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O MALHO
Propriedade da S. A. O MALHO
D ire et o rs Antônio A. de Souza e Silva
/ANNUAL ......
assignaturas: /semestral. . . .
Inúmero avulso.
60*000
30 $000
1*200
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
TRAVESSA DO OUVIDOR, 34
23-4422
TELEPHONES: CAIXA POSTAL. 890
22-8073
RIO DE JANEIRO
II
ORIGINAES E PHOTOGRAPHIAS
OS ORIGINAES LITERÁRIOS OU PHOTOGRAPHICOS,
ENVIADOS A O MALHO, MESMO NAO PUBLICADOS
.NÂO SERÃO. EM ABSOLUTO, DEVOLVIDOS.
EDIÇÕES DA S. A.
-> MALHO - ILLUSTRAÇÃO BRASI LEI RA - CINEARTE
vIODA E BORDADO-ARTE DE BORDAR-O TICO-TICO
ANNUARIO DAS SENHORAS
ALMANACH DO TICO-TICO
í
ÍS
FERRO .AÇO ? METAES*FERRAGENS
TINTAS* VEBNIIES ?LUIRIFICANTES
OLEOStTUBOS.CAXETAS«C0«REIAS
CABOS • MAC AMES' AC IDOS PARA
INDUSTRIAS ? ETC.
fflutfriaí i>oro Estrada» de Ferro.
Qffiiina» e Con»truc«?«*u Navul
iscaivrosio i Ttvt»NOM - "toe »»anet«.»« 1 iras
caixa oo conof io *r> t eao rtiton -cauxijo*"
ARMAI CM e ESCRIPTOQIO l
RUA PRIMEIRO DE MARÇO
D«p.: RUA SANTO CHRISTO, 54/56
RIO OS JANEIRO JÍ
^""^^tf a Jcuccle- )
V Isot/ócô ^.. ^y
*W /Stk mZM TV v ^aaaããaTaa**Taaa. áraaVl V ^àa. X. ^. ^H
ses? ¦"¦3 ^k"—!j ^a^"íf^w 
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*ÍL- ¦O' T"ã^ ~~*ajjr—"^"SS—
ED REHEDID nCONSELHnDO
mW^n-J*
yCENTRO L0TER1CO
distribue verdadeiras •fortunas
em bilhetes e apólices vendidos
. 
"em seu balcão,
na TRAVESSA OO OUVIDOR, O
MATERNIDADE ARNALDO DE MORAES
PART08 — GYNECOLOCIA. —
CIRURGIA DE SENHORAS
Rma Frederico Pamptona, St
Co-.xicabana — r«L tr-0110
Installaçóes e apparelhaKem moderniaai-
maa. Tratamento medico doa proceasua in-
flnmmatorios de mulher, pelo apparelho de
Elliot (febre local). Diatiiermia. Ondas
ultra-curtas. Raiou infra-vermelhos. Lua
Violeta. Electricidade faradicu e galvanl-
ca, Metabolismo basal, Electrocardlogram-
maa. Gabinete de radiologia. Laboratório
de exames clínicos. Tratamento de doentes
externos. Parto* oom internação -por 8
dia* e auiatencia medica por 1:200|100.
Diária* detde 54$, em quarto de primeira.
Parto sem dor (cyelopropano e proto-
xydo de axoto). Aceita doentes, ele meds-
co* —Itauko* d Maternidade.
Dor de dente ?
:era n m+
Inoffensiva aos dentes —
Não queima a ^bocea.
Distrib. C. HERMANY. C. P. 247. Rio
10 - XI -1938
• 3«
O MALHO
ixacíomaj
/osé -Lopes (Ponte Nova) —
'Providenciarei para que esta sahia
Iprimeiro que as outras. Ainda não
puderam sahir, mas nem por isso
devem perder toda esperança.
| R. C. R. (Pelotas) — Muito
Ibero. Sua collaboração aqui fica,
•esperando uma opportunidade.
Gregorio do Amaral (Bello Ho-
trizonte) — Nào chegou a tempo.
EJ, além do mais, o gênero ar>
Ligo de fundo não interessa a esta
jrevista. Agradecido pela intenção.
Esmeraldo Siqueira (Natal) —
Se V. é um desses sujeitos cheio
:de susceptibilidades, podemos re-
sar pelo nosso cordial cntendimen-
to. Eu costumo falar com franque-
za e não posso estar vigiando cin-
kladosamente minhas palavras. O
ique lhe tenho dito nas ultimas
respostas é o seguinte: a publica-
ção da sua pagina me deixou mui-
to satisfeito, porque eu já estava
;ficando encabulado com a demo-'
ra. Aconselhei-o a que parasse um
/pouco a remessa de originaes des-
tinados ás paginas d'0 MALHO,
até que o stock em minhas mãos
«diminuísse. Quer dizer: continue
amor é mentira, é coisa que nâo existe. A vida é um cháos.
E eu, medroso como um ganso arrisquei duas palavras: — si a
senhorita. cheia de encanto e mocidade, rosa em botão, pensa
ser a vida um cháos. o que lhe direi ? Ora, isto de palavras nâo
tem importância, acerescentou ella, porque nós mulheres dizemos
tudo menos o que sentimos. Eu acho a vida um encanto. E para
ser encanto é preciso ter amargura e riso. sem o que seria mo-
notona. Vamos, disse-me, tomar aquelle omnibus que nos levará
á praia dt Copacabana onde se respira um ar menos infecto.
O vehiculo corria como quem queria devorar a praia, e aqui e
ali. um sigoal o fazia parar para receber novos passageiros.
Chegamos ao fim da Avenida Atlântica, onde o mar gemia doce-
mente. Era linda a tarde que corria a meio. Sentamo-nos a
beira da pancada do mar, debaixo de hospitaleira orvore. Uma
creança de seus oito annos approxima-se de nós. pede uma esmola
alegando jer orphâ dc pae e mãe e viver sozinha no mundo, por
favor, em casa de velha conhecida de sua saudosa mamãe. Mlle
abre a bolsa retira uma prata, beija a orphã desconhecida, em-
quanto de seus lindos olhos garços, fugitivamente, rolam dois
filetes de crystal orvalhando as suas faces de romã. e depõe nas
mãos pequenas da infeliz a moeda que fala mais do que a pa-
.avra escripta ou fulad_t, porque reflecte e traduz a boiiaade equa
mme do: —
Coração de brasileira .
("PLÍNIO TABATINGA")
IO - XI - 1038 • 25 • O MALHO
s cretinos estão ameaçados
de perder a doce felicidade de
seu estado — o estado que, se
não os leva, como os pobres de
espirito, ao reino dos céos, per-
mitte que, aqui mesmo, na ter-
ra, elles conheçam o goso de
serem cretinos á vontade e sem
interrupção.
Voronoff, depois de vinte an-
nos de pesquizas e do sacrifício
de milhares de macacos, desço-
briu que o enxerto de glandulas
de macacos, se não conseguir o
milagre do doutor Fausto, pode
dar intelligencia aos imbecis e
fazer de um débil mental, senão
um gênio, pelo menos, um cava-
Iheiro razoavel. Isto á custa ape-
nas de um enxerto de glandulas
tiroides de um simio respeitável.
Vae, portanto, pela acção do
sábio russo e seus discipulos, di-
0 NOVO IMSEISO
YOItONOII...
minuir sensivelmente o numero
dos macacos e o numero dos idi-
otas, numa tonsequencia auto-
matica e numa proporção arith-
metica.
Parabéns ao Dr. Voronoff. E
pezames aos macacos e aos cre-
tinos.
A pequena glandula, que lhes
vae modificar o entendimento,
será culpada de uma nova or-
dem de coisas que só lhes pôde
ser desagradavel — como a
consciência dos factos e a res-
ponsabilidade das acções.
Perderão, os cretinos humil-
des, a atmosphera de neblina
que lhes proporciona o clima da
bemaventurança; perderão, os
cretinos arrogantes, a illusão far-
ta de sua importancia e da sua
grandeza; perderão, os cretinos
vaidosos, o reino dourado e fô-
fo, em que viviam mergulhados e
felizes . . .
Cahirão todos elles na reali-
dade que traz com a sua própria
exactidão, positiva como os nu-
meros, revelações amargas e
desillusões penosas.
O enxerto de glandula tiroide
de macaco vae ser para muito.
— os imbecis que voltarem á ra-
zão e os cretinos que caminha-
rem para a intelligencia — uma
triste decepção da vida e de si
mesmos, porque a razão é peri-
gosa e a intelligencia tem a for-
ça dos reflectores e a penetra-
ção dos bisturis; e ninguém sahe
lucrando com os fócos de luz e a
revelação das autópsias . . .
BENJAMIM COSTALLAT
NA SALA DE OPERAÇÕES
— Desculpe, doutor . . . E' um habito que tenho desde
creança. Se não,... não durmo .. .
O MALHO • 26 • ¦»« - XI .1938
4'
V.
-••-' •>
*'¦
>
#M &*;
O REGRESSO DO
CARDEAL
LEME
Regressando
da Europa, o Car-
deal D. Sebastião
Leme desembarca,
ho Rio, acolhido
'com deferencla pe-
ías auctoridades e
com. enthusiasmo pe-
la população catho-
lica da Capital do
Brasil.
^
\0> V^O!
v^»»
»_ lll»! -- ãa^ílf,.
iC-^itf :»«» i
tf^sw» eft i ¦¦dt1
REVI \ AÉREA
¦O Pr, idente da
.assistiu.
no C.Miipo dos Af-
fonsos a um csplen-
dido destile aéreo.
tororacinorativo do
«inniversario do 1.*
regimento de avia-
ção. Apresentamos
aqui expressivo fia-
grame dei.su festa.
IO - XI -1938
^
\>\,*k-í:
^*M&rj~ am^úm
[J^^flflflT fltWf ^EawflVi
.27. O MALHO 
j
MISS DISTRICTO FEDERAL " ladeada por "Miss Club Centra!'' e"Miss Nictheroy", eleitas no concurso " A mais Bella do Brasil", du-
' rante o baile que o "Club Centra!" lhes offereceu, em homenagem.
JL £%¦ J>
yr • i
. , ¦». f iL. - J|
I . r^Hj^B 
jjr-^ 
' M
A CAMPANHA DO TRIGO NO ESPIRITO SANTO - Flagrante
colhido do interior do Espirito Santo, quando Mme Punáro Bley, esposa
do Interventor Federal, naquelle Estado, inaugurava a colheita de trigo.
O MALHO *2B* 10-XI-193B
ANNIVERSARIO — Grupo feito na residencia do Dr. Luís Vergára.por occasião do anniversariy
V|T * H J| /j^Lr ¦
u I? ^ b v vAi y y
COROANDO UMA RAINHA — Flagrante apanhado na occasião em
que o Dr. Waldemar FalcSo, Ministro do Trabalho, collocava a corôa
symbolica de sagração da "Rainha dos Empregados no Commercio. se-
r.liorlta Nadéja de Souza, eleita pela UniSo dos Empregados do Com-
raercio do Rio de Taneiro.
SEXTO SALAOi DE LA
PRATA — Uma das obras
piais interessantes, expostas
ieste anno no Sexto Salão de
Arte de La Prata, Republica
Argentina, foi "Fabria", uma
cabeça de esculptora Merce-
des de Madrid de Testa,
adquerida pela Commissão
Providencial de Bellas Artes
para ser incluída no patri-
roonio do Museu de La Pra-
ta. Vemos na gravura a ar-
tista argentina e seu curió-
a.
I VK %? . L^B a ? ¦! ¦ *]¦
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PARA A GALERIA DOS "FANS"
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__B 1 ____Mfc.
Charles Boyer em uma scena de ARGÉLIA
(Foto United Artists)
IO - XI -1938 •23» O MALHO
#44:
Ka
r«yn» Morrii • Prime >li«
n«, num intonrillo d* fil-
g»m d« "Brother R«t"
J
wu msrido Cti«rle»
i, qu*ndo regret**"*"!
A «*tig« "i»«mor»d«
i hoj« productor* d«
com »uocm»o bo r«dio
O W A L n 938• 30«
O HOMEM PODE SE EVADIR
DA T
AS 
tentativas para a ex-
ploração do Universo
com foguetes habita-
dos pelo homem despertam
interesse mundial. O movi-
mento de curiosidade des-
envolveu-se e propagou-se
pelos diversos centros, fasci-
nando os espiritos empre-
hendedores. Oberth, Hoefft,
Hohmann e Pirquet, funda-
ram na Allemanha uma so-
ciedade para effectuar pes-
quizas astronauticas, dotada
de laboratorio especial e que
publica uma revista intitu-
lada "O FOGUETE". Esse cen-
tro astronautico, que se inau-
gurou em 1927, na cidade de
Breslau, dirige e reúne todas
as experiencias germanicas.
A revista mensal "O FOGUE-
TE" divulgou vários traba-
lhos de Pirquet, Hohmann,
Hoefft, Oberth, aos quaes de-
vemos as primeiras attitudes
de iniciativa. Também no an-
no de 1927 os russos consti-
tuiram as bases de uma asso-
clação scientifica, com fina-
lidade essencialmente astro-
nautica. Fizeram em Moscou,
uma exposição de vários mo-
delos de foguetes interplane-
tarios, paysagens lunares, do-
cumentos, miniaturas das ex-
perienclas, quadros da parti-
da do foguete e, imaginosa-
mente, os terrltorios da Lua
que deverão ser colonisadaspelos habitantes da Terra.
Nenhum intuito de fantasia
animou os expositores russos,
mas um espirirto de verdade.
Tratavam de vulgarizar os
projectos, pondo o publico em
convívio com a idéa arrojada
dos ralds extraterrestres, fóra
dos horizontes da nossa gra-
vidade, na visita aos outros
paizes celestes, de que nos
fala a cosmographia. A Fran-
ça formou a "Commissão de
Astronáutica", composta de
physicos, chi micos physiolo-
loglstas, astronomos, enge-
nheiros, mathematlcos, que
apreciam todos os aspectos
do problema. A utopia não
paira nesse circulo de scien-
cia, que estimula um grupo
de sábios, ávidos de realizar
o maior emprehendimento de
todos os tempos. E. Fichot,
membro do "Instituto de
De MATTOS PINTO
Scirncias" de Paris e presi-
dente da "Sociedade Astro-
nomica" de França, expoz
que não poderia haver ne-
nhum equivoco, quanto ao va-
lor dos trabalhos e das pes-
quizas, pois a "Commissão As-
tronautica" só acceitará col-
laboradores idoneos e só sub-
metterá á analyse os proje-
ctos formulados com. o rigor
das leis physicas e mathema-
ticas. Tudo quanto a sciencia
possa offerecer, em qualquer
ramo dos seus conhecimentos,
merecerá exame dos Invento-
res que tentam descobrir a lo-
comoção sideral. Os estudos
astronauticos proseguem vi-
ctoriosos, sob o critério da
mais absoluta serenidade, co-
mo bem merece um projecto
de tanta grandeza, a mais au-
daciosa creação do espirito
humano. A revista mensal "O
FOGUETE" constitue o gran-
de elemento divulgador, na
Allemanha. Inteiramente con-
sagrada á Astronáutica, as
suas paginas representam ver-
dadeiros repositorios, onde as
idéas se combinam e se refa-
zem, onde as experiencias se
propagam, attrahindo novos
scientistas e onde a multidão
entra em convívio com o gran-
dioso emprehendimento, que
se tornará o maior orgulho do
genero humano. A astronau-
tlca lançou uma publicidade
triumphante, que anima e
apaixona o grande publico.
Associações, jornaes, revistas,
conferências, cinematogra-
phla, exposições, livros, eis
outros tantos meios vulgari-
sadores, que annunciam a
approximação do homem, aos
mundos do systema solar. Os
allemãesfizeram por interme-
dio da Ufa. o film "A MU-
LHER NA LUA", confecciona-
do especialmnete sob os cui-
dados technicos do professor
Hermann Oberth. O povo
permanico apreciou enorme-
mente a pellicula da Ufa, que
pôde ser considerada a ante-
visão da realidade de ama-
nhã. André Hirsch, um dos
fundadores do prêmio de as-
tronautica, reconheceu que a
clnematographla familiarizou
o publico mundial com a
problema da astronautica.
Os physicos allemães con-
O Joguete sideral, imaginado
por Hermann Oberth .
feccionam outro film sobre
as viagens slderaes, sob um
criteriq mais scientifico, es-
tudando em todos sentidoc
a questão do foguete e
dos projectis á reacção. Gra-
ças a todas essas modalidades
de diffusão rapida, os conhe--,
cimentos astronauticos vão se
popularlsando, attrahem ade-
ptos, conquistam sábios, sedu-
zem os espiritos avançados,
empolgam a alma das mui ti-
dões. Numa exposição astro-
nautica de Berlim, onde ml-
lhares de pessoas accorreram
anciosas, os visitantes admi-
raram os preparativos vendo o
foguete de Hermann Oberth
prestes a partir, o foguete e
o seu paraquédas aberto, dia-
grammas das medidas dos tu-
bos e instrumentos de direc-
çáo, roda a foguete, dando
trinta e novel mil voltas porminuto, armaduras, machi-
nismos e photographias dos
trabalhos práticos de astro-
nautica, diagrammas sobre as
combustões, explosivos, velo-
cidade de evacuação de gazes
expellldos e emissores de ra-
dio-telegraphia, permittlndo
a qualquer momento, determi-
nar a posição do foguete. Em-
fi mvia-se a exposição de to-
das as obras tratando de eis-
tronautica. Grande massa
popular, contemplou mara-
vílhada todos esses prepara-
ti vos que annunciam a proxi-
ma viagem do homem, atravez
das solidões do espaço inter-
planetario, na exploração dos
mundos. A astronautica liber-
tará o homem d agravidade da
Terra e ampliará o scenario
limitado do nosso globo, com
a perspectiva de outros céos
luminosos. A nova sciencia
erige as bases da viagem ex-
tra-terrestre, no domínio fe-
cundo da pratica. Os physicos
positivos, confiantes nos co-
nhecimentos exactos, mobili-
saram os princípios da mecha-
nica e da dynamica, no que
elles possuem de mais solido
e de mais experimental, para
transformar em sumptuosa
realidade os sonhos de Jules
Verne e de H. G. Wells. Em
feliz futuro e não vem longe o
dia dos ralds sideraes, não re-
correremos aos milagres da
imaginação, para saciar o ins-
tineto deg randeza e os appe-
tltes de fantasia. Atravez da
immensidade do ether, desço-
brindo o infinita, a astronau-
tica transportará as creaturas
humanas, além das frontei-
ras selestes da Terra. No tri-
umpho do progresso, ella ap-
parecerá como a sciencia quê
libertou a humanidade do cir-
culo da gravitação.
10 - XI>1938 • 31 • O MALHO
D DI
l*J flfl. afl- mWm tmM a-W*-V^ sO ÍTÍ
XÍ aPCut—T—II Br fll_| 42 l____kr*""T ÍT* fl * 
^
fll* fl Bt*»*»^ fl fll 'L.JRJ B_11 ml _fla . —m fe; dfTaaal
afl sK^T-fl ¦>¦ /¦ ^a#B_fl mmLdàm m: V
V^^ BJL B afl flk. —fl Bi -H ^B Ha—IB BV '
flYJflfl a— 'ifl—I —flfl
ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA — Grupo falto na Academia Nacional da Medicina, por occasião da pojse, em sessão sotenne, deita impor-
tante instituto scientifico, do novo membro titular, recentemente eleito. Prof. Arnaldo de Moraes. O conhecido gynecologista patrício está sentado
entre o Dr. Luix Vergara, secretario • representante, no acto, do Sr. Presid ente da Republica, e o Prof. Moreira da Fonseca, presidente da Academia
«^T^***f*J f~\l-mai -*ÜI * »•»(• ******* -W1—s———a Ve»\\ flflfl" i la^^S^lr^ v> Eoièfó c/JSÇrflfl j^b
L.'*JUfl --•flL>^_2^^'-—»*r-:-^—_ ——¦m/1 aatl—I— ^aheHr^aW^flT tJ!**" 
"**>
BM flflB^n ¦ ^E s rmv^i
-
a_fl_
ACÇÃO DE GRAÇAS — Grupo feito após a missa celebrada por D. Aquino Corria, arcebispo
de Cuyaba, na Matrii de Santo Antônio dos Pobres, em acção de graça» pelo 32.° anniver-
sario da ordenação secerdotal do Monsenhor Dr. Felicio Magaldi, vigário daquella parochia
ANNIVERSARIO — Senhora Maria
Camaríno Costa, digna eipoia do
Dr. Alfredo Costa, advogado e nos-
so confrade de imprensa diária das-
ta Capital, cujo anniversarío natali-
oio transcorreu em dia da semana
passada, motivo paio qual á resi-
dancia do casal affluiu grande nu-
mero de amigos que lhe foram le-
var felicitações
BARCOS A MOTOR PARA
O SERVIÇO DE "SAUVETAGE"
¦ immmms^J^ aflLs-**,--*- -L flfl
^L »»*a^^^m»m^^mm^m*aam*r mmm \\m mmmf
^S,. ______*_fl W Imaaf r^AmW^\-m\ J*'*-mmAsW^' f ddF3is-_fl^fl_-flT
mm\ \\\\\^AY^.^mw\\^^mm- m\W Í_1_______HP' _-_____»r ' i ^F ^__________^_________-
4^P^^^^^*-^^ÉP^flHV f
flflr ^- -*-¦* flfl. ^"^V k
li ^^^^^T_£?' I
Dois flagrantes, apanhados por occasião da inauguração do novo serviço de "sauvetaçe", no posto 6, em Copaca
rapld» • fácil utilização, «Um d* pessoal habilitado, representa um grande melhoramento, introduzido pela Prefeit
O MALHO. • 32'
bana. Dispondo da barco a motor, de
ura para maior segurança dos banhistas
10 - XI -1938
! 4
W^gK jpJJr /iV 'j . i^l f ^ ip^ V A^D _ nAHRflvi'lT^HJm a HlV
k r ^ ^ JLH ( j. /j|ift ma *V^, IJEly jVIH Mm
^Lnflr^Mt^^Hr/w/In^^l X./yjl
V JBr f ' «Jr r^Y i^8b* rw*s j j'T* J_,JBy jWyvj^V1*^9 4j|B ^yrjj^^y m^m ^BuS jjr jat^r W* w^| J£T ?
,.% '•»¦ J* (.fl|[ vB ^»8^ i vJJS tfl
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jHx^pvi
mrPu^^. - . v- g>'N».sfT^'^,y» riig¦ r^ct?
IO - XI -1838
— —
CUied, d&6
aivôted e
d&d>
cteonço*
lAlumnos do Uepartamen-
to Preliminar" do Instituto
La-Payette durante uma
demonstração de gv[tos daquelle grande estabelecimen-
to de ensino e durante a qual se
fazem distribuições de presentes ás
creanças pobres.
¦aa!
(aaaBBB*, ^^»aB (aaBP* Maaaasl
Prof. Clementino Fraga
SCIENCIA
E ARTE
EM MEDICINA
A obro do professor Clemontino Fraga é timul-
taneamente para os technlcos e para os leigos.
é eo mesmo tempo dídactica e artística. Muitos
dos seus livros correm mundo traduzidos, onsinan-
do a outros povos sagrados da medícifia tropical
em que elle a um dos nossos mestres, é alguns
abrem passos entra nós mercê da cultura e do
tenso esthetico com que o patricio illustre etpõe
idéas e conhecimentos especielisados.
"Sciencia e arte em medicina" é a epigraphe
do volume mais recente de Clementino Fraga, e
nelle ha matéria opulenta e variada em que a arte
de bem escrever serve magnificamente 4 arte de
curar dos males physicos da humanidade.
As virtudes do medico e do pesquizedor que
em longa actividade revelou sabedoria e se fez
um clinico preclaro, são reconhecidas e admiradas
por quantos lhes sentirem o influxo oenefico a na
classe que tem nelle uma das suas culminancias
da cota mais elevada. O escriptor não é menor do
que o filho de Escuhspio, e esse é de uma espe-
cie que se toma cada dia mais escassa em nosso
meio, a dos que usam da palavra para vestir idéas
orgânicas e constructores e ferem da escripta um
magistério civico.
Neste livro que possue a forca communicativa
de um poema, as definições não são simples for-
mulas de effeito, e nos levam á comprehensão de
phenomenos que poderiam parecer, etpilcedoj por
O MALHO
quem não dispuzesse de um instrumento verbal da
tanto atticismo, de fundo esotérico. "A contempla-
ção intellectuel dos phenomenos naturaes é, é pri-
meira vista, muito differente da contemplação es-
thetica, que é a própria arte. Este, entretanto,
delia mais próxima que parece. Entre a emoção
que domina o pintor e a que a absorve o nata-
ralista, é vista das bellas formas do mundo vive.
na profunda concordância".
São conceitos de Rist quo Clementino Fraga
busca em apoio da sua these.
Esse homem de sciencia o de arte, quer dizer,
indivíduo de especulação e de sentimento, é uma
das grandes creaturas do seu tempo, pelo que ]á
fez em favor da collectividade e peto que ainda
terá de fazer com a irradiação do seu espirito.
E dois problemas sociaes dos mais sérios da vida
moderna no BrasM lhe mereceram attenções cons-
tantes: o da tuberculose e o da febre ama-
rella.
Se ha no caso do primeiro a predominância
do factor minoria econômica como causa genrrrix
da consumpção orgânica, ha nelle também o •*-
pecto das facilidades de contaminação que não
respeitam castas nem "raças, nem ededes, nem se-
«os", e é nesse ponto que as medidas de prophy-
lania se , impõem paralellas és de defesa intrinse-
ca dos incólumes.
Nesse campo a obra de Clementino Fraga é
a de um benemérito, e não lhe é inferior a sua
acção no combate é febre emareHe n'um período
em que essa peste recrudesceu, como que a pre-
?ender desmoralisar a gloria de Oswaldo Cruz.
qloria libertadora da nossa civilisação e que nos
assegurou na America a situação que desfrueta-
mos. Discípulo do gênio de Manguinhos, Clemen-
tino Fraga ergueu bem elto os seus trophéot, e
em curto prazo garantiu ao paiz a tranquillidado
que lhe fugia deente a ameaça tremenda.
Nos cenaculos da Medicina, todas es conta-
grações premiaram-lhe os méritos e os esforços.
Falta-lhe, porém, a consagração acadêmica na
seéra da literatura, embora elle jé a tenha no
respeito dos que o considerem confrade eminente.
Homem de letras no melhor sentido, Clementi-
no Fraga bate és portas da Casa de Machado de
Assis sem vaidade, mas levando uma contribuição
digniiicadora que augmentaré o patrimônio intel-
lectual da instituição. E se a maioria dos acade-
micos o eleger, pôde ficar certa de que com esse
gesto chama ao seu convívio uma euprestão dy-
namica da nossa inteligência o mostra que não
deseja ficar distanciada dos legítimos valores
mentaes da racionalidade.
CARLOS MAUL
¦B **m
A ARTE DOS SURDOS MUDOS
A doutora Yolanda Mendonça vem conquis-
tando, rapidamente, grande notoriedade pelos
seus estudos scientificos sobre differente mani-
festações artísticas.
Essa jovem escriptora pernambucana revela
tini qcsfo muito pronunciado pelos assumptos se-
rios, principalmente os
que so ligam, por um la-
I do ou por outro, é psy-
chanalyse.
Os jornaes e revistas
desta capital têm publica-
do, com freqüência, en-
saios de sua autoria, os
quaes têm despertado a
attenção de todos os es-
tudiosos.
Agora, publica ella um
. o .ume destinado a pro-
prctunOo interesse nos meios scientificos e
artísticos. Trata-se de um ensate sobre "A Arte
dos Surdos-Mudos", no qual o assumpto é venti-
lado e esclarecido, é luz da sciencia de Freud
e através de observações cuidadosas. Depois de
"Desenhos de loucos", o desenvolvimento natu-
ra! de seus estudos deveria levar a doutora
Yolanda Mendonça escrever este interessante en-
saio que a "Norte-Editora" 
publicou em attra-
hente volume.
IDIOMA NACICNAL BRASILEIRO
Mais um livro da "Collecção Portátil", diri-
gida pelo professor Robert James Botkin : "Idio-
ma Nacional Brasileiro", de Mario Martins. Não
é nenhum tratado Indigesto de philologia, mas
um trabalho teve, agradável, vivaz, sobre varias
coisas do nosso idioma que as grammaticas en-
sinem mal e que os philologos não fazem mais
do que tornar intragáveis.
Sem esforço, o autor aponta a evolução de
língua brasileira. Sem cansar, ©H© ensina e cor-
rige. Através desse livro, percebe-se quanto o
estudo do idioma se pode tornar agradável,
desde que seja arejado por um espirito cheio de
juventude e despido de preconceitos incebiveis.
O sr. Mario Martins crêa uma nova forma de
ensinar a língua. Elle não vende jóias falsas,
não eahibe uma erudição de verniz, não diffi-
curta, nem confunde as cousas, não ostenta esse
er de sufficiencia que torna os pedagogos tão
cacetes. O eutor da "Idioma Nacional Brasilel-
ro" tabe realmente o qua diz conhece profun-
damente o assumpto sobre que escreve e. além
de tudo isso. descobriu um modo intelligenta
de transmittir os conhecimentos. Sues lições cons-
ti*uem um prazer.
sa»T ayaSdtt*.
Bom dia, senhor Axavedo.
Bom dia, senhor Annibel,' mas au não sou
Azevedo.
Nio importa. Também au nio sou Annibel.
10 - XI-1Q38
34 •
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10 - XI -1038
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pacs que gastam pequenas fortunas,
cada anno, em brinquedos para os fi-
lhos... O Sr. deve ser um pae assim...
Pense então que todo esse carinho de hoje,
de nada servirá a seu filho, si o Sr. vier a
desapparecer... Um dia, esse rapaz que já
teve um bazar de brinquedos caros, poderá
sentir frio e fome e não ter meios de edu-
car-se e fazer-se um Homem. Porque o Sr.
nâo desvia uma parte desse dinheiro que
applica em brinquedos, para fazer um seguro
de vida? Agora, neste Natal, a occasiao é
opportunissima para isto. Calcule bem suas
disponibilidades e esteja certo de que a "Sul
America" tem planos de seguros adaptáveis
a todas bolsas... Faca quanto antes o seu
seguro. Mais tarde, seu filho dará valor
a este seu gesto de carinho e previdência.
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rifW uma das regras,
para a saude do corpo.
LMA INFORMAÇÃO GRÁTIS
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As nossas gentis leitoras podem solicitar qualquer In-
formação sobre hygiene da pelle. couro cabelludo, cirur-
(ia esthetica e demais questões de embellezamento ao me-
dico especialista e redactor desta secção Dr. Pires. As
perguntas devem ser feitas por escripto, acompanhadas
do "coupon" annexo e dirigidas ao Dr. Pires — Rc-
dacção d'0 MALHO —
Travessa .do Ouvidor n 34
— Rio de Janeiro. Dare-
mos. ainda, em cada nu-
mero. conselhos, sugges-
toes e informações sobre
assumptos de bellezp. pois
não é possivel fazermos
diagnósticos nem íormu-
larnios tratamentos sem
o exame pessoal do inte-
ratando.
BELLEZA i: MEDICINA
Nome 
Rua
Cidade 
Estado 
BELEZA E FELICIDADE
PELO
DR. PIRES
(Com pratica dos hospitaes de Berlim,
Paris e Vienna)
Constitui sempre q desejo da humanida-
de cultivar a belleza. sob todos os as-'pectos em que ella pode ser considerada.
'Mas, sem du-
vida, a belle-
z a physica
tem uma ac-
¦ção domina-
tíora sobre
todas as ou-
trás.
Já nos tem-
pos antigos a
e s t he t i -
c a exercia
grande influ-
encia e é as-
sim que ve-
(mos Aspasia.
mulher d e
Pcricles. ce-
lebre pela
formosura ter
sua casa fre-
quentada pe-
los philoso-
phos e escri-
piores mais
«Ilustres d a
época, entre''
outros poi
S o c r a -
tes, Phrynía,
cont.-zá grega, serviu ao notável escul-
ptor atheniense Praxiteles, de modelo para
aYI estatuas de Venus que confeccionou.
Aceusada de impledade, íol dependida pe-
Jo orador Hyperides que a desnudou de-
"ante do tribunal, conseguindo o perdão dos
juizes em razão de sua belleza sem rival.
Actualmente com os recursos médicos,
menos difficil se torna render o culto á
bellezas pois todas as deformidades do cor-
po podem ser remediadas. Ao lado da
«grande cirurgia plástica, ha as pequenas
intervenções estheticas, cujo principal pa-
«pel é o de livrar o paciente de imperfel-
çôes. sem ser preciso levaJ-o a uma mesa'de operação. E é assim que já ha tra-
tamento sem ser cirúrgico para tirar as
rugas, tatuagens, varizes. etc. Muitas ou-
trás desgraciosidades como ephelides (sar-
das), manchas do rosto, do corpo, verrugas, acnés, (espinhas) sao
perfeitamente curavels, de accordo com o optimo arsenal therapeutico
de que hoje dispomos.
Tambem a obesidade, caracterizada por um desenvolvimento ex-
cessivo do tecido adi poso, é perfeitamente tratavel e o mesmo acon-
tece com Innumeras doenças do couro cabelludo como sejam, seborrhéa.
queda dos cabeMos, alopecia*. etc.
O paciente deve trabalhar em conjuneto com o medica para ad-
quirir e conservar a belleza, observando certos preceitos que sao tidos
como básicos para manter a formosura.
Abaixo expomos, resumidamente, as principaes regras para se ter
um corpo sáo: dormir oito horas; viver ao ar livre; abolir, o akoo5, e,
.ve possível, o fumo; fazer diariamente gymnastica moderada; comer em
horas certas: evitar a constipação (prisão de ventre).
Todos os conselhos dados para uma boa esthetica devem ser-icceitos e compridos, pois a lealdade pesa consideravelmente sobre a
i- a felicidade dos seres humano*.
O MALHO . 40« -ir» . XI-1938
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COUPON N.° 205
TEXTO ENIGMÁTICO
Dias passados, falleceu em França a
rainha das palavras cruzadas — senhorita
Rcnée David. Era uma solteirona, que
se apaixonou por esse quebra cabeças,
desde que surgiu, ha uns vinte annos
atras.
Renée David foi a discípula preferida
de Tristan Bernard. Ella tomou parte,
certo dia, em um concurso de palavras
cruzadas presidido por aquelle homem de
letras. F.m um tempo recorde, venceu
de longe mais de trezentos concorrentes
inscriptos. Tristan, nesse dia, diante do
suecesso, aconselhou-a a que se dedicas-
se a esse gênero de passa-tempo e que
se tornasse mesmo profissional.
Ella acceitou o conselho, dizendo que.
apesar de acreditar que tivesse queda pe-
Ias bellas letras, nunca pensou que aca-
basse campeã de palavras cruzadas. Dis-
se isso com certa amargura, mas sem
razão. Porque a habilidade de formar
palavras cruzadas não e fácil e não pode
deixar de lisongear a quem a possue.
--s
AVISO AOS DECIFRADORES
Cada problema deve vir solucionado em folha de papel se-
pirada, pois os di. tes.
f7~S_: ''Ail____.~l~^TP¥l~pTTTTTT7~_i
Ir ____ _T« ¦ lf ma • __ * __ •1*1 "__*-K___
PM—T— ______¦________. ^__
|i»_ f OUÇAS ^1
CONTEMPLADOS NO
SORTEIO DO TORNEIO
N.* 199
D. Federal:
Cidóca — Ayres Salda-
nha, 28.
Priminha — Cel. Brandão,
24 A.
Brivaldo Coutinho — Real
Grandeza, 274.
Estados:
Magdalena Farinello — São
Paulo — E. S. Paulo.
Luíj—Macei. — Alagoas. ¦
Luís Alcântara — Cata-
lio — Goyaz.
Lourdes Campos — Ale-
grete — R G. do Sul.
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ranésia — Minas.
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nuaria — Minas.
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I M^T;:í^/_*/^°\\ Q
ALUÍAn/OIE
HAl iibkbmiiimi q*oTICO-TICOtratar-se "Barbou..."
"... da noite mal piscada pelos
bicos espalados de luz...""Esforçando outro sorriso. ..
Creio, porém, que vale n pena
/fazer a correcção. Vae mesmo
com este pseudonymo ?
Dr. Cabuhu Pitanga Neto.
DE RECIFE
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I Jj. 30)000.
O MALHO • 4 • IO - XI -1938
1MJ lMmmtmm. AmWSmMmmmmtoi HHHHD \ VVSSL---^
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mm mto9! ) \ .^flflHflfe^. jf>
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flL>, Bi -mms A* fl] Si r H^^l
CENTRO .SEKGIPANO — Flagrante da Sessão Civica do Centro Sergipano, quando falava
o director da Cia. Itatig, Snr. Salvador Priolli Júnior, sobre o petróleo nacional.
¦ü fll mf^* . "M ¦fl' Zto^ÊsSammm^rmmmto W^À ^/SA^k
A IMPRENSA CARIOCA HOMENAGEADA NO ASYLO SAO LUIZ — A directoria do
Asylo São Luiz homenageou á imprensa carioca offerecendo-lhe um almoço naquella casa de am-
mo á velhice desamparada. Offereceu a homenagem o Dr. Carlos Ferreira de Almeida, presidente
daquella benemérita instituição. Agradecendo, discursaram, os jornalistas Napoleão Lopes, vice-pre-
sidente da A. I. P. P., que patrocinou a festa, Pro fessor Theobaldo Recife e Amarilio Cernicchiare.
4> Ltaí^TtSÊnfcá mm&t ^t jS
I^P^yJ ' Jf^ ^A ' Jvfl mW' ^^ m HL.^^^ SÊ £4tet*«*¦ m toatm m ** Bi^ ifl _^ií
NA A. B. I. — Aspecto da reunião realisada na Associação Brasileira de Imprensa, a qual pro-
porcionou, dentro do seu programma de palestras e entrevistas, uma interessante conversa em torno
da industria cinematographica na Argentina. A palestra girou em torno do sr. Jaime Prades, ei-
nematographista rio-platense, que ora nos visita, com o propósito de estabelecer um intercâmbio
cincniatographico entre a Argentina e o Brasil.
-K-Sh I * TI mm\W^Ê>k V 
^
m\mmmmm\\tm ¦'' JWm ^^
Mamm \mVmv\a* ^ítototom
DR. UBALDO
VEIGA — DR.
MOTTA GRANJA
Especialistas:
Vias urinarias, si-
filis, pele e varizes.
Aparelho digestivo,
doenças ano-retaes
e hemorroidas.
R. do Om NATAL
C ANNO BOM/
Pense, mas só decida depois de vi-
sitar a nossa grande exposição de
Natal, onde encentrará uma varie-
dade enorme de artigos úteis e
agradáveis para presentes, para
todas as edades e para todos os
preços, que vendemos á vista ou
EM PRESTAÇÕES
MESBLA
RUA do PASSEIO 48/56
D E Z E M
HOMENAGENS — Um dos "teams" que mais se destacaram no fes-
tivo certamen de domingo ultimo, no pittoresco recanto de Jacarépaguá,
por occasião das homenagens prestadas ao nosso confrade baoccocfc)
Pilar Drumoud, pela dynamica entidade dos chronisUs carnavalescos
c . c. c.
EXUAM SFMPRE
THr.R/V\0/v\ETROSPARA rEliRI
CASELLA LOINDON
f U!SCCIO>A>\rNTO GARANTIDO
IO - XI-1938 • 5» O MALHO
DA BAHIA DE NICTHEROY
— r«v gMgwraPHr ~—mm
O Dr. I saias Alves, secretario de Educação e Saúde, quando ta- ^ ^ |ugar Ba Associação doi Empregado» no Commercio de
lave 110 salão nobre da E. de Bella» Arte» «obre o thema "A Arte na Educaçao Nictj,eroy, para commemorar o dia dedicado i classe dos commerciarios
Grupo feito na Cathedral após as manifestações feitas ao Arcebispo Churrasco offerecido 4 Imprensa, na "Fonte São 6onçalo" pelos
Primai D. Augusto, pela passagem do anniversario de sua sagração proprietários dessa empresa de aguas mineraes da capital visinha
¦nrii
111' 11
a JRiai
Passeio marítimo offerecido pelo "Canto do Rio F. C." ãs senhori-
nh«s eUiUi no concurso 'do bellcza do "Ettado" • "Diário» Aisociédot
Missa mandada celebrar na Matrii de S. Pedro em ecçio de graças pelo an-
nwersario do jornalista Egar Curvello, secretario de "O Imparcial"
Todos admiram
a frescura da minha tez
DE JOÀO PESSÔA — A interes-
sante Marlene, vencedora do con-
curso de belleia infantil organiia-
do em João Penôa, e filha do
comm«rci«nto ir. Flodooldo Poiâoto
O MALHO 10 • XI -1938
excellente para a belleza da cutis. As que sabem, usam ¦ m I
Vivatone—o tonico perfeito para a pelle. t optimo para
fechar e tonificar OS p6ros depois de uma completa limpeza ^da pelle com o Creme Perfeito Oagelle. Estimula a circula, F||
todos. O Vivatone i ideal para uma limpeza rapida d Jiaj
jjglfl
fl/«fl
fl
Brciiito Arruda
LIVROS C
AUTORES
FLOR DE * Flor de Manacá ",
MANACÁ romance brasileiro
que narra um episo-
dio sentimental, cujo scenario é o
interior do paiz, entra, agora, em
sua segunda edição.
Seu autor, o escriptor Brenno
Arruda, autor de "Águas de Pri-
mavera " e " Ca-
minhos P e r di-
dos "i entre ou-
tros volumes, re-
cebeu um aco-
lhimento caloro-
so da critica na-
dona!. E o pu-
blico consagrem
esse juizo favo-
ravel, esgotando
r a pidamente a
primeira edição.
A segunda, que
apparece agora-,
vem no elegante volume confeccio-
nado pela Editora S. A. "A
Noite ".
POETAS CON- E' um fa-
TEMPORANEOS cto corri-
queiro que
no Brasilse vendem muito poucos
livros de versos. Mesmo os bons
poetas modernos são conhecidos
principalmente através das revis-
tas c jornaes, porque, com raras
exàcepções, 09 volumes que elles
publicam envelhecem nas livrarias.
Por outro lado, os editores não
querem gastar dinheiro em edições
de livros de versos, de modo que
caria um destes significa um sa-
crificio para o autor.
A primeira reacção pratica con-
tra esse estado de coisas está con-
cretizada neste livro " Poetas Con-
temporaneos". Quatorze poetas
reuniram-se e, contribuindo i^ual-
mente, com poemas e dinheiro, fi-
zeram um volume. Sahiu-lhes este
barato, com a vantagem dc offe-
recer ao publiro um texto variado
e uma novidade interessante.
'* Poetas Contemporâneos" traz
bons poemas de Alfredo de As-
sumpeã», Arnaldo Damasceno Vi-
tira. C. Paula Barros, Henrique
Orcinoli, J. Ramalho, Jacques
Kaymundo, Lauriano de Brito,
Mario Linhares, Miguel C. dc
Souza Filho, Modesto de Abreu
Othon Costa, Venturelli Sobrinlii
e Waldotniro V. Ferreira.
"CONTRA A CORRENTE- E"MORDENDO FRUTOS
VERDES"
Não obstante a desanimadora
indifferença do publico, os poetas
não desanimam. Aqui está um
exemplo desse enthusiasmo que
enfrenta as maiores difficuldadcs
e não se accommoda á dura reali-
dade: o poeta Izaltino Santanna,
de Jahú publica, ao mesmo tempo,
dois livros de verãos: "Mordendo
frutos verdes" e " Contra a Cor-
rente ¦.
Não sabemos se o autor conse-
guiri vencer a indifferença da
publico. Dc qualquer forma, elle
estará satisfeito de haver cumpri-
. fl fl* * LL fll
A Senhora Bolizia Cardoso cercada de parentes e amigos, no dia 22 de Outubro passado, data do seu
annivcrsario natalicio.
a-aaaaav. i-\#*»i__ . iJP flfl^flflf-flfl
fl H^áaatraP Py flfltnf sTSséÊ SaVS A -HT flflr ^flflfl/ aatrafl* 1 * ^BflflT I fl flfla. flflk aflfllWtaaaaaaw .aáfafl ^* tJ tr"*TJ w À Li||l 9fl¥^%áaflr^ A
Bàaflfl ¦*- i t1 -iW^ ^i afl Mflflfl] flflr * êmmtmmr^^m m\ aaflfl Bflflaaaar4«aflal
tJ fl ' ^PwlFu -* ^armám
Aspecto do banquete offerccido no restaurante do Gymatssrico Português, á Senhora America Loptt, cm
comsncnwraião d* .vr.11 annive> sario natalicio.
F -B T '¦' \ flaHifl Wtr i^j " Mm r *
Os noxvs alumnos da Escola 1'rofissional de Pharma cia do Districto Federal, annexo ao Syndicato dos
Manipulado'cs, icnJo-se ao centro o prof. lUsfomu Caminha dos Santos, director tia r>.ola.
ÉtaflW N^ saT1 flfl
NA A. B. I. —Aspecto tomado na sede da Associação Brasileira de Imprensa, por oceasião da entre-
vista collectiva á imprensa carioca do inteüectual e jornalista venezuelano Dr. Zérega Fombona, MJ l
E o maestro Octaviano .Ilustrou
a sua opinião, vasada, aliás, em
outros termos, eom os seguintes
exemplos de igualdade de motivos
em compositores clássicos:
Depois de ler o parecer J.
Octaviano e de reparar no gra-
Iihico acima, é o caso dc se per-
guntar: — existe, por acaso, o
plagio musical ?
Oswaldo Santiago
__—-———
Dr. Beaguc, 16 Rue Baliu, Paril. JÇ
 Venda em todas as ^armaria svi
5m
4\j^y^ ^m-£&s
A marcha " Americana ", de Ro-
berto Roberti, Arlindo Marques e
Nássara foi gravada por J. B. de
Carvalho.
Carlos Galhardo iniciará a luta
carnavalesca na '" Victor" com as
marchas " Sem banana... " e " Mar-
cha para oeste "*, de João de Barro-
Alberto Ribeiro.
Francisco Alves deposita con fian-
fiança no samb-i de Ary Barroso"Vou bater em outra porta", já
gravado na " Odeon **.
OUVINTES
DO CORAÇÃO
Affastando-M alguns dias do micro-
phone, Xavier de Souza teve, ao re-
Creaaar a ella4 atrave* da P.R.A. - 3.
varias provas de quanto é querido
pelo publico da "Cidade Maravilhosa".
O telephone não parou de tilintar,
mal ot ouvintea do "Radio Club do
Brasil" reconheceram a aua voa diffe-
rente, na aua aauda.io característica."Ouvintea do eoraç&o", Xavier de Sou-
aa está. de novo, no seu posto.
MUSICAS e «COES
— Dircinha Baptista já gravou na
** Odeon " a marcha " Tyrolesa " e o
samba " E" o que elle quer.. .", da
parceria Paulo Barbosa - Oswaldo
Santiago.
Aracy de Almeida escolheu os
sambas " Moreno faceiro", de
Claudionor Cruz e Pedro Caetano,
e " Quem foi que jurou ? ", do pri-
meiro e de Peterpan, para formar
o seu disCo de entrada na folia.
Patricio Teixeira foi encarregado
pela " Victor " de continuar os exi-
tos de Milton de Oliveira e Harol-
do Lobo, gravando " Charlie Chan
em Shangai ", marcha, e " Despe-
tlida ", samba.
Orlando Silva é o creador da
marcha de rancho * Jardíneira ", de
Benedicto Lacerda e Humberto
" Ignez é morta " e. " Coração,
não batas tanto", são as marchas
que Gastão Formcnti apresentará
para a folia de 39. Ambas são de
Saint Clair Senna e Antônio Al-
meida.
 '
Almirante vae começar o baru-
lho com a marcha " Pelos olhos se
conhece", de João de Barro e A.
Almeida.
Onile estiver no Krnsil
Pm
Rm
Am
8
l&uca
r n \
A única Emissora Nacio-
nal que íransmiíle simul-
íaneameníe em duas QMIMS
49,92 . .
416,6 . .
6010 Ec/s
720 Kc/s
5.000 Watts-P.R-JLB25.000 Watts
Radio Club dc
IVrn.milHH o S/A
O MALHO • 0. -IO - XI - 1938
RADIOLETES
A agitação nos meios radiopho-
nicos causada pelos contractos
vultosos do " Radio Club do Bra-
sil" continuou intensa, na semana
passada. As outras estações, não
podendo 
"topar a parada", falam
de " trusts", de escravisação de
artistas e outras conversas para
boi despertar e esfregar os den-
tes... Esta é, pelo menos, a opi-
nião do " speaker " Gagliano Net-
to.
" Carioca", revista para cujo
exitò o radio muito tem collabo-
rado, festejou o seu anniversario,
ha dias. A "Radio Nacional"
transmittiu, por essa oceasião, um
programma commemorativo com o
concurso dos azes do seu "east .
A " Hora da Saudade", que o
Sr. Decio Pacheco Silveira creou
na "Diffusora", de São Paulo, é
oprimeiro programma de radio,
no Brasil, que se transforma em
livro. Varias chronicas e poesias
que nelle foram lidas, mereceram
a honra de serem enfeixadas
em volume, com um prefacio de
seu creador. A " Hora da Sau-
dade", quer no livro, quer no ra-
dio, é uma demonstração da alma
de artista do Sr. Decio Pacheco
Silveira, festejado " broadeaster"
e compositor.
Mais um anno de vida comple-
tou em Outubro ultimo a " Radio
Diffusora Porto Alegrense", que
o festejou condignamente. Paru o
publico de todo o Brasil, que nes-
se dia escutou a orchestra de Ma-
rimbas Cuzcatlan, é pena que a
P. R. F.-9 não faça annos uma
vez por mez...
A FUNDAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE COMPOSITORES
E AUTORES
Muita gente não acreditava que
os autores populares e composito-
res de musica fossem capazes de
uma reacção efficiente contra os
desmandos da velha " S. B. A.
T. ", que se tornara perseguidora
dos seus próprios associados.
Mas a resposta, como já fize-
mos notar no numero passado, da-
da com a fundação da " Associação
Brasileira de Compositores e Au-
tores", é uma prova de que a
classe pode offerecer ao publico
demonstrações inequívocas de co-
hesão e prestigio.
. Accusados de "plágjos" perfei-
tamente idiotas, contrariados nos
seus pontos de vista sobre a fis-
' ^P^BB*** aBBBBB
BBBBBBBBBk 
^^ 
lA
Custodio Mesquita
Vice-Presidente
calização e a distribuição dos di-
reitos arrecadados, punidos á me-
nor reclamação, não podiam homens
dignos desse nome continuar na
aggremiação que Abadie Faria Ro-
sa construiu e
Paulo de Maga-
lliães procura des-
truir a todo transe.
A própria deno-
minaçãa da " So-
ciedade Brasileira
de Autores Thea-
t r a e s " indicava
aos compositores
que aquella casai
não lhes pertencia.
E foi compre-
hendendo tudo is-
to que os eompo-
si tores, na sua
q u asi totalidade,
formaram sob a
bandeira da nova" Associação Bra-
sileira de Compo-
sitores e Auto-
res", que j4 é,
hoje, uma reali-
dade em movi-
mento.
A acta da fun-
dação da " A. P.
C. A. " foi sub-
scripta por cerca
de uma centena de
autores de projec-
ção nos meios ar-
tisticos.,
Além dos sócios
autores e compo-
sitores. a " A. B.
C. A. " contará, também,
em seu seio com sócios
eoitores e representantes
de editores de musica,
quer nacionaes, quer es-
trangeiros.
A directoria provisória,
que regera os destinos so-
ciaes até 31 de Dezembro
próximo, ficou assim con-
tituida:
Presidente — Alberto
Ribeiro.
Vice - presidente —
Custodio Mesquita.
Secretario — Mario
Lago.
Sub-secretario — La-
martine Babo.
Theosureiro — Sá Ro-
ris.
Sub-thesoureiro — Hen-
rique Fooéis (Almirante).
Inspector geral — Car-
los Braga (João de Bar-
ro).
Sub-inspector — Vicente
Paiva.
1* supplente — Gastão
Lamounier.
2* supplente — Antônio
Almeida.
3* supplente — Fran-
cisco Mattoso.
Pelos seus estatutos, a
" Associação Brasileira de
Compositores e Autores"
creou, também, o sócio-
quotista, que contribuirá
com fundos para a sua
installação e desenvolvi-
mento.
' Está, pois, de parabéns
toda a classe, que se liber-
tou do jugo da "S. B.
A. T. " e resolveu cuidar,
ella própria, dos seus ne-
gocios e interesses.
"O MALHO", que
contribuiu, por intermédio
do redactor desta secção. para o
advento da A. B. C. A.", faz
votos para que ella siga adeante
e preencha as finalidades a que se
propõe.
•
ai*
jovens sao
lábios para romance!
T ABIOS onde ha o esplendor da
*-* belleza... onde o encanto baila
em cada sorriso, em cada palavra...
lábios irresistíveis que convidam
ao beijo... A magia do toque do
baton Colgate deu aos seus lábios
seducçao, belleza, mocidade ...
iiaton
COLGATE
(Importado)
am deis perfumai:
CASHMERE BOUQUET
E ECLAT
am quatro tonalidades
CLARO, MÉDIO. ES-
CURO E VARIÁVEL.
• Um único lama-
nho. - grande, e da
mesma qualidade in-
superavel de Iodas os
produetos COLGATE
CUP-38301
^VÍ^BBBaB^^^aX.
/um mçoN
/ 3$500 \
\ 10 110 E /
^\t PAULO/
J *. M ^NJ aBB
Bra» MW
ESTA' NA "TLFV"
Com a ida de Carlos Frias para
o seu microphone, a " Tupy" con-
quistou um " speaker" eficiente e
intelligente.
O " cacique do ar" deve estar
contente com o "tacape" da voz
de Carlos Frias.
10 - XI - 1930 • 9« O MALHO
Ã\íáAÍi " \ t ^' fl -H fe rfliMlflfli flfl
í*»\\r ? t ^•ajlfl.V *¦ SCSS^^vm^^flTerS laE-ÍTn^Sfl
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OH ff.ua. ATKINSONS Jx'
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emtwtezam o ruato com o mais II^'^^m—m II iiritio mau; juucnU.
ji CoJdn,. ATKINSONS /i»
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\A um QLTratiúif. frescor ^ __ /7
^k » um per/um* .^Q
pV imclninii. AtJ^JV
^ (
IO &§
ATKINSONS apresenta as 3 cores básicas num balon de aplicação extre-
mamente lácil. de extraordinária duração e que não olerece dificuldade
na escolha do colorido.
O novo baton ATKINSONS. protegido poi elegante estojo do malaquit©
verde, dá,aos lábios, os coloridos:
CARMIN
BRILLIANT
GRENAT
apropriado às loiras e às mulheres de pele clara
em geral (castanho claro);
ideal para ruivas e loiras que se aproximam
desse tipo (castanho doirado):
para morenas, trigueiras e queimadas pelo sol.
Use a côr mais adequada ao seu tipo e verilique o novo encanto que o
balon ATKINSONS dará aos seus lábios, conservando o mesmo admirável
colorida tanto durante o dia como nas horas da noila, porque é inalterável
sob a luz artificial. Perfuma os lábios com suave lragância. colore sem
deixar qualquer camada de gordura e. devido à nua extrema firmeza, não^
mancha nem invade a pele do rosto.
BATOM ATKINSONS
LONDRES
AB 6
PERFUMADO COM
ROYAL BRIAR ». Ãpfxxit-ot^f *W / .H&ft_^¦^^ _>v li. l__^_r*____^V_____X--fl V.-__K -________!
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10 - XI - 193B • 13» O MALHO
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Oci/. Tosse Pragoto
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Deixou de fazer parte do Conselho de Economia e Finança?
do Estado do Rio, tendo para isso solicitado exoneração ao Inter-
ventor Federal, o Dr. J. E. de Macedo Soares, prestigioso politicr
e jornalista militante.
Foi assignado decreto, pelo chefe do governo nacional,
reformando o general de divisão Augusto Tasso Fragoso, visto ter
completado a idade limite para permanecer na reserva do Exercito.
Foi commemorado nesta Capital o 20° anniversario da inde-
pendência da Tchecoslova,
Dr. Paulo Bittencourt, director-proprietario do "Correio da Manhã".
Tomou posse da cadeira que pertenceu ao Barão de Ramiz Galvão, na Academia
Brasileira de Letras, o novo acadêmico, historiador, theatrologo e romancista Viriato Corrêa,
que foi recebido e saudado pelo acadêmico Mucio Leão.
Próximo á praia de Copacabana um tubarão atacou uma caneJa tripulada por
pescadores amadores. Funccionario» do Serviço de Salvamento arpuaram o grande peixe,
que media mais de 2 metros e pesava cerca de 300 kgs.
Installon-se solemnemente o Instituto Brasileiro de Cultura, recentemente fundado
nesta Capital, realisando uma sessão magna no Lyceu Literário Portuguez. O aaOgk)
do patrono supremo do Instituto, que é Ruy Barbosa, foi feito pelo Dr. Raul Bittencourt,
um dos fundadores.
A prova 
"Guanabara", instituída no programma da "Semana da Aza", foi ven-
cida pelo aviador civil Manoel José Antunes, do Acro Club do Brasil e da Escola da
Aviação Civil Hugo Cantergiani, que pilotou um avião "Moth".
Appareceu em bclla edição e constituindo franco suecesso literário e de livraria,
o annunciado romance realista "Chico Banana", ela escriptora Neué Macaggi. um t!"->
ri'unes femininos de mais relevo nas letras nacionaes.
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Ramon Pratico
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O MALHO •14 •
IO - XI -1938
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OE PRESTADO 
PELOS
K. A I I kl ^ /*"N FORD — Botes transportara familias, soccorrendo-as na
Ixl U M \J V/ dade inundada. O rio Connecticut, que ja subiu 15 p^s
acima do nivel normal, esti subindo seguidamente. Qul-
I nhentos homens trabalham nos diques. esforde Idade, fiího do fat-
Iecido Ring Lardner, como
já foi noticiado, foi captu-
rado pelos insurrectos hes-
panhóea durante o ultimo
combate da Brigada Inter-
kiacional com as tropas go-
Vernamentes. Lardner reu-
nira-ae á Brigada em Abril
ultimo, depois de ter en-
trado na Hespanha como re-
porter de um jornal. Foi
ferido na linha dos gover-
namentaes. na margem do
£bro, perto de Gandeia, e,
após restabelecimento, vol-
tou ás linhas de frente. Na
moite em que foi capturado,
Lardner partia á frente de-uma patrulha, com o fim de
estabelecer contacto entre
um pelotão avançado do
B.italhâo Lincoln Washin-
gton.
A ESCOLA PARA "MISS AMERICA" - Claire James,
de 19 annos de idade, natural de Los Angeles, Califórnia.
_ cuja belleza ahi se vé apresentada por Earl' Carrol aos
reporters. por que elfe acha que eHa — e não Marilyn
Meseke, de Ohio — deve ser a indicada para "Mis; Ame-
rica de 1938", no pomposo concurso annual de belleza de
Atlantic Oty. Mias James e "Miss Califórnia" concorreram
com Miss Meseke que entrou na competição nacional de
belleza como "Miss Ohio".
IO • XI • 1038 OS» O MALHO
: :
>¦>>>
lil
É&HÉSS??
A SENSACIONAL CONKERENCIA DE CHAMBERI.AIN E DO DUCE EM MUN1CH — O Pri-mcirg Ministro Neville Chamberlain, da Grã-Breta-nba, que w vt á esquerda. palestra prolixamentecom o Primeiro Ministro Benito Mtutsolinl, da Itália,antes da conferencia das quatro potências, na qualseria decidido o destino da Europa. A sessão se-creta realitou-se na residencia do Fuehrer. — (Es-ta photographia foi telepK&nada de Munich paraLondres e dali irradiada para Nova York)
lá
-*5
i*5n» ;*f i . ^ ;
CONSTROEM-SE DEFESAS NA CAPITAL TCHE-
CA — Trabalhando debaixo da Urra. nas proximi-dades dc Praga, capital tcheca, ot» engenheiros ml-
litares usam brocas para penetração em uma rocha,
na qual se preparam defesas para a cidade. SI oa
allemáes quizerem invadir a Tcheco»lovaquia. esta querestar apta a defender pelo m«nos por algum tempo
APONTANDO O CAMINHO AOS JUULUS
DA TCH ECOSLOVAQUIA — Pinuuio tn-io»sudetos allemães durante a noite, este Irtrei-
ro dis : "Para a Palestina" — o que foi
interpretado como um aviso sobre a sorte doa
judeus da Tchecoalovaquia, dado o controla
alcançado pelos nazistas na pequena Republica
• 16* 10 • XI -1938
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^_____m\r. ^j^CHFrãnk que. «>m
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exigindo a -««»-«»* l£ ~lirtaa "declinariam *
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1 ^^^^aVltolsM^^^A l.j^
OS INGLEZES SÂO PELOS TCHECOS — Aqui «stá
uma scena da Praça Trafalgar, em Londres, durante
a enorme manifestação a favor da paz. quando da crise
tcheco-allemã. A manifestação foi promovida pela Cam-
panha Internacional da Pai e Liga das Nações. "De-
fendamo* a Tchecoelovaquia. Nada de plebiscitos" dizia
o grande cartaz. Até o fim do tneeting a multidão mar-
cfaou pela nia Dowing, onde oa homens de Estado, ingle-
zes e franceses, conferência vam sobre a exigência feita
á Tchecoslovaquia. por Hitler, de annexaçao do sudeto
NAVIOS DE GUEIt-
RA INGLEZES EM
I.lNMA DE COMBA-
TE — Cortar, tiu aa
espumas i toda velo-
cidade, em linha de
combate, durante as
it-M manobras, ea-
tâo quatro daa mais
pmômromm unidades da
esquadra Inglesa da
combate. A' vista da
gravidade da crise
tcheco-allemão, o almi-
rantado Inglês declarou
que extava decidido a
mnttilizar a esquadra,
a maior do mundo.
'J&^jmM Át*^a^§
' &¦;:¦¦,r
Áím\ i^ __r¥
l/H*_rii
neto. do «Ueto ,|,emâo ^" 
» «">nexatio—" "a Ichecoalovaquia
O PACIFICO SCENARIO SUISSO TOMA O ASPE-
CTO DE UM CAMFO DE GUERRA — Os turistas
iin' visitassem a Suisaa. noa dias da crise européa. ve-
riam a ampla e calma paizagem abalada pelos capa-
cetes de aço de bem equipada tropa marchando e con-
tromarchando. avançando e recuando, ora atravez nu-
vens de fumo daa bombas explodidas — oomo está na
photographia. Não satisfeita com a sua natural barrei-
ra, formada pelas altas montanhas, a pequena Suissa
pòdm pôr em armas 14 % de sua população, ou, retlon-
damente, 600.000 homens sob sua bandeira, em S
hu r*«. sí qualquer das f rontei ras fôr atacada. Todo
h inrm valido, na idade propicia, deve faxer, na
Suisa. manobras militares pelo menos tres sema-
nas cada anno, afim de conservar-se treinado.
O MALHO
A SE' SOB O LUAR
v^______H
fl" *^*" . *¦ 1_r^^^_H__B_. *' ^^^_r9_^^^^^r ____
*^ 4Sái_S__É__ad_l
 s -. TMfca_f*__i Va,-^Fajr_. T^H_____H__HVHHHHH
____¦ T__B 1^' V^^L*.1^,w _¦*____ ^- ^^'' 1
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mââW ^l___. ________70B^___9^___L^H__________. *«^--_-l----l
-_____É ^^^^^ "'¦'"' I "V ^^V^«_ ^'-tan\** . ^^G
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flf mJ__f^ ^_JJ^* » __».^^_____ L __T ^ ^^^_H - . . . ¦ _ÜÜH aãaaP^ #V___i___k-/ _•>r ^*.^flfí,»i__I____r"^ _h -''V-jBhbgZT li
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^H -KTAÃ-.
" 
Jrim^ — aT •^aWm___m . -*V»i£I
»*3r ____. ^»
•_ "TSLrbSK. x"
Ergue-ta o tamplo KOI recortei bruscos • ei-
perot d* tu»» massas pesadas, com • grando
porto lateral toda lavrada «o gaito barroco • o
froatarla colonial, «o meimo oitylo, oneimodo
polo crwt i. mbolico.
Ao lodo, ligando-o «o Pelecro do Arcebiapo-
do. dotdobro-»o o patted.ço. om arcada, «cimo
do quol o comijemento tísco avuHa na solide»
da podra. Sombras quiatai do arvorai amigai
ajoelhem-to paio» degreui da porta principal a
beijem, eontrictet. oi alicercei históricos da
secular egreja.
Ovai 
"bohianai" vio caminhando aquém da ar-
cada lateral, «uma nota typko do tocelitmo bem
mercento, com af »abra alia darrama, qual
uma bançio miiaricordioia, o oloo pai-
lido, tanuisilmo do luar.
Fina o subtil, aiblada a purificado-
ra traniparancia alia qua vaito todo o
ambianta am clartdadai madrugadorai.
a offaraca a impratiio da qua a agra-
ja solamna dormitassa 10b oi affagos
tadoioi da clamyda invisival do si-
lancio...
Tudo na vilio impirada do artista
indux ao malancolico, luggara o acon-
chago da maditaçio a sa impragna da
um tom tuggaitivo da macio myiticii-
mo. Nanhuma nodoa violanta da lui,
nanhum aicasso da lombra. Tudo affir-
mando o raro pravilaglo da um pintor
qua attingiu a cumaada suprama da
tua arta a laba contoguir, iam tropa-cos, oi affaitoi aiactoi dot ambiantat,
doi plaaot, da firma, da côr.
"A Si lob o tuar"... Um milagra
da ballaxa avocaliva, a documantar.
paios tampoi afora, a majaitada sym-
bolica da um valho tamplo chrutio,
qua a violancia civllliadora darrubou,
num inconcabival arramaiio da alluc-
nação sacrilaga I
Nai ratinai brontaadai da lauí am-
ploi vitraai a Si paraca aieondar ago-
ra. nassa vilio da artista, oi icoi dis-
parioi doi céros raligiosos qua ali
naicaram, subindo a propagando-» pa-
lai navai a polo tacto abobadado, ou-
tr'ora aipalho è. paináit históricos.
Com oi saus patadoi paradõai a
humbraat ramolos. saus pilaras macissos,
lua torra musgosa a ancardida, chaia
ainda dai rasonancias turb ihonantat da
saus carrilhõas sonoros, suai arai M-
gradai, suas panumbras avocadorai, a
valha Si. contamporanoa dot bandai-
rantot, raviva am lauí diat do glorio
afialuial . N* • >.
\a#1
cToífías
afs francezes, com a sua
preoccupação constante de
distrair o espirito, fazem
Inquéritos a proposito de
tudo. Agora, num jornal
antigo, li que perguntavam
aos escriptores dos dois se-
xos, qual o seu livro predi-
lecto entre todos os que es-
creveram. As respostas cho-
veram interessantes e curió-
sas. Cada qual expoz o que
pensava com sinceridade.
Myriam Harry, a melancoli-
ca auctora de "Une petite fil
le de Jerusalem", confessou
nunca ter relido um só dos
seus livros. Uma vez publi-
cados, todos lhe eram indií-
íerentes, lembrando-se va-
gamente, daquelle que tan-
tas emoções fizeram passar.
Entre todos, porém, amou
apaixonadamente e doloro-
samente "A conquista de
Jerusalem" durante os dois
annos que ella lhe custou a
compor, e que íoram os mais
altivos, os mais desolados
da sua existencia. A sua pre-
ferencia ia sempre ao futu-
ro alfarrabio", no qual pen-
sava clandestinamente, e
pelo qual atraiçoava o livro
principiado. Era um pouco
como um sonho de amor. A
seu ver, o ente sonhado va-
O MALHO
lia sempre mais do que o eu-
te "reaJisado".
Raymond Escholier pre-
feriu a todos os seus traba-
lhos, aquelle que mais o tor-
turara e lhe permlttia ava-
liar, não sem amargura a
distancia cruel que vae da
concepção á realisação... E'
um facto.
Todo escriptor tem o seu
sentimento muito pessoal,
multo intimo. Pierre de Cou-
levain, por exemplo, que co-
l
dispersas
meçou a escrever aos cm-
coenta annos, quando sen-
tiu dentro do seu ser, a ne-
cessidade imperiosa de se
expandir, polia e repolia os
seus manuscriptos, sem en-
fado e sem preguiça, expe-
rimeníando com isso uma
doce, uma envolvente emo-
ção.."Esse polimento-affirma-
va ella — faz irradiar mais
luz sobre elles, e eu sinto-o
e isso me causa um prazer
enorme. Poucos leitores,
provavelmente, apreciarão
essa claridade. Não impor-
ta. Ha em mim, uma neces-
sidade de perfeição que devo
satisfazer inteiramente. A
minha consciência literaria,
só terá repouso por esse pre-
ço. Não tenho nenhuma
pressa nem nenhuma affli-
cão de os ver apparecer. Tal
como estão nos meus peque-
r.os cadernos de vintém, ra-
biscados pelas minhas mãos,
elles me são muito queridos;
experimento mesmo ao tocai-
os, um certo goso physico, co-
mo se fossem seres vivos.
Quando os vejo copiados á
machina, parecem-me estra-
nhos e quando os tiver im-
pressos e a circular, terei dif-
ficuldade em crer que me
pertencem. Um phenomeno
idêntico, produz-se com as
mães, asseguram-o. A' medi-
da que os filhos se desenvol-
vem, ellas vão duvidando que
íoram ellas que os puzeram
no mundo".
De todas as opiniões lidas
e ouvidas, a desta extraordi-
naria escriptora, é a meu
ver, a mais exacta e a mais
real. O livro publicado, des-
pega-se de quem o escreveu,
e aos poucos vae* apagando-
se da sua memória. O pra-zer do escriptor está no mo-
mento da sua composição.
Esse prazer insufla-lhe
coragem, orgulho, esperan-
ça. E' o instante radioso,
em que todas as cellulas da
sua intelligencia estão em
plena actividade, em plenaexhuberancia de alegria e de
enthusiasmo. A idéia vem-
nos sem saber como, da con-
templação de um quadro,
da belleza de uma estatua,
de pessoas que passam na
rua, inteiramente alheias a
essa accumulação de idéia
que se vão amontoando
dentro de nós, a despeito da
nossa vontade.
Quantas vezes a descri-
pção de um facto qualquer,
nos recorda bruscamente
outro differente de tudo e
opposto a tudo! Os enredos
tramam-se sóslnhos, sem
lhes dirigirmos a formação.
No entanto, ás vezes, em
melo dos desfallecimentos
que nos abatem, pergunta-
mos a nós mesmos, admira-
dos: — Para quê esse ar-
dor? Para quê essa ancie-
dade, essa luta constante do
pensamento?
Não sabemos nem com-
prehendemos. Emquanto es-
se impiedoso e desolador"Para que" fluetua na nossa
frente, tentando aniquilar-
nos, o ideal da arte que nos
empqlga eleva-se cada vez
mais possante e maravilho-
so, communicando-nos a lm-
petuosidade da sua chamma
e o vigor da sua convicção.
Iracema Guimarães Vilela
E depois da operação ella sottrerá muito doutor ?
Oh í muito ! muito ! Não poderá falar durante tres dias I
• 20 • IO - XI - 1S38
0
ahir amoroso ,-- Iragica occorrencia.
#
Inglaterra não
mais vive os
dias em que
os romances
sexuaes d e
D. H. Law-
rence provo-
cavam escan-
dalos lltterarios, soffriam ex-
purgos e tinham edições ap-
prehendidas. O "aspecto sei-
entifico" sob que são hoje
apresentados os themas des-
sa indole, permitte aos ingle-
zes expandirem tumultuosos
sentimentos, sem incorrer nas
saneções moraes dos "clery-
gmans" radicaes e dos "puri-
tanos" ainda não completa-
mente desapparecidos...
Ha pouco, no "Psycologist"
de Londres, o dr. W. Bérar.
Wolfe inseriu ousado ensaio
sobre as causas da vida e da
morte do amor...
Em face do estudo desse dis-
cipulo de Freud, Jung e Adler,
o "cahlr amoroso" represen-
ta para cada mortal uma tra-
glea oceurrencia... e porque
assim é, exemplifica os phe-
nomenos que envolvem as
chamadas "paixões á primei-
ra vista"... Na rua, no cine,
numa casa de chá ou na praia
o Homem descobre a Mulher
Fatal... A primeira troca de
olhares representa legitimo
"coup de foudre"... O Ho-
mem sente-se "plncé"... En-
tre ambos lmmedlatamente
se estabelece aquillo que os
chimlcos chamam uma cata-
lyse. E, nessa "catalyse hu-
mana", o 
' "eu" e o "tu" se
transformam em "nós"... A
dama torna-se para o cava-
lheiro uma obsessão... In-
triga-a, envolve-a, persegue-
a. Por sua vez, Julleta sente-
se tocada de estranhos phe-nomenos... Traz as faces In-
cendldas, anda mais depressa,
é toda actividade... Em fren-
te de um bordado, das pagl-
nas de um livro e das pauta,de uma musica, como que vê
empre reflecüda a lmageir
de Romeu...
"Cahlram amorosos"!
"Cahiram amorosos" e o
ldyllo, ha pouco começado,
desenvolve-se celeremente,In-
tensifica-se, consolida-se en-
tre requintes sentimentaes e
"intermezzos" de zelos... Tu-
do isso alimenta a "doença"
e torna mais "doentes" os
amorosos...
O idylio pôde oceasionar o
casamento... Ha a "lua de
mel"... Depois da "lua de
mel" decorre um mez, decor-
re um semestre, decorre um
anno... Que differença dos
primeiros dias! Nada resta
daquella primavera sentimen-
tal! Julieta — que adquiriu
surprehendente senso critico
está quasi sempre irritada
e quasi sempre recrimina o
marido... Algo invisível a In-
dispõe contra elle... Numa
reciproca, Romeu sente terri-
vel tédio a seu lado... Dá pa-
ra abusar dos "cock-tails",
ás vezes. Outras, dá para re-
colher-se tarde... A casa o
aborrece e a vida domestica
affigura-se-lhe árida paisa-
gem...
Dentro desse quadro deso-
lador, ambos sentem que se
enganaram... Torna-os In-
felizes um cortejo de males
que, começando num mutuo
cançasso, alcança a infideli-
dade e se estende ao divorcio
e attinge à neurasthenia...
Que se passa?
Depois de séculos e séculos
em que artistas e homens de
sciencia tanto se esforçaram
para descobrir esse Segredo
de Esphynge, somente agora,
em face do transcedente pro-
blema, conseguem os psycho-
analystas repetir o grito de
Archimedes.
"Achei"! — brada o psychl-
atra contemporâneo ao amer-
gir do nosso mundo inte-
rior... E affirmam esses es-
caphandristas do mar sem
fundo que é o Inconsciente:
"Aqui estão as causas do
que faz cahir amoroso e aqui
estão as causas do que deter-
mina a desillusão que acompa-
nha a crise"! Para tanto, o
psycho-analysta observou a
condueta dos amorosos, exa-
minou a associação de ldéas,
em que se debatem, evocou,
em cada um, velhas recorda-
ções da Infância e da adoles-
cencla, apóz completo balanço
nesse "stock" de sentimentos
e completo Inventario nesse
museu de sensações que cada
amoroso possue e representa.
Conclue, então, que cahir
amoroso significa estar mais
próximo da loucura do que
do Amor, — porque é uma
doença alimentada pelo ego-
ismo, pelo desejo de posse, pe-
Io ciúme, pela illusão e pela
desillusão... E' que o que"cahe amoroso" não ama um
ser de carne e osso: ama um
symbolo ou um "totem" In-
consciente...
Ante á espantosa descober-
ta, esclarece o dr. Béran
Wolfe: — "Tal os robots ele-
ctricos, que se movem sob de-
terminado som, determinada
cor ou determinada luz, assim
se movem os seres humanos
em relação ao amor. Na in-
fancia, cada creatura tornou-
se sensível a experiências pes-
soaes que provocam immenso
prazer... Taes experiências
ficam associadas a determina-
das características: — cor de
olhos e de cabellos, timbre de
vóz, forma de talhe, suavida-
de de perfumes... Mais tar-
de, quando se encontram
idênticos signos, elles pare-
cem encerrar a felicidade que
se conheceu... Lucta-se sem-
pre para recuperar essa feli-
cidade... Defrontar os mes-
mos symbolos é como que ai-
cançal-a de novo"...
Não fossem as consequen-
cias e "cahir amoroso" não
seria um perigo... Si possível
íôra a cada casal abafar tem-
porariamente seus quelxumes
e, afim de melhor conhecer-se,
o equilíbrio poderia ser resta-
tabelecido. Mas o que os psy-
chiatras garantem é que o
amoroso decepcionado não
cessa de cultivar seu desen-
gano e não cessa de procurar
a maneira de punir a quem
o enganou...
E' claro que nem todos os
casaes, apóz á "lua de mel"
proclamam a morte do amor.
Mas também é verdade que
um grande numero de infeli-
zes decorre dos "casamentos
de amor"...
O que é provável, é que ho-
mens e mulheres continuem
sempre a "cahir amorosos"...
Mas, ainda assim, o dr. Béran
Wolfe não foge a aconselhar:
— "Deixai que as emoções e o
Inconsciente vos guiem até o
amor. Procurai analysar es-
sa loucura, essa intoxicação
no momento mais agudo da
crise. Não ha maior prazer
terrestre do que o amor, po-
rém é necessário que antes
do casamento cada um pro-
cure conhecer algo da creatu-
ra humana que vive e respira
atraz do ideal creado pelo In-
consciente. Deixai conduzir-
vos pelo sentimento, — mas
que a Razão e o Bom Senso
lavre a sentença definitiva...
EDUARDO TOURINHO
srpor aqui.
O braço rodou, desenhando a
cidade que o rio lava noite e dia.
Esta terra não presta pra
mulher. Acabam todas ali no
fundo do rio.
Donga parecia sentir prazer
em dizer coisas amargas, por
quanto ellas já tinham ouvido
perfeitamente, e elle continuava
repetindo as ultimas palavras
... no fundo do rio.
Buzuquinha protestava:
Eu vou, mas em Junho es-
tou aqui, de no que de.
Oceanira virou-se para Donga:
Coincide certinho com at
vinda mensal do seu tio, não e?
E' sim, mas não aconselho
ninguém a viajar entregue aquel-
le maria molle. E' mais fácil eu
buscar minha afilhada, do que
deixar vir em companhia de um
sujeito daquelle.
O gaiola apitou.
Xii. Corre minha gente.
Commandante Lemos não espe-
ra ninguém.
A ponte já estava perto. O
moleque da bagagem sahiu cor-
rendo com as maletas batendo-
lhe pelas pernas feridentas. A
ponte estava cheia de gente cer-
cando o coronel Souza Brasil
que viajava também. Donga ex-
plicou:
O coronel vai levar a bur-
rice para passear na capital.
A um lado, com uma pose in-
crivei, o maestro Cipriano dava
signal para a Banda Municipal
atacar a marcha de sua autoria.
Alguém commentou do meio
do povo:
Esta charanga custa a to-
car, mas quando toca... toca... j
mal.
Donga não conhecia o sujeito, j
mas bateu-lhe nas costas ami-
gavel:
Estou consigo, parceiro.
O sujeito ficou cheio de dedos
e começou a cometter uma por-
ção de tolices, louco para provar
que tinha outras piadas boas
fóra aquella.
Oceanira e Buzuquinha fica-
ram ainda muito tempo abraça-
das, falandp ligeiro sobre coisas
que bem poderiam ter sido ditas
antes.
Não te esqueças de limpar
todos os dias a gaiola do "Su-
cupira".
Só limparei se tu me es-
creveres todas as semanas como
prometeste.
Donga ficou olhando guloso
os carregadores tomando min-
gau em volta do panelão da ve-
lha Chica Feitiço.
Como é, seu Donga, não
se despede do mingauzinho?
Só parece que Chica Feitiço
advinhara que elle estava com
uma vontade immensa no min-
gau cheiroso. Não tomava por-
que tinha1 quasi certeza de que
quando fôsse pondo a primeira
colher na bocca, o navio larga-
ria e elle ainda ficava com agua
nos beiços.
Chica Feitiço desengatilhou
os lábios sem cor:
Só um bocadinho de despe-
dida, compadre.
Não resistiu. Deu um passo e
apanhou a cuia.
Vá lá que seja.
A colher mergulhou gostosa,
remexendo os caroços. Nisto a
campa de bordo bateu a cha-
mada.
Não disse. 
"Peso" chegou
aqui commigo e parou.
Abraçou Oceanira e sahiu pu
xando Buzuquinha pela mão
porque do contrario não era hoje
que ellas acabariam de se des-
pedir.
O gaiola deu um ultimo signal
O apito esticou-se pelas ruazi-
nhas adoidadas que se vão en-
contrar onde nem mesmo ellas
sabem.
N E L I O REIS
• 23 • IO - XI - 1 938
B m(smm&o\ {/ ?Adi
. AfpoXso-
O ATROPELADO: — OUE SORTE! Er O MILHAR
PARA AMANHÃ!...
EIS A RAZÃQ!
— SERÁ' POSSÍVEL? UMA PE-
RA POR DEZ MIL REIS!
O VENDEDOR: — OUE OUER,
A SENHORA? OLHA OUE E'
UMA PERA rVAGUA...
XJy$S\rm
O BEZERRA CASOU-SE
COM UMA MULHER OUE
VEIO MESMO A CALHAR.
COMO ASSIM?
CASOU-SE COM UMA
ES LO VACA...
jr# ^--
A IRONIA DAS FRASES BONITAS
*MQ Ô pdocê augmenta as distracções lyricas
do amor. E'. portanto, peccado muito sério...
Acho- qu I ¦¦¦ : « e exirnnhn que forma a alma da mulher, _ sempre
t-At mlxto di pi I itiiamtniii it-une.
Iiranie ilr.»a* tortas, no», o. homen». quedamos estáticos, quando nio
noa transformamos em joguetes.
A a!mu tia mulher nüo se define, e al daquelle que inpensadamente se en-
tresra. confiante 9 ousado, is variações multifurmes dessa creatura que n&o
rteonh-NM a si mcsnía.
Ella _j.be que nnimi, reconhece que foi amada.
Mas deixou que passasse ot dois e»tado* d'alma, sem se prender a nenhum
delir v t.l.t-z vaid.ifca i f_.oi.ta depois.
Voi amada. .. RO •¦k-n:inH-nt« a sua vontade. E por ser vaidosa,
por ter um caiuicho intisfeito, talvez ainda n&o fotte capai de acolher o
rocio satftiulo do nnior.
E n&o *in ni a quem a nmáin. . .
Um dis , ue.n sabe? — foi ainda o seu egoísmo que se sentiu ferido pelo
menosprezo de um homem.
I- ao sentimento que te gerou dentro delia, filho do amor próprio e da
vaidade ultrajado*, chamou amor.
Ns sua agitação de mulher sentimental, pensou chorar, soffrer. trilhar
uma via nacra solitária.
ii. talv. s. no silencio e na dor. sentir o balsamo do sacrifício por
aquellr nue lhe dominara o espirito.
Ma» a indifff-nra do homem permaneceu • o seu sentimentalismo passou,
ai.helando ainda pelo bem supremo de uma affeiçio,
ella chora a -c maldiz.
Chora aquelle que nio soube amar. chora o eon»o!o de um peito amigo
que n MM vaidade fez recusar; chora como santo quem soube olhal-a como
inulli.r,
«ia s lUsimn quem não quis. consciente de sua supe-
riortdada ét hoimm. .uj»itar-ie aos capricho» passageiros de sua alma volu-
, viu sob o prisma de seu sentimentalismo, chamou cynico. . .
Qual a n„, . ndo 4 «ua alma volúvel e paradoxal, nào so-
contra na tua vida "ayaltM e sAntoa" . . . ,
fc____mm M___.s--.a__l
CORAÇÃO DE BRASILEIRA
Mili* X" i o typo perfeito da morena janda. Tem a graça
da francez» e o coração da portugueza. Nasceu para amar.
Certa ver disse-me sorridente: — nao sei porque experimento
a dôr de amar. mas sei que amo e amo com todas as veras de
min halma. E. de repente, como quem se arrepende do que diz: —
o

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