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Fatores de risco para infecção hospitalar em
unidades de terapia intensiva: atualização e
implicações para a enfermagem
Raquel de Fátima Lichy
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem.
Isaac Rosa Marques
Docente do Curso de Graduação em Enfermagem. Orientador.
RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMO
A infecção hospitalar é uma das implicações mais frequentes nas unidades de terapia intensiva.
Este artigo objetiva, a partir de revisão bibliográfica semi-estruturada, expor quais os
procedimentos e fatores estão envolvidos na incidência de infecção hospitalar e, estabelecer
uma correlação com a prática de enfermagem. Foram consultadas as seguintes bases de dados:
LILACS, Medline e Ovid com o uso de unitermos pertinentes a este tema. Os procedimentos
que oferecem maior risco para IH são: cateterização venosa central, ventilação invasiva,
cateterização vesical. Outros fatores para infecção são: limpeza inadequada de equipamentos,
lavagem das mãos e antibioticoterapia. Concluiu-se que a educação e a mudança de
comportamento em relação aos procedimentos podem contribuir para o controle da infecção
hospitalar.
Descritores: Terapia Intensiva; Enfermagem; Infecção Hospitalar
Lichy RF, Marques IR. Fatores de risco para infecção hospitalar em unidades de terapia intensiva: atualização
e implicações para a enfermagem. Rev Enferm UNISA 2002; 3: 43-9.
43Rev Enferm UNISA 2002; 3: 43-9.
INTRODUÇÃO
O Center for Disease Control (CDC) define uma infecção
hospitalar como qualquer infecção adquirida durante a
hospitalização, que não esteve presente nem se incubou por
ocasião da internação e não esteve relacionado com uma
hospitalização anterior. Em outra definição, a Agencia
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), classifica a infecção
hospitalar como aquela que é adquirida após a admissão do
paciente na Unidade Hospitalar e, que se manifesta durante
a internação ou após a alta, quando esta pode ser relacionada
com a internação ou procedimentos hospitalares. De acordo
com DAVID (1998), é caracterizada pelo aparecimento, após
48 horas de internação, considerando precoce as infecções
que surgem nas primeiras noventa e seis horas, e tardias
quando está em processo de colonização microbiana por
patógenos hospitalares.
As Infecções Hospitalares (IH) são as complicações mais
freqüentes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Os índices
de infecção hospitalar em UTI apresentam porcentagem de
25% a 30% comparado com 5% a 10% dos pacientes de
outras unidades de internação (WEY; LOMAR; COSCINA,
1998; HUDAK et al, 1997). Segundo MACHADO (1998), a
incidência de infecção mostrou estar diretamente relacionada
à duração da própria assistência médica, à manipulação da
equipe de enfermagem e à permanência do paciente na UTI.
Há vários fatores que elevam os números de casos de
infecção hospitalar na UTI. Existem aqueles relacionados ao
paciente como transplantes, imunodepressão, queimaduras,
etc, e aqueles relacionados aos procedimentos e métodos
aos quais o paciente esta exposto (SARRIA, 1994). TEARE
(2001), relata um estudo onde 40% de todos os pacientes
que tiveram alguma interação com os profissionais de
enfermagem, tiveram como resultado a transmissão de
Klebsiella pela contaminação das mãos da equipe,
demonstrando assim, que a enfermagem é responsável pelo
aumento dos índices de infecção hospitalar, e WEY; LOMAR;
COSCINA (1998), ressaltam que por ser uma unidade de
alto risco, a UTI requer da equipe de enfermagem mais ênfase
nos cuidados de rotina.
O interesse pelo tema da infecção hospitalar, selecionado
como objeto deste estudo, é o resultado da observação dos
procedimentos e técnicas desempenhados pela equipe de
enfermagem nas instituições onde ocorreram os estágios de
graduação de enfermagem, na posição de estudante de
enfermagem. A partir destas observações, foi notado que a
Rev Enferm UNISA 2002; 3: 43-9.44
maioria dos profissionais de enfermagem não detém
conhecimento ou conscientização suficientes sobre o
problema da infecção hospitalar, ou simplesmente não tem
incorporado em seu comportamento rotinas e meios para a
prevenção e controle da infecção hospitalar.
Este artigo se propõe a providenciar a partir de revisão
bibliográfica semi-estruturada expor quais os procedimentos
e fatores estão envolvidos na incidência de infecção
hospitalar e, estabelecer uma correlação com a prática de
enfermagem.
MÉTODO
Trata-se de um estudo bibliográfico assistemático. A
obtenção dos materiais foi procedida inicialmente por meio
de consulta online às seguintes bases de dados: LILACS
(Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde), Medline e Ovid, esta última com acesso controlado.
O restante dos materiais foi obtido em bibliotecas locais,
estando os mesmos disponíveis. A maioria (79%) foi de textos
completos de revistas especializadas. Para a busca na base
de dados LILACS utilizou-se os seguintes unitermos para
formar a expressão de pesquisa: “infecção hospitalar”, “UTI”
e “enfermagem”. Na base de dados Medline os seguintes
unitermos: “nasocomial infection”, “intensive care unit” e
“nursing”, sendo alguns destes materiais obtidos diretamente
com seus autores pelo correio eletrônico e convencional. Na
base de dados Ovid, onde a maioria dos materiais foi obtida,
utilizamos a opção “Ovid Full Text Jounals”, com os mesmos
unitermos utilizados na base Medline. A análise dos dados
foi procedida a partir do agrupamento dos textos por
assunto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A História da Infecção Hospitalar
Ao longo de todos os períodos históricos, a medicina
vem se desenvolvendo de forma gradativa, de acordo com
as características da sociedade, economia da época e do local.
Os fatos e descobertas, que mais contribuíram na prevenção
de doenças infecciosas, ocorreram no século XIX. Um dos
mais importantes acontecimentos, do século XIX, foi a
descoberta da causa e conseqüência da febre puerperal, já
conhecida por Hipócrates, mas que se tornou grave no
século XVIII, quando foram criados os hospitais urbanos,
onde as gestantes eram internadas antes, durante e após o
parto (RODRIGUES, 1997).
Philipp Semmelweis foi quem primeiro percebeu a
relação entre o grupo de pacientes e infecção. No hospital
onde atuava, implementou a separação de serviço de
obstetrícia das demais unidades, numa tentativa de erradicar
ou diminuir as infecções. Esta medida não surtiu o efeito
esperado e, então, em 1847, estabeleceu compulsoriamente
a lavagem de mãos para todos os integrantes da equipe de
saúde. Com esta medida obteve resultados significantes em
relação à medida anteriormente adotadas refletindo-se na
redução da mortalidade materna. Por esta mesma época,
Joseph Lister (1827–1912) passou a utilizar o ácido fênico,
pulverizando-o no ar e, depois, procurou utilizá-lo para
melhor desinfecção das mãos; instrumentais e campos
cirúrgicos. Lister utilizava esta prática mesmo após Charles
Chamberland ter criado a autoclave para esterilização por
calor úmido sob pressão, muito utilizada nos laboratórios
de microbiologia; e Pasteur ter demonstrado que a
esterilização pelo calor era superior à desinfecção química
dos instrumentos cirúrgicos (RODRIGUES, 1997;
STARLING; TAVARES, 1998).
Mesmo com essas técnicas, as infecções hospitalares nas
salas de cirurgia não conseguiam ser controladas devido a
não lavagem das mãos dos cirurgiões. Foi, então, que a
enfermeira do hospital, Miss Caroline Hampton solicitou a
confecção de dois pares de luvas, a “Goodyear Rubber
Company,” sendo prontamente atendida. As luvas já eram
utilizadas em cirurgia com a finalidade de proteger os
médicos, todavia, para a proteção dos pacientes, como
passaram a ser usadas a partir de 1890, foi uma conduta
inovadora (RODRIGUES, 1997).
No século XX Alexander Fleming descobriu a penicilina a
partir dos efeitos de fungos. E na primeira metade do século
XX até os anos 40, na era pré-penicilina, as infecções
hospitalareseram causadas, predominantemente, por
Streptococcus pyogenes e pneumoniae. Com a introdução
inovadora das sulfonamidas e da penicilina após a II Guerra
Mundial, as infecções graves por estreptococos e estafilococos
passaram a ser tratáveis e curáveis. Mesmo com o uso das
medicações antiinfecciosas, aumentava-se cada vez mais o
número de casos da resistência ao tratamento e da
mortalidade. Em decorrência destes fatos, por meio da
“American Hospital Association”, recomendou-se a criação das
“Comissões de Controle de Infecção Hospitalar”. Em 1962,
criou-se a figura do enfermeiro, exclusivamente para o
controle de infecção hospitalar no Reino Unido e, a cada 10
anos, realiza-se a “International Conference on Nasocomial
Infection” organizada pelo “Center for Disease Control and
Prevention”(RODRIGUES, 1997).
No Brasil, os primeiros relatos de infecção hospitalar,
embora não se utilizassem estes Termos, surge a partir de
1956 referindo-se a esterilização do material hospitalar e o
uso indiscriminado e inadequado de antibióticos. A primeira
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) surgiu
em 1963 no Hospital Ernesto Dornelles, no Rio Grande do
Sul. As primeiras comissões multidisciplinares foram criadas
na década de 1970, em hospitais públicos e privados,
principalmente, ligados a escolas médicas. Em 1983, o
Ministério da Saúde promulgou a Portaria nº 196 de 24 de
junho, determinando que todos os hospitais do país deverão
manter CCIH. Já em 1985, foi publicado o “Manual de
Controle de Infecção Hospitalar”, na tentativa de delinear
as medidas básicas, adaptando-se para a realidade nacional.
No ano de 1987, a Portaria n. 232 do Ministério da Saúde,
publicada no Diário Oficial da União, de 6 de abril de 1988,
criava o Programa Nacional de Controle de Infecção
Hospitalar, que em 1990 viria a se transformar em divisão
de Controle de Infecção Hospitalar. Em 27 de agosto de
1992, o Ministério da Saúde expede, na forma de anexos,
normas para o controle de infecções hospitalares, revogando
45Rev Enferm UNISA 2002; 3: 43-9.
a portaria 196, de 24 de junho de 1983 e edita a atual Portaria
N 930 (LACERDA, 1995).
Fatores de risco para infecção hospitalar e
implicações para enfermagem
 Segundo SARRIA (1994), para que a infecção hospitalar
exista, é necessário que haja a relação entre um
microorganismo capaz de produzi-la, um vetor de
transmissão e um hospedeiro susceptível. Os fatores
predisponentes a infecção hospitalar estão ligados a própria
situação de saúde e doença, ou a métodos invasivos e
ambientais aos quais o paciente esta exposto. Os fatores
relacionados a problemas de saúde estão ligados a terapia
com esteróides, transplante renal, transplante de medula
óssea, fatores de imunodepressão, choque e queimaduras.
Entre os fatores de risco devido ao uso de métodos
invasivos de diagnóstico e tratamento os mais citados são:
uso de cateteres, uso de ventilação invasiva, uso de nutrição
parenteral, uso indiscriminado de antibióticos, uso de
histamina e betabloqueadores (DAVID,1998; SALOOJEE;
STEENHOFF, 2000). Somando-se a estes fatores, KOLLEF
et al. (1999), acrescentam a resistência aos antibióticos como
um fator contribuinte para o aumento da infecção hospitalar,
somando-se a isto, SCHULTZ et al.(2001) consideram o fator
idade como um predisponente à infecção. PITTET;
MOUROUGA; PERNEGER (1999); NOGUERAS et al.., (2001);
BOYLE; HENLY; LARSON (2001), afirmam que a lavagem
das mãos é um dos mais importantes aspectos que elevam
os índices de infecção hospitalar. Já SHARBAUGH (2001),
cita que os equipamentos são vetores de transmissão que
propaga a infecção.
Cateterização vesical
Quanto à incidência de infecção associada ao uso de sonda
vesical, a taxa média é de 20% nos pacientes com
cateterização por mais de uma semana. O índice de
mortalidade em decorrência do uso de cateter vesical é de
3,03, índice este associado a permanência do paciente por
mais de 10 dias (MACHADO, 1998). A presença de cateter
vesical no paciente significa possibilidade de infecção
hospitalar com bacteriúria de até 5% por dia de sondagem,
e as infecções do trato urinário representam a segunda maior
causa de infecções hospitalares em UTI’s da Europa, e a
primeira causa nos Estados Unidos (LEONI, 2001).
Os cuidados com os procedimentos de enfermagem
devem ser otimizados, sendo estabelecidas regras quanto
ao uso de antibióticos para o melhor controle da infecção do
trato urinário (LEONI, 2001). Segundo FERNANDES;
BARATA, (2002), SILVA; PEREIRA; WEY (1998), o sistema
fechado é o mais recomendado para prevenir a infecção
urinária relacionada ao cateter. O risco de infecção
relacionada à cateterização reduz de 97% para até 8%,
quando se emprega sistemas fechados de drenagem. Para
GARIBALD (1987) e STAMM (1992), dos pacientes que
utilizam o sistema aberto, 100% podem adquirir infecção
após 4 dias de uso, enquanto que quando utilizado o sistema
fechado a porcentagem é de 50% após 7 a 10 dias de
cateterização.
Embora o uso do sistema fechado seja mais
recomendado para a redução da infecção urinária, LEONI
(2001,) realizou um estudo sobre o índice de infecções
relacionado ao tipo de cateter, comparando o uso do sistema
fechado com o sistema aberto de duas entradas. Os
resultados demonstraram que não houve significância entre
os dois sistemas no que diz respeito ao aumento do índice
de infecção, não justificando a sua utilização em pacientes
internados na unidade de terapia intensiva.
Na comparação das sondas de látex com as de silicone
não foi observada diferença significativa, todavia, sondas
impregnadas com liga de prata apresentam menor incidência
de bacteriúria quando comparadas com sondas de látex,
silicone, hidrogel e até mesmo com óxido de prata.
Entretanto, as sondagens de curta duração não são
influenciadas pelo tipo de material empregado (BARATA;
FERNANDES, 2002).
De acordo com BARATA; FERNANDES (2002); LEONI
(2001), não foi comprovada vantagem de antissépticos para
a limpeza do meato uretral prévia à sondagem. A aplicação
de soluções antissépticas no meato uretral não reduz o risco
de infecção e a limpeza vigorosa do meato pode aumentar
sua ocorrência, sendo suficiente a manutenção da higiene
local. A irrigação e instilação de anti-sépticos ou
antimicrobianos, além de não prevenir infecção, expõe o
paciente aos efeitos nocivos das drogas e à pressão seletiva
dos microrganismos resistentes. Por outro lado, SILVA;
PEREIRA; WEY (1998) afirmam que deve ser utilizada técnica
asséptica, realizando higiene intima duas vezes ao dia com
polivinilpirrolidona-iodo degermante (PVP-I) e realizar
antissepsia com PVP-I solução aquosa
Deve-se evitar a abertura deste sistema e, quando for
manipulado, deve-se lavar as mãos e utilizar luvas de
procedimento. O refluxo da urina é associado com infecção,
por isso o saco coletor deve ser adequadamente posicionado
em nível inferior ao corpo do paciente. A adição de clorexidina
ou de peróxido de hidrogênio no saco coletor não reduz a
incidência de infecção, ele deve ser trocado apenas quando
clinicamente indicado ou de acordo com as recomendações
do fabricante. A sonda deve ser trocada apenas quando
necessário, não existindo vantagens na sua troca periódica.
(BARATA; FERNANDES, 2002; GARIBALD, 1987).
Ventilação invasiva
Apesar de todo o avanço tecnológico presente nas
unidades de tratamento intensivo, a infecção pulmonar
continua sendo a maior causa de morbi-mortalidade entre
os pacientes que estão em ventilação mecânica. Os pacientes
submetidos a este procedimento estão de 6 a 21 vezes mais
propensos a desenvolverem pneumonia. A ocorrência de
infecção pulmonar faz aumentar o índice de morbi-
mortalidade independente da patologia do paciente. Para
pacientes sob ventilação invasiva, o risco de desenvolver
infecção cresce em 1% a cada dia de internação
(MOHAMMED; HIJAZI, 2000). De acordo com DAVID
(1998), a pneumonia associadaà ventilação invasiva tem
incidência de 13% a 80% (2,6 a 6,2) dos casos por 100 dias
de ventilação invasiva, também aumentado o número de
Rev Enferm UNISA 2002; 3: 43-9.46
internação de sete a nove dias. Ainda, a mortalidade é de
20% a 75% dos pacientes sob ventilação invasiva.
Entretanto, MOHAMMED; HIJAZI (2000) relatam que 27-
51% desenvolvem pneumonia com risco de mortalidade, e
que a percentagem de mortes que não teriam ocorrido na
ausência de infecção é de 33% a 50 %.
Os principais fatores de risco associados à ventilação
invasiva são: duração do tratamento, reintubação, intubação
emergencial, sonda nasogástrica, mudança frequente de
ventilador, traqueostomia, posição supina do paciente,
transporte do paciente para fora da UTI, pressão do balonete
ou cânula, tratamento anterior com antibiótico, cirurgia
abdominal ou torácica, terapia inalatória, monitoração da
pressão intracraniana, broncoscopia, entubação
nasotraqueal e aspiração de secreções (MOHAMMED;
HIJAZI, 2000).
A educação dos profissionais de saúde é de fundamental
importância para a redução dos índices de infecção associado
do uso da ventilação invasiva. Estes profissionais devem
seguir as recomendações das CCIHs. Algums aspectos devem
ser observados pela equipe de enfermagem, contribuindo
assim na redução da infecção, citando: não trocar os circuitos
do aparelho frequentemente, a troca a cada 24 ou 48 horas
está mais associada à infecção do que a cada 7 dias; lavar as
mãos e ultilizar precauções em relação às secreções;
desinfetar e esterilizar os nebulizadores; manter o paciente
em decúbito de 30 a 40º;usar mascara no contato com
secreções (MOHAMMED; HIJAZI, 2000; GIROU, 2001).
No entanto ECHER; ONZI; HOEFEL (1990) relacionam
outras medidas a serem atendidas pelo pessoal de
enfermagem, como por exemplo realizar higiene oral 3 vezes
ao dia, trocar conjunto de cânula de traqueostomia e cânula
interna, trocar cadarço e curativo da traqueostomia ou da
sonda endotraqueal, aspirar o paciente sempre que
necessário, trocar sistema de aspiração a cada 6h e trocar
solução salina estéril a cada 24h.
Cateterização venosa central
O uso de cateter venoso central (CVC) é a causa mais
frequente de morbi-mortalidade nas UTI’s de todo o mundo
e a mais importante complicação da nutrição parenteral
(COOPERSMITH, 2002).
A etiologia da infecção por cateteres e proveniente da
via de acesso, pelo tempo de permanência do cateter, pelas
mãos do trabalhadores da saúde, pela flora da pele ou pela
contaminação de uma outra parte anatômica. A colonização
do sítio de inserção ou do canhão, são as principais fontes. O
principal agente envolvido é o Staphylococcus epidermidis, mas
o S. aureus, Candida sp também aparece como um agente
importante. Estes microrganismos podem originar-se da
contaminação a partir da flora cutânea, durante a inserção
ou por migração ao longo do cateter e também das mãos da
equipe ao contaminar o canhão (FERNANDES; BARATA,
2002). Segundo FERNANDES; BARATA (2002), a veia
subclávia tem um maior risco de infecção do que as veias
jugular e femoral, mas de acordo com os autores DIENER;
COUTINHO; ZOCOLLI (1996), a inserção do cateter na veia
jugular interna aumenta o risco de bacteremia relacionado
ao acesso venoso central.
A prática de técnicas assépticas apropriadas deve ser
promulgada pelas organizações para o melhor controle da
infecção, utilizando-se o máximo de precauções de barreira,
pratica esta que necessita do acompanhamento e incentivo
da educação continuada. Estudos demonstram que a
reciclagem dos enfermeiros de UTI sobre os cuidados com o
CVC, reduzem drasticamente a incidência de infecção
(FERNANDES; BARATA 2002; COOPERSMITH, 2002)
Os cateteres periféricos devem ser trocados a cada 48-
72 horas, pois isto reduz o risco de colonização e flebite.
Entretanto, para os cateteres centrais, esta troca rotineira
não é benéfica A troca do sistema de infusão deve ser
realizada a cada 72 horas, exceto quando forem
administrados sangue e derivados, emulsões lipídicas e outras
soluções que favoreçam crescimento microbiano
(SALOOJEE; STEENHOFF, 2001; FERNANDES; BARATA,
2002). De acordo com COOPERSMITH (2002); PEARSON
(1997); MAKI (1992); GANTZ (1985) relatam que quando
os cateteres são inseridos usando-se máscara, gorro, luvas
estéreis, a diferença de casos é significante.
Outra medida imprescindível quanto a prevenção de
infecção associada ao uso de cateter venoso central é a
limpeza e a antissepsia da pele no sítio de inserção do cateter,
usando-se um efetivo antisséptico (SALOOJEE; STEENHOFF,
2001; FERNANDES; BARATA, 2002; COOPERSMITH, 2002;
KRZYWDA, 2002). Entretanto os autores diferem quanto
ao antisséptico mais adequado. Segundo COOPERSMITH
(2002), a fórmula com a composição de glunato de
clorexidine com álcool de isopropril foi aprovado
recentemente pelo Food & Drug Administration (FDA) na
preparação da técnica na passagem do cateter, a combinação
da rápida ação do álcool com a persistente ação do clorexidine
produz um melhor efeito Para KRZYWDA (2002), a solução
adequada como antimicrobiano inclui a tintura de iodo,
polvidine iodado, álcool ou clorexidine, como agentes isolados
ou em conjunto. CHAIYAKUNAPRUK (2002) constatou em
pesquisa que clorexidina deve ser o agente de escolha para
os pacientes graves. Já SALOOJEE; STEENHOFF (2001);
FERNANDES; BARATA (2002), enfatizam o uso de clorexidine
a 2% como sendo mais efetivo do que o polvidine a 10% e o
álcool a 70% quando comparados quanto a incidência de
bacteremia. A comparação da clorexidina aquosa com a
alcoólica demonstrou vantagens desta última formulação,
por combinar os benefícios da rápida ação germicida do
álcool com a excelente ação residual da clorexidina. A
aplicação de solventes orgânicos, como acetona ou éter, é
contra indicada por aumentar a inflamação local e causar
desconforto ao paciente.
Lavagem das mãos
A importância das mãos quanto à transmissão de
infecção hospitalar é mundialmente conhecida, sendo um
procedimento essencial para a prevenção de infecções. Mas
é dificil tornar esta prática uma rotina no comportamento
dos profissionais de saúde que, apesar do conhecimento da
importância não utilizam esta prática, que é mais
negligenciada por parte dos médicos do que pelas
enfermeiras (NOGUERAS et al., 2001; BOYLE; HENLY;
47Rev Enferm UNISA 2002; 3: 43-9.
LARSON, 2001 ).
Uma análise sobre o comportamento dos profissionais
de saúde quanto à lavagem das mãos, mostrou que 59% dos
médicos e 69% do pessoal de enfermagem não lavavam as
mãos ao entrarem na UTI. Antes do contato com o paciente
foi observado que 16% dos médicos e 32% do pessoal de
enfermagem também não lavavam as mãos. O tempo médio
da lavagem foi de 12 a 24 segundos e não houve diferença
quanto a categoria da profissão. O resultado do estudo
mostrou que a equipe de médicos e enfermagem não
valorizam a lavagem das mãos, como sendo um método
eficaz na redução da incidência de infecção (CARVALHO et
al.,1988).
Outra pesquisa descrita por SALOOJEE; STEENHOFF
(2001), demonstrou que 30% das enfermeiras lavaram as
mãos após o contato direto com o paciente e que 50%
lavaram as mãos após a realização de alguns procedimentos
altamente contaminantes.
A lavagem das mãos tanto com água e sabão quanto
com agente anti-séptico reduz a infecção (PITTET;
MOUROUGA; PERNEGER, 1999; NOGUERAS et al., 2001;
BOYLE; HENLY; LARSON, 2001). Quanto ao tempo gasto
para a lavagem das mãos o Mistério da Saúde recomenda
que o procedimento tenha 5 minutos de duração e os autores
BOYLE; HENLY; LARSON, 2001 recomendam que as mãos
devem ser lavadas vigorosamente por 10 a 15 segundos. Já
os autores SALOOJEE; STEENHOFF (2001), relatam que a
precisão com a técnica da lavagem das mãos é mais
importante do que o tempo gasto e do que o agente utilizado
na lavagem.
A maneira mais eficaz para a redução de infecção causada
pela contaminação dasmãos dos profissionais de saúde é a
realização de programas de educação para estes profissionais,
alertando quanto a incidência e prevenção de infecção
relacionado a não lavagem das mãos (CARVALHO et al.,1988;
PITTET; MOUROUGA; PERNEGER, 1999; BOYLE; HENLY;
LARSON, 2001) . E de acordo com NOGUERAS et al. (2001)
o acesso mais fácil ao agente anti-séptico aumentará ainda
mais o número de lavagem das mãos.
Uso de Equipamentos
Os aparelhos médicos e cirúrgicos constituem um
importante veiculo de transmissão de infecção, sendo de
suma importância a realização de uma limpeza adequada de
todos os utensílios e equipamentos que entram em contato
com o paciente. As infecções transmitidas de paciente para
paciente é um resultado direto da limpeza inadequada dos
utensílios utilizados pelo paciente, sendo assim de
responsabilidade do pessoal de enfermagem realizar a
limpeza e desinfecção de tudo o que o paciente utilizar,
portanto, faz-se necessário o treinamento para a limpeza
de cada tipo de equipamento, entendendo o mecanismo
básico de ação do detergente ou desinfetante (SHARBAUGH,
2001).
A limpeza dos materiais deve ser realizada com água e
detergentes, combinando-se com a ação mecânica. E para
eliminar os microorganismos, deve ser utilizado um
desinfetante próprio para cada equipamento ou utensílio.
Muitos estudos com endoscópios mostram que tanto a
lavagem manual quanto a mecânica reduzem a
contaminação. O método de escolha para a limpeza depende
das características do equipamento, é de responsabilidade
do fabricante do produto recomendar o tipo de limpeza
que o equipamento deve receber (SHARBAUGH, 2001).
Segundo SCOTT; BLOOMFIELD (1985), a mistura de
água e sabão sem enxágüe é ineficiente em relação aos demais
produtos nas mesmas condições de aplicação. A aplicação de
desinfetantes fenólicos e hipoclorito produz um aumento
significante dos locais limpos.
Antibioticoterapia
O tratamento inadequado das infecções entre os
pacientes da UTI é um determinante importante entre as
mortalidades hospitalares, inclui o não direcionamento ao
antibiótico específico causando, assim, a resistência aos
antibióticos. Os pacientes com algum tipo de infecção e que
fazem o uso de antibiótico de forma inadequada, são mais
susceptíveis a desenvolverem sepse, choque séptico e
infecções sistêmicas. A principal razão para a administração
inadequada dos antibióticos é a presença da resistência aos
antibióticos tanto os gram–positivos quanto os gram-
negativos. A terapia com antibióticos deve ter seu início antes
do curso da infecção (KOLLEF et al., 1999).
Contudo, autores da década de 1970 como POLLACK;
CHARACHE (1972); ALEXANDRE (1975); RAPIN; GEORGE;
LHOSTE; ROBIN (1979), relatam que os antibióticos
profiláticos devem ser evitados. POLLACK; CHARACHE
(1972) constataram presença de Klebsiella de 7,4 para 71%
nos pacientes recebendo antibiótico profilático, RAPIN;
GEORGE; LHOSTE; ROBIN (1979) demonstraram
diminuição de infecção hospitalar após restrição do uso de
antibiótico profilático e ALEXANDRE (1975) observou
diminuição de residência orgânica quando utilizados vários
antibióticos.
Para que a infecção seja detectada é necessário que os
profissionais façam o diagnóstico precoce. Cabe a equipe de
enfermagem avaliar de maneira sistemática a temperatura,
sinais e sintomas que indiquem algum tipo de infecção,
devendo assim, desenvolver-se um protocolo para iniciar-se
a administração empírica de antibióticos e, posteriormente,
selecionar o antibiótico específico para a infecção suspeita
(KOLLEF et al., 1999).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O problema da Infecção Hospitalar nas UTIs tem sido
discutido em todo o mundo, uma vez que foi encontrado
um grande número de referências sobre o assunto. As
publicações nacionais têm enfocado este problema, mas
destas, poucas foram escritas por enfermeiros e publicadas
em revistas de enfermagem em comparação com as
publicações internacionais. Os artigos em português são mais
antigos quando comparados aos de língua estrangeira.
Alguns autores diferem quanto aos meios mais eficientes
na prevenção da infecção, isto pode estar ocorrendo devido
a diferença nos anos das publicações, ou devido a prática e
Rev Enferm UNISA 2002; 3: 43-9.48
experiência de cada autor.
É importante perceber que muitos autores de outras
categorias profissionais reconhecem a importância da
enfermagem no combate á infecção hospitalar, seja na
educação da equipe ou na melhoria das técnicas utilizadas.
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