Prévia do material em texto
Histologia e Embriologia (1º Termo) Embriologia AULA YOUTUBE (EXTRA!) GAMETOGÊNESE Gametogênese: Momento de produção dos gametas Homens: · Gameta: espermatozoide (haploide, n, 23 cromossomos). · Nome processo: espermatogênese · Produção: Gônadas -> Testículos Início: vida intrauterina Quando surgem os testículos as células germinativas surgem para esses testículos em desenvolvimento e quando chegam nos testículos sofrem mitoses para dar origem as espermatogônias Tipo A: células tronco fazem mitoses para dar origem a novas espermatogônias. Tipo B: Origem ao espermatozoide. Na puberdade as espermatogônias do tipo B sofrem hipertrofia (crescimento) e viram espermatócitos 1º fazem meiose I e dão origem espermatócitos 2º e eles fazem a meiose II e dão origem a 4 células que chamamos de Espermátides (FIM DA 1ª FASE DA ESPERMATOGÊNESE). 2ª ETAPA: Conversão de espermátides(célula esférica) em espermatozoide. Essa transformação é a Espermiogênese: Conversão de espermátides em espermatozoides (Não há divisão celular) 1. Formação do flagelo (antigos centríolos); 2. Formação do acrossomo, vesícula repleta de enzimas importantes para fecundação (antigo complexo de Golgi) 3. Mitocôndrias se concentram na região intermediária Mulheres: · Gameta: Ovócito · Nome processo: Ovogênese/Oogênese (haploide, n, 23 cromossomos) · Produção: Gônadas -> Ovários Início: Vida intrauterina Quando surge os ovários várias células germinativas migram para os ovários em desenvolvimento e neles sofrem mitoses e dão origem a ovogônias e elas aumentam de tamanho e dão origem aos ovócitos 1º assim que eles surgem são envolvidos por células foliculares formando o folículo ovariano primordial (conjunto/camada de células foliculares, primordial pois é apenas uma camada). Ainda na vida intrauterina o ovócito primário inicia a Meiose 1 interrompida na Prófase e não conclui a meiose I ainda, só conclui quando ela atinge a menarca e essas células ficam descansando até a puberdade para que concluam a meiose I. Na puberdade essas células recebem sinais químicos e elas concluem a meiose I dando origem a uma célula (Ovócito 2º) e uma vira ao primeiro corpúsculo polar (que não se desenvolverá, sofre atresia diminui de tamanho até desparecer). O Ovócito 2º iniciará a meiose II que será interrompida na metáfase e só conclui essa meiose se será fecundado, esse ovócito fica repousando nos ovários com o aparecimento de mais células foliculares formando a CORONA RADIATA e aparecimento dessa estrutura amarela (ZONA PELÚCIDA, formada de glicoproteína). 1 vez por mês a mulher libera Ovócito 2º se fecundado conclui a meiose, se não, será eliminado. AULA YOUTUBE (EXTRA!!!) FECUNDAÇÃO Fecundação: Processo em que o espermatozoide penetra no ovócito Ocorre na ampola da tuba uterina Espermatozoide · Acromossomo: bolsa/vesícula repleta de enzimas · A concentração de mitocôndrias fornece energia para o movimento do flagelo Ovócito · Azul: Núcleo · Rosa: Membrana Plasmática · Amarelo: Zona Pelúcida · Vermelho: Células foliculares que formam a Corona Radiata A fecundação é o processo do gameta masculino com o feminino, quando se encontram o espermatozoide terá que entrar para o interior do ovócito acontecendo na mulher. Uma vez por mês ocorre a liberação de um gameta (ovulação) que será transportado pelo tuba uterina. Em uma relação desprotegida os espermatozoides são liberados e vão até a tuba uterina, a tuba uterina tem uma curva chamada ampola que é onde, geralmente, ocorre a fecundação. Dos milhares de espermatozoides liberados muitos acabam sendo eliminados devido ao pH do canal vaginal, levemente ácido, ou se perdendo nas próprias estruturas anatômicas do aparelho reprodutor feminino, em torno de 1000 atinge a tuba uterina e somente 1 irá fecundar o ovócito. ETAPAS FECUNDAÇÃO Barreiras que espermatozoide irá ultrapassar: 1ª Corona Radiata: Conjunto de células foliculares 2ª Zona Pelúcida: Formada de glicoproteínas 3ª Membrana Plasmática Por isso a fecundação é dividida em três momentos: 1_ Penetração da corona radiata: O movimento do Flagelo empurra o espermatozoide abrindo, aos poucos, um espaço abrindo um espaço entre as células. O acrossomo libera a enzima Hialuronidase garantindo que o espermatozoide ultrapasse a corona radiata. A enzima digere ácido hialurônico, A.H, (as células que compõem a C.R estão ligadas por uma substância muito rica nesse componente, logo, acrossomo, ao liberar essa enzima, ela vai digerindo o A.H que mantém essas células unidas abrindo um espaço que o espermatozoide ultrapassa). 2_ Penetração da Zona Pelúcida (Camada de glicoproteínas): Reação acrossômico é a liberação, pelo acromossomo, de diversivas enzimas digestivas que vão digerir a Z.P, exemplo: Enzima Acrosina OBS: As enzimas digerem somente no local da Z.P onde está o spitz formando como se fosse um cano por onde o spitz ultrapassa 3_ Fusão entre as membranas Processo mais simples, porque a M.P do spitz se liga a M.P do ovócito e irão interagir, se tornando uma só e as outras estruturas do spitz entram dentro do interior do ovócito, tudo que entrar além do núcleo será degradado pelo próprio ovócito. Enquanto as três etapas ocorrem, dois processos ocorrem ao mesmo tempo Desnudamento: Eliminação da corona radiata, pois para ultrapassar essa corona a enzima hialuronidase continuará atuando/digerindo o A.H que mantêm as células unidas e elas vão se desprendendo, chega o momento que não terá mais a corona radiata justamente pela ação dessa enzima. Reação cortical/Reação de zona (ocorre com a zona pelúcida): Liberação de grânulos pelo ovócito (grânulos corticais), eles contem enzimas que causam modificação na zona pelúcida, tornando-a impermeável a outros espermatozoides Essa reação cortical ocorre após primeiro spitz ultrapassar a zona pelúcida, existem diversos spitz tentando fecundar o ovócito, mas somente 1 é capacitado para fecundar ovócito. A partir que o 1º spitz ultrapassa ocorre essa reação cortical o ovócito irá conter esses grânulos com enzimas que modificam a zona pelúcida tornando-a impermeável a outros spitz, logo, essa ação bloqueia a polispermia (penetração de mais de um spitz). Resultados da fecundação O ovócito, ao ser fecundado, conclui a segunda divisão meiótica Forma-se o pronúcleo (núcleos aumentados) masculino e feminino Fusão dos pronúcleos: origina o zigoto · Azul: Núcleos haploides (23 cromossomos cada) · Rosa: M.P · Amarelo: Zona Pelúcida Após o processo de conclusão da segunda divisão meiótica os núcleos crescem aumentando o seu tamanho formando os pronúcleos. Esses pronúcleos continuam a crescer até o momento que se fundem e se tornam um só e chamamos a estrutura de zigoto (2n, 46 cromossomos). AULA YOUTUBE (EXTRA !!) PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO 1ª Clivagem do zigoto Clivagem: Sequência de divisões mitóticos que o zigoto sofre que resulta em um rápido aumento do número de células. Cerca de 30 horas após a fecundação dá início a clivagem. Etapas: Estágio de 2 células -> 1ª mitose Estágio de 4 células -> 2ª mitose Estágio de 8 células -> 3ª mitose Estágio de 12-32 células -> Mórula As células que vão surgindo são chamadas de blastômeros. A clivagem, portanto, é a sequência de sucessões mitóticas que o zigoto sofre até formar a mórula. Esse processo de clivagem acontece a caminho do útero, na formação da mórula ela está bem próxima ao útero então quando la cai na cavidade uterina ela se transforma em blastocisto. 2ª Formação do blastocisto A mórula ainda envolvida pela zona pelúcida quando chega ao útero se transforma em blastocisto. Como? O liquido do útero começa a travessar a zona pelúcida e se concentrar entre as células, a entrada desse liquido é tão intensa que movimenta essas células e se organizam de outra forma. Um grupo de células forma uma espécie de envoltório e outro grupo de células se concentra em apenas um polo, essa cavidade formada é onde ficará o liquido. O líquido uterino proveniente das glândulas fica armazenado nessa cavidade. Medida que o líquido entra a zona pelúcida desparece, pois ele perfuraa zona para entrar e essa estrutura será chamada de blastocisto Células vermelhas e achatadas: Trofoblasto Célula azul concentrada em polo: Embrioblasto Cavidade: Cavidade do blastocisto/blastocele 3ª Início da implantação No final da 1ª semana, aproximadamente no sétimo dia o blastocisto se adere superficialmente a parede do útero, se adere no endométrio pois o blastocisto só se desenvolve dentro do útero. INFORMAÇÕES CLÍNICAS Mosaicismo: Não disjunção dos cromossomos durante a clivagem gera indivíduos com duas ou mais linhagens de células. Tipos de mosaicismo: 1ª Mosaicismo de linhagem germinativa: Afeta as células germinativas: Espermatozoides e Ovócitos (gametas com números de cromossomos normais e gametas com outras quantidades de cromossomos) 2ª Mosaicismo de linhagem somática Afeta as células somáticas AULA YOUTUBE (EXTRA !!) SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO No final da 1ª semana o blastocisto se adere superficialmente ao endométrio, pois na segunda semana ele entra inteiro no endométrio para conseguir se desenvolver Diferenciação do Trofoblasto As células do trofoblasto que estão em contato com o endométrio começam a proliferar e invadir o endométrio formado uma massa de células chamada de sinciciotrofoblasto (massa de células, pois ao visualizar no microscópio não se vê limite de membrana plasmática) e essas células que resta são chamadas de citotrofoblasto O sinciciotrofoblasto é como se fosse uma “corda” porque essas células continuam proliferando crescendo, invadido o endométrio e puxando o blastocisto para dentro do útero. À medida que o sinciciotrofoblasto vai crescendo, a produção do hormônio HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana, hormônio da gravidez) que é detectado pelos testes vai aumentando pois são essas células do sincicio que produzem o HCG. Diferenciação do Embrioblasto (resulta na formação Disco Embrionário Bilaminar) O embrioblasto se diferencia em camada superior (Epiblasto) e inferior (Hipoblasto) No epiblasto forma-se uma cavidade chamada de cavidade amniótica revestida por células chamadas de amnioblastos que produzirão uma substância viscosa chamada de líquido amniótico e o armazenará que é o líquido responsável pela proteção do embrião contra choques mecânicos. O epiblasto e o hipoblasto essas duas camadas, formam o disco embrionário bilaminar. A cavidade que antes era chamada de cavidade do blastocisto agora será camada cavidade exocelômica ou saco vitelino primitivo. O nome muda, pois, células do hipoblasto começa a proliferar e migrar formando uma membrana colada no citotrofoblasto chamada de membrana exocelômica. Término da Implantação O blastocisto totalmente implantado no endométrio. O sinciciotrofloblasto começam a surgir vários espaços, chamados de lacunas. Para que servem? Sabemos que o sinciciotrofoblasto está crescendo, invadindo o endométrio, chega um momento que ele atinge os vasos sanguíneos maternos, quando ele tinge os vasos sanguíneos da mãe ele rompe e o sangue começa a se acumular nessas lacunas, nesses espaços, para que o oxigênio e os nutrientes presentes no sangue da mãe servirão para nutrir o embrião, messe estágio de vida o embrião não tem vaso sanguíneo e não se nutrir por contra própria e por isso se forma essa lacuna. O sincicio rompe os vasos sanguíneos da mãe e o sangue começa a se acumular nessas lacunas para que haja nutrição do embrião por difusão: Circulação Uteroplacentária. Região entre membrana exocelômica e citotrofoblasto: mesoderma extraembrionário, 2 tipos: Que está em contato com a membrana exocelômica: mesoderma extraembrionário esplâncnico Que está em contato com o citotrofoblasto: mesoderma extraembrionário somático. Da mesma forma que ocorre no sinciciotrofoblasto acontece no mesoderma extraembrionário: começam a surgir várias cavidades. Inicialmente são cavidades isoladas, cavidade extraembrionárias, que começam a crescer e se fundem formando uma única cavidade que continua crescendo e passa a ser chamada de Cavidade Coriônica A placa coriônica ou córion é o que futuramente dará origem a placenta. A cavidade coriônica ocupa todo o espaço, exceto o da região do pedículo do embrião que dará origem ao cordão umbilical. A cavidade que antigamente era chamada de saco vitelino primitivo quando se forma a cavidade coriônica que diminui de tamanho chamaremos de saco vitelino secundário/definitivo e formará um cisto exocelômico que é um resíduo do saco vitelino primitivo para formar o saco vitelino secundário. As lacunas já estão todas preenchidas com sangue caracterizando a circulação útero placentária. Para finalizar a segunda semana surge no final dela uma estrutura. Agora tem-se por referência o zoom no disco bilaminar o epiblasto formado por células colunares e hipoblasto por células cubicas No final da segunda semana no disco bilaminar, numa determinada região do hipoblasto, as suas células irão se igualar a células do epiblasto formando uma estrutura chamada de placa précordal / membrana orofaríngea que indica o futuro local da boca do embrião. A partir do momento que surge essa placa précordal indicamos essa região como região cefálica, já a região oposta também surgira outra estrutura que chamamos de membrana cloacal que indicará a região caudal. Histologia TECIDO ÓSSEO Todo tecido é constituído de: células e material intercelular. Usando o caso disparador 1: A decepção do Sr.Romeu Romeu,62 anos, pintor Etilísta (uso de álcool) Problema familiar Acidente (queda) Radiografia: fratura de vários órgãos (osso é um órgão, para ser chamado de órgão tem que ser formado de no mínimo 2 tecidos). Órgão osso: Tecido ósseo + Tecido conjuntivo denso Na superfície articular dos ossos longos há tecido cartilaginoso No interior de todas as cavidades ósseas há a medula óssea vermelha hematogênica (formadora das células do sangue) Quando fraturamos o osso ocorre dor e, portanto, tem nervo, terminação nervosa, portanto tecido nervoso. O sr.Romeu passou para uma cirurgia para osteossíntese (quando tem fratura óssea e tenho que aproximar o máximo possível os fragmentos ósseos na posição mais próxima de como era antes da fratura para que ocorra um reparo de fratura o mais rápido e correto possível). Fratura da ulna e da tíbia no Sr.Romeu No caso disparador, que houve fratura óssea de ossos longos, esse osso sofre um processo de reparo de fratura. Inicialmente, para que ocorra reparo de alguma fratura tenho que ver alguns aspectos: · Idade paciente (quanto mais velho, mais demorado o reparo); · Estado nutricional; · Estado hormonal; · Osso fraturado (tem ossos que para reparar é mais lento); · Local onde ocorre a fratura; · Tipo de fratura. O Sr.Romeu teve uma fratura do tipo Cominutiva (onde ocorre perdas de fragmentos ósseos, consequentemente o reparo de fratura se torna mais complicado). Houve fratura no órgão osso, onde o órgão osso predomina tecido ósseo. O esqueleto ósseo humano se renova diariamente, há cada 3 anos todo o esqueleto ósseo humano foi refeito. O tecido ósseo humano e a sua relação com peso · Individuo adulto, 1.70, 70 kg, 20% do seu peso é do tecido ósseo = 14 kg. O tecido ósseo é muito vascularizado, logo, quando ocorre fratura ocorre dor porque é enervado e extravasamento de sangue porque é vascularizado. O coração há cada minuto que bombeia sangue para nosso corpo 10% está dentro do tecido ósseo. 10% de TODO débito cardíaco está dentro dos ossos. Quando nascemos, o esqueleto do bebê tem aproximadamente 300/350 ossos conforme passa a idade ossos se fundem e quando atingimos a idade adulta temos 206 ossos. Isso quer dizer que o recém-nascido tem uma maior quantidade de ossos. O primeiro esqueleto humano não foi de tecido ósseo, quando estávamos n vi barriga da mãe sendo gerados o primeiro esqueleto ósseo foi de cartilagem, cartilagem hialina que foi sendo gradativamente substituída pelo tecido ósseo primário que foi gradativamente sendo substituído pelo tecido ósseo secundário. O último osso a ser formado no esqueleto ósseo é aos 2 anos a partir dos dois aos que é a rotula/patela. Introdução No casodo Sr.Romeu teve uma fratura do tecido ósseo. Conceitue tecido ósseo: Tecido conjuntivo de suporte, rígido, mineralizado, enervado e vascularizado. Composição química: Tecido que possui parte orgânica, proteínas, e inorgânica, que são minerais e essa parte inorgânica predomina. 67% fosfato de cálcio na forma de Hidroxiapatita e os outros 33% é a parte orgânica, que são as proteínas, cuja proteína mais abundante é o colágeno (Fibra colágena do tipo 1) A união da hidroxiapatita e da fibra colágena do tipo 1 confere rigidez ao tecido ósseo. A fibra colágena do tipo 1 confere a cor branca ao tecido ósseo. Funções tecido ósseo: · Proteção de órgãos vitais (pulmões, corações, SNC –encéfalo e medula espinal); · Suporte de partes moles, de tecidos moles; · Reserva de mineral; · Alojar e proteger a medula óssea; · Alavanca para que ocorra movimento corpóreo. Constituintes do tecido ósseo · Células (osteoblasto, osteócito e o osteoclasto); · Material intercelular calcificado · Fibras colágenas do tipo 1 que foram calcificadas Osteoblasto: Célula que produz tecido ósseo, que produz a matriz óssea, que produz a fibra colágena e a mineraliza. Osteócito: Manutenção do tecido ósseo. Osteoclasto: Reabsorve a matriz óssea. Matriz óssea Parte orgânica: proteínas, em predomino fibra colágena tipo 1 que dá a cor branca ao tecido ósseo. Parte inorgânica: Fosfato de cálcio na forma de hidroxiapatita. Se eu pegar o osso e colocar no ácido EDTA o ácido irá quelar, remover, tirar a parte inorgânica sobrando somente as proteínas e fibras e vou conseguir dar u nó no osso. Se eu pegar e colocar o forno em alta temperatura rá destruir a parte orgânica ficando somente a inorgânica e ele virará pó. Nesse corte histológico do tecido ósseo a parte vermelha representa a matriz óssea e a parte azul é matriz cartilaginosa, cartilagem hialina. Nessa parte porque tenho junto cartilagem hialina e o tecido ósseo primário? Porque uma das maneiras de formar o tecido ósseo é através da cartilagem hialina. A cartilagem hialina NÃO se transforma em tecido ósseo, mas é SUBSTITUÍDA por ele, servindo apenas como base de apoio para ele. Periósteo No meio do osso longo, a parte do meio é chamada de diáfise, ao redor da diáfise tenho periósteo, nas extremidades desse osso, chamada de epífise (2), tenho a cartilagem hialina. O osso é revestido externamente pelo periósteo na diáfise e por cartilagem hialina na epífise, mais precisamente na superfície articular. Conceito periósteo: Membrana dupla de tecido conjuntivo denso que reveste externamente a maioria dos ossos do esqueleto humano. Características periósteo: · Espesso · Membrana dupla rica em osteoblasto, vasos sanguíneos, terminações nervosas e fibras colágenas do tipo 1. Funções periósteo · Proteção do tecido ósseo · Nutrição do tecido ósseo · Crescimento do tecido ósseo em espessura Em vermelho: periósteo, lotado de osteoblasto. Em azul: como estou falando em cavidade óssea, que é revestida pelo endósteo Ausência de periósteo: · 1º Superfície articular dos ossos longos não tenho periósteo, mas tenho cartilagem hialina · 2º No osso alveolar propriamente dito, pois entre esse osso e o dente tem o ligamento periodontal que faz a função do periósteo. Endósteo Conceito: Bainha de tecido conjuntivo rico em osteoblasto, reveste internamente todas as cavidades ósseas. O osteoblasto bastante volumoso: produzindo. Osteoblasto achatado: parado. Vermelho: Periósteo Azul: Endósteo Característica: · Constituída apenas por osteoblasto; · Bainha de tecido conjuntivo rica em osteoblasto. Função: · Produzir a matriz óssea, pois é rico em osteoblasto; · Com o passar dos anos, as cavidades vão diminuindo cada vez mais. Legenda: · 1_ Medula óssea hematogênica (M.O.H) · Vermelho: Cavidade que fica a M.O.H · Azul: Tecido ósseo · Verde: Tecido muscular · Rosa: Pele por fora · Amarelo: Periósteo · Laranja: Endósteo A pele por fora com o tecido muscular para movimentar a pele que está inserido no tecido ósseo e dentro desse tecido tenha a medula óssea. Legenda · 1_ Tecido Muscular · 2_ Tecido ósseo · 3_ Cavidade Medular · Seta amarela aponta para periósteo · Seta laranja aponta para endósteo Osteoblasto Principal célula do tecido ósseo. Blasto: Jovem, jovem produz. Conceito: Célula jovem que produz tecido ósseo Função: Produzir matriz óssea Osteoblasto produz primeiro a parte proteica, orgânica, as fibras colágenas do tipo 1 depois ele mineraliza a fibra colocar o fosfato de cálcio em cima da fibra para fornecer rigidez o tecido ósseo. Localização: No periósteo e endósteo. Característica: toda célula que faz síntese proteica rica em Reticulo endoplasmático rugoso (R.E.R) e complexo de golgi (C.G). Osteoblasto fica adjacente, em contato, à matriz óssea, mas nunca dentro. De onde vem o osteoblasto? De uma célula mesenquimal indiferenciada, ela tem esse nome pois essa célula está presente no mesênquima (tecido conjuntivo primitivo) indiferenciada pois pode dar origem a N tipos de células e uma das células é o osteoblasto. Todo osteoblasto veio da célula mesenquimal indiferenciada que se diferencia em osteoblasto Osteócito Célula velha do tecido ósseo. Fica presa na lacuna (ver desenho acima). Osteócito tem prolongamentos que estão em contato um com o outro. Função: Manutenção da matriz óssea. Localização: Na matriz óssea, em cavidades chamadas de lacunas, dentro de cada lacuna só existe 1 osteócito. Característica: Essa célula faz manutenção, fica preso no interior das lacunas da matriz óssea · 1_ Vaso sanguíneo. Se tem vaso sanguíneo é tecido conjuntivo · Linha vermelha: tecido ósseo · Linha amarela: Osteoblastos que estão no periósteo Osteoblasto: dará origem ao osteócito. Posso afirmar que todo osteócito um dia foi osteoblasto. Osteoclasto Clasto: faz fagia Osteoclasto: Destrói/reabsorve o tecido ósseo Origem: Existem leucócitos no sangue, um dos leucócitos é o monócito que quando sai da corrente sanguínea e cai no tecido ósseo ele se agrupa com outros monócitos formando uma célula multinucleada chamada de osteoclasto. Todo osteoclasto se originou do agrupamento de vários monócitos do sangue. Característica: Toda célula que faz lise é rica em vesículas lisossômicas. Uma célula rica em vesículas lisossômicas Função: Reabsorver matriz óssea, destruindo a fibra colágena do tipo 1 liberando fosfato de cálcio, hidroxiapatita, na corrente sanguínea. Destrói primeiro a parte organiza para liberar a parte inorgânica. Localização: Um pesquisador que a pesquisou e observou que essas células faziam depressões, cavidades, essa cavidade que o osteoclasto faz é: Lacuna de Howship. · Círculo vermelho: Osteoclasto · Amarelo: Osteoblasto · Verde: Osteócito · Laranja: menor vaso sanguíneo do corpo humano -> Capilar Monócitos se agrupam formando uma célula multinucleada chamada de osteoclasto. · Vermelho: Osteoclasto · Marrom: Lacuna de Howship O indivíduo portador de osteoporose o osteoclasto reabsorve muito maior quantidade do que o osteoblasto produz, com isso, as cavidades ósseas são cada vez maiores. A quantidade de mineral do invidio com ou sem osteoporose é a MESMA. O que difere é o TAMANHO das cavidades, pois a destruição da matriz óssea com o indivíduo com osteoporose é maior. Nome da célula e justifique (laranja): Osteoclasto, célula multinucleada, localizada adjacente a matriz óssea em uma lacuna chamada lacuna de Howship. Nome da célula e justifique (amarela): Osteócito, aprisionada no interior das lacunas que ficam no interior da matriz. Nome da célula e justifique (rosa): Osteoblasto, está presente no periósteo ou no endósteo Osteóide Aquele material que acabou de ser produzido pelo osteoblasto que ainda não foi mineralizado. Parte do tecido ósseo, porção orgânica do tecido ósseo, constituído apenas de fibras colágenas do tipo 1. Quando mineralizar o osteoide já terei o tecido ósseo primário. O tecido ósseo se remodela? Sim, há cada três anos. O osteoclasto vai destruindo para liberar fosfato de cálcio para a corrente sanguínea e o osteoblasto vai produzindo a matriz óssea. Classificação microscópicado tecido ósseo 1) Tecido ósseo primário/imaturo Primeiro tecido ósseo que foi formado, foi produzido rapidamente, desorganizado, tem osteoblasto, osteoclasto, osteócito e fibras colágenas do tipo 1. Contudo, essas fibras estão em várias direções. Portanto, falo que é um osso produzido muito rapidamente, desorganizado e pouco mineralizado (frágil). Consequentemente, ele terá que ser substituído pelo secundário. 2) Tecido ósseo secundário/maduro/haversiano Produzido lentamente, mais organizado, mais mineralizado, tecido mais forte. Substitui o tecido ósseo primário. Na barriga da mãe, o esqueleto é de tecido cartilaginoso hialina que foi sendo gradativamente substituído pelo tecido ósseo primário. Ainda na barriga esse tecido ósseo primário já está sendo substituído elo tecido ósseo secundário, nascemos e continua essa substituição. Em caso de fratura, no local da fratura, o primeiro tecido ósseo a ser formado é o primário que será substituído pelo secundário. Classificação Microscópica Tecido ósseo primário Tecido ósseo secundário Força Frágil Forte Produção Rápida Lenta Componentes Todos os componentes do 2º; Fibras dispostas em várias direções; Rico em osteócito pois osteoblasto produz matriz desorganizadamente e fica preso, logo, tenho muito osteócito. Pouca mineralização das fibras. Todos os componentes do 1º; Fibras colágenas paralelas na mesma direção, deixando o tecido mais resistente. Menor quantidade de osteócito Mineraliza as fibras lentamente Tecido Ósseo Primário Características: · Tem os três tipos de células: Osteoblasto, osteócito, osteoclasto; · Tem fibras colágenas do tipo 1 desorganizadas; · Pobre em fosfato de cálcio; · Rico em osteócito; · Substitui tecido cartilaginoso; · 1º tecido ósseo a ser produzido. Localização · Sutura dos ossos do crânio · Osso alveolar propriamente dito (implantado a raiz dos dentes); · Alguns pontos onde o tendão humano se insere diretamente no osso Tecido Ósseo Secundário Características · Rico em fosfato de cálcio; · Fibras colágenas do tipo 1 organizadas em lamelas concêntricas (paralelas); · Tecido feito lentamente · Pobre em osteócito · Tem os três tipos de células: Osteoblasto, osteócito, osteoclasto; Localização · Todos os ossos do corpo humano, exceto os que foram citados no primário é local do tecido ósseo secundário Estrutura muito importante do Tecido Ósseo Secundário: Sistema de Havers/Ósteon (círculo em lilás) Todo sistema de havers tem uma bolinha mais escura no meio, chamada de canal de Havers (1), todo sistema de Havers tem as lamelas concêntricas (4-20), tem as lacunas (milhares) contendo osteócito. Canal de Volkmann NÃO é constituinte de sistema de Havers, ele apenas une os canais de Havers. O que tenho então no sistema de havers? · Canal, que é um a cavidade, portanto tem endosteo cheio de osteoblasto · Vaso sanguíneo e terminação nervosa · Lamelas concêntricas: fibras colágenas do tipo 1 e fosfato de cálcio (hidroxiapatita) · Lacunas: que tenho osteócito Canal de Volkmann · Endosteo · Osteoblasto · Terminação nervosa e vaso sanguíneo Ossificação Conceito: · Processo fisiológico de formação do tecido ósseo Tipos · Intramembranosa: Dentro da membrana do tecido conjuntivo Ossificação intramembranosa é aquela em que o tecido ósseo que foi formado a partir de uma membrana de tecido conjuntivo primitivo (mesênquima) que formou tecido ósseo primário que será sendo substituído depois pelo tecido ósseo secundário. Ossos do esqueleto humano que se formaram por esse tipo: Ossos nasais, osso frontal, ossos parietais, osso temporal (X amarelo, dividido em três porções, VER OBS 1), parte superior do osso occipital (roxo), maxila (rosa), mandíbula (corpo e o ramo esquerdo e direito, VER OBS 2) e a clavícula (único osso longo que não é ossificação endocondral, VER OBS 3) OBS 1: PORÇÕES DO OSSO TEMPORAL: O osso com asterisco (temporal) tem três partes: porção escamosa, porção timpânica e porção petrosa. SOMENTE PORÇÃO PETROSA não é ossificação intramembranosa OBS 2: O côndilo da mandíbula (preto), não é formado por esse tipo de ossificação OBS 3: As extremidades da clavícula são endocondral, o corpo é intramembranosa SINTETIZANDO: 1. Nasais 2. Frontal 3. Parietais 4. Temporais (exceto porção petrosa) 5. Occipital (exceto porção inferior) 6. Maxila 7. Mandíbula (exceto os côndilos) 8. Clavículas (somente o corpo · Endocondral: Endo: dentro Condral: Cartilagem Processo de formação do tecido ósseo a partir de um monte de tecido cartilaginoso. Preciso ter uma cartilagem que será substituída pelo tecido ósseo primário que será substituída pelo secundário Vermelho: Pericôndrio Verde água: Tecido cartilaginoso hialino Todos os demais ossos são formação óssea endocondral Mecanismo de reparo de fratura óssea Explique: Fraturou o osso Osso é vascularizado? Si. Sa sangue? Sai 1ª Hemorragia Osso é revestido pelo periósteo? Sim. Ele tem terminação nervosa e vaso sanguíneo? Sim Sofre edema e inflamação periósteo. Quando tem hemorragia, forma-se coágulo. Hemorragia, edema, coágulo. O monócito sai do vaso sanguíneo porque teve hemorragia e se diferencia em macrófago que fará limpeza da área destruindo as células mortas. O médico já colocou na posição correta e engessou, o periósteo é um tecido conjuntivo denso, rico em fibroblasto, o fibroblasto produz colágenas do tipo 1 que farão anel fibroso ao redor da linha de fratura e o osteoclasto (que vem do monócito) irá destruir o anel fibroso e o osteoblasto no periósteo e endosteo irá construir a matriz óssea substitui o anel fibroso pelo anel de tecido ósseo (calo ósseo primário). O médico tira o gesso do indivíduo para que o tecido ósseo primário que foi produzido rapidamente, mas que uniu as duas extremidades ósseas, seja substituído pelo tecido ósseo secundário. Logo calo ósseo será substituído pelo tecido ósseo secundário. O tecido ósseo é um dos únicos tecidos que após 3 anos, você faz um raio X que você nem sabe onde está a linha de fratura pois ele é dinâmico. Passos: Após a fratura óssea ocorre hemorragia, edema, formação coagulo, morte de células e estruturas, limpeza da área (pelo macrófago), periósteo (pois tem fibroblasto que produz fibras colágenas do tipo 1) forma o anel fibroso que será substituído pelo calo ósseo primário que será substituído pelo tecido ósseo secundário. Crescimento ósseo Espessura: quem promove é o periósteo. Comprimento: Estrutura que fica localizada entre a epífise e a diáfise do osso camada de Disco Epifisário/Cartilagem de crescimento. TECIDO CONJUNTIVO Todos os órgãos do corpo humano apresentam em sua parede um ou mais tipos de tecido conjuntivo, sendo que este sempre estará protegido pelo tecido epitelial de revestimento. Este tecido é rico em proteínas. Constituído por células distantes umas das outras. Apresenta 7 tipos diferentes tipos de células separadas por abundante material intercelular. O material intercelular é de dois tipos · Fibroso (fibras) · Amorfa: substancia fundamental no liquido intersticial Conceito · Tecido conjuntivo é um tecido formado por diferentes tipos de células separadas por abundante material intercelular. Características · Vários tipos de células · Abundante material intercelular · Intensamente vascularizado (ele que nutre o tecido epitelial de revestimento) · Enervado Funções · Nutrir o tecido epitelial; · O tecido ósseo, que é uma variedade do tecido conjuntivo, serve de suporte de partes moles e permite sistema de alavanca para movimento · A cartilagem também é uma variedade de tecido conjuntivo de suporte (orelha: cartilagem elástica; nariz tenho cartilagem hialina) logo, suporte e partes moles · Tecido adiposo é um tecido conjuntivo especial, rico em células adiposas, que armazenam gordura no seu interior. Logo, função: preenchimento de espaço · O sangue é um tipo de tecido conjuntivo especial, temos hemácias que transportam oxigênio; linfócitos que são células de defesa. Logo, outra função: defesa e transporte de substâncias; · Medula óssea, baço, timo, linfonodos, as tonsilas (amígdalas)são formadas de tecido conjuntivo linfoide. Logo, outra função: defesa. Legenda: 1 Tecido epitelial de revestimento: tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado. 2_ Tecido conjuntivo frouxo Células do tecido conjuntivo · Fibroblasto: síntese de fibras e substância fundamental amorfa; · Macrófago: fagocitose, “come” células velhas e apresentação de antígenos; · Mastócito: participa de reações alérgicas, produz heparina e histamina, e inflamatórias; · Plasmócito: produz anticorpo; · Adipócito: reserva energética; · Leucócitos: defesa imunitária; (obs: existem leucócitos granulosos e leucócitos agranulosos) · Célula mesenquimal indiferenciada: dar origem a outro tipo de célula. A principal célula do tecido conjuntivo é o fibroblasto. Todo tecido conjuntivo propriamente dito terá fibroblasto (produz fibras que ficam entre as células, a substância fundamental amorfa). O fibroblasto depois de velho diminui de tamanho e passa a se chamar fibrócito. Macrófago (Macro=grande fago=comer): segunda célula mais importante do tecido conjuntivo, todo tecido conjuntivo propriamente dito possui macrófago. O monócito sai do sangue e cai no tecido conjuntivo e passa a ser chamado de macrófago. Leucócito: glóbulo branco · Agranulócitos: Não tem grânulos -> Linfócitos e monócitos · Granulócitos: Tem grânulos --> Eosinófilos, Basófilos e Neutrófilos Hemácia: glóbulo vermelho. Material intercelular Aquele material que fica ENTRE as células. Existem dois tipos: · Fibras: que são as fibras colágenas, fibras elásticas e as fibras reticulares · Liquido intersticial · Substância fundamental amorfa Cite o material intercelular encontrado no tecido conjuntivo: Fibras colágenas, fibras elásticas, fibras reticulares, substância fundamental amorfa e liquido intersticial. TIPOS DE FIBRAS DO TECIDO CONJUNTIVO 1ª Fibra colágena Mais abundante de todo tecido conjuntivo. Função · Dar resistência ao tecido conjuntivo, resistência à tração. Características: · Longa · Tortuosa · Espessa · Não sofrem bifurcação. · Ela é branca, feita da proteína colágena. Legenda: 1_ Tecido epitelial de revestimento 2_ Tecido conjuntivo Linha amarela nas linhas rosas mais grossas/delgadas em diferentes sentidos: fibras colágenas. Corte histológico da derme reticular Rosa: Fibras colágenas Branco: Substância fundamental amorfa e liquido intersticial Roxo: Núcleos de células 2ª Fibra Elástica Constituída da proteína elastina, que confere a cor amarela à fibra. Função · Dar elasticidade ao tecido conjuntivo Característica · Longa; · Retilínea; · Fina; · Sofrer bifurcação; · Cor amarela. Conforme a idade vai passando, a quantidade de fibras elásticas vai diminuindo e as fibras elásticas estão ficando cada vez mais grossas pois elas vão se unindo, mas as outras, tornando o tecido conjuntivo mais rígido. 3ª Fibra reticular Feita da mesma proteína da fibra colágena, portanto, da colágena. Função · Dar sustentação para as células do tecido conjuntivo. Característica · Curta; · Tortuosa; · Fina · Sofre bifurcação; · Cor branca. Corte histológico do fígado Legenda: · Bolinhas: Núcleo dos hepatócitos · Citoplasma está mais rosa · As estruturas mais rosas em várias direções são as fibras reticulares. Substância fundamental amorfa Constituída de glicoproteína, viscosa, translúcida, pegajosa, não tem cor. Função: · Participa da nutrição das células do conjuntivo; · Participa da defesa imunitária do tecido conjuntivo. Líquido intersticial Liquido que fica entre as células e as fibras. É a fase liquida do sangue, constituído por água, gases, proteínas, saís minerais, hormônios e escórias. 92% água 8% vitaminas, proteínas, sais minerais. É o liquido que saiu no interior do vaso sanguíneo e ficou no tecido conjuntivo. Quando ele não volta em grande quantidade fica edemaciado, logo, o edema nada mais é do que o acúmulo de líquido intersticial. Variedades do tecido conjuntivo Corte transversal do joelho Vemos que em apenas um corte de um membro vejo a maioria dos tipos detecido conjuntivo. Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Subdivide-se em: Frouxo: Fraco Denso: Forte --> que se subdivide em dois: Modelado e Não Modelado. Tecido Conjuntivo Frouxo Tem como característica histológica apresentar todos os componentes (7 tipos de células, 3 tipos de fibra, substância fundamental amorfa e líquido intersticial) em equilíbrio, ninguém em maior quantidade. Ex: derme papilar da pele Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado Tem como característica histológica apresentar todos os componentes, porém apresenta fibras colágenas em maior quantidade que os outros elementos, e essas fibras ficam dispostas em vários sentidos ou direções. Ex: derme reticular da pele. Tecido Conjuntivo Denso Modelado Tem como característica histológica apresentar todos os componentes, porém apresenta fibras colágenas em maior quantidade que os outros elementos, e essas fibras ficam dispostas no mesmo sentido ou direção. Ex: tendão humano Tecido Conjuntivo de Propriedades Especiais Tecido Conjuntivo Adiposo Tem como característica histológica apresentar todos os componentes, porém apresenta adipócitos em maior quantidade que os outros elementos. Ex: hipoderme (abaixo da pele), em volta de grandes órgãos do corpo Tecido Elástico Tem como característica histológica apresentar todos os componentes, porém apresenta fibras elásticas em maior quantidade que os outros componentes. Ex: ligamentos amarelos da coluna vertebral, ligamento suspensor do pênis. Tecido Conjuntivo Mucoso Tem como característica histológica apresentar todos os componentes, porém apresenta S.F.A. (substância fundamental amorfa) em maior quantidade que os outros componentes. Ex: cordão umbilical. Tecido Reticular ou Hemocitopoiético (linfoide e mieloide) Tem como característica histológica apresentar todos os componentes, porém apresenta fibras reticulares em maior quantidade que os outros componentes. Ex: parênquima do fígado e baço. Tecido cartilaginoso: assunto que será discutido em aula futura. Tecido ósseo: assunto já discutido em aula. (primeiro caso disparador) TECIDO EPITELIAL Existem três tipos de tecido epitelial: revestimento, glandular e o sensorial Tecido Epitelial de Revestimento Todos os órgãos do corpo humano apresentam tecido epitelial de revestimento, revestindo internamente ou externamente. O maior órgão do corpo humano é a pele, ela é dividida em 3 camadas: · Epiderme: Tecido Epitelial de Revestimento (Tecido Epitelial células justapostas, pouco material intercelular, Pavimentoso (células achatadas) Queratinizado (evitar entrada de patógenos)); · Derme Papilar (Tecido Conjuntivo, células separadas por abundante material intercelular, Frouxo, todos os componentes estão em igualdade); · Derme Reticular (Tecido Conjuntivo Denso, algo está em maior abundância nesse caso, fibras colágenas, Não Modelado, fibras espalhadas em várias direções). Conceito/Definição: · Tecido formada por células justapostas, com pouco material intercelular revestindo cavidades e superfícies dos ossos, sempre em contato com a luz (lúmem) dos órgãos cavitários e da superfície como a pele humana. Características Histológicas: · Células justapostas · Pouco material intercelular · Avascular (não sai sangue) · Inervado (não sinto dor) E por ser um tecido avascular (não sofre inflamação) estará em contato íntimo com o tecido conjuntivo frouxo que pelo mecanismo de difusão irá nutrir o tecido epitelial de revestimento e este dará proteção ao conjuntivo. Formato das células epiteliais de revestimento · Cúbica (altura e largura com a mesma medida) · Cilíndrica (altura é maior que a largura) · Pavimentosa (altura é menor que a largura). Macete: cúbica (núcleo esférico), cilíndrica (núcleo elíptico em pé) e pavimentosa (núcleo elíptico deitado) Classificação do tecido epitelial de revestimento 1º observamos a forma das células (cúbica, cilíndrica e pavimentosa) 2º devemos observar a quantidade de camadas (estratos) celulares que formam o tecido (se possuir uma camada apenas, classificamos como simples;caso tenha mais de uma camada classificamos como estratificado e neste caso observaremos a forma da camada de célula mais próxima da luz do órgão) Escamoso = Pavimentoso Plano = Pavimentoso OBSERVAÇÃO: órgãos que tem atrito o epitélio (tecido epitelial de revestimento) apresenta-se com várias camadas, já em órgãos que não apresentam atrito o epitélio será de uma camada apenas, porém toda regra tem sua exceção como é o caso da bexiga e dos ureteres que não tem atrito, mas a urina é ácida. Tecido epitelial simples pavimentoso Reveste internamente todo o sistema circulatório, produz o fator anti-trombinogênico, evitando a coagulação do sangue. Reveste internamente os alvéolos pulmonares permitindo as trocas gasosas. Tecido epitelial simples cúbico Reveste internamente os túbulos contorcidos proximais, os túbulos contorcidos distais e os túbulos coletores dos rins, realizando a absorção de substâncias reaproveitáveis da urina. Tecido epitelial simples cilíndrico Reveste internamente os intestinos, realizando a absorção dos nutrientes dos alimentos. Tecido epitelial simples cilíndrico ciliado Reveste internamente as tubas uterinas, realizando a movimentação do ovo ou zigoto até o útero. Tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado Reveste externamente a nossa pele, fazendo parte da primeira camada da pele que é chamada de epiderme, realizando as proteções mecânica e química da pele, evita a penetração de fungos e bactérias na pele e também evita o ressecamento da pele pela perda de água. 1_ Tecido epitelial de revestimento 2_ Tecido conjuntivo Frouxo Seta: Vejo que é a queratina Riscos: Várias camadas de células achatadas. Tecido epitelial estratificado cúbico Reveste internamente os ductos da glândulas salivares e sudoríparas. Tecido epitelial estratificado cilíndrico Reveste a conjuntiva ocular. EXCEÇÕES Epitélio de transição: reveste bexiga e ureteres Tecido epitelial de transição (estratificado globoso) – reveste internamente os ureteres e reveste internamente a bexiga urinária, protegendo a parede destes órgãos da acidez da urina. · Bexiga urinária: Quando ela está cheia a parede fica fina e esticada, quando vazia, fica grossa. Na bexiga o epitélio hora é de um jeito, hora é de outro. · A urina que fica dentro da bexiga é acida, portanto o epitélio não pode ser simples, tem que ser o epitélio estratificado onde a camada de células mais superiores é globosa, grandes e algumas células tem dois núcleos. · Isso acontece no epitélio que reveste a bexiga e os dois ureteres, pois neles passam a urina. Tecido Epitelial pseudoestratificado cilíndrico ciliado (epitélio respiratório) Pseudo: falso estratificado, logo, na verdade é simples. Núcleos das células em diferentes alturas por isso essa falsa impressão. Reveste internamente as vias respiratórias superiores (fossas nasais, traqueia e brônquios primários) participando da filtragem do ar para que os alvéolos pulmonares realizem a hematose. Metaplasia epitelial É quando um tecido epitelial se transforma em outro tecido epitelial devido uma agressão. Exemplo: em fumantes crônicos devido as várias toxinas do tabaco o tecido epitelial pseudoestratificado cilíndrico ciliado das vias respiratórias superiores se transforma (modifica) em tecido epitelial estratificado pavimentoso. Lâmina Basal É uma estrutura invisível ao microscópio óptico, mede de 20 a 100 nanômetros, formada por colágeno tipo IV e glicoproteínas. Como fica entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo frouxo apresenta as seguintes funções: · Ser o limite entre estes dois tecidos; · Fixa o tecido epitelial ao tecido conjuntivo; · Controla o mecanismo de difusão. Membrana Basal É uma estrutura visível ao microscópio óptico, pois é formada pela união da lâmina basal com as fibras reticulares do tecido conjuntivo que está abaixo do tecido epitelial. Função · Aumentar a união entre o tecido epitelial e o conjuntivo Membrana basal representada pela linha azul Glicocálix/Glicocálice É uma fina camada de glicoproteínas que reveste todas as células epiteliais, apresentando várias funções Funções · Fixar uma célula epitelial a outra célula epitelial · Participar da defesa imunológica do tecido epitelial · Participar da pinocitose (partículas líquidas) das células epiteliais. Polaridade celular As células epiteliais apresentam certa polaridade. O núcleo das células epiteliais de revestimento pode estar deslocado na porção superior da célula (pólo apical), na porção inferior da célula (pólo basal) ou mesmo no centro da célula. Tecido Epitelial Glandular O tecido epitelial glandular irá formar as diferentes glândulas do corpo humano. Essas glândulas apresentam o parênquima glandular (tecido epitelial glandular) e o estroma glandular (tecido conjuntivo). O estroma é a cápsula que reveste as glândulas e os septos que dividem as glândulas em porções, é no estroma que está presente os vasos e nervos da glândula. Já o parênquima é a área nobre da glândula, é onde são produzidas as secreções glandulares. Todas as glândulas do corpo humano são formandas basicamente pelo tecido epitelial glandular. Conceito: É um tecido constituído por células epiteliais glandulares justapostas, com pouco material intercelular, inervado e vascularizado, cuja única função é de produzir uma secreção diferente do plasma sanguíneo. Característica Histológica: · Células justapostas; · Pouco material intercelular; · Vascularizado · Inervado. O tecido é vascularizado porque as glândulas precisam de vasos sanguíneos para liberarem sua secreção e para produzirem sua secreção. Origem: Todas as glândulas se formam pela invaginação do tecido epitelial de revestimento para o interior do tecido conjuntivo frouxo. O conjuntivo é o agente indutor, que estimula as células epiteliais de revestimento sofrerem divisão celular e invadirem o conjuntivo. Classificação 1ª Baseada no número de células · Unicelular: Glândula formada por uma única célula Únicos exemplos no corpo humano: 1. Caliciforme, presente no epitélio simples cilíndrico do revestimento interno do aparelho digestório, mais precisamente do intestino delgado 2. Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado das vias respiratórias superiores · Pluricelular: Glândula formada por duas ou mais células. Exemplos: Todas as restantes: salivares, sudoríparas, sebáceas, lacrimais, traqueais, esofágicas, gástricas, intestinais, uterinas, vaginais, hipófise, tireóide, paratireoides, adrenais ou supra-renais, fígado, pâncreas, etc 2ª Baseada no local de eliminação da secreção Exócrina: Quando libera no tecido epitelial de revestimento · Exemplo: todos os restantes (mamária, sudorípara, sebácea, etc.) Endócrina: Quando libera a sua secreção o interior do vaso sanguíneo, mis precisamente nos capilares · Exemplos: Hipófise, tireoide, paratireoide e a adrenal/suprarrenal Mista: Quando é ao esmo tempo endócrina e exócrina · Exemplos: Fígado e Pâncreas 3ª Baseada na maneira com que o produto de secreção sai do interior da célula que forma a glândula Merócrina: Quando a secreção sai e a célula permanece intacta (todas as demais, tireoide, salivar etc.) Holócrina: Quando a célula morre para liberar a secreção (só existe um exemplo no corpo humano: sebácea) Apócrina: Quando a célula perde pedaço do citoplasma para liberar sua secreção (mamária, sudorípara da axila, sudorípara em volta do mamilo, do ânus e em volta da vagina) Sobre a Glândula endócrina Tenho que observar também a posição que ela está ao lado do capilar formando uma determinada forma.] Toda glândula endócrina está posicionada em contato com o capilar. Glândula Endócrina Cordonal · Quando as células ficam formando um cordão adjacente ao capilar sanguíneo · Exemplos: hipófise, paratireoides e supra renais ou adrenais. Glândula Endócrina Vesicular · Quando as células ficam formando entre elas uma cavidade (vesícula) · Único exemplo no corpo humano é a tireóide. Sobre a Glândula Exócrina Tenho que observar 1ª A forma da porção secretora: · Tubulosa: Formato tubo de ensaio ·Acinosa: Formato cacho uva · Tubulo acinosa: Os dois formatos 2ª A porção que libera · Simples: Apenas um cano liberando a secreção · Composta: Vários canos liberando a secreção. Ramificada: Quando tenho ramos Glândula tubulosa simples enovelada: glândula sudorípara. Pele e Anexos 1. Definição da Pele · A pele, também chamada de cútis ou tez, é o maior órgão do corpo humano, representando de 15% a 20% da massa total. · Funções principais: · Proteção: protege os tecidos subjacentes contra agressões externas. · Regulação da Temperatura Corporal: atua na termorregulação. · Reserva de Nutrientes: armazena substâncias essenciais. · Sensibilidade: contém terminações nervosas sensitivas que permitem a percepção de estímulos. 2. Estrutura da Pele · A pele é composta por duas camadas principais: · Epiderme: camada externa, formada por tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado. · Derme: camada interna, composta por tecido conjuntivo, subdividida em: · Derme Papilar: tecido conjuntivo frouxo, localizado logo abaixo da epiderme, com papilas dérmicas que aumentam a adesão entre epiderme e derme. · Derme Reticular: tecido conjuntivo denso não modelado, com fibras colágenas dispostas em várias direções, proporcionando resistência e elasticidade. 3. Dimensões da Pele · A área de superfície cutânea aumenta 7 vezes desde o nascimento até a idade adulta. · A pele mede aproximadamente: · Homens: 1.800 cm² e 4.800 gramas. · Mulheres: 1.600 cm² e 3.260 gramas. 4. Tipos de Pele · Pele Grossa (Glabra): · Encontrada nas palmas das mãos e solas dos pés. · Não apresenta pelos, sendo chamada de glabra. · Epiderme espessa, rica em queratina, com cor mais clara. · Pele Fina: · Presente em outras partes do corpo, com pelos e epiderme mais delgada. 5. Comparação entre Pele Fina e Pele Grossa · A epiderme da pele fina é mais delgada (0,07 a 0,12 mm) em comparação com a da pele grossa (0,8 a 1,4 mm). · A pele grossa possui maior quantidade de papilas dérmicas e não possui folículos pilosos, glândulas sebáceas ou músculo eretor do pelo. 6. Camadas da Epiderme · A epiderme pode ser dividida em quatro (pele fina) ou cinco camadas (pele espessa): · Estrato Basal: camada mais profunda, com células cilíndricas pouco diferenciadas que se dividem continuamente. · Estrato Espinhoso: várias camadas de células cúbicas ou achatadas, com junções celulares que conferem um aspecto espinhoso. · Estrato Granuloso: várias camadas de células achatadas, com grânulos de queratina proeminentes. · Estrato Lúcido: presente na pele grossa, com células achatadas hialinas, geralmente ausente na pele fina. · Estrato Córneo: várias camadas de células mortas, sem núcleo, com alta quantidade de filamentos de queratina. 7. Células da Epiderme · Queratinócitos: representam 85% das células da epiderme, responsáveis pela produção de queratina e pela formação da barreira hídrica epidérmica. · Melanócitos: localizados principalmente no estrato basal, produzem melanina, que protege contra radiação UV. · Células de Langerhans: células imunológicas presentes na camada espinhosa, atuam na defesa contra patógenos. · Células de Merkel: células sensoriais localizadas no estrato basal, responsáveis pela percepção tátil. 8. Derme · A derme é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme, rica em colágeno e elastina. · Contém vasos sanguíneos, nervos e órgãos sensoriais. · Subdividida em: · Camada Papilar: rica em papilas dérmicas, vasos sanguíneos e células, com poucas fibras colágenas. · Camada Reticular: composta por tecido conjuntivo denso não modelado, com fibras colágenas mais espessas, dispostas aleatoriamente, proporcionando resistência à tração. 9. Hipoderme · Não faz parte da pele, mas conecta a derme ao músculo. · Funções: · Proteção contra o frio. · Fixação da pele ao músculo estriado esquelético. · Permite a movimentação da pele sobre o músculo e periósteo. · Reserva energética, isolamento térmico e absorção de choque. 10. Anexos da Pele · Incluem: · Folículos Pilosos: estruturas que produzem pelos, divididos em quatro regiões: infundíbulo, istmo, saliência folicular e segmento inferior. · Glândulas Sebáceas: associadas aos folículos pilosos, produzem sebo para lubrificação da pele e pelos. · Glândulas Sudoríparas: regulam a temperatura e eliminam excretas, subdivididas em: · Écrinas: independentes dos folículos pilosos, presentes em todo o corpo, exceto nos lábios e parte externa da genitália. · Apócrinas: associadas aos folículos pilosos, desenvolvem-se a partir da invaginação da epiderme. · Unhas: formadas por células queratinizadas, protegem as falanges distais. · Glândulas Mamárias: especializadas na secreção de leite, sob influência hormonal. 11. Cor da Pele · Determinada por três pigmentos endógenos (queratina, melanina, hemoglobina) e um exógeno (carotenos). 12. Envelhecimento da Pele · O envelhecimento começa aos 25 anos, com sinais como rugas, perda de elasticidade e manchas. · Alterações na epiderme e derme incluem: · Diminuição da elasticidade. · Fragmentação das fibras elásticas e degeneração das fibras colágenas. 13. Sinais do Envelhecimento · Epiderme: · Dermatóglifos não diminuem de número, mas tornam-se achatados. · Melanina: atividade dos melanócitos decresce. · Matéria córnea: atrofia da epiderme, produzindo menos estrato córneo, levando ao ressecamento. · Anexos: · Diminuição do número e espessura dos pelos. · Crescimento mais lento das unhas. · Derme: · Diminuição da substância fundamental amorfa. · Fragmentação das fibras elásticas. · Degeneração das fibras colágenas. · Hipoderme: · Diminuição da gordura, resultando em flacidez da pele. 14. Conclusão · A pele é um órgão complexo com múltiplas funções, incluindo proteção, regulação da temperatura, e percepção sensorial. O envelhecimento e fatores externos podem afetar sua estrutura e função, levando a alterações visíveis e funcionais. OBS: Pele e Anexos, Emmanuel SISTEMA TEGUMENTAR Resumo Completo sobre o Sistema Tegumentar O sistema tegumentar é o maior órgão do corpo humano e desempenha funções essenciais para a proteção, regulação e percepção sensorial. Ele é composto principalmente pela pele e seus anexos, que incluem folículos pilosos, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas, unhas e glândulas mamárias. 1. Estrutura da Pele A pele é composta por duas camadas principais: · Epiderme: A camada mais externa, formada por tecido epitelial. É composta por várias camadas de células, sendo as principais: · Camada Basal: A camada mais profunda, onde ocorre a mitose celular e a produção de novas células da pele. · Camada Espinhosa: Contém células interligadas por desmossomos, conferindo resistência. · Camada Granulosa: Caracterizada pela presença de grânulos de queratohialina, que ajudam na formação da queratina. · Camada Lúcida: Presente em áreas de pele mais espessa, como as palmas das mãos e plantas dos pés. · Camada Córnea: A camada mais externa, composta por células mortas e queratinizadas que formam uma barreira protetora. · Derme: A camada subjacente à epiderme, composta por tecido conjuntivo. É dividida em duas partes: · Derme Papilar: A camada superior, rica em vasos sanguíneos e terminações nervosas, que fornece nutrientes à epiderme e contribui para a sensibilidade. · Derme Reticular: A camada mais profunda, que contém fibras colágenas e elásticas, conferindo resistência e elasticidade à pele. 2. Anexos da Pele Os anexos da pele desempenham funções específicas e incluem: · Folículos Pilosos: Estruturas que produzem pelos, que têm funções de proteção e regulação térmica. · Glândulas Sebáceas: Produzem sebo, uma substância oleosa que lubrifica a pele e os pelos, ajudando a prevenir a desidratação. · Glândulas Sudoríparas: Responsáveis pela produção de suor, que ajuda na regulação da temperatura corporal. · Unhas: Estruturas queratinizadas que protegem as extremidades dos dedos e ajudam na manipulação de objetos. · Glândulas Mamárias: Especializadas na produção de leite, presentes em mamíferos. 3. Origem Embrionária O sistema tegumentar se origina de duas camadas germinativasdurante o desenvolvimento embrionário: · Ectoderma: Origina a epiderme e os anexos cutâneos. A epiderme se desenvolve a partir da proliferação do ectoderma, formando a periderme, que é uma camada transitória que se descama durante o desenvolvimento fetal. · Mesoderma: Origina a derme, que se desenvolve a partir do mesoderma somático e do dermátomo, formando o tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. 4. Características da Pele · Proteção: A pele atua como uma barreira física contra agentes patogênicos, radiação UV e perda de água. · Regulação Térmica: Através da sudorese e da dilatação ou constrição dos vasos sanguíneos, a pele ajuda a regular a temperatura corporal. · Sensação: A pele contém terminações nervosas que permitem a percepção de estímulos como toque, dor, temperatura e pressão. · Metabolismo: A pele participa da síntese de vitamina D, essencial para a absorção de cálcio e fósforo. Em resumo, o sistema tegumentar é uma estrutura complexa e multifuncional, essencial para a proteção e manutenção da homeostase do organismo. Sistema Tegumentar 1 Sistema Tegumentar Imagens Tecido Cartilaginoso 2º Caso disparador: A jovem estudante Cristina O que veremos? Dor no joelho – tecido cartilaginoso O que reveste a superfície articular de ossos longos para ela estar sentindo essa dor? Cartilagem hialina (avascular, não inervada, não tem drenagem linfático). OBS: A elevada razão entre glicosaminoglicanos (GAG) e as fibras colágenas do tipo II na matriz cartilaginosa possibilita a difusão de substâncias entre os vasos sanguíneos do tecido conjuntivo circundante. E a alta afinidade de ligação dos GAG com a água garante a hidratação do tecido. Tecido Cartilaginoso Conceito: Tecido conjuntivo de suporte, semirrígido, não mineralizado, não vascularizado e não inervado. Tipos de tecido cartilaginoso 1) Hialina · Mais abundante · Forma 1º esqueleto do embrião · Exemplo: ponta nariz, superfície articular dos ossos longos · Cor: claro, ligeiramente azulada 2) Elástica · Tem elasticidade · Exemplo: pavilhão auricular · Cor: amarela 3) Fibrosa/Fibrocartilagem · Mais forte · Rica em fibra colágena tipo 1 · Exemplo: entre as vértebras · Cor: branca. Semelhanças entre as cartilagens: · Lacuna (buraco); · Condrócito (única célula da cartilagem, fica dentro da lacuna); · Ao redor de cada lacuna tem um anel basófilo: matriz territorial (rica em glicoproteína); · Entre os anéis (roxo claro): matriz interterritorial (rica em fibras); · As duas matrizes em conjunto formam a matriz cartilaginosa; · Água de solvatação (encontrada na matriz de cartilagem); · Proteoglicano: proteína + glicoproteína (encontrada na matriz da cartilagem). Diferenças entre as cartilagens: · Hialina: predomínios de fibras colágenas do tipo 2 (menos resistente que a tipo 1); · Elástica: rica em fibras elásticas e apresenta poucas fibras colágenas do tipo 2; · Fibrosa: Predomínio de fibra colágena do tipo 1. Funções · Suporte de partes moles do corpo: Exemplo: pavilhão auditivo (elástica), ponta nariz (hialina) · Revestimento superfície articular dos ossos longos para evitar dor, permitir amortecimento e deslizamento. · A formação do tecido ósseo (hialina, que será substituída pelo tecido ósseo primário que será substituída pelo tecido ósseo secundário) · Crescimento dos ossos em comprimento (hialina) até 18 anos (disco epifisário) Constituintes da cartilagem · Célula: condrócito · Lacuna (buraco) · Matriz territorial · Matriz interterritorial *****Pericôndrio: NÃO pertence a cartilagem, mas está adjacente a ela (reveste a cartilagem) · Vermelho: Lacuna · Amarelo: Condrócito · Laranja: Matriz territorial · Verde: Matriz interterritorial · Água de solvatação + Proteoglicano: ficam na matriz cartilaginosa Constituintes da matriz da cartilagem: É constituída por proteína colágeno ou proteína colágeno mais proteína elastina em associação com macromoléculas de proteoglicanas (proteínas mais glicosaminoglicanas) e água de solvatação Tipos de cartilagem · Hialina · Elástica · Fibrosa A cartilagem é um tecido avascular, quem realiza a sua nutrição, portanto, é: · Cartilagem hialina: 95% nutrida pelo pericôndrio, contudo, a cartilagem hialina da superfície articular de ossos longos é nutrida pelo líquido sinovial. · Cartilagem elástica: Nutrida pelo pericôndrio · Cartilagem fibrosa: Nutrida pelo tecido conjuntivo adjacente. Propriedades cartilagem · Possui fibras colágenas (tipo 1 ou 2) · Possui fibras colágenas + Elastina · Possui macromoléculas de proteoglicano + água de solvatação Condrócito · Única célula do tecido cartilaginoso; · Sofre divisão mitótica dando origem a 2 (cresce de dentro para fora, crescimento intersticial); · Faz síntese de proteína, portanto, é rica em retículo endoplasmático rugoso e complexo de golgi; · Os condrócitos ocupam pequenas lacunas nessa substância formada por colágeno do tipo II ou tipo I ou fibras elásticas, água e sais em associação com macromoléculas de proteoglicanos (proteínas + glicosaminoglicanos), ácido hialurônico e diversas glicoproteínas. Função: · Produz matriz cartilaginosa e realiza a manutenção da matriz cartilaginosa. Origem · Célula mesenquimal indiferenciada · Divisão do condrócito (crescimento intersticial). Pericôndrio Características Tecido conjuntivo denso, cuja parte adjacente a cartilagem é rica em condroblastos e vasos sanguíneos e a porção mais distante é rica em fibras colágenas do tipo 1, fibroblasto e célula mesenquimal indiferenciada. Funções · Nutrição da cartilagem · Retirar refugos metabólicos do tecido cartilaginoso · Rico em condroblasto (jovem) produz cartilagem crescimento da cartilagem (crescimento aposicional) Cartilagem Hialina · Mais abundante no corpo · Cor: branco azulada devido as fibras colágenas do tipo 2 · Localização: fossas nasais; laringe; traqueia; brônquios; extremidade ventral das costelas; superfície articular dos ossos longos; disco epifisário (osso cresce em comprimento) e primeiro esqueleto do embrião. · Características histológicas: possui lacuna, no interior dessa lacuna tem o condrócito, ao redor da lacuna existe a matriz territorial entre as matrizes territoriais existe matriz interterritorial sendo que a matriz cartilaginosa (M.T + M.I) hialina é rica em fibras colágenas do tipo 2 apresenta também proteoglicanas e água de solvatação. Cartilagem Elástica · Cartilagem que possui elasticidade, se esticar retorna a sua forma anterior. · Cor amarela por causa da elastina · Localização: pavilhão auditivo, meato acústico externo, tuba auditiva, epiglote, cartilagem cuneiforme da laringe. · Características: Possui lacuna no interior da lacuna tenho condrócito, ao redor da lacuna tem a matriz territorial entre as matrizes territoriais tenho matriz interterritorial sua matriz cartilaginosa é rica em fibra elástica apresenta pouca fibra do tipo 2 apresenta proteoglicana e água de solvatação. Cartilagem Fibrosa · Cor branca · Localização: Encontrada nos discos intervertebrais, na sínfise pubiana e nos pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos. · Características: Possui lacuna no interior da lacuna tenho condrócito, ao redor da lacuna tem a matriz territorial entre as matrizes territoriais tenho matriz interterritorial sua matriz cartilaginosa é rica em fibra elástica apresenta pouca fibra do tipo 2 apresenta proteoglicana e água de solvatação. · OBS: essa cartilagem tem características entre a cartilagem hialina e a do tecido conjuntivo denso modelado do tendão humano. Crescimento das cartilagens · Crescimento intersticial: ocorre por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes; · Crescimento aposicional: se faz a partir das células do pericôndrio (condroblastos) · Indivíduo em desenvolvimento ambos os crescimentos; · Depois só tem o crescimento a posicionar. Degeneração cartilagem · A cartilagem hialina sofre a calcificação do fosfato de cálcio de para formar o tecido ósseo (o primeiro esqueleto é de cartilagem hialina, que será substituído pelo tecido ósseo primário que será substituído pelo secundário) é fisiológico ·Todas as demais degenerações não são fisiológicas. Exemplo: orelha em couve-flor do lutador de MMA. Regeneração cartilagem · Cartilagem não se repara, exceto em bebês nos primeiros meses de vida. image1f.png image18.png image3f.png image4a.png image3d.png image31.png image38.png image37.png image19.png image4f.png image17.png image48.png image2.png image29.png image8.png image49.png image43.png image23.png image2e.png image21.png image1a.png image7.png image52.png image3.png imaged.png image2b.png image3c.png image41.png image4c.png image39.png image5.png image44.png image1e.png image14.png image10.png image40.png image35.png image27.png image32.png image4.png image1c.png image20.png image36.png image4d.png image4e.png imagec.png image30.png image3a.png image45.png image2a.png image46.png image1d.png image25.png image2c.png image.png image16.png image2d.png image2f.png image34.png image11.png image12.png image3e.png image24.png imagef.png image28.png imageb.png image33.png image6.png image22.png imagea.png image26.png image9.png image42.png image47.png image51.png image3b.png imagee.png image50.png image15.png image1b.png image13.png