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Controle de Infecção

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AT 1
2 32
S
U
M
Á
R
IO
3 UNIDADE 1 - Introdução
5 UNIDADE 2 - Infecções Hospitalares
5 2.1 História das infecções hospitalares
6 2.2 Definição
7 UNIDADE 3 - Fatores de Risco para Infecções Hospitalares
10 3.1 Cateterização vesical
11 3.2 Ventilação invasiva
12 3.3 Cateterização venosa central
14 UNIDADE 4 - Patógenos
17 UNIDADE 5 - O Controle das Infecções
17 5.1 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
19 5.2 Controle bacteriológico na UTI
22 UNIDADE 6 - Papel do Enfermeiro na Prevenção de Infecções na UTI
25 REFERÊNCIAS
31 GLOSSÁRIO BÁSICO
34 CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES SEGUNDO O CDC
56 ANEXOS
2 33
UNIDADE 1 - Introdução
A revolução social, cultural e profissional 
que se vive atualmente, proporciona avan-
çados nos recursos tecnológicos com o intui-
to de facilitar a vida das pessoas, tais como o 
uso de computadores, lap top ou notebook, 
alarmes, telefones celulares e diversos ou-
tros equipamentos que são lançados con-
tinuamente no mercado. No entanto, a uti-
lização das novas tecnologias tem também 
promovido o aumento de acidentes de tra-
balho, doenças ocupacionais, gerando ações 
nas esferas jurídicas, cível, criminal, traba-
lhista e previdenciária, que trazem inúmeras 
repercussões e prejuízos nos relacionamen-
tos entre capital e trabalho, empresário e 
trabalhador, e sociedade de um modo geral, 
como será demonstrado no decorrer desta 
obra.
As consequências têm sido discutidas 
nas áreas de saúde, social, tecnológica, se-
gurança, jurídica, pesquisa, normas interna-
cionais, e tem motivado o desenvolvimento 
de trabalhos vinculados à prevenção primá-
ria de saúde, ou seja, fazendo promoção de 
saúde e proteção específica, e segurança, 
bem como do conhecimento e avaliação dos 
riscos e dos efeitos que os mesmos ocasio-
nam, buscando desta forma uma globaliza-
ção e padronização de rotinas e práticas que 
tragam como resultado a proteção à saúde 
e segurança dos trabalhadores e do meio 
ambiente, onde criam-se ordens de serviço 
ou procedimentos específicos e que são exi-
gências legais (Lei 6.514 - 22.12.1977 - NRs. 
Portaria 3.214- 08.06.1978).
Apesar de existir um avanço tecnológico 
no que se refere à veiculação de informa-
ções e pesquisas, através do uso da web ou 
internet, deve-se admitir que a velocidade 
dessas informações, bem como o seu dina-
mismo, favorecem erros técnico-científicos, 
embora o processo de benchmarking entre 
os profissionais que atuam nas áreas de pre-
venção à saúde, segurança, meio ambiente, 
resulte na criação de uma malha normativa 
que agrupa de maneira global as informa-
ções a todos os envolvidos, na tentativa de 
propor alternativas mais adequadas para as 
atuais condições de trabalho (LOPES, 2001).
Entretanto, os conflitos de interesses de 
classes, sindicatos, órgãos governamentais, 
convênios médicos, entre outros, demons-
tram o envolvimento de grandes somas de 
dinheiro, aumentando consideravelmente 
o custo Brasil e que uma das causas do pro-
blema está exatamente na falta de conhe-
cimento técnico, científico, administrativo e 
legal, bem como a maneira com que os pro-
blemas e sugestões para a erradicação dos 
mesmos são conduzidos.
Na última década, observa-se que as pre-
ocupações com a avaliação de riscos ineren-
tes à função e a ambientes de trabalho, têm 
se tornado rotina, tomada como uma das 
poucas formas de resolver inúmeras situa-
ções que resultam em prejuízos, tanto para 
trabalhadores quanto para empresas (LO-
PES, 2001).
Observa-se também que o Direito do Tra-
balho vive, na sua rotina diária, mediando e 
intervindo na resolução de conflitos entre o 
capital e o trabalho, e que as questões refe-
rentes à saúde no trabalho por exposição a 
riscos conhecidos e doenças ocupacionais, 
demonstram que o trabalho exigido, fre-
quentemente está sendo realizado acima 
dos limites de segurança ou inadequadas. 
4 54
Tais situações resultam, na maioria dos ca-
sos, em ações jurídicas e processos movidos 
de maneira reativa e compulsória, visando o 
reconhecimento e a indenização monetária. 
Essas situações poderiam ser prevenidas por 
meio de práticas seguras e efetivas de pre-
venção, através da ergonomia.
Isto leva a considerar que a Ergonomia 
pode ser uma das principais possibilidades 
para a prevenção, tratamento, restrição de 
danos pessoais e econômicos, em toda sua 
amplitude, pois, por meio da ergonomia, po-
de-se constatar diversos aspectos primor-
diais para a prevenção de passivos ocupacio-
nais, dentre eles: a biomecânica do posto de 
trabalho, a organização do trabalho, o levan-
tamento e priorização de riscos, e ainda fato-
res físicos e psicossociais dos trabalhadores, 
dentre outros (LOPES, 2001).
Procuramos abordar estes temas – ergo-
nomia e fisiologia – de forma teórica e prá-
tica, evidenciando uma das importâncias da 
ergonomia, como instrumento preventivo 
de passivos ocupacionais, a fim de oferecer 
subsídios para que a ciência deste problema 
evite impactos às instituições e aos trabalha-
dores, por meio das ações reclamatórias que 
variam de uma simples queixa até a instala-
ção de processos, os mais variados possíveis.
Enfim, esta apostila não é uma obra iné-
dita, trata-se de uma compilação de autores 
e temas ligados à ergonomia e fisiologia do 
trabalho e tomamos o cuidado de disponi-
bilizar ao final da mesma, várias referências 
que podem complementar o assunto e sanar 
possíveis lacunas que vierem a surgir.
Desejamos bons estudos a todos!
4 55
UNIDADE 2 - Infecções Hospitalares
2.1 História das infecções 
hospitalares
É fato não somente noticiado em jornais e 
periódicos científicos, que ao longo de todos 
os períodos históricos, a medicina vem se de-
senvolvendo de forma gradativa, de acordo 
com as características da sociedade, econo-
mia da época e do local.
Quanto aos fatos e descobertas que mais 
contribuíram na prevenção de doenças in-
fecciosas, elas se situam com força no século 
XIX. Um dos mais importantes acontecimen-
tos naquele século foi a descoberta da causa 
e consequência da febre puerperal, já conhe-
cida por Hipócrates, mas que se tornou gra-
ve no século XVIII, quando foram criados os 
hospitais urbanos, onde as gestantes eram 
internadas antes, durante e após o parto 
(RODRIGUES, 1997).
Philipp Semmelweis foi quem primeiro 
percebeu a relação entre o grupo de pa-
cientes e infecção. No hospital onde atua-
va, implementou a separação de serviço de 
obstetrícia das demais unidades, numa ten-
tativa de erradicar ou diminuir as infecções. 
Esta medida não surtiu o efeito esperado 
e, então, em 1847, estabeleceu compulso-
riamente a lavagem de mãos para todos os 
integrantes da equipe de saúde. Com esta 
medida obteve resultados significativos em 
relação à medida anteriormente adotada re-
fletindo-se na redução da mortalidade ma-
terna. (RODRIGUES, 1997; STARLING; TAVA-
RES, 1998).
Por esta mesma época, Joseph Lister 
(1827–1912) passou a utilizar o ácido fêni-
co, pulverizando-o no ar e, depois, procurou 
utilizá-lo para melhor desinfecção das mãos; 
instrumentais e campos cirúrgicos. Lister 
utilizava esta prática mesmo após Charles 
Chamberland ter criado a autoclave para 
esterilização por calor úmido sob pressão, 
muito utilizada nos laboratórios de microbio-
logia; e Pasteur ter demonstrado que a este-
rilização pelo calor era superior à desinfecção 
química dos instrumentos cirúrgicos (RODRI-
GUES, 1997; STARLING; TAVARES, 1998).
Mesmo com essas técnicas, as infecções 
hospitalares nas salas de cirurgia não conse-
guiam ser controladas devido a não lavagem 
das mãos dos cirurgiões. Foi, então, que a 
enfermeira do hospital, Miss Caroline Hamp-
ton solicitou a confecção de dois pares de 
luvas, à “Goodyear Rubber Company” sendo 
prontamente atendida. As luvas já eram uti-
lizadas em cirurgia com a finalidade de pro-
teger os médicos, todavia, para a proteção 
dos pacientes, como passaram a ser usadas 
a partir de 1890, foi uma conduta inovadora 
(RODRIGUES, 1997).
No século XX, Alexander Fleming desco-
briu a penicilina apartir dos efeitos de fun-
gos. E na primeira metade do século XX até 
os anos 40, na era pré-penicilina, as infec-
ções hospitalares eram causadas, predomi-
nantemente, por Streptococcus pyogenes 
e pneumoniae. Com a introdução inovado-
ra das sulfonamidas e da penicilina após a II 
Guerra Mundial, as infecções graves por es-
treptococos e estafilococos passaram a ser 
tratáveis e curáveis. Mesmo com o uso das 
medicações anti-infecciosas, aumentava-
-se cada vez mais o número de casos da re-
sistência ao tratamento e da mortalidade. 
Em decorrência destes fatos, por meio da 
“American Hospital Association”, recomen-
6 76
dou-se a criação das “Comissões de Controle 
de Infecção Hospitalar”. Em 1962, criou-se a 
figura do enfermeiro, exclusivamente para o 
controle de infecção hospitalar no Reino Uni-
do e, a cada 10 anos, realiza-se a “Interna-
tional Conference on Nasocomial Infection” 
organizada pelo “Center for Disease Control 
and Prevention” (RODRIGUES, 1997).
No Brasil, os primeiros relatos de infecção 
hospitalar, embora não se utilizassem estes 
termos, surgiram a partir de 1956, referin-
do-se à esterilização do material hospitalar e 
ao uso indiscriminado e inadequado de anti-
bióticos. A primeira Comissão de Controle de 
Infecção Hospitalar (CCIH) surgiu em 1963, 
no Hospital Ernesto Dornelles, no Rio Gran-
de do Sul. As primeiras comissões multidis-
ciplinares foram criadas na década de 1970, 
em hospitais públicos e privados, principal-
mente ligados a escolas médicas. Em 1983, 
o Ministério da Saúde promulgou a Portaria 
nº 196 de 24 de junho, determinando que 
todos os hospitais do país deveriam manter 
CCIH. Já em 1985, foi publicado o “Manual de 
Controle de Infecção Hospitalar”, na tentati-
va de delinear as medidas básicas, adaptan-
do-se para a realidade nacional.
No ano de 1987, a Portaria nº 232, do Mi-
nistério da Saúde, publicada no Diário Oficial 
da União, de 6 de abril de 1988, criava o Pro-
grama Nacional de Controle de Infecção Hos-
pitalar, que em 1990 viria a se transformar 
em divisão de Controle de Infecção Hospita-
lar. Em 27 de agosto de 1992, o Ministério da 
Saúde expede, na forma de anexos, normas 
para o controle de infecções hospitalares, 
revogando a portaria 196, de 24 de junho de 
1983 e edita a atual Portaria Nº 930 (LACER-
DA, 1995).
Mesmo que breve e sucintamente, cre-
mos ter expostos os fatos mais relevantes 
que contam a trajetória do controle de in-
fecções desde que despertou o interesse e 
preocupação dos médicos e que hoje encon-
tram na CCIH um forte aliado para erradicar e 
combater a problemática das infecções hos-
pitalares.
2.2 Definição
O Center for Disease Control (CDC) define 
uma infecção hospitalar como qualquer in-
fecção adquirida durante a hospitalização, 
que não esteve presente nem se incubou 
por ocasião da internação e não esteve rela-
cionado com uma hospitalização anterior.
Em outra definição, a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA), classifica a in-
fecção hospitalar como aquela que é adqui-
rida após a admissão do paciente na Unida-
de Hospitalar e, que se manifesta durante a 
internação ou após a alta, quando esta pode 
ser relacionada com a internação ou procedi-
mentos hospitalares.
De acordo com David (1998), a infecção 
é caracterizada pelo aparecimento, após 48 
horas de internação, considerando preco-
ces as infecções que surgem nas primeiras 
noventa e seis horas, e tardias quando está 
em processo de colonização microbiana por 
patógenos hospitalares.
6 77
UNIDADE 3 - Fatores de Risco para 
Infecções Hospitalares
Segundo Sarria et al (1994), para que a 
infecção hospitalar exista, é necessário que 
haja a relação entre um microrganismo capaz 
de produzi-la, um vetor de transmissão e um 
hospedeiro susceptível.
De acordo com Pereira et al. (2000), a as-
sociação de doenças, procedimentos invasi-
vos e fatores iatrogênicos por parte da equi-
pe fazem com que os pacientes sejam mais 
acometidos de infecções. A resposta imu-
nológica do paciente em terapia intensiva 
frente ao processo infeccioso é deficiente. 
A sua imunidade, os mecanismos de defe-
sa estão comprometidos tanto pela doença 
motivadora da hospitalização quanto pelas 
intervenções necessárias para o diagnóstico 
e tratamento.
Para David (1998), as principais causas 
das infecções são as condições clínicas do 
paciente, doenças de base, números ele-
vados de procedimentos invasivos e falhas 
nas medidas e controle e prevenções das 
infecções. Infecções urinárias, pneumonias, 
feridas cirúrgicas, e os métodos invasivos, 
como os cateteres, a ventilação mecânica e 
cateteres intravasculares são responsáveis 
por grande número das infecções.
Os fatores predisponentes à infecção 
hospitalar estão ligados à própria situação 
de saúde e doença, ou a métodos invasivos 
e ambientais aos quais o paciente está ex-
posto. Os fatores relacionados a problemas 
de saúde estão ligados à terapia com es-
teroides, transplante renal, transplante de 
medula óssea, fatores de imunodepressão, 
choque e queimaduras.
Entre os fatores de risco devido ao uso de 
métodos invasivos de diagnóstico e trata-
mento, os mais citados são: uso de cateteres, 
uso de ventilação invasiva, uso de nutrição 
parenteral, uso indiscriminado de antibióti-
cos, uso de histamina e betabloqueadores 
(DAVID, 1998; SALOOJEE; STEENHOFF, 2000 
apud LICHY; MARQUES, 2002). Somando-se 
a estes fatores, os autores abaixo também 
citados por Lichy e marques (2002), Kollef 
et al. (1999), acrescentam a resistência aos 
antibióticos como um fator contribuinte para 
o aumento da infecção hospitalar, somando-
-se a isto, Schultz et al. (2001) consideram 
o fator idade como um predisponente à in-
fecção. Pittet; Mourouga; Perneger (1999); 
Nogueras et al, (2001); Boyle; Henly; Larson 
(2001), afirmam que a lavagem das mãos 
é um dos mais importantes aspectos que 
elevam os índices de infecção hospitalar. Já 
Sharbaugh (2001), cita que os equipamen-
tos são vetores de transmissão que propaga 
a infecção.
Vejamos alguns fatores e/ou situa-
ções predisponentes:
a) Infecção urinária: consideram-se in-
fecções urinárias as infecções nosocomiais, 
ou seja, adquiridas no ambiente hospitalar. 
É uma das doenças mais frequentes na UTI, 
acometem 2% dos pacientes internados, 
sendo responsáveis por 35% a 45% das in-
fecções hospitalares. Aproximadamente 
80% dos pacientes que contraem infecção 
urinária fazem uso de cateteres urinários, 
mesmo com emprego de técnica adequada 
de inserção do cateter vesical e uso de siste-
ma de drenagem fechado, a colonização da 
urina na bexiga irá ocorrer em torno de 50% 
dos pacientes após 10 a 14 dias de cateteri-
zação (ANVISA 2000).
8 9
Segundo Lichy e Marques (2002), o índice 
de mortalidade em decorrência do uso de ca-
teter vesical é de 3,03%, índice este associa-
do a permanência do paciente por mais de 10 
dias na UTI.
A maioria das infecções urinárias é cau-
sada por bactérias, porém fungos e vírus, 
agentes mais raros, aparecem em situações 
especiais. As enterobactérias (Escherichia 
coli, Staphylococcus saprophiticus, Proteus 
sp, Klebsiella sp) são os microrganismos mais 
comum na UTI e podem atingir o trato uriná-
rio por via retrógrada (ascendente), hemato-
gênica ou linfática. A manipulação urológica 
através do cateterismo, endoscópios ou ci-
rurgia podem levar os microrganismos para 
o interior do trato urinário e, neste caso, a fi-
siopatogenia e a flora responsável são muito 
diferentes (LOPES; TAVARES, 2005).
Segundo Angelino (2010), grande parte 
das infecções urinárias é assintomática, os 
sintomas mais frequentes são dores pélvi-
cas ou hipogástrica, dor no flanco, disúria, 
náusea, vômito e febre.
b) Pneumonia: é a infecção hospitalar 
que mais comumente acomete pacientes in-
ternados em UTI, podendo ser de origem co-
munitária ou nosocomial, associada à venti-
lação mecânica. É definida como infecção do 
trato respiratório inferior, com envolvimento 
do parênquima pulmonar, adquirida em am-
biente hospitalar, após48 a 72 horas de hos-
pitalização (CARRILHO, 2004).
Segundo o mesmo autor acima, é conside-
rada precoce quando ocorre até o quarto dia 
e, tardia, quando tem início a partir do quinto 
dia. Essa classificação tem grande importân-
cia para a diferenciação do agente etiológico 
e para a decisão quanto à terapêutica a ser 
instituída. Quando se faz o diagnóstico de 
pneumonia simplesmente com base em cri-
térios clínicos, pode ocorrer grande proba-
bilidade de risco, da utilização inadequada 
de antimicrobianos, devido a esse fato, faz-
-se necessário a realização de técnicas mais 
sensíveis e específicas, tais como as culturas 
quantitativas para uma precisão no diagnós-
tico.
De acordo com David (1998), a pneumonia 
nosocomial aumenta a mortalidade (36% 
a 80%), principalmente quando é bacteriê-
mica, a pneumonia nosocomial, em geral no 
paciente adulto, ocorre em 7 a 90/1000 e 7 
a 46/1000 internações, respectivamente, e 
tem mortalidade de 6% a 58%.
Segundo Angelino (2010), a pneumonia 
associada à ventilação mecânica é conse-
quência da falta de equilíbrio entre os me-
canismos de defesa do indivíduo e o agente 
microbiano, devido ao tamanho do inoculo 
ou virulência do microrganismo.
Há quatro vias relacionadas à pato-
gênese da pneumonia associada à ven-
tilação mecânica:
i. Aspiração do conteúdo orofaríngeo.
ii. Contaminação do equipamento respi-
ratório.
iii. Transmissão de uma pessoa para ou-
tra.
iv. A disseminação hematogênica.
A pneumonia associada à ventilação me-
cânica também pode ser adquirida através 
de outros focos extrapulmonares como in-
fecções pélvicas, feridas cirúrgicas e infec-
ções a partir de cateteres vasculares (ANGE-
LINO 2010).
Segundo Fortuna et al. (2002), as ma-
nifestações clínicas associada à ventilação 
mecânica podem ser: dispneia, astenia, fe-
8 9
bre, tosse, expectoração, emagrecimento, 
hemoptise e dor torácica.
c) Ferida cirúrgica: pode ser classificada 
em superficial, profunda e de órgão ou cavi-
dade, conforme definição.
c.1) Superficial: é aquela que ocorre nos 
primeiros trinta dias do pós-operatório e en-
volve unicamente pele e/ou tecido celular 
subcutâneo.
c.2) Profunda: apresenta-se dentro dos 
primeiros trinta dias e, em caso de colocação 
de prótese, pode manifestar-se até um ano 
após o procedimento, podendo envolver te-
cidos moles e mais profundos, fáscia e mús-
culos.
c.3) Cavidade ou órgão: inclui qualquer 
sítio anatômico relacionado com o procedi-
mento, exceto a área da incisão cirúrgica.
A infecção da ferida operatória é um risco 
inerente ao ato cirúrgico, sendo também sua 
complicação mais comum. Quase toda infec-
ção de ferida cirúrgica é adquirida durante o 
ato cirúrgico, e a manifestação da infecção 
da ferida operatória se dá, em média, quatro 
a seis dias após o procedimento, observan-
do-se edema, eritema e dor no sítio da inci-
são com drenagem de secreção de aspecto 
purulento (MAIA, 2009).
d) Métodos invasivos: cateteres são 
indispensáveis na prática da medicina mo-
derna, particularmente em UTI, sendo, no 
entanto, importante fonte de infecção da 
corrente sanguínea primária, causa mais fre-
quente de morbimortalidade (LICHY; MAR-
QUES, 2002).
A etiologia da infecção por cateteres é 
proveniente da via de acesso, pelo tempo 
de permanência do cateter, pelas mãos dos 
trabalhadores da saúde, pela flora da pele ou 
pela contaminação de uma outra parte ana-
tômica. A colonização do sítio de inserção ou 
do canhão são as principais fontes.
De acordo com os mesmos autores, a tro-
ca dos cateteres periféricos a cada 48-72 
horas, se faz necessária, pois reduz o risco 
de colonização e flebite. Para os cateteres 
centrais, esta troca rotineira não é benéfica 
à troca do sistema de infusão, devendo ser 
realizada a cada 72 horas, exceto quando fo-
rem feito a infusão de sangue e derivados, 
emulsões lipídicas e outras soluções que fa-
voreçam crescimento microbiano, quando os 
cateteres são inseridos usando mecanismos 
para segurança do profissional e do paciente 
como máscara, gorro, luvas estéreis, a dife-
rença de casos é significante.
e) Ventilação mecânica: é a administra-
ção de oxigênio em pacientes impossibilita-
dos de respirar ou quando essa atividade é 
realizada de forma exaustiva pelo mesmo. É 
um método usual na UTI, sendo utilizada em 
pacientes com insuficiência respiratória ou 
qualquer etiologia, dando suporte ao trata-
mento da patologia-base pelo tempo que for 
necessário para reversão do quadro, portan-
to não constitui um procedimento curativo, 
pode ser classificada em ventilação invasiva 
e não invasiva (SMELTZER; BARE, 2005).
Para Lichy e Marques (2002), os pacientes 
submetidos a este procedimento estão de 6 
a 21 vezes mais propensos a desenvolverem 
algum tipo de patologia respiratória. A ocor-
rência de infecção pulmonar faz aumentar o 
índice de morbimortalidade independente 
da patologia do paciente. Para pacientes sob 
ventilação invasiva, o risco de desenvolver 
infecção cresce em 1% a cada dia de interna-
ção.
A ventilação mecânica invasiva trata-se 
de um procedimento que traz significativas 
10 11
repercussões sobre os vários órgãos e siste-
mas do paciente submetido à mesma, bem 
como está diretamente relacionada a com-
plicações frequentes, algumas podendo ser 
potencialmente fatais, as sinusites, bron-
queolites, broncopneumonias, traqueo-
bronquite e pneumonia, são as complicações 
mais comumente relacionadas à ventilação 
mecânica (CINTRA, 2008 apud JÚLIO, 2013).
f) Baixa imunidade: a terapia nutricional 
é peça fundamental nos cuidados dispensa-
dos ao paciente crítico, devido às evidências 
científicas que comprovam que o estado nu-
tricional interfere diretamente na sua evolu-
ção clínica.
A desnutrição progressiva de muitos pa-
cientes sob cuidados intensivos, secundária 
a suspensão da dieta sólida e ao aumento 
das demandas metabólicas decorrentes de 
fatores como lesões teciduais, déficits de 
perfusão, febre e taquicardia resultam em 
diminuição da massa muscular e é predispo-
nente para a aquisição de infecções hospita-
lares (SANTOS et al., 2010).
Segundo Ferreira (2007), o paciente críti-
co, após a agressão, sofre uma série de alte-
rações hormonais visando manter a home-
ostase hemodinâmica. Fatores inerentes ao 
tratamento, como ventilação mecânica, uso 
de sedativos e fármacos vasoativos, tornam 
o suporte nutricional um desafio aos profis-
sionais envolvidos. A via de administração da 
terapia nutricional, o tipo e a quantidade de 
dieta ofertada devem ser criteriosamente 
avaliados para diminuir o aparecimento de 
complicações.
3.1 Cateterização vesical
Estudos apresentados por Lichy e Mar-
ques (2002) mostraram que quanto à inci-
dência de infecção associada ao uso de sonda 
vesical, a taxa média é de 20% nos pacientes 
com cateterização por mais de uma semana. 
O índice de mortalidade em decorrência do 
uso de cateter vesical é de 3,03, índice este 
associado à permanência do paciente por 
mais de 10 dias (MACHADO; OLIVEIRA; SILVA 
JUNIOR, 1998). A presença de cateter vesical 
no paciente significa possibilidade de infec-
ção hospitalar com bacteriúria de até 5% por 
dia de sondagem, e as infecções do trato uri-
nário representam a segunda maior causa de 
infecções hospitalares em UTI’s da Europa, e 
a primeira causa nos Estados Unidos (LEONI 
et al., 2001 apud LICHY; MARQUES, 2002).
Os cuidados com os procedimentos de 
enfermagem devem ser otimizados, sendo 
estabelecidas regras quanto ao uso de anti-
bióticos para o melhor controle da infecção 
do trato urinário. Segundo Fernandes; Ba-
rata, (2002 apud LICHY; MARQUES, 2002), 
Silva; Pereira; Wey (1998), o sistema fecha-
do é o mais recomendado para prevenir a 
infecção urinária relacionada ao cateter. O 
risco de infecção relacionada à cateteriza-
ção reduz de 97% para até 8%, quando se 
emprega sistemas fechados de drenagem. 
Para Garibald (1987) e Stamm (1992 apud 
LICHY; MARQUES, 2002), dos pacientes que 
utilizam o sistema aberto, 100% podem ad-
quirir infecção após 4 dias deuso, enquanto 
que quando utilizado o sistema fechado a 
porcentagem é de 50% após 7 a 10 dias de 
cateterização.
Embora o uso do sistema fechado seja 
mais recomendado para a redução da infec-
ção urinária, Leoni et al. (2001 apud LICHY; 
MARQUES, 2002) realizaram um estudo so-
bre o índice de infecções relacionado ao tipo 
de cateter, comparando o uso do sistema fe-
chado com o sistema aberto de duas entra-
das. Os resultados demonstraram que não 
houve significância entre os dois sistemas 
10 11
no que diz respeito ao aumento do índice de 
infecção, não justificando a sua utilização em 
pacientes internados na Unidade de Terapia 
Intensiva.
Na comparação das sondas de látex com 
as de silicone não foi observada diferença 
significativa, todavia, sondas impregnadas 
com liga de prata apresentam menor inci-
dência de bacteriúria quando comparadas 
com sondas de látex, silicone, hidrogel e 
até mesmo com óxido de prata. Entretanto, 
as sondagens de curta duração não são in-
fluenciadas pelo tipo de material empregado 
(BARATA; FERNANDES, 2002 apud LICHY; 
MARQUES, 2002).
De acordo com Barata; Fernandes (2002); 
Leoni et al. (2001), não foi comprovada van-
tagem de antissépticos para a limpeza do 
meato uretral prévia à sondagem. A apli-
cação de soluções antissépticas no meato 
uretral não reduz o risco de infecção e a lim-
peza vigorosa do meato pode aumentar sua 
ocorrência, sendo suficiente a manutenção 
da higiene local. A irrigação e instilação de 
antissépticos ou antimicrobianos, além de 
não prevenir infecção, expõe o paciente aos 
efeitos nocivos das drogas e à pressão sele-
tiva dos microrganismos resistentes. Por ou-
tro lado, Silva; Pereira; Wey (1998) afirmam 
que deve ser utilizada técnica asséptica, rea-
lizando higiene íntima duas vezes ao dia com 
polivinilpirrolidona-iodo degermante (PVP-
-I) e realizar antissepsia com PVP-I solução 
aquosa.
Deve-se evitar a abertura deste sistema 
e, quando for manipulado, deve-se lavar as 
mãos e utilizar luvas de procedimento. O re-
fluxo da urina é associado com infecção, por 
isso o saco coletor deve ser adequadamente 
posicionado em nível inferior ao corpo do pa-
ciente. A adição de clorexidina ou de peróxi-
do de hidrogênio no saco coletor não reduz a 
incidência de infecção, ele deve ser trocado 
apenas quando clinicamente indicado ou de 
acordo com as recomendações do fabrican-
te. A sonda deve ser trocada apenas quan-
do necessário, não existindo vantagens na 
sua troca periódica (BARATA; FERNANDES, 
2002; GARIBALD, 1987 apud LICHY; MAR-
QUES, 2002).
3.2 Ventilação invasiva
Apesar de todo o avanço tecnológico pre-
sente nas unidades de tratamento intensi-
vo, a infecção pulmonar continua sendo a 
maior causa de morbi-mortalidade entre os 
pacientes que estão em ventilação mecâni-
ca.
Os pacientes submetidos a este procedi-
mento estão de 6 a 21 vezes mais propensos 
a desenvolverem pneumonia. A ocorrência 
de infecção pulmonar faz aumentar o índi-
ce de morbimortalidade, independente da 
patologia do paciente. Para pacientes sob 
ventilação invasiva, o risco de desenvolver 
infecção cresce em 1% a cada dia de interna-
ção (MOHAMMED; HIJAZI, 2000 apud LICHY; 
MARQUES, 2002).
De acordo com David (1998), a pneumonia 
associada à ventilação invasiva tem incidên-
cia de 13% a 80% (2,6 a 6,2) dos casos por 
100 dias de ventilação invasiva, também au-
mentado o número de internação de sete a 
nove dias. Ainda, a mortalidade é de 20% a 
75% dos pacientes sob ventilação invasiva.
Entretanto, Mohammed; Hijazi (2000 
apud LICHY; MARQUES, 2002) relatam que 
27- 51% desenvolvem pneumonia com ris-
co de mortalidade, e que a percentagem de 
mortes que não teriam ocorrido na ausência 
de infecção é de 33% a 50%.
Os principais fatores de risco associados 
12 13
à ventilação invasiva são: duração do trata-
mento, reintubação, intubação emergencial, 
sonda nasogástrica, mudança frequente de 
ventilador, traqueostomia, posição supina 
do paciente, transporte do paciente para 
fora da UTI, pressão do balonete ou cânula, 
tratamento anterior com antibiótico, cirur-
gia abdominal ou torácica, terapia inalatória, 
monitoração da pressão intracraniana, bron-
coscopia, entubação nasotraqueal e aspira-
ção de secreções (MOHAMMED; HIJAZI, 2000 
apud LICHY; MARQUES, 2002).
Nesse contexto, a educação dos profis-
sionais de saúde é de fundamental impor-
tância para a redução dos índices de infecção 
associado ao uso da ventilação invasiva. Es-
tes profissionais devem seguir as recomen-
dações das CCIHs. Alguns aspectos devem 
ser observados pela equipe de enfermagem, 
contribuindo assim na redução da infecção, 
citando: não trocar os circuitos do aparelho 
frequentemente, a troca a cada 24 ou 48 
horas está mais associada à infecção do que 
a cada 7 dias; lavar as mãos e utilizar precau-
ções em relação às secreções; desinfetar e 
esterilizar os nebulizadores; manter o pa-
ciente em decúbito de 30 a 40º; usar másca-
ra no contato com secreções (MOHAMMED; 
HIJAZI, 2000; GIROU, 2001 apud LICHY; MAR-
QUES, 2002).
No entanto, Echer; Onzi; Hoefel (1990) 
relacionam outras medidas a serem atendi-
das pelo pessoal de enfermagem, como, por 
exemplo, realizar higiene oral 3 vezes ao dia, 
trocar conjunto de cânula de traqueostomia 
e cânula interna, trocar cadarço e curativo da 
traqueostomia ou da sonda endotraqueal, 
aspirar o paciente sempre que necessário, 
trocar sistema de aspiração a cada 6h e tro-
car solução salina estéril a cada 24h.
3.3 Cateterização venosa 
central
O uso de cateter venoso central (CVC) é a 
causa mais frequente de morbi-mortalidade 
nas UTI’s de todo o mundo e a mais importan-
te complicação da nutrição parenteral (CO-
OPERSMITH, 2002 apud LICHY; MARQUES, 
2002).
A etiologia da infecção por cateteres é 
proveniente da via de acesso, pelo tempo 
de permanência do cateter, pelas mãos dos 
trabalhadores da saúde, pela flora da pele ou 
pela contaminação de uma outra parte ana-
tômica. A colonização do sítio de inserção ou 
do canhão, são as principais fontes. O princi-
pal agente envolvido é o Staphylococcus epi-
dermidis, mas o S. aureus e Candida sp, tam-
bém aparecem como um agente importante. 
Estes microrganismos podem originar-se da 
contaminação a partir da flora cutânea, du-
rante a inserção ou por migração ao longo 
do cateter e também das mãos da equipe 
ao contaminar o canhão (FERNANDES; BA-
RATA, 2002 apud LICHY; MARQUES, 2002). 
Segundo os mesmos autores, veia subclávia 
tem um maior risco de infecção do que as 
veias jugular e femoral, mas de acordo com 
os autores Diener; Coutinho; Zocolli (1996), 
a inserção do cateter na veia jugular interna 
aumenta o risco de bacteremia relacionado 
ao acesso venoso central.
A prática de técnicas assépticas apropria-
das deve ser promulgada pelas organizações 
para o melhor controle da infecção, utilizan-
do-se o máximo de precauções de barreira, 
prática esta que necessita do acompanha-
mento e incentivo da educação continuada. 
Estudos demonstram que a reciclagem dos 
enfermeiros de UTI sobre os cuidados com o 
CVC, reduzem drasticamente a incidência de 
infecção (FERNANDES; BARATA 2002; CO-
12 13
OPERSMITH, 2002 apud LICHY; MARQUES, 
2002).
Os cateteres periféricos devem ser tro-
cados a cada 48-72 horas, pois isto reduz o 
risco de colonização e flebite. Entretanto, 
para os cateteres centrais, esta troca roti-
neira não é benéfica. A troca do sistema de 
infusão deve ser realizada a cada 72 horas, 
exceto quando forem administrados san-
gue e derivados, emulsões lipídicas e ou-
tras soluções que favoreçam crescimento 
microbiano (SALOOJEE; STEENHOFF, 2001; 
FERNANDES; BARATA, 2002 apud LICHY; 
MARQUES, 2002). Coopersmith (2002); 
Pearson (1997); Maki (1992); Gantz (1985 
apud LICHY; MARQUES, 2002) relatam que 
quando os cateteres são inseridos usando-
-se máscara, gorro, luvas estéreis, a dife-
rença de casos é significante.
Outra medida imprescindível quanto à 
prevenção de infecção associada ao uso de 
cateter venoso central é a limpeza e a an-
tissepsia dapele no sítio de inserção do ca-
teter, usando-se um efetivo antisséptico. 
Entretanto, os autores diferem quanto ao 
antisséptico mais adequado. Segundo Co-
opersmith (2002 apud LICHY; MARQUES, 
2002), a fórmula com a composição de glu-
nato de clorexidine com álcool de isopropril 
foi aprovado recentemente pelo Food & 
Drug Administration (FDA) na preparação 
da técnica na passagem do cateter, a combi-
nação da rápida ação do álcool com a persis-
tente ação do clorexidine produz um melhor 
efeito. 
Para Krzywda (2002 apud LICHY; MAR-
QUES, 2002), a solução adequada como 
antimicrobiano inclui a tintura de iodo, pol-
vidine iodado, álcool ou clorexidine, como 
agentes isolados ou em conjunto. Chaiyaku-
napruk (2002 apud LICHY; MARQUES, 2002) 
constatou em pesquisa que clorexidina deve 
ser o agente de escolha para os pacientes 
graves. Já Saloojee; Steenhoff (2001); Fer-
nandes; Barata (2002), enfatizam o uso de 
clorexidine a 2% como sendo mais efetivo 
do que o polvidine a 10% e o álcool a 70% 
quando comparados quanto a incidência de 
bacteremia. A comparação da clorexidina 
aquosa com a alcoólica demonstrou vanta-
gens desta última formulação, por combinar 
os benefícios da rápida ação germicida do 
álcool com a excelente ação residual da clo-
rexidina. A aplicação de solventes orgâni-
cos, como acetona ou éter, é contra indicada 
por aumentar a inflamação local e causar 
desconforto ao paciente (LICHY; MARQUES, 
2002).
14 1514
UNIDADE 4 - Patógenos
A sepse é uma causa importante de 
hospitalização, e a principal causa de 
morte em Unidades de Terapia Intensiva, 
tratando-se de uma síndrome de respos-
ta inflamatória, motivada por um agente 
agressor, associada à infecção sistêmica.
Os sinais e sintomas se apresentam de 
forma diversificada, sobretudo em pa-
cientes graves cujas doenças são com-
plexas e com frequência já estão em uso 
de antimicrobianos (BOECHAT; BOECHAT, 
2010).
Reafirmando o que já falamos, agora 
em palavras mais simples: as infecções 
tendem a se disseminar através de vários 
mecanismos, como as mãos, secreção 
salivar, fluidos corpóreos, ar e materiais 
contaminados, como por exemplo, equi-
pamentos e instrumentos utilizados em 
procedimentos médicos. Muitos destes 
procedimentos são invasivos e nem sem-
pre as técnicas são realizadas de modo a 
evitar a contaminação, elevando assim 
o risco de infecção do paciente (MACIEL; 
CÂNDIDO, 2010).
De acordo com David (1998), os pa-
tógenos mais comuns encontrados e 
envolvidos nas infecções do pacientes 
atendido na UTI são Escherichia coli, 
Pseudomonas aeruginosa; Staphylococ-
cus aureus; Enterococcus spp.
Vejamos um pouco mais sobre al-
guns deles:
a) Escherichia coli: são microrga-
nismos procariotas, unicelulares. Foi 
descrita pela primeira vez em 1885 por 
Theodor Escherich, um bacteriologista 
alemão, que a designou como bacterium 
coli commune. O nome “Escherichia coli”, 
refere-se a um grupo de bactérias cons-
tituído por diferentes estirpes que têm 
em comum várias características (gêne-
ro: Escherichia; espécie: coli) (VELOSO, 
2006 apud JÚLIO, 2013).
É um microrganismo relativamente 
pequeno e simples. A sua dimensão típi-
ca é de 0,5 μm de diâmetro e 1,5 μm de 
comprimento, apresentando uma forma 
de bastonete.
b) Pseudomonas aeruginosa: é um 
importante patógeno humano que está 
frequentemente associado a infecções 
dentro da UTI acometendo, principal-
mente, pacientes imunossuprimidos, 
pertence à família Pseudomonadaceae 
e apresenta-se na forma de bastonetes 
de 0,5 a 0,8 μm de largura por 1,5 a 3,0 
μm de comprimento. É um bacilo Gram 
negativo, aeróbio, não-esporulado, não-
-fermentador de glicose e móvel devido 
à presença de um flagelo polar, elas po-
dem se visualizadas ao microscópio como 
isoladas, aos pares ou em cadeias curtas 
(FERREIRA; LALA, 2010).
Em 1862, Luke descreveu pela primei-
ra vez o microrganismo com a observação 
de pus de cor azul esverdeada presente 
em algumas infecções purulentas, sen-
do a principal causa de infecções na UTI. 
As fontes de maior contaminação são os 
aparelhos de respiração, sistemas de he-
modiálise, pias e artefatos de limpeza. A 
taxa de colonização em paciente que uti-
liza o mecanismo artificial de respiração 
pode exceder 50%, sendo a causa mais 
14 1515
importante de óbito dentro da UTI.
Está diretamente ligada a infecções 
do trato urinário, peritonites em pacien-
tes submetidos à diálise peritoneal. A 
disseminação desta bactéria é facilitada 
pela sua natureza ubíqua, o controle da 
infecções por pseudomonas aeruginosa 
exige o uso prudente de antimicrobianos 
e a prática da higienização das mãos diá-
ria, as técnicas das limpezas do ambiente 
e dos equipamentos médicos (FERREIRA; 
LALA, 2010).
c) Staphylococcus aureus: é um 
importante patógeno devido à sua viru-
lência, resistência aos antimicrobianos 
e associação a várias doenças, incluindo 
enfermidades sistêmicas potencialmen-
te fatais, infecções cutâneas, infecções 
oportunistas e intoxicação alimentar, 
se tornando ao longo dos anos cada vez 
mais frequente nas infecções na UTI 
(CRUVINEL; SILVEIRA; SOARES, 2011).
São encontradas nas regiões da naso-
faringe, fossas nasais, podendo causar 
infecções simples na pele até uma infec-
ção de caráter mais grave profunda em 
pacientes debilitados por doenças crôni-
cas, traumas físicos, queimaduras e imu-
nossupressoras. Esta é uma das razões 
pelas quais as infecções estafilocócicas 
severas são mais frequentemente ad-
quiridas na UTI. Indivíduos que carregam 
o staphylococcus aureus e não apresen-
tam sintomatologia são conhecidos como 
portadores são ou assintomáticos, sendo 
considerada uma das principais fontes de 
transmissão tanto da infecção nosoco-
mial, quanto da comunidade (CRUVINEL; 
SILVEIRA; SOARES, 2011).
No Brasil, o número de infecções hos-
pitalares causadas por Staphylococcus 
aureus corresponde de 40% a 80%, 
principalmente na UTI (VILELA 2009).
d) Enterococcus: são bactérias co-
mensal presentes na microbiótica do ho-
mem, porém podem comportar-se como 
agente infeccioso principalmente em 
pacientes cujos fatores de riscos estão 
presentes. São patógenos oportunistas 
reconhecidos como causa importante de 
infecção na UTI. A terapêutica desta in-
fecção tem se mostrando limitada, uma 
vez que os Enterococcus vêm adquirin-
do resistência a vários antimicrobianos 
(FURTADO et al., 2005).
De acordo com Vrajac (2005), as prin-
cipais espécies de enterococos que cau-
sam infecções no homem são Enterococ-
cus faecalis (80 a 90%) e Enterococcus 
faecium (5 a 15%). A aquisição da infec-
ção por enterococcus geralmente ocor-
re a partir da microbiota endógena após 
manipulação do trato gastrointestinal, 
por transmissão cruzada através das 
mãos dos profissionais de saúde e atra-
vés de equipamentos/artigos médicos 
(termômetros, estetoscópios) e superfí-
cies (mesa, maçaneta, telefone, bandeja 
de medicação) contaminadas que servem 
como fontes de transmissão.
e) Klebsiella: as espécies de Kleb-
siella spp. podem causar vários tipos de 
infecções, principalmente hospitalares, 
e têm merecido destaque pelos seus 
variados e emergentes mecanismos de 
resistência, tanto por isso se destaca 
entre os patógenos causadores de in-
fecções na UTI. Os fatores de riscos mais 
importantes encontrados são: ventila-
ção mecânica, escores clínicos e cirurgia 
cardíaca. Este microrganismo aumenta 
16 1716
drasticamente no ambiente hospitalar e 
causa infecções em diferentes órgãos e 
sistemas como no trato urinário e Siste-
ma Nervoso Central (ALMEIDA, 2005).
São encontradas em locais como água, 
solo, plantas e esgoto, sua colonização 
em seres humanos provavelmente ocor-
re por contato com as diversas fontes 
ambientais e também pode ser encon-
trada colonizando a orofaringe e fezes de 
pessoas sadias. Já no organismo de pes-
soas imunocomprometidas esta bactéria 
encontra um ambiente propício para seu 
crescimento, levando aos quadros de in-
fecções graves (OLIVEIRA et al., 2011).
16 1717
UNIDADE 5 - O Controle dasInfecções
Vilela (2009) e vários outros autores 
reforçam que um terço das infecções 
hospitalares poderia ser evitado com 
programas de controle de infecção efe-
tivos, contendo quatro itens principais:
i. Programa de vigilância.
ii. Um profissional de controle de infec-
ção hospitalar para cada 250 leitos.
iii. Pelo menos um epidemiologista trei-
nado.
iv. Treinamento para cirurgiões sobre 
risco de infecção em sítio cirúrgico.
Igualmente, Pereira et al. (2000) asseve-
ram que a UTI é o local onde se concentram 
pacientes clínicos ou cirúrgicos da mais alta 
complexidade, necessitando de monitoriza-
ção e suporte ventilatório e controle de suas 
funções vitais pelo alto grau de complexi-
dade que o paciente pode apresentar, logo, 
este perfil de paciente apresenta doenças 
ou condições clínicas predisponentes a in-
fecções.
Muitos deles já chegam à UTI com algum 
tipo de infecção de origem comunitária isto 
é, já presente ou incubada na época da ad-
missão hospitalar, ou nosocomial, definida 
pelo aparecimento após quarenta e oito (48) 
horas de internação e, a absoluta maioria, 
é submetida a procedimentos invasivos ou 
imunossupressivos com finalidades diag-
nóstica e terapêutica (PEREIRA et al., 2000).
As condições em que chegam e as infec-
ções que podem levar a óbito ou restabeleci-
mento tardio da saúde nos levam à Comissão 
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
5.1 Comissão de Controle de 
Infecção Hospitalar (CCIH)
A infecção hospitalar no Brasil constitui-
-se em um problema de saúde pública, ne-
cessitando de intervenções do setor público 
para a definição de parâmetros de controle. 
A criação das Comissões de Controle de In-
fecções Hospitalares (CCIH) foi um marco, já 
que as mesmas passaram a desempenhar 
dentro das instituições as funções de con-
trole dos processos e de educação da co-
munidade hospitalar no que diz respeito às 
infecções (SANTOS et al., 2008).
Apesar da formação multidisciplinar das 
CCIHs, grande parte da responsabilidade, 
tanto da prevenção quanto do controle das 
infecções, é assumida pelos enfermeiros 
tornando-se um desafio para estes pro-
fissionais. Alguns aspectos constituem-se 
como pontos essenciais para o trabalho do 
enfermeiro da CCIH e, entre esses, desta-
cam-se a promoção de debates, a realização 
de treinamentos e a divulgação de informa-
ções para a equipe. Com o desenvolvimento 
destas ações, espera-se uma mudança de 
comportamento dos profissionais da área da 
saúde no que tange o controle das infecções 
hospitalares (PEREIRA et al., 2005).
Além do conhecimento das tecnologias 
disponíveis para a identificação, o controle 
e o tratamento das infecções hospitalares, a 
equipe multidisciplinar da CCIH necessita de 
informações claras sobre a população aten-
dida pelo serviço, os principais microrganis-
mos identificados, os setores com maiores 
taxas de infecções hospitalares, entre ou-
tros, possibilitando o planejamento de ações 
mais efetivas. 
18 19
Silva e Santos (2001) nos lembram que 
uma das primeiras medidas de controle das 
infecções hospitalares foi a criação, na dé-
cada de 1950, de Comissões de Controle de 
Infecção Hospitalar (CCIH), sob a recomenda-
ção da Associação de Hospitais Americanos 
– American Hospital Association, que tinha 
por objetivo prover os hospitais americanos 
de um sistema que lhes permitisse apurar as 
causas das infecções nosocomiais e dotá-los 
de instrumentos necessários contra possí-
veis ações legais movidas pelos pacientes. 
O entusiasmo pela vigilância epidemiológica 
das infecções hospitalares adentrou as dé-
cadas seguintes com a implementação de 
novas medidas, objetivando prevenção e 
controle das infecções em âmbito hospitalar.
A portaria 2.616, de 12 de maio de 1998, 
do Ministério da Saúde (MS), conceitua a Co-
missão de Controle de Infecção Hospitalar 
(CCIH), como um órgão de assessoria à auto-
ridade máxima da instituição e de execução 
das ações de controle de infecção hospitalar. 
Ainda segundo o MS, a CCIH deverá elaborar, 
implementar, manter e avaliar o programa de 
controle de infecção hospitalar, adequado às 
características e necessidades da institui-
ção.
Segundo Moura et al. (2008), até esta 
data, o Programa de Prevenção e Controle 
das infecções hospitalares do Governo Fede-
ral, apresentava-se com capacidade limitada 
para modificar os indicadores de infecção 
hospitalar nos serviços de saúde pública do 
país e não contribuiu muito para mudanças 
de atitude dos profissionais de saúde que, 
simplesmente, realizavam os procedimentos 
de assistência aos pacientes sem atentarem 
para os devidos cuidados protocolados pelos 
órgãos de controle. Felizmente isto vem mu-
dando.
Boszczowaki (2007) exemplifica medi-
das de controle iniciais para a infecção hos-
pitalar, em destaque citando a importância 
do reforço de boas práticas de assistência, o 
que inclui higiene das mãos e adequação téc-
nica em relação à inserção e manutenção de 
dispositivos invasivos.
Estudos de Oliveira et al. (2010) apontam 
que as infecções hospitalares em UTI estão 
associadas, primariamente, à gravidade clí-
nica dos pacientes e procedimentos invasi-
vos, como o uso de cateter venoso central, 
sonda vesical de demora e ventilação mecâ-
nica, uso de imunossupressores, período de 
internação prolongado, o próprio ambiente 
de UTI, prescrição de antimicrobianos, que 
favorece a seleção natural de microrganis-
mos, e a colonização por microrganismos re-
sistentes.
Vimos anteriormente que as infecções 
hospitalares que ocorrem em UTIs geral-
mente são causadas por microrganismos 
multirresistentes a antimicrobianos, sendo 
que os mais frequentes as Pseudomonas ae-
ruginosa, Staphylococcus aureus resistente 
à meticilina, Acinetobacter baumannii, Kle-
bsiella pneumonia e Escherichia coli , agen-
tes estes destacados em estudos de Lima, 
Andrade e Haas (2007) e Oliveira; Kovner e 
Silva (2010).
Os dados sobre infecção hospitalar no 
Brasil são pouco divulgados, com destaque 
para aqueles que dizem respeito aos recém-
-nascidos. Muitos hospitais, principalmente 
os privados, não relatam esses índices, es-
sencialmente por se tratar de um tema deli-
cado. No entendimento de Oliveira (2013), a 
infecção hospitalar é um assunto que deve-
ria ser mais explorado, e o controle de infec-
ções em neonatos necessita de atenção es-
pecial, não somente pelo fato destes serem 
18 19
mais suscetíveis às infecções nosocomiais, 
como também para que se possa desenvol-
ver métodos de prevenção e controle mais 
efetivos.
Enfim, de acordo com a ANVISA (2012), o 
enfermeiro é o profissional mais requisitado 
na CCIH pelas tarefas que lhe são específicas. 
Além da vigilância epidemiológica teremos:
- elaboração de normas e rotinas e super-
visão do uso dos germicidas hospitalares;
- supervisão do serviço de higiene e lim-
peza hospitalares;
- elaboração de normas e rotinas para pro-
cedimentos hospitalares, como por exemplo, 
curativos; e,
- controle dos egressos hospitalares.
Com relação à responsabilidade da CCIH 
sobre os ambulatórios de um hospital, se 
estes forem do próprio hospital, a própria 
comissão de controle de infecção é atuante 
sobre eles; caso os ambulatórios sejam par-
ticulares (cedidos), será necessário fazer um 
contrato para a atuação da comissão.
Algumas estratégias para o combate 
às infecções passam pelos estudos pro-
porcionados pela Epidemiologia e Vigi-
lância, que seriam:
 conhecimento da própria realidade;
 identificação de fatores de risco;
 controle de surtos (uso de estudo caso 
controle);
 verificação da eficácia das medidas ado-
tadas.
5.2 Controle bacteriológico 
na UTI
Voltemos um pouco aos microrganismos...
Em geral, os microrganismos conhecidos 
como Gram-negativos são menos sensíveis 
aos antibióticos que os Gram-positivos. São 
bacilos Gram-negativos: pseudomonas ae-
ruginosa (microrganismo oportunista, facil-
mente encontrado na água de umidificado-
res, alimentos, respiradores), Klebsiella sp, 
Shigella sp, Escherichia sp e Proteus sp (ba-
cilos intestinais,frequentemente presentes 
na porção uretral anterior e levados, pelo ca-
teterismo, até a bexiga).
Dentre os microrganismos Gram-positivos 
destacam-se Staphylococcus aureus (res-
ponsável por lesões supurativas) e Strepto-
coccus pyogenes. O fato de que infecções 
por Gram-negativos predominam em áreas 
de cuidados intensivos parece estar direta-
mente ligado à presença de pacientes com 
falências de múltiplos órgãos, que os tornam 
altamente vulneráveis (GOMES, 2008).
Para o controle bacteriológico, recomen-
da-se hoje a organização de unidades com 
áreas de internação individualizadas (“bo-
xes” fechados), com pequena mobilização da 
equipe entre um e outro paciente.
A autoinfecção pode ser minimizada por 
um cuidado de enfermagem meticuloso, de-
senvolvido por um pessoal em número ade-
quado e altamente treinado, além de estar 
motivado a efetuar com atenção as ativida-
des planejadas. Por exemplo, cuidados com 
cateteres nunca devem ser realizados logo 
após o manuseio de áreas contaminadas, 
como as colostomias; o uso de termômetros 
retais, como rotina, não deve ser estabeleci-
do, pois está diretamente associado com o 
aumento das infecções por Gram-negativos.
Gomes (2008) lista uma série de fatores 
importantes que se bem cuidados ajudam a 
20 21
evitar a infecção. Vejamos:
a)Fatores ambientais:
As fontes ambientais de infecção devem 
ser controladas: uma cuidadosa limpeza da 
área de cuidados intensivos é necessária, a 
cada dia. Isto inclui uma total troca de equi-
pamentos e material, quando um paciente 
deixa a Unidade.
As limpezas de superfícies com sabão e 
água removem cerca de 80% dos organis-
mos; desinfetantes removem de 90 a 95% 
(uma solução de hipoclorito de sódio a 1% é 
um bom desinfetante).
Os visitantes devem ter uma área para sua 
recepção na Unidade, dotada de recursos 
para uma perfeita higienização das mãos; 
não há necessidade de se impedir a presença 
de visitantes para prevenir infecções.
b) Sistemas de ventilação:
Embora a instalação de sistemas de ven-
tilação ou condicionadores de ar seja reco-
mendada para o conforto dos pacientes e 
equipes de trabalho, provavelmente não 
contribui para a prevenção de infecção.
Contudo, desde que presentes, recomen-
da-se que tenham sistemas de exaustão ex-
terna e que não recirculem o ar.
c) Respiradores:
Os respiradores (ventiladores) e seus cir-
cuitos (umidificadores e tubulações) tam-
bém são fontes de infecções e merecem 
atenção especial. Há alguns métodos satis-
fatórios para a esterilização dos acessórios 
de respiradores. A exposição dos mesmos à 
autoclavagem é o melhor método, mas nem 
sempre aplicável. O uso de esterilização a 
óxido de etileno tem sido amplamente pre-
conizado, mas é às vezes impraticável. Para 
se considerar o tempo gasto no processo de 
esterilização a óxido de etileno, cada respira-
dor deve ter, pelo menos, três conjuntos de 
acessórios (umidificador e circuitos-pacien-
te).
Os acessórios dos respiradores devem ser 
trocados diariamente, e somente água des-
tilada esterilizada deve ser usada nos umidi-
ficadores. Uma alternativa na prevenção de 
infecção causada pelos respiradores é o uso 
de filtros de bactérias nos circuitos inspirató-
rios e expiratórios.
Durante um uso prolongado, recomen-
da-se a troca do respirador a cada semana. 
Testes bacteriológicos devem ser feitos pe-
riodicamente com a água dos umidificadores 
e nebulizadores.
d) Soluções/preparados:
As soluções antissépticas utilizadas nas 
áreas de cuidados intensivos e outros pre-
parados (lubrificantes, anestésicos tópicos, 
cremes) devem ser acondicionados em pe-
quena quantidade e desprezados após o uso. 
Cada paciente deve ter o seu conjunto de 
soluções antissépticas. A xylocaína geleia a 
2%, usada em procedimentos invasivos (ca-
teterismo vesical, entubação endotraqueal) 
deve ser nova e aberta com o uso de material 
esterilizado (agulha, por exemplo).
e) Aspirações endotraqueais:
As aspirações de traqueostomias e tubos 
endotraqueais implicam técnica asséptica 
(sondas de aspiração). O sistema de aspira-
ção deve ser trocado diariamente por um ou-
tro esterilizado.
f) Infusões e cateteres:
A administração de soluções e drogas 
através de cateteres (centrais ou periféri-
cos) tem sido causa frequente do apareci-
20 21
mento de infecções sistêmicas em pacientes 
de áreas críticas. A frequente manipulação 
do cateter propicia a maior facilidade de 
contaminação; não é recomendável a admi-
nistração de quaisquer tipos de drogas atra-
vés da borracha do equipo de soro. O uso de 
torneira de 3 vias deve ser enfatizado para a 
administração concomitante de mais de uma 
solução; não deve ser mantida fechada, se 
não usada, porque funciona como um espa-
ço morto, cheio de líquido, onde os microrga-
nismos podem proliferar.
Para uma maior segurança, os equipos 
utilizados nas infusões devem ser trocados a 
cada troca das soluções. O cateter é mantido 
livre de sujidades e qualquer umidade.
O meio de minimizar o aparecimento de in-
fecções através dos cateteres é o estabele-
cimento de protocolos para a sua colocação 
e sua manipulação, baseados em cuidados 
de assepsia, frequente observação e remo-
ção imediata dos mesmos a qualquer sinal 
de anormalidade (sinais de irritação venosa 
ou flebite, presença de secreção, hiperemia 
local).
g) Drenos e coletores de urina:
Os drenos devem ser acoplados a siste-
mas de drenagem fechados (frascos e ex-
tensões), trocados diariamente e esteriliza-
dos.
Os coletores de urina devem se constituir, 
também, em sistema de drenagem fechado. 
Os coletores providos de válvulas antirreflu-
xo podem ser trocados a cada semana, se 
convenientemente manipulados (coletores 
e extensões não devem entrar em contato 
com o chão).
h) Técnicas de isolamento:
Precauções devem ser tomadas quando 
na Unidade há o aparecimento de doenças 
que exigem isolamento. Ao lado do isola-
mento físico, faz-se um isolamento técnico, 
com medidas seguras nos cuidados de en-
fermagem dispensados aos pacientes.
i) Comadres, papagaios, recipientes 
para a medida de líquidos drenados e 
bacias:
Devem ser de uso individualizado e con-
servados limpos na unidade do paciente, de-
vidamente protegidos.
22 2322
UNIDADE 6 - Papel do Enfermeiro na 
Prevenção de Infecções na UTI
Considerando-se que ao enfermeiro 
cabe a administração da Unidade, além 
da sua atuação no planejamento, dire-
ção, execução de cuidado de enfermagem 
e treinamento de pessoal, e que ele é o 
profissional que mantém contato direto e 
permanente com o paciente, torna-se ele-
mento de vital importância na prevenção e 
controle de infecções (GOMES, 2008).
Desse modo e nessa direção, a atuação 
do profissional de enfermagem, deve co-
meçar já na fase de planejamento da Uni-
dade e estender-se à prática das suas ati-
vidades diárias.
O enfermeiro, ao estabelecer normas e 
critérios para a implantação do serviço de 
enfermagem, deve estar conscientizado 
do grave problema das infecções. Exigem-
-se dele conhecimentos científicos e pre-
paro técnico adequado, que lhe garantam 
um suporte seguro para a determinação do 
trabalho a ser desenvolvido.
Uma das suas funções abrange a ela-
boração de rotinas e do manual de pro-
cedimentos técnicos que, com base nos 
recursos existentes, devem visar ao aten-
dimento das necessidades do paciente.
Assim, deve-se considerar que, através 
da padronização das técnicas, dos proce-
dimentos referentes ao preparo, desinfec-
ção e esterilização de material e equipa-
mento, da determinação do fluxo de lixo, 
de roupa, de alimentos, de material limpo 
e contaminado e de objetos, além das téc-
nicas sobre a limpeza da Unidade, estará 
atuando, indiretamente, no combate às 
infecções. As rotinas quanto à circulação 
de pessoal, pacientes e visitas devem ser 
consideradas com igual importância.
A participação do profissional de enfer-
magem na seleção do material e equipa-
mento a ser adquirido e na indicação de 
produtos químicos de maior eficácia, assim 
como a sua atuação posteriorno controle 
de qualidade dos mesmos são também ati-
vidades relacionadas com a prevenção e o 
controle de infecções.
A determinação quantitativa do pesso-
al da equipe de enfermagem – que é fun-
ção do enfermeiro – deve visar, principal-
mente, à garantia de um padrão seguro de 
atendimento. A proporção adequada, fun-
cionário/número de leitos, pode evitar que 
a sobrecarga de trabalho venha acarretar 
a diminuição da qualidade da assistência, 
com consequente aparecimento de infec-
ções cruzadas.
Após a organização do serviço e formu-
lação teórica sobre o funcionamento da 
unidade, deve ser dada especial atenção 
ao programa de treinamento de pessoal, 
a fim de que os procedimentos a serem 
executados assegurem um cuidado eficaz, 
com o mínimo de riscos de contaminação 
para o paciente.
Além do treinamento em serviço, im-
prescindível para o desenvolvimento de 
qualquer atividade na UTI, a supervisão 
constante dos cuidados prestados e a ava-
liação periódica da assistência de enfer-
magem constituem fortes subsídios para a 
prevenção e controle de infecções, consi-
derando-se que as taxas de infecções tam-
bém dependem da atuação dessa equipe.
22 2323
A maior ou menor incidência de infec-
ções constitui um índice de qualidade hos-
pitalar, já que reflete o estado do paciente, 
as condições de diagnóstico, o critério te-
rapêutico e os padrões de atendimento da 
instituição.
A atuação do enfermeiro referente 
ao cuidado direto com o paciente in-
clui, ainda:
a) determinação de isolamento para ca-
sos de grande contaminação;
b) colheita de secreções e pontas de ca-
teteres para cultura, sempre que exista a 
suspeita de processos infecciosos;
c) padronização de impressos que faci-
litem a verificação dos agentes causais de 
infecções de cada paciente; e,
d) elaboração de mapas de medicamen-
tos para o controle individual do uso de an-
timicrobianos (GOMES, 2008).
Baseando-se, pois, à assistência de en-
fermagem no atendimento às necessida-
des básicas do paciente e sendo uma delas 
a de segurança, o enfermeiro deve tentar 
suprir tal necessidade, procurando não ser 
ele o agente transmissor de infecções, e 
sim atuar como primeira linha de defesa no 
combate às mesmas.
A prevenção da infecção cruzada deve 
ser um componente contínuo e integral do 
trabalho desenvolvido na UTI. A infecção 
pode ser controlada pela vigilância cons-
tante e pela avaliação diária das condições 
de trabalho junto ao paciente crítico.
Ainda sobre a participação do enfermei-
ro na prevenção de infecções, Carvalho e 
Marques (1999) nos lembram que os pro-
blemas, ditos universais, no controle de 
infecções ocorrem tanto em países desen-
volvidos quanto nos demais e compreende 
número inadequado de pessoal, recursos 
financeiros inadequados, relutância dos 
funcionários do hospital em modificar con-
dutas e uso excessivo de agentes antimi-
crobianos.
Por outro lado, os problemas mais agu-
dos nos países em desenvolvimento são 
água contaminada, falta de materiais des-
cartáveis (agulhas e equipamentos), falta 
de controle de sangue e seus derivados, 
suporte microbiológico inadequado, falta 
de medicação, manutenção inadequada 
dos equipamentos hospitalares, educação 
continuada ineficiente, barreiras culturais 
e sociais e interferência governamental.
As principais patologias de base que fa-
vorecem a ocorrência da infecção hospi-
talar por afetar os mecanismos de defesa 
são: grande queimado; acloridria gástrica; 
desnutrição; deficiências imunológicas; 
bem como o uso de alguns medicamentos 
e os extremos de idade (CARVALHO; MAR-
QUES, 1999).
Também favorecem o desenvolvimento 
das infecções os procedimentos invasivos 
terapêuticos ou para diagnósticos, poden-
do veicular agentes infecciosos no mo-
mento de sua realização ou durante a sua 
permanência (FERNANDES et al., 2000).
Segundo Moura e Gir (2007), é de vi-
tal importância sanar quaisquer dúvidas a 
respeito da propagação de bactérias mul-
tirresistentes como uma forma de adesão 
dos profissionais de saúde às medidas de 
controle e prevenção de bactérias multir-
resistentes.
No entendimento de Machado (2001 
apud BATISTA; HONÓRIO JUNIOR, 2012), 
24 2524
todos os profissionais de saúde devem ter 
por objetivo a prevenção da infecção hos-
pitalar e que para tanto, o conhecimento 
dos meios de transmissão e lavagem das 
mãos constitui algumas das medidas de 
prevenção e controle da infecção hospita-
lar.
De acordo com Cardoso e Silva (2004), 
deste o início da enfermagem moderna 
com Florence Nightingale, em 1863, sur-
giu uma preocupação com a qualidade da 
assistência aos pacientes internados e do 
ambiente de internação. Florence propôs 
diminuir os riscos para infecção, e para que 
sua ideia tomasse forma, ela descreveu 
manuscritos onde relatou suas experiên-
cias na Guerra da Criméia onde diminuiu o 
risco de infecção hospitalar, experiência 
que constituíram a base do conhecimento 
para a criação de seus inúmeros princípios 
e adoção de pesquisa epidemiológica das 
doenças infecciosas antecipando o perío-
do bacteriológico. Os fundamentos de Flo-
rence Nightingale até hoje são observadas 
para o controle das infecções hospitalares 
(LACERDA; EGRY, 1997).
Turrini (2002); Aguiar et al. (2008) e 
Santos et al. (2008) afirmam que para o 
controle da infecção hospitalar (CIH), é im-
portante a atuação efetiva da Comissão 
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) 
setor que emprega uma equipe de multi-
profissionais, e que a enfermagem pode 
ser inserida contribuindo de forma ativa 
no controle e prevenção da infecção hospi-
talar, além de favorecer uma qualidade na 
assistência ao paciente.
As infecções hospitalares são multifa-
toriais, e toda a dificuldade de como redu-
zi-las, consiste na falta de informação e 
atualização dos profissionais de saúde so-
bre a infecção hospitalar e de como intervir 
em situações de surto e de como manter 
sob controle as infecções dentro de uma 
instituição de saúde, a prevenção e con-
trole deve ser resultado de um trabalho de 
equipe (AZAMBUJA; PIRES; VAZ, 2004; PE-
REIRA et al., 2005).
Enfim, a enfermagem pode atuar na 
CCIH contribuindo para a elaboração de 
medidas eficazes para o controle e preven-
ção da infecção hospitalar e na vigilância 
destas medidas, por se tratar de uma ca-
tegoria que por mais tempo acompanha a 
evolução do paciente e que também con-
tribui com sua visão holística do mesmo 
identificando os pontos fracos inerentes 
ao tratamento ou atendimento.
A partir da observância das medidas de 
controle e prevenção das infecções hospi-
talares e de biossegurança e com adoção 
de protocolos elaborados por cada setor 
do hospital, a enfermagem pode direcionar 
sua atenção para melhorar estes protoco-
los de assistência e de acordo com suas ob-
servações e vivenciam diárias, cooperando 
desta forma para elevar a qualidade e efi-
ciência dos serviços prestados pela equipe 
de enfermagem (BATISTA; HONÓRIO JU-
NIOR, 2012).
24 2525
REFERÊNCIAS
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30 3131
GLOSSÁRIO BÁSICO
Antissepsia - É o conjunto de medidas 
propostas para inibir o crescimento de mi-
crorganismos ou removê-los de um determi-
nado ambiente, podendo ou não destruí-los 
e para tal fim utilizamos antissépticos ou 
desinfetantes. No âmbito hospitalar, os mais 
utilizados são álcool etílico, gluconato de clo-
rohexidina e os compostos de iodo. Os antis-
sépticos escolhidos por determinado Serviço 
de Controle de Infecção Hospitalar devem 
ser aceitos pela Secretária de Medicamentos 
da Secretária Nacional de Vigilância Sanitária 
do Ministério da Saúde (DIMED) e a CCIH deve 
ser consultada antes da aquisição de qual-
quer um desses produtos.
Assepsia - É o conjunto de medidas que 
utilizamos para impedir a penetração de 
microrganismos num ambiente, que logica-
mente não os têm, logo, um ambiente assép-
tico é aquele que está livre de infecção.
CCIH - Para reduzir os riscos de ocorrên-
cia de infecção hospitalar, um hospital deve 
constituir uma Comissão de Controle de In-
fecção Hospitalar (CCIH), que é responsável 
por uma série de medidas como o incentivo 
da correta higienização das mãos dos profis-
sionais de saúde; o controle do uso de anti-
microbianos, a fiscalização da limpeza e de-
sinfecção de artigos e superfícies, etc. Essa 
comissão deve:
 desenvolver ações na busca ativa das 
infecções hospitalares;
 avaliar e orientar as técnicas relaciona-
das com procedimentos

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