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Jusnaturalismo e Juspositivismo

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Jusnaturalismo e Juspositivismo 
 Jusnaturalismo e Juspositivismo 
 O homem sempre seguiu regras, seja social, moral ou jurídica, ele sempre se guiou através 
de regras de condutas, hoje vamos falar das duas correntes em que o direito divide-se que são 
elas: a corrente do jusnaturalismo e a corrente dojuspositivismo. 
 A corrente do jusnaturalismo defende que o direito é independente da vontade humana, 
ele existe antes mesmo do homem e acima das leis do homem, para os jusnaturalistas o 
direito é algo natural e tem como pressupostos os valores do ser humano, e busca sempre um 
ideal de justiça. 
 O direito natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela natureza a todos 
aqueles que se encontra em um estado de natureza. 
 Ao contrário do que defende a corrente jusnaturalista (jusnaturalismo), a 
corrente juspositivista (juspositivismo) acredita que só pode existir o direito e 
consequentemente a justiça através de normas positivadas, ou seja, normas emanadas pelo 
Estado com poder coercivo, podemos dizer que são todas as normas escritas, criadas pelos 
homens por intermédio do Estado. 
 O direito positivo é aquele que o Estado impõe à coletividade, e que deve estar adaptado 
aos princípios fundamentais do direito natural. 
 Veja as principais diferenças entre o jusnaturalismo e o juspositivismo: 
 
 
JUSNATURALISMO 
• Leis superiores 
• Direito como produto de ideias (Metafísico) 
• Pressuposto: Valores 
• Existência de leis naturais 
 
 
JUSPOSITIVISMO 
• Leis impostas 
• Leis como produto da ação humana (empírico-cultural) 
• Pressuposto: o próprio ordenamento positivo 
• Existência de leis formais 
 
 
 E para finalizar esse post devo dizer que a corrente predominante atualmente é a corrente 
do juspositivismo. 
O jusnaturalismo moderno inicia sua formação a partir do século XVI. Tinha por escopo tal 
escola deixar para traz o dogmatismo medieval, bem como escapar do ambiente teológico em 
que se formou e desenvolveu. Na fase jusnaturalista, os princípios ocupavam uma função 
meramente informativa (para valorar como certo ou errado, conforme a norma de direito 
positivo se conformasse ou não às diretrizes dos princípios), mas sem qualquer eficácia 
sintática normativa. Nesta fase os princípios jurídicos eram situados em esfera metafísica e 
abstrata, sendo reconhecidos como inspiradores de um ideal de justiça, cuja eficácia se cinge a 
uma dimensão ético-valorativa do Direito. Tamanha foi à influência histórica da escola 
jusnaturalista que, já no século XIX, com o advento do Estado Liberal muitos dos preceitos 
seguidos pelos jusnaturalistas foram incorporados em textos escritos. Era a superação histórica 
do naturalismo. 
Bobbio, Mantteucci e Pasquino noticiam que, "com a promulgação dos Códigos, 
principalmente do Napoleônico, o Jusnaturalismo exauria a sua função no momento mesmo 
em que celebrava seu triunfo. Transpondo o Direito racional para o Código, não se via nem 
admitia outro direito senão este. O recurso a princípios ou normas extrínsecos ao sistema do 
direito positivo foi considerado ilegítimo." 
Surgia o positivismo. Nesta fase, tinha-se a pretensão de criar uma Ciência Jurídica com 
objetividade científica e características similares das conferidas às Ciências Exatas. Apartava-
se, assim, o Direito da Moral, de modo à inseri-los em compartimentos estanques para fins 
científicos (10). 
Em ralação aos princípios, que é objeto do singelo estudo, sua função era meramente 
subsidiária, por conta de uma norma antilacunas clássica em todos os ordenamentos romano-
germânicos. Não que se reconhecesse a normatividade dos princípios neste sistema 
jusfilosófico. Contudo, ante a possibilidade de ruir o dogma da completude do sistema 
normativo caso não se colmatassem as lacunas que viessem a ocorrer, o que era tão caro ao 
juspositivismo, optou-se pela adoção de uma aplicação diferida dos princípios somente como 
forma de solução das lacunas, a saber: não são os princípios que gozam de normatividade, mas 
a norma que conferir competência ao julgador para aplicá-los. 
Destarte, para os positivistas os princípios tinham função puramente garantidora da inteireza 
dos textos legais, servindo tão somente para suprir os vácuos normativos que as leis, por 
ventura, não lograram perfazer. 
O grande impacto do positivismo e o culto velado a seus dogmas legitimou, ainda que sob 
vestes travestidas, a feitura de autoritarismos dos mais diversos. É por isso que Ana Paula 
Barcelos e Luís Roberto Barroso, dentre outros, associam a queda do positivismo à derrota do 
Nazismo na Alemanha e Fascismo na Itália. Com efeito, vejamos a passagem dos autores 
citados: 
Esses movimentos políticos e militares ascenderam ao poder dentro do quadro de legalidade 
vigente e promoveram uma barbárie em nome da lei. Os principais acusados de Nuremberg 
invocaram o cumprimento da lei e a obediência a ordens emanadas de uma autoridade 
competente. Ao fim da II Guerra Mundial a ideia de um ordenamento jurídico indiferente a 
valores éticos e da lei como uma estrutura meramente formal, uma embalagem para qualquer 
produto, já não tinha mais aceitação no pensamento esclarecido. 
A queda do Positivismo coincide com uma época em que o homem passou a se preocupar mais 
com os direitos sociais, atribuindo uma dimensão superior à necessidade de se solucionar 
conflitos independentemente das leis, viu-se que não é sempre que a lei é legítima, ou seja, 
que a norma corresponde à vontade social. A estimação exasperada à lei fria, 
consequentemente, passou a granjear justas críticas, encontrando no Brasil defensores da 
irrestrita relação entre diferentes elementos: o fato social, o valor, e, é óbvia, a norma jurídica 
(Miguel Reale e outros). 
No remanescente do mundo, outros pensadores, como Ronald Dworkin e F. Muller, passaram 
a sustentar, apesar de algumas adjacências, as mesmas idéias-base. Era o início do pós-
positivismo jurídico. A nova fase passou a atribuir maior importância não somente às leis, mas 
aos princípios do direito. E os princípios, analisados como espécies de normas, tinham, ao 
contrário das regras, ou leis, um campo maior de abrangência, pois se tratavam de preceitos 
que deveriam intervir nas demais normas, inferiores, para obter delas o real sentido e alcance. 
Tudo se ressalte, para garantir os direitos sociais do homem. 
No pós-positivismo, os princípios jurídicos deixam de possuir apenas a função integratória do 
direito, conquistando o status de normas jurídicas vinculantes. 
Os mesmos autores dantes mencionados nos brindam com outra precisa lição, a qual, não 
obstante sua extensão julgou pertinente a transcrição, até para efeito de conclusão do 
presente tópico: 
 
A superação histórica do Jusnaturalismo e o fracasso político do Positivismo abriram caminho 
para um conjunto amplo e ainda inacabado de reflexões acercado do Direito, sua função social 
e sua interpretação. O Pós-Positivismo é a designação provisória e genérica de um ideário 
difuso, no qual se incluem a definição das relações entre valores, princípios e regras, aspectos 
da chamada Nova Hermenêutica Constitucional, e a teoria dos direitos fundamentais, edificada 
sobre o fundamento da dignidade humana. A valorização dos princípios sua incorporação, 
explícita um implícita, pelos textos constitucionais, e o reconhecimento pela ordem jurídica de 
sua normatividade fazem parte desse ambiente de reaproximação entre Direito e Ética. 
 
Direito Positivo - corresponderia ao fenômeno jurídico concreto, apreendido através dos 
órgãos sensoriais, sendo, deste modo, o fenômeno jurídico empiricamente verificável, tal 
como ele se expressa através das fontes de direito, especialmente, aquelas de origem estatal. 
 
Direito Natural - corresponderia a uma exigência perene, eterna ou imutável de um direito 
justo, representada por um valor transcendentalou metafísico de justiça. 
 
A segunda tese do jusnaturalismo é a superioridade do direito natural em face do direito 
positivo. Neste sentido, o direito positivo deveria, conforme a doutrina jusnaturalista, 
adequar-se aos parâmetros imutáveis e eternos de justiça. O direito natural enquanto 
representativo da justiça serviria como referencial valorativo (o direito positivo deve ser justo) 
e ontológico (o direito positivo injusto deixa de apresentar juridicidade), sob pena de a ordem 
jurídica identificar-se com a força ou o mero arbítrio. Neste sentido, o direito vale caso seja 
justo e, pois, legítimo, daí resultando a subordinação da validade à legitimidade da ordem 
jurídica. 
 
Pós-positivismo 
 
Em filosofia e nos modelos de pesquisa científica, pós-positivismo (também chamado de pós-
empiricismo) é uma instância meta teorética que critica e aperfeiçoa opositivismo. Pós-
positivistas acreditam que o conhecimento humano não é baseado no incontestável, em bases 
pétreas, mas em hipóteses. Como o conhecimento humano é inevitavelmente hipotético, a 
afirmação de suas suposições está assegurada ou, mais especificamente, justificada por uma 
série de garantias, as quais podem ser modificadas ou descartadas no decorrer de mais 
investigações. Entretanto, o pós-positivismo não é uma forma de relativismo, e geralmente 
mantém a ideia da verdade objetiva. 
Um dos pensadores que fundaram o pós-positivismo foi Sir Karl Popper. Sua investida na 
falsificação é uma crítica à ideia de verificabilidade do positivismo lógico. O falsificacionismo 
declara que é impossível verificar se uma crença é verdadeira, embora seja possível rejeitar 
falsas crenças se elas estiverem dispostas de um modo favorável à falsificação. A ideia 
de Thomas Kuhn da mudança de paradigma oferece uma crítica mais forte ao positivismo, 
argumentando que não apenas teorias individuais, mas toda a visão de mundo deve mudar em 
resposta à evidência. 
O pós-positivismo é um melhoramento do positivismo que reconhece estas e outras críticas 
contra o positivismo lógico. Não é uma rejeição ao método científico, mas uma reforma para 
responder a essas críticas. Preserva as bases do positivismo: o realismo ontológico, a 
possibilidade e o desejo pela verdade objetiva, e o uso da metodologia experimental. Pós-
positivismo desse gênero é comum nas ciências sociais (especialmente na sociologia) por 
razões práticas e conceituais. 
 
 
 
 
Jusnaturalismo 
A corrente jusnaturalista se desenvolve a partir do século XVI, com o intuito de aproximar a lei 
da razão, em busca de um Direito mais justo, mais perfeito; objetivando a proteção do homem 
contra quaisquer arbítrios dos governantes. Tratava-se de uma importantíssima ferramenta, 
capaz de impor limites ao absolutismo Estatal. 
 O movimento jusnaturalista, inclusive, serviu de paradigma para as revoluções liberais 
(Revolução Americana de 1776; a Revolução Francesa, em 1789; a Revolução liberal do Porto, 
em 1826; a Revolução Nacionalista Francesa, em 1830 etc.). 
Por ser considerado abstrato e anti-científico, o jusnaturalismo cedeu espaço para o 
surgimento do positivismo jurídico. 
 
Positivismo 
Com a ascensão do positivismo jurídico o Direito fora equiparado à legislação e 
completamente afastado da filosofia. Tratava-se de um movimento que reconhecia tão 
somente a "letra fria da lei". Direito seria o que estaria positivado em texto legal. A ética, a 
moral e os princípios eram sempre esquecidos. 
Exemplos clássicos de desvirtuamento do direito posto foi o surgimento do fascismo - na Itália 
e do nazismo - na Alemanha; regimes de governo que, sob a proteção da lei, promoveram a 
barbárie; considerando como justas guerras de ocupações genocidas. 
A decadência do movimento é asseveradamente ligada à derrota dos dois regimes. Desse 
modo, com o fim da Segunda Guerra, os valores morais começam a retornar ao Direito. 
Nesse contexto surgem os ideais pós-positivistas. 
 
Pós-positivismo 
No pós-positivismo há uma compreensão do Direito muito além da "letra fria da lei", porém 
sem desprezar o direito positivo. Trata-se de uma leitura ética, moral do Direito; todavia, sem 
recorrer ao abstrato, ao metafísico. No pós-positivismo, além haver a limitação do poder do 
governante, também ocorre o surgimento do conceito de direito fundamental, tendo como 
base a dignidade da pessoa humana, promovendo, desse modo, a aproximação do Direito aos 
princípios, à Filosofia. 
 
Conclusão 
Com base na leitura proposta e considerando tudo que por ela foi abordado, podem-se 
acompanhar as diversas correntes filosóficas que cercaram o Direito e como a ideologia 
aplicada a esses pensamentos influenciou, de forma positiva ou não, a sociedade de cada 
época. 
Percebe-se, igualmente, como uma interpretação strictu sensu do Direito - apenas 
levando em consideração o texto posto, torna-se altamente perigosa para a população e 
vulnerável às intenções do chefe de Estado; que poderá a qualquer momento, promover a 
barbárie, estando amparado pela lei.

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