fosforilação e defosforilação das lâminas via proteinoquinases Filamentos intermediários das células nervosas � Dois tipos de filamentos intermediários em células do sistema nervoso � Prolongamentos dos neurônios – chega nas células alvo (até 1 metro) � Proteínas de ligação une transversalmente um filamento ao outro – dando mais resistência contra tensão. Axônio - Neurofilamentos 10/04/2014 10 � Dois tipos de filamentos intermediários em células do sistema nervoso � Células do sistema nervoso � Prolongamentos bem menores (200µm) – não tem pontes de ligação (ou possuem poucas) Células da glia Vimentina Filamentos intermediários das células nervosas � Dois tipos de filamentos intermediários em células do sistema nervoso � Filamentos intermediários com pontes de ligação Corte transversal dos axônios Sustentação Proteção Resistência à tração Impede a quebra do axônioMicrotúbulos: trilhos que levam vesículas do corpo do neurônio para o final do axônio Filamentos intermediários das células nervosas 10/04/2014 11 Microtúbulos É mais maleável e flexível que os filamentos intermediários Proteínas globulares � Tubos ocos, longos, formados por proteínas dinâmicas, desagregando em locais específicos e se formando em outros Microtúbulos FUNÇÕES: � Criam um sistema de trilhos no interior da célula sobre os quais vesículas e organelas movimentam-se (interfase) � Durante a mitose - formam o fuso mitótico fornecendo a maquinaria de segregação dos cromossomos para as células filhas � Também importantes em estruturas permanentes (que não fazem parte do ciclo celular) como cílios e flagelos 10/04/2014 12 CRESCEM A PARTIR DE UM CENTRO ORGANIZADOR DE MICROTÚBULOS. CRIAM UM SISTEMA DE VIAS DENTRO DA CÉLULA AO LONGO DO QUAL VESÍCULAS, ORGANELAS SÃO TRANSPORTADOS Determinam o posicionamento de organelas e direcionam o transporte intracelular 10/04/2014 13 Formado a partir de subunidades: moléculas de tubulina. - Dímeros: união da αααα- tubulina e ββββ-tubulina - União dímeros: protofilamentos -13 protofilamentos paralelos: microtúbulo - Polaridade: lado + ββββ- tubulina (crescimento) e lado – αααα-tubulina 13 protofilamentos Estrutura dos microtúbulos Polaridade: permite uma direção definida Duas extremidades com comportamento diferentes: 13 protofilamentos Estrutura dos microtúbulos Montagem dos microtúbulos. Desempenho de suas funções. 10/04/2014 14 - As subunidades ficam espalhadas pelo citoplasma das células permitindo remodelamento quando a célula precisa de transporte de organelas e divisão celular Fácil de ser despolimerizado Fácil de remontar Muito lábil Microtúbulos são formados por expansão e crescimento a partir de centros organizadores - centrossomos Contém estruturas em anel formadas por γγγγ-tubulina Cada anel funciona como um ponto de partida ou sítio de nucleação O centrossomo - Nucleação γγγγ-tubulina auxilia na polimerização – não faz parte do microtúbulo 10/04/2014 15 Cada anel funciona como um ponto de partida ou sítio de nucleação para o crescimento de um microtúbulo O centrossomo na maioria das células animais possui um par de centríolos, que NÃO tem função de nucleação de microtúbulos. Não se sabe qual sua função. O centrossomo Após a nucleação de um microtúbulo – sua extremidade + cresce em direção à periferia Instabilidade dinâmica dos microtúbulos � O microtúbulo em crescimento pode sofrer uma transição que provoca seu rápido encurtamento por meio da perda de subunidades em sua extremidade livre. � Pode encurtar apenas parcialmente e retomar o crescimento ou pode desaparecer completamente,sendo substituído por um novo microtúbulo que crescerá a partir do mesmo anel de gama tubulina. 10/04/2014 16 Na extremidade em crescimento (+) há uma “capa de GTP”que impede a despolimerização do microtúbulo Hidrólise do GTP (guanosina tri-fosfato) explica a instabilidade dinâmica dos microtúbulos Estrutura química do GTP e GDP O que controla o crescimento do microtúbulo? Polimerização crescimento Despolimerização retração São instáveis e se soltam da parede do microtúbulo 10/04/2014 17 Polimerização crescimento Despolimerização retração São instáveis e se soltam da parede do microtúbulo Instabilidade dinâmica dos microtúbulos � Os microtúbulos se despolimerizam e repolimerizam continuamente nas células � Importância: - mudar de lugar na célula para transportar organelas e vesículas no citoplasma - provocar agitação constante no citoplasma - montar as fibras do fuso na divisão 10/04/2014 18 Colchicina Vinblastina – Vincristina Drogas que se ligam aos monômeros livres de tubulina (impedem polimerização) Taxol Droga que se liga aos microtúbulos (impede despolimerização – estabiliza os microtúbulos) Porque estas drogas são efetivas contra o câncer? Inativação ou destruição do fuso mitótico pode matar as células em divisão. São drogas anti-mitóticas usadas para o tratamento do câncer. Tratamento clínico do câncer Funções dos microtúbulos A estabilização seletiva dos microtúbulos Estabilização da extremidade de específicos microtúbulos através de proteínas protetoras (capeamento) Impedem a despolimerização Isto explica como os cílios e os flagelos não ficam aumentando e diminuindo de tamanho. E como uma célula pode mudar de formato (ex.: de redonda para ovoide). 10/04/2014 19 Auxiliam na polaridade da célula, quando uma extremidade da célula é estrutural ou funcionalmente diferente da outra Exemplo: neurônio Funções dos microtúbulos Os microtúbulos organizam o interior das células A polaridade da célula é um reflexo dos sistemas de microtúbulos polarizados em seu interior Funções dos microtúbulos Os microtúbulos organizam o interior das células Microtúbulos ajudam a posicionar organelas em determinadas regiões RE Golgi microtúbulos microtúbulos Dependem dos microtúbulos para o seu posicionamento e alinhamento. 10/04/2014 20 CINESINAS DINEÍNAS PROTEÍNAS MOTORAS Proteínas MAPs motoras ligadas aos microtúbulos Consomem energia derivada da quebra do ATP Dirigem o movimento de organelas e vesículas ao longo dos microtúbulos Proteínas motoras ligadas aos microtúbulos “caminhada”dependente do ATP - Cabeças globulares (contato com o microtúbulo) – hidrólise de ATP - Cauda (contato com o componente a ser transportado) 10/04/2014 21 Proteínas motoras ligadas aos microtúbulos Dineínas Movimentam-se para a extremidade (-) Cinesinas Movimentam-se para a extremidade (+) Proteínas motoras ligadas aos microtúbulos 10/04/2014 22 dineínascinesinas Proteínas motoras ligadas aos microtúbulos Cadeia Pesada Liga-se a ATP Atividade ATPase Hidrolisa ATP em ADP + Pi + energia para o transporte Caminha mais rápido – mais eficiente na hidrólise de ATP “caminhada” das proteínas motoras 10/04/2014 23 Proteínas motoras ligadas aos microtúbulos Exemplo no transporte de organelas Dineína ligada a organela delimitada por membrana. Várias proteínas acessórias requeridas Cílios e Flagelos: formados por microtúbulos estáveis Disposição característica “9+2” Os nove microtúbulos externos carregam duas moléculas de dineína 10/04/2014 24 Flagelos Ação motora causa flexão, causando ondas ou batimentos Cílios Epitélio ciliado na superfície do trato respiratório de humanos Batimento do cílio Cresce a partir do corpo basal 10/04/2014 25 Síndrome de Kartagener Mutações no gene da dineína. Homens com essa síndrome tem ausência de motilidade dos espermatozóides Suscetibilidade a infecções brônquicas, cílios inativos, incapazes de eliminar bactérias do trato respiratório Cada filamento é uma cadeia torcida de moléculas globulares de actina idênticas Como microtúbulos, tem extremidades “mais (+)” e “menos (-)” Determinam a forma da superfície celular, move organelas e vesículas e são necessários à locomoção e contração da célula Filamentos de actina 10/04/2014 26 Filamentos de actina � Assim como os microtúbulos apresentam instabilidade � Mas também formam estruturas estáveis – complexos contráteis do músculo / microvilosidades Depende das proteínas de ligação à actina Filamentos de actina Permitem que as células eucarióticas adotem uma grande variedade de formas e desempenhem muitas funções protusões e filopódios Anel contrátilMicrovilosidade e esteriocílios feixes contráteis Movimento das células 10/04/2014 27 Filamentos de actina Arranjo das moléculas de actina. Cada filamento é uma hélice de fita dupla. Fortes interações evitam que as hélices se separem São mais finos, flexíveis e menores que os microtúbulos. Polimerização da actina Extremidade “menos” Extremidade “mais” Cada monômero livre de actina carrega um ATP ligado, e após a incorporação o ATP é hidrolisado a ADP – instabilidade. 10/04/2014 28 Polimerização da actina A capacidade de associação e dissociação é necessária para muitas atividades desempenhadas pelos filamentos de actina - locomoção celular. Timosina: Bloqueia a polimerização Profilina: Regula a polimerização Proteínas associadas à actina impedem e regulam sua polimerização Os níveis dessas proteínas regulam a polimerização dos filamentos de actina dentro da célula. 10/04/2014 29 Migração celular depende da actina 1) Célula emite protusões em sua região frontal (polimerização de actina – lamelipódios ou filopódios) 2) Essas protusões aderem à superfície 3) A porção restante da célula é impulsionada para frente Fibroblastos: importância dos filopódios Estruturas móveis e exploratórias que se formam e retraem com grande velocidade 10/04/2014 30 A actina se associa à miosina para a formação de estruturas contráteis (Miosina I e Miosina II) Miosina I: - cabeça interage com os filamentos de actina (se move por hidrólise de ATP) - Cauda se liga em diversos componentes celulares a serem transportados Movendo a membrana: mudar a forma da célula Contração muscular: Miosina II Componentes importantes: actina e miosina II Filamento de miosina II 10/04/2014 31 Contração muscular Miosina II (filamentos grossos) Actina (filamentos finos) Sarcômeros consistem de: Disco Z: Onde os filamentos de actina se ligam Contração muscular A contração é causada pelo encurtamento simultâneo de todos os sarcômeros, e isto ocorre pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os filamentos de miosina sem alteração no comprimento dos filamentos 10/04/2014 32 Filamentos de actina sem capacidade de movimentação: Em alguns casos os filamentos de actina não permitem a movimentação - Microvilosidades Depende do tipo de proteína que se liga à actina Filamentos de actina: Microvilosidade Estrutura de microvilosidade MICROVILOSIDADES: Proteína que se prende entre os filamentos de actina – fimbrina (globular e pequena) = arranjo denso – miosina não consegue entrar entre os filamentos de actina
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