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Contextualizando a Integração
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Fundamentos da Integração Regional: O Mercosul - Turma 1
Livro: Contextualizando a Integração
Impresso por: ANDERSON TONIETTE
Data: quinta, 6 mar 2025, 13:25
https://saberes.senado.leg.br/
Descrição
MÓDULO I - CONTEXTUALIZANDO A INTEGRAÇÃO
Índice
Módulo I - Contextualização a Integração
Temas do Módulo I
Unidade 1 - Aspectos introdutórios; Regionalismo e multilateralismo; Os blocos econômicos.
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Unidade 2 - teoria de referência; teoria da integração regional; etapas da integração..
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Exercícios de Fixação - Módulo I
Módulo I - Contextualização a Integração
 Ao término do módulo você estará apto a:
Identificar, com base na análise do contexto internacional, como se deu a formação 
dos Blocos Econômicos e a criação da Organização Mundial do Comércio;
Discutir a teoria da integração regional;
Distinguir os dois modelos de integração existentes no cenário internacional.
Temas do Módulo I
Neste módulo, estudaremos o contexto internacional que veio a dar origem aos fenômenos da conformação de blocos econômicos,
como o Mercosul e a União Europeia, e do multilateralismo comercial, que se traduz na criação da Organização Mundial do Comércio.
Examinaremos, ademais, a teoria da integração regional, tanto do ponto de vista econômico como político, e discorreremos, finalmente, 
sobre os dois modelos de integração existentes hoje no cenário internacional: o intergovernamental e o supranacional.
Unidade 1 - Aspectos introdutórios; Regionalismo e multilateralismo; Os blocos
econômicos.
Regionalismo e multilateralismo
O cenário internacional contemporâneo, caracterizado pelo fenômeno da globalização, apresenta duas tendências paralelas no que tange às negociações
comerciais: por um lado, a regionalista, que tende à formação de blocos econômicos, e por outro, a multilateralista, que prefere levar a cabo essas negociações
em âmbito mais amplo e se expressa, sobretudo, no foro da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ambas tendências despontam como resultado de certas
condições que vieram a prevalecer no mundo a partir de meados do século XX. Algumas delas são condições de natureza política, outras referem-se a recentes
avanços tecnológicos.
Entre as primeiras, o fim da Guerra Fria e a queda da chamada "Cortina de Ferro" constituem as principais. O mundo, antes dividido em blocos antagônicos,
passa a ser percebido e a funcionar como um todo. Com o consenso prevalecendo entre as superpotências, as relações internacionais fazem das trocas e dos
investimentos o seu grande objetivo. Consequentemente, intensificam-se de forma exponencial os fluxos do comércio no mundo.
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Por outro lado, os recentes avanços no campo da tecnologia, com a descoberta de novos produtos e de novas técnicas de produção, a partir das vertiginosas
transformações verificadas nos meios de comunicação, implicaram uma verdadeira 'reestruturação da economia mundial', com base nas duas tendências a que
já nos referimos acima: a multilateralização das relações de comércio, que convive com a sua regionalização.
Em outros termos, notamos que todos esses fenômenos vêm ocorrendo em um cenário de crescente globalização, a qual, vista de um prisma puramente
econômico, consiste na internacionalização da produção, sendo que tanto a regionalização quanto a multilateralização são respostas encontradas pelos países
para fazerem face à nova realidade internacional.
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O binômio 'pesquisa e desenvolvimento' (P&D) passou a constituir-se em fundamental componente nos custos de produção, superando mesmo, em importância,
fatores mais tradicionais, como mão-de-obra e matéria-prima.
Assim, a regionalização, além de viabilizar investimentos cada vez maiores em P&D, para a obtenção de produtos mais baratos e de melhor qualidade,
permite ganhos em escala, o que também barateia a produção, favorecendo a colocação dos produtos no mercado.
A integração econômica, portanto, não é um fim em si mesma, constituindo-se em instrumento para uma melhor inserção dos países do bloco no mercado
internacional.
Precursores da Integração
 Saiba mais sobre Abade de Saint-Pierre 
https://saberes.senado.leg.br/pluginfile.php/7286125/mod_book/chapter/122970/Abade%20de%20Saint%20Pierre.pdf
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 Os Blocos Econômicos
A formação dos blocos econômicos é tendência representativa de um modelo de integração regional próprio do mundo globalizado, apresentando-se sob a
forma de agrupamento de vários países de uma região com vinculação econômica e entendimento-
base orientados para o desenvolvimento, a integração econômica e a liberalização econômica.
Uma das principais características de um bloco econômico é a busca incessante de fórmulas ágeis
de discussão e acordo entre seus parceiros, que lhes permitam negociar, entre si e com outros
países, através de mecanismos multilaterais, a defesa de seus interesses econômicos, bem como a
obtenção de vantagens comerciais que facilitem e fortaleçam a promoção integrada de seu
desenvolvimento.
Destacaremos, na linhas seguintes, alguns blocos econômicos do cenário globalizado. Cuidaremos apenas de poucos exemplos, com destaque para a formação
da União Europeia, bloco em estágio mais avançado de integração. Ademais, por ora, nos absteremos de descrever sobre o Mercosul, tendo em vista que os
módulos seguintes a ele se dedicarão de forma detalhada. 
 
 
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ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO DA AMÉRICA DO NORTE (NAFTA)
 
 O Acordo de Livre Comércio da América do Norte, o NAFTA (North America Free
Trade Agreement), foi planejado para ser um instrumento de integração das
economias dos EUA, do Canadá e do México.
Iniciou em 1988, entre norte-americanos e canadenses, e por meio do Acordo de
Liberalização Econômica, assinado em 1991, formalizou-se o relacionamento
comercial entre os Estados Unidos e o Canadá. Em 13 de agosto de 1992, o bloco
recebeu a adesão dos mexicanos, tendo entrado em vigor em janeiro de 1994. 
 
O NAFTA consolidou o intenso comércio regional no hemisfério norte do continente americano, beneficiando grandemente a economia mexicana, ao mesmo
tempo em que aparece como concorrente ao bloco econômico europeu, à ascendente economia chinesa e à fortíssima economia japonesa. 
 
Este bloco não constitui uma organização internacional de cooperação econômica nos moldes clássicos. A meta essencial de seu acordo constitutivo é construir,
em prazo específico, uma zona de livre comércio com ampla abrangência, se possível, atraindo outros países das Américas, regulando os investimentos, a
propriedade intelectual e o comércio de bens e serviços entre os Países Membros do bloco. Para maiores informações consulte o site do NAFTA.
 
http://www.nafta-sec-alena.org/
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COMUNIDADE ANDINA (CAN)
 
Em 26 de maio de 1969, pelo Acordo de Cartagena, foi criado o Pacto Andino, que recebeu depois o nome de Grupo Andino, mais tarde Comunidade Andina de
Nações, e, enfim, Comunidade Andina. Era inicialmente formado pelos seguintes países: Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia e Chile. Criou-se, assim,
uma União Aduaneira e Econômica para fazer restrições à entrada de capital estrangeiro, com base em estudos da Comissão Econômica para a América
Latina (CEPAL), órgão da ONU. Com a subida ao poder do General Augusto Pinochet, em 1973, o Chile retirou-se do Pacto, abrindo sua economia ao
mercado externo, principalmente ao norte-americano. 
A Venezuela desligou-se da Comunidade Andina para aderir ao Mercosul. Hoje, o grupo de países remanescentes objetiva criar um mercado comum em função
do processo de globalização econômica, que exige sua formação em bloco para melhor defesa de seus interesses e promoção integrada do seu
desenvolvimento. 
Com a Aliança do Pacífico, a Comunidade, abrangendo também o Chile e o México, e abrindo-se à adesão da Costa Ricae do Panamá, vem sendo concebida
como instrumento voltado a promover uma maior inserção comercial de seus participantes em regiões consideradas estratégicas comercialmente,
principalmente a Ásia. No momento, o Mercosul busca acelerar sua integração com a Aliança do Pacífico a partir da criação de uma zona de livre comércio. A
atual onda de liberalização econômica reacende e atualiza no Continente, ainda que de forma incipiente e muitas vezes conflituosa, a realização do ideal
panamericano.
 
Link
São Países Membros da CAN: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Site da Comunidade Andina
http://www.comunidadandina.org/
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UNIÃO EUROPEIA (UE)
 
 
 A União Europeia representa o estágio mais avançado do processo
de formação de blocos econômicos no contexto da globalização.
Originada da Comunidade Econômica Europeia (CEE), fundada em 1957
pelo Tratado de Roma, até 2003 a União Europeia era formada por 15
países da Europa Ocidental, e sua população estimada em 374 milhões
de habitantes. Hoje, após a incorporação de mais 13 países do Leste
Europeu, passou a contar com 28 Países Membros e uma população de
aproximadamente 500 milhões de habitantes.
 
A União Europeia negociou a adesão dos seguintes países ao bloco, quais sejam: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta,
Polônia e República Tcheca, já considerados aptos para adesão desde o início de 2003, com ingresso definitivo em 1º de maio de 2004. O décimo-primeiro país
seria a Turquia, que, no entanto, ainda não preenche os critérios mínimos estabelecidos pela União Europeia para início das negociações com vistas à sua
aceitação como país membro.
A Bulgária e a Romênia concretizaram sua entrada na União Européia a partir de 2007.
O órgão máximo da União Europeia é o Conselho Europeu. Agrupa os Chefes de Estado ou de Governo, além do Presidente da Comissão Europeia, sendo
responsável pela definição das grandes orientações políticas e cabendo-lhe a responsabilidade de abordar os problemas da atualidade no âmbito internacional.
O Conselho Europeu reúne-se, em princípio, quatro vezes por ano, ou seja, duas vezes por semestre. Em circunstâncias excepcionais, o Conselho Europeu pode
reunir-se em sessão extraordinária.
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Outras instituições existem para que a União Europeia possa cumprir seus objetivos de integração.
O Conselho de Ministros (Conselho da União Europeia, ou simplesmente Conselho) é o órgão que dispõe de poder de decisão, assumindo a coordenação geral
das atividades da União. O Conselho, juntamente com o Parlamento Europeu, fixa a legislação da União Europeia, inicialmente proposta pela Comissão
Europeia.
O Parlamento Europeu, atualmente composto por delegados eleitos, atendidos por um secretariado formado por mais de quatro mil funcionários, possuí três
tipos de poder: o orçamentário, o de controle da Comissão Europeia, e o legislativo. Este último é exercido diferentemente segundo a natureza da matéria em
questão, indo de instância de consulta à co-decisão, quando divide o poder decisório com o Conselho. Uma das mais importantes funções do Parlamento
Europeu consiste em aprovar e autorizar a indicação de projetos que consomem cerca de 45% do orçamento oficial da União Europeia. A contribuição de cada
cidadão da União Europeia corresponde a 1,5 Euros por ano, significando apenas um por cento do montante total do orçamento comunitário.
O Parlamento Europeu, com sede em Estrasburgo, na França, para sessões plenárias, é formado por parlamentares eleitos pelas populações dos Países
Membros da União Europeia. Em Luxemburgo, funciona a Secretaria Administrativa, e em Bruxelas, na Bélgica, realizam-se reuniões das Comissões Temáticas.
Lá se reúnem também o Conselho de Ministros da União Europeia e seu braço executivo, a Comissão Europeia.
A Comissão Europeia é o órgão executivo e tem como função a iniciativa na elaboração da legislação em comum, controlando sua aplicação e coordenando a
administração das políticas comuns. Além disso, conduz as negociações da União Europeia no plano das relações exteriores. 
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 Complementam as instituições da União Europeia:
 1. Tribunal de Justiça;
 2. Tribunal de Contas; 
 3. Comitê Econômico e Social;
 4. Comitê das Regiões;
 5. Provedor de Justiça Europeu;
 6. Banco Central Europeu (BCE); e
 7. Banco Europeu de Investimento (BEI).
Em 1992 é consolidado o Mercado Comum Europeu, com a eliminação das últimas barreiras alfandegárias entre os países-membros. Pelo Tratado de Maastricht
(cidade da Holanda), a União Europeia entra em funcionamento a partir de 1º de novembro de 1993.
Três outros tratados complementam o Tratado de Maastricht: os Tratados de Amsterdam(1996), Nice(2001) e Lisboa(2007).
O Euro é a moeda única criada pela União Europeia, sendo utilizada, desde 1º de janeiro de 2002, em substituição às demais moedas da maioria dos Países
Membros, circulando em cédulas e moedas na comunidade financeira internacional. Já se consolidou e se afirma, a cada dia, como alternativa ao dólar norte-
americano nas transações comerciais.
Por temer as consequências da perda da sua soberania, três países ainda resistem ao fim da emissão de sua própria moeda: Reino Unido, Suécia e Dinamarca.
Embora a crise econômica mundial, deflagrada no ano de 2009, tenha causado sérios impactos à estabilidade da Zona do Euro, não podemos negar a força
desta moeda, lastreada em economias poderosas, que passa a competir com o dólar norte-americano em condições de igual aceitação no mercado
internacional.
Para admissão à União Econômica e Monetária, o país membro da União Europeia deve atender aos seguintes pré-requisitos:
 a. déficit público máximo de 3% do PIB;
 b. inflação baixa e controlada;
 c. dívida pública de no máximo 60% do PIB;
 d. moeda estável, dentro da banda de flutuação do Mecanismo Europeu de Câmbio; e, por último, 
 e. taxa de juros de longo prazo controlada.
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ACONTECIMENTOS MARCANTES
1. Em 1º de julho de 2001, a União Europeia deu início as negociações sobre livre comércio com o Mercosul, estando previstos inúmeros acordos de intercâmbio
comercial entre a UE e o Bloco Econômico do Mercado Comum do Sul, embora se tenha presente as dificuldades nas negociações que envolvam o setor agrícola,
pois a União Europeia não admite abrir mão dos muitos instrumentos criados para proteger o agricultor europeu.
2. A Comissão Europeia adotou o RIP, programa que conta com significativos recursos provenientes da União e que se destina a ajudar na conclusão do Mercado
Interno do Mercosul, a seu fortalecimento institucional e à efetiva participação da sociedade civil no processo de integração interna do Mercosul e birregional
com a União Europeia.
 
 
 
Link
São Países Membros da UE: Alemanha, Áustria, Bélgica,Bulgária, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França,
Grécia, Holanda (Países Baixos), Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, Reino Unido*, Suécia, Chipre,
Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Romênia e República Tcheca e
Croácia.
Site da União Europeia
*Em 29 de Janeiro de 2018, a União Europeia começou Segunda Fase das Negociações do Brexit e adotou um conjunto de medidas que visa detalhar seu posicionamento sobre o período de transição da saída
do Reino Unido da UE. A data proposta para o fim desse período é 31/12/2020, durante essa transição o Reino Unido continuará membro completo. 
Fonte: https://europa.eu/newsroom/highlights/special-coverage/brexit_en
http://www.europa.eu/
https://europa.eu/newsroom/highlights/special-coverage/brexit_en
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Não é intenção deste trabalho – e nem poderia ser – esgotar o estudo sobre os blocos econômicos
existentes. Assim, apenas a título de curiosidade, citamos outros blocos, tais como Mercado Comum
Centro-Americano (MCCA), Mercado Comum e Comunidade do Caribe (CARICOM), Comunidade dos
Estados Independentes (CEI), Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), Fórum Econômico da Ásia e
do Pacífico (APEC), Associação deNações do Sudeste Asiático (ASEAN), Acordo Comercial sobre Relações
Econômicas entre Austrália e Nova Zelândia (ANZCERTA), Comunidade para o Desenvolvimento da África
Austral (SADC).
 
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 A Organização Mundial do Comércio (OMC): a participação do Brasil no contencioso comercial da OMC
 
 Criada em 1º de janeiro de 1995, a Organização Mundial do Comércio tem
por objetivo geral formular as regras de comércio no mundo globalizado. A
Organização foi criada para cumprir as seguintes metas:
Contribuir para a liberalização gradual do comércio multilateral, mediante
rodadas de negociações;
Desencorajar a discriminação no comércio, evitando cláusulas como a da
"nação mais favorecida"; 
Estabelecer um órgão para a solução de conflitos comerciais.
 
A OMC é sucessora do GATT - o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio -, criado em 1948, logo após a Segunda Grande Guerra. Ao longo do período entre 1948
e 1994, foram as regras do comércio multilateral estabelecidas no âmbito do Acordo, uma vez que a Carta de Havana, que criava uma Organização
Internacional do Comércio, jamais logrou ser ratificada pelos Estados Partes.
 Nos primeiros anos de existência do GATT, suas rodadas de negociações buscaram basicamente a redução de tarifas comerciais. A Rodada Kennedy, realizada
de 1964 a 1967, produziu um Acordo Anti-Dumping e a Rodada Tóquio, que se estendeu de 1973 a 1979, constituiu-se na mais importante tentativa já
encetada para lograr a eliminação das barreiras não-tarifárias. Da Rodada Uruguai, iniciada em 1986, e que alcançou o seu final em 1994, nasceria a
Organização Mundial do Comércio.
 Sua especificidade em relação ao GATT reside no fato de que, enquanto o GATT debruçava-se apenas sobre o comércio de bens, a OMC inclui em sua agenda,
entre outros temas, serviços, compras governamentais, propriedade intelectual e meio ambiente. Também não se pode deixar de lembrar que um diferencial
relevante entre o antigo GATT e a OMC se refere ao fato de esta última contar com um mecanismo de solução de controvérsias sensivelmente mais efetivo que
aquele com que contava o antigo GATT.
 
 
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A OMC realizou duas grandes reuniões ministeriais: em Cingapura, em 1996, e em Genebra, em 1998. A terceira, que marcou o início da "Rodada do Milênio",
foi realizada em Seattle, nos Estados Unidos, entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro de 1999. Posteriormente, em 2001, foi lançada a “Agenda de Doha
para o Desenvolvimento”, conhecida como Rodada de Doha, cujas negociações ainda estão em curso.
Para os 159 países membros da OMC, as tarifas que aplicarão às suas importações, registradas no âmbito da Organização, revestem-se de efeito vinculante e
não podem ser desrespeitadas. Caso um dos membros se sinta prejudicado em virtude de iniciativa tomada por outro Estado Parte no Acordo, a ele caberá
acionar o sistema de solução de controvérsias da OMC.
Países membros da OMC
O Brasil, ativo cliente do sistema de solução de controvérsias da
organização, tende a ampliar sua litigiosidade, seja pelo que tem a
defender, seja pelo que tem a conquistar. Embora não cheguemos a
participar em 1% do comércio mundial, já somos autores ou réus em cerca
de 8% dos famosos "panels" genebrinos, atualmente tão citados quanto desconhecidos.
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Nas vitais relações comerciais entre Estados, a consolidação da OMC representa importante momento de sobreposição do poder jurídico sobre o poder político.
Adotando um inusitado aparato jurídico, já testado e comprovado em sua efetividade, o organismo internacional aplica um modelo racional de solução de
controvérsias, mediante sugestão de sanções - ou seja, sem ser impositivo - sob medida para as peculiaridades de conflitos entre Estados soberanos. Fomenta,
ademais, um pluralismo jurídico ordenado, com os Estados comprometendo-se a abster-se de medidas unilaterais de retaliações e medidas abruptas
indesejáveis ao equilíbrio e harmonia internacionais.
Fruto da experiência obtida no direito do comércio internacional, somada aos melindres e limites do direito internacional público, o "panel" propõe uma original
forma de decisão vinculante, em que inexistindo a pacificação do conflito pelos meios político-diplomáticos, profere-se, ao fim de um sumário processo de
conhecimento, relatório com prescrições elaboradas por juristas a serviço da OMC. O relatório final do "panel" comina sanções compensatórias a quem violou as
regras do comércio internacional, causando prejuízo a outrem, expressas em valores monetários. De natureza impositiva sob condição, já que podem ser
negociadas interpartes, em busca da construção do consenso, sempre declaratórias e eventualmente constitutivas, tais decisões conformam algo inusitado no
direito tanto interno como internacional, não se tratando de laudo arbitral e tampouco de simulacro de sentença judicial.
Sujeitos ainda a uma cautela política francamente assumida pela OMC, os relatórios finais dos "panels" não serão implementados se vetados pelo querer de
todos os Estados Partes, na dialética forma do consenso invertido, o que não constitui novidade no direito internacional, haja vista, por exemplo, o poder de
veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Na prática, contudo, o consenso invertido é extremamente difícil de ser alcançado, o que facilita a
aprovação dos relatórios finais.
Há que se ter presente que a âncora contratualista da relação entre Estados - pacta sunt servanda - permanece incólume, com o consentimento sendo
determinante para que se integre e permaneça na OMC, submetendo-se ao seu sistema de solução de controvérsias. E mais: só os Estados, blocos econômicos
(atualmente apenas a Comunidade Europeia) e territórios aduaneiros com autonomia para conduzir relações comerciais externas têm legitimidade ad causam,
embora saibamos que no mais das vezes são as empresas que conflitam (Bombardier x Embraer, Kodak x Fuji), sendo representadas pelos Estados, blocos
econômicos ou os citados territórios aduaneiros, através das fórmulas ordinárias do direito internacional público.
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Com uma legislação específica - o "Dispute Settlement Understanding", DSU, aprovado no bojo da Rodada Uruguai, em sua manifestação jurídica por excelência, o
Encontro de Marraquesh, no primeiro semestre de 1994 -, a OMC tende a transformar-se no grande fórum mundial, onde se estima serem pacificados os
macroconflitos comerciais internacionais, agravados pelas duras contendas de manutenção e acesso a mercados.
O Órgão de Solução de Controvérsias, sempre que provocado, passará a buscar solução consensual, observando um calendário rígido, sem procrastinações
unilaterais. Passando pela fase de conhecimento e do contraditório, em que os Estados expressam livremente suas razões, formando a prova na forma ordinária do
due process of law, chega-se ao relatório final, que indica condutas e comina sanções comerciais na forma de direitos a serem ou não exercidos pela parte
vencedora, aqui bem ao sabor das relações flexíveis do direito internacional.
O exercício facultativo dos direitos concedidos à parte vencedora é, de fato, prática de difícil percepção, senão àqueles habituados à realidade do direito do
comércio internacional. Nele, em especial no contencioso comercial, ganhar não significa simplesmente aplicar-se a decisão. Há, em verdade, toda uma gama
de circunstâncias que condicionam o que se fará. Está-se claramente em um outro espectro de prestação jurídica, onde a coação continua essencial ao direito,
conquanto empregando meios muito mais sofisticados.
De toda sorte, e em que pese seu breve período de vigência, não há mais como duvidar da eficácia e efetividade do sistema de solução de controvérsias da
OMC, como se aufere do grande respaldo internacional que vem recebendo. Considerados os vinte e sete países signatários do GATT, em 1947, primeira
tentativa de ordenar-se o comércio internacional, aos atuais signatários da OMC, e com especial significado para a adesão da China, não há mais espaço para
qualquer tipo de ceticismo.
Unidade 2- teoria de referência; teoria da integração regional; etapas da
integração..
Teoria da Integração Regional
Além das considerações de ordem econômica, faz-se necessária também uma discussão do papel dos fatores políticos, não apenas no que concerne aos
processos decisórios que levam certos países a optar por um processo integracionista, como também no que diz respeito à continuidade e aprofundamento
dessa integração. O caso da Europa é paradigmático para a ilustração de processos de integração determinados por motivos de caráter político. Entre estes,
cabe lembrar a necessidade de se evitar futuras guerras no continente europeu e a criação de uma terceira força na política mundial mediante o fortalecimento
da Europa Ocidental, em um quadro, então, de polarização entre a União Soviética e os Estados Unidos.
Nesse cenário, ressurge o Movimento Federalista Europeu após o final da I Guerra Mundial, que se baseava nas ideias de precursores como o abade de Saint-
Pierre (1658-1743), Immanuel Kant (1724-1804) e Victor Hugo (1802-1885), entre outros. Porém, os federalistas do século XX são impulsionados pelos
horrores sofridos pelo continente europeu por força das duas guerras mundiais que o assolaram no intervalo de apenas 25 anos. Vários políticos posicionam-se
a favor da criação dos "Estados Unidos da Europa", postura fortalecida pelo apoio dos Estados Unidos e pela pressão das crescentes ameaças de Moscou. Foi o
temor de uma terceira guerra mundial, decorrente do expansionismo soviético, que levou Winston Churchill a proferir memorável discurso em Zurique, em
1946, quando apresenta o projeto de "Recriar a família europeia em uma estrutura regional tal que venha a chamar-se Estados Unidos da Europa". Sem dúvida
alguma, as ideias federalistas permearam toda a trajetória da integração europeia, muitas vezes por meio de figuras políticas presentes no Parlamento Europeu,
como Altiero Spinelli, autor do famoso Manifesto de Ventotene (1941), que defendia a união dos países da Europa em uma Federação Europeia.
Saiba mais sobre Immanuel Kant Saiba mais sobre Victor Hugo 
   
https://saberes.senado.leg.br/pluginfile.php/7286125/mod_book/chapter/122957/Immanuel%20Kant%20%281%29.pdf
https://saberes.senado.leg.br/pluginfile.php/7286125/mod_book/chapter/122957/Victor%20Hugo.pdf
https://saberes.senado.leg.br/pluginfile.php/7286125/mod_book/chapter/122957/Victor%20Hugo.pdf
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Outra vertente da teoria da integração deve-se ao cientista político David Mitrany, formulador da teoria funcionalista. Embora Mitrany tenha formulado a sua
teoria com vistas à unidade mundial, e não apenas europeia, suas ideias influenciaram fortemente os primeiros militantes pela união da Europa e teóricos da
integração, dando origem, mais tarde, à teoria neofuncionalista. A "alternativa funcional" de Mitrany vislumbra uma ampla teia de agências internacionais, onde
tecnocratas de países diversos se dedicariam, em conjunto, de maneira racional, pragmática e flexível, ao desenvolvimento de atividades vinculadas a vários
setores voltados ao bem-estar público. A soberania dos Países Membros de tais agências seria, gradualmente, transferida para tais reuniões
intergovernamentais. Exemplo paradigmático desse sistema é o Tratado de Paris (1951), que cria a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e uma
Alta Autoridade destinada a administrar a sua produção e comercialização nos Estados Partes. A soberania passa a ser então compartilhada para determinadas
decisões, por um ato de vontade dos próprios Estados envolvidos.
Mais tarde, Ernst Haas elabora a teoria neofuncionalista, que enfatiza o aprendizado, pelas elites de um país, dos benefícios da integração. Esta se estenderia a
outros setores, em consequência de uma percepção favorável dos seus resultados. É o célebre efeito spill over, identificado por Haas como o principal propulsor
de um projeto integracionista. O Mercosul oferece interessantes exemplos de spill over, na medida em que foi incorporando novos setores ao processo de
integração que antes se encontravam alijados do mesmo, como relações trabalhistas, turismo e meio ambiente.
Em sua análise da integração do ponto de vista político, afirma Karl Deutsch, por sua vez, que a integração é um processo pelo qual se obtém determinado tipo
de relacionamento entre as partes componentes, capaz de alterar o comportamento destas relativamente ao que este seria, se essas partes componentes não
estivessem integradas.
.
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 Etapas da integração
 
 
Antes de mais nada, caberia definirmos alguns termos relacionados à
formação de blocos econômicos. Segundo Bela Balassa, a integração
econômica é um processo que implica medidas destinadas à abolição de
discriminações em uma determinada área.
Assim, de início, um processo de integração econômica caracteriza-se por um
conjunto de medidas que têm por objetivo promover a aproximação e a união entre as economias de dois ou mais
países. 
O grau de profundidade dos vínculos que se criam entre as economias dos países envolvidos em um processo de
integração econômica permite que se visualize, ou determine, as fases ou etapas do seu desenvolvimento.
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A teoria do comércio internacional registra a classificação de cinco tipos de associação entre países que decidem integrar suas economias:
1) A Zona de Preferência Tarifária é o mais elementar dos processos de integração, apenas assegurando níveis tarifários preferenciais para o grupo de países
que conformam a Zona. Assim, uma ZPT estabelece que as tarifas incidentes sobre o comércio entre os Países Membros do grupo são inferiores às tarifas
cobradas de países não membros.
A ALALC, por exemplo, procurou estabelecer preferências tarifárias entre seus onze membros, ou seja, entre todos os Estados da América do Sul que aderiram
à tentativa de integração comercial, excluídos apenas a Guiana e o Suriname, e incluindo-se ainda o México.
2) A Zona de Livre Comércio (ZLC), uma segunda modalidade, consiste na eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre o comércio
entre os países que constituem a ZLC.
O NAFTA (North America Free Trade Area), ou Acordo de Livre Comércio da América do Norte, firmado entre os Estados Unidos, o México e o Canadá, é um
exemplo de ZLC.
3) A União Aduaneira é uma Zona de Livre Comércio que adota também uma Tarifa Externa Comum (TEC). Nessa fase do processo de integração, um
conjunto de países aplica uma tarifa para suas importações provenientes de países não pertencentes ao grupo, qualquer que seja o produto, e, por fim, prevê a
livre circulação de bens entre si com tarifa zero.
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O exemplo mais conhecido desse tipo de integração foi a Zollverein (União Aduaneira, em alemão), idealizada e impulsionada por Otto von Bismarck, o grande
líder responsável pela unificação política da Alemanha, em 1850. A Zollverein foi criada em 1835 e dissolvida em 1866.
4) O Mercado Comum, quarto estágio de integração econômica, difere fundamentalmente da União Aduaneira porque, além da livre circulação de
mercadorias, requer a circulação de serviços e fatores de produção, ou seja, de capitais e pessoas.
Porém, deve-se ressaltar que, além da livre circulação de bens, serviços e fatores de produção, todos os Países Membros de um Mercado Comum devem seguir
os mesmos parâmetros para fixar a política monetária (fixação de taxas de juros), a política cambial (taxa de câmbio da moeda nacional) e a política
fiscal (tributação e controle de gastos pelo Estado), ou seja, os Países Membros devem concordar com o avanço integrado da coordenação das suas políticas
macroeconômicas.
A União Europeia, até 1992, foi um exemplo acabado de integração pela via do Mercado Comum, quando, então, prosseguiu para o estágio mais avançado,
passando a se constituir em uma União Econômica e Monetária.
5) A União Econômica Monetária é a etapa mais avançada dos processos de integração econômica, até agora alcançada apenas pela União Europeia.
A União Econômica e Monetária ocorre quando existe uma moeda comum euma política monetária com metas unificadas e reguladas por um Banco Central
comunitário. Desde 2002, a União Europeia tem como moeda corrente o Euro, cuja emissão, controle e fiscalização dependem do Banco Central Europeu.
De acordo com a classificação exposta nos parágrafos anteriores, o Mercosul é, desde 1º de janeiro de 1995, uma União Aduaneira, mas o objetivo dos países
que o integram, e que está consubstanciado no primeiro artigo do Tratado de Assunção, é a construção de um Mercado Comum. 
 
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Assim, de modo resumido, pode-se afirmar que o Mercosul é um projeto de construção de um Mercado Comum, cuja execução encontra-se na fase de União
Aduaneira imperfeita.
Além das cinco etapas de integração, entendemos que uma sexta fase deve ser acrescentada à teoria sobre a qual nos apoiamos, que será a União Política.
A União Política poderá ser a etapa conclusiva de um processo de integração regional. Ao alcançá-la, o modelo intergovernamental,
típico instrumento de cooperação internacional sempre liderado pelo Executivo, terá sido substituído
pelo chamado modelo supranacional, que
implica a existência de órgãos, no seio da estrutura institucional da integração, independentes dos
Estados Membros e encarregados de zelar pelos interesses da região em sua totalidade. A união
política poderá tomar a feição de uma federação, assentada sobre um pacto federativo, isto é, sobre
uma constituição.
A União Europeia assinou, em 29 de outubro de 2004, o Tratado da Constituição Europeia, que, no
entanto, ainda não logrou a sua aprovação em todos os Estados Membros, tendo sido rejeitado pelo
voto popular por ocasião de referendos realizados na França (29 de maio de 2005) e na Holanda (1º
de junho de 2005). Ressalte-se, entretanto, que até o presente momento 15 Países Membros já
ratificaram o Tratado: Áustria, Bélgica, Chipre, Estônia, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Letônia,
Lituânia, Luxemburgo, Malta, Eslováquia, Eslovênia e Espanha.
 
Após a tentativa fracassada do Tratado da Constituição Europeia, foi assinado, em 2007, o Tratado de Lisboa, que pretendia, com algumas alterações, reviver o
primeiro tratado. A população irlandesa, no entanto, rejeitou o Tratado de Lisboa e pôs em dúvida o modelo de expansão institucional e normativa da
União Europeia. Parece certo que novas formas precisam surgir para que o projeto integracionista europeu não se estagne.
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Modelo supranacional x intergovernamental
Segundo a visão intergovernamentalista, os Estados soberanos, principais atores no cenário internacional, lançam-se à integração a partir do reconhecimento
de que as vantagens da cooperação e da identificação de interesses comuns superam os custos da situação de conflito. Mas, em linhas gerais, na perspectiva
intergovernamental os Estados devem esforçar-se por fazer valer, acima da visão regional, o interesse nacional. Desta noção decorre, naturalmente, o raciocínio
segundo o qual a preservação da soberania nacional constitui um princípio essencial a ser observado ao longo das negociações da integração. O modelo
intergovernamental constitui, portanto, típico instrumento de cooperação internacional, pautando-se pelos princípios do direito internacional clássico, tais
como a igualdade dos Estados e o direito de veto.
Cabe assinalar a pronunciada importância conferida pelos países da América Latina ao conceito da soberania nacional absoluta, que emerge indissoluvelmente
ligado às suas raízes históricas e que até hoje permanece como princípio basilar de sua cultura política.
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O modelo supranacional implica a inclusão de um ou mais órgãos, no seio da estrutura institucional da integração, independentes dos Estados Partes e
encarregados de zelar pelos interesses da região em seu conjunto. No caso da União Europeia, o órgão supranacional por excelência é a Comissão Europeia
(chamada pelo Tratado de Paris, que criou a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, de "Alta Autoridade"), apresentando também o Parlamento e o Tribunal
de Justiça (bem como o Tribunal de Primeira Instância) aspectos de supranacionalidade. A Comissão tem o poder de emitir "Diretivas" e "Resoluções", sendo
que estas últimas se sobrepõem ao ordenamento jurídico interno dos Estados Partes, nos quais têm aplicação direta e imediata.
Contudo, é inegável a centralidade dos Estados nacionais nas formulações que determinam os destinos da integração. As negociações que conduzem às revisões
dos tratados ocorrem em âmbito intergovernamental, e as entidades supranacionais são criadas pelos próprios governos, que lhes delimitam as competências.
Paulo Roberto de Almeida, em artigo escrito em 1994, aponta os seguintes aspectos de supranacionalidade no modelo comunitário europeu: 
presença de instituições independentes dos Estados Membros (Comissão, Parlamento, Tribunal de Justiça);
métodos decisórios supranacionais (possibilidade de votação no Conselho segundo o princípio majoritário, superando eventuais oposições de Estados
individuais);
sistema próprio de recursos e transferência de certas competências à Comunidade;
normas que vinculam diretamente os indivíduos, agentes econômicos e empresas.
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Como mencionamos, o referido artigo data de 1994, momento em que o Mercosul preparava a arquitetura institucional que figuraria no Protocolo de Ouro Preto,
firmado em 17 de dezembro de 1994, e que acompanharia a implantação da união aduaneira. Segundo o autor, não se poderia impulsionar no Mercosul, sem
consideráveis riscos políticos, inclusive e principalmente de perda de credibilidade internacional, um processo de definição supranacional de instituições e
métodos como os anteriormente enumerados.
Assim, o Protocolo de Ouro Preto veio a reiterar a natureza intergovernamental do Mercosul e a metodologia do consenso para os seus processos decisórios.
Síntese
Neste Módulo, estudamos os movimentos paralelos em curso no cenário mundial, de
multilateralização do comércio e de formação de blocos econômicos. No que se refere ao
multilateralismo, examinamos a Organização Mundial do Comércio e seu inédito mecanismo de solução de
controvérsias, com destaque para a participação do Brasil nos contenciosos.
Estudaremos, em seguida, a teoria da integração e suas diversas correntes, as etapas da integração e os
modelos de que se podem revestir os blocos econômicos.
Exercícios de Fixação - Módulo I
Parabéns! Você chegou ao final do Módulo I do curso Fundamentos da Integração Regional: Mercosul.
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e responda aos Exercícios de Fixação, que o resultado não
influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a
correção imediata das suas respostas!
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