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Avaliação: CEL0511_AV_201301207004 » HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO Tipo de Avaliação: AV Aluno: 201301207004 - PAULO HENRIQUE MAIA Professor: ALINE MONTENEGRO MAGALHAES Turma: 9001/AA Nota da Prova: 7,0 Nota de Partic.: 1 Data: 10/11/2014 20:59:21 1a Questão (Ref.: 201301326739) Pontos: 1,5 / 1,5 "Alguns deslizes mais graves demonstram a pouca preocupação do autor em permitir a construção de conhecimento e análises por parte dos alunos. Ele antecipa essa ação e incorre emarriscadas afirmações. Isso se torna claro em passagens nas quais Schmidt tece considerações sobre o poderio militar/econômico e as práticas da cultura material de alguns grupos africanos. As imprecisões variam entre a emissão de juízos de valor e a realização de leituras anacrônicas. Ao tratar dos conflitos entre o Abomei ( Daomé) e os iorubás, Schmidt comenta uma das conseqüências do conflito: "Infelizmente grande parte das riquezas do reino Abomei vieram do comércio de escravos" (idem). Infelizmente para quem? E por que? Algo parecido repete-se ao citar uma das características "comuns" às culturas do reino do Kongo e do Ndongo, na qual transparece uma ação "moralizadora" ocidental despropositada em evidenciar o consumo de bebidas alcoólicas na região. "O vinho feito de palmeira era muito apreciado, embora fizesse muito mal à saúde quando bebido exageradamente. O guerreiro bêbado era fácil de ser derrotado, o sábio bêbado não passava de tolo." (idem) Interessante notar que a mesma crítica não ocorre com relação aos europeus." Anderson Ribeiro Oliva - A África nos bancos escolares. Comentário sobre um dos livros didáticos recentemente adotados no Brasil. Com o seu conhecimento sobre a História da África discuta a crítica de Anderson Oliva. Resposta: A historiografia da África é extremamente rica e complexa, com um legado extenso de cultura e com sociedades sntigas organizadas política e economicamente, mas que o eurocentrismo insiste em não reconhecer, apenas sendo lembrada pela existencia de escravos. Gabarito: O aluno deve discutir a carência de conhecimento e as visões ocidentais de ensinar a África... 2a Questão (Ref.: 201301324281) Pontos: 0,5 / 0,5 O termo África Branca pode ser considerado: um dado aceito pela historiografia pois isola a África em duas partes equivocada pois o norte da África é negro e o sul é branco como uma boa forma de diferenciar a áfrica negra e islâmica equivocado, pois dá uma noção de unidades que não existem equivocada pois apesar de islâmicas os grupos eram morenos, não brancos. 3a Questão (Ref.: 201301414702) Pontos: 1,0 / 1,0 I - A base econômica do Império Mali era a agricultura de subsistência. II- A base econômica do Império do Mali era a extração de ouro. III - A grandeza econômica do Mali era a extração de ouro e a inserção no comércio Transaariano. IV - A base econômica do Império do Mali era decorrente da sua inseração no comércio Transaariano. Sobre as dinãmicas econômicas do Império do Mali, aponte quais alternativas estão corretas: I e II Apenas a III Apenas a I I e III Apenas a IV 4a Questão (Ref.: 201301324296) Pontos: 0,5 / 0,5 O rio São Francisco, no Brasil, e o Nilo, na África, apesar de suas diferenças de extensão, traçado e paisagens percorridas, oferecem algumas sugestivas analogias geográficas. Isto ocorre porque apresentam trechos terminais em forma de estuários, situados em regiões intertropicais secas, e nascentes em áreas equatoriais úmidas. médios e baixos cursos em zonas desérticas que se beneficiam com a regularidade de suas cheias, obtidas graças aos grandes represamentos realizados nos altos cursos. trechos terminais fertilíssimos, em forma de grandes deltas intensivamente cultivados, situados em oceanos abertos. cursos típicos de planaltos com climas tropicais de estações alternadas, só atingindo cotas abaixo de 200m em trechos bem próximos da foz. longos cursos permanentes de direção Sul-Norte, cortando zonas de climas quentes muito contratantes, inclusive secos, alimentados por cabeceiras situadas em áreas úmidas. 5a Questão (Ref.: 201301326750) Pontos: 0,0 / 0,5 Desde o tempo das Cruzadas, no século XII, circulavam histórias na Europa sobre um reino fabuloso, para além do Egito, cujo monarca era cristão. Por meio de uma carta dirigida ao imperador de Bizâncio, Manuel I, e depois ao imperador Frederco, o Barba Ruiva, Preste João descrevia seu maravilhoso reino. Mel e leite fluíam por paragens lindíssimas, o rei concedia proteção aos cristãos; a comunidade era rica, aberta e generosa, as refeições palacianas eram servidas por reis, duques, condes e marqueses, que reuniam e divertiam diariamente 30 mil comensais. A descrição começa enumerando a diversidade de pedras preciosas e medicinais que cativavam a imaginação do europeu: esmeraldas, carbúnculo, safiras, topázios, crisólitos, ônix ¿ riquezas a disposição de um rei dadivoso. Não existiria império mais justo sob o céu, mais perfeito e organizado, com mais ouro, prata e ametistas. Até os utensílios onde se consumiam as iguarias eram de ouro. A autoridade do ei expressava-se por toda parte: na beleza beatifica da natureza; na capacidade de o soberano proteger ou castigar; na posse de riquezas sem igual; na harmonia da comunidade; na estabilidade da hierarquia. Prestes João era como a vitoria do cristianismo sobre o paganismo. Ainda segundo a lenda, Preste João dominava 72 reis, vestia-se com a pele de um réptil que vivia no fogo e guerreava precedido por treze cruzes de ouro. É que o seu intuito era atacar Jerusalém e eliminar os infiéis. Para os portugueses, a procura do rei cristão tornou-se, juntamente com a idéia missionária e o ideal das Cruzadas, a justificativa religiosa para as viagens dos descobrimentos. Ainda que não haja prova sobre Preste João, existiram reis importantes na África, que inclusive resistiram ao domínio islâmico como: Etiópia Gana Kongo Zimbábue Magreb 6a Questão (Ref.: 201301323208) Pontos: 1,0 / 1,0 "Na África, antes da chegada dos Europeus], o escravo já existia como elemento de troca. Mas o escravo doméstico africano não tinha nada a ver com o que o que era exportado para o Atlântico. Nas aldeias africanas não se vendiam os próprios cidadãos, membros da comunidade. No Congo, por exemplo, até o século XVII, todos os escravos que saíam eram de outras regiões. Existia, portanto, um processo de escravidão doméstica, em que na segunda, terceira geração, o escravo era assimilado à família. Quando veio o mercado mundial e a demanda negeira, o processo se degradou de tal forma que se vendiam até os próprios filhos." (Entrevista com Luiz Felipe de Alencastro, Revista Teoria e Debate, nº 32, julho, agosto e setembro de 1996) A leitura do texto permite compreender que: a escravidão sempre era feita dentro das próprias sociedades, com pessoas escravizando membros da própria família como forma de enriquecimento. a prática da escravidão foi iniciada somente com a chegada dos europeus no continente africano, que utilizavam os africanos como mão-de-obra barata. A escravidão nunca foi um fator socioeconômico preponderante nas sociedades africanas, que praticamente não utilizavam esse sistema de trabalho. embora a escravidão já existisse, a chegada dos europeus fez com que aumentasse o número de escravos na África, principalmente com a expansão do tráfico negreiro para as colônias européias na América. com a chegada dos europeus ao continente africano, a demanda por escravos decresceu devido aos argumentos religiosos utilizados pelos invasores contra a escravidão. 7a Questão (Ref.: 201301326715) Pontos: 0,5 / 0,5 Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um dos grandes motivos de sua vitória foio desenvolvimento tecnológico. As duas leituras principais neste sentido falam na: A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes extrações de ouro. força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila. as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como arma desenvolvido no sul da África o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos. força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas destes grupos que permitiu o desenvolvimento agrícola. 8a Questão (Ref.: 201301323203) Pontos: 0,5 / 0,5 Napata foi uma cidade, na margem oeste do rio Nilo, cerca de 400 km ao norte de Cartum, capital do atual Sudão. Sobre a civilização Núbia, marque a resposta INCORRETA: Os núbios nunca se relacionaram com a civilização egípcia, preferindo negociar com os he-breus e assírios. Napata começou atingindo seu auge após Tantamani ter voltado da guerra contra os assí-rios. Sua economia era essencialmente baseada no ouro. O Egito era um aliado econômico importante. Em 660 aC, os Nubios começaram a explorar ouro, inaugurando o a Idade do Ferro Africana; Em 750 a.C, Napata foi uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava sofrendo de instabilidade política. O Rei Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi seguida por seus suces-sores Piye e Shabaka (721-707 aC), que finalmente trouxe todo o Vale do Nilo para o controle cushita no segundo ano do seu reinado. Shabaka também lançou uma política de construção de monumentos, no Egito e Núbia. Em geral, os reis de Kush governaram o Alto Egito durante cerca de um século e todo o Egito por cerca de 57 anos; Desde época das dinastias, os egípcios tinham sido interessados na Núbia, uma região muito rica em ouro. Os egípcios logo controlaram o comércio, de modo que o Egito se tornou uma potência imperialista na Núbia; Em 1075 a.C, o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-se pode-roso o suficiente para limitar o poder do faraó somente sobre o Alto Egito. Este foi o início do Terceiro Período Intermediário (1075 a.C-664 a.C). A fragmentação do poder no Egito permitiu que os núbios recuperassem a autonomia. Eles fundaramum novo reino, Kush, centrado em Napata; 9a Questão (Ref.: 201301324272) Pontos: 0,5 / 0,5 Um dos elementos religiosos que acabam por reforçar as rotas africanas de comérico foi: as Mesquitas que criaram espaços singulares de troca aos nômades a Jihad pois a guerra santa cria novos reinos o Dhimi que fortaleceu numerários dos governos a peregrinação a Meca, que criou entrepostos e trocas culturais a Sharia, que criou organização política em todas as regiões 10a Questão (Ref.: 201301263656) Pontos: 1,0 / 1,5 Recentemente, uma historiadora norte-americana, especialista em história da África, admitiu com grande franqueza que a historiografia sobre a África ainda não capturou o horror e o terror que acompanharam a dimensão africana do tráfico de escravos. Dentro da história mundial, é à narrativa daqueles que vieram a ser escravos nos Estados Unidos que tem sido dado lugar de honra e que tem exemplificado uma crônica universal de sofrimento, angústia e triunfo eventual. Mas a agenda política contemporânea dos descendentes de africanos tem provocado o desvio da atenção dos historiadores das abordagens complexas e das narrativas contraditórias das circunstâncias sob as quais estas pessoas foram escravizadas, assim como da história dos africanos escravizados que não foram enviados às Américas, ao além Saara e oceano Índico, mas que permaneceram no continente africano. Em outras palavras, este silêncio assustador cria um vazio em que as vozes e experiências dos africanos no continente deveriam ser articuladas¿. Ver Carolyn A. Brown, ¿Epilogue: Memory as Resistance: Identity and the Contested History of Slavery in Southeastern Nigeria, an Oral History Project¿, in Diouf (org.), Fighting the Slave Trade, p. 219. 1. Mercantilização x Humanização. Estas têm sido as propostas para discutir a relação entre escravidão e seu impacto social no espaço africano. Discuta historiograficamente a questão. Resposta: A escravidão sempre existiu no continente Africano, antes mesmo da chegada dos portugueses no século XV. Caracterizava-se por uma escravidão doméstica, ou seja, tribos mais fracas eram dominadas por outras mais estruturadas, e os derrotados eram forçados a trabalhar nos campos, todavia não tinha um cunho comercial. A partir da chegada dos europeus ao continennte africano, tendo como precurssores os portugueses, que apartir do comércio com a Africa Oriental, passaram a integrar o comércio daquela região, com acesso as principais rotas comerciais da época. Nesse contexto , passaram a comercializar com os povos da margem ìndica, inclusives escravos, que eram levados para serem vendidos inicialmente na Europa, obtendo grandes lucros. Com o tempo, a procura por escravos foi aumentando, fazendo com que povos africanos se especializassem em comércio de gente, buscando cada vez mais o interior. Calcula-se que em 300 anos, 7 a 8 milhões de pessoas foram retirados da Africa, o que ocasionou um grande impacto social, como despovoamento, e fome, devido a falta de mão de obra. Gabarito: O aluno deve discutir as principais linhas historiográficas sobre o impacto da escravidão na sociedade africana: África eterna; primitivismo; desnaturação; e regionalização. Fundamentação do(a) Professor(a): Resposta incompleta segundo o gabarito. Período de não visualização da prova: desde 06/11/2014 até 25/11/2014.
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