Logo Passei Direto
Buscar
Material
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Organizado por CP Iuris
VADE MECUM – TJMT 2024
1ª edição
Brasília
CP Iuris
2024
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) aluno(a), 
 
Seja bem-vindo(a) ao nosso Vade Mecum – TJMT 2024. Ele foi desenvolvido com base na análise 
das últimas provas e tem como objetivo destacar os artigos mais cobrados. Recomendamos o seu 
uso como uma forma de revisão das legislações mais exigidas na área. Desejamos uma boa leitura. 
 
Atenciosamente,
SUMÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................................................... 6
1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 ............................................. 7
DIREITO ADMINISTRATIVO ...................................................................................................................... 47
1. DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942 ................................................................ 48
2. LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 ........................................................................................ 50
DIREITO TRIBUTÁRIO .............................................................................................................................. 52
1. LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966 ................................................................................ 53
2. LEI Nº 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980 ............................................................................... 61
3. LEI Nº 13.136, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2004 ........................................................................... 63
4. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 132, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2023 ....................................... 68
DIREITO CIVIL ........................................................................................................................................ 93
1. LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 ................................................................................. 94
DIREITO PROCESSUAL CIVIL .................................................................................................................. 109
1. LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 ................................................................................. 110
DIREITO PENAL ..................................................................................................................................... 148
1. DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 ............................................................. 149
DIREITO PROCESSUAL PENAL ................................................................................................................ 163
1. DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 ............................................................... 164
2. LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995 ............................................................................. 184
DIREITO ELEITORAL ............................................................................................................................... 186
1. LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965 ..................................................................................... 187
2. LEI COMPLEMENTAR Nº 64, DE 18 DE MAIO DE 1990 ............................................................. 205
3. LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997 ............................................................................. 215
DIREITO PÚBLICO.................................................................................................................................. 248
1. RESOLUÇÃO Nº 354, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2020............................................................... 249
DIREITO DO CONSUMIDOR ................................................................................................................... 251
1. LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 ............................................................................. 252
2. LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998 ...................................................................................... 263
3. LEI Nº 12.414, DE 9 DE JUNHO DE 2011 .................................................................................... 271
4. DECRETO Nº 7.962, DE 15 DE MARÇO DE 2013 ........................................................................ 276
5. RESOLUÇÃO Nº 632, DE 7 DE MARÇO DE 2014 ........................................................................ 278
6. RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 1.000, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2021 ............................ 282
7. LEI Nº 13.874, DE 20 DE SETEMBRO DE 2019 ........................................................................... 284
DIREITO 
CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
7
VADE MECUM – TJMT 2024
Vide Emenda Constitucional nº 
91, de 2016
Vide Emenda Constitucional nº 
106, de 2020
Vide Emenda Constitucional nº 
107, de 2020
(Vide Emenda Constitucional 
nº 132, de 2023) Vigência
(Vide Emenda Constitucional 
nº 132, de 2023) Vigência
Emendas Constitucionais
Emendas Constitucionais de 
Revisão
Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias
Atos decorrentes do disposto 
no § 3º do art. 5º
ÍNDICE TEMÁTICO
Texto compilado
PREÂMBULO
Nós, representantes do 
povo brasileiro, reunidos 
em Assembléia Nacional 
Constituinte para instituir um 
Estado Democrático, destinado 
a assegurar o exercício dos 
direitos sociais e individuais, 
a liberdade, a segurança, o 
bem-estar, o desenvolvimento, 
a igualdade e a justiça 
como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, 
pluralista e sem preconceitos, 
fundada na harmonia social 
e comprometida, na ordem 
interna e internacional, 
com a solução pacífica das 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL DE 19881
controvérsias, promulgamos, 
sob a proteção de Deus, a 
seguinte CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL.
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa 
do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados 
e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem 
como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa 
humana;
IV - os valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa; 
(Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder 
emana do povo, que o exerce 
por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos 
termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, 
independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos 
fundamentais da República 
Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade 
livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento 
nacional;
III - erradicar a pobreza e 
a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e 
regionais;
IV - promover o bem de 
todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de 
discriminação.
Art. 4º A República Federativa 
do Brasil rege-se nas suas 
relações internacionais pelos 
seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos 
humanos;
III - autodeterminação dos 
povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos 
conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e 
ao racismo;
IX - cooperação entre os 
povos para o progresso da 
humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República 
Federativa do Brasil buscará a 
integração econômica, política, 
social e cultural dos povos 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc91.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc91.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc107.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc107.htmde alíquota de contribuições 
ordinárias e extraordinárias. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 41. São estáveis após três 
anos de efetivo exercício os 
servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo 
em virtude de concurso 
público. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
§ 1º O servidor público 
estável só perderá o cargo: 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
I - em virtude de sentença 
judicial transitada em julgado; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
II - mediante processo 
administrativo em que lhe 
seja assegurada ampla defesa; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
III - mediante procedimento 
de avaliação periódica de 
desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
24
VADE MECUM – TJMT 2024
ampla defesa. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
§ 2º Invalidada por sentença 
judicial a demissão do servidor 
estável, será ele reintegrado, e 
o eventual ocupante da vaga, 
se estável, reconduzido ao 
cargo de origem, sem direito 
a indenização, aproveitado 
em outro cargo ou posto 
em disponibilidade com 
remuneração proporcional 
ao tempo de serviço. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada 
a sua desnecessidade, 
o servidor estável ficará 
em disponibilidade, com 
remuneração proporcional 
ao tempo de serviço, até seu 
adequado aproveitamento em 
outro cargo. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
§ 4º Como condição para a 
aquisição da estabilidade, 
é obrigatória a avaliação 
especial de desempenho por 
comissão instituída para essa 
finalidade. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
Art. 42 Os membros das 
Polícias Militares e Corpos 
de Bombeiros Militares, 
instituições organizadas com 
base na hierarquia e disciplina, 
são militares dos Estados, 
do Distrito Federal e dos 
Territórios. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
18, de 1998)
§ 1º Aplicam-se aos militares 
dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios, 
além do que vier a ser fixado 
em lei, as disposições do art. 
14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do 
art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo 
a lei estadual específica 
dispor sobre as matérias 
do art. 142, § 3º, inciso X, 
sendo as patentes dos oficiais 
conferidas pelos respectivos 
governadores. (Redação 
dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 
15/12/98)
§ 2º Aos pensionistas dos 
militares dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Territórios 
aplica-se o que for fixado em 
lei específica do respectivo 
ente estatal. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
41, 19.12.2003)
§ 3º Aplica-se aos militares dos 
Estados, do Distrito Federal 
e dos Territórios o disposto 
no art. 37, inciso XVI, com 
prevalência da atividade 
militar. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 101, 
de 2019)
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES 
GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder 
Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de 
Justiça; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) 
II - o Superior Tribunal de 
Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do 
Trabalho; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 92, 
de 2016)
III - os Tribunais Regionais 
Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do 
Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes 
Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes 
Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos 
Estados e do Distrito Federal e 
Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal 
Federal, o Conselho Nacional 
de Justiça e os Tribunais 
Superiores têm sede na Capital 
Federal. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) (Vide ADIN 3392)
§ 2º O Supremo Tribunal Federal 
e os Tribunais Superiores têm 
jurisdição em todo o território 
nacional. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004)
Art. 93. Lei complementar, 
de iniciativa do Supremo 
Tribunal Federal, disporá sobre 
o Estatuto da Magistratura, 
observados os seguintes 
princípios:
I - ingresso na carreira, cujo 
cargo inicial será o de juiz 
substituto, mediante concurso 
público de provas e títulos, 
com a participação da Ordem 
dos Advogados do Brasil em 
todas as fases, exigindo-se 
do bacharel em direito, no 
mínimo, três anos de atividade 
jurídica e obedecendo-se, 
nas nomeações, à ordem de 
classificação; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
II - promoção de entrância para 
entrância, alternadamente, por 
antigüidade e merecimento, 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
25
VADE MECUM – TJMT 2024
atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção 
do juiz que figure por três 
vezes consecutivas ou cinco 
alternadas em lista de 
merecimento;
b) a promoção por 
merecimento pressupõe dois 
anos de exercício na respectiva 
entrância e integrar o juiz a 
primeira quinta parte da lista 
de antigüidade desta, salvo se 
não houver com tais requisitos 
quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento 
conforme o desempenho e 
pelos critérios objetivos de 
produtividade e presteza 
no exercício da jurisdição 
e pela freqüência e 
aproveitamento em cursos 
oficiais ou reconhecidos 
de aperfeiçoamento; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
d) na apuração de antigüidade, 
o tribunal somente poderá 
recusar o juiz mais antigo 
pelo voto fundamentado de 
dois terços de seus membros, 
conforme procedimento 
próprio, e assegurada ampla 
defesa, repetindo-se a votação 
até fixar-se a indicação; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
e) não será promovido o juiz 
que, injustificadamente, retiver 
autos em seu poder além 
do prazo legal, não podendo 
devolvê-los ao cartório sem o 
devido despacho ou decisão; 
(Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
III o acesso aos tribunais de 
segundo grau far-se-á por 
antigüidade e merecimento, 
alternadamente, apurados 
na última ou única entrância; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392)
IV previsão de cursos oficiais de 
preparação, aperfeiçoamento 
e promoção de magistrados, 
constituindo etapa obrigatória 
do processo de vitaliciamento 
a participação em curso 
oficial ou reconhecido por 
escola nacional de formação 
e aperfeiçoamento de 
magistrados; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
V - o subsídio dos Ministros 
dos Tribunais Superiores 
corresponderá a noventa e 
cinco por cento do subsídio 
mensal fixado para os Ministros 
do Supremo Tribunal Federal 
e os subsídios dos demais 
magistrados serão fixados em 
lei e escalonados, em nível 
federal e estadual, conforme 
as respectivas categorias da 
estrutura judiciária nacional, 
não podendo a diferença entre 
uma e outra ser superior a dez 
por cento ou inferior a cinco 
por cento, nem exceder a 
noventa e cinco por cento do 
subsídio mensal dos Ministros 
dos Tribunais Superiores, 
obedecido, em qualquer caso, 
o disposto nos arts. 37, XI, e 39, 
§ 4º; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
VI - a aposentadoria dos 
magistrados e a pensão de 
seus dependentes observarão 
o disposto no art. 40; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998)
VII o juiz titular residirá na 
respectiva comarca, salvo 
autorização do tribunal; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
VIII - o ato de remoção ou de 
disponibilidade do magistrado, 
por interesse público, fundar-
se-á em decisão por voto da 
maioria absoluta do respectivo 
tribunal ou do Conselho 
Nacional de Justiça, assegurada 
ampla defesa; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) 
VIII-A - a remoção a pedido de 
magistrados de comarca de 
igual entrância atenderá, no 
que couber, ao disposto nas 
alíneas “a”,“b”, “c” e “e” do 
inciso II do caput deste artigo 
e no art. 94 desta Constituição; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 130, de 2023)
VIII-B - a permuta de 
magistrados de comarca de 
igual entrância, quando for 
o caso, e dentro do mesmo 
segmento de justiça, inclusive 
entre os juízes de segundo 
grau, vinculados a diferentes 
tribunais, na esfera da justiça 
estadual, federal ou do 
trabalho, atenderá, no que 
couber, ao disposto nas alíneas 
“a”, “b”, “c” e “e” do inciso II do 
caput deste artigo e no art. 94 
desta Constituição; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
130, de 2023)
IX todos os julgamentos dos 
órgãos do Poder Judiciário serão 
públicos, e fundamentadas 
todas as decisões, sob pena de 
nulidade, podendo a lei limitar 
a presença, em determinados 
atos, às próprias partes e a 
seus advogados, ou somente 
a estes, em casos nos quais 
a preservação do direito à 
intimidade do interessado 
no sigilo não prejudique o 
interesse público à informação; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
26
VADE MECUM – TJMT 2024
X as decisões administrativas 
dos tribunais serão motivadas 
e em sessão pública, sendo as 
disciplinares tomadas pelo voto 
da maioria absoluta de seus 
membros; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
XI nos tribunais com número 
superior a vinte e cinco 
julgadores, poderá ser 
constituído órgão especial, com 
o mínimo de onze e o máximo 
de vinte e cinco membros, para 
o exercício das atribuições 
administrativas e jurisdicionais 
delegadas da competência 
do tribunal pleno, provendo-
se metade das vagas por 
antigüidade e a outra metade 
por eleição pelo tribunal pleno; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
XII a atividade jurisdicional será 
ininterrupta, sendo vedado 
férias coletivas nos juízos e 
tribunais de segundo grau, 
funcionando, nos dias em que 
não houver expediente forense 
normal, juízes em plantão 
permanente; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) 
XIII o número de juízes 
na unidade jurisdicional 
será proporcional à efetiva 
demanda judicial e à respectiva 
população; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) 
XIV os servidores receberão 
delegação para a prática de 
atos de administração e atos 
de mero expediente sem 
caráter decisório; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
XV a distribuição de processos 
será imediata, em todos os 
graus de jurisdição. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
Art. 94. Um quinto dos lugares 
dos Tribunais Regionais 
Federais, dos Tribunais dos 
Estados, e do Distrito Federal 
e Territórios será composto 
de membros, do Ministério 
Público, com mais de dez anos 
de carreira, e de advogados 
de notório saber jurídico e de 
reputação ilibada, com mais de 
dez anos de efetiva atividade 
profissional, indicados em 
lista sêxtupla pelos órgãos de 
representação das respectivas 
classes.
Parágrafo único. Recebidas as 
indicações, o tribunal formará 
lista tríplice, enviando-a ao 
Poder Executivo, que, nos vinte 
dias subseqüentes, escolherá 
um de seus integrantes para 
nomeação.
Art. 95. Os juízes gozam das 
seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no 
primeiro grau, só será adquirida 
após dois anos de exercício, 
dependendo a perda do cargo, 
nesse período, de deliberação 
do tribunal a que o juiz estiver 
vinculado, e, nos demais casos, 
de sentença judicial transitada 
em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por 
motivo de interesse público, na 
forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de 
subsídio, ressalvado o disposto 
nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
Parágrafo único. Aos juízes é 
vedado:
I - exercer, ainda que em 
disponibilidade, outro cargo 
ou função, salvo uma de 
magistério;
II - receber, a qualquer 
título ou pretexto, custas ou 
participação em processo;
III - dedicar-se à atividade 
político-partidária.
IV receber, a qualquer título 
ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas 
ou privadas, ressalvadas 
as exceções previstas em 
lei; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
V exercer a advocacia no 
juízo ou tribunal do qual se 
afastou, antes de decorridos 
três anos do afastamento do 
cargo por aposentadoria ou 
exoneração. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) 
Art. 96. Compete 
privativamente:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos 
e elaborar seus regimentos 
internos, com observância 
das normas de processo e 
das garantias processuais 
das partes, dispondo 
sobre a competência e o 
funcionamento dos respectivos 
órgãos jurisdicionais e 
administrativos;
b) organizar suas secretarias 
e serviços auxiliares e os 
dos juízos que lhes forem 
vinculados, velando pelo 
exercício da atividade 
correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista 
nesta Constituição, os cargos 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
27
VADE MECUM – TJMT 2024
de juiz de carreira da respectiva 
jurisdição;
d) propor a criação de novas 
varas judiciárias;
e) prover, por concurso 
público de provas, ou de 
provas e títulos, obedecido o 
disposto no art. 169, parágrafo 
único, os cargos necessários 
à administração da Justiça, 
exceto os de confiança assim 
definidos em lei;
f) conceder licença, férias 
e outros afastamentos a 
seus membros e aos juízes 
e servidores que lhes forem 
imediatamente vinculados;
II - ao Supremo Tribunal Federal, 
aos Tribunais Superiores e aos 
Tribunais de Justiça propor ao 
Poder Legislativo respectivo, 
observado o disposto no art. 
169:
a) a alteração do número 
de membros dos tribunais 
inferiores;
b) a criação e a extinção de 
cargos e a remuneração dos 
seus serviços auxiliares e 
dos juízos que lhes forem 
vinculados, bem como a 
fixação do subsídio de seus 
membros e dos juízes, inclusive 
dos tribunais inferiores, onde 
houver; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
41, 19.12.2003)
c) a criação ou extinção dos 
tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e 
da divisão judiciárias;
III - aos Tribunais de Justiça 
julgar os juízes estaduais e do 
Distrito Federal e Territórios, 
bem como os membros do 
Ministério Público, nos crimes 
comuns e de responsabilidade, 
ressalvada a competência da 
Justiça Eleitoral.
Art. 97. Somente pelo voto 
da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros 
do respectivo órgão especial 
poderão os tribunais declarar 
a inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo do Poder 
Público.
Art. 98. A União, no Distrito 
Federal e nos Territórios, e os 
Estados criarão:
I - juizados especiais, providos 
por juízes togados, ou togados 
e leigos, competentes para a 
conciliação, o julgamento e 
a execução de causas cíveis 
de menor complexidade e 
infrações penais de menor 
potencial ofensivo, mediante 
os procedimentos oral e 
sumaríssimo, permitidos, nas 
hipóteses previstas em lei, a 
transação e o julgamento de 
recursos por turmas de juízes 
de primeiro grau;
II - justiça de paz, remunerada, 
composta de cidadãos eleitos 
pelo voto direto, universal 
e secreto, com mandato de 
quatro anos e competência 
para, na forma da lei, celebrar 
casamentos, verificar, de ofício 
ou em face de impugnação 
apresentada, o processo 
de habilitação e exercer 
atribuições conciliatórias, sem 
caráter jurisdicional, além de 
outras previstas na legislação.
§ 1º Lei federal disporá sobre 
a criação de juizados especiais 
no âmbito da Justiça Federal. 
(Renumerado pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392)
§ 2º As custas e emolumentos 
serão destinados 
exclusivamente ao custeio dos 
serviços afetos às atividades 
específicas da Justiça. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
Art. 99. Ao Poder Judiciário 
é assegurada autonomiaadministrativa e financeira.
§ 1º Os tribunais elaborarão 
suas propostas orçamentárias 
dentro dos limites estipulados 
conjuntamente com os demais 
Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da 
proposta, ouvidos os outros 
tribunais interessados, 
compete:
I - no âmbito da União, aos 
Presidentes do Supremo 
Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores, com a aprovação 
dos respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no 
do Distrito Federal e Territórios, 
aos Presidentes dos Tribunais 
de Justiça, com a aprovação 
dos respectivos tribunais.
§ 3º Se os órgãos referidos 
no § 2º não encaminharem 
as respectivas propostas 
orçamentárias dentro do 
prazo estabelecido na lei de 
diretrizes orçamentárias, o 
Poder Executivo considerará, 
para fins de consolidação 
da proposta orçamentária 
anual, os valores aprovados 
na lei orçamentária vigente, 
ajustados de acordo com os 
limites estipulados na forma do 
§ 1º deste artigo. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
§ 4º Se as propostas 
orçamentárias de que trata este 
artigo forem encaminhadas 
em desacordo com os limites 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
28
VADE MECUM – TJMT 2024
estipulados na forma do § 1º, o 
Poder Executivo procederá aos 
ajustes necessários para fins 
de consolidação da proposta 
orçamentária anual. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
§ 5º Durante a execução 
orçamentária do exercício, 
não poderá haver a realização 
de despesas ou a assunção de 
obrigações que extrapolem 
os limites estabelecidos na lei 
de diretrizes orçamentárias, 
exceto se previamente 
autorizadas, mediante 
a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
SEÇÃO VIII – DOS TRIBUNAIS 
E JUÍZES DOS ESTADOS
Art. 125. Os Estados organizarão 
sua Justiça, observados os 
princípios estabelecidos nesta 
Constituição.
§ 1º A competência dos 
tribunais será definida na 
Constituição do Estado, sendo 
a lei de organização judiciária 
de iniciativa do Tribunal de 
Justiça.
§ 2º Cabe aos Estados a 
instituição de representação 
de inconstitucionalidade de leis 
ou atos normativos estaduais 
ou municipais em face da 
Constituição Estadual, vedada 
a atribuição da legitimação 
para agir a um único órgão.
§ 3º A lei estadual poderá 
criar, mediante proposta do 
Tribunal de Justiça, a Justiça 
Militar estadual, constituída, 
em primeiro grau, pelos juízes 
de direito e pelos Conselhos de 
Justiça e, em segundo grau, pelo 
próprio Tribunal de Justiça, ou 
por Tribunal de Justiça Militar 
nos Estados em que o efetivo 
militar seja superior a vinte mil 
integrantes. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004)
§ 4º Compete à Justiça Militar 
estadual processar e julgar 
os militares dos Estados, nos 
crimes militares definidos em 
lei e as ações judiciais contra 
atos disciplinares militares, 
ressalvada a competência 
do júri quando a vítima for 
civil, cabendo ao tribunal 
competente decidir sobre a 
perda do posto e da patente 
dos oficiais e da graduação das 
praças. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004)
§ 5º Compete aos juízes de 
direito do juízo militar processar 
e julgar, singularmente, os 
crimes militares cometidos 
contra civis e as ações judiciais 
contra atos disciplinares 
militares, cabendo ao Conselho 
de Justiça, sob a presidência 
de juiz de direito, processar 
e julgar os demais crimes 
militares. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004)
§ 6º O Tribunal de 
Justiça poderá funcionar 
d e s c e n t r a l i z a d a m e n t e , 
constituindo Câmaras 
regionais, a fim de assegurar o 
pleno acesso do jurisdicionado 
à justiça em todas as fases do 
processo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004)
§ 7º O Tribunal de Justiça 
instalará a justiça itinerante, 
com a realização de audiências 
e demais funções da atividade 
jurisdicional, nos limites 
territoriais da respectiva 
jurisdição, servindo-se de 
equipamentos públicos e 
comunitários. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004)
Art. 126. Para dirimir conflitos 
fundiários, o Tribunal de 
Justiça proporá a criação 
de varas especializadas, 
com competência exclusiva 
para questões agrárias. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)
Parágrafo único. Sempre 
que necessário à eficiente 
prestação jurisdicional, o juiz 
far-se-á presente no local do 
litígio.
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À 
JUSTIÇA
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 80, de 2014)
SEÇÃO I – DO MINISTÉRIO 
PÚBLICO
Art. 127. O Ministério Público 
é instituição permanente, 
essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbindo-lhe 
a defesa da ordem jurídica, 
do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais 
indisponíveis.
§ 1º São princípios institucionais 
do Ministério Público a 
unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional.
§ 2º Ao Ministério Público 
é assegurada autonomia 
funcional e administrativa, 
podendo, observado o disposto 
no art. 169, propor ao Poder 
Legislativo a criação e extinção 
de seus cargos e serviços 
auxiliares, provendo-os por 
concurso público de provas ou 
de provas e títulos, a política 
remuneratória e os planos de 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
29
VADE MECUM – TJMT 2024
carreira; a lei disporá sobre sua 
organização e funcionamento. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º O Ministério Público 
elaborará sua proposta 
orçamentária dentro dos 
limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público 
não encaminhar a respectiva 
proposta orçamentária dentro 
do prazo estabelecido na lei 
de diretrizes orçamentárias, o 
Poder Executivo considerará, 
para fins de consolidação 
da proposta orçamentária 
anual, os valores aprovados 
na lei orçamentária vigente, 
ajustados de acordo com os 
limites estipulados na forma do 
§ 3º. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Se a proposta 
orçamentária de que trata 
este artigo for encaminhada 
em desacordo com os limites 
estipulados na forma do § 3º, o 
Poder Executivo procederá aos 
ajustes necessários para fins 
de consolidação da proposta 
orçamentária anual. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004)
§ 6º Durante a execução 
orçamentária do exercício, 
não poderá haver a realização 
de despesas ou a assunção de 
obrigações que extrapolem 
os limites estabelecidos na lei 
de diretrizes orçamentárias, 
exceto se previamente 
autorizadas, mediante 
a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)
SEÇÃO IV – DA DEFENSORIA 
PÚBLICA
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 80, de 2014)
Art. 134. A Defensoria Pública 
é instituição permanente, 
essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbindo-lhe, 
como expressão e instrumento 
do regime democrático, 
fundamentalmente, a 
orientação jurídica, a promoção 
dos direitos humanos e a 
defesa, em todos os graus, 
judicial e extrajudicial, dos 
direitos individuais e coletivos, 
de forma integral e gratuita, 
aos necessitados, na forma 
do inciso LXXIV do art. 5º 
desta Constituição Federal. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 80, de 2014)
§ 1º Lei complementar 
organizará a Defensoria 
Pública da União e do Distrito 
Federal e dos Territórios e 
prescreverá normas gerais 
para sua organização nos 
Estados, em cargos de carreira, 
providos, na classe inicial, 
mediante concurso público de 
provas e títulos, assegurada 
a seus integrantes a garantia 
da inamovibilidade e vedado 
o exercício da advocacia fora 
das atribuições institucionais. 
(Renumerado do parágrafo 
único pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Às Defensorias 
Públicas Estaduais são 
asseguradas autonomia 
funcional e administrativa e 
a iniciativa de sua proposta 
orçamentária dentro dos 
limites estabelecidosna lei 
de diretrizes orçamentárias e 
subordinação ao disposto no 
art. 99, § 2º. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004)
§ 3º Aplica-se o disposto no § 
2º às Defensorias Públicas da 
União e do Distrito Federal. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 74, de 2013)
§ 4º São princípios institucionais 
da Defensoria Pública a 
unidade, a indivisibilidade e 
a independência funcional, 
aplicando-se também, no que 
couber, o disposto no art. 93 
e no inciso II do art. 96 desta 
Constituição Federal. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
80, de 2014)
TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO 
ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO 
NACIONAL
SEÇÃO I – DOS PRINCÍPIOS 
GERAIS
 Art. 145. A União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes 
tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício 
do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, 
de serviços públicos específicos 
e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua 
disposição;
III - contribuição de melhoria, 
decorrente de obras públicas.
§ 1º Sempre que possível, os 
impostos terão caráter pessoal 
e serão graduados segundo 
a capacidade econômica 
do contribuinte, facultado 
à administração tributária, 
especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, 
identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
30
VADE MECUM – TJMT 2024
termos da lei, o patrimônio, 
os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte.
§ 2º As taxas não poderão ter 
base de cálculo própria de 
impostos.
§ 3º O Sistema Tributário 
Nacional deve observar os 
princípios da simplicidade, 
da transparência, da justiça 
tributária, da cooperação e 
da defesa do meio ambiente. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 4º As alterações na legislação 
tributária buscarão atenuar 
efeitos regressivos. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
 Art. 146. Cabe à lei 
complementar:
I - dispor sobre conflitos de 
competência, em matéria 
tributária, entre a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios;
II - regular as limitações 
constitucionais ao poder de 
tributar;
III - estabelecer normas gerais 
em matéria de legislação 
tributária, especialmente 
sobre:
a) definição de tributos 
e de suas espécies, bem 
como, em relação aos 
impostos discriminados nesta 
Constituição, a dos respectivos 
fatos geradores, bases de 
cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, 
crédito, prescrição e 
decadência tributários;
c) adequado tratamento 
tributário ao ato cooperativo 
praticado pelas sociedades 
cooperativas, inclusive em 
relação aos tributos previstos 
nos arts. 156-A e 195, V; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
d) definição de tratamento 
diferenciado e favorecido para 
as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, 
inclusive regimes especiais 
ou simplificados no caso 
dos impostos previstos nos 
arts. 155, II, e 156-A, das 
contribuições sociais previstas 
no art. 195, I e V, e § 12 e da 
contribuição a que se refere o 
art. 239. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 1º A lei complementar de que 
trata o inciso III, d, também 
poderá instituir um regime 
único de arrecadação dos 
impostos e contribuições da 
União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, 
observado que: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
I - será opcional para o 
contribuinte; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
II - poderão ser estabelecidas 
condições de enquadramento 
diferenciadas por 
Estado; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
III - o recolhimento será 
unificado e centralizado e 
a distribuição da parcela 
de recursos pertencentes 
aos respectivos entes 
federados será imediata, 
vedada qualquer retenção ou 
condicionamento; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
IV - a arrecadação, a 
fiscalização e a cobrança 
poderão ser compartilhadas 
pelos entes federados, adotado 
cadastro nacional único de 
contribuintes. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 2º É facultado ao optante pelo 
regime único de que trata o § 
1º apurar e recolher os tributos 
previstos nos arts. 156-A e 195, 
V, nos termos estabelecidos 
nesses artigos, hipótese em 
que as parcelas a eles relativas 
não serão cobradas pelo 
regime único. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 3º Na hipótese de o 
recolhimento dos tributos 
previstos nos arts. 156-A e 
195, V, ser realizado por meio 
do regime único de que trata 
o § 1º, enquanto perdurar a 
opção: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
I - não será permitida a 
apropriação de créditos dos 
tributos previstos nos arts. 156-
A e 195, V, pelo contribuinte 
optante pelo regime único; 
e (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
II - será permitida a apropriação 
de créditos dos tributos 
previstos nos arts. 156-A e 195, 
V, pelo adquirente não optante 
pelo regime único de que trata 
o § 1º de bens materiais ou 
imateriais, inclusive direitos, 
e de serviços do optante, em 
montante equivalente ao 
cobrado por meio do regime 
único. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
 Art. 146-A. Lei complementar 
poderá estabelecer critérios 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
31
VADE MECUM – TJMT 2024
especiais de tributação, 
com o objetivo de prevenir 
desequilíbrios da concorrência, 
sem prejuízo da competência 
de a União, por lei, 
estabelecer normas de igual 
objetivo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003)
 Art. 147. Competem à União, 
em Território Federal, os 
impostos estaduais e, se o 
Território não for dividido em 
Municípios, cumulativamente, 
os impostos municipais; ao 
Distrito Federal cabem os 
impostos municipais.
 Art. 148. A União, mediante lei 
complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas 
extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento 
público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 
150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação 
dos recursos provenientes 
de empréstimo compulsório 
será vinculada à despesa que 
fundamentou sua instituição.
 Art. 149. Compete 
exclusivamente à União 
instituir contribuições sociais, 
de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento 
de sua atuação nas respectivas 
áreas, observado o disposto 
nos arts. 146, III, e 150, I e III, 
e sem prejuízo do previsto no 
art. 195, § 6º, relativamente 
às contribuições a que alude o 
dispositivo.
§ 1º A União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, por meio de lei, 
contribuições para custeio de 
regime próprio de previdência 
social, cobradas dos servidores 
ativos, dos aposentados e dos 
pensionistas, que poderão 
ter alíquotas progressivas 
de acordo com o valor da 
base de contribuição ou dos 
proventos de aposentadoria e 
de pensões. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) (Vigência)
§ 1º-A. Quando houver deficit 
atuarial, a contribuição 
ordinária dos aposentados e 
pensionistas poderá incidir 
sobre o valor dos proventos 
de aposentadoria e de 
pensões que supere o salário-
mínimo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019) (Vigência)
§ 1º-B. Demonstrada a 
insuficiência da medida prevista 
no § 1º-A para equacionar o 
deficit atuarial, é facultada 
a instituição de contribuição 
extraordinária, no âmbito da 
União, dos servidores públicos 
ativos, dos aposentados e dos 
pensionistas. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019) (Vigência)
§ 1º-C. A contribuição 
extraordinária de que trata o 
§ 1º-B deverá ser instituída 
simultaneamente com outras 
medidaspara equacionamento 
do deficit e vigorará por período 
determinado, contado da data 
de sua instituição. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) (Vigência)
§ 2º As contribuições 
sociais e de intervenção 
no domínio econômico de 
que trata o caput deste 
artigo: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
I - não incidirão sobre as 
receitas decorrentes de 
exportação; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
II - incidirão também 
sobre a importação de 
produtos estrangeiros ou 
serviços; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003)
III - poderão ter 
alíquotas: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
a) ad valorem , tendo por base 
o faturamento, a receita bruta 
ou o valor da operação e, no 
caso de importação, o valor 
aduaneiro; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
b) específica, tendo por 
base a unidade de medida 
adotada. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
§ 3º A pessoa natural 
destinatária das operações 
de importação poderá ser 
equiparada a pessoa jurídica, 
na forma da lei. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
33, de 2001)
§ 4º A lei definirá as hipóteses 
em que as contribuições 
incidirão uma única 
vez. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001)
 Art. 149-A. Os Municípios 
e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na 
forma das respectivas leis, 
para o custeio, a expansão 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
32
VADE MECUM – TJMT 2024
e a melhoria do serviço de 
iluminação pública e de 
sistemas de monitoramento 
para segurança e preservação 
de logradouros públicos, 
observado o disposto no art. 
150, I e III. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
Parágrafo único. É facultada 
a cobrança da contribuição 
a que se refere o caput, na 
fatura de consumo de energia 
elétrica. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 39, 
de 2002)
 Art. 149-B. Os tributos 
previstos nos arts. 156-A e 
195, V, observarão as mesmas 
regras em relação a: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
I - fatos geradores, bases de 
cálculo, hipóteses de não 
incidência e sujeitos passivos; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
II - imunidades; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
III - regimes específicos, 
diferenciados ou favorecidos 
de tributação; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
IV - regras de não 
cumulatividade e de 
creditamento. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
Parágrafo único. Os tributos de 
que trata o caput observarão 
as imunidades previstas no 
art. 150, VI, não se aplicando 
a ambos os tributos o disposto 
no art. 195, § 7º. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
Art. 149-C. O produto da 
arrecadação do imposto 
previsto no art. 156-A e da 
contribuição prevista no 
art. 195, V, incidentes sobre 
operações contratadas 
pela administração pública 
direta, por autarquias e por 
fundações públicas, inclusive 
suas importações, será 
integralmente destinado ao 
ente federativo contratante, 
mediante redução a zero 
das alíquotas do imposto e 
da contribuição devidos aos 
demais entes e equivalente 
elevação da alíquota do tributo 
devido ao ente contratante. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 1º As operações de que 
trata o caput poderão ter 
alíquotas reduzidas de modo 
uniforme, nos termos de lei 
complementar. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 2º Lei complementar poderá 
prever hipóteses em que 
não se aplicará o disposto 
no caput e no § 1º. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
§ 3º Nas importações 
efetuadas pela administração 
pública direta, por autarquias 
e por fundações públicas, o 
disposto no art. 150, VI, «a», 
será implementado na forma 
do disposto no caput e no § 
1º, assegurada a igualdade 
de tratamento em relação às 
aquisições internas. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
SEÇÃO II – DAS LIMITAÇÕES 
DO PODER DE TRIBUTAR
 Art. 150. Sem prejuízo de 
outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo 
sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento 
desigual entre contribuintes 
que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer 
distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles 
exercida, independentemente 
da denominação jurídica 
dos rendimentos, títulos ou 
direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores 
ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício 
financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou; (Vide Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993)
c) antes de decorridos 
noventa dias da data em que 
haja sido publicada a lei que 
os instituiu ou aumentou, 
observado o disposto na alínea 
b; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 
19.12.2003)
IV - utilizar tributo com efeito 
de confisco;
V - estabelecer limitações ao 
tráfego de pessoas ou bens, por 
meio de tributos interestaduais 
ou intermunicipais, ressalvada 
a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas 
pelo Poder Público;
VI - instituir impostos 
sobre: (Vide Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993)
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
33
VADE MECUM – TJMT 2024
a) patrimônio, renda ou 
serviços, uns dos outros;
b) entidades religiosas e 
templos de qualquer culto, 
inclusive suas organizações 
assistenciais e beneficentes; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
c) patrimônio, renda ou 
serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, 
das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições 
de educação e de assistência 
social, sem fins lucrativos, 
atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos 
e o papel destinado a sua 
impressão.
e) fonogramas e 
videofonogramas musicais 
produzidos no Brasil 
contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores 
brasileiros e/ou obras em 
geral interpretadas por artistas 
brasileiros bem como os 
suportes materiais ou arquivos 
digitais que os contenham, 
salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de 
leitura a laser. (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 75, 
de 15.10.2013)
§ 1º A vedação do inciso 
III, b, não se aplica aos tributos 
previstos nos arts. 148, I, 
153, I, II, IV e V; e 154, II; e a 
vedação do inciso III, c, não se 
aplica aos tributos previstos 
nos arts. 148, I, 153, I, II, III e 
V; e 154, II, nem à fixação da 
base de cálculo dos impostos 
previstos nos arts. 155, III, e 
156, I. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003)
§ 2º A vedação do inciso VI, 
«a», é extensiva às autarquias 
e às fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público e 
à empresa pública prestadora 
de serviço postal, no que se 
refere ao patrimônio, à renda 
e aos serviços vinculados a 
suas finalidades essenciais 
ou às delas decorrentes. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 3º - As vedações do inciso VI, 
«a», e do parágrafo anterior 
não se aplicam ao patrimônio, 
à renda e aos serviços, 
relacionados com exploração 
de atividades econômicas 
regidas pelas normas 
aplicáveis a empreendimentos 
privados, ou em que 
haja contraprestação ou 
pagamento de preços ou tarifas 
pelo usuário, nem exonera 
o promitente comprador da 
obrigação de pagar imposto 
relativamente ao bem imóvel.
§ 4º - As vedações expressas 
no inciso VI, alíneas «b» e 
«c», compreendem somente 
o patrimônio, a renda e os 
serviços, relacionados com 
as finalidades essenciais das 
entidades nelas mencionadas.
§ 5º - A lei determinará medidas 
para que os consumidores 
sejam esclarecidos acerca dos 
impostos que incidam sobre 
mercadorias e serviços.
§ 6ºQualquer subsídio ou 
isenção, redução de base 
de cálculo, concessão de 
crédito presumido, anistia ou 
remissão, relativos a impostos, 
taxas ou contribuições, 
só poderá ser concedido 
mediante lei específica, 
federal, estadual ou municipal, 
que regule exclusivamente as 
matérias acima enumeradas 
ou o correspondente tributo 
ou contribuição, sem prejuízo 
do disposto no art. 155, § 2.º, 
XII, g. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993)
§ 7º A lei poderá atribuir a 
sujeito passivo de obrigação 
tributária a condição de 
responsável pelo pagamento 
de imposto ou contribuição, 
cujo fato gerador deva 
ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata e 
preferencial restituição 
da quantia paga, caso não 
se realize o fato gerador 
presumido. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993)
 Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja 
uniforme em todo o território 
nacional ou que implique 
distinção ou preferência em 
relação a Estado, ao Distrito 
Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida 
a concessão de incentivos 
fiscais destinados a promover o 
equilíbrio do desenvolvimento 
sócio-econômico entre as 
diferentes regiões do País;
II - tributar a renda das 
obrigações da dívida pública 
dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, 
bem como a remuneração e 
os proventos dos respectivos 
agentes públicos, em níveis 
superiores aos que fixar para 
suas obrigações e para seus 
agentes;
III - instituir isenções de 
tributos da competência dos 
Estados, do Distrito Federal ou 
dos Municípios.
 Art. 152. É vedado aos 
Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios estabelecer 
diferença tributária entre 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
34
VADE MECUM – TJMT 2024
bens e serviços, de qualquer 
natureza, em razão de sua 
procedência ou destino.
SEÇÃO III – DOS IMPOSTOS 
DA UNIÃO
 Art. 153. Compete à União 
instituir impostos sobre:
I - importação de produtos 
estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, 
de produtos nacionais ou 
nacionalizados;
III - renda e proventos de 
qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, 
câmbio e seguro, ou relativas a 
títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial 
rural;
VII - grandes fortunas, nos 
termos de lei complementar.
VIII - produção, extração, 
comercialização ou importação 
de bens e serviços prejudiciais 
à saúde ou ao meio 
ambiente, nos termos de lei 
complementar. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 1º É facultado ao Poder 
Executivo, atendidas as 
condições e os limites 
estabelecidos em lei, alterar 
as alíquotas dos impostos 
enumerados nos incisos I, II, IV 
e V.
§ 2º O imposto previsto no 
inciso III:
I - será informado pelos 
critérios da generalidade, 
da universalidade e da 
progressividade, na forma da 
lei;
§ 3º O imposto previsto no 
inciso IV:
I - será seletivo, em função da 
essencialidade do produto;
II - será não-cumulativo, 
compensando-se o que for 
devido em cada operação 
com o montante cobrado nas 
anteriores;
III - não incidirá sobre produtos 
industrializados destinados ao 
exterior.
IV - terá reduzido seu impacto 
sobre a aquisição de bens 
de capital pelo contribuinte 
do imposto, na forma da 
lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 
19.12.2003)
§ 4º O imposto previsto no inciso 
VI do capu t: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003)
I - será progressivo e terá 
suas alíquotas fixadas de 
forma a desestimular a 
manutenção de propriedades 
improdutivas; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003)
II - não incidirá sobre pequenas 
glebas rurais, definidas em 
lei, quando as explore o 
proprietário que não possua 
outro imóvel; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003)
III - será fiscalizado e cobrado 
pelos Municípios que assim 
optarem, na forma da lei, desde 
que não implique redução 
do imposto ou qualquer 
outra forma de renúncia 
fiscal. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) (Regulamento)
§ 5º O ouro, quando definido 
em lei como ativo financeiro ou 
instrumento cambial, sujeita-
se exclusivamente à incidência 
do imposto de que trata o 
inciso V do «caput» deste 
artigo, devido na operação de 
origem; a alíquota mínima será 
de um por cento, assegurada 
a transferência do montante 
da arrecadação nos seguintes 
termos: (Vide Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993)
I - trinta por cento para o 
Estado, o Distrito Federal ou o 
Território, conforme a origem;
II - setenta por cento para o 
Município de origem.
§ 6º O imposto previsto no 
inciso VIII do caput deste 
artigo: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
I - não incidirá sobre as 
exportações nem sobre as 
operações com energia elétrica 
e com telecomunicações; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
II - incidirá uma única vez sobre 
o bem ou serviço; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
III - não integrará sua própria 
base de cálculo; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
IV - integrará a base de cálculo 
dos tributos previstos nos arts. 
155, II, 156, III, 156-A e 195, 
V; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
V - poderá ter o mesmo fato 
gerador e base de cálculo de 
outros tributos; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11250.htm
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
35
VADE MECUM – TJMT 2024
de 2023)
VI - terá suas alíquotas fixadas 
em lei ordinária, podendo 
ser específicas, por unidade 
de medida adotada, ou ad 
valorem; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
VII - na extração, o imposto será 
cobrado independentemente 
da destinação, caso em 
que a alíquota máxima 
corresponderá a 1% (um por 
cento) do valor de mercado 
do produto. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
 Art. 154. A União poderá 
instituir:
I - mediante lei complementar, 
impostos não previstos no 
artigo anterior, desde que 
sejam não-cumulativos e 
não tenham fato gerador 
ou base de cálculo próprios 
dos discriminados nesta 
Constituição;
II - na iminência ou no 
caso de guerra externa, 
impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em 
sua competência tributária, 
os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as 
causas de sua criação.
SEÇÃO IV – DOS IMPOSTOS 
DOS ESTADOS E DO DISTRITO 
FEDERAL
 Art. 155. Compete aos Estados 
e ao Distrito Federal instituir 
impostos sobre: (Redação 
dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e 
doação, de quaisquer bens ou 
direitos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993)
II - operações relativas à 
circulação de mercadorias 
e sobre prestações de 
serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal 
e de comunicação, ainda 
que as operações e as 
prestações se iniciem no 
exterior; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional 
nº 3, de 1993) (Vide Emenda 
Constitucional nº 132, de 
2023) Vigência
III - propriedade de veículos 
automotores. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
3, de 1993)
§ 1º O imposto previsto no 
inciso I: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993)
I - relativamente a bens imóveis 
e respectivos direitos, compete 
ao Estado da situação do bem, 
ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, 
títulos e créditos, compete ao 
Estado onde era domiciliado 
ode cujus, ou tiver domicílio o 
doador, ou ao Distrito Federal; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
III - terá competência para sua 
instituição regulada por lei 
complementar:
a) se o doador tiver domicilio 
ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, 
era residente ou domiciliado 
ou teve o seu inventário 
processado no exterior;
IV - terá suas alíquotas máximas 
fixadas pelo Senado Federal;V - não incidirá sobre as 
doações destinadas, no âmbito 
do Poder Executivo da União, 
a projetos socioambientais ou 
destinados a mitigar os efeitos 
das mudanças climáticas e 
às instituições federais de 
ensino. (Incluído pela Emenda 
Constituicional nº 126, de 
2022)
VI - será progressivo em razão 
do valor do quinhão, do legado 
ou da doação; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
VII - não incidirá sobre as 
transmissões e as doações 
para as instituições sem fins 
lucrativos com finalidade de 
relevância pública e social, 
inclusive as organizações 
assistenciais e beneficentes de 
entidades religiosas e institutos 
científicos e tecnológicos, 
e por elas realizadas na 
consecução dos seus objetivos 
sociais, observadas as 
condições estabelecidas em lei 
complementar. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 2º O imposto previsto 
no inciso II atenderá ao 
seguinte: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
3, de 1993) (Vide Emenda 
Constitucional nº 132, de 
2023) Vigência
I - será não-cumulativo, 
compensando-se o que for 
devido em cada operação 
relativa à circulação de 
mercadorias ou prestação 
de serviços com o montante 
cobrado nas anteriores pelo 
mesmo ou outro Estado ou 
pelo Distrito Federal;
II - a isenção ou não-incidência, 
salvo determinação em 
contrário da legislação:
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
36
VADE MECUM – TJMT 2024
a) não implicará crédito para 
compensação com o montante 
devido nas operações ou 
prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do 
crédito relativo às operações 
anteriores;
III - poderá ser seletivo, em 
função da essencialidade das 
mercadorias e dos serviços;
IV - resolução do Senado 
Federal, de iniciativa do 
Presidente da República ou 
de um terço dos Senadores, 
aprovada pela maioria 
absoluta de seus membros, 
estabelecerá as alíquotas 
aplicáveis às operações e 
prestações, interestaduais e de 
exportação;
V - é facultado ao Senado 
Federal:
a) estabelecer alíquotas 
mínimas nas operações 
internas, mediante resolução 
de iniciativa de um terço e 
aprovada pela maioria absoluta 
de seus membros;
b) fixar alíquotas máximas 
nas mesmas operações para 
resolver conflito específico que 
envolva interesse de Estados, 
mediante resolução de 
iniciativa da maioria absoluta 
e aprovada por dois terços de 
seus membros;
VI - salvo deliberação em 
contrário dos Estados e do 
Distrito Federal, nos termos 
do disposto no inciso XII, 
“g”, as alíquotas internas, 
nas operações relativas à 
circulação de mercadorias e 
nas prestações de serviços, 
não poderão ser inferiores às 
previstas para as operações 
interestaduais;
VII - nas operações e prestações 
que destinem bens e serviços a 
consumidor final, contribuinte 
ou não do imposto, localizado 
em outro Estado, adotar-se-á a 
alíquota interestadual e caberá 
ao Estado de localização 
do destinatário o imposto 
correspondente à diferença 
entre a alíquota interna do 
Estado destinatário e a alíquota 
interestadual; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
87, de 2015) (Produção de 
efeito)
VIII - a responsabilidade 
pelo recolhimento do 
imposto correspondente à 
diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual de 
que trata o inciso VII será 
atribuída: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
87, de 2015) (Produção de 
efeito)
a) ao destinatário, quando 
este for contribuinte do 
imposto; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 87, 
de 2015)
b) ao remetente, 
quando o destinatário 
não for contribuinte do 
imposto; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 87, 
de 2015)
IX - incidirá também:
a) sobre a entrada de bem 
ou mercadoria importados 
do exterior por pessoa física 
ou jurídica, ainda que não 
seja contribuinte habitual do 
imposto, qualquer que seja 
a sua finalidade, assim como 
sobre o serviço prestado no 
exterior, cabendo o imposto ao 
Estado onde estiver situado o 
domicílio ou o estabelecimento 
do destinatário da mercadoria, 
bem ou serviço; (Redação 
dada pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001)
b) sobre o valor total da 
operação, quando mercadorias 
forem fornecidas com serviços 
não compreendidos na 
competência tributária dos 
Municípios;
X - não incidirá:
a) sobre operações que 
destinem mercadorias 
para o exterior, nem 
sobre serviços prestados a 
destinatários no exterior, 
assegurada a manutenção 
e o aproveitamento do 
montante do imposto cobrado 
nas operações e prestações 
anteriores; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003)
b) sobre operações 
que destinem a outros 
Estados petróleo, inclusive 
lubrificantes, combustíveis 
líquidos e gasosos dele 
derivados, e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses 
definidas no art. 153, § 5º;
d) nas prestações de serviço de 
comunicação nas modalidades 
de radiodifusão sonora e de 
sons e imagens de recepção 
livre e gratuita; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003)
XI - não compreenderá, 
em sua base de cálculo, o 
montante do imposto sobre 
produtos industrializados, 
quando a operação, realizada 
entre contribuintes e 
relativa a produto destinado 
à industrialização ou à 
comercialização, configure fato 
gerador dos dois impostos;
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
37
VADE MECUM – TJMT 2024
XII - cabe à lei complementar:
a) definir seus contribuintes;
b) dispor sobre substituição 
tributária;
c) disciplinar o regime de 
compensação do imposto;
d) fixar, para efeito de sua 
cobrança e definição do 
estabelecimento responsável, 
o local das operações relativas 
à circulação de mercadorias e 
das prestações de serviços;
e) excluir da incidência do 
imposto, nas exportações 
para o exterior, serviços e 
outros produtos além dos 
mencionados no inciso X, “a”
f) prever casos de manutenção 
de crédito, relativamente à 
remessa para outro Estado e 
exportação para o exterior, de 
serviços e de mercadorias;
g) regular a forma como, 
mediante deliberação 
dos Estados e do Distrito 
Federal, isenções, incentivos 
e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados.
h) definir os combustíveis e 
lubrificantes sobre os quais 
o imposto incidirá uma única 
vez, qualquer que seja a sua 
finalidade, hipótese em que 
não se aplicará o disposto no 
inciso X, b ; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001) (Vide Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001)
i) fixar a base de cálculo, de 
modo que o montante do 
imposto a integre, também 
na importação do exterior 
de bem, mercadoria ou 
serviço. (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
§ 3º À exceção dos impostos 
de que tratam o inciso II 
do caput deste artigo e os arts. 
153, I e II, e 156-A, nenhum 
outro imposto poderá incidir 
sobre operações relativas a 
energia elétrica e serviços 
de telecomunicações e, à 
exceção destes e do previsto 
no art. 153, VIII, nenhum 
outro imposto poderá incidir 
sobre operações relativas 
a derivados de petróleo, 
combustíveis e minerais do 
País. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 4º Na hipótese do inciso 
XII, h , observar-se-á o 
seguinte: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 
33, de 2001) (Vide Emenda 
Constitucional nº 132, de 
2023) Vigência
I - nas operações com os 
lubrificantes e combustíveis 
derivados de petróleo, o 
imposto caberá ao Estado onde 
ocorrer o consumo; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
33, de 2001)
II - nas operações 
interestaduais, entre 
contribuintes, com gás natural 
e seus derivados, e lubrificantes 
e combustíveis não incluídos 
no inciso I deste parágrafo, o 
imposto será repartido entre 
os Estados de origem e de 
destino, mantendo-se a mesma 
proporcionalidade que ocorre 
nas operações com as demais 
mercadorias; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
III - nas operações 
interestaduais com gás natural 
e seus derivados, e lubrificantes 
e combustíveis não incluídos 
no inciso I deste parágrafo, 
destinadasa não contribuinte, 
o imposto caberá ao Estado 
de origem; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
IV - as alíquotas do imposto 
serão definidas mediante 
deliberação dos Estados e 
Distrito Federal, nos termos 
do § 2º, XII, g , observando-se 
o seguinte: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
a) serão uniformes em 
todo o território nacional, 
podendo ser diferenciadas 
por produto; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
b) poderão ser específicas, por 
unidade de medida adotada, 
ou ad valorem , incidindo sobre 
o valor da operação ou sobre 
o preço que o produto ou seu 
similar alcançaria em uma 
venda em condições de livre 
concorrência; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
c) poderão ser reduzidas e 
restabelecidas, não se lhes 
aplicando o disposto no art. 
150, III, b . (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001)
§ 5º As regras necessárias à 
aplicação do disposto no § 4º, 
inclusive as relativas à apuração 
e à destinação do imposto, 
serão estabelecidas mediante 
deliberação dos Estados e do 
Distrito Federal, nos termos 
do § 2º, XII, g . (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
33, de 2001) (Vide Emenda 
Constitucional nº 132, de 
2023) Vigência
§ 6º O imposto previsto no 
inciso III: (Incluído pela 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
38
VADE MECUM – TJMT 2024
Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003)
I - terá alíquotas mínimas 
fixadas pelo Senado 
Federal; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003)
II - poderá ter alíquotas 
diferenciadas em função do 
tipo, do valor, da utilização 
e do impacto ambiental; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
III - incidirá sobre a propriedade 
de veículos automotores 
terrestres, aquáticos e aéreos, 
excetuados: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
a) aeronaves agrícolas e de 
operador certificado para 
prestar serviços aéreos a 
terceiros; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
b) embarcações de pessoa 
jurídica que detenha outorga 
para prestar serviços de 
transporte aquaviário ou de 
pessoa física ou jurídica que 
pratique pesca industrial, 
artesanal, científica ou de 
subsistência; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
c) plataformas suscetíveis 
de se locomoverem na água 
por meios próprios, inclusive 
aquelas cuja finalidade 
principal seja a exploração 
de atividades econômicas 
em águas territoriais e na 
zona econômica exclusiva e 
embarcações que tenham essa 
mesma finalidade principal; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
d) tratores e máquinas 
agrícolas. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
SEÇÃO V – DOS IMPOSTOS 
DOS MUNICÍPIOS
 Art. 156. Compete aos 
Municípios instituir impostos 
sobre:
I - propriedade predial e 
territorial urbana;
II - transmissão “inter vivos”, 
a qualquer título, por ato 
oneroso, de bens imóveis, por 
natureza ou acessão física, e 
de direitos reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, bem 
como cessão de direitos a sua 
aquisição;
III - serviços de qualquer 
natureza, não compreendidos 
no art. 155, II, definidos em 
lei complementar. (Redação 
dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
(Vide Emenda Constitucional 
nº 132, de 2023) Vigência
§ 1º Sem prejuízo da 
progressividade no tempo a 
que se refere o art. 182, § 4º, 
inciso II, o imposto previsto no 
inciso I poderá: (Redação 
dada pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000)
I - ser progressivo em razão do 
valor do imóvel; e (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
29, de 2000)
II - ter alíquotas diferentes de 
acordo com a localização e o 
uso do imóvel. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
29, de 2000)
III - ter sua base de cálculo 
atualizada pelo Poder 
Executivo, conforme critérios 
estabelecidos em lei municipal. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 1º-A O imposto previsto no 
inciso I do caput deste artigo 
não incide sobre templos de 
qualquer culto, ainda que as 
entidades abrangidas pela 
imunidade de que trata a 
alínea «b» do inciso VI do caput 
do art. 150 desta Constituição 
sejam apenas locatárias do 
bem imóvel. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 116, 
de 2022)
§ 2º O imposto previsto no 
inciso II:
I - não incide sobre a 
transmissão de bens ou 
direitos incorporados ao 
patrimônio de pessoa jurídica 
em realização de capital, nem 
sobre a transmissão de bens 
ou direitos decorrente de 
fusão, incorporação, cisão ou 
extinção de pessoa jurídica, 
salvo se, nesses casos, a 
atividade preponderante do 
adquirente for a compra e 
venda desses bens ou direitos, 
locação de bens imóveis ou 
arrendamento mercantil;
II - compete ao Município da 
situação do bem.
§ 3º Em relação ao imposto 
previsto no inciso III 
do caput deste artigo, cabe à 
lei complementar: (Redação 
dada pela Emenda 
Constitucional nº 37, de 2002) 
(Vide Emenda Constitucional 
nº 132, de 2023) Vigência
I - fixar as suas alíquotas máximas 
e mínimas; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
37, de 2002)
II - excluir da sua incidência 
exportações de serviços para 
o exterior. (Incluído pela 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
39
VADE MECUM – TJMT 2024
Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993)
III - regular a forma e as 
condições como isenções, 
incentivos e benefícios 
fiscais serão concedidos e 
revogados. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993)
Seção V-A – Do Imposto de 
Competência Compartilhada 
entre Estados,Distrito Federal 
e Municípios
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
 Art. 156-A. Lei complementar 
instituirá imposto sobre bens 
e serviços de competência 
compartilhada entre Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 1º O imposto previsto 
no caput será informado pelo 
princípio da neutralidade e 
atenderá ao seguinte: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
I - incidirá sobre operações 
com bens materiais ou 
imateriais, inclusive direitos, 
ou com serviços; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
II - incidirá também sobre a 
importação de bens materiais 
ou imateriais, inclusive 
direitos, ou de serviços 
realizada por pessoa física ou 
jurídica, ainda que não seja 
sujeito passivo habitual do 
imposto, qualquer que seja a 
sua finalidade; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
III - não incidirá sobre as 
exportações, assegurados ao 
exportador a manutenção e o 
aproveitamento dos créditos 
relativos às operações nas 
quais seja adquirente de bem 
material ou imaterial, inclusive 
direitos, ou serviço, observado 
o disposto no § 5º, III; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
IV - terá legislação única e 
uniforme em todo o território 
nacional, ressalvado o disposto 
no inciso V; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
V - cada ente federativo fixará 
sua alíquota própria por lei 
específica; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
VI - a alíquota fixada pelo ente 
federativo na forma do inciso 
V será a mesma para todas as 
operações com bens materiais 
ou imateriais, inclusive direitos, 
ou com serviços, ressalvadas 
as hipóteses previstas nesta 
Constituição; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
VII - será cobrado pelo 
somatório das alíquotas do 
Estado e do Município de 
destino da operação; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
VIII - será não cumulativo, 
compensando-se o imposto 
devido pelo contribuinte 
com o montante cobrado 
sobre todas as operações 
nas quais seja adquirente de 
bem material ou imaterial, 
inclusive direito, ou de serviço, 
excetuadas exclusivamente 
as consideradas de uso ou 
consumo pessoal especificadas 
em lei complementar e as 
hipóteses previstas nesta 
Constituição;(Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
IX - não integrará sua própria 
base de cálculo nem a dos 
tributos previstos nos arts. 153, 
VIII, e 195, I, “b”, IV e V, e da 
contribuição para o Programa 
de Integração Social de que 
trata o art. 239; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
X - não será objeto de 
concessão de incentivos e 
benefícios financeiros ou 
fiscais relativos ao imposto 
ou de regimes específicos, 
diferenciados ou favorecidos 
de tributação, excetuadas 
as hipóteses previstas nesta 
Constituição; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
XI - não incidirá nas prestações 
de serviço de comunicação nas 
modalidades de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens 
de recepção livre e gratuita; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
XII - resolução do Senado 
Federal fixará alíquota de 
referência do imposto para 
cada esfera federativa, nos 
termos de lei complementar, 
que será aplicada se outra 
não houver sido estabelecida 
pelo próprio ente federativo; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
XIII - sempre que possível, 
terá seu valor informado, de 
forma específica, no respectivo 
documento fiscal. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
§ 2º Para fins do disposto 
no § 1º, V, o Distrito Federal 
exercerá as competências 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
40
VADE MECUM – TJMT 2024
estadual e municipal na fixação 
de suas alíquotas. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
§ 3º Lei complementar poderá 
definir como sujeito passivo 
do imposto a pessoa que 
concorrer para a realização, a 
execução ou o pagamento da 
operação, ainda que residente 
ou domiciliada no exterior. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 4º Para fins de distribuição 
do produto da arrecadação 
do imposto, o Comitê Gestor 
do Imposto sobre Bens e 
Serviços: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
I - reterá montante equivalente 
ao saldo acumulado de créditos 
do imposto não compensados 
pelos contribuintes e não 
ressarcidos ao final de 
cada período de apuração 
e aos valores decorrentes 
do cumprimento do § 5º, 
VIII; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
II - distribuirá o produto da 
arrecadação do imposto, 
deduzida a retenção de que 
trata o inciso I deste parágrafo, 
ao ente federativo de destino 
das operações que não tenham 
gerado creditamento. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
§ 5º Lei complementar disporá 
sobre: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
I - as regras para a distribuição 
do produto da arrecadação do 
imposto, disciplinando, entre 
outros aspectos: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
a) a sua forma de cálculo; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
b) o tratamento em relação 
às operações em que o 
imposto não seja recolhido 
tempestivamente; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
c) as regras de distribuição 
aplicáveis aos regimes 
favorecidos, específicos e 
diferenciados de tributação 
previstos nesta Constituição; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
II - o regime de compensação, 
podendo estabelecer hipóteses 
em que o aproveitamento do 
crédito ficará condicionado 
à verificação do efetivo 
recolhimento do imposto 
incidente sobre a operação com 
bens materiais ou imateriais, 
inclusive direitos, ou com 
serviços, desde que: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
a) o adquirente possa 
efetuar o recolhimento do 
imposto incidente nas suas 
aquisições de bens ou serviços; 
ou (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
b) o recolhimento do imposto 
ocorra na liquidação financeira 
da operação; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
III - a forma e o prazo para 
ressarcimento de créditos 
acumulados pelo contribuinte; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
IV - os critérios para a definição 
do destino da operação, que 
poderá ser, inclusive, o local 
da entrega, da disponibilização 
ou da localização do bem, 
o da prestação ou da 
disponibilização do serviço ou 
o do domicílio ou da localização 
do adquirente ou destinatário 
do bem ou serviço, admitidas 
diferenciações em razão das 
características da operação; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
V - a forma de desoneração 
da aquisição de bens de 
capital pelos contribuintes, 
que poderá ser implementada 
por meio de: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
a) crédito integral e imediato 
do imposto; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
b) diferimento; ou (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
c) redução em 100% (cem 
por cento) das alíquotas do 
imposto; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
VI - as hipóteses de diferimento 
e desoneração do imposto 
aplicáveis aos regimes 
aduaneiros especiais e às 
zonas de processamento de 
exportação; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
VII - o processo administrativo 
fiscal do imposto; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
VIII - as hipóteses de devolução 
do imposto a pessoas físicas, 
inclusive os limites e os 
beneficiários, com o objetivo 
de reduzir as desigualdades de 
renda; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
41
VADE MECUM – TJMT 2024
IX - os critérios para as 
obrigações tributárias 
acessórias, visando à sua 
simplificação. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 6º Lei complementar disporá 
sobre regimes específicos de 
tributação para: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
I - combustíveis e lubrificantes 
sobre os quais o imposto 
incidirá uma única vez, qualquer 
que seja a sua finalidade, 
hipótese em que: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
a) serão as alíquotas uniformes 
em todo o território nacional, 
específicas por unidade de 
medida e diferenciadas por 
produto, admitida a não 
aplicação do disposto no § 1º, 
V a VII; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
b) será vedada a apropriação 
de créditos em relação às 
aquisições dos produtos de que 
trata este inciso destinados a 
distribuição, comercialização 
ou revenda; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
c) será concedido crédito 
nas aquisições dos produtos 
de que trata este inciso por 
sujeito passivo do imposto, 
observado o disposto na alínea 
“b” e no § 1º, VIII; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
II - serviços financeiros, 
operações com bens imóveis, 
planos de assistência à saúde 
e concursos de prognósticos, 
podendo prever: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
a) alterações nas alíquotas, nas 
regras de creditamento e na 
base de cálculo, admitida, em 
relação aos adquirentes dos 
bens e serviços de que trata 
este inciso, a não aplicação do 
disposto no § 1º, VIII; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
b) hipóteses em que o imposto 
incidirá sobre a receita ou o 
faturamento, com alíquota 
uniforme em todo o território 
nacional, admitida a não 
aplicação do disposto no 
§ 1º, V a VII, e, em relação 
aos adquirentes dos bens e 
serviços de que trata este 
inciso, também do disposto 
no § 1º, VIII; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
III - sociedades cooperativas, 
que será optativo, com vistas a 
assegurar sua competitividade, 
observados os princípios 
da livre concorrência e da 
isonomia tributária, definindo, 
inclusive: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
a) as hipóteses em que o 
imposto não incidirá sobre as 
operações realizadas entre 
a sociedade cooperativa e 
seus associados, entre estes 
e aquela e pelas sociedades 
cooperativas entre si quando 
associadaspara a consecução 
dos objetivos sociais; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
b) o regime de aproveitamento 
do crédito das etapas 
anteriores; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
IV - serviços de hotelaria, 
parques de diversão e parques 
temáticos, agências de 
viagens e de turismo, bares 
e restaurantes, atividade 
esportiva desenvolvida por 
Sociedade Anônima do 
Futebol e aviação regional, 
podendo prever hipóteses de 
alterações nas alíquotas, nas 
bases de cálculo e nas regras 
de creditamento, admitida a 
não aplicação do disposto no 
§ 1º, V a VIII; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
V - operações alcançadas 
por tratado ou convenção 
internacional, inclusive 
referentes a missões 
diplomáticas, repartições 
consulares, representações 
de organismos internacionais 
e respectivos funcionários 
acreditados; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
VI - serviços de transporte 
coletivo de passageiros 
rodoviário intermunicipal e 
interestadual, ferroviário e 
hidroviário, podendo prever 
hipóteses de alterações nas 
alíquotas e nas regras de 
creditamento, admitida a não 
aplicação do disposto no § 
1º, V a VIII. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 7º A isenção e a imunidade: 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
I - não implicarão crédito para 
compensação com o montante 
devido nas operações 
seguintes; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
II - acarretarão a anulação do 
crédito relativo às operações 
anteriores, salvo, na hipótese 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
42
VADE MECUM – TJMT 2024
da imunidade, inclusive em 
relação ao inciso XI do § 1º, 
quando determinado em 
contrário em lei complementar. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 8º Para fins do disposto neste 
artigo, a lei complementar 
de que trata o caput poderá 
estabelecer o conceito de 
operações com serviços, 
seu conteúdo e alcance, 
admitida essa definição 
para qualquer operação que 
não seja classificada como 
operação com bens materiais 
ou imateriais, inclusive 
direitos. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 9º Qualquer alteração na 
legislação federal que reduza 
ou eleve a arrecadação do 
imposto: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
I - deverá ser compensada 
pela elevação ou redução, pelo 
Senado Federal, das alíquotas 
de referência de que trata o § 
1º, XII, de modo a preservar 
a arrecadação das esferas 
federativas, nos termos de lei 
complementar; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
II - somente entrará em vigor 
com o início da produção de 
efeitos do ajuste das alíquotas 
de referência de que trata 
o inciso I deste parágrafo. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 10. Os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios 
poderão optar por vincular 
suas alíquotas à alíquota de 
referência de que trata o § 1º, 
XII. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 11. Projeto de lei 
complementar em tramitação 
no Congresso Nacional 
que reduza ou aumente a 
arrecadação do imposto 
somente será apreciado se 
acompanhado de estimativa 
de impacto no valor das 
alíquotas de referência de que 
trata o § 1º, XII. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 12. A devolução de que 
trata o § 5º, VIII, não será 
considerada nas bases de 
cálculo de que tratam os arts. 
29-A, 198, § 2º, 204, parágrafo 
único, 212, 212-A, II, e 216, 
§ 6º, não se aplicando a ela, 
ainda, o disposto no art. 158, 
IV, «b». (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 13. A devolução de que trata 
o § 5º, VIII, será obrigatória nas 
operações de fornecimento 
de energia elétrica e de gás 
liquefeito de petróleo ao 
consumidor de baixa renda, 
podendo a lei complementar 
determinar que seja calculada 
e concedida no momento 
da cobrança da operação. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
 Art. 156-B. Os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios 
exercerão de forma integrada, 
exclusivamente por meio do 
Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços, nos 
termos e limites estabelecidos 
nesta Constituição e em lei 
complementar, as seguintes 
competências administrativas 
relativas ao imposto de que 
trata o art. 156-A: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
I - editar regulamento único 
e uniformizar a interpretação 
e a aplicação da legislação 
do imposto; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
II - arrecadar o imposto, efetuar 
as compensações e distribuir 
o produto da arrecadação 
entre Estados, Distrito Federal 
e Municípios; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
III - decidir o contencioso 
administrativo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 1º O Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços, 
entidade pública sob regime 
especial, terá independência 
técnica, administrativa, 
orçamentária e financeira. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 2º Na forma da lei 
complementar: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
I - os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios serão 
representados, de forma 
paritária, na instância máxima 
de deliberação do Comitê 
Gestor do Imposto sobre Bens 
e Serviços; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
II - será assegurada a 
alternância na presidência do 
Comitê Gestor entre o conjunto 
dos Estados e o Distrito Federal 
e o conjunto dos Municípios e 
o Distrito Federal; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
III - o Comitê Gestor será 
financiado por percentual do 
produto da arrecadação do 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
43
VADE MECUM – TJMT 2024
imposto destinado a cada ente 
federativo; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
IV - o controle externo do 
Comitê Gestor será exercido 
pelos Estados, pelo Distrito 
Federal e pelos Municípios; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
V - a fiscalização, o 
lançamento, a cobrança, a 
representação administrativa 
e a representação judicial 
relativos ao imposto serão 
realizados, no âmbito de suas 
respectivas competências, 
pelas administrações 
tributárias e procuradorias dos 
Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, que poderão 
definir hipóteses de delegação 
ou de compartilhamento 
de competências, cabendo 
ao Comitê Gestor a 
coordenação dessas atividades 
administrativas com vistas 
à integração entre os entes 
federativos; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
VI - as competências exclusivas 
das carreiras da administração 
tributária e das procuradorias 
dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios serão 
exercidas, no Comitê Gestor 
e na representação deste, 
por servidores das referidas 
carreiras; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
VII - serão estabelecidas a 
estrutura e a gestão do Comitê 
Gestor, cabendo ao regimento 
interno dispor sobre sua 
organização e funcionamento. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 3º A participação dos entes 
federativos na instância 
máxima de deliberação do 
Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços 
observará a seguinte 
composição: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
I - 27 (vinte e sete) membros, 
representando cada Estado e 
o Distrito Federal; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
II - 27 (vinte e sete) membros, 
representando o conjunto 
dos Municípios e do Distrito 
Federal, que serão eleitos nos 
seguintes termos: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
a) 14 (quatorze) representantes, 
com base nos votos de cada 
Município, com valor igual 
para todos; e (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
b) 13 (treze) representantes, 
com base nos votos de cada 
Município ponderadoshttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/quadro_emc.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/indicetematico44.doc
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
8
VADE MECUM – TJMT 2024
da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade 
latino-americana de nações.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES 
INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País 
a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, 
à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são 
iguais em direitos e obrigações, 
nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a 
fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido 
a tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do 
pensamento, sendo vedado o 
anonimato; 
V - é assegurado o direito de 
resposta, proporcional ao 
agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à 
imagem; 
VI - é inviolável a liberdade 
de consciência e de crença, 
sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos 
e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e a 
suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos 
termos da lei, a prestação 
de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de 
direitos por motivo de crença 
religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo 
se as invocar para eximir-se 
de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir 
prestação alternativa, fixada 
em lei;
IX - é livre a expressão da 
atividade intelectual, artística, 
científica e de comunicação, 
independentemente de 
censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, 
a vida privada, a honra e 
a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a 
indenização pelo dano material 
ou moral decorrente de sua 
violação; 
XI - a casa é asilo inviolável 
do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem 
consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o 
dia, por determinação judicial; 
(Vide Lei nº 13.105, de 2015) 
(Vigência)
XII - é inviolável o sigilo 
da correspondência e das 
comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que 
a lei estabelecer para fins 
de investigação criminal ou 
instrução processual penal; 
(Vide Lei nº 9.296, de 1996)
XIII - é livre o exercício de 
qualquer trabalho, ofício 
ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que 
a lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos 
o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício 
profissional; 
XV - é livre a locomoção no 
território nacional em tempo 
de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele 
entrar, permanecer ou dele 
sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-
se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao 
público, independentemente 
de autorização, desde que 
não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada 
para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de 
associação para fins lícitos, 
vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações 
e, na forma da lei, a de 
cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a 
interferência estatal em seu 
funcionamento;
XIX - as associações só poderão 
ser compulsoriamente 
dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, 
no primeiro caso, o trânsito em 
julgado;
XX - ninguém poderá ser 
compelido a associar-se ou a 
permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, 
quando expressamente 
autorizadas, têm legitimidade 
para representar seus filiados 
judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de 
propriedade;
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
9
VADE MECUM – TJMT 2024
XXIII - a propriedade atenderá 
a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá 
o procedimento para 
desapropriação por 
necessidade ou utilidade 
pública, ou por interesse 
social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, 
ressalvados os casos previstos 
nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente 
perigo público, a autoridade 
competente poderá usar 
de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário 
indenização ulterior, se houver 
dano;
XXVI - a pequena propriedade 
rural, assim definida em lei, 
desde que trabalhada pela 
família, não será objeto de 
penhora para pagamento de 
débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo 
a lei sobre os meios de financiar 
o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o 
direito exclusivo de utilização, 
publicação ou reprodução de 
suas obras, transmissível aos 
herdeiros pelo tempo que a lei 
fixar;
XXVIII - são assegurados, nos 
termos da lei:
a) a proteção às participações 
individuais em obras coletivas 
e à reprodução da imagem e 
voz humanas, inclusive nas 
atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do 
aproveitamento econômico 
das obras que criarem ou 
de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e 
às respectivas representações 
sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos 
autores de inventos industriais 
privilégio temporário para sua 
utilização, bem como proteção 
às criações industriais, à 
propriedade das marcas, aos 
nomes de empresas e a outros 
signos distintivos, tendo em 
vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico 
e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de 
herança;
XXXI - a sucessão de bens de 
estrangeiros situados no País 
será regulada pela lei brasileira 
em benefício do cônjuge ou dos 
filhos brasileiros, sempre que 
não lhes seja mais favorável a 
lei pessoal do “de cujus”;
XXXII - o Estado promoverá, 
na forma da lei, a defesa do 
consumidor;
XXXIII - todos têm direito a 
receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse 
particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança 
da sociedade e do Estado; 
(Regulamento) (Vide Lei nº 
12.527, de 2011)
XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do 
pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos 
Poderes Públicos em defesa de 
direitos ou contra ilegalidade 
ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões 
em repartições públicas, 
para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações 
de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o 
direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou 
tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a 
instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, 
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o 
julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei 
anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação 
legal;pelas 
respectivas populações. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 4º As deliberações no âmbito 
do Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços serão 
consideradas aprovadas se 
obtiverem, cumulativamente, 
os votos: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
I - em relação ao conjunto dos 
Estados e do Distrito Federal: 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
a) da maioria absoluta de seus 
representantes; e (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
b) de representantes dos 
Estados e do Distrito Federal 
que correspondam a mais de 
50% (cinquenta por cento) da 
população do País; e (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
II - em relação ao conjunto 
dos Municípios e do Distrito 
Federal, da maioria absoluta de 
seus representantes. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
§ 5º O Presidente do Comitê 
Gestor do Imposto sobre 
Bens e Serviços deverá ter 
notórios conhecimentos de 
administração tributária. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 6º O Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços, 
a administração tributária 
da União e a Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional 
compartilharão informações 
fiscais relacionadas aos 
tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V, e atuarão com 
vistas a harmonizar normas, 
interpretações, obrigações 
acessórias e procedimentos a 
eles relativos. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 7º O Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços 
e a administração tributária da 
União poderão implementar 
soluções integradas para a 
administração e cobrança dos 
tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 8º Lei complementar 
poderá prever a integração 
do contencioso administrativo 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
44
VADE MECUM – TJMT 2024
relativo aos tributos previstos 
nos arts. 156-A e 195, 
V. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
SEÇÃO VI – DA REPARTIÇÃO 
DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
 Art. 157. Pertencem aos 
Estados e ao Distrito Federal:
I - o produto da arrecadação 
do imposto da União sobre 
renda e proventos de qualquer 
natureza, incidente na fonte, 
sobre rendimentos pagos, a 
qualquer título, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações 
que instituírem e mantiverem;
II - vinte por cento do produto 
da arrecadação do imposto 
que a União instituir no 
exercício da competência que 
lhe é atribuída pelo art. 154, I.
 Art. 158. Pertencem aos 
Municípios:
I - o produto da arrecadação 
do imposto da União sobre 
renda e proventos de qualquer 
natureza, incidente na fonte, 
sobre rendimentos pagos, a 
qualquer título, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações 
que instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do 
produto da arrecadação do 
imposto da União sobre a 
propriedade territorial rural, 
relativamente aos imóveis 
neles situados, cabendo a 
totalidade na hipótese da 
opção a que se refere o art. 
153, § 4º, III; (Redação 
dada pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) (Regulamento)
III - 50% (cinquenta por cento) 
do produto da arrecadação 
do imposto do Estado sobre 
a propriedade de veículos 
automotores licenciados 
em seus territórios e, em 
relação a veículos aquáticos 
e aéreos, cujos proprietários 
sejam domiciliados em seus 
territórios; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
IV - 25% (vinte e cinco por 
cento): (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
a) do produto da arrecadação 
do imposto do Estado 
sobre operações relativas à 
circulação de mercadorias e 
sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual 
e intermunicipal e de 
comunicação; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 
132, de 2023) (Vide Emenda 
Constitucional nº 132, de 
2023) Vigência
b) do produto da arrecadação 
do imposto previsto no art. 
156-A distribuída aos Estados. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
§ 1º As parcelas de receita 
pertencentes aos Municípios 
mencionadas no inciso IV, «a», 
serão creditadas conforme os 
seguintes critérios: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023) (Vide Emenda 
Constitucional nº 132, de 
2023) Vigência
I - 65% (sessenta e cinco 
por cento), no mínimo, na 
proporção do valor adicionado 
nas operações relativas à 
circulação de mercadorias e 
nas prestações de serviços, 
realizadas em seus territórios; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020)
II - até 35% (trinta e cinco 
por cento), de acordo com 
o que dispuser lei estadual, 
observada, obrigatoriamente, 
a distribuição de, no mínimo, 
10 (dez) pontos percentuais 
com base em indicadores de 
melhoria nos resultados de 
aprendizagem e de aumento 
da equidade, considerado 
o nível socioeconômico dos 
educandos. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
108, de 2020)
§ 2º As parcelas de receita 
pertencentes aos Municípios 
mencionadas no inciso IV, «b», 
serão creditadas conforme os 
seguintes critérios: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
I - 80% (oitenta por cento) 
na proporção da população; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
II - 10% (dez por cento) com 
base em indicadores de 
melhoria nos resultados de 
aprendizagem e de aumento 
da equidade, considerado 
o nível socioeconômico dos 
educandos, de acordo com 
o que dispuser lei estadual; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
III - 5% (cinco por cento) 
com base em indicadores de 
preservação ambiental, de 
acordo com o que dispuser 
lei estadual; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
IV - 5% (cinco por cento) em 
montantes iguais para todos 
os Municípios do Estado. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
 Art. 159. A União 
entregará: (Vide Emenda 
Constitucional nº 55, de 2007)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7827.htm
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
45
VADE MECUM – TJMT 2024
I - do produto da arrecadação 
dos impostos sobre renda 
e proventos de qualquer 
natureza e sobre produtos 
industrializados e do imposto 
previsto no art. 153, VIII, 50% 
(cinquenta por cento), da 
seguinte forma: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023)
a) vinte e um inteiros e cinco 
décimos por cento ao Fundo 
de Participação dos Estados e 
do Distrito Federal; (Vide 
Lei Complementar nº 62, de 
1989) (Regulamento)
b) vinte e dois inteiros e cinco 
décimos por cento ao Fundo de 
Participação dos Municípios; 
(Vide Lei Complementar nº 62, 
de 1989) (Regulamento)
c) três por cento, para 
aplicação em programas 
de financiamento ao setor 
produtivo das Regiões Norte, 
Nordeste e Centro-Oeste, 
através de suas instituições 
financeiras de caráter regional, 
de acordo com os planos 
regionais de desenvolvimento, 
ficando assegurada ao semi-
árido do Nordeste a metade 
dos recursos destinados à 
Região, na forma que a lei 
estabelecer; (Regulamento)
d) um por cento ao Fundo de 
Participação dos Municípios, 
que será entregue no primeiro 
decêndio do mês de dezembro 
de cada ano; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 55, 
de 2007)
e) 1% (um por cento) ao Fundo 
de Participação dos Municípios, 
que será entregue no primeiro 
decêndio do mês de julho de 
cada ano; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 84, 
de 2014)
f) 1% (um por cento) ao Fundo 
de Participação dos Municípios, 
que será entregue no primeiro 
decêndio do mês de setembro 
de cada ano; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 112, 
de 2021) Produção de efeitos
II - do produto da arrecadação 
do imposto sobre produtos 
industrializados e do imposto 
previsto no art. 153, VIII, 
10% (dez por cento) aos 
Estados e ao Distrito Federal, 
proporcionalmente ao valor 
das respectivas exportações 
de produtos industrializados; 
(Redação dadapela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023)
III - do produto da arrecadação 
da contribuição de intervenção 
no domínio econômico 
prevista no art. 177, § 4º, 29% 
(vinte e nove por cento) para 
os Estados e o Distrito Federal, 
distribuídos na forma da lei, 
observadas as destinações a 
que se referem as alíneas “c” 
e “d” do inciso II do referido 
parágrafo. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 1º Para efeito de cálculo 
da entrega a ser efetuada 
de acordo com o previsto no 
inciso I, excluir-se-á a parcela 
da arrecadação do imposto de 
renda e proventos de qualquer 
natureza pertencente aos 
Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios, nos termos do 
disposto nos arts. 157, I, e 158, 
I.
§ 2º A nenhuma unidade 
federada poderá ser destinada 
parcela superior a vinte por 
cento do montante a que se 
refere o inciso II, devendo 
o eventual excedente ser 
distribuído entre os demais 
participantes, mantido, em 
relação a esses, o critério de 
partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão 
aos respectivos Municípios 
25% (vinte e cinco por 
cento) dos recursos que 
receberem nos termos do 
inciso II docaputdeste artigo, 
observados os critérios 
estabelecidos no art. 158, 
§ 1º, para a parcela relativa 
ao imposto sobre produtos 
industrializados, e no art. 158, 
§ 2º, para a parcela relativa 
ao imposto previsto no art. 
153, VIII. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023)
§ 4º Do montante de recursos 
de que trata o inciso III que cabe 
a cada Estado, vinte e cinco por 
cento serão destinados aos 
seus Municípios, na forma da lei 
a que se refere o mencionado 
inciso. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003)
Art. 160. É vedada a retenção 
ou qualquer restrição à 
entrega e ao emprego dos 
recursos atribuídos, nesta 
seção, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, neles 
compreendidos adicionais 
e acréscimos relativos a 
impostos.
§ 1º A vedação prevista 
neste artigo não impede 
a União e os Estados de 
condicionarem a entrega de 
recursos: (Renumerado do 
Parágrafo único pela Emenda 
Constitucional nº 113, de 2021)
I - ao pagamento de seus 
créditos, inclusive de suas 
autarquias; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 29, 
de 2000)
II - ao cumprimento do disposto 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7827.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7827.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7827.htm
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
46
VADE MECUM – TJMT 2024
no art. 198, § 2º, incisos II e 
III. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000)
§ 2º Os contratos, os acordos, 
os ajustes, os convênios, 
os parcelamentos ou as 
renegociações de débitos de 
qualquer espécie, inclusive 
tributários, firmados 
pela União com os entes 
federativos conterão cláusulas 
para autorizar a dedução 
dos valores devidos dos 
montantes a serem repassados 
relacionados às respectivas 
cotas nos Fundos de 
Participação ou aos precatórios 
federais. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 113, 
de 2021)
Art. 161. Cabe à lei 
complementar:
I - definir valor adicionado para 
fins do disposto no art. 158, § 
1º, I; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 
132, de 2023) (Vide Emenda 
Constitucional nº 132, de 
2023) Vigência
II - estabelecer normas sobre 
a entrega dos recursos de que 
trata o art. 159, especialmente 
sobre os critérios de rateio 
dos fundos previstos em seu 
inciso I, objetivando promover 
o equilíbrio sócio-econômico 
entre Estados e entre 
Municípios;
III - dispor sobre o 
acompanhamento, pelos 
beneficiários, do cálculo das 
quotas e da liberação das 
participações previstas nos 
arts. 157, 158 e 159.
Parágrafo único. O Tribunal de 
Contas da União efetuará o 
cálculo das quotas referentes 
aos fundos de participação a 
que alude o inciso II.
Art. 162. A União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios 
divulgarão, até o último dia 
do mês subseqüente ao da 
arrecadação, os montantes 
de cada um dos tributos 
arrecadados, os recursos 
recebidos, os valores de 
origem tributária entregues 
e a entregar e a expressão 
numérica dos critérios de 
rateio.
Parágrafo único. Os dados 
divulgados pela União serão 
discriminados por Estado e por 
Município; os dos Estados, por 
Município.
DIREITO 
ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO • 2
48
VADE MECUM – TJMT 2024
Vigência
(Regulamento)
Lei de Introdução às normas do 
Direito Brasileiro. (Redação 
dada pela Lei nº 12.376, de 
2010)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, 
usando da atribuição que 
lhe confere o artigo 180 da 
Constituição, decreta:
Art. 1º Salvo disposição 
contrária, a lei começa a vigorar 
em todo o país quarenta e cinco 
dias depois de oficialmente 
publicada.
§ 1º Nos Estados estrangeiros, 
a obrigatoriedade da lei 
brasileira, quando admitida, 
se inicia três meses depois de 
oficialmente publicada. (Vide 
Lei nº 1.991, de 1953) (Vide 
Lei nº 2.145, de 1953) (Vide 
Lei nº 2.410, de 1955) (Vide 
Lei nº 2.770, de 1956) (Vide 
Lei nº 3.244, de 1957) (Vide 
Lei nº 4.966, de 1966) (Vide 
Decreto-Lei nº 333, de 
1967) (Vide Lei nº 2.807, 
de 1956) (Vide Lei nº 
4.820, de 1965)
§ 2º (Revogado pela Lei 
nº 12.036, de 2009).
§ 3º Se, antes de entrar a lei em 
vigor, ocorrer nova publicação 
de seu texto, destinada a 
correção, o prazo deste artigo 
e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova 
publicação.
§ 4º As correções a texto de lei 
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 
19421
já em vigor consideram-se lei 
nova.
Art. 2º Não se destinando à 
vigência temporária, a lei terá 
vigor até que outra a modifique 
ou revogue.
§ 1º A lei posterior 
revoga a anterior quando 
expressamente o declare, 
quando seja com ela 
incompatível ou quando regule 
inteiramente a matéria de que 
tratava a lei anterior.
§ 2º A lei nova, que estabeleça 
disposições gerais ou especiais 
a par das já existentes, não 
revoga nem modifica a lei 
anterior.
§ 3º Salvo disposição em 
contrário, a lei revogada 
não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência.
Art. 3º Ninguém se escusa de 
cumprir a lei, alegando que 
não a conhece.
Art. 4º Quando a lei for omissa, 
o juiz decidirá o caso de acordo 
com a analogia, os costumes e 
os princípios gerais de direito.
Art. 5º Na aplicação da lei, o 
juiz atenderá aos fins sociais a 
que ela se dirige e às exigências 
do bem comum.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito 
imediato e geral, respeitados 
o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa 
julgada. (Redação dada pela 
Lei nº 3.238, de 1957)
§ 1º Reputa-se ato jurídico 
perfeito o já consumado 
segundo a lei vigente 
ao tempo em que se 
efetuou. (Incluído pela Lei 
nº 3.238, de 1957)
§ 2º Consideram-se adquiridos 
assim os direitos que o seu 
titular, ou alguém por êle, 
possa exercer, como aquêles 
cujo comêço do exercício tenha 
têrmo pré-fixo, ou condição 
pré-estabelecida inalterável, a 
arbítrio de outrem. (Incluído 
pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 3º Chama-se coisa julgada 
ou caso julgado a decisão 
judicial de que já não caiba 
recurso. (Incluído pela Lei 
nº 3.238, de 1957)
Art. 7º A lei do país em que 
domiciliada a pessoa determina 
as regras sobre o começo e o 
fim da personalidade, o nome, 
a capacidade e os direitos de 
família.
§ 1º Realizando-se o 
casamento no Brasil, será 
aplicada a lei brasileira quanto 
aos impedimentos dirimentes e 
às formalidades da celebração.
§ 2º O casamento de 
estrangeiros poderá celebrar-
se perante autoridades 
diplomáticasou consulares 
do país de ambos os 
nubentes. (Redação 
dada pela Lei nº 3.238, de 
1957)
§ 3º Tendo os nubentes 
domicílio diverso, regerá 
os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do primeiro 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4707.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L2807.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L2807.htm
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%204.657-1942?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%204.657-1942?OpenDocument
DIREITO ADMINISTRATIVO • 2
49
VADE MECUM – TJMT 2024
domicílio conjugal.
§ 4º O regime de bens, legal 
ou convencional, obedece à 
lei do país em que tiverem 
os nubentes domicílio, e, se 
este for diverso, a do primeiro 
domicílio conjugal.
§ 5º - O estrangeiro casado, que 
se naturalizar brasileiro, pode, 
mediante expressa anuência 
de seu cônjuge, requerer ao 
juiz, no ato de entrega do 
decreto de naturalização, se 
apostile ao mesmo a adoção 
do regime de comunhão 
parcial de bens, respeitados 
os direitos de terceiros e dada 
esta adoção ao competente 
registro. (Redação dada 
pela Lei nº 6.515, de 1977)
§ 6º O divórcio realizado no 
estrangeiro, se um ou ambos 
os cônjuges forem brasileiros, 
só será reconhecido no Brasil 
depois de 1 (um) ano da data 
da sentença, salvo se houver 
sido antecedida de separação 
judicial por igual prazo, caso em 
que a homologação produzirá 
efeito imediato, obedecidas 
as condições estabelecidas 
para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país. O 
Superior Tribunal de Justiça, 
na forma de seu regimento 
interno, poderá reexaminar, a 
requerimento do interessado, 
decisões já proferidas em 
pedidos de homologação de 
sentenças estrangeiras de 
divórcio de brasileiros, a fim de 
que passem a produzir todos os 
efeitos legais. (Redação 
dada pela Lei nº 12.036, de 
2009).
§ 7º Salvo o caso de abandono, 
o domicílio do chefe da família 
estende-se ao outro cônjuge 
e aos filhos não emancipados, 
e o do tutor ou curador aos 
incapazes sob sua guarda.
§ 8º Quando a pessoa não 
tiver domicílio, considerar-se-á 
domiciliada no lugar de sua 
residência ou naquele em que 
se encontre.
Art. 8º Para qualificar os bens 
e regular as relações a eles 
concernentes, aplicar-se-á a 
lei do país em que estiverem 
situados.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país 
em que for domiciliado o 
proprietário, quanto aos bens 
moveis que ele trouxer ou se 
destinarem a transporte para 
outros lugares.
§ 2º O penhor regula-se pela 
lei do domicílio que tiver a 
pessoa, em cuja posse se 
encontre a coisa apenhada.
Art. 9º Para qualificar e reger 
as obrigações, aplicar-se-á a lei 
do país em que se constituirem.
§ 1º Destinando-se a 
obrigação a ser executada no 
Brasil e dependendo de forma 
essencial, será esta observada, 
admitidas as peculiaridades 
da lei estrangeira quanto aos 
requisitos extrínsecos do ato.
§ 2º A obrigação resultante do 
contrato reputa-se constituida 
no lugar em que residir o 
proponente.
Art. 10. A sucessão por morte 
ou por ausência obedece à lei 
do país em que domiciliado o 
defunto ou o desaparecido, 
qualquer que seja a natureza e 
a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de 
estrangeiros, situados no País, 
será regulada pela lei brasileira 
em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, ou de 
quem os represente, sempre 
que não lhes seja mais 
favorável a lei pessoal do de 
cujus. (Redação dada 
pela Lei nº 9.047, de 1995)
§ 2º A lei do domicílio do 
herdeiro ou legatário regula a 
capacidade para suceder.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9047.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9047.htm
DIREITO ADMINISTRATIVO • 2
50
VADE MECUM – TJMT 2024
Texto compilado
 (Vide ADI 7236)
Dispõe sobre as sanções 
aplicáveis em virtude da 
prática de atos de improbidade 
administrativa, de que trata o 
§ 4º do art. 37 da Constituição 
Federal; e dá outras 
providências. (Redação dada 
pela Lei nº 14.230, de 2021)
O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA, Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte lei:
CAPÍTULO II
DOS ATOS DE IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA
Seção I – Dos Atos de 
Improbidade Administrativa 
que Importam 
Enriquecimento Ilícito
Art. 9º Constitui ato de 
improbidade administrativa 
importando em 
enriquecimento ilícito auferir, 
mediante a prática de ato 
doloso, qualquer tipo de 
vantagem patrimonial indevida 
em razão do exercício de cargo, 
de mandato, de função, de 
emprego ou de atividade nas 
entidades referidas no art. 
1º desta Lei, e notadamente: 
(Redação dada pela Lei nº 
14.230, de 2021)
I - receber, para si ou para 
outrem, dinheiro, bem móvel 
ou imóvel, ou qualquer outra 
vantagem econômica, direta ou 
indireta, a título de comissão, 
percentagem, gratificação 
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 19922
ou presente de quem tenha 
interesse, direto ou indireto, 
que possa ser atingido ou 
amparado por ação ou omissão 
decorrente das atribuições do 
agente público;
II - perceber vantagem 
econômica, direta ou indireta, 
para facilitar a aquisição, 
permuta ou locação de 
bem móvel ou imóvel, ou a 
contratação de serviços pelas 
entidades referidas no art. 1° 
por preço superior ao valor de 
mercado;
III - perceber vantagem 
econômica, direta ou indireta, 
para facilitar a alienação, 
permuta ou locação de bem 
público ou o fornecimento 
de serviço por ente estatal 
por preço inferior ao valor de 
mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço 
particular, qualquer bem 
móvel, de propriedade ou à 
disposição de qualquer das 
entidades referidas no art. 1º 
desta Lei, bem como o trabalho 
de servidores, de empregados 
ou de terceiros contratados por 
essas entidades; (Redação 
dada pela Lei nº 14.230, de 
2021)
V - receber vantagem 
econômica de qualquer 
natureza, direta ou indireta, 
para tolerar a exploração ou 
a prática de jogos de azar, de 
lenocínio, de narcotráfico, 
de contrabando, de usura ou 
de qualquer outra atividade 
ilícita, ou aceitar promessa de 
tal vantagem;
VI - receber vantagem 
econômica de qualquer 
natureza, direta ou indireta, 
para fazer declaração falsa 
sobre qualquer dado técnico 
que envolva obras públicas 
ou qualquer outro serviço 
ou sobre quantidade, peso, 
medida, qualidade ou 
característica de mercadorias 
ou bens fornecidos a qualquer 
das entidades referidas no art. 
1º desta Lei; (Redação dada 
pela Lei nº 14.230, de 2021)
VII - adquirir, para si ou para 
outrem, no exercício de 
mandato, de cargo, de emprego 
ou de função pública, e em 
razão deles, bens de qualquer 
natureza, decorrentes dos atos 
descritos no caput deste artigo, 
cujo valor seja desproporcional 
à evolução do patrimônio ou 
à renda do agente público, 
assegurada a demonstração 
pelo agente da licitude da 
origem dessa evolução; 
(Redação dada pela Lei nº 
14.230, de 2021)
VIII - aceitar emprego, 
comissão ou exercer 
atividade de consultoria ou 
assessoramento para pessoa 
física ou jurídica que tenha 
interesse suscetível de ser 
atingido ou amparado por ação 
ou omissão decorrente das 
atribuições do agente público, 
durante a atividade;
IX - perceber vantagem 
econômica para intermediar a 
liberação ou aplicação de verba 
pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429compilada.htm
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.429-1992?OpenDocument
DIREITO ADMINISTRATIVO • 2
51
VADE MECUM – TJMT 2024
de qualquer natureza, direta 
ou indiretamente, para omitir 
ato de ofício, providência 
ou declaração a que esteja 
obrigado;
XI - incorporar, por qualquer 
forma, ao seu patrimônio 
bens, rendas, verbas ou 
valores integrantes do acervo 
patrimonialdas entidades 
mencionadas no art. 1° desta 
lei;
XII - usar, em proveito próprio, 
bens, rendas, verbas ou 
valores integrantes do acervo 
patrimonial das entidades 
mencionadas no art. 1° desta 
lei.
CAPÍTULO IV
DA DECLARAÇÃO DE BENS
Art. 13. A posse e o exercício 
de agente público ficam 
condicionados à apresentação 
de declaração de imposto 
de renda e proventos de 
qualquer natureza, que tenha 
sido apresentada à Secretaria 
Especial da Receita Federal do 
Brasil, a fim de ser arquivada 
no serviço de pessoal 
competente. (Redação dada 
pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 2º A declaração de bens a que 
se refere o caput deste artigo 
será atualizada anualmente e 
na data em que o agente público 
deixar o exercício do mandato, 
do cargo, do emprego ou da 
função. (Redação dada pela 
Lei nº 14.230, de 2021)
§ 3º Será apenado com a pena 
de demissão, sem prejuízo 
de outras sanções cabíveis, o 
agente público que se recusar 
a prestar a declaração dos bens 
a que se refere o caput deste 
artigo dentro do prazo 
determinado ou que prestar 
declaração falsa. (Redação 
dada pela Lei nº 14.230, de 
2021)
DIREITO 
TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
53
VADE MECUM – TJMT 2024
Denominado Código Tributário 
Nacional
Vigência
(Vide Decreto-lei nº 82, de 1966) 
(Vide Decreto nº 6.306, de 
2007)
Dispõe sobre o Sistema 
Tributário Nacional e institui 
normas gerais de direito 
tributário aplicáveis à União, 
Estados e Municípios. 
O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte lei:
LIVRO PRIMEIRO
SISTEMA TRIBUTÁRIO 
NACIONAL
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 3º Tributo é toda prestação 
pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato 
ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente 
vinculada.
Art. 4º A natureza jurídica 
específica do tributo é 
determinada pelo fato gerador 
da respectiva obrigação, sendo 
irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais 
características formais 
adotadas pela lei;
II - a destinação legal do 
produto da sua arrecadação.
LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 19661
Art. 5º Os tributos são 
impostos, taxas e contribuições 
de melhoria.
TÍTULO II
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 6º A atribuição 
constitucional de competência 
tributária compreende a 
competência legislativa plena, 
ressalvadas as limitações 
contidas na Constituição 
Federal, nas Constituições dos 
Estados e nas Leis Orgânicas 
do Distrito Federal e dos 
Municípios, e observado o 
disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Os tributos 
cuja receita seja distribuída, 
no todo ou em parte, a 
outras pessoas jurídicas de 
direito público pertencerá 
à competência legislativa 
daquela a que tenham sido 
atribuídos.
Art. 7º A competência tributária 
é indelegável, salvo atribuição 
das funções de arrecadar 
ou fiscalizar tributos, ou de 
executar leis, serviços, atos ou 
decisões administrativas em 
matéria tributária, conferida 
por uma pessoa jurídica de 
direito público a outra, nos 
termos do § 3º do art. 18 da 
Constituição.
§ 1º A atribuição compreende 
as garantias e os privilégios 
processuais que competem 
à pessoa jurídica de direito 
público que a conferir.
§ 2º A atribuição pode ser 
revogada, a qualquer tempo, 
por ato unilateral da pessoa 
jurídica de direito público que 
a tenha conferido.
§ 3º Não constitui delegação de 
competência o cometimento, 
a pessoas de direito privado, 
do encargo ou da função de 
arrecadar tributos.
Art. 8º O não-exercício da 
competência tributária não 
a defere a pessoa jurídica de 
direito público diversa daquela 
a que a Constituição a tenha 
atribuído.
CAPÍTULO II
LIMITAÇÕES DA 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Seção I – Disposições Gerais
Art. 9º É vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios:
I - instituir ou majorar tributo 
sem que a lei o estabeleça, 
ressalvado, quanto à 
majoração, o disposto nos arts. 
21, 26 e 65;
II - cobrar impôsto sôbre o 
patrimônio e a renda com base 
em lei posterior à data inicial 
do exercício financeiro a que 
corresponda;
III - estabelecer limitações ao 
tráfego, no território nacional, 
de pessoas ou mercadorias, por 
meio de tributos interestaduais 
ou intermunicipais;
IV - cobrar impôsto sôbre:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0082.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6306.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6306.htm
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%205.172-1966?OpenDocument
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
54
VADE MECUM – TJMT 2024
a) o patrimônio, a renda ou os 
serviços uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
 c) o patrimônio, a renda 
ou serviços dos partidos 
políticos, inclusive suas 
fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, 
das instituições de educação 
e de assistência social, sem 
fins lucrativos, observados os 
requisitos fixados na Seção II 
deste Capítulo; (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 
104, de 2001)
d) papel destinado 
exclusivamente à impressão de 
jornais, periódicos e livros.
§ 1º O disposto no inciso IV 
não exclui a atribuição, por lei, 
às entidades nêle referidas, da 
condição de responsáveis pelos 
tributos que lhes caiba reter 
na fonte, e não as dispensa 
da prática de atos, previstos 
em lei, assecuratórios do 
cumprimento de obrigações 
tributárias por terceiros.
§ 2º O disposto na alínea 
a do inciso IV aplica-se, 
exclusivamente, aos serviços 
próprios das pessoas jurídicas 
de direito público a que se 
refere este artigo, e inerentes 
aos seus objetivos.
TÍTULO III
IMPOSTOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 16. Imposto é o tributo 
cuja obrigação tem por 
fato gerador uma situação 
independente de qualquer 
atividade estatal específica, 
relativa ao contribuinte.
Seção IV – Impôsto sôbre 
a Renda e Proventos de 
Qualquer Natureza
Art. 44. A base de cálculo 
do impôsto é o montante, 
real, arbitrado ou presumido, 
da renda ou dos proventos 
tributáveis.
TÍTULO IV
TAXAS
Art. 77. As taxas cobradas 
pela União, pelos Estados, 
pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm 
como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia, 
ou a utilização, efetiva ou 
potencial, de serviço público 
específico e divisível, prestado 
ao contribuinte ou posto à sua 
disposição.
Parágrafo único. A taxa não 
pode ter base de cálculo ou 
fato gerador idênticos aos que 
correspondam a impôsto nem 
ser calculada em função do 
capital das emprêsas. (Vide Ato 
Complementar nº 34, de 1967)
TÍTULO V
CONTRIBUIÇÃO DE 
MELHORIA
Art. 81. A contribuição de 
melhoria cobrada pela União, 
pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios, 
no âmbito de suas respectivas 
atribuições, é instituída para 
fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra 
valorização imobiliária, tendo 
como limite total a despesa 
realizada e como limite 
individual o acréscimo de valor 
que da obra resultar para cada 
imóvel beneficiado.
CAPÍTULO II
VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA
 Art. 103. Salvo disposição em 
contrário, entram em vigor:
I - os atos administrativos a que 
se refere o inciso I do art. 100, 
na data da sua publicação;
II - as decisões a que se refere 
o inciso II do art. 100, quanto 
a seus efeitos normativos, 30 
(trinta) dias após a data da sua 
publicação;
III - os convênios a que se refere 
o inciso IV do art. 100, na data 
nêles prevista.
CAPÍTULO III
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA
Art. 105. A legislação tributária 
aplica-se imediatamente aos 
fatos geradores futuros e aos 
pendentes, assim entendidos 
aquêles cuja ocorrência tenha 
tido início mas não esteja 
completa nos têrmos do artigo 
116.
Art. 106. A lei aplica-se a ato 
ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, 
quando seja expressamente 
interpretativa, excluída a 
aplicação depenalidade à 
infração dos dispositivos 
interpretados;
II - tratando-se de ato não 
definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo 
como infração;
b) quando deixe de tratá-lo 
como contrário a qualquer 
exigência de ação ou omissão, 
desde que não tenha sido 
fraudulento e não tenha 
implicado em falta de 
pagamento de tributo;
c) quando lhe comine 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
55
VADE MECUM – TJMT 2024
penalidade menos severa que 
a prevista na lei vigente ao 
tempo da sua prática.
CAPÍTULO IV
INTERPRETAÇÃO E 
INTEGRAÇÃO DA 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 107. A legislação tributária 
será interpretada conforme o 
disposto neste Capítulo.
Art. 108. Na ausência de 
disposição expressa, a 
autoridade competente para 
aplicar a legislação tributária 
utilizará sucessivamente, na 
ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de 
direito tributário;
III - os princípios gerais de 
direito público;
IV - a eqüidade.
§ 1º O emprêgo da analogia não 
poderá resultar na exigência de 
tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprêgo da eqüidade 
não poderá resultar na 
dispensa do pagamento de 
tributo devido.
TÍTULO II
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 113. A obrigação tributária 
é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal 
surge com a ocorrência do 
fato gerador, tem por objeto 
o pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária e 
extingue-se juntamente com o 
crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória 
decorre da legislação tributária 
e tem por objeto as prestações, 
positivas ou negativas, nela 
previstas no interêsse da 
arrecadação ou da fiscalização 
dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, 
pelo simples fato da sua 
inobservância, converte-
se em obrigação principal 
relativamente à penalidade 
pecuniária.
CAPÍTULO II
FATO GERADOR
Art. 114. Fato gerador da 
obrigação principal é a 
situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua 
ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da 
obrigação acessória é qualquer 
situação que, na forma da 
legislação aplicável, impõe a 
prática ou a abstenção de ato 
que não configure obrigação 
principal.
 Art. 116. Salvo disposição de 
lei em contrário, considera-
se ocorrido o fato gerador e 
existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação 
de fato, desde o momento 
em que o se verifiquem as 
circunstâncias materiais 
necessárias a que produza os 
efeitos que normalmente lhe 
são próprios;
II - tratando-se de situação 
jurídica, desde o momento 
em que esteja definitivamente 
constituída, nos têrmos de 
direito aplicável.
Parágrafo único. A autoridade 
administrativa poderá 
desconsiderar atos ou 
negócios jurídicos praticados 
com a finalidade de dissimular 
a ocorrência do fato gerador 
do tributo ou a natureza 
dos elementos constitutivos 
da obrigação tributária, 
observados os procedimentos 
a serem estabelecidos em lei 
ordinária. (Incluído pela Lcp nº 
104, de 2001)
Art. 117. Para os efeitos do 
inciso II do artigo anterior e 
salvo disposição de lei em 
contrário, os atos ou negócios 
jurídicos condicionais reputam-
se perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, 
desde o momento de seu 
implemento;
II - sendo resolutória a 
condição, desde o momento da 
prática do ato ou da celebração 
do negócio.
Art. 118. A definição legal do 
fato gerador é interpretada 
abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos 
efetivamente praticados pelos 
contribuintes, responsáveis, 
ou terceiros, bem como da 
natureza do seu objeto ou dos 
seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos 
efetivamente ocorridos.
CAPÍTULO III
SUJEITO ATIVO
Art. 119. Sujeito ativo da 
obrigação é a pessoa jurídica 
de direito público, titular da 
competência para exigir o seu 
cumprimento.
Seção II – Solidariedade
Art. 124. São solidàriamente 
obrigadas:
 I - as pessoas que tenham 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
56
VADE MECUM – TJMT 2024
interêsse comum na situação 
que constitua o fato gerador 
da obrigação principal;
 II - as pessoas expressamente 
designadas por lei.
Parágrafo único. A 
solidariedade referida neste 
artigo não comporta benefício 
de ordem.
Seção IV – Domicílio 
Tributário
Art. 127. Na falta de eleição, 
pelo contribuinte ou 
responsável, de domicílio 
tributário, na forma da 
legislação aplicável, considera-
se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, 
a sua residência habitual, 
ou, sendo esta incerta ou 
desconhecida, o centro 
habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas 
de direito privado ou às firmas 
individuais, o lugar da sua sede, 
ou, em relação aos atos ou fatos 
que derem origem à obrigação, 
o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas 
de direito público, qualquer de 
suas repartições no território 
da entidade tributante.
§ 1º Quando não couber a 
aplicação das regras fixadas 
em qualquer dos incisos 
dêste artigo, considerar-se-á 
como domicílio tributário do 
contribuinte ou responsável o 
lugar da situação dos bens ou 
da ocorrência dos atos ou fatos 
que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade 
administrativa pode recusar 
o domicílio eleito, quando 
impossibilite ou dificulte a 
arrecadação ou a fiscalização 
do tributo, aplicando-se então 
a regra do parágrafo anterior.
CAPÍTULO V
Responsabilidade Tributária
Seção I – Disposição Geral
Art. 128. Sem prejuízo do 
disposto neste capítulo, a lei 
pode atribuir de modo expresso 
a responsabilidade pelo crédito 
tributário a terceira pessoa, 
vinculada ao fato gerador 
da respectiva obrigação, 
excluindo a responsabilidade 
do contribuinte ou atribuindo-a 
a êste em caráter supletivo do 
cumprimento total ou parcial 
da referida obrigação.
Seção II – Responsabilidade 
dos Sucessores
 Art. 131. São pessoalmente 
responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, 
pelos tributos relativos 
aos bens adquiridos ou 
remidos; (Redação dada 
pelo Decreto Lei nº 28, de 
1966)
II - o sucessor a qualquer 
título e o cônjuge meeiro, 
pelos tributos devidos pelo de 
cujus até a data da partilha 
ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante 
do quinhão do legado ou da 
meação;
III - o espólio, pelos tributos 
devidos pelo de cujus até a 
data da abertura da sucessão.
Seção III – Responsabilidade 
de Terceiros
Art. 134. Nos casos de 
impossibilidade de exigência 
do cumprimento da obrigação 
principal pelo contribuinte, 
respondem solidàriamente 
com êste nos atos em que 
intervierem ou pelas omissões 
de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos 
por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, 
pelos tributos devidos por seus 
tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens 
de terceiros, pelos tributos 
devidos por êstes;
IV - o inventariante, pelos 
tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, 
pelos tributos devidos 
pela massa falida ou pelo 
concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e 
demais serventuários de ofício, 
pelos tributos devidos sôbre 
os atos praticados por êles, ou 
perante êles, em razão do seu 
ofício;
VII - os sócios, no caso de 
liquidação de sociedade de 
pessoas.
Parágrafo único. O disposto 
neste artigo só se aplica, em 
matéria de penalidades, às de 
caráter moratório.
Seção IV – Responsabilidade 
por Infrações
Art. 136. Salvo disposição 
de lei em contrário, a 
responsabilidade por infrações 
da legislação tributária 
independe da intenção do 
agente ou do responsável e 
da efetividade, natureza e 
extensão dos efeitos do ato.
CAPÍTULO II
CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
57
VADE MECUM – TJMT 2024
Seção I – Lançamento
Art. 142. Compete 
privativamente à autoridade 
administrativa constituir 
o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendidoo procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência 
do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a 
matéria tributável, calcular o 
montante do tributo devido, 
identificar o sujeito passivo e, 
sendo caso, propor a aplicação 
da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade 
administrativa de lançamento 
é vinculada e obrigatória, sob 
pena de responsabilidade 
funcional.
Art. 144. O lançamento 
reporta-se à data da ocorrência 
do fato gerador da obrigação e 
rege-se pela lei então vigente, 
ainda que posteriormente 
modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a 
legislação que, posteriormente 
à ocorrência do fato gerador 
da obrigação, tenha instituído 
novos critérios de apuração 
ou processos de fiscalização, 
ampliado os podêres de 
investigação das autoridades 
administrativas, ou outorgado 
ao crédito maiores garantias 
ou privilégios, exceto, neste 
último caso, para o efeito 
de atribuir responsabilidade 
tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não 
se aplica aos impostos lançados 
por períodos certos de tempo, 
desde que a respectiva lei fixe 
expressamente a data em que 
o fato gerador se considera 
ocorrido.
 Art. 146. A modificação 
introduzida, de ofício ou em 
conseqüência de decisão 
administrativa ou judicial, nos 
critérios jurídicos adotados 
pela autoridade administrativa 
no exercício do lançamento 
sòmente pode ser efetivada, 
em relação a um mesmo sujeito 
passivo, quanto a fato gerador 
ocorrido posteriormente à sua 
introdução.
Seção II – Modalidades de 
Lançamento
 Art. 149. O lançamento é 
efetuado e revisto de ofício 
pela autoridade administrativa 
nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o 
determine;
II - quando a declaração não 
seja prestada, por quem de 
direito, no prazo e na forma da 
legislação tributária;
III - quando a pessoa 
legalmente obrigada, embora 
tenha prestado declaração 
nos têrmos do inciso anterior, 
deixe de atender, no prazo e na 
forma da legislação tributária, 
a pedido de esclarecimento 
formulado pela autoridade 
administrativa, recuse-se a 
prestá-lo ou não o preste 
satisfatòriamente, a juízo 
daquela autoridade;
IV - quando se comprove 
falsidade, êrro ou omissão 
quanto a qualquer elemento 
definido na legislação tributária 
como sendo de declaração 
obrigatória;
V - quando se comprove 
omissão ou inexatidão, por 
parte da pessoa legalmente 
obrigada, no exercício da 
atividade a que se refere o 
artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação 
ou omissão do sujeito passivo, 
ou de terceiro legalmente 
obrigado, que dê lugar à 
aplicação de penalidade 
pecuniária;
VII - quando se comprove que o 
sujeito passivo, ou terceiro em 
benefício daquele, agiu com 
dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser 
apreciado fato não conhecido 
ou não provado por ocasião do 
lançamento anterior;
IX - quando se comprove 
que, no lançamento anterior, 
ocorreu fraude ou falta 
funcional da autoridade que 
o efetuou, ou omissão, pela 
mesma autoridade, de ato ou 
formalidade essencial.
Parágrafo único. A revisão 
do lançamento só pode ser 
iniciada enquanto não extinto 
o direito da Fazenda Pública.
Art. 150. O lançamento por 
homologação, que ocorre 
quanto aos tributos cuja 
legislação atribua ao sujeito 
passivo o dever de antecipar o 
pagamento sem prévio exame 
da autoridade administrativa, 
opera-se pelo ato em que a 
referida autoridade, tomando 
conhecimento da atividade 
assim exercida pelo obrigado, 
expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado 
pelo obrigado nos têrmos 
dêste artigo extingue o crédito, 
sob condição resolutória da 
ulterior homologação do 
lançamento.
§ 2º Não influem sôbre a 
obrigação tributária quaisquer 
atos anteriores à homologação, 
praticados pelo sujeito passivo 
ou por terceiro, visando à 
extinção total ou parcial do 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
58
VADE MECUM – TJMT 2024
crédito.
§ 3º Os atos a que se refere 
o parágrafo anterior serão, 
porém, considerados na 
apuração do saldo porventura 
devido e, sendo o caso, na 
imposição de penalidade, ou 
sua graduação.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a 
homologação, será êle de cinco 
anos, a contar da ocorrência 
do fato gerador; expirado 
êsse prazo sem que a Fazenda 
Pública se tenha pronunciado, 
considera-se homologado o 
lançamento e definitivamente 
extinto o crédito, salvo se 
comprovada a ocorrência de 
dolo, fraude ou simulação.
CAPÍTULO III
SUSPENSÃO DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO
Seção I – Disposições Gerais
Art. 151. Suspendem a 
exigibilidade do crédito 
tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante 
integral;
III - as reclamações e os 
recursos, nos têrmos das 
leis reguladoras do processo 
tributário administrativo;
IV - a concessão de medida 
liminar em mandado de 
segurança.
V – a concessão de medida 
liminar ou de tutela antecipada, 
em outras espécies de ação 
judicial; (Incluído pela Lcp nº 
104, de 2001) 
 VI – o parcelamento. (Incluído 
pela Lcp nº 104, de 2001) 
Parágrafo único. O disposto 
neste artigo não dispensa o 
cumprimento das obrigações 
assessórios dependentes 
da obrigação principal cujo 
crédito seja suspenso, ou dela 
conseqüentes.
Seção II – Moratória
Art. 152. A moratória somente 
pode ser concedida:
I - em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de 
direito público competente 
para instituir o tributo a que se 
refira;
b) pela União, quanto a 
tributos de competência dos 
Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios, quando 
simultâneamente concedida 
quanto aos tributos de 
competência federal e às 
obrigações de direito privado;
II - em caráter individual, 
por despacho da autoridade 
administrativa, desde que 
autorizada por lei nas 
condições do inciso anterior.
Parágrafo único. A lei 
concessiva de moratória pode 
circunscrever expressamente 
a sua aplicabilidade à 
determinada região do 
território da pessoa jurídica de 
direito público que a expedir, 
ou a determinada classe ou 
categoria de sujeitos passivos.
CAPÍTULO IV
EXTINÇÃO DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO
Seção I – Modalidades de 
Extinção
Art. 156. Extinguem o crédito 
tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito 
em renda;
VII - o pagamento antecipado e 
a homologação do lançamento 
nos termos do disposto no 
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em 
pagamento, nos termos do 
disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa 
irreformável, assim entendida 
a definitiva na órbita 
administrativa, que não mais 
possa ser objeto de ação 
anulatória;
X - a decisão judicial passada 
em julgado.
XI – a dação em pagamento 
em bens imóveis, na forma e 
condições estabelecidas em 
lei. (Incluído pela Lcp nº 104, 
de 2001)(Vide Lei nº 13.259, de 
2016)
Parágrafo único. A lei disporá 
quanto aos efeitos da extinção 
total ou parcial do crédito 
sôbre a ulterior verificação 
da irregularidade da sua 
constituição, observado o 
disposto nos artigos 144 e 149.
Seção II – Pagamento
Art. 157. A imposição de 
penalidade não ilide o 
pagamento integral do crédito 
tributário.
Art. 158. O pagamento de 
um crédito não importa em 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
59
VADE MECUM – TJMT 2024
presunção de pagamento:
I - quando parcial, das 
prestações em que se 
decomponha;
II - quando total, de outros 
créditos referentes ao mesmo 
ou a outros tributos.
Seção IV – Demais 
Modalidades de Extinção
Art. 174. A ação para a cobrança 
do crédito tributário prescreve 
em cinco anos, contados 
da data da sua constituição 
definitiva.
Parágrafo único. A prescrição 
se interrompe:
I – pelo despacho do juizque 
ordenar a citação em execução 
fiscal; (Redação dada pela Lcp 
nº 118, de 2005)
II - pelo protesto judicial ou 
extrajudicial; (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 208, 
de 2024)
III - por qualquer ato judicial 
que constitua em mora o 
devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco 
ainda que extrajudicial, que 
importe em reconhecimento 
do débito pelo devedor.
CAPÍTULO V
EXCLUSÃO DE CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO
Seção I – Disposições Gerais
Art. 175. Excluem o crédito 
tributário:
I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. a exclusão do 
crédito tributário não dispensa 
o cumprimento das obrigações 
acessórias dependentes 
da obrigação principal cujo 
crédito seja excluído, ou dela 
conseqüentes.
Seção III – Anistia
Art. 180. A anistia abrange 
exclusivamente as infrações 
cometidas anteriormente à 
vigência da lei que a concede, 
não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei 
como crimes ou contravenções 
e aos que, mesmo sem essa 
qualificação, sejam praticados 
com dolo, fraude ou simulação 
pelo sujeito passivo ou por 
terceiro em benefício daquele;
II - salvo disposição em 
contrário, às infrações 
resultantes de conluio entre 
duas ou mais pessoas naturais 
ou jurídicas.
CAPÍTULO VI
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS 
DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Seção I – Disposições Gerais
Art. 183. A enumeração das 
garantias atribuídas neste 
Capítulo ao crédito tributário 
não exclui outras que sejam 
expressamente previstas em 
lei, em função da natureza ou 
das características do tributo a 
que se refiram.
Parágrafo único. A natureza das 
garantias atribuídas ao crédito 
tributário não altera a natureza 
dêste nem a da obrigação 
tributária a que corresponda.
Seção II – Preferências
Art. 186. O crédito tributário 
prefere a qualquer outro, seja 
qual for sua natureza ou o 
tempo de sua constituição, 
ressalvados os créditos 
decorrentes da legislação do 
trabalho ou do acidente de 
trabalho. (Redação dada pela 
Lcp nº 118, de 2005)
Parágrafo único. Na 
falência: (Incluído pela Lcp nº 
118, de 2005)
I – o crédito tributário 
não prefere aos créditos 
extraconcursais ou às 
importâncias passíveis de 
restituição, nos termos da lei 
falimentar, nem aos créditos 
com garantia real, no limite do 
valor do bem gravado; (Incluído 
pela Lcp nº 118, de 2005)
II – a lei poderá estabelecer 
limites e condições para a 
preferência dos créditos 
decorrentes da legislação do 
trabalho; e (Incluído pela Lcp 
nº 118, de 2005)
III – a multa tributária 
prefere apenas aos créditos 
subordinados. (Incluído pela 
Lcp nº 118, de 2005)
TÍTULO IV
ADMINISTRAÇÃO 
TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO I
FISCALIZAÇÃO
Art. 194. A legislação tributária, 
observado o disposto nesta 
Lei, regulará, em caráter geral, 
ou especificamente em função 
da natureza do tributo de que 
se tratar, a competência e 
os poderes das autoridades 
administrativas em matéria de 
fiscalização da sua aplicação.
Parágrafo único. A legislação 
a que se refere êste artigo 
aplica-se às pessoas naturais 
ou jurídicas, contribuintes ou 
não, inclusive às que gozem 
de imunidade tributária ou de 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
60
VADE MECUM – TJMT 2024
isenção de caráter pessoal.
Art. 195. Para os efeitos da 
legislação tributária, não 
têm aplicação quaisquer 
disposições legais excludentes 
ou limitativas do direito de 
examinar mercadorias, livros, 
arquivos, documentos, papéis 
e efeitos comerciais ou fiscais, 
dos comerciantes industriais 
ou produtores, ou da obrigação 
dêstes de exibi-los.
CAPÍTULO II
DÍVIDA ATIVA
Art. 201. Constitui dívida 
ativa tributária a proveniente 
de crédito dessa natureza, 
regularmente inscrita na 
repartição administrativa 
competente, depois de 
esgotado o prazo fixado, para 
pagamento, pela lei ou por 
decisão final proferida em 
processo regular.
Parágrafo único. A fluência 
de juros de mora não exclui, 
para os efeitos deste artigo, a 
liquidez do crédito.
Art. 202. O termo de inscrição 
da dívida ativa, autenticado 
pela autoridade competente, 
indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo 
caso, o dos co-responsáveis, 
bem como, sempre que 
possível, o domicílio ou a 
residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira 
de calcular os juros de mora 
acrescidos;
III - a origem e natureza 
do crédito, mencionada 
especificamente a disposição 
da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do 
processo administrativo de 
que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão 
conterá, além dos requisitos 
deste artigo, a indicação do 
livro e da folha da inscrição.
Art. 204. A dívida regularmente 
inscrita goza da presunção de 
certeza e liquidez e tem o efeito 
de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção 
a que se refere este artigo é 
relativa e pode ser ilidida por 
prova inequívoca, a cargo do 
sujeito passivo ou do terceiro a 
que aproveite.
CAPÍTULO III
CERTIDÕES NEGATIVAS
Art. 206. Tem os mesmos 
efeitos previstos no artigo 
anterior a certidão de que 
conste a existência de créditos 
não vencidos, em curso de 
cobrança executiva em que 
tenha sido efetivada a penhora, 
ou cuja exigibilidade esteja 
suspensa.
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
61
VADE MECUM – TJMT 2024
Dispõe sobre a cobrança 
judicial da Dívida Ativa da 
Fazenda Pública, e dá outras 
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, 
Faço saber que o Congresso 
Nacional decreta e eu sanciono 
a seguinte Lei:
Art. 1º - A execução judicial 
para cobrança da Dívida 
Ativa da União, dos Estados, 
do Distrito Federal, dos 
Municípios e respectivas 
autarquias será regida por esta 
Lei e, subsidiariamente, pelo 
Código de Processo Civil.
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa 
da Fazenda Pública aquela 
definida como tributária ou 
não tributária na Lei nº 4.320, 
de 17 de março de 1964, com 
as alterações posteriores, que 
estatui normas gerais de direito 
financeiro para elaboração 
e controle dos orçamentos 
e balanços da União, dos 
Estados, dos Municípios e do 
Distrito Federal.
§ 1º - Qualquer valor, cuja 
cobrança seja atribuída por 
lei às entidades de que trata 
o artigo 1º, será considerado 
Dívida Ativa da Fazenda 
Pública.
§ 2º - A Dívida Ativa da Fazenda 
Pública, compreendendo a 
tributária e a não tributária, 
abrange atualização 
monetária, juros e multa 
de mora e demais encargos 
previstos em lei ou contrato.
§ 3º - A inscrição, que se 
LEI Nº 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 19802
constitui no ato de controle 
administrativo da legalidade, 
será feita pelo órgão 
competente para apurar a 
liquidez e certeza do crédito e 
suspenderá a prescrição, para 
todos os efeitos de direito, por 
180 dias, ou até a distribuição 
da execução fiscal, se esta 
ocorrer antes de findo aquele 
prazo.
§ 4º - A Dívida Ativa da União 
será apurada e inscrita na 
Procuradoria da Fazenda 
Nacional.
§ 5º - O Termo de Inscrição de 
Dívida Ativa deverá conter:
I - o nome do devedor, dos 
co-responsáveis e, sempre 
que conhecido, o domicílio ou 
residência de um e de outros;
II - o valor originário da dívida, 
bem como o termo inicial e 
a forma de calcular os juros 
de mora e demais encargos 
previstos em lei ou contrato;
III - a origem, a natureza e o 
fundamento legal ou contratual 
da dívida;
IV - a indicação, se for o caso, 
de estar a dívida sujeita à 
atualização monetária, bem 
como o respectivo fundamento 
legal e o termo inicial para o 
cálculo;
V - a data e o número da 
inscrição, no Registro de Dívida 
Ativa; e
VI - o número do processo 
administrativo ou do auto 
de infração, se neles estiver 
apurado o valor da dívida.
§ 6º - A Certidão de Dívida Ativa 
conterá os mesmos elementos 
do Termo de Inscrição e será 
autenticada pela autoridade 
competente.
§ 7º - O Termo de Inscrição 
e a Certidão de Dívida Ativa 
poderão ser preparados e 
numerados por processo 
manual, mecânico ou 
eletrônico.
§ 8º - Até a decisão de primeira 
instância, a Certidão de Dívida 
Ativa poderá ser emendada 
ou substituída, assegurada 
ao executado a devolução do 
prazo para embargos.§ 9º - O prazo para a 
cobrança das contribuições 
previdenciárias continua a 
ser o estabelecido no artigo 
144 da Lei nº 3.807, de 26 de 
agosto de 1960.
Art. 7º - O despacho do Juiz 
que deferir a inicial importa em 
ordem para:
I - citação, pelas sucessivas 
modalidades previstas no 
artigo 8º;
II - penhora, se não for paga 
a dívida, nem garantida 
a execução, por meio de 
depósito, fiança ou seguro 
garantia; (Redação dada pela 
Lei nº 13.043, de 2014)
III - arresto, se o executado 
não tiver domicílio ou dele se 
ocultar;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.830-1980?OpenDocument
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
62
VADE MECUM – TJMT 2024
IV - registro da penhora ou do 
arresto, independentemente 
do pagamento de custas ou 
outras despesas, observado o 
disposto no artigo 14; e
V - avaliação dos bens 
penhorados ou arrestados.
Art. 8º - O executado será 
citado para, no prazo de 5 
(cinco) dias, pagar a dívida com 
os juros e multa de mora e 
encargos indicados na Certidão 
de Dívida Ativa, ou garantir 
a execução, observadas as 
seguintes normas:
I - a citação será feita pelo 
correio, com aviso de recepção, 
se a Fazenda Pública não a 
requerer por outra forma;
II - a citação pelo correio 
considera-se feita na data da 
entrega da carta no endereço 
do executado, ou, se a data for 
omitida, no aviso de recepção, 
10 (dez) dias após a entrega da 
carta à agência postal;
III - se o aviso de recepção 
não retornar no prazo de 15 
(quinze) dias da entrega da 
carta à agência postal, a citação 
será feita por Oficial de Justiça 
ou por edital;
IV - o edital de citação será 
afixado na sede do Juízo, 
publicado uma só vez no órgão 
oficial, gratuitamente, como 
expediente judiciário, com 
o prazo de 30 (trinta) dias, e 
conterá, apenas, a indicação da 
exeqüente, o nome do devedor 
e dos co-responsáveis, a 
quantia devida, a natureza da 
dívida, a data e o número da 
inscrição no Registro da Dívida 
Ativa, o prazo e o endereço da 
sede do Juízo.
§ 1º - O executado ausente do 
País será citado por edital, com 
prazo de 60 (sessenta) dias.
§ 2º - O despacho do Juiz, que 
ordenar a citação, interrompe 
a prescrição.
Art. 11 - A penhora ou arresto 
de bens obedecerá à seguinte 
ordem:
I - dinheiro;
II - título da dívida pública, bem 
como título de crédito, que 
tenham cotação em bolsa;
III - pedras e metais preciosos;
IV - imóveis;
V - navios e aeronaves;
VI - veículos;
VII - móveis ou semoventes; e
VIII - direitos e ações.
§ 1º - Excepcionalmente, a 
penhora poderá recair sobre 
estabelecimento comercial, 
industrial ou agrícola, bem 
como em plantações ou 
edifícios em construção.
§ 2º - A penhora efetuada em 
dinheiro será convertida no 
depósito de que trata o inciso 
I do artigo 9º.
§ 3º - O Juiz ordenará a remoção 
do bem penhorado para 
depósito judicial, particular ou 
da Fazenda Pública exeqüente, 
sempre que esta o requerer, 
em qualquer fase do processo.
Art. 37 - O Auxiliar de 
Justiça que, por ação ou 
omissão, culposa ou dolosa, 
prejudicar a execução, será 
responsabilizado, civil, penal e 
administrativamente.
Parágrafo Único - O Oficial de 
Justiça deverá efetuar, em 10 
(dez) dias, as diligências que lhe 
forem ordenadas, salvo motivo 
de força maior devidamente 
justificado perante o Juízo.
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
63
VADE MECUM – TJMT 2024
Procedência: Governamental
Natureza: PL 328/04
DOE: 17.524 de 25/11/04
Alterada pela Lei 14.967/2009; 
18.064/2021; 18.721/2023; 
18.750/2023; 18.831/2024;
Revogada parcialmente 
pelas Leis: 14.967/2009; 
15.856/2012
Decretos: 2884/2004; 
3875/2005; 1.765/2008; 
1.055/2012; 47/2019; 
1116/2021; 1482/2021; 
1497/2021; 1587/2021;
ADI STF 6823/2021 - julga 
procedente o pedido nela 
formulado, para declarar a 
inconstitucionalidade formal 
do art. 3º, II, c, d e e, da Lei 
13.136/2004, com redação 
dada pela Lei 14.967/2009, e 
modulou os efeitos da decisão 
para que tenha eficácia a 
partir da data de publicação 
do acórdão do julgamento do 
RE 851.108/SP, referente ao 
tema nº 825 da sistemática 
da repercussão geral, de 
relatoria do Min. Dias Toffoli, 
em 20.04.2021, ressalvadas 
as ações judiciais pendentes 
de conclusão até a mesma 
data, nas quais se discuta (i) 
a qual Estado o contribuinte 
deveria efetuar o pagamento 
do ITCMD, considerando a 
ocorrência de bitributação; 
e (ii) a validade da cobrança 
desse imposto, não tendo 
sido pago anteriormente, nos 
termos do voto da Relatora. 
21/03/2022.
LEI Nº 13.136, DE 25 DE NOVEMBRO DE 20043
VER Incidente de arguição de 
inconstitucionalidade cível TJSC 
0000542-77.2020.8.24.0000 
Julgado procedente o 
incidente para declarar a 
inconstitucionalidade do art. 
9º, V. 18/11/2020.
Fonte: ALESC/GCAN
Dispõe sobre o Imposto sobre 
Transmissão Causa Mortis e 
doação de quaisquer Bens ou 
Direitos – ITCMD.
O GOVERNADOR DO ESTADO 
DE SANTA CATARINA,
Faço saber a todos os 
habitantes deste Estado que a 
Assembleia Legislativa decreta 
e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O Imposto sobre 
Transmissão Causa Mortis e 
Doação de Quaisquer Bens 
ou Direitos – ITCMD -, passa 
a reger-se pelo disposto nesta 
Lei.
Art. 2º O imposto de que trata 
o art. 1º desta Lei, tem como 
fato gerador a transmissão 
causa mortis ou a doação a 
qualquer título, de:
I – propriedade ou domínio útil 
de bem imóvel;
II – direitos reais sobre móveis 
e imóveis; e
III – bens móveis, inclusive 
semoventes, direitos, títulos e 
créditos.
§ 1º Para efeitos deste artigo, 
considera-se doação qualquer 
ato ou fato, não oneroso, que 
importe ou se resolva em 
transmissão de quaisquer bens 
ou direitos.
§ 2º Nas transmissões causa 
mortis e nas doações ocorrem 
tantos fatos geradores quantos 
forem os herdeiros, legatários 
ou donatários.
§ 3º O imposto também incide:
I – na sucessão provisória, 
garantido o direito de 
restituição, caso apareça o 
ausente; e
II – na partilha antecipada 
prevista no art. 2.018 do 
Código Civil.
§ 4º Estão compreendidos na 
incidência do imposto os bens 
que, na divisão do patrimônio 
comum, na partilha ou 
adjudicação, forem atribuídos 
a um dos cônjuges, a um dos 
companheiros, ou a qualquer 
herdeiro, acima da respectiva 
meação ou quinhão. (NR) 
(Redação incluída pela LEI 
14.967, de 2009)
Art. 3º O imposto é devido:
I – em se tratando de bens 
imóveis e respectivos direitos, 
quando situados no território 
deste Estado; e
II – em se tratando de bens 
móveis, direitos, títulos e 
créditos, quando:
a) o inventário judicial ou 
extrajudicial se processar neste 
Estado; (NR) (Redação dada 
pela LEI 14.967, de 2009)
http://www.alesc.sc.gov.br/proclegis/individual.php?id=PL./0328.0/2004
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2021/18064_2021_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2023/18721_2023_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2023/18750_2023_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2012/15856_2012_Lei.html
http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2005/002884-005-0-2005-004.htm
http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2005/003875-005-0-2005-002.htm
http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2008/001765-005-0-2008-002.htm
http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2012/001055-005-0-2012-004.htm
http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2019/000047-005-0-2019-009.htm
http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2021/001116-005-0-2021-006.htm
http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2021/001482-005-0-2021-004.htm
http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2021/001497-005-0-2021-006.htm
http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2021/001587-005-0-2021-006.htm
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6167715
https://eprocwebcon.tjsc.jus.br/consulta2g/externo_controlador.php?acao=processo_seleciona_publica&num_processo=00005427720208240000&eventos=true&num_chave=&num_chave_documento=&hash=0fc8c6dab91c4bcfe9908ecd76b056bchttp://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
64
VADE MECUM – TJMT 2024
b) o doador for domiciliado 
neste Estado.
(ADI STF 6823/2021 - julga 
procedente o pedido nela 
formulado, para declarar a 
inconstitucionalidade formal 
do art. 3º, II, c, d e e, da Lei 
13.136/2004, com redação 
dada pela Lei 14.967/2009).
Parágrafo único. O imposto 
não incide sobre frutos e 
rendimentos havidos após o 
falecimento do transmitente, 
no caso de transmissão causa 
mortis.
Art. 4º O imposto será pago na 
forma e prazos previstos em 
regulamento.
Art. 5º Contribuinte do 
imposto é:
I – o herdeiro, o legatário, o 
fiduciário ou o fideicomissário, 
no caso de transmissão causa 
mortis;
II – o donatário ou cessionário, 
no caso de doação ou de 
cessão;
III – o beneficiário de direito 
real, quando de sua instituição; 
e
IV – o nu-proprietário, na 
extinção do direito real.
Art. 6º Respondem 
solidariamente pelo 
pagamento do tributo e demais 
acréscimos:
I – o doador ou o cedente, 
na hipótese do art. 3º, II, ‘b’, 
quando o donatário ou o 
cessionário não for domiciliado 
neste Estado;
II – o escrivão da vara em 
que tramite o processo de 
inventário, arrolamento, 
separação e divórcio judiciais, 
no caso de descumprimento 
do disposto nos arts. 1.026 e 
1.027, inciso IV, da Lei federal 
nº 5.869, de 11 de janeiro de 
1973; (NR) (Redação dada pela 
LEI 14.967, de 2009)
III – na hipótese de negligência 
ao disposto no art. 12;
a) o titular do cartório de 
notas em que seja lavrada 
a escritura de inventário, 
partilha, separação e divórcio 
consensuais, doação, 
instituição e extinção de direito 
real; (NR) (Redação dada pela 
LEI 14.967, de 2009)
b) o titular do ofício de 
Registro de Imóveis em que 
seja efetuado o registro 
da escritura de inventário, 
partilha, separação e divórcio 
consensuais, doação, cessão, 
averbação, instituição ou 
extinção de direito real, da 
sentença de partilha ou de 
adjudicação de bens, ou do 
ato de entrega do legado; (NR) 
(Redação dada pela LEI 14.967, 
de 2009)
c) o servidor do Departamento 
de Trânsito do Estado de 
Santa Catarina – DETRAN/SC, 
que proceder à transferência 
de propriedade, por doação 
ou causa mortis, de veículo 
automotor, sem a comprovação 
do pagamento do imposto de 
transmissão; e (NR) (Redação 
incluída pela LEI 14.967, de 
2009)
d) o servidor da Junta Comercial 
do Estado de Santa Catarina 
– JUCESC, ou do Cartório de 
Registro Civil e das Pessoas 
Jurídicas que promover o 
registro ou o arquivamento de 
ato que implique transferência 
não onerosa de bens ou 
direitos de pessoa jurídica 
ou de empresário, sem a 
comprovação de pagamento 
do imposto de transmissão. 
(NR) (Redação incluída pela LEI 
14.967, de 2009)
Art. 7º A base de cálculo 
do imposto é o valor venal 
dos bens ou direitos, ou o 
valor dos títulos ou créditos, 
transmitidos ou doados.
§ 1º Para efeitos de apuração 
da base de cálculo, será 
considerado o valor do bem 
ou direito na data em que 
forem apresentadas ao Fisco 
as informações relativas ao 
lançamento do imposto.
§ 2º Na instituição e na 
extinção de direito real sobre 
bem móvel ou imóvel, bem 
como na transmissão da nua 
propriedade, a base de cálculo 
do imposto será reduzida para 
50% (cinquenta por cento) 
do valor venal do bem. (NR) 
(Redação dada pela LEI 14.967, 
de 2009)
§ 3º Para os bens móveis 
e imóveis financiados ou 
adquiridos na modalidade de 
consórcios, a base de cálculo 
é o valor das prestações ou 
quotas pagas, exceto em 
relação aos bens acobertados 
por seguro total, caso em que 
a base de cálculo é o valor 
integral do bem.
§ 4º Na hipótese de excesso 
de meação ou de quinhão em 
que o valor total do patrimônio 
transmitido ao donatário for 
composto de bens e direitos 
suscetíveis à tributação em 
mais de uma unidade da 
Federação, a base de cálculo 
do imposto será calculada:
I – em se tratando de bem 
imóvel situado neste Estado, 
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6167715
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
65
VADE MECUM – TJMT 2024
ou direito a ele relativo, na 
proporção do valor destes 
em relação ao valor total 
do patrimônio atribuído ao 
donatário; e
II – em se tratando de bem 
móvel, direitos, títulos ou 
créditos, quando o doador 
tiver domicílio neste Estado, 
na proporção do valor deste 
em relação ao valor total 
do patrimônio atribuído ao 
donatário. (NR) (Redação 
incluída pela LEI 14.967, de 
2009)
§ 5º Considera-se excesso 
de meação ou de quinhão o 
valor atribuído ao cônjuge, ao 
companheiro ou ao herdeiro 
superior à fração ideal a qual 
faz jus, nos termos da Lei 
federal nº 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002. (NR) (Redação 
incluída pela LEI 14.967, de 
2009)
Art. 8º O imposto será calculado 
pelo próprio sujeito passivo 
que fica obrigado a antecipar 
o seu pagamento, sem 
prévio exame da autoridade 
administrativa, sujeitando-se a 
extinção do crédito tributário 
a ulterior homologação pela 
Fazenda Pública. (NR) (Redação 
dada pela LEI 14.967, de 2009)
§ 1º Se a base de cálculo 
empregada pelo sujeito 
passivo for inferior à prevista 
no art. 7º, exigir-se-á o imposto 
sobre a diferença; e, havendo 
discordância, caberá ao sujeito 
passivo comprovar a exatidão 
da base de cálculo por ele 
utilizada. (Renumerado pela 
LEI 14.967, de 2009)
§ 2º As informações 
econômico-fiscais relativas 
ao imposto serão prestadas 
à Fazenda Pública pelo 
contribuinte, na forma 
prevista em regulamento. (NR) 
(Redação dada pela LEI 14.967, 
de 2009)
Art. 9º As alíquotas para a 
cobrança do imposto são:
I – um por cento sobre a 
parcela da base de cálculo 
igual ou inferior a R$ 20.000,00 
(vinte mil reais);
II – três por cento sobre a 
parcela da base de cálculo que 
exceder a R$ 20.000,00 (vinte 
mil reais) e for igual ou inferior 
a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil 
reais);
III – cinco por cento sobre a 
parcela da base de cálculo 
que exceder a R$ 50.000,00 
(cinqüenta mil reais) e for igual 
ou inferior a R$ 150.000,00 
(cento e cinqüenta mil reais);
IV – sete por cento sobre a 
parcela da base de cálculo 
que exceder a R$ 150.000,00 
(cento e cinqüenta mil reais); e
V – oito por cento sobre a base 
de cálculo, quando:
a) o sucessor for:
1) parente colateral; ou
2) herdeiro testamentário ou 
legatário, que não tiver relação 
de parentesco com o de cujus; 
e
b) o donatário ou cessionário:
1) for parente colateral; ou
2) não tiver relação de 
parentesco com o doador ou 
cedente.
(VER Incidente de arguição de 
inconstitucionalidade cível TJSC 
0000542-77.2020.8.24.0000 
- Julga procedente o 
incidente para declarar a 
inconstitucionalidade do art. 
9º, V. 18/11/2020.)
Parágrafo único. Para fins 
de cálculo do imposto, na 
hipótese de sucessivas doações 
ou cessões entre o mesmo 
doador ou cedente e o mesmo 
donatário ou cessionário, 
serão consideradas todas as 
transmissões realizadas a 
esse título, nos últimos doze 
meses, devendo o imposto 
ser recalculado a cada nova 
doação, adicionando-se à 
base de cálculo os valores 
anteriormente submetidos 
à tributação, deduzindo-
se os valoresdo imposto já 
recolhidos.
Art. 10. São isentos do 
pagamento do imposto:
I – o testamenteiro, com 
relação ao prêmio instituído 
pelo testador, desde que 
o valor deste não exceda à 
vintena testamentária;
II – o beneficiário de seguros 
de vida, pecúlio por morte 
e vencimentos, salários, 
remunerações, honorários 
profissionais e demais 
vantagens pecuniárias 
decorrentes de relação de 
trabalho, inclusive benefícios 
da previdência, oficial ou 
privada, não recebidos pelo de 
cujus;
III – o herdeiro que houver sido 
aquinhoado com um único 
bem imóvel, relativamente 
à transmissão causa mortis 
deste bem, desde que 
cumulativamente: (Redação 
dada pela Lei 18.831, de 2024)
a) o imóvel seja próprio para 
moradia; (Redação dada pela 
Lei 18.831, de 2024)
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
https://eprocwebcon.tjsc.jus.br/consulta2g/externo_controlador.php?acao=processo_seleciona_publica&num_processo=00005427720208240000&eventos=true&num_chave=&num_chave_documento=&hash=0fc8c6dab91c4bcfe9908ecd76b056bc
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
66
VADE MECUM – TJMT 2024
b) o beneficiário não possua 
qualquer outro bem imóvel; e
c) o valor total do imóvel não 
seja superior a R$ 200.000,00 
(duzentos mil reais); (Redação 
dada pela Lei 18.831, de 2024)
IV – o herdeiro, o legatário ou 
o donatário, quando o valor 
dos bens ou direitos recebidos 
não exceder ao equivalente 
a R$ 20.000,00 (vinte mil 
reais), observado o disposto 
no parágrafo único do art. 9º 
desta Lei; (Redação dada pela 
Lei 18.831, de 2024)
V – o donatário ou o cessionário, 
qualquer que seja o valor 
dos bens ou direitos, em se 
tratando de sociedade civil sem 
fins lucrativos, devidamente 
reconhecida como de utilidade 
pública estadual; e
VI – o donatário ou o cessionário 
de bens móveis ou imóveis 
destinados à execução de 
programa oficial de moradias 
para famílias com renda 
mensal de até cinco salários 
mínimos ou ao assentamento 
de agricultores sem-terra, 
abrangendo a doação do bem:
a) à entidade executora do 
programa; ou
b) aos beneficiários, pela 
entidade executora, se for o 
caso.
VII – o donatário de bens móveis 
recebidos em decorrência das 
disposições contidas na Lei 
federal nº 9.991, de 24 de julho 
de 2000; e
VIII – o beneficiário de doação 
de bem imóvel realizada pela 
União, Estado ou Município, 
com vistas à regularização 
fundiária, desde que integrante 
de família com renda mensal 
de até 5 (cinco) salários-
mínimos e que o imóvel seja 
destinado para uso próprio e 
de sua família. (NR) (Redação 
dos incisos VII e VIII, dada pela 
Lei 17.427, de 2017).
IX – o herdeiro, o legatário ou 
o donatário que, na condição 
de pessoa com deficiência, 
seja considerado incapaz de 
prover a própria subsistência. 
(Redação do inciso IX, dada 
pela Lei 18.750, de 2023)
Parágrafo único. Para o gozo 
do benefício previsto no inciso 
V, a entidade beneficiada 
deverá enviar declaração à 
Administração Fazendária 
sem necessidade de prévia 
homologação, nos termos 
previstos em regulamento 
sujeitando-se, no entanto, 
à posterior homologação, 
expressa ou tácita, no prazo 
previsto no § 4º do art. 53 da Lei 
nº 3.938, de 26 de dezembro 
de 1966. (NR) (Redação do 
parágrafo único, incluída pela 
Lei 18.064, de 2021)
Art. 11. O crédito tributário de 
que trata esta Lei poderá ser 
parcelado em até 48 (quarenta 
e oito) prestações mensais, 
iguais e sucessivas.
Parágrafo único. Fica vedada 
a concessão de parcelamento 
que implique prestação mensal 
em valor inferior àquele fixado 
em regulamento. (Redação 
do caput e do parágrafo único 
dada pela Lei 18.831, de 2024)
Art. 12. Depende da 
comprovação do pagamento 
do imposto, da concessão 
do parcelamento ou do 
reconhecimento do direito à 
imunidade ou isenção:
I – a lavratura de escritura 
de inventário, de partilha, 
de separação e divórcio 
consensuais e de doação:
a) de bem imóvel, bem como 
a de instituição ou de extinção 
da superfície, da servidão, 
do usufruto, do uso e da 
habitação; e
b) de bem móvel, direitos, 
títulos ou créditos; (NR) 
(Redação do inciso I dada pela 
LEI 14.967, de 2009)
II – o registro ou a averbação no 
Ofício de Registro de Imóveis 
da situação do bem:
a) da escritura pública de 
inventário, partilha, separação 
e divórcio consensuais, doação 
ou cessão; (NR) (Redação dada 
pela LEI 14.967, de 2009)
b) do legado;
c) da sentença de partilha 
proferida em processo de 
inventário, de arrolamento, 
de separação judicial ou de 
divórcio;
d) da sentença de adjudicação 
de bens, em inventário ou 
arrolamento em que não 
houver partilha; e
e) da instituição e da extinção 
de direito real; e
III – a prática de qualquer outro 
ato, por oficial do registro 
público ou notarial, inclusive 
seus prepostos, relativamente 
à transmissão de propriedade, 
domínio útil, direitos, títulos 
ou créditos.
IV – a transferência de 
propriedade, por doação 
ou causa mortis, de veículo 
automotor; e (NR) (Redação 
incluída pela LEI 14.967, de 
2009)
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2017/17427_2017_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2017/17427_2017_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2017/17427_2017_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2023/18750_2023_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2023/18750_2023_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2021/18064_2021_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2021/18064_2021_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2021/18064_2021_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
67
VADE MECUM – TJMT 2024
V – o registro ou arquivamento 
de qualquer ato relativo 
à constituição, alteração, 
dissolução e extinção de pessoa 
jurídica e de empresário, assim 
definido na Lei federal nº 
10.406, de 2002, que implique 
transmissão não onerosa de 
bens ou direitos, realizado pela 
JUCESC. (NR) (Redação incluída 
pela LEI 14.967, de 2009)
Parágrafo único. Na hipótese 
de concessão de parcelamento, 
os atos previstos nos incisos 
II, III, IV e V do caput deste 
artigo somente poderão ser 
efetivados com a comprovação 
da quitação do respectivo 
p a r c e l a m e n t o . ( R e d a ç ã o 
incluída pela Lei 18.831, de 
2024)
Art. 12-A. A base de cálculo do 
imposto não poderá ser inferior 
aos valores constantes do 
formal de partilha, da escritura 
de inventário, separação e 
divórcio consensuais. (NR) 
(Redação incluída pela LeiXL - a lei penal não retroagirá, 
salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer 
discriminação atentatória 
dos direitos e liberdades 
fundamentais;
XLII - a prática do racismo 
constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena 
de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes 
inafiançáveis e insuscetíveis 
de graça ou anistia a prática 
da tortura , o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, 
o terrorismo e os definidos 
como crimes hediondos, 
por eles respondendo os 
mandantes, os executores e 
os que, podendo evitá-los, se 
omitirem; (Regulamento)
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
10
VADE MECUM – TJMT 2024
XLIV - constitui crime 
inafiançável e imprescritível a 
ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado 
Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado, podendo 
a obrigação de reparar o dano 
e a decretação do perdimento 
de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e 
contra eles executadas, até o 
limite do valor do patrimônio 
transferido;
XLVI - a lei regulará a 
individualização da pena e 
adotará, entre outras, as 
seguintes:
a) privação ou restrição da 
liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de 
direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de 
guerra declarada, nos termos 
do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida 
em estabelecimentos distintos, 
de acordo com a natureza 
do delito, a idade e o sexo do 
apenado;
XLIX - é assegurado aos presos 
o respeito à integridade física e 
moral;
L - às presidiárias serão 
asseguradas condições para 
que possam permanecer com 
seus filhos durante o período 
de amamentação;
LI - nenhum brasileiro 
será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de 
crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de 
comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida 
extradição de estrangeiro por 
crime político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado 
nem sentenciado senão pela 
autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da 
liberdade ou de seus bens sem 
o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo 
judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e 
ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no 
processo, as provas obtidas por 
meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado 
culpado até o trânsito em 
julgado de sentença penal 
condenatória;
LVIII - o civilmente identificado 
não será submetido a 
identificação criminal, salvo 
nas hipóteses previstas em lei; 
(Regulamento)
LIX - será admitida ação privada 
nos crimes de ação pública, se 
esta não for intentada no prazo 
legal;
LX - a lei só poderá restringir 
a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa 
da intimidade ou o interesse 
social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão 
em flagrante delito ou por 
ordem escrita e fundamentada 
de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos 
de transgressão militar ou 
crime propriamente militar, 
definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer 
pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz 
competente e à família do 
preso ou à pessoa por ele 
indicada;
LXIII - o preso será informado de 
seus direitos, entre os quais o 
de permanecer calado, sendo-
lhe assegurada a assistência da 
família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à 
identificação dos responsáveis 
por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será 
imediatamente relaxada pela 
autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado 
à prisão ou nela mantido, 
quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão 
civil por dívida, salvo 
a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário 
e inescusável de obrigação 
alimentícia e a do depositário 
infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas 
corpus sempre que alguém 
sofrer ou se achar ameaçado de 
sofrer violência ou coação em 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
11
VADE MECUM – TJMT 2024
sua liberdade de locomoção, 
por ilegalidade ou abuso de 
poder;
LXIX - conceder-se-á mandado 
de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus 
ou habeas data, quando o 
responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança 
coletivo pode ser impetrado 
por:
a) partido político com 
representação no Congresso 
Nacional;
b) organização sindical, 
entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e 
em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros 
ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado 
de injunção sempre que a falta 
de norma regulamentadora 
torne inviável o exercício 
dos direitos e liberdades 
constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à 
cidadania;
LXXII - conceder-se-á habeas 
data:
a) para assegurar o 
conhecimento de informações 
relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados 
de entidades governamentais 
ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, 
quando não se prefira fazê-lo 
por processo sigiloso, judicial 
ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é 
parte legítima para propor 
ação popular que vise a anular 
ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de 
que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciais e 
do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará 
assistência jurídica integral e 
gratuita aos que comprovarem 
insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o 
condenado por erro judiciário, 
assim como o que ficar preso 
além do tempo fixado na 
sentença;
LXXVI - são gratuitos para os 
reconhecidamente pobres, na 
forma da lei: (Vide Lei nº 
7.844, de 1989)
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações 
de habeas corpus e habeas 
data, e, na forma da lei, os atos 
necessários ao exercício da 
cidadania. (Regulamento)
LXXVIII - a todos, no âmbito 
judicial e administrativo, são 
assegurados a razoável duração 
do processo e os meios que 
garantam a celeridade de sua 
tramitação. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) (Vide ADIN 3392)
LXXIX - é assegurado, nos 
termos da lei, o direito à 
proteção dos dados pessoais, 
inclusive nos meios digitais. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 115, de 2022)
§ 1º As normas definidoras 
dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação 
imediata.
§ 2º Os direitos e garantias 
expressos nesta Constituição 
não excluem outros 
decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou 
dos tratados internacionais em 
que a República Federativa do 
Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções 
internacionais sobre direitos 
humanos que forem aprovados, 
em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas 
constitucionais. (Incluído 
pela Emenda Constitucional 
nº 45, de 2004) (Vide DLG nº 
186, de 2008), (Vide Decreto 
nº 6.949, de 2009), (Vide DLG 
261, de 2015), (Vide Decreto 
nº 9.522, de 2018) (Vide ADIN 
3392) (Vide DLG 1, de 2021), 
(Vide Decreto nº 10.932, de 
2022) 
§ 4º O Brasil se submete à 
jurisdição de Tribunal Penal 
Internacional a cuja criação 
tenha manifestado adesão. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais 
a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, 
a14.967, de 2009)
Art. 13. Fica sujeito à multa:
I – de vinte por cento do valor 
do imposto, aquele que deixar 
de:
a) abrir, dentro de prazo legal, 
processo de inventário ou 
partilha; (NR) (Redação dada 
pela LEI 14.967, de 2009)
II – de cinqüenta por cento 
do valor do imposto devido, 
aquele que praticar qualquer 
ato sujeito ao pagamento do 
tributo sem a comprovação do 
seu pagamento; e
III – de R$ 100,00 (cem reais), 
aquele que deixar de cumprir 
qualquer obrigação acessória 
prevista na legislação.
IV – de 75% (setenta e cinco 
por cento) do valor do imposto 
devido, aquele que deixar de 
submeter à tributação, total ou 
parcialmente, bens, direitos, 
títulos ou créditos. (NR) 
(Redação dada pela LEI 14.967, 
de 2009)
Parágrafo único. Na hipótese do 
inciso IV a multa incidirá sobre 
o imposto não submetido à 
tributação. (NR) (Redação dada 
pela LEI 14.967, de 2009)
Art. 14. O imposto pago fora 
do prazo previsto na legislação 
tributária será acrescido de:
I – juros de mora, na forma do 
art. 69 da Lei nº 5.983, de 27 
de novembro de 1981; e
II – multa:
a) de mora, na forma do 
art. 69-A da Lei nº 5.983, 
de 1981, caso o pagamento 
seja feito antes de qualquer 
procedimento administrativo 
ou medida de fiscalização; ou
b) de 50% (cinquenta por 
cento) do valor do imposto, na 
hipótese de notificação fiscal. 
(NR) (Redação dada pela Lei 
18.721, de 2023)
Art. 15. A carta rogatória ou 
precatória, oriunda de outra 
unidade da Federação, para 
avaliação de bens, títulos 
ou créditos, alcançados 
pela incidência do imposto, 
em nenhuma hipótese 
será devolvida ao juízo 
deprecante ou rogante sem o 
pronunciamento da Fazenda 
Estadual e sem o pagamento 
do imposto respectivo, sob 
pena de responsabilidade do 
serventuário ou servidor pelo 
imposto devido e acréscimos 
legais.
Art. 16. Aplicam-se ao imposto, 
no que não for contrário a esta 
Lei, as disposições da Lei nº 
5.983, de 27 de novembro de 
1981.
Art. 17. Esta lei entra em vigor 
no dia 1º de janeiro de 2005, 
produzindo efeitos a partir do 
primeiro dia do quarto mês 
subseqüente ao de publicação.
Art. 18. Ficam revogadas as 
seguintes Leis: nº 7.540, de 
30 de dezembro de 1988; nº 
8.159, de 04 de dezembro 
de 1990; nº 8.511, de 28 de 
dezembro de 1991, nº 8.760, 
de 27 de julho de 1992 e arts. 
20 e 21 da Lei nº 10.789, de 03 
de julho de 1998.
Florianópolis, 25 de novembro 
de 2004
LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA
Governador do Estado
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2024/18831_2024_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2009/14967_2009_Lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2023/18721_2023_lei.html
http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2023/18721_2023_lei.html
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
68
VADE MECUM – TJMT 2024
Vigência
Altera o Sistema Tributário 
Nacional. 
As Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado 
Federal, nos termos do § 3º do 
art. 60 da Constituição Federal, 
promulgam a seguinte Emenda 
ao texto constitucional:
Art. 1º A Constituição Federal 
passa a vigorar com as 
seguintes alterações:
“Art. 43. ..................................
.................................................
..........................
§ 4º Sempre que possível, 
a concessão dos incentivos 
regionais a que se refere o § 
2º, III, considerará critérios de 
sustentabilidade ambiental 
e redução das emissões de 
carbono.» (NR)
«Art. 50. A Câmara dos 
Deputados e o Senado 
Federal, ou qualquer de 
suas Comissões, poderão 
convocar Ministro de Estado, 
quaisquer titulares de órgãos 
diretamente subordinados 
à Presidência da República 
ou o Presidente do Comitê 
Gestor do Imposto sobre Bens 
e Serviços para prestarem, 
pessoalmente, informações 
sobre assunto previamente 
determinado, importando 
crime de responsabilidade 
a ausência sem justificação 
adequada.
................................................
. (NR)
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 132, DE 20 DE 
DEZEMBRO DE 20234
“Art. 105. ................................
.................
I - ............................................
.....
j) os conflitos entre entes 
federativos, ou entre estes e 
o Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços, 
relacionados aos tributos 
previstos nos arts. 156-A e 195, 
V;
................................................
. (NR)
“Art. 145. ................................
.................
§ 3º O Sistema Tributário 
Nacional deve observar os 
princípios da simplicidade, 
da transparência, da justiça 
tributária, da cooperação e da 
defesa do meio ambiente.
§ 4º As alterações na legislação 
tributária buscarão atenuar 
efeitos regressivos.» (NR)
“Art. 146. ................................
.................
III - ..........................................
.......
c) adequado tratamento 
tributário ao ato cooperativo 
praticado pelas sociedades 
cooperativas, inclusive em 
relação aos tributos previstos 
nos arts. 156-A e 195, V;
d) definição de tratamento 
diferenciado e favorecido para 
as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, 
inclusive regimes especiais 
ou simplificados no caso 
dos impostos previstos nos 
arts. 155, II, e 156-A, das 
contribuições sociais previstas 
no art. 195, I e V, e § 12 e da 
contribuição a que se refere o 
art. 239.
§ 1º ...................................... 
§ 2º É facultado ao optante 
pelo regime único de que 
trata o § 1º apurar e recolher 
os tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V, nos termos 
estabelecidos nesses artigos, 
hipótese em que as parcelas 
a eles relativas não serão 
cobradas pelo regime único.
§ 3º Na hipótese de o 
recolhimento dos tributos 
previstos nos arts. 156-A e 
195, V, ser realizado por meio 
do regime único de que trata 
o § 1º, enquanto perdurar a 
opção:
I - não será permitida a 
apropriação de créditos dos 
tributos previstos nos arts. 156-
A e 195, V, pelo contribuinte 
optante pelo regime único; e
II - será permitida a apropriação 
de créditos dos tributos 
previstos nos arts. 156-A e 195, 
V, pelo adquirente não optante 
pelo regime único de que trata 
o § 1º de bens materiais ou 
imateriais, inclusive direitos, 
e de serviços do optante, em 
montante equivalente ao 
cobrado por meio do regime 
único.” (NR)
“Art. 149-A. Os Municípios 
e o Distrito Federal poderão 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc132.htm#art23
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/emc%20132-2023?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/emc%20132-2023?OpenDocument
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
69
VADE MECUM – TJMT 2024
instituir contribuição, na 
forma das respectivas leis, 
para o custeio, a expansão 
e a melhoria do serviço de 
iluminação pública e de 
sistemas de monitoramento 
para segurança e preservação 
de logradouros públicos, 
observado o disposto no art. 
150, I e III.
................................................
. (NR)
“Art. 149-B. Os tributos 
previstos nos arts. 156-A e 
195, V, observarão as mesmas 
regras em relação a:
I - fatos geradores, bases de 
cálculo, hipóteses de não 
incidência e sujeitos passivos;
II - imunidades;
III - regimes específicos, 
diferenciados ou favorecidos 
de tributação;
IV - regras de não 
cumulatividade e de 
creditamento.
Parágrafo único. Os tributos de 
que trata o caput observarão 
as imunidades previstas no 
art. 150, VI, não se aplicando 
a ambos os tributos o disposto 
noart. 195, § 7º.”
“Art. 149-C. O produto da 
arrecadação do imposto 
previsto no art. 156-A e da 
contribuição prevista no 
art. 195, V, incidentes sobre 
operações contratadas 
pela administração pública 
direta, por autarquias e por 
fundações públicas, inclusive 
suas importações, será 
integralmente destinado ao 
ente federativo contratante, 
mediante redução a zero 
das alíquotas do imposto e 
da contribuição devidos aos 
demais entes e equivalente 
elevação da alíquota do tributo 
devido ao ente contratante.
§ 1º As operações de que 
trata o caput poderão ter 
alíquotas reduzidas de modo 
uniforme, nos termos de lei 
complementar.
§ 2º Lei complementar poderá 
prever hipóteses em que 
não se aplicará o disposto 
no caput e no § 1º.
§ 3º Nas importações 
efetuadas pela administração 
pública direta, por autarquias 
e por fundações públicas, o 
disposto no art. 150, VI, «a», 
será implementado na forma 
do disposto no caput e no § 
1º, assegurada a igualdade 
de tratamento em relação às 
aquisições internas.»
“Art. 150. ................................
.................
.................................................
VI - ..........................................
.................................................
............................
.......................................
. b) entidades religiosas e 
templos de qualquer culto, 
inclusive suas organizações 
assistenciais e beneficentes;
..............................................
...§ 2º A vedação do inciso VI, 
«a», é extensiva às autarquias 
e às fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público e 
à empresa pública prestadora 
de serviço postal, no que se 
refere ao patrimônio, à renda 
e aos serviços vinculados a 
suas finalidades essenciais ou 
às delas decorrentes.
.................................................
.................................................
...........................” (NR)
“Art. 153. ................................
.................................................
..........................
.................................................
.................................................
....................................
VIII - produção, extração, 
comercialização ou 
importação de bens e serviços 
prejudiciais à saúde ou ao 
meio ambiente, nos termos de 
lei complementar.
.................................................
.................................................
....................................
§ 6º O imposto previsto no 
inciso VIII do caput deste 
artigo:
I - não incidirá sobre as 
exportações nem sobre as 
operações com energia elétrica 
e com telecomunicações;
II - incidirá uma única vez sobre 
o bem ou serviço;
III - não integrará sua própria 
base de cálculo;
IV - integrará a base de cálculo 
dos tributos previstos nos arts. 
155, II, 156, III, 156-A e 195, V;
V - poderá ter o mesmo fato 
gerador e base de cálculo de 
outros tributos;
VI - terá suas alíquotas fixadas 
em lei ordinária, podendo 
ser específicas, por unidade 
de medida adotada, ou ad 
valorem;
VII - na extração, o imposto será 
cobrado independentemente 
da destinação, caso em 
que a alíquota máxima 
corresponderá a 1% (um por 
cento) do valor de mercado do 
produto.” (NR)
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
70
VADE MECUM – TJMT 2024
“Art. 155. ................................
.................................................
..........................
§ 1º .........................................
.................................................
..........................
.................................................
.................................................
....................................
II - relativamente a bens 
móveis, títulos e créditos, 
compete ao Estado onde era 
domiciliado ode cujus, ou 
tiver domicílio o doador, ou ao 
Distrito Federal;
.................................................
.................................................
....................................
VI - será progressivo em razão 
do valor do quinhão, do legado 
ou da doação;
VII - não incidirá sobre as 
transmissões e as doações 
para as instituições sem fins 
lucrativos com finalidade de 
relevância pública e social, 
inclusive as organizações 
assistenciais e beneficentes de 
entidades religiosas e institutos 
científicos e tecnológicos, 
e por elas realizadas na 
consecução dos seus objetivos 
sociais, observadas as 
condições estabelecidas em lei 
complementar.
.................................................
.................................................
.....................................
§ 3º À exceção dos impostos 
de que tratam o inciso II 
do caput deste artigo e os arts. 
153, I e II, e 156-A, nenhum 
outro imposto poderá incidir 
sobre operações relativas a 
energia elétrica e serviços 
de telecomunicações e, à 
exceção destes e do previsto 
no art. 153, VIII, nenhum outro 
imposto poderá incidir sobre 
operações relativas a derivados 
de petróleo, combustíveis e 
minerais do País.
.................................................
§ 6º .........................................
........
II - poderá ter alíquotas 
diferenciadas em função do 
tipo, do valor, da utilização e 
do impacto ambiental;
III - incidirá sobre a propriedade 
de veículos automotores 
terrestres, aquáticos e aéreos, 
excetuados:
a) aeronaves agrícolas e de 
operador certificado para 
prestar serviços aéreos a 
terceiros;
b) embarcações de pessoa 
jurídica que detenha outorga 
para prestar serviços de 
transporte aquaviário ou de 
pessoa física ou jurídica que 
pratique pesca industrial, 
artesanal, científica ou de 
subsistência;
c) plataformas suscetíveis 
de se locomoverem na água 
por meios próprios, inclusive 
aquelas cuja finalidade 
principal seja a exploração 
de atividades econômicas 
em águas territoriais e na 
zona econômica exclusiva e 
embarcações que tenham essa 
mesma finalidade principal;
d) tratores e máquinas 
agrícolas.” (NR)
“Art. 156. ................................
.................
§ 1º .........................................
........
III - ter sua base de cálculo 
atualizada pelo Poder 
Executivo, conforme critérios 
estabelecidos em lei municipal.
 ................................................
.” (NR)
“Seção V-A
Do Imposto de Competência 
Compartilhada entre 
Estados,Distrito Federal e 
Municípios
Art. 156-A. Lei complementar 
instituirá imposto sobre bens 
e serviços de competência 
compartilhada entre Estados, 
Distrito Federal e Municípios.
§ 1º O imposto previsto 
no caput será informado pelo 
princípio da neutralidade e 
atenderá ao seguinte:
I - incidirá sobre operações com 
bens materiais ou imateriais, 
inclusive direitos, ou com 
serviços;
II - incidirá também sobre a 
importação de bens materiais 
ou imateriais, inclusive direitos, 
ou de serviços realizada por 
pessoa física ou jurídica, ainda 
que não seja sujeito passivo 
habitual do imposto, qualquer 
que seja a sua finalidade;
III - não incidirá sobre as 
exportações, assegurados ao 
exportador a manutenção e o 
aproveitamento dos créditos 
relativos às operações nas 
quais seja adquirente de bem 
material ou imaterial, inclusive 
direitos, ou serviço, observado 
o disposto no § 5º, III;
IV - terá legislação única e 
uniforme em todo o território 
nacional, ressalvado o disposto 
no inciso V;
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
71
VADE MECUM – TJMT 2024
V - cada ente federativo fixará 
sua alíquota própria por lei 
específica;
VI - a alíquota fixada pelo ente 
federativo na forma do inciso 
V será a mesma para todas as 
operações com bens materiais 
ou imateriais, inclusive direitos, 
ou com serviços, ressalvadas 
as hipóteses previstas nesta 
Constituição;
VII - será cobrado pelo 
somatório das alíquotas do 
Estado e do Município de 
destino da operação;
VIII - será não cumulativo, 
compensando-se o imposto 
devido pelo contribuinte 
com o montante cobrado 
sobre todas as operações 
nas quais seja adquirente de 
bem material ou imaterial, 
inclusive direito, ou de serviço,excetuadas exclusivamente 
as consideradas de uso ou 
consumo pessoal especificadas 
em lei complementar e as 
hipóteses previstas nesta 
Constituição;
IX - não integrará sua própria 
base de cálculo nem a dos 
tributos previstos nos arts. 153, 
VIII, e 195, I, “b”, IV e V, e da 
contribuição para o Programa 
de Integração Social de que 
trata o art. 239;
X - não será objeto de 
concessão de incentivos e 
benefícios financeiros ou 
fiscais relativos ao imposto 
ou de regimes específicos, 
diferenciados ou favorecidos 
de tributação, excetuadas 
as hipóteses previstas nesta 
Constituição;
XI - não incidirá nas prestações 
de serviço de comunicação nas 
modalidades de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens de 
recepção livre e gratuita;
XII - resolução do Senado 
Federal fixará alíquota de 
referência do imposto para 
cada esfera federativa, nos 
termos de lei complementar, 
que será aplicada se outra não 
houver sido estabelecida pelo 
próprio ente federativo;
XIII - sempre que possível, 
terá seu valor informado, de 
forma específica, no respectivo 
documento fiscal.
§ 2º Para fins do disposto 
no § 1º, V, o Distrito Federal 
exercerá as competências 
estadual e municipal na fixação 
de suas alíquotas.
§ 3º Lei complementar poderá 
definir como sujeito passivo 
do imposto a pessoa que 
concorrer para a realização, a 
execução ou o pagamento da 
operação, ainda que residente 
ou domiciliada no exterior.
§ 4º Para fins de distribuição 
do produto da arrecadação do 
imposto, o Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços:
I - reterá montante equivalente 
ao saldo acumulado de créditos 
do imposto não compensados 
pelos contribuintes e não 
ressarcidos ao final de cada 
período de apuração e aos 
valores decorrentes do 
cumprimento do § 5º, VIII;
II - distribuirá o produto da 
arrecadação do imposto, 
deduzida a retenção de que 
trata o inciso I deste parágrafo, 
ao ente federativo de destino 
das operações que não tenham 
gerado creditamento.
§ 5º Lei complementar disporá 
sobre:
I - as regras para a distribuição 
do produto da arrecadação do 
imposto, disciplinando, entre 
outros aspectos:
a) a sua forma de cálculo;
b) o tratamento em relação 
às operações em que o 
imposto não seja recolhido 
tempestivamente;
c) as regras de distribuição 
aplicáveis aos regimes 
favorecidos, específicos e 
diferenciados de tributação 
previstos nesta Constituição;
II - o regime de compensação, 
podendo estabelecer hipóteses 
em que o aproveitamento do 
crédito ficará condicionado 
à verificação do efetivo 
recolhimento do imposto 
incidente sobre a operação 
com bens materiais ou 
imateriais, inclusive direitos, 
ou com serviços, desde que:
a) o adquirente possa efetuar 
o recolhimento do imposto 
incidente nas suas aquisições 
de bens ou serviços; ou
b) o recolhimento do imposto 
ocorra na liquidação financeira 
da operação;
III - a forma e o prazo para 
ressarcimento de créditos 
acumulados pelo contribuinte;
IV - os critérios para a definição 
do destino da operação, que 
poderá ser, inclusive, o local 
da entrega, da disponibilização 
ou da localização do bem, 
o da prestação ou da 
disponibilização do serviço ou 
o do domicílio ou da localização 
do adquirente ou destinatário 
do bem ou serviço, admitidas 
diferenciações em razão das 
características da operação;
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
72
VADE MECUM – TJMT 2024
V - a forma de desoneração da 
aquisição de bens de capital 
pelos contribuintes, que 
poderá ser implementada por 
meio de:
a) crédito integral e imediato 
do imposto;
b) diferimento; ou
c) redução em 100% (cem 
por cento) das alíquotas do 
imposto;
VI - as hipóteses de diferimento 
e desoneração do imposto 
aplicáveis aos regimes 
aduaneiros especiais e às 
zonas de processamento de 
exportação;
VII - o processo administrativo 
fiscal do imposto;
VIII - as hipóteses de devolução 
do imposto a pessoas físicas, 
inclusive os limites e os 
beneficiários, com o objetivo 
de reduzir as desigualdades de 
renda;
IX - os critérios para as 
obrigações tributárias 
acessórias, visando à sua 
simplificação.
§ 6º Lei complementar disporá 
sobre regimes específicos de 
tributação para:
I - combustíveis e lubrificantes 
sobre os quais o imposto 
incidirá uma única vez, 
qualquer que seja a sua 
finalidade, hipótese em que:
a) serão as alíquotas uniformes 
em todo o território nacional, 
específicas por unidade de 
medida e diferenciadas por 
produto, admitida a não 
aplicação do disposto no § 1º, 
V a VII;
b) será vedada a apropriação 
de créditos em relação às 
aquisições dos produtos de que 
trata este inciso destinados a 
distribuição, comercialização 
ou revenda;
c) será concedido crédito nas 
aquisições dos produtos de 
que trata este inciso por sujeito 
passivo do imposto, observado 
o disposto na alínea “b” e no § 
1º, VIII;
II - serviços financeiros, 
operações com bens imóveis, 
planos de assistência à saúde 
e concursos de prognósticos, 
podendo prever:
a) alterações nas alíquotas, nas 
regras de creditamento e na 
base de cálculo, admitida, em 
relação aos adquirentes dos 
bens e serviços de que trata 
este inciso, a não aplicação do 
disposto no § 1º, VIII;
b) hipóteses em que o imposto 
incidirá sobre a receita ou o 
faturamento, com alíquota 
uniforme em todo o território 
nacional, admitida a não 
aplicação do disposto no 
§ 1º, V a VII, e, em relação 
aos adquirentes dos bens e 
serviços de que trata este 
inciso, também do disposto no 
§ 1º, VIII;
III - sociedades cooperativas, 
que será optativo, com vistas a 
assegurar sua competitividade, 
observados os princípios 
da livre concorrência e da 
isonomia tributária, definindo, 
inclusive:
a) as hipóteses em que o 
imposto não incidirá sobre as 
operações realizadas entre 
a sociedade cooperativa e 
seus associados, entre estes 
e aquela e pelas sociedades 
cooperativas entre si quando 
associadas para a consecução 
dos objetivos sociais;
b) o regime de aproveitamento 
do crédito das etapas 
anteriores;
IV - serviços de hotelaria, 
parques de diversão e parques 
temáticos, agências de 
viagens e de turismo, bares 
e restaurantes, atividade 
esportiva desenvolvida por 
Sociedade Anônima do 
Futebol e aviação regional, 
podendo prever hipóteses de 
alterações nas alíquotas, nas 
bases de cálculo e nas regras 
de creditamento, admitida a 
não aplicação do disposto no § 
1º, V a VIII;
V - operações alcançadas 
por tratado ou convenção 
internacional, inclusive 
referentes a missões 
diplomáticas, repartições 
consulares, representações 
de organismos internacionais 
e respectivos funcionários 
acreditados;
VI - serviços de transporte 
coletivo de passageiros 
rodoviário intermunicipal e 
interestadual, ferroviário e 
hidroviário, podendo prever 
hipóteses de alterações nas 
alíquotas e nas regras de 
creditamento, admitida a não 
aplicação do disposto no § 1º, 
V a VIII.
§ 7º A isenção e a imunidade:
I - não implicarão crédito para 
compensação com o montante 
devido nas operações 
seguintes;
II - acarretarão a anulação do 
crédito relativo às operações 
anteriores, salvo, na hipótese 
da imunidade, inclusive em 
relação ao inciso XI do § 1º, 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
73
VADE MECUM – TJMT 2024
quando determinado em 
contrário em lei complementar.
§ 8º Para fins do disposto neste 
artigo, a lei complementar 
de que trata o caput poderá 
estabelecer o conceito de 
operações com serviços, seu 
conteúdo e alcance, admitida 
essa definição para qualquer 
operação que não seja 
classificada como operação 
com bens materiais ou 
imateriais, inclusive direitos.
§ 9º Qualquer alteração na 
legislação federal que reduza 
ou eleve a arrecadação do 
imposto:
I - deverá ser compensada 
pela elevação ou redução, pelo 
Senado Federal, das alíquotas 
de referência de que trata o § 
1º, XII, de modo a preservar 
a arrecadação das esferas 
federativas, nos termos de lei 
complementar;
II - somente entrará em vigor 
com o início da produção de 
efeitos do ajuste das alíquotas 
de referência de que trata oinciso I deste parágrafo.
§ 10. Os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios 
poderão optar por vincular 
suas alíquotas à alíquota de 
referência de que trata o § 1º, 
XII.
§ 11. Projeto de lei 
complementar em tramitação 
no Congresso Nacional 
que reduza ou aumente a 
arrecadação do imposto 
somente será apreciado se 
acompanhado de estimativa de 
impacto no valor das alíquotas 
de referência de que trata o § 
1º, XII.
§ 12. A devolução de que 
trata o § 5º, VIII, não será 
considerada nas bases de 
cálculo de que tratam os arts. 
29-A, 198, § 2º, 204, parágrafo 
único, 212, 212-A, II, e 216, 
§ 6º, não se aplicando a ela, 
ainda, o disposto no art. 158, 
IV, “b”.
§ 13. A devolução de que trata 
o § 5º, VIII, será obrigatória nas 
operações de fornecimento 
de energia elétrica e de gás 
liquefeito de petróleo ao 
consumidor de baixa renda, 
podendo a lei complementar 
determinar que seja calculada 
e concedida no momento da 
cobrança da operação.
Art. 156-B. Os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios 
exercerão de forma integrada, 
exclusivamente por meio do 
Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços, nos 
termos e limites estabelecidos 
nesta Constituição e em lei 
complementar, as seguintes 
competências administrativas 
relativas ao imposto de que 
trata o art. 156-A:
I - editar regulamento único 
e uniformizar a interpretação 
e a aplicação da legislação do 
imposto;
II - arrecadar o imposto, efetuar 
as compensações e distribuir o 
produto da arrecadação entre 
Estados, Distrito Federal e 
Municípios;
III - decidir o contencioso 
administrativo.
§ 1º O Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços, 
entidade pública sob regime 
especial, terá independência 
técnica, administrativa, 
orçamentária e financeira.
§ 2º Na forma da lei 
complementar:
I - os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios serão 
representados, de forma 
paritária, na instância máxima 
de deliberação do Comitê 
Gestor do Imposto sobre Bens 
e Serviços;
II - será assegurada a 
alternância na presidência do 
Comitê Gestor entre o conjunto 
dos Estados e o Distrito Federal 
e o conjunto dos Municípios e 
o Distrito Federal;
III - o Comitê Gestor será 
financiado por percentual do 
produto da arrecadação do 
imposto destinado a cada ente 
federativo;
IV - o controle externo do 
Comitê Gestor será exercido 
pelos Estados, pelo Distrito 
Federal e pelos Municípios;
V - a fiscalização, o 
lançamento, a cobrança, a 
representação administrativa 
e a representação judicial 
relativos ao imposto serão 
realizados, no âmbito de suas 
respectivas competências, 
pelas administrações 
tributárias e procuradorias dos 
Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, que poderão 
definir hipóteses de delegação 
ou de compartilhamento 
de competências, cabendo 
ao Comitê Gestor a 
coordenação dessas atividades 
administrativas com vistas 
à integração entre os entes 
federativos;
VI - as competências exclusivas 
das carreiras da administração 
tributária e das procuradorias 
dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios serão 
exercidas, no Comitê Gestor 
e na representação deste, 
por servidores das referidas 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
74
VADE MECUM – TJMT 2024
carreiras;
VII - serão estabelecidas a 
estrutura e a gestão do Comitê 
Gestor, cabendo ao regimento 
interno dispor sobre sua 
organização e funcionamento.
§ 3º A participação dos entes 
federativos na instância 
máxima de deliberação do 
Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços observará 
a seguinte composição:
I - 27 (vinte e sete) membros, 
representando cada Estado e o 
Distrito Federal;
II - 27 (vinte e sete) membros, 
representando o conjunto 
dos Municípios e do Distrito 
Federal, que serão eleitos nos 
seguintes termos:
a) 14 (quatorze) 
representantes, com base nos 
votos de cada Município, com 
valor igual para todos; e
b) 13 (treze) representantes, 
com base nos votos de cada 
Município ponderados pelas 
respectivas populações.
§ 4º As deliberações no âmbito 
do Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços serão 
consideradas aprovadas se 
obtiverem, cumulativamente, 
os votos:
I - em relação ao conjunto dos 
Estados e do Distrito Federal:
a) da maioria absoluta de seus 
representantes; e
b) de representantes dos 
Estados e do Distrito Federal 
que correspondam a mais de 
50% (cinquenta por cento) da 
população do País; e
II - em relação ao conjunto 
dos Municípios e do Distrito 
Federal, da maioria absoluta 
de seus representantes.
§ 5º O Presidente do Comitê 
Gestor do Imposto sobre 
Bens e Serviços deverá ter 
notórios conhecimentos de 
administração tributária.
§ 6º O Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços, 
a administração tributária 
da União e a Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional 
compartilharão informações 
fiscais relacionadas aos 
tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V, e atuarão com 
vistas a harmonizar normas, 
interpretações, obrigações 
acessórias e procedimentos a 
eles relativos.
§ 7º O Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços 
e a administração tributária da 
União poderão implementar 
soluções integradas para a 
administração e cobrança dos 
tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V.
§ 8º Lei complementar 
poderá prever a integração 
do contencioso administrativo 
relativo aos tributos previstos 
nos arts. 156-A e 195, V.”
“Art. 158. ................................
.................
III - 50% (cinquenta por cento) 
do produto da arrecadação 
do imposto do Estado sobre 
a propriedade de veículos 
automotores licenciados 
em seus territórios e, em 
relação a veículos aquáticos 
e aéreos, cujos proprietários 
sejam domiciliados em seus 
territórios;
IV - 25% (vinte e cinco por 
cento):
a) do produto da arrecadação 
do imposto do Estado 
sobre operações relativas à 
circulação de mercadorias e 
sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual 
e intermunicipal e de 
comunicação;
b) do produto da arrecadação 
do imposto previsto no art. 
156-A distribuída aos Estados.
§ 1º As parcelas de receita 
pertencentes aos Municípios 
mencionadas no inciso IV, «a», 
serão creditadas conforme os 
seguintes critérios:
.................................................
.................................................
......................................
§ 2º As parcelas de receita 
pertencentes aos Municípios 
mencionadas no inciso IV, “b”, 
serão creditadas conforme os 
seguintes critérios:
I - 80% (oitenta por cento) na 
proporção da população;
II - 10% (dez por cento) com 
base em indicadores de 
melhoria nos resultados de 
aprendizagem e de aumento 
da equidade, considerado 
o nível socioeconômico dos 
educandos, de acordo com o 
que dispuser lei estadual;
III - 5% (cinco por cento) 
com base em indicadores de 
preservação ambiental, de 
acordo com o que dispuser lei 
estadual;
IV - 5% (cinco por cento) em 
montantes iguais para todos os 
Municípios do Estado.” (NR)
“Art. 159. ................................
.................
I - do produto da arrecadação 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
75
VADE MECUM – TJMT 2024
dos impostos sobre renda 
e proventos de qualquer 
natureza e sobre produtos 
industrializados e do imposto 
previsto no art. 153, VIII, 50% 
(cinquenta por cento), da 
seguinte forma:
II - do produto da arrecadação 
do imposto sobre produtos 
industrializados e do imposto 
previsto no art. 153, VIII, 
10% (dez por cento) aos 
Estados e ao Distrito Federal, 
proporcionalmente ao valor 
das respectivas exportações de 
produtos industrializados;
III - do produto da arrecadação 
da contribuição de intervenção 
no domínio econômico 
prevista no art. 177, § 4º, 29% 
(vinte e nove por cento) para 
os Estados e o Distrito Federal, 
distribuídos na forma da lei, 
observadas as destinações a 
que se referem as alíneas «c» 
e «d» do inciso II do referido 
parágrafo.
..............................................
...§ 3º Os Estados entregarão 
aos respectivos Municípios 
25% (vinte e cinco por 
cento) dos recursos que 
receberem nos termosdo 
inciso II docaputdeste artigo, 
observados os critérios 
estabelecidos no art. 158, 
§ 1º, para a parcela relativa 
ao imposto sobre produtos 
industrializados, e no art. 158, 
§ 2º, para a parcela relativa ao 
imposto previsto no art. 153, 
VIII.
................................................
. (NR)
“Art. 159-A. Fica instituído 
o Fundo Nacional de 
Desenvolvimento Regional, 
com o objetivo de reduzir 
as desigualdades regionais 
e sociais, nos termos do art. 
3º, III, mediante a entrega de 
recursos da União aos Estados 
e ao Distrito Federal para:
I - realização de estudos, 
projetos e obras de 
infraestrutura;
II - fomento a atividades 
produtivas com elevado 
potencial de geração de 
emprego e renda, incluindo 
a concessão de subvenções 
econômicas e financeiras; e
III - promoção de ações com 
vistas ao desenvolvimento 
científico e tecnológico e à 
inovação.
§ 1º É vedada a retenção 
ou qualquer restrição ao 
recebimento dos recursos de 
que trata o caput.
§ 2º Na aplicação dos recursos 
de que trata o caput, os Estados 
e o Distrito Federal priorizarão 
projetos que prevejam ações 
de sustentabilidade ambiental 
e redução das emissões de 
carbono.
§ 3º Observado o disposto 
neste artigo, caberá aos 
Estados e ao Distrito Federal a 
decisão quanto à aplicação dos 
recursos de que trata o caput.
§ 4º Os recursos de que trata 
o caput serão entregues aos 
Estados e ao Distrito Federal 
de acordo com coeficientes 
individuais de participação, 
calculados com base nos 
seguintes indicadores e com os 
seguintes pesos:
I - população do Estado ou do 
Distrito Federal, com peso de 
30% (trinta por cento);
II - coeficiente individual de 
participação do Estado ou do 
Distrito Federal nos recursos 
de que trata o art. 159, I, “a”, da 
Constituição Federal, com peso 
de 70% (setenta por cento).
§ 5º O Tribunal de Contas da 
União será o órgão responsável 
por regulamentar e calcular 
os coeficientes individuais de 
participação de que trata o § 
4º.»
“Art. 161. ................................
.................
I - definir valor adicionado para 
fins do disposto no art. 158, § 
1º, I;
................................................
. (NR)
“Art. 167. ................................
.................
§ 4º É permitida a vinculação 
das receitas a que se referem 
os arts. 155, 156, 156-A, 157, 
158 e as alíneas “a”, “b”, “d”, 
“e” e “f” do inciso I e o inciso 
II do caput do art. 159 desta 
Constituição para pagamento 
de débitos com a União e 
para prestar-lhe garantia ou 
contragarantia.
................................................
. (NR)
“Art. 177. ................................
.................
§ 4º .........................................
........
II - ...........................................
......
d) ao pagamento de subsídios 
a tarifas de transporte público 
coletivo de passageiros.» (NR)
“Art. 195. ................................
.................................................
..........................
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
76
VADE MECUM – TJMT 2024
V - sobre bens e serviços, nos 
termos de lei complementar.
.................................................
§ 15. A contribuição prevista 
no inciso V do caput poderá 
ter sua alíquota fixada em lei 
ordinária.
§ 16. Aplica-se à contribuição 
prevista no inciso V do caput o 
disposto no art. 156-A, § 1º, I a 
VI, VIII, X a XIII, § 3º, § 5º, II a VI 
e IX, e §§ 6º a 11 e 13.
§ 17. A contribuição prevista no 
inciso V do caput não integrará 
sua própria base de cálculo 
nem a dos tributos previstos 
nos arts. 153, VIII, 156-A e 195, 
I, “b”, e IV, e da contribuição 
para o Programa de Integração 
Social de que trata o art. 239.
§ 18. Lei estabelecerá as 
hipóteses de devolução da 
contribuição prevista no inciso 
V do caput a pessoas físicas, 
inclusive em relação a limites 
e beneficiários, com o objetivo 
de reduzir as desigualdades de 
renda.
§ 19. A devolução de que trata 
o § 18 não será computada 
na receita corrente líquida da 
União para os fins do disposto 
nos arts. 100, § 15, 166, §§ 9º, 
12 e 17, e 198, § 2º.” (NR)
“Art. 198. ................................
.................
§ 2º .........................................
........
II - no caso dos Estados e do 
Distrito Federal, o produto da 
arrecadação dos impostos a 
que se referem os arts. 155 e 
156-A e dos recursos de que 
tratam os arts. 157 e 159, I, 
“a”, e II, deduzidas as parcelas 
que forem transferidas aos 
respectivos Municípios;
III - no caso dos Municípios e 
do Distrito Federal, o produto 
da arrecadação dos impostos 
a que se referem os arts. 156 
e 156-A e dos recursos de que 
tratam os arts. 158 e 159, I, “b”, 
e § 3º.
.................................................
” (NR)
“Art. 212-A. .............................
....................
II - os fundos referidos no inciso 
I do caput deste artigo serão 
constituídos por 20% (vinte por 
cento):
a) das parcelas dos Estados 
no imposto de que trata o art. 
156-A;
b) da parcela do Distrito Federal 
no imposto de que trata o art. 
156-A, relativa ao exercício de 
sua competência estadual, nos 
termos do art. 156-A, § 2º; e
c) dos recursos a que se 
referem os incisos I, II e III 
do caput do art. 155, o inciso II 
do caput do art. 157, os incisos 
II, III e IV do caput do art. 158 e 
as alíneas “a” e “b” do inciso I e 
o inciso II do caput do art. 159 
desta Constituição;
.................................................
” (NR)
“Art. 225. ................................
.................
§ 1º .........................................
........
VIII - manter regime 
fiscal favorecido para os 
biocombustíveis e para o 
hidrogênio de baixa emissão 
de carbono, na forma de 
lei complementar, a fim de 
assegurar-lhes tributação 
inferior à incidente sobre 
os combustíveis fósseis, 
capaz de garantir diferencial 
competitivo em relação a estes, 
especialmente em relação às 
contribuições de que tratam o 
art. 195, I, “b”, IV e V, e o art. 
239 e aos impostos a que se 
referem os arts. 155, II, e 156-
A.
.................................................
” (NR)
Art. 2º O Ato das 
Disposições Constitucionais 
Transitórias passa a vigorar 
com as seguintes alterações:
«Art. 76-A. São desvinculados 
de órgão, fundo ou despesa, 
até 31 de dezembro de 2032, 
30% (trinta por cento) das 
receitas dos Estados e do 
Distrito Federal relativas a 
impostos, taxas e multas já 
instituídos ou que vierem a 
ser criados até a referida data, 
seus adicionais e respectivos 
acréscimos legais, e outras 
receitas correntes.
.................................................
” (NR)
“Art. 76-B. São desvinculados 
de órgão, fundo ou despesa, 
até 31 de dezembro de 
2032, 30% (trinta por cento) 
das receitas dos Municípios 
relativas a impostos, taxas e 
multas, já instituídos ou que 
vierem a ser criados até a 
referida data, seus adicionais e 
respectivos acréscimos legais, 
e outras receitas correntes.
.................................................
” (NR)
“Art. 92-B. As leis instituidoras 
dos tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V, da Constituição 
Federal estabelecerão os 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
77
VADE MECUM – TJMT 2024
mecanismos necessários, com 
ou sem contrapartidas, para 
manter, em caráter geral, 
o diferencial competitivo 
assegurado à Zona Franca 
de Manaus pelos arts. 40 
e 92-A e às áreas de livre 
comércio existentes em 31 
de maio de 2023, nos níveis 
estabelecidos pela legislação 
relativa aos tributos extintos 
a que se referem os arts. 126 
a 129, todos deste Ato das 
Disposições Constitucionais 
Transitórias.
§ 1º Para assegurar o disposto 
no caput, serão utilizados, 
isolada ou cumulativamente, 
instrumentos fiscais, 
econômicos ou financeiros.
§ 2º Lei complementar instituirá 
Fundo de Sustentabilidade e 
Diversificação Econômica do 
Estado do Amazonas, que será 
constituído com recursos da 
União e por ela gerido, com a 
efetiva participação do Estado 
do Amazonas na definição das 
políticas, com o objetivo de 
fomentar o desenvolvimentoe 
a diversificação das atividades 
econômicas no Estado.
§ 3º A lei complementar de 
que trata o § 2º:
I - estabelecerá o montante 
mínimo de aporte anual de 
recursos ao Fundo, bem como 
os critérios para sua correção;
II - preverá a possibilidade 
de utilização dos recursos 
do Fundo para compensar 
eventual perda de receita 
do Estado do Amazonas em 
função das alterações no 
sistema tributário decorrentes 
da instituição dos tributos 
previstos nos arts. 156-A e 195, 
V, da Constituição Federal.
§ 4º A União, mediante acordo 
com o Estado do Amazonas, 
poderá reduzir o alcance dos 
instrumentos previstos no § 
1º, condicionado ao aporte de 
recursos adicionais ao Fundo 
de que trata o § 2º, asseguradas 
a diversificação das atividades 
econômicas e a antecedência 
mínima de 3 (três) anos.
§ 5º Não se aplica aos 
mecanismos previstos 
no caput o disposto nos incisos 
III e IV do caput do art. 149-B 
da Constituição Federal.
§ 6º Lei complementar 
instituirá Fundo de 
Desenvolvimento Sustentável 
dos Estados da Amazônia 
Ocidental e do Amapá, que 
será constituído com recursos 
da União e por ela gerido, com 
a efetiva participação desses 
Estados na definição das 
políticas, com o objetivo de 
fomentar o desenvolvimento 
e a diversificação de suas 
atividades econômicas.
§ 7º O Fundo de que trata o § 
6º será integrado pelos Estados 
onde estão localizadas as áreas 
de livre comércio de que trata 
ocapute observará, no que 
couber, o disposto no § 3º, I e 
II, sendo, quanto a este inciso, 
considerados os respectivos 
Estados, e no § 4º.”
“Art. 104. ................................
.................
IV - os Estados e o Comitê 
Gestor do Imposto sobre Bens 
e Serviços reterão os repasses 
previstos, respectivamente, 
nos §§ 1º e 2º do art. 158 
da Constituição Federal e os 
depositarão na conta especial 
referida no art. 101 deste Ato 
das Disposições Constitucionais 
Transitórias, para utilização 
como nele previsto.
.................................................
” (NR)
“Art. 124. A transição para os 
tributos previstos no art. 156-
A e no art. 195, V, todos da 
Constituição Federal, atenderá 
aos critérios estabelecidos nos 
arts. 125 a 133 deste Ato das 
Disposições Constitucionais 
Transitórias.
Parágrafo único. A contribuição 
prevista no art. 195, V, será 
instituída pela mesma lei 
complementar de que trata 
o art. 156-A, ambos da 
Constituição Federal.”
“Art. 125. Em 2026, o imposto 
previsto no art. 156-A será 
cobrado à alíquota estadual de 
0,1% (um décimo por cento), e 
a contribuição prevista no art. 
195, V, ambos da Constituição 
Federal, será cobrada à 
alíquota de 0,9% (nove 
décimos por cento).
§ 1º O montante recolhido 
na forma do caput será 
compensado com o valor 
devido das contribuições 
previstas no art. 195, I, «b», 
e IV, e da contribuição para 
o Programa de Integração 
Social a que se refere o art. 
239, ambos da Constituição 
Federal.
§ 2º Caso o contribuinte não 
possua débitos suficientes para 
efetuar a compensação de que 
trata o § 1º, o valor recolhido 
poderá ser compensado com 
qualquer outro tributo federal 
ou ser ressarcido em até 60 
(sessenta) dias, mediante 
requerimento.
§ 3º A arrecadação do 
imposto previsto no art. 156-
A da Constituição Federal 
decorrente do disposto 
no caput deste artigo não 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
78
VADE MECUM – TJMT 2024
observará as vinculações, 
repartições e destinações 
previstas na Constituição 
Federal, devendo ser aplicada, 
integral e sucessivamente, 
para:
I - o financiamento do Comitê 
Gestor do Imposto sobre Bens 
e Serviços, nos termos do art. 
156-B, § 2º, III, da Constituição 
Federal;
II - compor o Fundo de 
Compensação de Benefícios 
Fiscais ou Financeiro-Fiscais 
do imposto de que trata o art. 
155, II, da Constituição Federal.
§ 4º Durante o período de 
que trata o caput, os sujeitos 
passivos que cumprirem 
as obrigações acessórias 
relativas aos tributos 
referidos no caput poderão 
ser dispensados do seu 
recolhimento, nos termos de 
lei complementar.»
«Art. 126. A partir de 2027:
I - serão cobrados:
a) a contribuição prevista no 
art. 195, V, da Constituição 
Federal;
b) o imposto previsto no art. 
153, VIII, da Constituição 
Federal;
II - serão extintas as 
contribuições previstas no art. 
195, I, “b”, e IV, e a contribuição 
para o Programa de Integração 
Social de que trata o art. 
239, todos da Constituição 
Federal, desde que instituída a 
contribuição referida na alínea 
“a” do inciso I;
III - o imposto previsto no 
art. 153, IV, da Constituição 
Federal:
a) terá suas alíquotas 
reduzidas a zero, exceto em 
relação aos produtos que 
tenham industrialização 
incentivada na Zona Franca 
de Manaus, conforme 
critérios estabelecidos em lei 
complementar; e
b) não incidirá de forma 
cumulativa com o imposto 
previsto no art. 153, VIII, da 
Constituição Federal.”
“Art. 127. Em 2027 e 2028, o 
imposto previsto no art. 156-
A da Constituição Federal será 
cobrado à alíquota estadual de 
0,05% (cinco centésimos por 
cento) e à alíquota municipal 
de 0,05% (cinco centésimos 
por cento).
Parágrafo único. No período 
referido no caput, a alíquota 
da contribuição prevista no art. 
195, V, da Constituição Federal, 
será reduzida em 0,1 (um 
décimo) ponto percentual.”
“Art. 128. De 2029 a 2032, 
as alíquotas dos impostos 
previstos nos arts. 155, II, e 156, 
III, da Constituição Federal, 
serão fixadas nas seguintes 
proporções das alíquotas 
fixadas nas respectivas 
legislações:
I - 9/10 (nove décimos), em 
2029;
II - 8/10 (oito décimos), em 
2030;
III - 7/10 (sete décimos), em 
2031;
IV - 6/10 (seis décimos), em 
2032.
§ 1º Os benefícios ou os 
incentivos fiscais ou financeiros 
relativos aos impostos 
previstos nos arts. 155, II, 
e 156, III, da Constituição 
Federal não alcançados pelo 
disposto no caput deste artigo 
serão reduzidos na mesma 
proporção.
§ 2º Os benefícios e incentivos 
fiscais ou financeiros referidos 
no art. 3º da Lei Complementar 
nº 160, de 7 de agosto de 
2017, serão reduzidos na 
forma deste artigo, não se 
aplicando a redução prevista 
no § 2º-A do art. 3º da referida 
Lei Complementar.
§ 3º Ficam mantidos em 
sua integralidade, até 31 
de dezembro de 2032, 
os percentuais utilizados 
para calcular os benefícios 
ou incentivos fiscais ou 
financeiros já reduzidos por 
força da redução das alíquotas, 
em decorrência do disposto 
no caput.»
«Art. 129. Ficam extintos, a 
partir de 2033, os impostos 
previstos nos arts. 155, II, 
e 156, III, da Constituição 
Federal.”
“Art. 130. Resolução do 
Senado Federal fixará, para 
todas as esferas federativas, 
as alíquotas de referência dos 
tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V, da Constituição 
Federal, observados a forma 
de cálculo e os limites previstos 
em lei complementar, de forma 
a assegurar:
I - de 2027 a 2033, que a receita 
da União com a contribuição 
prevista no art. 195, V, e com 
o imposto previsto no art. 153, 
VIII, todos da Constituição 
Federal, seja equivalente à 
redução da receita:
a) das contribuições previstas 
no art. 195, I, “b”, e IV, e da 
contribuição para o Programa 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
79
VADE MECUM – TJMT 2024
de Integração Social de que 
trata o art. 239, todos da 
Constituição Federal;
b) do imposto previsto no art. 
153, IV; e
c) do imposto previsto no art. 
153, V, da Constituição Federal, 
sobre operações de seguros;
II - de 2029 a 2033, que 
a receita dos Estados e 
do Distrito Federal com o 
imposto previsto no art. 156-
A da Constituição Federal seja 
equivalente à redução:
a) da receita do imposto 
previsto no art. 155, II, da 
Constituição Federal; e
b) das receitas destinadas a 
fundos estaduais financiados 
por contribuições estabelecidas 
como condição à aplicação 
de diferimento, regime 
especial ou outro tratamento 
diferenciado, relativos ao 
imposto de que trata o art. 155, 
II, da Constituição Federal, em 
funcionamento em 30 de abril 
de 2023, excetuadas as receitas 
dos fundos mantidas na forma 
do art. 136 deste Atodas 
Disposições Constitucionais 
Transitórias;
III - de 2029 a 2033, que a 
receita dos Municípios e do 
Distrito Federal com o imposto 
previsto no art. 156-A seja 
equivalente à redução da 
receita do imposto previsto 
no art. 156, III, ambos da 
Constituição Federal.
§ 1º As alíquotas de referência 
serão fixadas no ano anterior 
ao de sua vigência, não se 
aplicando o disposto no art. 
150, III, «c», da Constituição 
Federal, com base em cálculo 
realizado pelo Tribunal de 
Contas da União.
§ 2º Na fixação das alíquotas 
de referência, deverão ser 
considerados os efeitos sobre 
a arrecadação dos regimes 
específicos, diferenciados ou 
favorecidos e de qualquer 
outro regime que resulte 
em arrecadação menor do 
que a que seria obtida com a 
aplicação da alíquota padrão.
§ 3º Para fins do disposto nos 
§§ 4º a 6º, entende-se por:
I - Teto de Referência da União: 
a média da receita no período 
de 2012 a 2021, apurada como 
proporção do PIB, do imposto 
previsto no art. 153, IV, das 
contribuições previstas no art. 
195, I, “b”, e IV, da contribuição 
para o Programa de Integração 
Social de que trata o art. 239 
e do imposto previsto no art. 
153, V, sobre operações de 
seguro, todos da Constituição 
Federal;
II - Teto de Referência Total: a 
média da receita no período 
de 2012 a 2021, apurada 
como proporção do PIB, dos 
impostos previstos nos arts. 
153, IV, 155, II e 156, III, das 
contribuições previstas no art. 
195, I, “b”, e IV, da contribuição 
para o Programa de Integração 
Social de que trata o art. 239 
e do imposto previsto no art. 
153, V, sobre operações de 
seguro, todos da Constituição 
Federal;
III - Receita-Base da União: 
a receita da União com a 
contribuição prevista no art. 
195, V, e com o imposto previsto 
no art. 153, VIII, ambos da 
Constituição Federal, apurada 
como proporção do PIB;
IV - Receita-Base dos Entes 
Subnacionais: a receita dos 
Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios com o imposto 
previsto no art. 156-A da 
Constituição Federal, deduzida 
da parcela a que se refere a 
alínea “b” do inciso II do caput, 
apurada como proporção do 
PIB;
V - Receita-Base Total: a soma 
da Receita-Base da União 
com a Receita-Base dos Entes 
Subnacionais, sendo essa 
última:
a) multiplicada por 10 (dez) em 
2029;
b) multiplicada por 5 (cinco) 
em 2030;
c) multiplicada por 10 (dez) e 
dividida por 3 (três) em 2031;
d) multiplicada por 10 (dez) 
e dividida por 4 (quatro) em 
2032;
e) multiplicada por 1 (um) em 
2033.
§ 4º A alíquota de referência 
da contribuição a que se refere 
o art. 195, V, da Constituição 
Federal será reduzida em 2030 
caso a média da Receita-Base 
da União em 2027 e 2028 
exceda o Teto de Referência 
da União.
§ 5º As alíquotas de referência 
da contribuição a que se refere 
o art. 195, V, e do imposto 
a que se refere o art. 156-A, 
ambos da Constituição Federal, 
serão reduzidas em 2035 caso 
a média da Receita-Base Total 
entre 2029 e 2033 exceda o 
Teto de Referência Total.
§ 6º As reduções de que tratam 
os §§ 4º e 5º serão:
I - definidas de forma a que 
a Receita-Base seja igual ao 
respectivo Teto de Referência;
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
80
VADE MECUM – TJMT 2024
II - no caso do § 5º, 
proporcionais para as alíquotas 
de referência federal, estadual 
e municipal.
§ 7º A revisão das alíquotas 
de referência em função 
do disposto nos §§ 4º, 5º e 
6º não implicará cobrança 
ou restituição de tributo 
relativo a anos anteriores 
ou transferência de recursos 
entre os entes federativos.
§ 8º Os entes federativos e 
o Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços 
fornecerão ao Tribunal 
de Contas da União as 
informações necessárias para 
o cálculo a que se referem os 
§§ 1º, 4º e 5º.
§ 9º Nos cálculos das alíquotas 
de que trata o caput, deverá 
ser considerada a arrecadação 
dos tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V, da Constituição 
Federal, cuja cobrança tenha 
sido iniciada antes dos períodos 
de que tratam os incisos I, II e 
III do caput.
§ 10. O cálculo das alíquotas 
a que se refere este artigo 
será realizado com base em 
propostas encaminhadas pelo 
Poder Executivo da União 
e pelo Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços, 
que deverão fornecer ao 
Tribunal de Contas da União 
todos os subsídios necessários, 
mediante o compartilhamento 
de dados e informações, nos 
termos de lei complementar.»
«Art. 131. De 2029 a 2077, o 
produto da arrecadação dos 
Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios com o 
imposto de que trata o art. 
156-A da Constituição Federal 
será distribuído a esses entes 
federativos conforme o 
disposto neste artigo.
§ 1º Serão retidos do produto 
da arrecadação do imposto 
de cada Estado, do Distrito 
Federal e de cada Município 
apurada com base nas 
alíquotas de referência de que 
trata o art. 130 deste Ato das 
Disposições Constitucionais 
Transitórias, nos termos dos 
arts. 149-C e 156-A, § 4º, II, e 
§ 5º, I e IV, antes da aplicação 
do disposto no art. 158, IV, “b”, 
todos da Constituição Federal:
I - de 2029 a 2032, 80% (oitenta 
por cento);
II - em 2033, 90% (noventa por 
cento);
III - de 2034 a 2077, percentual 
correspondente ao aplicado 
em 2033, reduzido à razão de 
1/45 (um quarenta e cinco 
avos) por ano.
§ 2º Na forma estabelecida em 
lei complementar, o montante 
retido nos termos do § 1º será 
distribuído entre os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios 
proporcionalmente à receita 
média de cada ente federativo, 
devendo ser consideradas:
I - no caso dos Estados:
a) a arrecadação do imposto 
previsto no art. 155, II, após 
aplicação do disposto no 
art. 158, IV, “a”, todos da 
Constituição Federal; e
b) as receitas destinadas aos 
fundos estaduais de que trata 
o art. 130, II, “b”, deste Ato das 
Disposições Constitucionais 
Transitórias;
II - no caso do Distrito Federal:
a) a arrecadação do imposto 
previsto no art. 155, II, da 
Constituição Federal; e
b) a arrecadação do imposto 
previsto no art. 156, III, da 
Constituição Federal;
III - no caso dos Municípios:
a) a arrecadação do imposto 
previsto no art. 156, III, da 
Constituição Federal; e
b) a parcela creditada na 
forma do art. 158, IV, “a”, da 
Constituição Federal.
§ 3º Não se aplica o disposto 
no art. 158, IV, «b», da 
Constituição Federal aos 
recursos distribuídos na forma 
do § 2º, I, deste artigo.
§ 4º A parcela do produto da 
arrecadação do imposto não 
retida nos termos do § 1º, após 
a retenção de que trata o art. 
132 deste Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, 
será distribuída a cada Estado, 
ao Distrito Federal e a cada 
Município de acordo com os 
critérios da lei complementar 
de que trata o art. 156-A, § 
5º, I, da Constituição Federal, 
nela computada a variação de 
alíquota fixada pelo ente em 
relação à de referência.
§ 5º Os recursos de que trata 
este artigo serão distribuídos 
nos termos estabelecidos em 
lei complementar, aplicando-
se o seguinte:
I - constituirão a base de 
cálculo dos fundos de que trata 
o art. 212-A, II, da Constituição 
Federal, observado que:
a) para os Estados, o percentual 
de que trata o art. 212-A, II, será 
aplicado proporcionalmente 
à razão entre a soma dos 
valores distribuídos a cada 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
81
VADE MECUM – TJMT 2024
ente nos termos do § 2º, I, “a”, 
e do § 4º, e a soma dos valores 
distribuídos nos termos do § 
2º, I e do § 4º;
b) para o Distrito Federal, 
o percentual de que trata o 
art. 212-A, II, será aplicado 
proporcionalmente à razão 
entre a soma dos valores 
distribuídos nos termos do 
§ 2º, II, “a”, e do § 4º, e a 
soma dos valores distribuídos 
nos termos do § 2º, II, e 
do § 4º, considerada, em 
ambas as somas, somente a 
parcela estadual nos valores 
distribuídos nos termos do § 
4º;
c) para os Municípios, o 
percentual de que trata o 
art. 212-A, II, será aplicado 
proporcionalmente à razão 
entre a soma dos valores 
distribuídos nos termos do § 
2º, III, “b”, e a soma dos valores 
distribuídos nos termos do § 
2º, III;
II - constituirão as bases decálculo de que tratam os 
arts. 29-A, 198, § 2º, 204, 
parágrafo único, 212 e 216, § 
6º, da Constituição Federal, 
excetuados os valores 
distribuídos nos termos do § 
2º, I, “b”;
III - poderão ser vinculados 
para prestação de garantias 
às operações de crédito 
por antecipação de receita 
previstas no art. 165, § 8º, 
para pagamento de débitos 
com a União e para prestar-lhe 
garantia ou contragarantia, nos 
termos do art. 167, § 4º, todos 
da Constituição Federal.
§ 6º Durante o período de que 
trata o caput deste artigo, é 
vedado aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios fixar 
alíquotas próprias do imposto 
de que trata o art. 156-A da 
Constituição Federal inferiores 
às necessárias para garantir 
as retenções de que tratam o 
§ 1º deste artigo e o art. 132 
deste Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias.»
«Art. 132. Do imposto dos 
Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios apurado 
com base nas alíquotas de 
referência de que trata o art. 
130 deste Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, 
deduzida a retenção de que 
trata o art. 131, § 1º, será retido 
montante correspondente 
a 5% (cinco por cento) para 
distribuição aos entes com as 
menores razões entre:
I - o valor apurado nos termos 
dos arts. 149-C e 156-A, § 
4º, II, e § 5º, I e IV, com base 
nas alíquotas de referência, 
após a aplicação do disposto 
no art. 158, IV, “b”, todos da 
Constituição Federal; e
II - a respectiva receita média, 
apurada nos termos do art. 
131, § 2º, I, II e III, deste Ato das 
Disposições Constitucionais 
Transitórias, limitada a 3 (três) 
vezes a média nacional por 
habitante da respectiva esfera 
federativa.
§ 1º Os recursos serão 
distribuídos, sequencial e 
sucessivamente, aos entes 
com as menores razões de que 
trata o caput, de maneira que, 
ao final da distribuição, para 
todos os entes que receberem 
recursos, seja observada a 
mesma a razão entre:
I - a soma do valor apurado nos 
termos do inciso I do caput com 
o valor recebido nos termos 
deste artigo; e
II - a receita média apurada na 
forma do inciso II do caput.
§ 2º Aplica-se aos recursos 
distribuídos na forma deste 
artigo o disposto no art. 131, 
§ 5º deste Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias.
§ 3º Lei complementar 
estabelecerá os critérios para 
a redução gradativa, entre 
2078 e 2097, do percentual 
de que trata o caput, até a sua 
extinção.»
«Art. 133. Os tributos de que 
tratam os arts. 153, IV, 155, II, 
156, III, e 195, I, “b”, e IV, e a 
contribuição para o Programa 
de Integração Social a que se 
refere o art. 239 não integrarão 
a base de cálculo do imposto 
de que trata o art. 156-A e da 
contribuição de que trata o art. 
195, V, todos da Constituição 
Federal.”
“Art. 134. Os saldos credores 
relativos ao imposto previsto 
no art. 155, II, da Constituição 
Federal, existentes ao final de 
2032 serão aproveitados pelos 
contribuintes na forma deste 
artigo e nos termos de lei 
complementar.
§ 1º O disposto neste artigo 
alcança os saldos credores 
cujos aproveitamento ou 
ressarcimento sejam admitidos 
pela legislação em vigor em 31 
de dezembro de 2032 e que 
tenham sido homologados 
pelos respectivos entes 
federativos, observadas as 
seguintes diretrizes:
I - apresentado o pedido de 
homologação, o ente federativo 
deverá se pronunciar no 
prazo estabelecido na lei 
complementar a que se refere 
o caput;
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
82
VADE MECUM – TJMT 2024
II - na ausência de resposta ao 
pedido de homologação no 
prazo a que se refere o inciso I 
deste parágrafo, os respectivos 
saldos credores serão 
considerados homologados.
§ 2º Aplica-se o disposto neste 
artigo também aos créditos 
reconhecidos após o prazo 
previsto no caput.
§ 3º O saldo dos créditos 
homologados será informado 
pelos Estados e pelo Distrito 
Federal ao Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços 
para que seja compensado 
com o imposto de que trata 
o art. 156-A da Constituição 
Federal:
I - pelo prazo remanescente, 
apurado nos termos do art. 
20, § 5º, da Lei Complementar 
nº 87, de 13 de setembro 
de 1996, para os créditos 
relativos à entrada de 
mercadorias destinadas ao 
ativo permanente;
II - em 240 (duzentos e 
quarenta) parcelas mensais, 
iguais e sucessivas, nos demais 
casos.
§ 4º O Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços 
deduzirá do produto da 
arrecadação do imposto 
previsto no art. 156-A devido 
ao respectivo ente federativo 
o valor compensado na forma 
do § 3º, o qual não comporá 
base de cálculo para fins do 
disposto nos arts. 158, IV, 198, 
§ 2º, 204, parágrafo único, 212, 
212-A, II, e 216, § 6º, todos da 
Constituição Federal.
§ 5º A partir de 2033, os saldos 
credores serão atualizados 
pelo IPCA ou por outro índice 
que venha a substituí-lo.
§ 6º Lei complementar disporá 
sobre:
I - as regras gerais de 
implementação do 
parcelamento previsto no § 3º;
II - a forma pela qual os titulares 
dos créditos de que trata este 
artigo poderão transferi-los a 
terceiros;
III - a forma pela qual o crédito 
de que trata este artigo poderá 
ser ressarcido ao contribuinte 
pelo Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços, caso 
não seja possível compensar o 
valor da parcela nos termos do 
§ 3º.”
“Art. 135. Lei complementar 
disciplinará a forma de 
utilização dos créditos, 
inclusive presumidos, do 
imposto de que trata o art. 
153, IV, e das contribuições de 
que tratam o art. 195, I, «b», 
e IV, e da contribuição para o 
Programa de Integração Social 
a que se refere o art. 239, todos 
da Constituição Federal, não 
apropriados ou não utilizados 
até a extinção, mantendo-
se, apenas para os créditos 
que cumpram os requisitos 
estabelecidos na legislação 
vigente na data da extinção 
de tais tributos, a permissão 
para compensação com outros 
tributos federais, inclusive 
com a contribuição prevista no 
inciso V do caput do art. 195 
da Constituição Federal, ou 
ressarcimento em dinheiro.»
«Art. 136. Os Estados que 
possuíam, em 30 de abril de 
2023, fundos destinados a 
investimentos em obras de 
infraestrutura e habitação e 
financiados por contribuições 
sobre produtos primários e 
semielaborados estabelecidas 
como condição à aplicação 
de diferimento, regime 
especial ou outro tratamento 
diferenciado, relativos ao 
imposto de que trata o art. 
155, II, da Constituição Federal, 
poderão instituir contribuições 
semelhantes, não vinculadas 
ao referido imposto, observado 
que:
I - a alíquota ou o percentual 
de contribuição não poderão 
ser superiores e a base de 
incidência não poderá ser mais 
ampla que os das respectivas 
contribuições vigentes em 30 
de abril de 2023;
II - a instituição de contribuição 
nos termos deste artigo 
implicará a extinção da 
contribuição correspondente, 
vinculada ao imposto de 
que trata o art. 155, II, da 
Constituição Federal, vigente 
em 30 de abril de 2023;
III - a destinação de sua receita 
deverá ser a mesma das 
contribuições vigentes em 30 
de abril de 2023;
IV - a contribuição instituída 
nos termos do caput será 
extinta em 31 de dezembro de 
2043.
Parágrafo único. As receitas das 
contribuições mantidas nos 
termos deste artigo não serão 
consideradas como receita do 
respectivo Estado para fins do 
disposto nos arts. 130, II, “b”, e 
131, § 2º, I, “b”, deste Ato das 
Disposições Constitucionais 
Transitórias.”
“Art. 137. Os saldos financeiros 
dos recursos transferidos pelo 
Fundo Nacional de Saúde e pelo 
Fundo Nacional de Assistência 
Social, para enfrentamento 
da pandemia de Covid-19 no 
período de 2020 a 2022, aos 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
83
VADE MECUM – TJMT 2024
fundos de saúde e assistência 
social estaduais, municipais e 
do Distrito Federal poderão ser 
aplicados, até 31 de dezembro 
de 2024, para o custeio de 
ações e serviços públicos de 
saúde e de assistência social, 
observadas, respectivamente, 
as diretrizes emanadas do 
Sistema Único de Saúde e do 
Sistema Único de Assistência 
Social.»
Art. 3º A Constituição 
Federal passa a vigorar 
com as seguintes 
alterações:Vigência
“Art. 37. ..................................
...............
§ 17. Lei complementar 
estabelecerá normas gerais 
aplicáveis às administrações 
tributárias da União, dos 
Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, dispondo 
sobre deveres, direitos e 
garantias dos servidores das 
carreiras de que trata o inciso 
XXII do caput.
§ 18. Para os fins do disposto no 
inciso XI do caput deste artigo, 
os servidores de carreira das 
administrações tributárias dos 
Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios sujeitam-se ao 
limite aplicável aos servidores 
da União.» (NR)
“Art. 146. ................................
.................
III - ..........................................
.......
d) definição de tratamento 
diferenciado e favorecido para 
as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, 
inclusive regimes especiais 
ou simplificados no caso 
dos impostos previstos nos 
arts. 155, II, e 156-A e das 
contribuições previstas no art. 
195, I e V.
.................................................
” (NR)
“Art. 153. ................................
.................
V - operações de crédito e 
câmbio ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários;
.................................................
” (NR)
“Art. 156-A. .............................
....................
§ 1º .........................................
........
IX - não integrará sua própria 
base de cálculo nem a dos 
tributos previstos nos arts. 
153, VIII, e 195, V;
.................................................
” (NR)
“Art. 195. ................................
.................
§ 9º As contribuições 
sociais previstas no inciso I 
do caput deste artigo poderão 
ter alíquotas diferenciadas em 
razão da atividade econômica, 
da utilização intensiva de mão 
de obra, do porte da empresa 
ou da condição estrutural 
do mercado de trabalho, 
sendo também autorizada a 
adoção de bases de cálculo 
diferenciadas apenas no 
caso da alínea «c» do inciso I 
do caput.
.................................................
§ 17. A contribuição prevista no 
inciso V do caput não integrará 
sua própria base de cálculo 
nem a dos impostos previstos 
nos arts. 153, VIII, e 156-A.
.................................................
§ 19. A devolução de que trata 
o § 18:
I - não será computada na 
receita corrente líquida da 
União para os fins do disposto 
nos arts. 100, § 15, 166, §§ 9º, 
12 e 17, e 198, § 2º;
II - não integrará a base de 
cálculo para fins do disposto no 
art. 239.” (NR)
“Art. 225. ................................
.................
§ 1º .........................................
........
VIII - manter regime 
fiscal favorecido para os 
biocombustíveis e para o 
hidrogênio de baixa emissão 
de carbono, na forma de 
lei complementar, a fim de 
assegurar-lhes tributação 
inferior à incidente sobre 
os combustíveis fósseis, 
capaz de garantir diferencial 
competitivo em relação a estes, 
especialmente em relação à 
contribuição de que trata o art. 
195, V, e aos impostos a que se 
referem os arts. 155, II, e 156-
A.
.................................................
” (NR)
“Art. 239. A arrecadação 
correspondente a 18% 
(dezoito por cento) da 
contribuição prevista no art. 
195, V, e a decorrente da 
contribuição para o Programa 
de Formação do Patrimônio 
do Servidor Público, criado 
pela Lei Complementar nº 8, 
de 3 de dezembro de 1970, 
financiarão, nos termos em 
que a lei dispuser, o programa 
do seguro-desemprego, outras 
ações da previdência social e o 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
84
VADE MECUM – TJMT 2024
abono de que trata o § 3º deste 
artigo.
.................................................
§ 3º Aos empregados que 
percebam de empregadores 
que recolhem a contribuição 
prevista no art. 195, V, ou a 
contribuição para o Programa 
de Formação do Patrimônio 
do Servidor Público até 
2 (dois) salários mínimos 
de remuneração mensal é 
assegurado o pagamento 
de 1 (um) salário mínimo 
anual, computado neste valor 
o rendimento das contas 
individuais, no caso daqueles 
que já participavam dos 
referidos programas, até a 
data de promulgação desta 
Constituição.
.................................................
” (NR)
Art. 4º A Constituição 
Federal passa a vigorar 
com as seguintes 
alterações: Vigência
“Art. 146. ................................
.................
III - ..........................................
.......
d) definição de tratamento 
diferenciado e favorecido para 
as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, 
inclusive regimes especiais 
ou simplificados no caso do 
imposto previsto no art. 156-
A e das contribuições sociais 
previstas no art. 195, I e V.
.................................................
” (NR)
“Art. 150. ................................
.................
§ 6º Qualquer subsídio ou 
isenção, redução de base 
de cálculo, concessão de 
crédito presumido, anistia ou 
remissão, relativos a impostos, 
taxas ou contribuições, 
só poderá ser concedido 
mediante lei específica, 
federal, estadual ou municipal, 
que regule exclusivamente as 
matérias acima enumeradas 
ou o correspondente tributo 
ou contribuição.
.................................................
” (NR)
“Art. 153. ................................
.................
§ 6º .........................................
........
IV - integrará a base de cálculo 
dos tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V;
.................................................
” (NR)
“Art. 156-A. .............................
....................
§ 1º .........................................
........
IX - não integrará sua própria 
base de cálculo nem a dos 
tributos previstos nos arts. 
153, VIII, e 195, V;
.................................................
” (NR)
“Art. 159. ................................
.................
§ 3º Os Estados entregarão 
aos respectivos Municípios 
25% (vinte e cinco por 
cento) dos recursos que 
receberem nos termos do 
inciso II docaputdeste artigo, 
observados os critérios 
estabelecidos no art. 158, § 2º.
.................................................
” (NR)
“Art. 195. ................................
.................
§ 17. A contribuição prevista no 
inciso V do caput não integrará 
sua própria base de cálculo 
nem a dos impostos previstos 
nos arts. 153, VIII, e 156-A.
.................................................
” (NR)
“Art. 212-A. .............................
....................
II - ...........................................
......
c) dos recursos a que se 
referem os incisos I e III 
do caput do art. 155, o inciso II 
do caput do art. 157, os incisos 
II, III e IV do caput do art. 158 e 
as alíneas “a” e “b” do inciso I e 
o inciso II do caput do art. 159 
desta Constituição;
.................................................
” (NR)
“Art. 225. ................................
.................
§ 1º .........................................
........
VIII - manter regime 
fiscal favorecido para os 
biocombustíveis e para o 
hidrogênio de baixa emissão 
de carbono, na forma de 
lei complementar, a fim de 
assegurar-lhes tributação 
inferior à incidente sobre 
os combustíveis fósseis, 
capaz de garantir diferencial 
competitivo em relação a estes, 
especialmente em relação à 
contribuição de que trata o art. 
195, V, e ao imposto a que se 
refere o art. 156-A.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
85
VADE MECUM – TJMT 2024
.................................................
” (NR)
Art. 5º O Ato das 
Disposições Constitucionais 
Transitórias passa a 
vigorar com as seguintes 
alterações: Vigência
“Art. 82. Os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios devem 
instituir Fundos de Combate à 
Pobreza, devendo os referidos 
Fundos ser geridos por 
entidades que contem com aparticipação da sociedade civil.
§ 1º Para o financiamento dos 
Fundos Estaduais, Distrital 
e Municipais, poderá ser 
destinado percentual do 
imposto previsto no art. 156-
A da Constituição Federal e 
dos recursos distribuídos nos 
termos dos arts. 131 e 132 
deste Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, 
nos limites definidos em 
lei complementar, não se 
aplicando, sobre estes valores, 
o disposto no art. 158, IV, da 
Constituição Federal.
§ 2º (Revogado).» (NR)
“Art. 104. ................................
.................
IV - o Comitê Gestor do 
Imposto sobre Bens e Serviços 
reterá os repasses previstos no 
§ 2º do art. 158 da Constituição 
Federal e os depositará na 
conta especial referida no art. 
101 deste Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, 
para utilização como nele 
previsto.
.................................................
” (NR)
Art. 6º Até que lei 
complementar disponha sobre 
a matéria:
I - o crédito das parcelas de 
que trata o art. 158, IV, “b”, 
da Constituição Federal, 
obedecido o § 2º do referido 
artigo, com redação dada 
pelo art. 1º desta Emenda 
Constitucional, observará, no 
que couber, os critérios e os 
prazos aplicáveis ao Imposto 
sobre Operações relativas à 
Circulação de Mercadorias e 
sobre Prestação de Serviços 
de Transporte Interestadual 
e Intermunicipal e de 
Comunicação a que se refere 
a Lei Complementar nº 63, 
de 11 de janeiro de 1990, e 
respectivas alterações;
II - a entrega dos recursos do art. 
153, VIII, nos termos do art. 
159, I, ambos da Constituição 
Federal, com redação dada 
pelo art. 1º desta Emenda 
Constitucional, observará os 
critérios e as condições da Lei 
Complementar nº 62, de 
28 de dezembro de 1989, e 
respectivas alterações;
III - a entrega dos recursos do 
imposto de que trata o art. 
153, VIII, nos termos do art. 
159, II, ambos da Constituição 
Federal, com redação dada 
pelo art. 1º desta Emenda 
Constitucional, observará 
a Lei Complementar nº 61, de 
26 de dezembro de 1989, e 
respectivas alterações;
IV - as bases de cálculo dos 
percentuais dos Estados, 
do Distrito Federal e dos 
Municípios de que trata 
a Lei Complementar nº 141, 
de 13 de janeiro de 2012, 
compreenderão também:
a) as respectivas parcelas do 
imposto de que trata o art. 
156-A, com os acréscimos e 
as deduções decorrentes do 
crédito das parcelas de que 
trata o art. 158, IV, “b”, ambos 
da Constituição Federal, com 
redação dada pelo art. 1º desta 
Emenda Constitucional;
b) os valores recebidos nos 
termos dos arts. 131 e 132 
do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, 
com redação dada pelo art. 2º 
desta Emenda Constitucional.
§ 1º As vinculações de receita 
dos impostos previstos 
nos arts. 155, II, e 156, 
III, estabelecidas em legislação 
de Estados, Distrito Federal 
ou Municípios até a data de 
promulgação desta Emenda 
Constitucional serão aplicadas, 
em mesmo percentual, 
sobre a receita do imposto 
previsto no art. 156-A do ente 
federativo competente.
§ 2º Aplica-se o disposto no § 
1º deste artigo enquanto não 
houver alteração na legislação 
dos Estados, Distrito Federal 
ou Municípios que trata das 
referidas vinculações.
Art. 7º A partir de 2027, a 
União compensará eventual 
redução no montante dos 
valores entregues nos termos 
do art. 159, I e II, em razão da 
substituição da arrecadação 
do imposto previsto no art. 
153, IV, pela arrecadação do 
imposto previsto no art. 153, 
VIII, todos da Constituição 
Federal, nos termos de lei 
complementar.
§ 1º A compensação de que 
trata o caput:
I - terá como referência a média 
de recursos transferidos do 
imposto previsto no art. 153, 
IV, de 2022 a 2026, atualizada:
a) até 2027, na forma da lei 
complementar;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp63.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp63.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp61.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp61.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp141.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp141.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
86
VADE MECUM – TJMT 2024
b) a partir de 2028, pela 
variação do produto da 
arrecadação da contribuição 
prevista no art. 195, V, da 
Constituição Federal, apurada 
com base na alíquota de 
referência de que trata o art. 
130 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias; e
II - observará os mesmos 
critérios, prazos e garantias 
aplicáveis à entrega de recursos 
de que trata o art. 159, I e II, da 
Constituição Federal.
§ 2º Aplica-se à compensação 
de que trata o caput o disposto 
nos arts. 167, § 4º, 198, § 
2º, 212,caput e § 1º, e 212-A, 
II, da Constituição Federal.
Art. 8º Fica criada a Cesta 
Básica Nacional de Alimentos, 
que considerará a diversidade 
regional e cultural da 
alimentação do País e garantirá 
a alimentação saudável e 
nutricionalmente adequada, 
em observância ao direito 
social à alimentação previsto 
no art. 6º da Constituição 
Federal.
Parágrafo único. Lei 
complementar definirá 
os produtos destinados à 
alimentação humana que 
comporão a Cesta Básica 
Nacional de Alimentos, sobre 
os quais as alíquotas dos 
tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V, da Constituição 
Federal serão reduzidas a zero.
Art. 9º A lei complementar que 
instituir o imposto de que trata 
o art. 156-A e a contribuição 
de que trata o art. 195, 
V, ambos da Constituição 
Federal, poderá prever os 
regimes diferenciados de 
tributação de que trata este 
artigo, desde que sejam 
uniformes em todo o território 
nacional e sejam realizados 
os respectivos ajustes nas 
alíquotas de referência 
com vistas a reequilibrar 
a arrecadação da esfera 
federativa.
§ 1º A lei complementar 
definirá as operações 
beneficiadas com redução de 
60% (sessenta por cento) das 
alíquotas dos tributos de que 
trata o caput entre as relativas 
aos seguintes bens e serviços:
I - serviços de educação;
II - serviços de saúde;
III - dispositivos médicos;
IV - dispositivos de 
acessibilidade para pessoas 
com deficiência;
V - medicamentos;
VI - produtos de cuidados 
básicos à saúde menstrual;
VII - serviços de transporte 
público coletivo de passageiros 
rodoviário e metroviário de 
caráter urbano, semiurbano e 
metropolitano;
VIII - alimentos destinados ao 
consumo humano;
IX - produtos de higiene pessoal 
e limpeza majoritariamente 
consumidos por famílias de 
baixa renda;
X - produtos agropecuários, 
aquícolas, pesqueiros, 
florestais e extrativistas 
vegetais in natura;
XI - insumos agropecuários e 
aquícolas;
XII - produções artísticas, 
culturais, de eventos, 
jornalísticas e audiovisuais 
nacionais, atividades 
desportivas e comunicação 
institucional;
XIII - bens e serviços 
relacionados a soberania e 
segurança nacional, segurança 
da informação e segurança 
cibernética.
§ 2º É vedada a fixação de 
percentual de redução distinto 
do previsto no § 1º em relação 
às hipóteses nele previstas.
§ 3º A lei complementar a 
que se refere o caput preverá 
hipóteses de:
I - isenção, em relação aos 
serviços de que trata o § 1º, 
VII;
II - redução em 100% (cem 
por cento) das alíquotas 
dos tributos referidos 
no caput para:
a) bens de que trata o § 1º, III 
a VI;
b) produtos hortícolas, frutas e 
ovos;
c) serviços prestados por 
Instituição Científica, 
Tecnológica e de Inovação (ICT) 
sem fins lucrativos;
d) automóveis de passageiros, 
conforme critérios e 
requisitos estabelecidos em 
lei complementar, quando 
adquiridos por pessoas com 
deficiência e pessoas com 
transtorno do espectro autista, 
diretamente ou por intermédio 
de seu representante 
legal ou por motoristas 
profissionais, nos termos de lei 
complementar, que destinem 
o automóvel àmoradia, o transporte, 
o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção 
à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, 
na forma desta Constituição. 
(Redação dada pela Emenda 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
12
VADE MECUM – TJMT 2024
Constitucional nº 90, de 2015)
Parágrafo único. Todo brasileiro 
em situação de vulnerabilidade 
social terá direito a uma renda 
básica familiar, garantida 
pelo poder público em 
programa permanente de 
transferência de renda, cujas 
normas e requisitos de acesso 
serão determinados em lei, 
observada a legislação fiscal e 
orçamentária (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 114, 
de 2021)
Art. 7º São direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem 
à melhoria de sua condição 
social:
I - relação de emprego protegida 
contra despedida arbitrária ou 
sem justa causa, nos termos de 
lei complementar, que preverá 
indenização compensatória, 
dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, 
em caso de desemprego 
involuntário;
III - fundo de garantia do tempo 
de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em 
lei, nacionalmente unificado, 
capaz de atender a suas 
necessidades vitais básicas e 
às de sua família com moradia, 
alimentação, educação, saúde, 
lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, 
com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua 
vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à 
extensão e à complexidade do 
trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, 
salvo o disposto em convenção 
ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca 
inferior ao mínimo, para os 
que percebem remuneração 
variável;
VIII - décimo terceiro salário 
com base na remuneração 
integral ou no valor da 
aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho 
noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma 
da lei, constituindo crime sua 
retenção dolosa;
XI – participação nos 
lucros, ou resultados, 
desvinculada da remuneração, 
e, excepcionalmente, 
participação na gestão da 
empresa, conforme definido 
em lei;
XII - salário-família pago em 
razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda nos 
termos da lei; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998)
XIII - duração do trabalho 
normal não superior a oito 
horas diárias e quarenta e 
quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva 
de trabalho; (Vide Decreto-
Lei nº 5.452, de 1943)
XIV - jornada de seis horas para 
o trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, 
salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal 
r e m u n e r a d o , 
preferencialmente aos 
domingos;
XVI - remuneração do serviço 
extraordinário superior, no 
mínimo, em cinqüenta por 
cento à do normal; (Vide 
Del 5.452, art. 59 § 1º)
XVII - gozo de férias anuais 
remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que 
o salário normal;
XVIII - licença à gestante, 
sem prejuízo do emprego e 
do salário, com a duração de 
cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos 
termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de 
trabalho da mulher, mediante 
incentivos específicos, nos 
termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional 
ao tempo de serviço, sendo 
no mínimo de trinta dias, nos 
termos da lei;
XXII - redução dos riscos 
inerentes ao trabalho, por 
meio de normas de saúde, 
higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração 
para as atividades penosas, 
insalubres ou perigosas, na 
forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos 
filhos e dependentes desde o 
nascimento até 5 (cinco) anos 
de idade em creches e pré-
escolas; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das 
convenções e acordos coletivos 
de trabalho;
XXVII - proteção em face da 
automação, na forma da lei;
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
13
VADE MECUM – TJMT 2024
XXVIII - seguro contra 
acidentes de trabalho, a cargo 
do empregador, sem excluir 
a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em 
dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos 
créditos resultantes das 
relações de trabalho, com 
prazo prescricional de cinco 
anos para os trabalhadores 
urbanos e rurais, até o limite 
de dois anos após a extinção 
do contrato de trabalho; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 28, de 2000)
XXX - proibição de diferença 
de salários, de exercício 
de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer 
discriminação no tocante a 
salário e critérios de admissão 
do trabalhador portador de 
deficiência;
XXXII - proibição de distinção 
entre trabalho manual, técnico 
e intelectual ou entre os 
profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho 
noturno, perigoso ou insalubre 
a menores de dezoito e de 
qualquer trabalho a menores 
de dezesseis anos, salvo 
na condição de aprendiz, 
a partir de quatorze anos; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998)
XXXIV - igualdade de direitos 
entre o trabalhador com vínculo 
empregatício permanente e o 
trabalhador avulso.
Parágrafo único. São 
assegurados à categoria dos 
trabalhadores domésticos os 
direitos previstos nos incisos IV, 
VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, 
XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, 
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas 
as condições estabelecidas 
em lei e observada a 
simplificação do cumprimento 
das obrigações tributárias, 
principais e acessórias, 
decorrentes da relação de 
trabalho e suas peculiaridades, 
os previstos nos incisos I, II, III, 
IX, XII, XXV e XXVIII, bem como 
a sua integração à previdência 
social. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 72, 
de 2013)
Art. 8º É livre a associação 
profissional ou sindical, 
observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir 
autorização do Estado para 
a fundação de sindicato, 
ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao 
Poder Público a interferência 
e a intervenção na organização 
sindical;
II - é vedada a criação de mais de 
uma organização sindical, em 
qualquer grau, representativa 
de categoria profissional ou 
econômica, na mesma base 
territorial, que será definida 
pelos trabalhadores ou 
empregadores interessados, 
não podendo ser inferior à 
área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa 
dos direitos e interesses 
coletivos ou individuais 
da categoria, inclusive 
em questões judiciais ou 
administrativas;
IV - a assembléia geral fixará 
a contribuição que, em 
se tratando de categoria 
profissional, será descontada 
em folha, para custeio 
do sistema confederativo 
da representação 
sindical respectiva, 
independentemente da 
contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a 
filiar-se ou a manter-se filiado 
a sindicato;
VI - é obrigatória a participação 
dos sindicatos nas negociações 
coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem 
direito a votar e ser votado nas 
organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa 
do empregado sindicalizado 
a partir do registro da 
candidatura a cargo de direção 
ou representação sindical e, 
se eleito, ainda que suplente, 
até um ano após o final do 
mandato, salvo se cometer 
falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições 
deste artigo aplicam-se à 
organização de sindicatos rurais 
e de colônias de pescadores, 
atendidas as condições que a 
lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito 
de greve, competindo aos 
trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e 
sobre os interesses que devam 
por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços 
ou atividades essenciais e 
disporá sobre o atendimento 
das necessidades inadiáveis da 
comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos 
sujeitam os responsáveis às 
penas da lei.
Art. 10. É assegurada a 
participação dos trabalhadores 
e empregadores nos colegiados 
dos órgãos públicos em que 
seus interesses profissionais ou 
DIREITO CONSTITUCIONALutilização na 
categoria de aluguel (táxi);
III - redução em 100% (cem 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
87
VADE MECUM – TJMT 2024
por cento) da alíquota da 
contribuição de que trata 
o art. 195, V, da Constituição 
Federal, para serviços de 
educação de ensino superior 
nos termos do Programa 
Universidade para Todos 
(Prouni), instituído pela Lei nº 
11.096, de 13 de janeiro de 
2005;
IV - isenção ou redução em 
até 100% (cem por cento) das 
alíquotas dos tributos referidos 
no caput para atividades de 
reabilitação urbana de zonas 
históricas e de áreas críticas 
de recuperação e reconversão 
urbanística.
§ 4º O produtor rural pessoa 
física ou jurídica que obtiver 
receita anual inferior a R$ 
3.600.000,00 (três milhões 
e seiscentos mil reais), 
atualizada anualmente pelo 
Índice Nacional de Preços ao 
Consumidor Amplo (IPCA), e 
o produtor integrado de que 
trata o art. 2º, II, da Lei nº 
13.288, de 16 de maio de 2016, 
com a redação vigente em 31 
de maio de 2023, poderão 
optar por ser contribuintes dos 
tributos de que trata o caput.
§ 5º É autorizada a concessão 
de crédito ao contribuinte 
adquirente de bens e serviços 
de produtor rural pessoa física 
ou jurídica que não opte por 
ser contribuinte na hipótese de 
que trata o § 4º, nos termos da 
lei complementar, observado o 
seguinte:
I - o Poder Executivo da União 
e o Comitê Gestor do Imposto 
de Bens e Serviços poderão 
revisar, anualmente, de acordo 
com critérios estabelecidos em 
lei complementar, o valor do 
crédito presumido concedido, 
não se aplicando o disposto 
no art. 150, I, da Constituição 
Federal; e
II - o crédito presumido de que 
trata este parágrafo terá como 
objetivo permitir a apropriação 
de créditos não aproveitados 
por não contribuinte do 
imposto em razão do disposto 
no caput deste parágrafo.
§ 6º Observado o disposto no § 
5º, I, é autorizada a concessão 
de crédito ao contribuinte 
adquirente de:
I - serviços de transportador 
autônomo de carga pessoa 
física que não seja contribuinte 
do imposto, nos termos da lei 
complementar;
II - resíduos e demais materiais 
destinados à reciclagem, 
reutilização ou logística 
reversa, de pessoa física, 
cooperativa ou outra forma de 
organização popular.
§ 7º Lei complementar poderá 
prever a concessão de crédito 
ao contribuinte que adquira 
bens móveis usados de pessoa 
física não contribuinte para 
revenda, desde que esta seja 
tributada e o crédito seja 
vinculado ao respectivo bem, 
vedado o ressarcimento.
§ 8º Os benefícios especiais 
de que trata este artigo serão 
concedidos observando-se o 
disposto no art. 149-B, III, da 
Constituição Federal, exceto 
em relação ao § 3º, III, deste 
artigo.
§ 9º O imposto previsto no art. 
153, VIII, da Constituição 
Federal não incidirá sobre 
os bens ou serviços cujas 
alíquotas sejam reduzidas nos 
termos do § 1º deste artigo.
§ 10. Os regimes diferenciados 
de que trata este artigo 
serão submetidos a avaliação 
quinquenal de custo-benefício, 
podendo a lei fixar regime 
de transição para a alíquota 
padrão, não observado o 
disposto no § 2º, garantidos 
os respectivos ajustes nas 
alíquotas de referência.
§ 11. A avaliação de que trata o 
§ 10 deverá examinar o impacto 
da legislação dos tributos a que 
se refere o caput deste artigo 
na promoção da igualdade 
entre homens e mulheres.
§ 12. A lei complementar 
estabelecerá as operações 
beneficiadas com redução 
de 30% (trinta por cento) 
das alíquotas dos tributos de 
que trata o caput relativas 
à prestação de serviços de 
profissão intelectual, de 
natureza científica, literária 
ou artística, desde que sejam 
submetidas a fiscalização por 
conselho profissional.
§ 13. Para fins deste artigo, 
incluem-se:
I - entre os medicamentos 
de que trata o inciso V do 
§ 1º, as composições para 
nutrição enteral ou parenteral 
e as composições especiais 
e fórmulas nutricionais 
destinadas às pessoas com 
erros inatos do metabolismo; e
II - entre os alimentos de que 
trata o inciso VIII do § 1º, os 
sucos naturais sem adição de 
açúcares e conservantes.
Art. 10. Para fins do disposto 
no inciso II do § 6º do art. 
156-A da Constituição Federal, 
consideram-se:
I - serviços financeiros:
a) operações de crédito, 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11096.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11096.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11096.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
88
VADE MECUM – TJMT 2024
câmbio, seguro, resseguro, 
consórcio, arrendamento 
mercantil, faturização, 
securitização, previdência 
privada, capitalização, arranjos 
de pagamento, operações com 
títulos e valores mobiliários, 
inclusive negociação e 
corretagem, e outras que 
impliquem captação, repasse, 
intermediação, gestão ou 
administração de recursos;
b) outros serviços prestados 
por entidades administradoras 
de mercados organizados, 
infraestruturas de mercado 
e depositárias centrais e por 
instituições autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central 
do Brasil, na forma de lei 
complementar;
II - operações com bens 
imóveis:
a) construção e incorporação 
imobiliária;
b) parcelamento do solo e 
alienação de bem imóvel;
c) locação e arrendamento de 
bem imóvel;
d) administração e 
intermediação de bem imóvel.
§ 1º Em relação às instituições 
financeiras bancárias:
I - não se aplica o regime 
específico de que trata o art. 
156-A, § 6º, II, da Constituição 
Federal aos serviços 
remunerados por tarifas 
e comissões, observado o 
disposto nas normas expedidas 
pelas entidades reguladoras;
II - os demais serviços 
financeiros sujeitam-se ao 
regime específico de que 
trata o art. 156-A, § 6º, II, da 
Constituição Federal, devendo 
as alíquotas e as bases de 
cálculo ser definidas de modo 
a manter, em caráter geral, 
até o final do quinto ano da 
entrada em vigor do regime, 
a carga tributária decorrente 
dos tributos extintos por 
esta Emenda Constitucional 
incidente sobre as operações 
de crédito na data de sua 
promulgação, e a manter, em 
caráter específico, aquela 
incidente sobre as operações 
relacionadas ao fundo de 
garantia por tempo de serviço, 
podendo, neste caso, definir 
alíquota e base de cálculo 
diferenciadas e abranger os 
serviços de que trata o inciso 
I deste parágrafo, não se lhes 
aplicando o prazo previsto 
neste inciso.
§ 2º O disposto no § 1º, II, em 
relação ao fundo de garantia do 
tempo de serviço, poderá, nos 
termos da lei complementar, 
ser estendido para outros 
fundos garantidores ou 
executores de políticas 
públicas previstos em lei.
Art. 11. A revogação do art. 
195, I, “b”, não produzirá 
efeitos sobre as contribuições 
incidentes sobre a receita ou o 
faturamento vigentes na data 
de publicação desta Emenda 
Constitucional que substituam 
a contribuição de que trata 
o art. 195, I, «a», ambos da 
Constituição Federal, e sejam 
cobradas com base naquele 
dispositivo, observado o 
disposto no art. 30 da Emenda 
Constitucional nº 103, de 12 de 
novembro de 2019. Vigência
Art. 12.Fica instituído o Fundo 
de Compensação de Benefícios 
Fiscais ou Financeiro-Fiscais 
do imposto de que trata o art. 
155, II, da Constituição Federal, 
com vistas a compensar, 
entre 1º de janeiro de 2029 
e 31 de dezembro de 2032, 
pessoas físicas ou jurídicas 
beneficiárias de isenções, 
incentivos e benefícios fiscais 
ou financeiro-fiscais relativos 
àquele imposto, concedidos 
por prazo certo e sob condição.
§ 1º De 2025 a 2032, a União 
entregará ao Fundo recursos 
que corresponderão aos 
seguintes valores, atualizados, 
de 2023 até o ano anterior 
ao da entrega, pela variação 
acumulada do IPCA ou de outro 
índice que vier a substituí-lo:
I - em 2025, a R$ 
8.000.000.000,00 (oito bilhões 
de reais);
II - em 2026, a R$ 
16.000.000.000,00 (dezesseis 
bilhões de reais);III - em 2027, a R$ 
24.000.000.000,00 (vinte e 
quatro bilhões de reais);
IV - em 2028, a R$ 
32.000.000.000,00 (trinta e 
dois bilhões de reais);
V - em 2029, a R$ 
32.000.000.000,00 (trinta e 
dois bilhões de reais);
VI - em 2030, a R$ 
24.000.000.000,00 (vinte e 
quatro bilhões de reais);
VII - em 2031, a R$ 
16.000.000.000,00 (dezesseis 
bilhões de reais);
VIII - em 2032, a R$ 
8.000.000.000,00 (oito bilhões 
de reais).
§ 2º Os recursos do Fundo 
de que trata o caput serão 
utilizados para compensar a 
redução do nível de benefícios 
onerosos do imposto previsto 
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
89
VADE MECUM – TJMT 2024
no art. 155, II, da Constituição 
Federal, na forma do § 1º do 
art. 128 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, 
suportada pelas pessoas 
físicas ou jurídicas em razão 
da substituição do referido 
imposto por aquele previsto 
no art. 156-A da Constituição 
Federal, nos termos deste 
artigo.
§ 3º Para efeitos deste artigo, 
consideram-se benefícios 
onerosos as isenções, os 
incentivos e os benefícios 
fiscais ou financeiro-fiscais 
vinculados ao imposto 
referido no caput deste artigo 
concedidos por prazo certo e 
sob condição, na forma do art. 
178 da Lei nº 5.172, de 25 
de outubro de 1966 (Código 
Tributário Nacional).
§ 4º A compensação de que 
trata o § 1º:
I - aplica-se aos titulares de 
benefícios onerosos referentes 
ao imposto previsto no art. 
155, II, da Constituição 
Federal regularmente 
concedidos até 31 de maio 
de 2023, sem prejuízo de 
ulteriores prorrogações ou 
renovações, observados o 
prazo estabelecido no caput e, 
se aplicável, a exigência 
de registro e depósito 
estabelecida pelo art. 3º, II, da 
Lei Complementar nº 160, de 7 
de agosto de 2017, que tenham 
cumprido tempestivamente as 
condições exigidas pela norma 
concessiva do benefício, bem 
como aos titulares de projetos 
abrangidos pelos benefícios a 
que se refere o art. 19 desta 
Emenda Constitucional;
II - não se aplica aos titulares 
de benefícios decorrentes do 
disposto no art. 3º, § 2º-A, da 
Lei Complementar nº 160, de 7 
de agosto de 2017.
§ 5º A pessoa física ou 
jurídica perderá o direito à 
compensação de que trata 
o § 2º caso deixe de cumprir 
tempestivamente as condições 
exigidas pela norma concessiva 
do benefício.
§ 6º Lei complementar 
estabelecerá:
I - critérios e limites para 
apuração do nível de benefícios 
e de sua redução;
II - procedimentos de análise, 
pela União, dos requisitos para 
habilitação do requerente à 
compensação de que trata o § 
2º.
§ 7º É vedada a prorrogação 
dos prazos de que trata 
o art. 3º, §§ 2º e 2º-A, da Lei 
Complementar nº 160, de 7 de 
agosto de 2017.
§ 8º A União deverá 
complementar os recursos de 
que trata o § 1º em caso de 
insuficiência de recursos para 
a compensação de que trata o 
§ 2º.
§ 9º Eventual saldo financeiro 
existente em 31 de dezembro 
de 2032 será transferido ao 
Fundo de que trata o art. 159-A 
da Constituição Federal, com a 
redação dada pelo art. 1º desta 
Emenda Constitucional, sem 
redução ou compensação dos 
valores consignados no art. 13 
desta Emenda Constitucional.
§ 10. O disposto no § 4º, I, 
aplica-se também aos titulares 
de benefícios onerosos 
que, por força de mudanças 
na legislação estadual, 
tenham migrado para outros 
programas ou benefícios entre 
31 de maio de 2023 e a data 
de promulgação desta Emenda 
Constitucional, ou estejam em 
processo de migração na data 
de promulgação desta Emenda 
Constitucional.
Art. 13. Os recursos de 
que trata o art. 159-A da 
Constituição Federal, com 
a redação dada pelo art. 1º 
desta Emenda Constitucional, 
corresponderão aos seguintes 
valores, atualizados, de 
2023 até o ano anterior ao 
da entrega, pela variação 
acumulada do IPCA ou de outro 
índice que vier a substituí-lo:
I - em 2029, a R$ 
8.000.000.000,00 (oito bilhões 
de reais);
II - em 2030, a R$ 
16.000.000.000,00 (dezesseis 
bilhões de reais);
III - em 2031, a R$ 
24.000.000.000,00 (vinte e 
quatro bilhões de reais);
IV - em 2032, a R$ 
32.000.000.000,00 (trinta e 
dois bilhões de reais);
V - em 2033, a R$ 
40.000.000.000,00 (quarenta 
bilhões de reais);
VI - em 2034, a R$ 
42.000.000.000,00 (quarenta e 
dois bilhões de reais);
VII - em 2035, a R$ 
44.000.000.000,00 (quarenta e 
quatro bilhões de reais);
VIII - em 2036, a R$ 
46.000.000.000,00 (quarenta e 
seis bilhões de reais);
IX - em 2037, a R$ 
48.000.000.000,00 (quarenta e 
oito bilhões de reais);
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
90
VADE MECUM – TJMT 2024
X - em 2038, a R$ 
50.000.000.000,00 (cinquenta 
bilhões de reais);
XI - em 2039, a R$ 
52.000.000.000,00 (cinquenta 
e dois bilhões de reais);
XII - em 2040, a R$ 
54.000.000.000,00 (cinquenta 
e quatro bilhões de reais);
XIII - em 2041, a R$ 
56.000.000.000,00 (cinquenta 
e seis bilhões de reais);
XIV - em 2042, a R$ 
58.000.000.000,00 (cinquenta 
e oito bilhões de reais);
XV - a partir de 2043, a R$ 
60.000.000.000,00 (sessenta 
bilhões de reais), por ano.
Art. 14. A União custeará, com 
posterior ressarcimento pelo 
Comitê Gestor do Imposto 
sobre Bens e Serviços de 
que trata o art. 156-B da 
Constituição Federal, as 
despesas necessárias para sua 
instalação.
Art. 15. Os recursos entregues 
na forma do art. 159-A da 
Constituição Federal, com a 
redação dada pelo art. 1º desta 
Emenda Constitucional, os 
recursos de que trata o art. 12 e 
as compensações de que trata 
o art. 7º não se incluem em 
bases de cálculo ou em limites 
de despesas estabelecidos 
pela lei complementar de 
que trata o art. 6º da Emenda 
Constitucional nº 126, de 21 de 
dezembro de 2022.
Art. 16. Até que lei 
complementar regule o 
disposto no art. 155, § 1º, III, da 
Constituição Federal, o imposto 
incidente nas hipóteses de que 
trata o referido dispositivo 
competirá:
I - relativamente a bens 
imóveis e respectivos direitos, 
ao Estado da situação do bem, 
ou ao Distrito Federal;
II - se o doador tiver domicílio 
ou residência no exterior:
a) ao Estado onde tiver 
domicílio o donatário ou ao 
Distrito Federal;
b) se o donatário tiver domicílio 
ou residir no exterior, ao Estado 
em que se encontrar o bem ou 
ao Distrito Federal;
III - relativamente aos bens 
do de cujus, ainda que situados 
no exterior, ao Estado onde era 
domiciliado, ou, se domiciliado 
ou residente no exterior, onde 
tiver domicílio o sucessor 
ou legatário, ou ao Distrito 
Federal.
Art. 17.A alteração do art. 
155, § 1º, II, da Constituição 
Federal, promovida pelo art. 1º 
desta Emenda Constitucional, 
aplica-se às sucessões abertas 
a partir da data de publicação 
desta Emenda Constitucional.
Art. 18. O Poder Executivo 
deverá encaminhar ao 
Congresso Nacional:
I - em até 90 (noventa) dias após 
a promulgação desta Emenda 
Constitucional, projeto de 
lei que reforme a tributação 
da renda, acompanhado das 
correspondentes estimativas 
e estudos de impactos 
orçamentários e financeiros;
II - em até 180 (cento e oitenta) 
dias após a promulgação desta 
Emenda Constitucional, os 
projetos de lei referidos nesta 
Emenda Constitucional;
III - em até 90 (noventa) dias 
após a promulgação desta 
Emenda Constitucional, 
projeto de lei que reforme a 
tributação da folha de salários.
Parágrafo único. Eventual 
arrecadação adicional da União 
decorrente da aprovação da 
medida de que trata o inciso I 
do caput deste artigo poderá 
ser considerada como fonte de 
compensação para redução da 
tributação incidente sobre a 
folha de pagamentos e sobre 
o consumo de bens e serviços.
Art. 19. Os projetos habilitados 
à fruição dos benefícios 
estabelecidos pelo art. 11-C da 
Lei nº 9.440, de 14 de março de 
1997, e pelos arts. 1º a 4º da 
Lei nº 9.826, de 23 de agosto 
de 1999, farão jus, até 31 de 
dezembro de 2032, a crédito 
presumido da contribuição 
prevista no art. 195, V, da 
Constituição Federal.
§ 1º O crédito presumido de 
que trata este artigo:
I - incentivará exclusivamente 
a produção de veículos 
equipados com motor elétrico 
que tenha capacidade de 
tracionar o veículo somente 
comenergia elétrica, 
permitida a associação com 
motor de combustão interna 
que utilize biocombustíveis 
isolada ou simultaneamente 
com combustíveis derivados 
de petróleo;
II - será concedido 
exclusivamente:
a) a projetos aprovados até 
31 de dezembro de 2024 de 
pessoas jurídicas habilitadas 
à fruição dos benefícios 
estabelecidos pelo art. 11-C da 
Lei nº 9.440, de 14 de março de 
1997, e pelos arts. 1º a 4º da 
Lei nº 9.826, de 23 de agosto de 
1999, na data de promulgação 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9826.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9826.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9826.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9826.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9826.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9826.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
91
VADE MECUM – TJMT 2024
desta Emenda Constitucional;
b) a novos projetos, aprovados 
até 31 de dezembro de 2025, 
que ampliem ou reiniciem a 
produção em planta industrial 
utilizada em projetos ativos ou 
inativos habilitados à fruição 
dos benefícios de que trata a 
alínea “a”deste inciso;
III - poderá ter sua manutenção 
condicionada à realização de 
investimentos produtivos e em 
pesquisa e desenvolvimento 
de inovação tecnológica;
IV - equivalerá ao nível de 
benefício estabelecido, para o 
ano de 2025, pelo art. 11-C da 
Lei nº 9.440, de 14 de março de 
1997, e pelos arts. 1º a 4º da 
Lei nº 9.826, de 23 de agosto 
de 1999; e
V - será reduzido à razão de 
20% (vinte por cento) ao ano 
entre 2029 e 2032.
§ 2º Os créditos apurados em 
decorrência dos benefícios de 
que trata ocaputpoderão ser 
compensados com débitos 
próprios relativos a tributos 
administrados pela Secretaria 
Especial da Receita Federal 
do Brasil, nos termos da lei, e 
não poderão ser transferidos 
a outro estabelecimento da 
pessoa jurídica, devendo 
ser utilizados somente pelo 
estabelecimento habilitado 
e localizado na região 
incentivada.
§ 3º O benefício de que trata 
este artigo será estendido a 
projetos de pessoas jurídicas 
de que trata o § 1º, II, «a», 
relacionados à produção de 
veículos tracionados por motor 
de combustão interna que 
utilize biocombustíveis isolada 
ou cumulativamente com 
combustíveis derivados de 
petróleo, desde que a pessoa 
jurídica habilitada:
I - no caso de montadoras de 
veículos, inicie a produção 
de veículos que atendam ao 
disposto no § 1º, I, até 1º de 
janeiro de 2028; e
II - assuma, nos termos do 
ato concessório do benefício, 
compromissos relativos:
a) ao volume mínimo de 
investimentos;
b) ao volume mínimo de 
produção; e
c) à manutenção da produção 
por prazo mínimo, inclusive 
após o encerramento do 
benefício.
§ 4º A lei complementar 
estabelecerá as penalidades 
aplicáveis em razão do 
descumprimento das 
condições exigidas para fruição 
do crédito presumido de que 
trata este artigo.
Art. 20. Até que lei disponha 
sobre a matéria, a contribuição 
para o Programa de Formação 
do Patrimônio do Servidor 
Público, criado pela Lei 
Complementar nº 8, de 3 de 
dezembro de 1970, de que 
trata o art. 239 da Constituição 
Federal, permanecerá sendo 
cobrada na forma do art. 2º, 
III, da Lei nº 9.715, de 25 de 
novembro de 1998, e dos 
demais dispositivos legais a ele 
referentes em vigor na data 
de publicação desta Emenda 
Constitucional.
Art. 21. Lei complementar 
poderá estabelecer 
instrumentos de ajustes 
nos contratos firmados 
anteriormente à entrada em 
vigor das leis instituidoras 
dos tributos de que tratam 
o art. 156-A e o art. 195, V, da 
Constituição Federal, inclusive 
concessões públicas.
Art. 22. Revogam-se:
I - em 2027, o art. 195, I, “b”, 
e IV, e § 12, da Constituição 
Federal;
II - em 2033:
a) os arts. 155, II, e §§ 2º a 
5º, 156, III, e § 3º, 158, IV, «a», 
e § 1º, e 161, I, da Constituição 
Federal; e
b) os arts. 80, II, 82, § 2º, 
e 83 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias.
Art. 23. Esta Emenda 
Constitucional entra em vigor:
I - em 2027, em relação 
aos arts. 3º e 11;
II - em 2033, em relação 
aos arts. 4º e 5º; e
III - na data de sua publicação, 
em relação aos demais 
dispositivos.
Brasília, em 20 de dezembro de 
2023
Mesa da Câmara dos 
Deputados
Deputado ARTHUR LIRA 
Presidente
Deputado MARCOS PEREIRA 
 1º Vice-Presidente
Deputado SÓSTENES 
CAVALCANTE 
 2º Vice-Presidente
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9826.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9826.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9826.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp08.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp08.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp08.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc132.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc132.htm
DIREITO TRIBUTÁRIO • 3
92
VADE MECUM – TJMT 2024
Deputado LUCIANO BIVAR 
1º Secretário
Deputada MARIA DO ROSÁRIO 
 2ª Secretária
Deputado JÚLIO CÉSAR 
 3º Secretário
Deputado LUCIO MOSQUINI 
 4º Secretário
Mesa do Senado Federal
Senador RODRIGO PACHECO 
Presidente
Senador VENEZIANO VITAL DO 
RÊGO 
1º Vice-Presidente
Senador RODRIGO CUNHA 
 2º Vice-Presidente
Senador ROGÉRIO CARVALHO 
 1º Secretário
Senador WEVERTON 
 2º Secretário
Senador CHICO RODRIGUES 
 3º Secretário
Senador STYVENSON 
VALENTIM 
 4º Secretário
Este texto não substitui o 
publicado no DOU 21.12.2023
*
 
DIREITO CIVIL 
DIREITO CIVIL • 4
94
VADE MECUM – TJMT 2024
Institui o Código Civil.
O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte Lei:
P A R T E    G E R A L
LIVRO I
DAS PESSOAS
TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS
CAPÍTULO I
DA PERSONALIDADE E DA 
CAPACIDADE
Art. 1º Toda pessoa é capaz de 
direitos e deveres na ordem 
civil.
Art. 2º A personalidade civil da 
pessoa começa do nascimento 
com vida; mas a lei põe a salvo, 
desde a concepção, os direitos 
do nascituro.
Art. 3º São absolutamente 
incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da 
vida civil os menores de 16 
(dezesseis) anos. (Redação 
dada pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência)
Art. 4º São incapazes, 
relativamente a certos 
atos ou à maneira de os 
exercer: (Redação dada pela Lei 
nº 13.146, de 2015) (Vigência)
I - os maiores de dezesseis e 
menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os 
viciados em tóxico; (Redação 
dada pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência)
LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 20021
III - aqueles que, por causa 
transitória ou permanente, 
não puderem exprimir sua 
vontade; (Redação dada 
pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência)
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade 
dos indígenas será regulada por 
legislação especial. (Redação 
dada pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência)
Art. 5º A menoridade cessa 
aos dezoito anos completos, 
quando a pessoa fica habilitada 
à prática de todos os atos da 
vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para 
os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, 
ou de um deles na falta do 
outro, mediante instrumento 
público, independentemente 
de homologação judicial, ou 
por sentença do juiz, ouvido 
o tutor, se o menor tiver 
dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego 
público efetivo;
IV - pela colação de grau em 
curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil 
ou comercial, ou pela existência 
de relação de emprego, desde 
que, em função deles, o menor 
com dezesseis anos completos 
tenha economia própria.
Art. 6º A existência da pessoa 
natural termina com a morte; 
presume-se esta, quanto aos 
ausentes, nos casos em que 
a lei autoriza a abertura de 
sucessão definitiva.
Art. 7º Pode ser declarada 
a morte presumida, sem 
decretação de ausência:
I - se for extremamente 
provável a morte de quem 
estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em 
campanhaou feito prisioneiro, 
não for encontrado até dois 
anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração 
da morte presumida, nesses 
casos, somente poderá ser 
requerida depois de esgotadas 
as buscas e averiguações, 
devendo a sentença fixar a 
data provável do falecimento.
Art. 8º Se dois ou mais 
indivíduos falecerem na 
mesma ocasião, não se 
podendo averiguar se algum 
dos comorientes precedeu 
aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos.
Art. 9º Serão registrados em 
registro público:
I - os nascimentos, casamentos 
e óbitos;
II - a emancipação por outorga 
dos pais ou por sentença do 
juiz;
III - a interdição por 
incapacidade absoluta ou 
relativa;
DIREITO CIVIL • 4
95
VADE MECUM – TJMT 2024
IV - a sentença declaratória 
de ausência e de morte 
presumida.
Art. 10. Far-se-á averbação em 
registro público:
I - das sentenças que 
decretarem a nulidade ou 
anulação do casamento, o 
divórcio, a separação judicial 
e o restabelecimento da 
sociedade conjugal;
II - dos atos judiciais ou 
extrajudiciais que declararem 
ou reconhecerem a filiação;
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DA 
PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceção dos 
casos previstos em lei, os 
direitos da personalidade 
são intransmissíveis e 
irrenunciáveis, não podendo o 
seu exercício sofrer limitação 
voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que 
cesse a ameaça, ou a lesão, 
a direito da personalidade, e 
reclamar perdas e danos, sem 
prejuízo de outras sanções 
previstas em lei.
Parágrafo único. Em se 
tratando de morto, terá 
legitimação para requerer a 
medida prevista neste artigo 
o cônjuge sobrevivente, ou 
qualquer parente em linha 
reta, ou colateral até o quarto 
grau.
Art. 13. Salvo por exigência 
médica, é defeso o ato de 
disposição do próprio corpo, 
quando importar diminuição 
permanente da integridade 
física, ou contrariar os bons 
costumes.
Parágrafo único. O ato previsto 
neste artigo será admitido para 
fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo 
científico, ou altruístico, a 
disposição gratuita do próprio 
corpo, no todo ou em parte, 
para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de 
disposição pode ser livremente 
revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser 
constrangido a submeter-se, 
com risco de vida, a tratamento 
médico ou a intervenção 
cirúrgica.
Art. 16. Toda pessoa tem direito 
ao nome, nele compreendidos 
o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa 
não pode ser empregado 
por outrem em publicações 
ou representações que a 
exponham ao desprezo 
público, ainda quando não haja 
intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não 
se pode usar o nome alheio em 
propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado 
para atividades lícitas goza da 
proteção que se dá ao nome.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou 
se necessárias à administração 
da justiça ou à manutenção da 
ordem pública, a divulgação 
de escritos, a transmissão 
da palavra, ou a publicação, 
a exposição ou a utilização 
da imagem de uma pessoa 
poderão ser proibidas, a seu 
requerimento e sem prejuízo 
da indenização que couber, se 
lhe atingirem a honra, a boa 
fama ou a respeitabilidade, 
ou se se destinarem a fins 
comerciais. (Vide ADIN 4815)
Parágrafo único. Em se 
tratando de morto ou de 
ausente, são partes legítimas 
para requerer essa proteção o 
cônjuge, os ascendentes ou os 
descendentes.
Art. 21. A vida privada da 
pessoa natural é inviolável, 
e o juiz, a requerimento 
do interessado, adotará as 
providências necessárias para 
impedir ou fazer cessar ato 
contrário a esta norma. (Vide 
ADIN 4815)
CAPÍTULO III
DA AUSÊNCIA
Seção I – Da Curadoria dos 
Bens do Ausente
Art. 22. Desaparecendo uma 
pessoa do seu domicílio sem 
dela haver notícia, se não 
houver deixado representante 
ou procurador a quem caiba 
administrar-lhe os bens, o juiz, 
a requerimento de qualquer 
interessado ou do Ministério 
Público, declarará a ausência, e 
nomear-lhe-á curador.
Art. 23. Também se declarará 
a ausência, e se nomeará 
curador, quando o ausente 
deixar mandatário que não 
queira ou não possa exercer 
ou continuar o mandato, ou 
se os seus poderes forem 
insuficientes.
Art. 24. O juiz, que nomear o 
curador, fixar-lhe-á os poderes 
e obrigações, conforme as 
circunstâncias, observando, no 
que for aplicável, o disposto 
a respeito dos tutores e 
curadores.
Art. 25. O cônjuge do ausente, 
sempre que não esteja 
separado judicialmente, ou 
de fato por mais de dois 
anos antes da declaração da 
DIREITO CIVIL • 4
96
VADE MECUM – TJMT 2024
ausência, será o seu legítimo 
curador.
§ 1º Em falta do cônjuge, a 
curadoria dos bens do ausente 
incumbe aos pais ou aos 
descendentes, nesta ordem, 
não havendo impedimento 
que os iniba de exercer o cargo.
§ 2º Entre os descendentes, os 
mais próximos precedem os 
mais remotos.
§ 3º Na falta das pessoas 
mencionadas, compete ao juiz 
a escolha do curador.
TÍTULO II
DAS PESSOAS JURÍDICAS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 40. As pessoas jurídicas são 
de direito público, interno ou 
externo, e de direito privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas 
de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal 
e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as 
associações públicas; (Redação 
dada pela Lei nº 11.107, de 
2005)
V - as demais entidades de 
caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo 
disposição em contrário, as 
pessoas jurídicas de direito 
público, a que se tenha dado 
estrutura de direito privado, 
regem-se, no que couber, 
quanto ao seu funcionamento, 
pelas normas deste Código.
Art. 42. São pessoas jurídicas 
de direito público externo os 
Estados estrangeiros e todas as 
pessoas que forem regidas pelo 
direito internacional público.
Art. 43. As pessoas jurídicas 
de direito público interno 
são civilmente responsáveis 
por atos dos seus agentes 
que nessa qualidade causem 
danos a terceiros, ressalvado 
direito regressivo contra 
os causadores do dano, se 
houver, por parte destes, culpa 
ou dolo.
Art. 44. São pessoas jurídicas 
de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações 
religiosas; (Incluído pela Lei nº 
10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos 
políticos. (Incluído pela Lei nº 
10.825, de 22.12.2003)
§ 1º São livres a criação, a 
organização, a estruturação 
interna e o funcionamento das 
organizações religiosas, sendo 
vedado ao poder público 
negar-lhes reconhecimento ou 
registro dos atos constitutivos 
e necessários ao seu 
funcionamento. (Incluído pela 
Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 2º As disposições 
concernentes às associações 
aplicam-se subsidiariamente 
às sociedades que são objeto 
do Livro II da Parte Especial 
deste Código. (Incluído pela Lei 
nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 3º Os partidos políticos serão 
organizados e funcionarão 
conforme o disposto em lei 
específica. (Incluído pela Lei nº 
10.825, de 22.12.2003)
Art. 45. Começa a existência 
legal das pessoas jurídicas 
de direito privado com a 
inscrição do ato constitutivo no 
respectivo registro, precedida, 
quando necessário, de 
autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-
se no registro todas as 
alterações por que passar o ato 
constitutivo.
Parágrafo único. Decai em 
três anos o direito de anular 
a constituição das pessoas 
jurídicas de direito privado, 
por defeito do ato respectivo, 
contado o prazo da publicação 
de sua inscrição no registro.
Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a 
sede, o tempo de duração e o 
fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização 
dos fundadores ou 
instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se 
administra e representa, ativa 
e passivamente, judicial e 
extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo 
é reformável no tocante à 
administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, 
ou não, subsidiariamente, 
pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção 
da pessoajurídica e o destino 
do seu patrimônio, nesse caso.
Art. 47. Obrigam a pessoa 
jurídica os atos dos 
administradores, exercidos 
nos limites de seus poderes 
definidos no ato constitutivo.
DIREITO CIVIL • 4
97
VADE MECUM – TJMT 2024
Art. 48. Se a pessoa jurídica 
tiver administração coletiva, 
as decisões se tomarão pela 
maioria de votos dos presentes, 
salvo se o ato constitutivo 
dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três 
anos o direito de anular as 
decisões a que se refere este 
artigo, quando violarem a lei 
ou estatuto, ou forem eivadas 
de erro, dolo, simulação ou 
fraude.
Art. 49. Se a administração da 
pessoa jurídica vier a faltar, 
o juiz, a requerimento de 
qualquer interessado, nomear-
lhe-á administrador provisório.
Art. 50. Em caso de abuso 
da personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz, 
a requerimento da parte, 
ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir 
no processo, desconsiderá-la 
para que os efeitos de certas 
e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de 
administradores ou de sócios 
da pessoa jurídica beneficiados 
direta ou indiretamente pelo 
abuso. (Redação dada pela Lei 
nº 13.874, de 2019)
§ 1º Para os fins do disposto 
neste artigo, desvio de 
finalidade é a utilização 
da pessoa jurídica com o 
propósito de lesar credores e 
para a prática de atos ilícitos de 
qualquer natureza. (Incluído 
pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º Entende-se por confusão 
patrimonial a ausência de 
separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada 
por: (Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019)
I - cumprimento repetitivo pela 
sociedade de obrigações do 
sócio ou do administrador ou 
vice-versa; (Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019)
II - transferência de ativos 
ou de passivos sem efetivas 
contraprestações, exceto os 
de valor proporcionalmente 
insignificante; e (Incluído pela 
Lei nº 13.874, de 2019)
III - outros atos de 
descumprimento da autonomia 
patrimonial. (Incluído pela Lei 
nº 13.874, de 2019)
§ 3º O disposto no caput e 
nos §§ 1º e 2º deste artigo 
também se aplica à extensão 
das obrigações de sócios ou 
de administradores à pessoa 
jurídica. (Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019)
§ 4º A mera existência de 
grupo econômico sem a 
presença dos requisitos de que 
trata o caput deste artigo não 
autoriza a desconsideração 
da personalidade da pessoa 
jurídica. (Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019)
§ 5º Não constitui desvio de 
finalidade a mera expansão 
ou a alteração da finalidade 
original da atividade 
econômica específica da 
pessoa jurídica. (Incluído pela 
Lei nº 13.874, de 2019)
CAPÍTULO II
DAS ASSOCIAÇÕES
Art. 53. Constituem-se as 
associações pela união de 
pessoas que se organizem para 
fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, 
entre os associados, direitos e 
obrigações recíprocos.
CAPÍTULO III
DAS FUNDAÇÕES
Art. 62. Para criar uma 
fundação, o seu instituidor 
fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial 
de bens livres, especificando 
o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a 
maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação 
somente poderá constituir-se 
para fins de: (Redação dada 
pela Lei nº 13.151, de 2015)
I – assistência social; (Incluído 
pela Lei nº 13.151, de 2015)
II – cultura, defesa e 
conservação do patrimônio 
histórico e artístico; (Incluído 
pela Lei nº 13.151, de 2015)
III – educação; (Incluído pela 
Lei nº 13.151, de 2015)
IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 
13.151, de 2015)
V – segurança alimentar e 
nutricional; (Incluído pela Lei 
nº 13.151, de 2015)
VI – defesa, preservação 
e conservação do meio 
ambiente e promoção 
do desenvolvimento 
sustentável; (Incluído pela Lei 
nº 13.151, de 2015)
VII – pesquisa científica, 
desenvolvimento de 
tecnologias alternativas, 
modernização de sistemas 
de gestão, produção e 
divulgação de informações 
e conhecimentos técnicos e 
científicos; (Incluído pela Lei nº 
13.151, de 2015)
VIII – promoção da ética, da 
DIREITO CIVIL • 4
98
VADE MECUM – TJMT 2024
cidadania, da democracia e dos 
direitos humanos; (Incluído 
pela Lei nº 13.151, de 2015)
IX – atividades religiosas; 
e (Incluído pela Lei nº 13.151, 
de 2015)
TÍTULO III
DO DOMICÍLIO
Art. 70. O domicílio da pessoa 
natural é o lugar onde ela 
estabelece a sua residência 
com ânimo definitivo.
Art. 71. Se, porém, a 
pessoa natural tiver 
diversas residências, onde, 
alternadamente, viva, 
considerar-se-á domicílio seu 
qualquer delas.
Art. 72. É também domicílio 
da pessoa natural, quanto 
às relações concernentes à 
profissão, o lugar onde esta é 
exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa 
exercitar profissão em 
lugares diversos, cada um 
deles constituirá domicílio 
para as relações que lhe 
corresponderem.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio 
da pessoa natural, que não 
tenha residência habitual, o 
lugar onde for encontrada.
Art. 74. Muda-se o domicílio, 
transferindo a residência, com 
a intenção manifesta de o 
mudar.
Parágrafo único. A prova 
da intenção resultará do 
que declarar a pessoa às 
municipalidades dos lugares, 
que deixa, e para onde vai, 
ou, se tais declarações não 
fizer, da própria mudança, 
com as circunstâncias que a 
acompanharem.
Art. 75. Quanto às pessoas 
jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as 
respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde 
funcione a administração 
municipal;
IV - das demais pessoas 
jurídicas, o lugar onde 
funcionarem as respectivas 
diretorias e administrações, 
ou onde elegerem domicílio 
especial no seu estatuto ou 
atos constitutivos.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica 
diversos estabelecimentos 
em lugares diferentes, cada 
um deles será considerado 
domicílio para os atos nele 
praticados.
§ 2º Se a administração, ou 
diretoria, tiver a sede no 
estrangeiro, haver-se-á por 
domicílio da pessoa jurídica, 
no tocante às obrigações 
contraídas por cada uma 
das suas agências, o lugar 
do estabelecimento, sito no 
Brasil, a que ela corresponder.
Art. 76. Têm domicílio 
necessário o incapaz, o servidor 
público, o militar, o marítimo e 
o preso.
Parágrafo único. O domicílio 
do incapaz é o do seu 
representante ou assistente; o 
do servidor público, o lugar em 
que exercer permanentemente 
suas funções; o do militar, onde 
servir, e, sendo da Marinha 
ou da Aeronáutica, a sede do 
comando a que se encontrar 
imediatamente subordinado; 
o do marítimo, onde o navio 
estiver matriculado; e o do 
preso, o lugar em que cumprir 
a sentença.
Art. 77. O agente diplomático 
do Brasil, que, citado 
no estrangeiro, alegar 
extraterritorialidade sem 
designar onde tem, no país, 
o seu domicílio, poderá 
ser demandado no Distrito 
Federal ou no último ponto 
do território brasileiro onde o 
teve.
Art. 78. Nos contratos escritos, 
poderão os contratantes 
especificar domicílio onde 
se exercitem e cumpram os 
direitos e obrigações deles 
resultantes.
LIVRO II
DOS BENS
TÍTULO ÚNICO
DAS DIFERENTES CLASSES 
DE BENS
CAPÍTULO I
DOS BENS CONSIDERADOS 
EM SI MESMOS
Seção I – Dos Bens Imóveis
Art. 79. São bens imóveis o solo 
e tudo quanto se lhe incorporar 
natural ou artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis 
para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre 
imóveis e as ações que os 
asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter 
de imóveis:
I - as edificações que, separadas 
do solo, mas conservando a 
sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II - os materiais provisoriamente 
separados de um prédio, para 
DIREITO CIVIL • 4
99
VADE MECUM – TJMT 2024
nele se reempregarem.
Seção II – Dos Bens Móveis
Art. 82. São móveis os bens 
suscetíveis de movimento 
próprio, ou de remoção por 
força alheia, sem alteração da 
substância ou da destinação 
econômico-social.
Art. 83. Consideram-se móveis 
para os efeitos legais:
I - as energias que tenham 
valor econômico;
II - os direitosreais sobre 
objetos móveis e as ações 
correspondentes;
III - os direitos pessoais 
de caráter patrimonial e 
respectivas ações.
Art. 84. Os materiais destinados 
a alguma construção, enquanto 
não forem empregados, 
conservam sua qualidade 
de móveis; readquirem essa 
qualidade os provenientes da 
demolição de algum prédio.
Seção III – Dos Bens Fungíveis 
e Consumíveis
Art. 85. São fungíveis os móveis 
que podem substituir-se por 
outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade.
Art. 86. São consumíveis os 
bens móveis cujo uso importa 
destruição imediata da própria 
substância, sendo também 
considerados tais os destinados 
à alienação.
Seção IV – Dos Bens Divisíveis
Art. 87. Bens divisíveis são os 
que se podem fracionar sem 
alteração na sua substância, 
diminuição considerável de 
valor, ou prejuízo do uso a que 
se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente 
divisíveis podem tornar-se 
indivisíveis por determinação 
da lei ou por vontade das 
partes.
Seção V – Dos Bens Singulares 
e Coletivos
Art. 89. São singulares os 
bens que, embora reunidos, 
se consideram de per si , 
independentemente dos 
demais.
Art. 90. Constitui universalidade 
de fato a pluralidade de bens 
singulares que, pertinentes 
à mesma pessoa, tenham 
destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que 
formam essa universalidade 
podem ser objeto de relações 
jurídicas próprias.
Art. 91. Constitui 
universalidade de direito o 
complexo de relações jurídicas, 
de uma pessoa, dotadas de 
valor econômico.
CAPÍTULO II
DOS BENS 
RECIPROCAMENTE 
CONSIDERADOS
Art. 92. Principal é o bem que 
existe sobre si, abstrata ou 
concretamente; acessório, 
aquele cuja existência supõe a 
do principal.
Art. 93. São pertenças os bens 
que, não constituindo partes 
integrantes, se destinam, de 
modo duradouro, ao uso, ao 
serviço ou ao aformoseamento 
de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos 
que dizem respeito ao bem 
principal não abrangem 
as pertenças, salvo se o 
contrário resultar da lei, da 
manifestação de vontade, ou 
das circunstâncias do caso.
Art. 95. Apesar de ainda não 
separados do bem principal, os 
frutos e produtos podem ser 
objeto de negócio jurídico.
Art. 96. As benfeitorias podem 
ser voluptuárias, úteis ou 
necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de 
mero deleite ou recreio, que 
não aumentam o uso habitual 
do bem, ainda que o tornem 
mais agradável ou sejam de 
elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam 
ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que 
têm por fim conservar o bem 
ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram 
benfeitorias os melhoramentos 
ou acréscimos sobrevindos 
ao bem sem a intervenção 
do proprietário, possuidor ou 
detentor.
CAPÍTULO III
DOS BENS PÚBLICOS
Art. 98. São públicos os bens do 
domínio nacional pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros 
são particulares, seja qual for a 
pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, 
tais como rios, mares, estradas, 
ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como 
edifícios ou terrenos destinados 
a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, 
DIREITO CIVIL • 4
100
VADE MECUM – TJMT 2024
estadual, territorial ou 
municipal, inclusive os de suas 
autarquias;
III - os dominicais, que 
constituem o patrimônio das 
pessoas jurídicas de direito 
público, como objeto de direito 
pessoal, ou real, de cada uma 
dessas entidades.
Parágrafo único. Não 
dispondo a lei em contrário, 
consideram-se dominicais os 
bens pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público a 
que se tenha dado estrutura 
de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de 
uso comum do povo e os de 
uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua 
qualificação, na forma que a lei 
determinar.
Art. 101. Os bens públicos 
dominicais podem ser 
alienados, observadas as 
exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não 
estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos 
bens públicos pode ser gratuito 
ou retribuído, conforme for 
estabelecido legalmente pela 
entidade a cuja administração 
pertencerem.
LIVRO III
DOS FATOS JURÍDICOS
CAPÍTULO II
DA REPRESENTAÇÃO
Art. 115. Os poderes de 
representação conferem-se 
por lei ou pelo interessado.
Art. 116. A manifestação de 
vontade pelo representante, 
nos limites de seus poderes, 
produz efeitos em relação ao 
representado.
Art. 117. Salvo se o permitir 
a lei ou o representado, é 
anulável o negócio jurídico 
que o representante, no seu 
interesse ou por conta de 
outrem, celebrar consigo 
mesmo.
Parágrafo único. Para esse 
efeito, tem-se como celebrado 
pelo representante o negócio 
realizado por aquele em quem 
os poderes houverem sido 
subestabelecidos.
Art. 118. O representante é 
obrigado a provar às pessoas, 
com quem tratar em nome do 
representado, a sua qualidade 
e a extensão de seus poderes, 
sob pena de, não o fazendo, 
responder pelos atos que a 
estes excederem.
Art. 119. É anulável o negócio 
concluído pelo representante 
em conflito de interesses com 
o representado, se tal fato era 
ou devia ser do conhecimento 
de quem com aquele tratou.
Parágrafo único. É de cento 
e oitenta dias, a contar da 
conclusão do negócio ou da 
cessação da incapacidade, 
o prazo de decadência para 
pleitear-se a anulação prevista 
neste artigo.
Art. 120. Os requisitos e os 
efeitos da representação 
legal são os estabelecidos 
nas normas respectivas; os 
da representação voluntária 
são os da Parte Especial deste 
Código.
CAPÍTULO IV
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO 
JURÍDICO
Seção I – Do Erro ou 
Ignorância
Art. 138. São anuláveis os 
negócios jurídicos, quando 
as declarações de vontade 
emanarem de erro substancial 
que poderia ser percebido por 
pessoa de diligência normal, 
em face das circunstâncias do 
negócio.
Art. 139. O erro é substancial 
quando:
I - interessa à natureza do 
negócio, ao objeto principal da 
declaração, ou a alguma das 
qualidades a ele essenciais;
II - concerne à identidade ou à 
qualidade essencial da pessoa 
a quem se refira a declaração 
de vontade, desde que tenha 
influído nesta de modo 
relevante;
III - sendo de direito e não 
implicando recusa à aplicação 
da lei, for o motivo único ou 
principal do negócio jurídico.
Art. 140. O falso motivo só 
vicia a declaração de vontade 
quando expresso como razão 
determinante.
Art. 141. A transmissão 
errônea da vontade por meios 
interpostos é anulável nos 
mesmos casos em que o é a 
declaração direta.
Art. 142. O erro de indicação 
da pessoa ou da coisa, a que 
se referir a declaração de 
vontade, não viciará o negócio 
quando, por seu contexto e 
pelas circunstâncias, se puder 
identificar a coisa ou pessoa 
cogitada.
Art. 143. O erro de cálculo 
apenas autoriza a retificação 
da declaração de vontade.
Art. 144. O erro não prejudica 
a validade do negócio jurídico 
DIREITO CIVIL • 4
101
VADE MECUM – TJMT 2024
quando a pessoa, a quem 
a manifestação de vontade 
se dirige, se oferecer para 
executá-la na conformidade da 
vontade real do manifestante.
Seção II – Do Dolo
Art. 145. São os negócios 
jurídicos anuláveis por dolo, 
quando este for a sua causa.
Art. 146. O dolo acidental só 
obriga à satisfação das perdas 
e danos, e é acidental quando, 
a seu despeito, o negócio seria 
realizado, embora por outro 
modo.
Art. 147. Nos negócios jurídicos 
bilaterais, o silêncio intencional 
de uma das partes a respeito de 
fato ou qualidade que a outra 
parte haja ignorado, constitui 
omissão dolosa, provando-se 
que sem ela o negócio não se 
teria celebrado.
Art. 148. Pode também ser 
anulado o negócio jurídico por 
dolo de terceiro, se a parte a 
quem aproveite dele tivesse 
ou devesse ter conhecimento; 
em caso contrário, ainda que 
subsista o negócio jurídico, o 
terceiro responderá por todas 
as perdas e danos da parte a 
quem ludibriou.
Art. 149. O dolo do 
representante legal de uma das 
partes só obriga o representado 
a responder civilmente até a 
importância do proveito queteve; se, porém, o dolo for do 
representante convencional, 
o representado responderá 
solidariamente com ele por 
perdas e danos.
Art. 150. Se ambas as partes 
procederem com dolo, 
nenhuma pode alegá-lo para 
anular o negócio, ou reclamar 
indenização.
Seção III – Da Coação
Art. 151. A coação, para viciar 
a declaração da vontade, há de 
ser tal que incuta ao paciente 
fundado temor de dano 
iminente e considerável à sua 
pessoa, à sua família, ou aos 
seus bens.
Parágrafo único. Se disser 
respeito a pessoa não 
pertencente à família do 
paciente, o juiz, com base nas 
circunstâncias, decidirá se 
houve coação.
Art. 152. No apreciar a coação, 
ter-se-ão em conta o sexo, a 
idade, a condição, a saúde, o 
temperamento do paciente e 
todas as demais circunstâncias 
que possam influir na gravidade 
dela.
Art. 153. Não se considera 
coação a ameaça do exercício 
normal de um direito, nem o 
simples temor reverencial.
Art. 154. Vicia o negócio 
jurídico a coação exercida por 
terceiro, se dela tivesse ou 
devesse ter conhecimento a 
parte a que aproveite, e esta 
responderá solidariamente 
com aquele por perdas e 
danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio 
jurídico, se a coação decorrer 
de terceiro, sem que a parte a 
que aproveite dela tivesse ou 
devesse ter conhecimento; mas 
o autor da coação responderá 
por todas as perdas e danos 
que houver causado ao coacto.
Seção IV – Do Estado de 
Perigo
Art. 156. Configura-se o estado 
de perigo quando alguém, 
premido da necessidade 
de salvar-se, ou a pessoa 
de sua família, de grave 
dano conhecido pela outra 
parte, assume obrigação 
excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se 
de pessoa não pertencente 
à família do declarante, o 
juiz decidirá segundo as 
circunstâncias.
Seção V – Da Lesão
Art. 157. Ocorre a lesão 
quando uma pessoa, sob 
premente necessidade, ou 
por inexperiência, se obriga 
a prestação manifestamente 
desproporcional ao valor da 
prestação oposta.
§ 1º Aprecia-se a desproporção 
das prestações segundo os 
valores vigentes ao tempo em 
que foi celebrado o negócio 
jurídico.
§ 2º Não se decretará a 
anulação do negócio, se 
for oferecido suplemento 
suficiente, ou se a parte 
favorecida concordar com a 
redução do proveito.
Seção VI – Da Fraude Contra 
Credores
Art. 158. Os negócios de 
transmissão gratuita de 
bens ou remissão de dívida, 
se os praticar o devedor já 
insolvente, ou por eles reduzido 
à insolvência, ainda quando o 
ignore, poderão ser anulados 
pelos credores quirografários, 
como lesivos dos seus direitos.
§ 1º Igual direito assiste aos 
credores cuja garantia se 
tornar insuficiente.
§ 2º Só os credores que já o 
eram ao tempo daqueles atos 
podem pleitear a anulação 
deles.
DIREITO CIVIL • 4
102
VADE MECUM – TJMT 2024
Art. 159. Serão igualmente 
anuláveis os contratos onerosos 
do devedor insolvente, 
quando a insolvência for 
notória, ou houver motivo 
para ser conhecida do outro 
contratante.
CAPÍTULO V
DA INVALIDADE DO 
NEGÓCIO JURÍDICO
Art. 166. É nulo o negócio 
jurídico quando:
I - celebrado por pessoa 
absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou 
indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, 
comum a ambas as partes, for 
ilícito;
IV - não revestir a forma 
prescrita em lei;
V - for preterida alguma 
solenidade que a lei considere 
essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar 
lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o 
declarar nulo, ou proibir-lhe a 
prática, sem cominar sanção.
Art. 167. É nulo o negócio 
jurídico simulado, mas 
subsistirá o que se dissimulou, 
se válido for na substância e na 
forma.
§ 1º Haverá simulação nos 
negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou 
transmitir direitos a pessoas 
diversas daquelas às quais 
realmente se conferem, ou 
transmitem;
II - contiverem declaração, 
confissão, condição ou cláusula 
não verdadeira;
III - os instrumentos particulares 
forem antedatados, ou pós-
datados.
§ 2º Ressalvam-se os direitos 
de terceiros de boa-fé em face 
dos contraentes do negócio 
jurídico simulado.
Art. 168. As nulidades dos 
artigos antecedentes podem 
ser alegadas por qualquer 
interessado, ou pelo Ministério 
Público, quando lhe couber 
intervir.
Parágrafo único. As nulidades 
devem ser pronunciadas pelo 
juiz, quando conhecer do 
negócio jurídico ou dos seus 
efeitos e as encontrar provadas, 
não lhe sendo permitido supri-
las, ainda que a requerimento 
das partes.
Art. 169. O negócio jurídico 
nulo não é suscetível de 
confirmação, nem convalesce 
pelo decurso do tempo.
Art. 170. Se, porém, o negócio 
jurídico nulo contiver os 
requisitos de outro, subsistirá 
este quando o fim a que 
visavam as partes permitir 
supor que o teriam querido, 
se houvessem previsto a 
nulidade.
Art. 171. Além dos casos 
expressamente declarados 
na lei, é anulável o negócio 
jurídico:
I - por incapacidade relativa do 
agente;
II - por vício resultante de 
erro, dolo, coação, estado de 
perigo, lesão ou fraude contra 
credores.
Art. 172. O negócio anulável 
pode ser confirmado pelas 
partes, salvo direito de terceiro.
Art. 173. O ato de confirmação 
deve conter a substância do 
negócio celebrado e a vontade 
expressa de mantê-lo.
Art. 174. É escusada a 
confirmação expressa, quando 
o negócio já foi cumprido em 
parte pelo devedor, ciente do 
vício que o inquinava.
Art. 175. A confirmação 
expressa, ou a execução 
voluntária de negócio anulável, 
nos termos dos arts. 172 a 
174, importa a extinção de 
todas as ações, ou exceções, 
de que contra ele dispusesse o 
devedor.
Art. 176. Quando a 
anulabilidade do ato resultar 
da falta de autorização de 
terceiro, será validado se este 
a der posteriormente.
Art. 177. A anulabilidade 
não tem efeito antes de 
julgada por sentença, nem 
se pronuncia de ofício; só os 
interessados a podem alegar, 
e aproveita exclusivamente 
aos que a alegarem, salvo 
o caso de solidariedade ou 
indivisibilidade.
Art. 178. É de quatro anos 
o prazo de decadência para 
pleitear-se a anulação do 
negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia 
em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude 
contra credores, estado de 
perigo ou lesão, do dia em que 
se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, 
do dia em que cessar a 
incapacidade.
DIREITO CIVIL • 4
103
VADE MECUM – TJMT 2024
Art. 179. Quando a lei dispuser 
que determinado ato é 
anulável, sem estabelecer 
prazo para pleitear-se a 
anulação, será este de dois 
anos, a contar da data da 
conclusão do ato.
Art. 180. O menor, entre 
dezesseis e dezoito anos, não 
pode, para eximir-se de uma 
obrigação, invocar a sua idade 
se dolosamente a ocultou 
quando inquirido pela outra 
parte, ou se, no ato de obrigar-
se, declarou-se maior.
Art. 181. Ninguém pode 
reclamar o que, por uma 
obrigação anulada, pagou a 
um incapaz, se não provar que 
reverteu em proveito dele a 
importância paga.
Art. 182. Anulado o negócio 
jurídico, restituir-se-ão as 
partes ao estado em que antes 
dele se achavam, e, não sendo 
possível restituí-las, serão 
indenizadas com o equivalente.
Art. 183. A invalidade do 
instrumento não induz a do 
negócio jurídico sempre que 
este puder provar-se por outro 
meio.
Art. 184. Respeitada a intenção 
das partes, a invalidade parcial 
de um negócio jurídico não o 
prejudicará na parte válida, se 
esta for separável; a invalidade 
da obrigação principal implica 
a das obrigações acessórias, 
mas a destas não induz a da 
obrigação principal.
TÍTULO II
DOS ATOS JURÍDICOS 
LÍCITOS
Art. 185. Aos atos jurídicos 
lícitos, que não sejam negócios 
jurídicos, aplicam-se, no que 
couber, as disposições do 
Título anterior.
TÍTULO III
DOS ATOS ILÍCITOS
Art. 186. Aquele que, por 
ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, 
violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete 
ato ilícito.
Art. 187. Também comete 
ato ilícito o titular de um 
direito que, ao exercê-lo, 
excede manifestamente os 
limites impostos peloseu fim 
econômico ou social, pela boa-
fé ou pelos bons costumes.
Art. 188. Não constituem atos 
ilícitos:
I - os praticados em legítima 
defesa ou no exercício regular 
de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição 
da coisa alheia, ou a lesão 
a pessoa, a fim de remover 
perigo iminente.
Parágrafo único. No caso 
do inciso II, o ato será 
legítimo somente quando as 
circunstâncias o tornarem 
absolutamente necessário, 
não excedendo os limites do 
indispensável para a remoção 
do perigo.
TÍTULO IV
DA PRESCRIÇÃO E DA 
DECADÊNCIA
CAPÍTULO I
DA PRESCRIÇÃO
Seção I – Disposições Gerais
Art. 189. Violado o direito, 
nasce para o titular a 
pretensão, a qual se extingue, 
pela prescrição, nos prazos a 
que aludem os arts. 205 e 206.
Art. 190. A exceção prescreve 
no mesmo prazo em que a 
pretensão.
Art. 191. A renúncia da 
prescrição pode ser expressa 
ou tácita, e só valerá, sendo 
feita, sem prejuízo de terceiro, 
depois que a prescrição se 
consumar; tácita é a renúncia 
quando se presume de fatos 
do interessado, incompatíveis 
com a prescrição.
Art. 192. Os prazos de 
prescrição não podem ser 
alterados por acordo das 
partes.
Art. 193. A prescrição pode ser 
alegada em qualquer grau de 
jurisdição, pela parte a quem 
aproveita.
Art. 195. Os relativamente 
incapazes e as pessoas jurídicas 
têm ação contra os seus 
assistentes ou representantes 
legais, que derem causa à 
prescrição, ou não a alegarem 
oportunamente.
Art. 196. A prescrição iniciada 
contra uma pessoa continua a 
correr contra o seu sucessor.
Seção II – Das Causas que 
Impedem ou Suspendem a 
Prescrição
Art. 197. Não corre a 
prescrição:
I - entre os cônjuges, na 
constância da sociedade 
conjugal;
II - entre ascendentes e 
descendentes, durante o poder 
familiar;
III - entre tutelados ou 
curatelados e seus tutores ou 
DIREITO CIVIL • 4
104
VADE MECUM – TJMT 2024
curadores, durante a tutela ou 
curatela.
Art. 198. Também não corre a 
prescrição:
I - contra os incapazes de que 
trata o art. 3º ;
II - contra os ausentes do País 
em serviço público da União, 
dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem 
servindo nas Forças Armadas, 
em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente 
a prescrição:
I - pendendo condição 
suspensiva;
II - não estando vencido o 
prazo;
III - pendendo ação de evicção.
Art. 200. Quando a ação se 
originar de fato que deva ser 
apurado no juízo criminal, não 
correrá a prescrição antes da 
respectiva sentença definitiva.
Art. 201. Suspensa a prescrição 
em favor de um dos credores 
solidários, só aproveitam 
os outros se a obrigação for 
indivisível.
Causas que Interrompem a 
Prescrição
TÍTULO V
DA PROVA
Art. 212. Salvo o negócio a que 
se impõe forma especial, o 
fato jurídico pode ser provado 
mediante:
I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia.
Art. 213. Não tem eficácia a 
confissão se provém de quem 
não é capaz de dispor do 
direito a que se referem os 
fatos confessados.
Parágrafo único. Se 
feita a confissão por um 
representante, somente é 
eficaz nos limites em que este 
pode vincular o representado.
Art. 214. A confissão é 
irrevogável, mas pode ser 
anulada se decorreu de erro de 
fato ou de coação.
Art. 215. A escritura pública, 
lavrada em notas de tabelião, 
é documento dotado de fé 
pública, fazendo prova plena.
§ 1º Salvo quando exigidos por 
lei outros requisitos, a escritura 
pública deve conter:
I - data e local de sua realização;
II - reconhecimento da 
identidade e capacidade das 
partes e de quantos hajam 
comparecido ao ato, por 
si, como representantes, 
intervenientes ou 
testemunhas;
III - nome, nacionalidade, 
estado civil, profissão, domicílio 
e residência das partes e 
demais comparecentes, 
com a indicação, quando 
necessário, do regime de bens 
do casamento, nome do outro 
cônjuge e filiação;
IV - manifestação clara da 
vontade das partes e dos 
intervenientes;
V - referência ao cumprimento 
das exigências legais e fiscais 
inerentes à legitimidade do 
ato;
VI - declaração de ter sido 
lida na presença das partes e 
demais comparecentes, ou de 
que todos a leram;
VII - assinatura das partes e 
dos demais comparecentes, 
bem como a do tabelião ou seu 
substituto legal, encerrando o 
ato.
§ 2º Se algum comparecente 
não puder ou não souber 
escrever, outra pessoa capaz 
assinará por ele, a seu rogo.
§ 3º A escritura será redigida 
na língua nacional.
§ 4º Se qualquer dos 
comparecentes não souber a 
língua nacional e o tabelião 
não entender o idioma em 
que se expressa, deverá 
comparecer tradutor público 
para servir de intérprete, ou, 
não o havendo na localidade, 
outra pessoa capaz que, a juízo 
do tabelião, tenha idoneidade 
e conhecimento bastantes.
§ 5º Se algum dos 
comparecentes não for 
conhecido do tabelião, nem 
puder identificar-se por 
documento, deverão participar 
do ato pelo menos duas 
testemunhas que o conheçam 
e atestem sua identidade.
CAPÍTULO X
DO MANDATO
Seção I – Disposições Gerais
Art. 653. Opera-se o mandato 
quando alguém recebe de 
outrem poderes para, em 
seu nome, praticar atos ou 
administrar interesses. A 
procuração é o instrumento do 
mandato.
DIREITO CIVIL • 4
105
VADE MECUM – TJMT 2024
Art. 654. Todas as pessoas 
capazes são aptas para 
dar procuração mediante 
instrumento particular, que 
valerá desde que tenha a 
assinatura do outorgante.
§ 1º O instrumento particular 
deve conter a indicação do 
lugar onde foi passado, a 
qualificação do outorgante 
e do outorgado, a data e o 
objetivo da outorga com a 
designação e a extensão dos 
poderes conferidos.
§ 2º O terceiro com quem 
o mandatário tratar poderá 
exigir que a procuração traga a 
firma reconhecida.
Art. 655. Ainda quando 
se outorgue mandato por 
instrumento público, pode 
substabelecer-se mediante 
instrumento particular.
Art. 656. O mandato pode ser 
expresso ou tácito, verbal ou 
escrito.
Art. 657. A outorga do mandato 
está sujeita à forma exigida por 
lei para o ato a ser praticado. 
Não se admite mandato 
verbal quando o ato deva ser 
celebrado por escrito.
Art. 658. O mandato presume-
se gratuito quando não houver 
sido estipulada retribuição, 
exceto se o seu objeto 
corresponder ao daqueles que 
o mandatário trata por ofício 
ou profissão lucrativa.
Parágrafo único. Se o mandato 
for oneroso, caberá ao 
mandatário a retribuição 
prevista em lei ou no contrato. 
Sendo estes omissos, será ela 
determinada pelos usos do 
lugar, ou, na falta destes, por 
arbitramento.
Art. 659. A aceitação do 
mandato pode ser tácita, 
e resulta do começo de 
execução.
Art. 660. O mandato pode ser 
especial a um ou mais negócios 
determinadamente, ou geral a 
todos os do mandante.
Art. 661. O mandato em termos 
gerais só confere poderes de 
administração.
§ 1º Para alienar, hipotecar, 
transigir, ou praticar outros 
quaisquer atos que exorbitem 
da administração ordinária, 
depende a procuração de 
poderes especiais e expressos.
§ 2º O poder de transigir 
não importa o de firmar 
compromisso.
Art. 662. Os atos praticados 
por quem não tenha mandato, 
ou o tenha sem poderes 
suficientes, são ineficazes em 
relação àquele em cujo nome 
foram praticados, salvo se este 
os ratificar.
Parágrafo único. A ratificação 
há de ser expressa, ou resultar 
de ato inequívoco, e retroagirá 
à data do ato.
Art. 663. Sempre que o 
mandatário estipular negócios 
expressamente em nome do 
mandante, será este o único 
responsável; ficará, porém, 
o mandatário pessoalmente 
obrigado, se agir no seu próprio 
nome, ainda que o negócio 
seja de conta do mandante.
Art. 664. O mandatário tem o 
direito de reter, do objeto da 
operação que lhe foi cometida, 
quanto baste para pagamento 
de tudo que lhe for devido em 
conseqüência do mandato.
Art. 665. O mandatário 
que exceder os poderes do 
mandato, ou proceder contra 
eles, será considerado mero 
gestor de negócios, enquanto 
o mandante lhe não ratificar os 
atos.
Art. 666. O maior de dezesseis 
e menor dedezoito anos 
não emancipado pode ser 
mandatário, mas o mandante 
não tem ação contra ele senão 
de conformidade com as regras 
gerais, aplicáveis às obrigações 
contraídas por menores.
CAPÍTULO III
DOS PREPOSTOS
Seção I – Disposições Gerais
Art. 1.169. O preposto não 
pode, sem autorização 
escrita, fazer-se substituir no 
desempenho da preposição, 
sob pena de responder 
pessoalmente pelos atos do 
substituto e pelas obrigações 
por ele contraídas.
Art. 1.170. O preposto, salvo 
autorização expressa, não pode 
negociar por conta própria ou 
de terceiro, nem participar, 
embora indiretamente, de 
operação do mesmo gênero 
da que lhe foi cometida, sob 
pena de responder por perdas 
e danos e de serem retidos 
pelo preponente os lucros da 
operação.
Art. 1.171. Considera-se 
perfeita a entrega de papéis, 
bens ou valores ao preposto, 
encarregado pelo preponente, 
se os recebeu sem protesto, 
salvo nos casos em que haja 
prazo para reclamação.
Seção II – Do Gerente
Art. 1.172. Considera-
se gerente o preposto 
DIREITO CIVIL • 4
106
VADE MECUM – TJMT 2024
permanente no exercício da 
empresa, na sede desta, ou em 
sucursal, filial ou agência.
Art. 1.173. Quando a lei não 
exigir poderes especiais, 
considera-se o gerente 
autorizado a praticar todos os 
atos necessários ao exercício 
dos poderes que lhe foram 
outorgados.
Parágrafo único. Na falta 
de estipulação diversa, 
consideram-se solidários os 
poderes conferidos a dois ou 
mais gerentes.
LIVRO III
DO DIREITO DAS COISAS
TÍTULO I
DA POSSE
CAPÍTULO I
DA POSSE E SUA 
CLASSIFICAÇÃO
Art. 1.196. Considera-se 
possuidor todo aquele que 
tem de fato o exercício, pleno 
ou não, de algum dos poderes 
inerentes à propriedade.
Art. 1.197. A posse direta, de 
pessoa que tem a coisa em 
seu poder, temporariamente, 
em virtude de direito pessoal, 
ou real, não anula a indireta, 
de quem aquela foi havida, 
podendo o possuidor direto 
defender a sua posse contra o 
indireto.
Art. 1.198. Considera-se 
detentor aquele que, achando-
se em relação de dependência 
para com outro, conserva a 
posse em nome deste e em 
cumprimento de ordens ou 
instruções suas.
Parágrafo único. Aquele que 
começou a comportar-se do 
modo como prescreve este 
artigo, em relação ao bem 
e à outra pessoa, presume-
se detentor, até que prove o 
contrário.
Art. 1.199. Se duas ou 
mais pessoas possuírem 
coisa indivisa, poderá cada 
uma exercer sobre ela atos 
possessórios, contanto que 
não excluam os dos outros 
compossuidores.
Art. 1.200. É justa a posse que 
não for violenta, clandestina 
ou precária.
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, 
se o possuidor ignora o vício, 
ou o obstáculo que impede a 
aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor 
com justo título tem por si a 
presunção de boa-fé, salvo 
prova em contrário, ou quando 
a lei expressamente não 
admite esta presunção.
Art. 1.202. A posse de boa-fé 
só perde este caráter no caso 
e desde o momento em que as 
circunstâncias façam presumir 
que o possuidor não ignora 
que possui indevidamente.
Art. 1.203. Salvo prova em 
contrário, entende-se manter 
a posse o mesmo caráter com 
que foi adquirida.
CAPÍTULO II
DO PENHOR
Seção I – Da Constituição do 
Penhor
Art. 1.431. Constitui-se o 
penhor pela transferência 
efetiva da posse que, em 
garantia do débito ao credor 
ou a quem o represente, faz o 
devedor, ou alguém por ele, de 
uma coisa móvel, suscetível de 
alienação.
Parágrafo único. No penhor 
rural, industrial, mercantil e de 
veículos, as coisas empenhadas 
continuam em poder do 
devedor, que as deve guardar e 
conservar.
Art. 1.432. O instrumento 
do penhor deverá ser levado 
a registro, por qualquer dos 
contratantes; o do penhor 
comum será registrado 
no Cartório de Títulos e 
Documentos.
Subseção II – Do Penhor 
Agrícola
Art. 1.442. Podem ser objeto 
de penhor:
I - máquinas e instrumentos de 
agricultura;
II - colheitas pendentes, ou em 
via de formação;
III - frutos acondicionados ou 
armazenados;
IV - lenha cortada e carvão 
vegetal;
V - animais do serviço ordinário 
de estabelecimento agrícola.
Subseção III – Do Penhor 
Pecuário
Art. 1.444. Podem ser objeto 
de penhor os animais que 
integram a atividade pastoril, 
agrícola ou de lacticínios.
Art. 1.445. O devedor não 
poderá alienar os animais 
empenhados sem prévio 
consentimento, por escrito, do 
credor.
Parágrafo único. Quando o 
devedor pretende alienar 
o gado empenhado ou, por 
negligência, ameace prejudicar 
o credor, poderá este requerer 
DIREITO CIVIL • 4
107
VADE MECUM – TJMT 2024
se depositem os animais sob 
a guarda de terceiro, ou exigir 
que se lhe pague a dívida de 
imediato.
Art. 1.446. Os animais da 
mesma espécie, comprados 
para substituir os mortos, 
ficam sub-rogados no penhor.
Parágrafo único. Presume-se 
a substituição prevista neste 
artigo, mas não terá eficácia 
contra terceiros, se não 
constar de menção adicional 
ao respectivo contrato, a qual 
deverá ser averbada.
Seção VI – Do Penhor 
Industrial e Mercantil
Art. 1.447. Podem ser objeto de 
penhor máquinas, aparelhos, 
materiais, instrumentos, 
instalados e em funcionamento, 
com os acessórios ou sem 
eles; animais, utilizados na 
indústria; sal e bens destinados 
à exploração das salinas; 
produtos de suinocultura, 
animais destinados à 
industrialização de carnes e 
derivados; matérias-primas e 
produtos industrializados.
Parágrafo único. Regula-se 
pelas disposições relativas aos 
armazéns gerais o penhor das 
mercadorias neles depositadas.
Art. 1.448. Constitui-se 
o penhor industrial, ou 
o mercantil, mediante 
instrumento público ou 
particular, registrado no 
Cartório de Registro de 
Imóveis da circunscrição onde 
estiverem situadas as coisas 
empenhadas.
Parágrafo único. Prometendo 
pagar em dinheiro a dívida, que 
garante com penhor industrial 
ou mercantil, o devedor poderá 
emitir, em favor do credor, 
cédula do respectivo crédito, 
na forma e para os fins que a 
lei especial determinar.
Art. 1.449. O devedor não 
pode, sem o consentimento 
por escrito do credor, alterar 
as coisas empenhadas ou 
mudar-lhes a situação, nem 
delas dispor. O devedor que, 
anuindo o credor, alienar as 
coisas empenhadas, deverá 
repor outros bens da mesma 
natureza, que ficarão sub-
rogados no penhor.
Art. 1.450. Tem o credor direito 
a verificar o estado das coisas 
empenhadas, inspecionando-
as onde se acharem, por si ou 
por pessoa que credenciar.
Seção VII – Do Penhor de 
Direitos e Títulos de Crédito
Art. 1.451. Podem ser objeto 
de penhor direitos, suscetíveis 
de cessão, sobre coisas móveis.
Seção VIII – Do Penhor de 
Veículos
Art. 1.461. Podem ser 
objeto de penhor os veículos 
empregados em qualquer 
espécie de transporte ou 
condução.
Seção IX – Do Penhor Legal
Art. 1.467. São 
credores pignoratícios, 
independentemente de 
convenção:
I - os hospedeiros, ou 
fornecedores de pousada ou 
alimento, sobre as bagagens, 
móveis, jóias ou dinheiro 
que os seus consumidores 
ou fregueses tiverem consigo 
nas respectivas casas ou 
estabelecimentos, pelas 
despesas ou consumo que aí 
tiverem feito;
II - o dono do prédio rústico ou 
urbano, sobre os bens móveis 
que o rendeiro ou inquilino 
tiver guarnecendo o mesmo 
prédio, pelos aluguéis ou 
rendas.
Art. 1.472. Pode o locatário 
impedir a constituição do 
penhor mediante caução 
idônea.
TÍTULO IV
Da Tutela, da Curatela e da 
Tomada de Decisão Apoiada
(Redação dada pela Lei nº 
13.146, de 2015)
CAPÍTULO I
DA TUTELA
Seção I – Dos Tutores
Art. 1.728. Os filhos menores 
são postos em tutela:
I - com o falecimento dos 
pais, ou sendo estes julgados 
ausentes;
II - em caso de os pais decaírem 
do poder familiar.
CAPÍTULO II
DA CURATELA
Seção I – Dos Interditos
Art. 1.767. Estão sujeitos a 
curatela:
I - aqueles que, por causa 
transitória ou permanente, 
não puderem exprimir sua 
vontade; (Redação dada 
pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência)
III - os ébrios habituais e os 
viciados em tóxico; (Redação 
dada pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência)
V - os pródigos.DIREITO CIVIL • 4
108
VADE MECUM – TJMT 2024
Art. 1.774. Aplicam-se à 
curatela as disposições 
concernentes à tutela, com 
as modificações dos artigos 
seguintes.
Art. 1.775. O cônjuge ou 
companheiro, não separado 
judicialmente ou de fato, é, 
de direito, curador do outro, 
quando interdito.
§1º Na falta do cônjuge ou 
companheiro, é curador 
legítimo o pai ou a mãe; na 
falta destes, o descendente 
que se demonstrar mais apto.
§ 2º Entre os descendentes, os 
mais próximos precedem aos 
mais remotos.
§ 3º Na falta das pessoas 
mencionadas neste artigo, 
compete ao juiz a escolha do 
curador.
Art. 1.775-A. Na nomeação 
de curador para a pessoa 
com deficiência, o juiz 
poderá estabelecer curatela 
compartilhada a mais de uma 
pessoa. (Incluído pela Lei nº 
13.146, de 2015) (Vigência)
Art. 1.777. As pessoas 
referidas no inciso I do art. 
1.767 receberão todo o apoio 
necessário para ter preservado 
o direito à convivência familiar 
e comunitária, sendo evitado 
o seu recolhimento em 
estabelecimento que os afaste 
desse convívio. (Redação dada 
pela Lei nº 13.146, de 2015) 
(Vigência)
Art. 1.778. A autoridade do 
curador estende-se à pessoa 
e aos bens dos filhos do 
curatelado, observado o art. 
5º .
CAPÍTULO III
DO PAGAMENTO DAS 
DÍVIDAS
Art. 1.997. A herança responde 
pelo pagamento das dívidas do 
falecido; mas, feita a partilha, 
só respondem os herdeiros, 
cada qual em proporção da 
parte que na herança lhe 
coube.
§ 1º Quando, antes da partilha, 
for requerido no inventário 
o pagamento de dívidas 
constantes de documentos, 
revestidos de formalidades 
legais, constituindo prova 
bastante da obrigação, e 
houver impugnação, que 
não se funde na alegação de 
pagamento, acompanhada de 
prova valiosa, o juiz mandará 
reservar, em poder do 
inventariante, bens suficientes 
para solução do débito, 
sobre os quais venha a recair 
oportunamente a execução.
§ 2º No caso previsto no 
parágrafo antecedente, o 
credor será obrigado a iniciar 
a ação de cobrança no prazo 
de trinta dias, sob pena de 
se tornar de nenhum efeito a 
providência indicada.
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
DIREITO PROCESSUAL CIVIL • 5
110
VADE MECUM – TJMT 2024
Código de Processo Civil.
A PRESIDENTA DA 
REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte Lei:
PARTE GERAL
LIVRO I
DAS NORMAS PROCESSUAIS 
CIVIS
TÍTULO ÚNICO
DAS NORMAS 
FUNDAMENTAIS E DA 
APLICAÇÃO DAS NORMAS 
PROCESSUAIS
CAPÍTULO I
DAS NORMAS 
FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL
Art. 1º O processo civil será 
ordenado, disciplinado e 
interpretado conforme 
os valores e as normas 
fundamentais estabelecidos 
na Constituição da República 
Federativa do Brasil , 
observando-se as disposições 
deste Código.
Art. 2º O processo começa 
por iniciativa da parte e se 
desenvolve por impulso oficial, 
salvo as exceções previstas em 
lei.
Art. 3º Não se excluirá da 
apreciação jurisdicional 
ameaça ou lesão a direito.
§ 1º É permitida a arbitragem, 
na forma da lei.
§ 2º O Estado promoverá, 
sempre que possível, a solução 
consensual dos conflitos.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 20151
§ 3º A conciliação, a mediação 
e outros métodos de solução 
consensual de conflitos 
deverão ser estimulados por 
juízes, advogados, defensores 
públicos e membros do 
Ministério Público, inclusive no 
curso do processo judicial.
Art. 4º As partes têm o direito 
de obter em prazo razoável 
a solução integral do mérito, 
incluída a atividade satisfativa.
Art. 5º Aquele que de qualquer 
forma participa do processo 
deve comportar-se de acordo 
com a boa-fé.
Art. 6º Todos os sujeitos do 
processo devem cooperar 
entre si para que se obtenha, 
em tempo razoável, decisão de 
mérito justa e efetiva.
Art. 7º É assegurada às partes 
paridade de tratamento em 
relação ao exercício de direitos 
e faculdades processuais, aos 
meios de defesa, aos ônus, 
aos deveres e à aplicação 
de sanções processuais, 
competindo ao juiz zelar pelo 
efetivo contraditório.
Art. 8º Ao aplicar o 
ordenamento jurídico, o juiz 
atenderá aos fins sociais 
e às exigências do bem 
comum, resguardando e 
promovendo a dignidade da 
pessoa humana e observando 
a proporcionalidade, a 
razoabilidade, a legalidade, a 
publicidade e a eficiência.
Art. 9º Não se proferirá decisão 
contra uma das partes sem que 
ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto 
no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de 
urgência;
II - às hipóteses de tutela da 
evidência previstas no art. 311, 
incisos II e III ;
III - à decisão prevista no art. 
701 .
Art. 10. O juiz não pode decidir, 
em grau algum de jurisdição, 
com base em fundamento a 
respeito do qual não se tenha 
dado às partes oportunidade 
de se manifestar, ainda que se 
trate de matéria sobre a qual 
deva decidir de ofício.
Art. 11. Todos os julgamentos 
dos órgãos do Poder 
Judiciário serão públicos, 
e fundamentadas todas as 
decisões, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de 
segredo de justiça, pode ser 
autorizada a presença somente 
das partes, de seus advogados, 
de defensores públicos ou do 
Ministério Público.
CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS 
PROCESSUAIS
Art. 13. A jurisdição civil 
será regida pelas normas 
processuais brasileiras, 
ressalvadas as disposições 
específicas previstas em 
tratados, convenções ou 
acordos internacionais de que 
o Brasil seja parte.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL • 5
111
VADE MECUM – TJMT 2024
Art. 14. A norma processual 
não retroagirá e será aplicável 
imediatamente aos processos 
em curso, respeitados os 
atos processuais praticados 
e as situações jurídicas 
consolidadas sob a vigência da 
norma revogada.
Art. 15. Na ausência de 
normas que regulem processos 
eleitorais, trabalhistas 
ou administrativos, as 
disposições deste Código lhes 
serão aplicadas supletiva e 
subsidiariamente.
LIVRO II
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
TÍTULO I
DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO
Art. 16. A jurisdição civil é 
exercida pelos juízes e pelos 
tribunais em todo o território 
nacional, conforme as 
disposições deste Código.
Art. 17. Para postular em juízo 
é necessário ter interesse e 
legitimidade.
Art. 18. Ninguém poderá 
pleitear direito alheio em 
nome próprio, salvo quando 
autorizado pelo ordenamento 
jurídico.
Parágrafo único. Havendo 
substituição processual, o 
substituído poderá intervir 
como assistente litisconsorcial.
TÍTULO II
DOS LIMITES DA 
JURISDIÇÃO NACIONAL 
E DA COOPERAÇÃO 
INTERNACIONAL
CAPÍTULO I
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO 
NACIONAL
Art. 21. Compete à autoridade 
judiciária brasileira processar e 
julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja 
a sua nacionalidade, estiver 
domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser 
cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato 
ocorrido ou ato praticado no 
Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do 
disposto no inciso I, considera-
se domiciliada no Brasil a 
pessoa jurídica estrangeira 
que nele tiver agência, filial ou 
sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à 
autoridade judiciária brasileira 
processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou 
residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos 
no Brasil, tais como posse 
ou propriedade de bens, 
recebimento de renda ou 
obtenção de benefícios 
econômicos;
II - decorrentes de relações 
de consumo, quando o 
consumidor tiver domicílio ou 
residência no Brasil;
III - em que as partes, 
expressa ou tacitamente, 
se submeterem à jurisdição 
nacional.
Art. 23. Compete à autoridade 
judiciária brasileira, com 
exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas 
a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão 
hereditária, proceder à 
confirmação de testamento 
particular e ao inventário e à 
partilha de bens situados no 
Brasil, ainda que o autor da 
herança seja de nacionalidade 
estrangeira ou tenha domicílio 
fora do território nacional;
III - em divórcio, separação 
judicial ou dissolução de união 
estável, proceder à partilha 
de bens situados no Brasil, 
ainda que• 1
14
VADE MECUM – TJMT 2024
previdenciários sejam objeto 
de discussão e deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais 
de duzentos empregados, é 
assegurada a eleição de um 
representante destes com 
a finalidade exclusiva de 
promover-lhes o entendimento 
direto com os empregadores.
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República 
Federativa do Brasil, ainda que 
de pais estrangeiros, desde que 
estes não estejam a serviço de 
seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, 
de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da 
República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro 
de pai brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição 
brasileira competente ou 
venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, 
em qualquer tempo, depois 
de atingida a maioridade, 
pela nacionalidade brasileira; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 54, de 2007)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, 
adquiram a nacionalidade 
brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua 
portuguesa apenas residência 
por um ano ininterrupto e 
idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer 
nacionalidade, residentes 
na República Federativa do 
Brasil há mais de quinze 
anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que 
requeiram a nacionalidade 
brasileira. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º Aos portugueses com 
residência permanente no 
País, se houver reciprocidade 
em favor de brasileiros, serão 
atribuídos os direitos inerentes 
ao brasileiro, salvo os casos 
previstos nesta Constituição. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, 
de 1994)
§ 2º A lei não poderá 
estabelecer distinção 
entre brasileiros natos e 
naturalizados, salvo nos casos 
previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro 
nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-
Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara 
dos Deputados;
III - de Presidente do Senado 
Federal;
IV - de Ministro do Supremo 
Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças 
Armadas.
VII - de Ministro de Estado da 
Defesa (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 23, 
de 1999)
§ 4º - Será declarada a perda 
da nacionalidade do brasileiro 
que:
I - tiver cancelada sua 
naturalização, por sentença 
judicial, em virtude de fraude 
relacionada ao processo de 
naturalização ou de atentado 
contra a ordem constitucional 
e o Estado Democrático; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 131, de 2023)
II - fizer pedido expresso 
de perda da nacionalidade 
brasileira perante autoridade 
brasileira competente, 
ressalvadas situações 
que acarretem apatridia. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 131, de 2023)
§ 5º A renúncia da 
nacionalidade, nos termos do 
inciso II do § 4º deste artigo, 
não impede o interessado de 
readquirir sua nacionalidade 
brasileira originária, nos 
termos da lei. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 131, 
de 2023)
Art. 13. A língua portuguesa é 
o idioma oficial da República 
Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República 
Federativa do Brasil a bandeira, 
o hino, as armas e o selo 
nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios 
poderão ter símbolos próprios.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular 
será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para 
todos, e, nos termos da lei, 
mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
15
VADE MECUM – TJMT 2024
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o 
voto são:
I - obrigatórios para os maiores 
de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e 
menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se 
como eleitores os estrangeiros 
e, durante o período do 
serviço militar obrigatório, os 
conscritos.
§ 3º São condições de 
elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos 
direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na 
circunscrição;
V - a filiação partidária; 
Regulamento
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para 
Presidente e Vice-Presidente 
da República e Senador;
b) trinta anos para Governador 
e Vice-Governador de Estado e 
do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para 
Deputado Federal, Deputado 
Estadual ou Distrital, Prefeito, 
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os 
inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, 
os Governadores de Estado 
e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído no 
curso dos mandatos poderão 
ser reeleitos para um único 
período subseqüente. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 16, de 1997)
§ 6º Para concorrerem a 
outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal e 
os Prefeitos devem renunciar 
aos respectivos mandatos até 
seis meses antes do pleito.
§ 7º São inelegíveis, no 
território de jurisdição do 
titular, o cônjuge e os parentes 
consangüíneos ou afins, até o 
segundo grau ou por adoção, 
do Presidente da República, 
de Governador de Estado ou 
Território, do Distrito Federal, 
de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis 
meses anteriores ao pleito, 
salvo se já titular de mandato 
eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é 
elegível, atendidas as seguintes 
condições:
I - se contar menos de dez anos 
de serviço, deverá afastar-se 
da atividade;
II - se contar mais de dez anos 
de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, 
passará automaticamente, 
no ato da diplomação, para a 
inatividade.
§ 9º Lei complementar 
estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de 
sua cessação, a fim de proteger 
a probidade administrativa, 
a moralidade para exercício 
de mandato considerada vida 
pregressa do candidato, e a 
normalidade e legitimidade 
das eleições contra a influência 
do poder econômico ou 
o abuso do exercício de 
função, cargo ou emprego 
na administração direta ou 
indireta. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 4, de 1994)
§ 10. O mandato eletivo poderá 
ser impugnado ante a Justiça 
Eleitoral no prazo de quinze 
dias contados da diplomação, 
instruída a ação com provas 
de abuso do poder econômico, 
corrupção ou fraude.
§ 11. A ação de impugnação de 
mandato tramitará em segredo 
de justiça, respondendo o 
autor, na forma da lei, se 
temerária ou de manifesta má-
fé.
§ 12. Serão realizadas 
concomitantemente às 
eleições municipais as 
consultas populares sobre 
questões locais aprovadas 
pelas Câmaras Municipais 
e encaminhadas à Justiça 
Eleitoral até 90 (noventa) dias 
antes da data das eleições, 
observados os limites 
operacionais relativos ao 
número de quesitos. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
111, de 2021)
§ 13. As manifestações 
favoráveis e contrárias às 
questões submetidas às 
consultas populares nos 
termos do § 12 ocorrerão 
durante as campanhas 
eleitorais, sem a utilização de 
propaganda gratuita no rádio 
e na televisão. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 111, 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
16
VADE MECUM – TJMT 2024
de 2021)
Art. 15. É vedada a cassação de 
direitos políticos, cuja perda ou 
suspensão só se dará nos casos 
de:
I - cancelamento da 
naturalização por sentença 
transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal 
transitada em julgado, 
enquanto durarem seus 
efeitos;
IV - recusa de cumprir 
obrigação a todos imposta 
ou prestação alternativa, nos 
termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, 
nos termos do art. 37, § 4º.
Art. 16. A lei que alterar o 
processo eleitoralo titular seja de 
nacionalidade estrangeira 
ou tenha domicílio fora do 
território nacional.
Art. 24. A ação proposta 
perante tribunal estrangeiro 
não induz litispendência e 
não obsta a que a autoridade 
judiciária brasileira conheça 
da mesma causa e das que 
lhe são conexas, ressalvadas 
as disposições em contrário 
de tratados internacionais e 
acordos bilaterais em vigor no 
Brasil.
Parágrafo único. A pendência 
de causa perante a jurisdição 
brasileira não impede a 
homologação de sentença 
judicial estrangeira quando 
exigida para produzir efeitos 
no Brasil.
Art. 25. Não compete 
à autoridade judiciária 
brasileira o processamento e 
o julgamento da ação quando 
houver cláusula de eleição de 
foro exclusivo estrangeiro em 
contrato internacional, arguida 
pelo réu na contestação.
§ 1º Não se aplica o disposto 
no caput às hipóteses de 
competência internacional 
exclusiva previstas neste 
Capítulo.
§ 2º Aplica-se à hipótese 
do caput o art. 63, §§ 1º a 4º .
DIREITO PROCESSUAL CIVIL • 5
112
VADE MECUM – TJMT 2024
CAPÍTULO II
DA COOPERAÇÃO 
INTERNACIONAL
Seção I – Disposições Gerais
Art. 26. A cooperação jurídica 
internacional será regida por 
tratado de que o Brasil faz 
parte e observará:
I - o respeito às garantias 
do devido processo legal no 
Estado requerente;
II - a igualdade de tratamento 
entre nacionais e estrangeiros, 
residentes ou não no Brasil, 
em relação ao acesso à justiça 
e à tramitação dos processos, 
assegurando-se assistência 
judiciária aos necessitados;
III - a publicidade processual, 
exceto nas hipóteses de 
sigilo previstas na legislação 
brasileira ou na do Estado 
requerente;
IV - a existência de autoridade 
central para recepção e 
transmissão dos pedidos de 
cooperação;
V - a espontaneidade na 
transmissão de informações a 
autoridades estrangeiras.
§ 1º Na ausência de tratado, 
a cooperação jurídica 
internacional poderá realizar-
se com base em reciprocidade, 
manifestada por via 
diplomática.
§ 2º Não se exigirá a 
reciprocidade referida no § 1º 
para homologação de sentença 
estrangeira.
§ 3º Na cooperação jurídica 
internacional não será 
admitida a prática de atos que 
contrariem ou que produzam 
resultados incompatíveis com 
as normas fundamentais que 
regem o Estado brasileiro.
§ 4º O Ministério da Justiça 
exercerá as funções de 
autoridade central na ausência 
de designação específica.
Art. 27. A cooperação jurídica 
internacional terá por objeto:
I - citação, intimação 
e notificação judicial e 
extrajudicial;
II - colheita de provas e 
obtenção de informações;
III - homologação e 
cumprimento de decisão;
IV - concessão de medida 
judicial de urgência;
V - assistência jurídica 
internacional;
VI - qualquer outra medida 
judicial ou extrajudicial não 
proibida pela lei brasileira.
Seção III – Da Carta Rogatória
Art. 36. O procedimento da 
carta rogatória perante o 
Superior Tribunal de Justiça 
é de jurisdição contenciosa e 
deve assegurar às partes as 
garantias do devido processo 
legal.
§ 1º A defesa restringir-
se-á à discussão quanto ao 
atendimento dos requisitos 
para que o pronunciamento 
judicial estrangeiro produza 
efeitos no Brasil.
§ 2º Em qualquer hipótese, é 
vedada a revisão do mérito 
do pronunciamento judicial 
estrangeiro pela autoridade 
judiciária brasileira.
TÍTULO III
DA COMPETÊNCIA INTERNA
CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA
Seção I – Disposições Gerais
Art. 42. As causas cíveis serão 
processadas e decididas 
pelo juiz nos limites de sua 
competência, ressalvado às 
partes o direito de instituir 
juízo arbitral, na forma da lei.
Art. 43. Determina-se a 
competência no momento 
do registro ou da distribuição 
da petição inicial, sendo 
irrelevantes as modificações 
do estado de fato ou de direito 
ocorridas posteriormente, 
salvo quando suprimirem 
órgão judiciário ou alterarem a 
competência absoluta.
Art. 44. Obedecidos os 
limites estabelecidos 
pela Constituição Federal , a 
competência é determinada 
pelas normas previstas neste 
Código ou em legislação 
especial, pelas normas de 
organização judiciária e, 
ainda, no que couber, pelas 
constituições dos Estados.
Art. 45. Tramitando o 
processo perante outro juízo, 
os autos serão remetidos ao 
juízo federal competente se 
nele intervier a União, suas 
empresas públicas, entidades 
autárquicas e fundações, ou 
conselho de fiscalização de 
atividade profissional, na 
qualidade de parte ou de 
terceiro interveniente, exceto 
as ações:
I - de recuperação judicial, 
falência, insolvência civil e 
acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e 
à justiça do trabalho.
§ 1º Os autos não serão 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL • 5
113
VADE MECUM – TJMT 2024
remetidos se houver pedido 
cuja apreciação seja de 
competência do juízo perante 
o qual foi proposta a ação.
§ 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, 
ao não admitir a cumulação 
de pedidos em razão da 
incompetência para apreciar 
qualquer deles, não examinará 
o mérito daquele em que 
exista interesse da União, de 
suas entidades autárquicas ou 
de suas empresas públicas.
§ 3º O juízo federal restituirá 
os autos ao juízo estadual 
sem suscitar conflito se o ente 
federal cuja presença ensejou 
a remessa for excluído do 
processo.
Art. 46. A ação fundada em 
direito pessoal ou em direito 
real sobre bens móveis será 
proposta, em regra, no foro de 
domicílio do réu.
§ 1º Tendo mais de um domicílio, 
o réu será demandado no foro 
de qualquer deles.
§ 2º Sendo incerto ou 
desconhecido o domicílio do 
réu, ele poderá ser demandado 
onde for encontrado ou no 
foro de domicílio do autor.
§ 3º Quando o réu não tiver 
domicílio ou residência no 
Brasil, a ação será proposta no 
foro de domicílio do autor, e, 
se este também residir fora do 
Brasil, a ação será proposta em 
qualquer foro.
§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais 
réus com diferentes domicílios, 
serão demandados no foro de 
qualquer deles, à escolha do 
autor.
§ 5º A execução fiscal será 
proposta no foro de domicílio 
do réu, no de sua residência 
ou no do lugar onde for 
encontrado. (Vide ADI nº 
5737) (Vide ADI nº 5492)
Art. 47. Para as ações fundadas 
em direito real sobre imóveis é 
competente o foro de situação 
da coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo 
foro de domicílio do réu ou 
pelo foro de eleição se o 
litígio não recair sobre direito 
de propriedade, vizinhança, 
servidão, divisão e demarcação 
de terras e de nunciação de 
obra nova.
§ 2º A ação possessória 
imobiliária será proposta no 
foro de situação da coisa, 
cujo juízo tem competência 
absoluta.
Art. 48. O foro de domicílio do 
autor da herança, no Brasil, é o 
competente para o inventário, 
a partilha, a arrecadação, o 
cumprimento de disposições de 
última vontade, a impugnação 
ou anulação de partilha 
extrajudicial e para todas as 
ações em que o espólio for 
réu, ainda que o óbito tenha 
ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da 
herança não possuía domicílio 
certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens 
imóveis;
II - havendo bens imóveis em 
foros diferentes, qualquer 
destes;
III - não havendo bens imóveis, 
o foro do local de qualquer dos 
bens do espólio.
Art. 49. A ação em que o 
ausente for réu será proposta 
no foro de seu último domicílio, 
também competente para a 
arrecadação, o inventário, a 
partilha e o cumprimento de 
disposições testamentárias.
Art. 50. A ação em que o 
incapaz for réu será proposta 
no foro de domicílio de seu 
representante ou assistente.
Art. 51. É competente o foro de 
domicílio do réu para as causas 
em que seja autora a União.
Parágrafo único. Se a União 
for a demandada, a ação 
poderá ser proposta no foro 
de domicílio do autor, no de 
ocorrência do ato ou fato que 
originou a demanda, no de 
situação da coisa ou no Distrito 
Federal.
Art. 52. É competente o foro de 
domicílio do réu para as causas 
em que seja autor Estado ou o 
Distrito Federal.
Parágrafo único. Se Estado 
ou o Distrito Federal for o 
demandado, a ação poderá ser 
proposta no foro de domicílio 
doentrará em 
vigor na data de sua publicação, 
não se aplicando à eleição que 
ocorra até um ano da data de 
sua vigência. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
4, de 1993)
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO 
ESTADO
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO 
POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 18. A organização 
político-administrativa da 
República Federativa do Brasil 
compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos autônomos, 
nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais 
integram a União, e sua criação, 
transformação em Estado ou 
reintegração ao Estado de 
origem serão reguladas em lei 
complementar.
§ 3º Os Estados podem 
incorporar-se entre si, 
subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou 
Territórios Federais, mediante 
aprovação da população 
diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do 
Congresso Nacional, por lei 
complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, 
a fusão e o desmembramento 
de Municípios, far-se-ão 
por lei estadual, dentro do 
período determinado por 
Lei Complementar Federal, 
e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, 
às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação 
dos Estudos de Viabilidade 
Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 15, de 1996) 
Vide art. 96 - ADCT
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA
SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES 
GERAIS
Art. 37. A administração 
pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao 
seguinte: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
I - os cargos, empregos e 
funções públicas são acessíveis 
aos brasileiros que preencham 
os requisitos estabelecidos 
em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
II - a investidura em cargo ou 
emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas 
e títulos, de acordo com a 
natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas 
as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
III - o prazo de validade do 
concurso público será de até 
dois anos, prorrogável uma 
vez, por igual período;
IV - durante o prazo 
improrrogável previsto no 
edital de convocação, aquele 
aprovado em concurso público 
de provas ou de provas e títulos 
será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para 
assumir cargo ou emprego, na 
carreira;
V - as funções de confiança, 
exercidas exclusivamente 
por servidores ocupantes 
de cargo efetivo, e os cargos 
em comissão, a serem 
preenchidos por servidores de 
carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos 
em lei, destinam-se apenas 
às atribuições de direção, 
chefia e assessoramento; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
VI - é garantido ao servidor 
público civil o direito à livre 
associação sindical;
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
17
VADE MECUM – TJMT 2024
VII - o direito de greve será 
exercido nos termos e nos 
limites definidos em lei 
específica; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
VIII - a lei reservará percentual 
dos cargos e empregos públicos 
para as pessoas portadoras 
de deficiência e definirá os 
critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos 
de contratação por tempo 
determinado para atender a 
necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
(Vide Emenda constitucional 
nº 106, de 2020)
X - a remuneração dos 
servidores públicos e o subsídio 
de que trata o § 4º do art. 39 
somente poderão ser fixados 
ou alterados por lei específica, 
observada a iniciativa privativa 
em cada caso, assegurada 
revisão geral anual, sempre na 
mesma data e sem distinção de 
índices; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) (Regulamento)
XI - a remuneração e o subsídio 
dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos 
da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos 
membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores 
de mandato eletivo e dos 
demais agentes políticos e 
os proventos, pensões ou 
outra espécie remuneratória, 
percebidos cumulativamente 
ou não, incluídas as vantagens 
pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder 
o subsídio mensal, em espécie, 
dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se 
como limite, nos Municípios, 
o subsídio do Prefeito, e nos 
Estados e no Distrito Federal, o 
subsídio mensal do Governador 
no âmbito do Poder Executivo, 
o subsídio dos Deputados 
Estaduais e Distritais no 
âmbito do Poder Legislativo e o 
subsidio dos Desembargadores 
do Tribunal de Justiça, limitado 
a noventa inteiros e vinte e 
cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal, em espécie, 
dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito 
do Poder Judiciário, aplicável 
este limite aos membros 
do Ministério Público, aos 
Procuradores e aos Defensores 
Públicos; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
41, 19.12.2003)
XII - os vencimentos dos cargos 
do Poder Legislativo e do 
Poder Judiciário não poderão 
ser superiores aos pagos pelo 
Poder Executivo;
XIII - é vedada a vinculação 
ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias para 
o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
XIV - os acréscimos pecuniários 
percebidos por servidor 
público não serão computados 
nem acumulados para fins 
de concessão de acréscimos 
ulteriores; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
XV - o subsídio e os 
vencimentos dos ocupantes 
de cargos e empregos públicos 
são irredutíveis, ressalvado o 
disposto nos incisos XI e XIV 
deste artigo e nos arts. 39, 
§ 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 
2º, I; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
XVI - é vedada a acumulação 
remunerada de cargos 
públicos, exceto, quando 
houver compatibilidade 
de horários, observado em 
qualquer caso o disposto no 
inciso XI: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor 
com outro técnico ou científico; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou 
empregos privativos de 
profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 34, de 2001)
XVII - a proibição de acumular 
estende-se a empregos e 
funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia 
mista, suas subsidiárias, e 
sociedades controladas, direta 
ou indiretamente, pelo poder 
público; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
XVIII - a administração 
fazendária e seus servidores 
fiscais terão, dentro de 
suas áreas de competência 
e jurisdição, precedência 
sobre os demais setores 
administrativos, na forma da 
lei;
XIX – somente por lei específica 
poderá ser criada autarquia 
e autorizada a instituição 
de empresa pública, de 
sociedade de economia mista 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
18
VADE MECUM – TJMT 2024
e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último 
caso, definir as áreas de sua 
atuação; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
XX - depende de autorização 
legislativa, em cada caso, a 
criação de subsidiárias das 
entidades mencionadas no 
inciso anterior, assim como a 
participação de qualquer delas 
em empresa privada;XXI - ressalvados os casos 
especificados na legislação, 
as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados 
mediante processo de 
licitação pública que assegure 
igualdade de condições a 
todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, 
mantidas as condições efetivas 
da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá 
as exigências de qualificação 
técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
(Regulamento)
XXII - as administrações 
tributárias da União, dos 
Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, atividades 
essenciais ao funcionamento 
do Estado, exercidas por 
servidores de carreiras 
específicas, terão recursos 
prioritários para a realização 
de suas atividades e atuarão 
de forma integrada, inclusive 
com o compartilhamento de 
cadastros e de informações 
fiscais, na forma da lei ou 
convênio. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003)
§ 1º A publicidade dos atos, 
programas, obras, serviços 
e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de 
orientação social, dela não 
podendo constar nomes, 
símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou 
servidores públicos.
§ 2º A não observância do 
disposto nos incisos II e III 
implicará a nulidade do ato 
e a punição da autoridade 
responsável, nos termos da lei.
§ 3º A lei disciplinará as 
formas de participação do 
usuário na administração 
pública direta e indireta, 
regulando especialmente: 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
I - as reclamações relativas 
à prestação dos serviços 
públicos em geral, asseguradas 
a manutenção de serviços de 
atendimento ao usuário e a 
avaliação periódica, externa 
e interna, da qualidade dos 
serviços; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
II - o acesso dos usuários a 
registros administrativos e a 
informações sobre atos de 
governo, observado o disposto 
no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído 
pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) (Vide Lei nº 
12.527, de 2011)
III - a disciplina da representação 
contra o exercício negligente 
ou abusivo de cargo, emprego 
ou função na administração 
pública. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
§ 4º - Os atos de improbidade 
administrativa importarão 
a suspensão dos direitos 
políticos, a perda da função 
pública, a indisponibilidade 
dos bens e o ressarcimento ao 
erário, na forma e gradação 
previstas em lei, sem prejuízo 
da ação penal cabível.
§ 5º A lei estabelecerá os 
prazos de prescrição para 
ilícitos praticados por qualquer 
agente, servidor ou não, que 
causem prejuízos ao erário, 
ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento.
§ 6º As pessoas jurídicas 
de direito público e as de 
direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causarem 
a terceiros, assegurado o 
direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo 
ou culpa.
§ 7º A lei disporá sobre os 
requisitos e as restrições 
ao ocupante de cargo ou 
emprego da administração 
direta e indireta que possibilite 
o acesso a informações 
privilegiadas. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
§ 8º A autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira 
dos órgãos e entidades da 
administração direta e indireta 
poderá ser ampliada mediante 
contrato, a ser firmado entre 
seus administradores e o 
poder público, que tenha por 
objeto a fixação de metas de 
desempenho para o órgão 
ou entidade, cabendo à lei 
dispor sobre: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) (Regulamento) 
(Vigência)
I - o prazo de duração do 
contrato; (Incluído pela 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
19
VADE MECUM – TJMT 2024
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
II - os controles e critérios de 
avaliação de desempenho, 
direitos, obrigações e 
responsabilidade dos 
dirigentes; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
III - a remuneração do pessoal. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 9º O disposto no inciso XI 
aplica-se às empresas públicas 
e às sociedades de economia 
mista, e suas subsidiárias, 
que receberem recursos da 
União, dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios 
para pagamento de despesas 
de pessoal ou de custeio em 
geral. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 10. É vedada a percepção 
simultânea de proventos de 
aposentadoria decorrentes 
do art. 40 ou dos arts. 42 e 
142 com a remuneração de 
cargo, emprego ou função 
pública, ressalvados os cargos 
acumuláveis na forma desta 
Constituição, os cargos eletivos 
e os cargos em comissão 
declarados em lei de livre 
nomeação e exoneração. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
(Vide Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998)
§ 11. Não serão computadas, 
para efeito dos limites 
remuneratórios de que trata 
o inciso XI do caput deste 
artigo, as parcelas de caráter 
indenizatório previstas em 
lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 47, de 2005)
§ 12. Para os fins do disposto no 
inciso XI do caput deste artigo, 
fica facultado aos Estados e ao 
Distrito Federal fixar, em seu 
âmbito, mediante emenda 
às respectivas Constituições 
e Lei Orgânica, como limite 
único, o subsídio mensal 
dos Desembargadores do 
respectivo Tribunal de Justiça, 
limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por 
cento do subsídio mensal dos 
Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, não se aplicando 
o disposto neste parágrafo 
aos subsídios dos Deputados 
Estaduais e Distritais e dos 
Vereadores. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 47, 
de 2005)
§ 13. O servidor público titular 
de cargo efetivo poderá ser 
readaptado para exercício 
de cargo cujas atribuições 
e responsabilidades sejam 
compatíveis com a limitação 
que tenha sofrido em sua 
capacidade física ou mental, 
enquanto permanecer nesta 
condição, desde que possua 
a habilitação e o nível de 
escolaridade exigidos para 
o cargo de destino, mantida 
a remuneração do cargo de 
origem. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
§ 14. A aposentadoria 
concedida com a utilização 
de tempo de contribuição 
decorrente de cargo, 
emprego ou função pública, 
inclusive do Regime Geral de 
Previdência Social, acarretará 
o rompimento do vínculo que 
gerou o referido tempo de 
contribuição. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
§ 15. É vedada a 
complementação de 
aposentadorias de servidores 
públicos e de pensões por 
morte a seus dependentes que 
não seja decorrente do disposto 
nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou 
que não seja prevista em lei 
que extinga regime próprio de 
previdência social. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019)
§ 16. Os órgãos e entidades 
da administração pública, 
individual ou conjuntamente, 
devem realizar avaliação das 
políticas públicas, inclusive 
com divulgação do objeto a 
ser avaliado e dos resultados 
alcançados, na forma da 
lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 109, de 2021)
Art. 38. Ao servidor público 
da administração direta, 
autárquica e fundacional, no 
exercício de mandato eletivo, 
aplicam-se as seguintes 
disposições: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
I - tratando-se de mandato 
eletivo federal, estadual ou 
distrital, ficará afastado de seu 
cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de 
Prefeito, será afastado do 
cargo, emprego ou função, 
sendo-lhe facultado optar pela 
sua remuneração;
III - investido no mandato 
de Vereador, havendo 
compatibilidade de horários, 
perceberá as vantagens de seu 
cargo, emprego ou função, sem 
prejuízo da remuneração do 
cargo eletivo, e, não havendo 
compatibilidade, será aplicada 
a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que 
exija o afastamento para o 
exercício de mandato eletivo,seu tempo de serviço será 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
20
VADE MECUM – TJMT 2024
contado para todos os efeitos 
legais, exceto para promoção 
por merecimento;
V - na hipótese de ser 
segurado de regime próprio 
de previdência social, 
permanecerá filiado a esse 
regime, no ente federativo de 
origem. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
SEÇÃO II – DOS SERVIDORES 
PÚBLICOS
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 39. A União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico 
único e planos de carreira para 
os servidores da administração 
pública direta, das autarquias 
e das fundações públicas. 
(Vide ADI nº 2.135)
Art. 39. A União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios 
instituirão conselho de 
política de administração e 
remuneração de pessoal, 
integrado por servidores 
designados pelos respectivos 
Poderes (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) (Vide ADI nº 
2.135)
§ 1º A fixação dos padrões 
de vencimento e dos demais 
componentes do sistema 
remuneratório observará: 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
I - a natureza, o grau de 
responsabilidade e a 
complexidade dos cargos 
componentes de cada carreira; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
II - os requisitos para a 
investidura; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
III - as peculiaridades dos 
cargos. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
§ 2º A União, os Estados e 
o Distrito Federal manterão 
escolas de governo para a 
formação e o aperfeiçoamento 
dos servidores públicos, 
constituindo-se a participação 
nos cursos um dos requisitos 
para a promoção na carreira, 
facultada, para isso, a 
celebração de convênios 
ou contratos entre os entes 
federados. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
§ 3º Aplica-se aos servidores 
ocupantes de cargo público o 
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, 
IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, 
XIX, XX, XXII e XXX, podendo 
a lei estabelecer requisitos 
diferenciados de admissão 
quando a natureza do cargo 
o exigir. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
§ 4º O membro de Poder, 
o detentor de mandato 
eletivo, os Ministros de 
Estado e os Secretários 
Estaduais e Municipais serão 
remunerados exclusivamente 
por subsídio fixado em parcela 
única, vedado o acréscimo 
de qualquer gratificação, 
adicional, abono, prêmio, 
verba de representação ou 
outra espécie remuneratória, 
obedecido, em qualquer caso, 
o disposto no art. 37, X e 
XI. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 5º Lei da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos 
Municípios poderá estabelecer 
a relação entre a maior e 
a menor remuneração dos 
servidores públicos, obedecido, 
em qualquer caso, o disposto 
no art. 37, XI. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
§ 6º Os Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário 
publicarão anualmente os 
valores do subsídio e da 
remuneração dos cargos e 
empregos públicos. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
§ 7º Lei da União, dos 
Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios disciplinará 
a aplicação de recursos 
orçamentários provenientes 
da economia com despesas 
correntes em cada órgão, 
autarquia e fundação, para 
aplicação no desenvolvimento 
de programas de qualidade e 
produtividade, treinamento 
e desenvolvimento, 
m o d e r n i z a ç ã o , 
reaparelhamento e 
racionalização do serviço 
público, inclusive sob a forma 
de adicional ou prêmio de 
produtividade. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
§ 8º A remuneração 
dos servidores públicos 
organizados em carreira 
poderá ser fixada nos termos 
do § 4º. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
§ 9º É vedada a incorporação 
de vantagens de caráter 
temporário ou vinculadas 
ao exercício de função de 
confiança ou de cargo em 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
21
VADE MECUM – TJMT 2024
comissão à remuneração do 
cargo efetivo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
Art. 40. O regime próprio 
de previdência social dos 
servidores titulares de 
cargos efetivos terá caráter 
contributivo e solidário, 
mediante contribuição do 
respectivo ente federativo, 
de servidores ativos, 
de aposentados e de 
pensionistas, observados 
critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 1º O servidor abrangido por 
regime próprio de previdência 
social será aposentado: 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
I - por incapacidade 
permanente para o trabalho, 
no cargo em que estiver 
investido, quando insuscetível 
de readaptação, hipótese 
em que será obrigatória 
a realização de avaliações 
periódicas para verificação da 
continuidade das condições 
que ensejaram a concessão da 
aposentadoria, na forma de lei 
do respectivo ente federativo; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
II - compulsoriamente, com 
proventos proporcionais 
ao tempo de contribuição, 
aos 70 (setenta) anos de 
idade, ou aos 75 (setenta 
e cinco) anos de idade, na 
forma de lei complementar; 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 88, de 2015) 
(Vide Lei Complementar nº 
152, de 2015)
III - no âmbito da União, aos 
62 (sessenta e dois) anos de 
idade, se mulher, e aos 65 
(sessenta e cinco) anos de 
idade, se homem, e, no âmbito 
dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, na idade 
mínima estabelecida mediante 
emenda às respectivas 
Constituições e Leis Orgânicas, 
observados o tempo de 
contribuição e os demais 
requisitos estabelecidos 
em lei complementar do 
respectivo ente federativo. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 2º Os proventos de 
aposentadoria não poderão ser 
inferiores ao valor mínimo a 
que se refere o § 2º do art. 201 
ou superiores ao limite máximo 
estabelecido para o Regime 
Geral de Previdência Social, 
observado o disposto nos §§ 
14 a 16. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
§ 3º As regras para cálculo de 
proventos de aposentadoria 
serão disciplinadas em lei do 
respectivo ente federativo. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º É vedada a adoção 
de requisitos ou critérios 
diferenciados para concessão 
de benefícios em regime 
próprio de previdência social, 
ressalvado o disposto nos 
§§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-A. Poderão ser 
estabelecidos por lei 
complementar do respectivo 
ente federativo idade e 
tempo de contribuição 
diferenciados para 
aposentadoria de servidores 
com deficiência, previamente 
submetidos a avaliação 
biopsicossocial realizada por 
equipe multiprofissional e 
interdisciplinar. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019)
§ 4º-B. Poderão ser 
estabelecidos por lei 
complementar do respectivo 
ente federativo idade e tempo 
de contribuição diferenciados 
para aposentadoria de 
ocupantes do cargo de agente 
penitenciário, de agente 
socioeducativo ou de policial 
dos órgãos de que tratam o 
inciso IV do caput do art. 51, 
o inciso XIII do caput do art. 
52 e os incisos I a IV do caput 
do art. 144. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
§ 4º-C. Poderão ser 
estabelecidos por lei 
complementar do respectivo 
ente federativo idade e tempo 
de contribuição diferenciados 
para aposentadoria de 
servidores cujas atividades 
sejam exercidas com efetiva 
exposição a agentes químicos, 
físicos e biológicos prejudiciais 
à saúde, ou associação 
desses agentes, vedada a 
caracterização por categoria 
profissional ou ocupação. 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)§ 5º Os ocupantes do cargo 
de professor terão idade 
mínima reduzida em 5 (cinco) 
anos em relação às idades 
decorrentes da aplicação do 
disposto no inciso III do § 
1º, desde que comprovem 
tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério na 
educação infantil e no ensino 
fundamental e médio fixado 
em lei complementar do 
respectivo ente federativo. 
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
22
VADE MECUM – TJMT 2024
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 6º Ressalvadas as 
aposentadorias decorrentes 
dos cargos acumuláveis na 
forma desta Constituição, é 
vedada a percepção de mais 
de uma aposentadoria à 
conta de regime próprio de 
previdência social, aplicando-
se outras vedações, regras e 
condições para a acumulação 
de benefícios previdenciários 
estabelecidas no Regime 
Geral de Previdência Social. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 7º Observado o disposto no § 
2º do art. 201, quando se tratar 
da única fonte de renda formal 
auferida pelo dependente, o 
benefício de pensão por morte 
será concedido nos termos 
de lei do respectivo ente 
federativo, a qual tratará de 
forma diferenciada a hipótese 
de morte dos servidores de 
que trata o § 4º-B decorrente 
de agressão sofrida no 
exercício ou em razão da 
função. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
§ 8º É assegurado o 
reajustamento dos benefícios 
para preservar-lhes, em 
caráter permanente, 
o valor real, conforme 
critérios estabelecidos em 
lei. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003)
§ 9º O tempo de contribuição 
federal, estadual, distrital ou 
municipal será contado para fins 
de aposentadoria, observado o 
disposto nos §§ 9º e 9º-A do 
art. 201, e o tempo de serviço 
correspondente será contado 
para fins de disponibilidade. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 10 - A lei não poderá 
estabelecer qualquer forma 
de contagem de tempo de 
contribuição fictício. (Incluído 
pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 15/12/98) (Vide 
Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998)
§ 11 - Aplica-se o limite fixado 
no art. 37, XI, à soma total 
dos proventos de inatividade, 
inclusive quando decorrentes 
da acumulação de cargos ou 
empregos públicos, bem como 
de outras atividades sujeitas 
a contribuição para o regime 
geral de previdência social, 
e ao montante resultante 
da adição de proventos de 
inatividade com remuneração 
de cargo acumulável na forma 
desta Constituição, cargo em 
comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração, 
e de cargo eletivo. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
20, de 15/12/98)
§ 12. Além do disposto neste 
artigo, serão observados, 
em regime próprio de 
previdência social, no que 
couber, os requisitos e 
critérios fixados para o Regime 
Geral de Previdência Social. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 13. Aplica-se ao agente público 
ocupante, exclusivamente, de 
cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e 
exoneração, de outro cargo 
temporário, inclusive mandato 
eletivo, ou de emprego público, 
o Regime Geral de Previdência 
Social. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
§ 14. A União, os Estados, 
o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão, por 
lei de iniciativa do respectivo 
Poder Executivo, regime de 
previdência complementar 
para servidores públicos 
ocupantes de cargo efetivo, 
observado o limite máximo dos 
benefícios do Regime Geral 
de Previdência Social para 
o valor das aposentadorias 
e das pensões em regime 
próprio de previdência social, 
ressalvado o disposto no § 16. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 15. O regime de previdência 
complementar de que trata 
o § 14 oferecerá plano de 
benefícios somente na 
modalidade contribuição 
definida, observará o disposto 
no art. 202 e será efetivado por 
intermédio de entidade fechada 
de previdência complementar 
ou de entidade aberta de 
previdência complementar. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 16 - Somente mediante 
sua prévia e expressa opção, 
o disposto nos §§ 14 e 
15 poderá ser aplicado ao 
servidor que tiver ingressado 
no serviço público até a data 
da publicação do ato de 
instituição do correspondente 
regime de previdência 
complementar. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
20, de 15/12/98)
§ 17. Todos os valores de 
remuneração considerados 
para o cálculo do benefício 
previsto no § 3° serão 
devidamente atualizados, na 
forma da lei. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003)
DIREITO CONSTITUCIONAL • 1
23
VADE MECUM – TJMT 2024
§ 18. Incidirá contribuição sobre 
os proventos de aposentadorias 
e pensões concedidas pelo 
regime de que trata este 
artigo que superem o limite 
máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de 
previdência social de que trata 
o art. 201, com percentual 
igual ao estabelecido para os 
servidores titulares de cargos 
efetivos. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) (Vide ADIN 3133) 
(Vide ADIN 3143) (Vide ADIN 
3184)
§ 19. Observados critérios 
a serem estabelecidos 
em lei do respectivo ente 
federativo, o servidor titular 
de cargo efetivo que tenha 
completado as exigências para 
a aposentadoria voluntária e 
que opte por permanecer em 
atividade poderá fazer jus a 
um abono de permanência 
equivalente, no máximo, ao 
valor da sua contribuição 
previdenciária, até completar 
a idade para aposentadoria 
compulsória. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019)
§ 20. É vedada a existência de 
mais de um regime próprio de 
previdência social e de mais de 
um órgão ou entidade gestora 
desse regime em cada ente 
federativo, abrangidos todos 
os poderes, órgãos e entidades 
autárquicas e fundacionais, 
que serão responsáveis pelo 
seu financiamento, observados 
os critérios, os parâmetros e a 
natureza jurídica definidos na 
lei complementar de que trata 
o § 22. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
§ 22. Vedada a instituição 
de novos regimes próprios 
de previdência social, lei 
complementar federal 
estabelecerá, para os que já 
existam, normas gerais de 
organização, de funcionamento 
e de responsabilidade em sua 
gestão, dispondo, entre outros 
aspectos, sobre: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019)
I - requisitos para sua extinção 
e consequente migração para 
o Regime Geral de Previdência 
Social; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
II - modelo de arrecadação, de 
aplicação e de utilização dos 
recursos; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
III - fiscalização pela União 
e controle externo e social; 
(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
IV - definição de equilíbrio 
financeiro e atuarial; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019)
V - condições para instituição 
do fundo com finalidade 
previdenciária de que trata o 
art. 249 e para vinculação a 
ele dos recursos provenientes 
de contribuições e dos bens, 
direitos e ativos de qualquer 
natureza; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
VI - mecanismos de 
equacionamento do deficit 
atuarial; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
VII - estruturação do órgão 
ou entidade gestora do 
regime, observados os 
princípios relacionados com 
governança, controle interno e 
transparência; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
VIII - condições e hipóteses 
para responsabilização 
daqueles que desempenhem 
atribuições relacionadas, 
direta ou indiretamente, com a 
gestão do regime; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019)
IX - condições para adesão a 
consórcio público; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019)
X - parâmetros para apuração 
da base de cálculo e definição

Mais conteúdos dessa disciplina