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N-2631 DEZ / 99 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 6 páginas PINTURA INTERNA DE TUBULAÇÕES Procedimento Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos itens da mesma. CONTEC Comissão de Normas Técnicas Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico- gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo. SC - 14 Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. Pintura e Revestimentos Anticorrosivos Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. “A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.” Apresentação As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho – GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia, Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS. N-2631 DEZ / 99 2 1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para qualificação dos materiais, aplicação e inspeção a serem utilizados na recuperação de tubulações antigas e no revestimento interno de tubulações novas, para transporte de querosene (QAV) e gasolina de aviação (GAV), com a finalidade de minimizar possíveis contaminações do produto, resultantes de processos de corrosão. 1.2 Esta Norma somente se aplica a trabalhos iniciados a partir da data de sua edição. 1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Mandatórios. 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a presente Norma. PETROBRAS N-5 - Limpeza de Superfícies de Aço por Ação Físico- Química; PETROBRAS N-9 - Tratamento de Superfícies de Aço com Jato Abrasivo e Hidrojateamento; PETROBRAS N-13 - Aplicação de Tinta; PETROBRAS N-1204 - Inspeção Visual de Superfícies de Aço para Pintura; PETROBRAS N-1306 - Determinação do Tempo de Secagem de Películas de Tintas; PETROBRAS N-1338 - Determinação da Resistência de Película de Tinta a Imersão; PETROBRAS N-1363 - Determinação de Vida Útil da Mistura (Pot-Life) em Tintas e Vernizes; PETROBRAS N-1367 - Determinação do Teor de Sólidos por Massa em Tintas e Produtos Afins; PETROBRAS N-1537 - Ensaio de Resistência de Película de Tinta a Imersão em Água Destilada; PETROBRAS N-1538 - Resistência de Películas de Tinta ao Dióxido de Enxofre pelo Aparelho de Kesternich; PETROBRAS N-1810 - Ensaio de Descaimento em Película de Tinta; ISO 1522 - Paints and Varnishes - Pendulum Daping Test; ISO 8501-1 - Preparation of Steel Substrates Before Application of Paints and Related Surfaces; ABNT NBR 8094 - Material Metálico Revestido e Não-Revestido - Corrosão por Exposição à Névoa Salina; ASTM D 56 - Standard Test Method for Flash Point by Tag Closed Tester; ASTM D 562 - Standard Test Method for Consistency of Paints Using the Stormer Viscometer; N-2631 DEZ / 99 3 ASTM D 1475 - Standard Test Method for Density of Paint, Varnish, Lacquer and Related Products; ASTM D 2247 - Standard Practice for Testing Water Resistance of Coatings in 100 % Relative Humidity; ASTM D 4541 - Standard Test Method for Pull-Off Strength of Coatings Using Portable Adhesion Testers. 3 CONDIÇÕES ESPECÍF ICAS 3.1 Procedimento de Execução 3.1.1 Tratamento da Superfície 3.1.1.1 Deve ser feita rigorosa inspeção visual, conforme a norma PETROBRAS N-1204, em toda a superfície a pintar. 3.1.1.2 Para auxiliar a inspeção em ambiente fechado, devem ser instaladas luminárias, para que as comparações com padrões visuais da norma ISO 8501-1 não sejam falseadas. 3.1.1.3 A limpeza da superfície por ação físico-química, conforme a norma PETROBRAS N-5, quando necessária, deve ser aplicada antes da execução de outras modalidades de limpeza de superfície que removam ferrugem, carepa de laminação ou camada de tinta remanescente. 3.1.1.4 Aplicar jateamento abrasivo comercial em toda a superfície a pintar, conforme a norma PETROBRAS N-9, grau Sa-2 da norma ISO 8501-1, pelo emprego de processos, dispositivos ou acessórios para jateamento interno de tubulações com diâmetro maior ou igual a 50 mm (2 in). 3.1.1.5 A superfície jateada deve ser limpa imediatamente, com aspirador ou ar comprimido limpo e seco, conforme a norma PETROBRAS N-9, de modo a remover todo abrasivo e poeira. 3.1.1.6 O jateamento para tubulações novas deve levar a superfície a um perfil de rugosidade entre 30 mm e 100 mm, independentemente do tipo de abrasivo. 3.1.1.7 Antes da aplicação da tinta, conforme a norma PETROBRAS N-13, a superfície deve ser inspecionada visualmente quanto à presença de traços de óleo, graxa ou sujeira, que devem ser removidos. N-2631 DEZ / 99 4 3.1.2 Qualificação do Procedimento O procedimento de execução deve ser feito conforme norma PETROBRAS N-13, e submetido a apreciação e aprovação da PETROBRAS antes do início dos trabalhos. Para aprovação do procedimento devem ser executados testes e ensaios, conforme item 3.1.3, em um tubo com no mínimo 6 m de comprimento e no mesmo diâmetro dos tubos a serem pintados. Nesse tubo deve ser aplicado o mesmo esquema de pintura adotado no item 3.2. 3.1.3 Ensaios para Aprovação do Procedimento de Execução 3.1.3.1 Em um tubo com no mínimo 6 m de comprimento, e com o mesmo diâmetro dos tubos a serem pintados, aplicar o sistema de pintura indicado no item 3.2. Em seguida, realizar os seguintes ensaios: perfil derugosidade, padrão de preparação da superfície, espessura de película úmida, espessura de película seca e aderência. Estes ensaios devem ser feitos na extremidade do tubo. 3.1.3.2 Após ultrapassado o tempo de cura da última demão da tinta de acabamento, retirar corpos de prova do tubo utilizado nos ensaios do item 3.1.3.1 conforme o seguinte procedimento: a) cortar o tubo em três partes iguais, identificando cada uma delas, inclusive qual a parte superior e inferior durante o processo de aplicação; b) fazer um corte longitudinal em duas meias canas em cada parte do tubo cortado; c) realizar nestas partes inspeção visual quanto a falhas, medição de película seca e teste de aderência, sendo que estes dois últimos ensaios devem ser feitos em três pontos diferentes em cada pedaço do tubo. 3.1.3.3 Deve ser emitido pelo aplicador um dossiê do procedimento de execução contendo, no mínimo, as seguintes informações: a) procedimento de aplicação; b) plano de controle de qualidade; c) certificado de qualidade das tintas utilizadas; d) resultado de todos os testes e ensaios realizados. 3.2 Sistema de Pintura Revestimento Único: após a inspeção e preparo da superfície, descritos em 3.1.1.1 e 3.1.1.4, aplicar duas demãos de “Tinta de Epoxi sem Solvente Curada com Poliamina”, que atenda aos requisitos das TABELAS 1 e 2. A espessura total de película seca deve ser de no mínimo 180 mm. O intervalo entre demãos deve ser de, no mínimo, 6 horas e, no máximo, 24 horas. Nota: Tubulações com temperatura de operação acima de 120 ºC não são pintadas. N-2631 DEZ / 99 5 TABELA 1 - REQUISITOS DO PRODUTO PRONTO PARA APLICAÇÃO Ensaios Espessura Película Requisitos Normas a Utilizar Seca (mmm) mín. máx. Consistência, UK - - 130 ASTM D 562 Massa Específica, g/cm3 - - 1,6 ASTM D 1475 Sólidos por Massa, % - 95 - PETROBRAS N-1367 e Nota 1 Tempo de Vida Útil (“Pot-Life”), Minutos - 90 - PETROBRAS N-1363 Tempo de Secagem Livre de Pegajosidade, h 180 a 220 - 16 PETROBRAS N-1306 Tempo de Secagem para Repintura, h 180 a 220 12 24 PETROBRAS N-1306 Tempo de Secagem à Pressão, h 180 a 220 - 24 PETROBRAS N-1306 Descaimento, mm (Película Seca) - 180 - PETROBRAS N-1810 “Flash-point” °C - 100 - ASTM D 56 Notas: 1) Este ensaio deve ser conduzido de acordo com a norma PETROBRAS N-1367 a 25 °C. O conjunto (item 3.4 da norma PETROBRAS N-1367) deve permanecer 48 horas nesta temperatura e, logo em seguida, executar a pesagem para determinação do mD. 2) Para fins de cálculo do rendimento prático estimar o teor de sólidos por volume em 90 %. TABELA 2 - CARACTERÍSTICAS DA PELÍCULA SECA Ensaios Espessura Película Requisitos Normas a Utilizar Seca (mmm) mín. máx. Aderência, MPa 180 a 220 15 ASTM D 4541 A2 Dureza “König”, s 180 a 220 100 - ISO 1522 Resistência à Névoa Salina, h 350 a 400 2000 - ABNT NBR 8094 Resistência a 100 % de Umidade Relativa, h 350 a 400 2000 - ASTM D 2247 Resistência ao SO2 (2,0 L), Rondas 350 a 400 5 - PETROBRAS N-1538 Resistência à Imersão em Xileno, h 350 a 400 2000 - PETROBRAS N-1338 Resistência à Imersão em Água Salgada (3,5 % de NaCl), 40 °C, h 350 a 400 2000 - PETROBRAS N-1338 Resistência á Imersão em Água Destilada, 40°C, h 350 a 400 2000 - PETROBRAS N-1537 Resistência à Imersão em NaOH a 30 %, h 350 a 400 2000 - PETROBRAS N-1338 Resistência à Imersão em H2SO4 a 40 %, h 350 a 400 1500 - PETROBRAS N-1338 N-2631 DEZ / 99 6 Nota: Para realização dos ensaios acima, a tinta deve ser aplicada diretamente sobre a chapa de aço carbono AISI-1020. A preparação da superfície deve ser feita por meio de jateamento abrasivo comercial, grau Sa-2 da norma ISO-8501-1. O perfil de ancoragem deve ser de 30 mm a 70 mm. As dimensões da chapa devem ser de 150 mm x 80 mm, e espessura mínima de 2,0 mm. 3.3 Inspeção Durante a aplicação devem ser feitos os ensaios previstos no item 3.1.3.1, e registrados os resultados obtidos, para serem juntados ao dossiê previsto no item 3.1.3.3. ____________
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