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Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 1 2012 Faculdades Integradas de Tangará da Serra - Mato Grosso 20/09/2012 ORÇAMENTO EMPRESARIAL (Material de Apoio) Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 2 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO INICIAL No primeiro Bimestre cada aluno deve empreender em “sala” um trabalho de orçamento empresarial. As diretrizes são: A empresa deve ser escolhida e contatada pelo aluno, que, caso precise terá carta da Estácio de Sá para comprovar que o trabalho é um exercício da pratica profissional do Administrador. A empresa deve ser de característica unicamente industrial, ou seja, produtora de produtos, isso quer dizer que não deve ser prestadora de serviços, de intermediação comercial ou financeira, nem tampouco de revenda, comércio ou exclusivamente comercial. Existe a Exclusão dos restaurantes, produtoras de salgadinhos para bares e afins. Em paralelo, como material de pesquisa o aluno deverá desenvolver a parte teórica, de um orçamento empresarial contendo no mínimo os seguintes itens: Orçamento de vendas; Orçamento de produção; Orçamento de Material; Orçamento de compras de matéria prima; Orçamento de Custos Indiretos de fabricação; Orçamento de Mão de Obra; Orçamento de Despesas Operacionais; Orçamento de Custo do Produto Vendido; Orçamento de Fluxo de Caixa Orçamento de Demonstração do resultado do exercício; Orçamento de Balanço; A empresa deverá ser aprovada pelo professor logo no início do semestre, assim será listada em local próprio e não deverá ser trocada, a menos que tenha a concordância do professor. Os dados da empresa em qualquer sentido deverão ser preservados para que ninguém fora do grupo de interesse tenha acesso. Os trabalhos que são distintos terão a seguinte nota: Orçamento teórico Valor de Zero a 4,0 (40%) Resumo dos seguintes itens: Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 3 Orçamento de vendas; Orçamento de produção; Orçamento de Material; Orçamento de compras de matéria prima; Orçamento de Custos Indiretos de fabricação; Orçamento de Mão de Obra; Orçamento de Despesas Operacionais; Orçamento de Custo do Produto Vendido; Orçamento de Fluxo de Caixa Orçamento de Demonstração do resultado do exercício; Orçamento de Balanço; Cada item deverá ter pelo menos 1,5 página de texto sobre o tema. Orçamento Prático Valor de Zero a 6,0 (60%) Orçamento de vendas; Orçamento de produção; Orçamento de Material; Orçamento de compras de matéria prima; Orçamento de Custos Indiretos de fabricação; Orçamento de Mão de Obra; Orçamento de Despesas Operacionais; Orçamento de Custo do Produto Vendido; Orçamento de Fluxo de Caixa Orçamento de Demonstração do resultado do exercício; Orçamento de Balanço; Cada item deverá ter dados corretos, inclusive valor de mercado, não será aceito simulação. Total da P1 Valor de Zero a 10,0 (100%) Nessa matéria não há provas, assim os alunos que não cumprirem os prazos estipulados estarão automaticamente reprovados. Apesar de existirem programas que fazem isso com mais facilidade, mas, utilizaremos o programa EXCELL para nosso trabalho, pois o que nos interessa na presente matéria é a compreensão de um planejamento financeiro, sua viabilidade econômica e financeira, assim, mesmo que você esteja em casa poderá prestar serviços sem ser escravizado por esse ou aquele software. Os dados práticos e as perguntas chaves que cada aluno terá de responder serão então apresentadas abaixo em cada quadro orçamentário. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 4 1. ORÇAMENTO DE VENDAS: RELATÓRIO I PERSOFLEX DO BRASIL PREVISÃO DE VENDAS Preço ANO POSTERIOR Unitário Jan Fev Nov Dez Ano Em Unidades de Produto Mesa Para Escritório 5.500 4.800 4.800 5.800 20.900 Mesa Para Impressora 4.900 5.000 4.900 6.300 21.100 Em Reais - $ Mesa Para Escritório 43,20 237.600,00 207.360,00 207.360,00 250.560,00 902.880,00 Mesa Para Impressora 23,70 116.130,00 118.500,00 116.130,00 149.310,00 500.070,00 Vendas Totais 353.730,00 325.860,00 323.490,00 399.870,00 1.402.950,00 Valor em reais (Unitário) Quantidade a ser vendida (ao mês) O ano a orçar (próximo exercício) Esse Vr é o Faturamento mensal Esse Vr é o Faturamento total Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 5 2. ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO: RELATÓRIO II PERSOFLEX DO BRASIL ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO ANO A ORÇAR Em Unidades de Produto Jan Fev Nov Dez Ano Mesa Para Escritório Estoque Final Desejado de Produtos Acabados 1.200 1.200 1.450 0,00 1.375 + Vendas 5.500 4.800 4.800 5.800 20.900 Total Necessário 6.700 6.000 6.250 7.175 22.275 - Estoque Inicial de Produtos Acabados 0,00 1.200 1.200 1.450 1.375 Produção Necessária 5.325 4.800 5.050 5.725 20.900 Mesa Para Impressora Estoque Final Desejado de Produtos Acabados 1.250 1.225 1.575 0,00 1.225 + Vendas 4.900 5.000 4.900 6.300 21.100 Total Necessário 6.150 6.225 6.475 7.525 22.325 - Estoque Inicial de Produtos Acabados 0,00 1.250 1.225 1.575 1.225 Produção Necessária 4.925 4.975 5.250 5.950 21.100 A empresa está iniciando Quantidade suficiente para atender uma semana A empresa está fechando Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 6 3. ORÇAMENTO DE MATERIAL: RELATÓRIO III PERSOFLEX DO BRASIL CONSUMO DE MATERIAL ORÇADO Uni- ANO A ORÇAR Em Unidades de Produto dade Jan Fev Nov Dez Ano Mesa Para Escritório 5.325 4.800 5.050 5.725 20.900 Mesa Para impressora 4.925 4.975 5.250 5.95021.100 1. Material "Tubo de Aço 50X30" - KG de material por Un do produto Mesa Para Computador 3,3 17.572,50 15.840,00 16.665,00 18.892,50 68.970 Mesa Para impressora 2,80 13.790,00 13.930,00 14.700,00 16.660,00 59.080 Consumo Total 31.362,50 29.770,00 31.365,00 35.552,50 128.050,00 Uni- ANO A ORÇAR Em Unidades de Produto dade Jan Fev Nov Dez Ano Mesa Para Escritório 5.325 4.800 5.050 5.725 20.900 Mesa Para impressora 4.925 4.975 5.250 5.950 21.100 2. Material "Tubo de Aço 30X20" - KG de material por Un do produto Mesa Para Escritório 0,7 3.727,50 3.360,00 3.535,00 4.007,50 14.630 Mesa Para impressora 0,68 3.349,00 3.383,00 3.570,00 4.046,00 14.348 Consumo Total 7.076,50 6.743,00 7.105,00 8.053,50 28.978 Especificação da matéria Prima Quantidade (MP) suficiente para uma unidade a ser produzida Quantidade total a ser utilizado pela empresa no período Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 7 4. ORÇAMENTO DE COMPRAS DE MATÉRIA PRIMA; RELATÓRIO IV PERSOFLEX DO BRASIL Orçamento de compras de matéria Prima ANO A ORÇAR Em Unidades de Produto Jan Fev Nov Dez Ano 1. Material "Tubo de Aço 50X30" - KG Estoque Final Desejado 9.958,32 10.063,28 8.888,13 11.805,95 11.805,95 + Consumo de Material (rel III) 31.362,50 29.770,00 31.365,00 35.552,50 128.050,00 Total de Necessidades 41.320,82 39.833,28 40.253,13 35.552,50 139.855,95 - Estoque Inicial 6.272,50 9.958,32 10.063,28 8.888,13 6.272,50 Compras Necessárias Em Un 35.048,32 29.874,96 30.189,84 26.664,38 133.583,45 Preço Unitário 0,49 0,49 0,49 0,49 0,49 Total de Compras 17.056,85 14.638,73 14.793,02 13.065,54 65.455,89 ANO A ORÇAR Em Unidades de Produto Jan Fev Nov Dez Ano 10. "Perfil Flexível de PVC" Estoque Final Desejado 9.274,45 9.370,31 8.276,25 11.081,99 11.081,99 + Consumo de Material (rel III) 29.512,50 27.727,50 29.205,00 33.105,00 119.550,00 Total de Necessidades 38.786,95 37.097,81 37.481,25 33.105,00 130.631,99 - Estoque Inicial 5.902,50 9.274,45 9.370,31 8.276,25 5.902,50 Compras Necessárias Em Un 32.884,45 27.823,36 28.110,94 24.828,75 124.729,49 Preço Unitário 0,420 0,420 0,420 0,420 0,420 Total de Compras 13.811,47 11.685,81 11.806,59 10.428,08 52.386,38 1. Material "Tubo de Aço 50X30" - KG 17.056,85 14.638,73 14.793,02 13.065,54 59.554,15 2. Material "Tubo de Aço 30X20" - KG 18.163,51 15.496,30 15.660,81 13.831,89 63.152,51 TOTAL 181.226,36 154.340,95 155.962,06 137.749,85 629.279,21 Resumo dos itens Valor em Reais da unidade padrão (Kg, m, Un.) Valor em Reais do item a ser utilizado no mês. Valor em Reais do item a ser utilizado no Ano. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 8 5. ORÇAMENTO DE MÃO DE OBRA: RELATÓRIO V PERSOFLEX DO BRASIL Orçamento de Mão de Obra Direta Produção em Unidades Tempo ANO A ORÇAR Unitário Jan Fev Nov Dez Ano A- Unidade de Produção MESA PARA ESCRITÓRIO 5.325 4.800 5.050 5.725 20.900 MESA PARA IMPRESSORAS 4.925 4.975 5.250 5.950 21.100 B - Horas em Produção Depto "FERRO" MESA PARA ESCRITÓRIO 00:12 1065:00 960:00 1010:00 1145:00 4180:00 MESA PARA IMPRESSORAS 00:08 697:42 704:47 743:45 842:55 2989:10 Total do Departamento 1762:42 1664:47 1753:45 1987:55 7169:10 Depto "MADEIRAS" MESA PARA ESCRITÓRIO 00:10 887:30 800:00 841:40 954:10 3483:20 MESA PARA IMPRESSORAS 00:03 307:48 310:56 328:07 371:52 1318:45 Total do Departamento 1195:18 1110:56 1169:47 1326:02 4802:05 Depto "EMBALAGEM" MESA PARA ESCRITÓRIO 0:00:30 44:22 40:00 42:05 47:42 174:10 MESA PARA IMPRESSORAS 0:00:15 20:31 20:43 21:52 24:47 87:55 Total do Departamento 64:53 60:43 63:57 72:30 262:05 C - Custo de MOD em produção Tempo de serviço no dep. Embalagem (un.) Un. a produ zir no mes Tempo de serviço no dep. Embalagem (no ano) Total de Horas Depto Ferro 1762:42 1664:47 1753:45 1987:55 7169:10 (X) taxa de Salário/Hora 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 Custo Total de MOD R$ 5.316,35 5.050,61 5.443,04 6.358,45 22.168,43 Total de Horas Depto Madeira 1195:18 1110:56 1169:47 1326:02 4802:05 (X) taxa de Salário/Hora 3,09 3,09 3,09 3,09 1196,29 Custo Total de MOD R$ 3.563,08 3.324,84 3.612,83 4.247,21 14.747,95 Total de Horas Depto Embalagem 64:53 60:43 63:57 72:30 262:05 (X) taxa de Salário/Hora 3,09 3,09 3,09 3,09 68,415 Custo Total de MOD R$ 194,67 182,77 197,91 232,06 807,42 Custo Total de MOD R$ 9.074,09 8.558,22 9.253,78 10.837,71 37.723,80 Qtdde total de Hs no Depto. Valor em Reais da hora média Valor em Reais das horas no mês. Valor em Reais ao ano ano. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 9 6. ORÇAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO: RELATÓRIO VI PERSOFLEX DO BRASIL ORÇAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO ANO A ORÇAR Jan Fev Nov Dez Mão-de-Obra Indireta 12.350,00 12.350,00 12.350,00 12.350,00 49.400,00 Suprimento de Fábrica 16.300,00 16.300,00 16.300,00 16.300,00 65.200,00 Energia 375,00 375,00 375,00 375,00 1.500,00 Supervisão 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 12.000,00 Manutenção 190,00 190,00 190,00 190,00 760,00 Engenharia 300,00 300,00 300,00 300,00 1.200,00 Impostos e Seguros 230,00 230,00 230,00 230,00 920,00 Depreciação 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 4.000,00 Total dos CIF 33.745,00 33.745,00 33.745,00 33.745,00 134.980,00 Apropriação do CIF: FERRO MADEIRA EMBAL TOTAL CIF 66.283 66.283 2.414 134.980 Total de Horas M.O.D. 7.174 7.174 261 14.610 Taxa CIFA 9,24 9,24 9,24 9,24 Total de MOD Depto dividido Total MOD Geral Vezes Total dos CIF Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 10 7. ORÇAMENTO DE CUSTO UNITÁRIO DE PRODUTO ACABADO: RELATÓRIO VII COMPANHIA ORÇACADA ORÇAMENTO DO CUSTO UNITÁRIO DE PRODUTOS ACABADOS Produto MESA PARA ESCRITÓRIO Componente Custo unitário CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO DO 1 2 3 4 PRODUTO ACABADO Custo Unit. Quantidade Detalhe @sum (3) 1. "METALON 20x30" –Kg 1,45 0,994 1,4413 2. "METALON 30x50" –Kg 1,45 3,23 4,6835 3. "PARAFUSO 3,9X13" –Un 0,029 8 0,232 4. "PARAFUSO 4,8X32" -Un 0,038 12 0,456 5. "PARAFUSO ALLEN 1/4X60" -Un0,12 4 0,48 6. "PONTEIRA BOTINHA" -Un 0,09 4 0,36 7. "PONTEIRA SIMPLES" -Un 0,033 12 0,396 8. "MADEIRA MELAMINICO" -m² 14 1,041 14,574 9. "MANIPULO" -Un 0,12 2 0,24 10. "PORTA MANIPULO" -Un 0,12 2 0,24 11. "BORDA DE BORRACHA" -Un 0,46 6,48 2,9808 12. "SAPATO REGULÁVEL" -Un 0,12 - - Total de Matéria Prima 26,08 Mão de Obra Direta Ferro salário/hora 3,09 0,200 0,62 Madeira salário/hora 3,09 0,166 0,51 Embalagem salário/hora 3,09 0,008 0,02 Total de Mão de Obra Direta 1,16 Custos Indiretos de Fabricação Ferro salário/hora 9,24 0,200 1,85 Madeira salário/hora 9,24 0,166 1,53 Embalagem salário/hora 9,24 0,006 0,06 Total dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 3,44 TOTAL DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO 30,68 Matéria-Prima por Unidade Mão de Obra por Unidade Custo Indireto de fabricação por Unidade Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 11 8. ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS: RELATÓRIO VIII PERSOFLEX DO BRASIL ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS Despesas de Vendas: Salários de Vendedores.......................... 42.088,50 Frete................................................... 14.029,50 Propaganda......................................... 21.044,25 Total....................................................................... 77.162,25 Despesas Administrativas: Salários............................................... 80.000,00 Suprimentos de Escritório...................... 2.500,00 Telefone.............................................. 4.600,00 Honorários Profissionais......................... 8.000,00 Total....................................................................... 95.100,00 Total das Despesas Operacionais............................ 172.262,25 Média Mensal.......................................................... 43.065,56 9. ORÇAMENTO DE CUSTO DO PRODUTO VENDIDO: RELATÓRIO IX PERSOFLEX DO BRASIL ORÇAMENTO DO CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS Estoque Inicial de Matéria Prima (1-1-200X)........... - + Compras de Matéria Prima (Relatório IV)............ 629.279,21 = Matéria Prima Disponivel para Produção............. 629.279,21 (-) Estoque Final de Matéria Prima (31-12-200X+1) - = Custo da Matéria Prima Consumida.................... 629.279,21 + Custo da Mão de Obra Direta............................ 37.723,80 + Custos Indiretos de Fabricação.......................... 134.980,00 = Total dos Custos Incorridos na Fabricação........... 801.983,02 + Estoque Inicial de Produtos em Fabricação.......... - = Custo dos Produtos em Fabricação..................... 801.983,02 (-) Estoque Final dos Produtos em Fabricação......... - = Custo dos Produtos Fabricados.......................... 801.983,02 + Estoque Inicial de Produtos Acabados..................................... 9.972,00 = Custo dos Produtos Disponíveis para Venda............................. 811.955,02 (-) Estoque Final de Produtos Acabados...................................... 9.972,00 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS........................................ 801.983,02 Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 12 10. ORÇAMENTO DE FLUXO DE CAIXA RELATÓRIO X PERSOFLEX DO BRASIL FLUXO DE CAIXA PROJETADO ANO A ORÇAR Jan Fev Nov Dez Ano Saldo Inicial de Caixa 13.000,00 10.500 106.011 189.186 13.000 + Entradas: Duplicatas a Rec (19X-1) 16.000,00 16.000 70% das Vendas Atuais 247.611,00 228.102 226.443 279.909 982.065 30% das Vendas do (Ant) 106.119 97.758 97.047 300.924 Total das Entradas 263.611,00 334.221 324.201 376.956 1.298.989 Total Disponível de Caixa 276.611,00 344.721 430.212 566.142 1.311.989 (-) Saídas: Compras (Rel. IV) 181.226,36 154.340,95 155.962,06 137.749,85 629.279,21 Salários MOD (Rel. V) 9.074,09 8.558,22 9.253,78 10.837,71 37.723,80 CIF (Rel. VI) 32.745,00 32.745,00 32.745,00 32.745,00 130.980,00 Despesas Operacionais 43.065,56 43.065,56 43.065,56 43.065,56 172.262,25 Pagtos. I. Renda - Ativos Imobilizados - - - - Total das Saídas 266.111,01 238.709,73 241.026,40 224.398,12 970.245,27 Saldo Final 10.499,99 106.011,26 189.185,85 341.743,73 341.743,73 (antes dos empréstimos) + Entradas líquidas de empréstimos - - (-) Resgate do Empréstimo: Principal - - Juros (6% ao ano) - - Saldo Final de Caixa 10.499,99 106.011,26 189.185,85 341.743,73 341.743,73 Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 13 11. ORÇAMENTO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO: RELATÓRIO XI PERSOFLEX DO BRASIL DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PROJETADA 200X Vendas Líquidas................................................. 1.402.950 (-) Custo dos Produtos Vendidos......................... 801.983 Lucro Bruto....................................................... 600.967 (-) Despesas Operacionais................................. 172.262 Lucro Líquido Antes de Juros e IR (LAJIR)............. 428.705 (-) Despesas de Juros........................................ - Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda (LAIR)... 428.705 (-) Imposto de Renda Previsto............................ 128.611 Lucro Líquido..................................................... 300.093 12. ORÇAMENTO DE BALANÇO: RELATÓRIO XIII PERSOFLEX DO BRASIL BALANÇO PATRIMONIAL PROJETADO 31/12/200X A T I V O P A S S I V O Circulante Circulante Caixa.................................... 341.743,73 Duplicatas a Pagar................ Duplicatas a Receber........... 119.961,00 Salários a Pagar.................... Estoques:............................. Impostos a Pagar................... 128.611,42 Matéria Prima..................... Outros Passivos..................... 4.000,00 Prod. em Fabr.................... Prod. Acabados.................Total do Passivo Circulante.. 132.611,42 Outros Ativos..................... Total do Ativo Circulante.. 461.704,73 Patrimônio Líquido Permanente........................ Capital.................................. Terrenos, Edifícios, Máq..... Lucro Retido 31-12-200X-1...... 29.000,00 (-) Depreciação acumulada. + Lucro Líquido Previsto.. Valor Líquido....................... Lucro Retido, 31-12-19X1........ 300.093,31 Total do Patrimônio Líquido. 329.093,31 T O T A L ........................... 461.704,73 T O T A L.............................. 461.704,73 Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 14 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO FINAL 2º BIMESTRE Findo o Primeiro Bimestre o aluno já deverá ter obtido um trabalho sendo sua primeira parte: Teoria de orçamento, e a segunda parte a prática de orçamento, assim que receber sua avaliação deverá fechar esse trabalho, guardando-o para sua complementação. O aluno deverá então nessa segunda parte receber o valor do CAPITAL SOCIAL, que será determinado pelo professor, e utilizado pelo aluno para as análises de rentabilidade. O aluno deverá, nessa segunda fase, avaliar o orçamento para que a empresa produza uma rentabilidade mínima sobre o capital social de 27% ao ano mais a inflação estimada ao ano (veja nos endereços virtuais de economia), caso o orçamento do primeiro bimestre não tenha atingido esse mínimo, deverá ser efetuado um novo orçamento até que se encontre o valor ideal, após isso deverá o aluno executar as etapas adiantes, que são o desenvolvimento estratégico (inicial), de viabilidade econômica e de mercado, utilizando os critérios mínimos disponibilizados a seguir. A análise deverá ser explicita e item a item, sendo eliminado e explicitado pela eliminação os itens que não tiver valores para que se calcule. AVALIAÇÃO P2 Os trabalhos que são distintos terão a seguinte nota: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Valor de Zero a 2,5 (25%) Resumo dos seguintes itens: Missão; Visão; Pontos Fortes; Pontos Fracos; Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 15 Mercado; ROTEIRO RESUMIDO DO PLANO DE MARKETING Valor de Zero a 3,5 (35%) Itens do roteiro resumido O roteiro é formado por quatro partes, englobando 13 seções, que você tem a sua disposição na integra e detalhado nessa apostila. Oportunidade Situação; Objetivos; Marketing estratégico Consumidor; Mercado; Aspectos legais; Posicionamento do produto; Marketing Tático Produto; Ponto; Promoção; Preço; Parte IV. Ação e controle Esses itens são os próximos da estrutura de capital. Financeira; Análise de equilíbrio; Programação; ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL Valor de Zero a 4,0 (40%) Explicação teórica com os devidos esclarecimentos dos valores e como os encontrou, suas origens e suas fundamentações. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 16 Estrutura de Capital Participação dos capitais de terceiros; Composição do endividamento; Imobilização do capital próprio; Imobilização dos recursos não correntes; Liquidez Liquidez geral; Liquidez corrente; Liquidez seca; Liquidez imediata; Rotação e Prazo Médio Giro dos estoques; Prazo médio de estocagem; Giro das contas a receber; Prazo médio das contas a receber; Prazo médio de pagamento a fornecedores; Giro do ativo operacional; Rentabilidade Margem bruta; Margem líquida; Rentabilidade do capital próprio; Após apurar esses dados eles deverão servir de base para a definição dos conceitos de cada indicador. Total da P2 Valor de Zero a 10,0 (100%) Nessa matéria não há provas, assim os alunos que não cumprirem os prazos estipulados estarão automaticamente reprovados. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 17 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO MISSÃO Sua empresa tem missão consolidada? Caso positivo descreva-a, caso negativo faça o desenvolvimento baseado no que está implícito na empresa. VISÃO Sua empresa tem visão consolidada? Caso positivo descreva-a, caso negativo faça o desenvolvimento baseado no que está implícito na empresa. PONTOS FORTES Sua empresa tem pontos fortes consolidados? Caso positivo descreva-os, caso negativo faça o desenvolvimento baseado no que está implícito na empresa. PONTOS FRACOS Sua empresa tem pontos fracos consolidados? Caso positivo descreva-os, caso negativo faça o desenvolvimento baseado no que está implícito na empresa. MERCADO Sua empresa sabe quem são seus concorrentes? Faça uma listagem daqueles que você acredita ser os concorrentes e defina-os por motivo de serem concorrentes. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 18 ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL Os índices de estrutura de capital são bastante úteis em análise da estrutura de capital. Os índices são calculados relacionando-se as fontes de capitais entre si e com o Ativo Permanente. Indicam o grau de dependência da empresa com relação a capital de terceiros e o nível de imobilização do capital. Quanto menor o índice, melhor. PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS SOBRE OS RECURSOS TOTAIS (PCT) PCT = Exigível Total Exigível Total + Patrimônio Líquido PCT (19x8) = 882.892 + 416.135 = 0,49 2.658.895 Esse índice, calculado com os dados de 19X8, relaciona os capitais de terceiros ou Exigível total (Passivo circulante + Exigível a longo prazo) com os recursos totais obtidos para o financiamento do Ativo. O índice 0,49 significa que, para cada $ 1,00 de recursos totais, o capital de terceiros participa com $ 0,49. Em outras palavras, o capital de terceiros financia 49% do Ativo. COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO (CE) CE = Passivo Circulante Exigível Total CE (19x8) = 882.892 = O,68 882.892 + 416.135 O índice Composição do endividamento indica quanto da dívida total vence no curto prazo. De acordo com o índice, 68% da dívida da empresa vence no curto prazo. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 19 IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO (ICP) ICP = Ativo Permanente Patrimônio Líquido ICP (19x8) = 942.905 = O,69 1.359.868 Esse índice indica a parcela dos recursos próprios investidos no Ativo Permanente. O índice calculado indica que 69% dos recursos próprios estão investidos no Ativo Permanente e, portanto, os restantes 31% dos recursos próprios estão sendo investidos em ativos realizáveis. IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES (IRNC)IRNC = Ativo Permanente Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo IRNC (19x8) = 942.905 = O,53 1.359.868 + 416.135 Esse índice informa quanto dos recursos permanentes e de longo prazo estão investidos no Ativo Permanente. O cálculo indica que 53% dos recursos permanentes e de longo prazo estão "imobilizados" e, portanto, 47% desses recursos estão sendo utilizados por ativos realizáveis. ÍNDICES DE LIQUIDEZ Os índices de liquidez mostram a situação financeira da empresa. Como os valores se referem a vencimentos de diferentes datas, um valor com vencimento no primeiro dia de um ano pode estar sendo comparado em igualdade de condições com outro valor que vence no último dia do mesmo ano. Os valores traduzidos a valor presente minimizam esse tipo de problema. Quanto maior O c índice, melhor. Um aspecto importante que deve ser considerado é que a empresa precisa "repor" os ativos circulantes que converter em dinheiro, para não interromper sua atividade operacional. Nessas condições, os ativos circulantes passam a ter características permanentes. Portanto, os índices de liquidez são válidos para as hipóteses em que a empresa é "liquidada". Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 20 LIQUIDEZ GERAL (LG) LG = Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo LG (19x8) = 1.426.862 + 289.128 = 1,32 882.892 + 416.135 Esse índice indica a capacidade de pagamento de dívida no longo prazo. O índice 1,32 que a empresa apresenta significa que ela possui bens e direitos suficientes para liquidar os compromissos financeiros no longo prazo, pois, para cada $ 1,00 de dívida, possui $ 1,32 de bens e direitos. Mas se a empresa apresentar problema financeiro no curto prazo, o índice "bom" do longo prazo não será válido. O principal problema desse índice é que os diversos valores correntes de diferentes datas se misturam. LIQUIDEZ CORRENTE (LC) LC = Ativo Circulante Passivo Circulante LC (19x8) = 1.426.862 = 1,62 882.892 Na maioria dos casos, esse índice é considerado como o melhor indicador da capacidade de pagamento da empresa. O resultado do cálculo indica que a empresa tem $ 1,62 de ativos conversíveis em dinheiro no curto prazo para liquidar cada $ 1,00 de dívida de curto prazo. Mas esse índice também é resultante de diversos valores correntes de diferentes datas. LIQUIDEZ SECA (LS) LS = Ativo Circulante -Estoques -Despesas do Exercício Seguinte Passivo Circulante LS (19x8) = 1.426.862 -620.412 -6.932 -15.884 = 0,89 882.892 Pode-se verificar que, com exceção dos Estoques e Despesas do exercício seguinte, todos os outros itens do Ativo Circulante, como Aplicações de liquidez imediata, Títulos e valores mobiliários, Outras contas a receber, Duplicatas a receber, Saques de exportação e Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 21 Impostos a recuperar podem ser convertidos em dinheiro com relativa facilidade antes do prazo normal de realização, se for necessário. Nesses casos, podem existir deságios, o que reduz o valor desses ativos. Levando-se em conta que, para continuar operando, a empresa precisa ter pelo menos os estoques, e estes são mais difíceis de ser transformados em dinheiro imediatamente, ela consegue obter recursos para liquidar 89% das dívidas de curto prazo. LIQUIDEZ IMEDIATA (LI) LI = Disponível Passivo Circulante LI (19x8) = 45.685 + 128.942 = 0,20 882.892 Esse índice indica quanto a empresa possui de recursos imediatamente disponíveis para liquidar compromissos de curto prazo. As disponibilidades são recursos imediatamente disponíveis, mas as obrigações de curto prazo podem estar compostas por dívidas que vencem em 15 dias, 30 dias, ou até 365 dias. A empresa possui $ 0,20 de Disponibilidades para cada $ 1,00 de Passivo Circulante. O analista interno pode obter dados mais detalhados e utilizar esse índice com base em relatórios de dívidas separadas por vencimentos (aging). Deve-se avaliar a composição dos Títulos e valores mobiliários, pois, em alguns casos, são praticamente disponíveis. ÍNDICES DE ROTAÇÃO Os índices de rotação (giros) são calculados relacionando-se os elementos patrimoniais com os itens da demonstração de resultados e evidenciam o prazo de renovação dos elementos patrimoniais dentro de determinado período. A análise do giro dos ativos fornece informações sobre aspectos de gestão da empresa, tais como as políticas de estocagem, financiamento de compras e financiamento de clientes. O analista interno pode obter saldos médios calculados com base em dados diários ou mensais, o que gera análise de melhor qualidade. O analista externo, se não tiver acesso a saldos intermediários, pode calcular o saldo médio dos elementos patrimoniais somando-se o saldo atual com o saldo anterior e dividindo a soma por dois. O Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 22 analista deve estar ciente das possíveis distorções que essa forma de cálculo possa causar. GIRO DOS ESTOQUES (GE) E PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME) GE = Custo dos produtos vendidos Saldo médio dos estoques GE (19x8) = 815.868 = 1,59 (408.171 + 620.412) / 2 PME PME = Saldo médio dos estoques Custo dos produtos vendidos 365 dias PME (19x8) = (408.171 + 620.412) /2 = 230 dias 815.868 365 A empresa apresenta o giro dos estoques de 1,59 vezes e prazo médio de estocagem de 230 dias, em 19X8. O PME pode ser calculado dividindo-se o número de dias do período (ano, em nosso exemplo) pelo giro ocorrido nesse período. Assim, o PME = 365 dias + 1,59 = 230 dias, o que significa que os estoques completam o giro a cada 230 dias (desde a compra até a venda). As empresas procuram aumentar o giro dos estoques, pois, quanto mais rápido vender o produto, mais o lucro aumentará. Esse raciocínio é válido desde que a margem de contribuição seja positiva e o aumento do giro não implique "custos extras" em volume superior ao ganho obtido pelo aumento do giro. GIRO DE CONTAS A RECEBER (GCR) E PRAZO MÉDIO DAS CONTAS A RECEBER (PMCR) GCR = Receita operacional bruta -Devoluções e abatimentos Saldo médio das contas a receber GCR (19x8) = 2.229.026 -42.339 = 5,36 (375.365 + 439.927) 2 Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 23 O Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR) pode ser calculado diretamente dividindo-se 365 dias pelo GCR. A empresa apresenta um giro de 5,36 em 19X8, o que significa que as duplicatas e saques de exportação (deduzidos das provisões para devedores duvidosos) são recebidos, em média, a cada 68 dias (365 dias + 5,36 = 68 dias). A alteração do giro do período atual em relação ao período anterior pode ser causada por diversos fatores: alteração na política de financiamento de clientes, aumento (ou redução) da eficiência de cobrança etc. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES (PMPF) PMPF = Saldo médio de fornecedores Compras brutas365 dias PMPF (19x8) = (189.110 + 232.338) 2 = 81 dias 945.824 365 dias O valor das Compras brutas deve ser extraído de registros internos, pois não estão evidentes em demonstrações contábeis de publicação obrigatória, em casos de indústria. O Valor das compras pode ser calculado pela clássica fórmula: Estoque final = Estoque inicial + Compras - Custo das mercadorias vendidas, em casos de empresas do ramo de comércio. Porém, em balanços de empresas industriais, o Custo de produção inclui Mão-de-obra direta e Custo indireto de fabricação, além das compras de materiais. Freqüentemente, o Prazo médio de pagamento a fornecedores é comparado com o Prazo médio das contas a receber. A empresa compra com prazo de 81 dias e vende com prazo de 68 dias. Deve-se levar em consideração que os valores das vendas são maiores do que os valores das compras. GIRO DO ATIVO OPERACIONAL (GAOP) GAOP = Receita operacional líquida Saldo médio do ativo operacional GAOP (19x8) = 1.711.970 = 1,83 (803.191+1.067.271) 2 Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 24 Esse índice expressa quantas vezes o ativo operacional se renovou pelas vendas. O denominador é composto de contas como Duplicatas a receber, Saques de exportação, Impostos a recuperar, Estoques e prêmios de seguros a apropriar. Essas contas têm características permanentes. Por esse motivo, as empresas concentram esforços no sentido de reduzir os investimentos em ativo operacional. Pelo cálculo acima, com base em dados de 19X8, os ativos operacionais se renovam 1,83 vezes no ano. No Capítulo 6, foi mostrado como os ativos completam o giro. ÍNDICES DE RENTABILIDADE Os índices de rentabilidade medem quanto está rendendo os capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou o insucesso) empresarial. Os índices de rentabilidade são calculados, geralmente, sobre as Receitas líquidas (alguns índices podem já ter sido calculados em análise vertical), mas, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as Receitas brutas deduzidas somente das Vendas canceladas e Abatimentos. MARGEM BRUTA (MB) MB = Lucro bruto Receita operacional liquida MB (19x8) = 856.176 = 0,50 ou 50% 1.711.970 Esse índice indica quanto a empresa obtém de Lucro bruto para cada $ 1,00 de Receita líquida. Com 50% de Lucro bruto, a empresa precisa cobrir outras despesas. MARGEM LÍQUIDA (ML) ML = Lucro líquido Receita operacional líquida ML (19x8) = 105.016 = 0,06 ou 6% 1.711.970 Esse índice indica qual foi o Lucro líquido em relação à Receita operacional líquida. O índice calculado mostra que, em 19X8, após descontados todos os custos e despesas, sobraram 6% das vendas líquidas da empresa. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 25 RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO (RCP) RCP = Lucro líquido Saldo médio do patrimônio líquido RCP (19x8) = 105.016 = 0,08 ou 8% (1.239.817+1.359.868) 2 Esse índice informa quanto rende o capital aplicado na empresa pelos proprietários. Em 19X8, a empresa gerou lucro líquido de $ 105.016, ou seja, 8% sobre o capital médio investido pelos acionistas ou sócios. CONCLUSÃO DA ANÁLISE Foram calculados os seguintes índices relativos a 19X8: Estrutura de Capital Participação dos capitais de terceiros 0,49 Composição do endividamento 0,68 Imobilização do capital próprio 0,69 Imobilização dos recursos não correntes 0,53 Liquidez Liquidez geral 1,32 Liquidez corrente 1,62 Liquidez seca 0,89 Liquidez imediata 0,20 Rotação e Prazo Médio Giro dos estoques 1,59 Prazo médio de estocagem 230 dias Giro das contas a receber 5,36 Prazo médio das contas a receber 68 dias Prazo médio de pagamento a fornecedores 81 dias Giro do ativo operacional 1,83 Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 26 Rentabilidade Margem bruta 50% Margem líquida 6% Rentabilidade do capital próprio 8% Os índices extraídos indicam uma situação econômica e financeira relativamente boa e com rentabilidade positiva. Porém, uma análise mais conclusiva depende da comparação dos índices de 19X8 com os de exercícios anteriores e em relação a índices setoriais ou de outras empresas do mesmo ramo de negócio e porte semelhante. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 27 OS CONCEITOS USADOS EM CADA INDICADOR RECEITA LÍQUIDA Receita operacional líquida. Valor obtido com a dedução, a partir da receita bruta, de impostos, descontos e devoluções. Igual a faturamento líquido ou vendas líquidas. LUCRO LÍQUIDO Resultado líquido, ou seja, lucro ou prejuízo líquido apurado no exercício social e divulgado na demonstração do resultado. MARGEM LÍQUIDA Relação entre o resultado líquido e a receita operacional líquida, em porcentagem. É um dos indicadores de lucratividade mais utilizados pelo mercado para analisar empresas não financeiras. RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO Relação entre o resultado líquido e o patrimônio líquido de final de exercício, em porcentagem. É outro dos indicadores de lucratividade clássicos para a análise de qualquer tipo de empresa. LUCRO DA ATIVIDADE Resultado, ou seja, lucro ou prejuízo operacional do exercício sem as operações financeiras. Indica a capacidade da empresa de gerar lucros apenas com sua atividade-fim. LUCRO FINANCEIRO Resultado positivo ou negativo apurado pela comparação entre receitas e despesas financeiras do exercício. O lucro nesse quesito aumenta o resultado operacional, enquanto o prejuízo o diminui. LUCRO NÃO OPERACIONAL Resultado, ou seja, lucro ou prejuízo decorrente de operações não recorrentes da empresa, como a venda de um imóvel que faz parte do ativo fixo ou a cisão de departamentos ou unidades de negócios para constituição de novas pessoas jurídicas. Ao contrário do que comumente se supõe, as transações financeiras realizadas no exercício não são contabilizadas nesta rubrica, e sim no resultado operacional. É por esse motivo que estamos introduzindo na Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 28 publicação o conceito de Lucro da Atividade, pelo qual só pode visualizar o resultado operacional livre das transações financeiras. EBITDA Sigla, em inglês, de Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que em português se traduz por lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações. É um indicador que mede a capacidade de geração de recursos próprios por 'uma empresa. ATIVO TOTAL É a soma das contas do ativo, conforme divulgado no balanço patrimonial da empresa. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Valor apresentado no balanço patrimonial como tal, também conhecido por passivo não exigível. ENDIVIDAMENTO ONEROSO Parte do endividamento geral da empresasobre o qual incidem encargos financeiros. Basicamente, refere-se ao endividamento bancário. NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO GERAL Relação existente no final de exercício entre o total do endividamento, ou passivo exigível, com o patrimônio líquido, em porcentagem. NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO ONEROSO Relação existente no final de exercício entre o volume de endividamento sujeito a encargos e o patrimônio líquido, em porcentagem. LIQUIDEZ CORRENTE Indicador da capacidade de solvência a curto prazo da empresa. Obtém-se pela divisão do ativo circulante pelo passivo circulante, com o resultado sendo expresso em pontos, ou números-índices. Qualquer índice acima de 1 significa que há mais recursos disponíveis ou a haver no prazo de até um ano do que obrigações de pagamento de igual prazo. Abaixo de 1 significa o contrário. CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Indicador que mede a sustentabilidade do crescimento de uma empresa. É obtido a receita liquida pelo percentual de aumento, isento da reserva de reavaliação. Caso uma empresa, durante o exercício, tenha revelado queda na receita líquida ou no PL ajustado, Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 29 ou em ambos, obviamente este indicador não é calculado para ela. Quanto mais perto de 1, melhor é o quociente de crescimento sustentável. GERAÇÃO DE VALOR Porcentagem obtida pela divisão do valor do Ebitda pelo valor da receita líquida do exercício. GIRO DO ATIVO Índice de aproveitamento dos ativos no exercício. Chega-se ao número, expresso em pontos, pela divisão do valor da receita líquida pelo total do ativo. MARGEM DA ATIVIDADE Indicador obtido pela divisão do resultado da atividade, ou seja, o lucro ou prejuízo operacional sem o resultado líquido das transações financeiras, pelo total da receita líquida do exercício. RENTABILIDADE Nas análises setoriais adotou-se o conceito expresso pela divisão do resultado líquido; ou seja, o lucro ou prejuízo líquido do exercício, pelo patrimônio líquido do final de exercício igual a Rentabilidade do Patrimônio, no Ranking Valor 1000. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 30 NÍVEIS DE PLANEJAMENTO Como mostra a Figura 1, há três níveis fundamentais de planejamento: o estratégico, o tático e o operacional. A ilustração também apresenta exemplos de planos relativos aos diversos níveis de planejamento e indica seus respectivos escopos. As linhas com setas indicam o processo de feedback que existe entre os três níveis de planejamento. Por exemplo, um plano promocional gera experiências que podem afetar o plano de marketing e o plano estratégico. Figura 1: Os três níveis de Planejamento PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO O planejamento estratégico consiste na escolha dos objetivos maiores da empresa, das estratégias a serem adotadas para se alcançarem esses objetivos e na definição das fontes de recursos. Ele aborda questões globais, amplas, genéricas e de longo prazo. Uma vez definidas tais questões, é preciso elaborar o plano estratégico, que manterá coerência com essas questões. Em outras palavras, o planejamento estratégico é materializado sob a forma de um documento chamado plano estratégico. É muito importante observar PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO TÁTICO Plano Promocional (menos de um ano) PLANEJAMENTO OPERACIONAL Planejamento de Marketing (um ano) Planejamento Estratégico (Cinco anos ou mais) Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 31 também que o plano de marketing de um produto está subordinado ao plano estratégico da organização. Tendo em vista o teor e a importância do planejamento estratégico, a responsabilidade pela sua elaboração costuma ser do presidente e dos diretores da empresa. Modelos de planos estratégicos Existem vários modelos de planos estratégicos. O que adotamos - compilado por Aluísio Ambrósio -é composto por dez etapas (Figura 2). Ele se inicia com a definição do negócio e termina com a estipulação das metas. Os diversos elementos que compõem esse modelo estão relacionados a seguir. 1. Definição do negócio. Nesta fase do planejamento, são estabelecidos os propósitos do negócio: o ramo do mercado em que a empresa atua ou irá atuar, os produtos oferecidos ao mercado e as necessidades dos clientes que se pretendem atender. 2. Análise externa. Esta é uma atividade de levantamento e análise dos fatores ambientais que afetam a empresa, da forma como podem evoluir e do surgimento de novos fatores que venham a ter influência na vida dela. 3. Análise interna. Neste ponto, todos os envolvidos no processo empreendem esforços para ampliar o conhecimento que se tem da firma e do sistema em que ela está enquadrada. 4. Cenários. É a previsão da evolução dos fatores que influenciam ou podem influenciar o desempenho da empresa. Figura 2: Modelo de Planejamento Estratégico. DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO ANÁLISE EXTERNA ANÁLISE INTERNA CENÁRIOS VALORES ÉTICOS OBJETIVOS OBJETIVO S ESTRATÉGIAS ESTRATÉGIA S MISSÃO MISSÃO VISÃO VISÃO METAS METAS Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 32 5. Valores éticos. Nesta fase, se fazem a identificação e a definição dos valores éticos que norteiam as atividades da companhia. 6. Missão. Etapa que define a missão da empresa, razão de sua existência, a função que ela desempenha de modo a se tomar útil e justificar seus lucros, atendendo às expectativas de seus acionistas e da sociedade onde ela atua. A missão expressa onde e como a empresa espera obter lucro, por meio da oferta de um produto ou prestação de um serviço útil e desejável. 7. Visão. Nesta fase, estabelece-se a visão de futuro da empresa, da maneira mais precisa possível, procurando determinar elementos que a ajudem a controlar o próprio destino. 8. Objetivos. Aqui são escolhidos os objetivos: determinadas situações que a empresa quer atingir e tem razoáveis condições de fazê-lo para cumprir sua missão e conseguir alcançar sua visão. É a resposta à pergunta: "O que fazer?", que pode ser, por exemplo, aumentar 10% as vendas do produto X no próximo ano. 9. Estratégias. Busca-se neste tópico responder à pergunta: "Como fazer?" As estratégias existem associadas a objetivos e mostram como a empresa vai empregar seus recursos para alcançar seus objetivos. Se o objetivo é aumentar 10% as vendas do produto X, a estratégia pode ser ampliar Y% a quantidade de vendedores. 10. Metas. Uma vez definidos os objetivos e escolhidas as estratégias, é necessário definir uma programação de execução para estipular que resultados devem ser alcançados, quando devem ser alcançados e por quem devem ser alcançados. Por exemplo, o departamento de vendas deverá aumentar as vendas do produto X 2% no primeiro trimestre, 4% no segundo, 3% no terceiro e 1 % no quarto. Determinação de objetivos e de prazos de execução Na elaboração do plano estratégico,é fundamental que a escolha dos objetivos seja feita de forma a eleger aqueles que melhor atendam aos interesses da empresa. É fundamental também determinar com sabedoria os esforços que serão feitos para alcançar esses objetivos, tendo sempre em mente que recursos custam dinheiro. Como esses objetivos serão eleitos em função das condições vigentes na época de elaboração do planejamento, eles são extremamente vulneráveis às variações de tais circunstâncias. Assim, a empresa tem de estar atenta a mudanças significativas no panorama, antecipando-se a elas de forma a minimizar ou até anular seus efeitos. Adiantar-se às mudanças significa aproveitar de maneira ótima as oportunidades que' se descortinam e neutralizar as ameaças Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 33 que surgem; é, até mesmo, inverter um quadro, transformando ameaças em oportunidades. O plano estratégico cuida do longo prazo e ajuda a organização a se posicionar com relação ao futuro. Contudo, a definição de longo prazo depende das características do negócio, da organização em si e do mercado onde ela atua. Por exemplo, uma empresa como a Boeing, que fabrica aviões de grande porte, pode definir longo prazo como 100 anos. Isto faz sentido porque o desenvolvimento de um avião implica custos muito elevados, pois envolve processos complexos como a descoberta de novos materiais leves e resistentes e a coordenação de um número muito grande de peças e fornecedores. Já empresas cujos produtos são comprometidos por custos menores de desenvolvimento em geral definem longo prazo como cinco anos. Como planejamento estratégico trata de linhas gerais, devem ser elaborados planos adicionais em outros níveis de detalhes, para que o plano estratégico seja implementado de forma adequada. Entram em cena o planejamento tático e o planejamento operacional. Enquanto o plano estratégico se desdobra em vários planos táticos, os planos táticos se subdividem em planos operacionais (Figura 1.1). Planejamento tático O planejamento tático envolve uma unidade da organização, que pode ser um departamento ou uma divisão. No planejamento tático, o planejador se preocupa com a interpretação do planejamento estratégico, trazendo-o para mais perto da realidade do mercado por meio de planos específicos para cada departamento ou divisão, os planos táticos. Os planos táticos de modo geral traduzem-se em planos de marketing, financeiros, de produção e de recursos humanos, dentre outros. Por exemplo, se o plano estratégico define um objetivo de se aumentar a participação de mercado de uma empresa em determinado mercado de 10% para 25%, ao longo de cinco anos, podemos traduzir esse objetivo nos seguintes planos táticos: planos de marketing: lançar um produto novo a cada 18 meses; planos financeiros: emitir ações para aumentar o capital; planos de produção: construir uma fábrica nova; planos de recursos humanos: contratar e treinar novos empregados. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 34 Os planos táticos costumam se concentrar no médio prazo, qualificação que também depende de vários fatores, como as características do negócio, do mercado e da organização. É comum os planos táticos se fixarem no prazo de 12 meses. Em geral, a responsabilidade pela elaboração dos planos táticos é dos gerentes de departamento ou de divisão, ou até mesmo dos de produtos. É evidente que essa responsabilidade depende muito da organização e das características das pessoas envolvidas. Planejamento operacional O planejamento operacional tem em conta o curto prazo. Ele é gerado a partir do planejamento tático, o qual, como já vimos, é gerado a partir do planejamento estratégico. O planejamento operacional materializa-se em planos operacionais sob a forma de procedimentos, orçamentos, programas e regulamentos. Por exemplo, o programa de amostragem do novo produto X, o plano promocional de verão ou o plano de distribuição-relâmpago do produto novo Z. Os planos operacionais cuidam da rotina, para assegurar que todas as pessoas executem as tarefas e operações determinadas pela organização. Embora vá depender das características da empresa, de seu tipo de negócio e do mercado que ela atinge, em geral as pessoas responsáveis pelos planos operacionais são aquelas que coordenam a execução das ações, como o gerente distrital de vendas ou o de promoções. Desenvolvimento de novos produtos: planejando com disciplina e perspicácia O desenvolvimento de um novo produto é tarefa que exige disciplina e perspicácia. Disciplina porque é preciso seguir um fluxo de atividades que têm elos fortes entre si. Perspicácia porque, no decorrer do processo, há muitas "cascas de banana" que podem fazer o planejador desatento levar um grande tombo e, especialmente, naquele que esteja insensível com relação aos desejos não manifestados pelo consumidor. A alta taxa de mortalidade de novos produtos nos Estados Unidos e na Europa é um indício do que ocorre em países que não têm tanta maturidade mercadológica, como o Brasil. Para reduzir os riscos, é essencial que se elabore f1A um plano de marketing detalhado. É essencial também que se tenha a disciplina de usar um modelo de Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 35 desenvolvimento de novos produtos, do qual o plano de marketing faz parte. A Figura 3 mostra o modelo de fluxo de desenvolvimento de novos produtos recomendado por Kotler, Entretanto, é melhor unificar os estágios denominados estratégia de marketing e análise comercial, o que se consegue por meio do plano de marketing. Esta abordagem reduz o tempo com análise de documentos variados de planejamento e oferece uma visão sistêmica, integrada, da oportunidade oferecida pelo novo produto. Figura 3: Fluxo de desenvolvimento de novos produtos. PLANO DE MARKETING Um plano de marketing é o ponto alto do processo da decisão de aproveitar uma oportunidade oferecida pelo mercado. Ele congrega todas as atividades empresariais dirigidas à comercialização de um produto, o qual existe para atender necessidades específicas dos consumidores. Em síntese, o plano de marketing estabelece todas as bases e diretrizes para a ação da empresa no mercado. Tanto no Brasil como em outros países, os planos de marketing variam muito em conteúdo e metodologia, recebendo diversas denominações, como plano anual de marketing, plano de negócios, plano comercial, plano operacional de marketing ou plano de ação de marketing. Podem-se separar os planos de marketing em duas categorias: planos anuais de marketing e planos de lançamento de novos produtos. PLANOS ANUAIS DE MARKETING De modo geral, os planos anuais de marketing cobrem o período de um ano -o ano fiscal da empresa -, embora possam conter projeções de longo prazo, de cinco anos ou mais, dependendo da classificação dada a esse tempo. Os planos anuais fazem parte do orçamento anual (budget) da empresa e englobam todos os produtos comercializados pela organização. GERAÇÃO DE IDÉIAS DESENVOLVIMENTO E TESTE DE CONCEITO ESTRATÉGIA DE MARKETING TRIAGEM DE IDÉIAS ANÁLISE COMERCIAL DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOCOMERCIALIZAÇÃO TESTE DE MERCADO Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 36 Comumente, um plano anual de marketing envolve menos detalhes que aqueles contidos em um plano de marketing de lançamento de novos produtos, e focaliza as estratégias empresariais e os orçamentos dos programas de marketing para o período de um ano. Planos de lançamento de novos produtos Os planos de lançamento de novos produtos, entretanto, comumente cobrem o período de cinco anos e visam aprovar o orçamento e a programação do lançamento de um produto novo específico ou de uma nova linha de produtos. Após a aprovação, o plano de lançamento do novo produto passa a fazer parte do plano anual de marketing da empresa. Este livro apresenta um modelo de plano de marketing de lançamento de novos produtos, que é muito complexo, envolve a integração de inúmeros detalhes e é mais completo que um plano anual de marketing. Esse modelo é facilmente adaptado às características e necessidades específicas de um plano anual de marketing. Existem diversos modelos de planos de marketing. Algumas empresas preferem planos muito curtos -de 7 a 10 páginas -, enquanto outras os elaboram extensos e detalhados, ultrapassando facilmente 150 páginas. Observa-se, não obstante, que a tendência tem sido a utilização de planos mais curtos, sintéticos, objetivos e simples. Isto é explicado pelas estratégias de downsizing das organizações, cujos resultados exigem reduções de todas as gorduras - inclusive aquelas que possam existir nos planos de marketing. Planos mais objetivos consomem menos tempo de elaboração e de acompanhamento e, como conseqüência, menos recursos. Se cada organização usa um modelo de plano de marketing, faz sentido a pergunta: será que existe um modelo ideal? A experiência e a pesquisa indicam que existe não apenas um, mas inúmeros modelos ideais. Entretanto, a definição de ideal depende de vários fatores, dentre os quais podemos citar as características do negócio e dos clientes, as práticas dos concorrentes, os hábitos dos principais executivos, a cultura da organização e até mesmo o momento que ela vive. De qualquer forma, é fundamental considerar que, embora os modelos possam variar entre si, nota-se que os aplicados em empresas de sucesso, orientadas para o mercado, incluem, invariavelmente, os seguintes elementos: descrição da situação: apresenta dados históricos sobre o mercado, o produto e a concorrência; Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 37 objetivos: define onde o esforço de marketing deverá chegar em termos de participação de mercado, volume de vendas, resultados financeiros e lucro; estratégias: mostra como a organização irá usar as ferramentas de marketing para atingir os objetivos; projeção de resultados: prevê o resultado financeiro que se espera do plano. O modelo que adotamos neste livro é resultado de muitos anos de pesquisa e aplicação bem-sucedida de variados estilos de planos de marketing em diversas empresas multinacionais. Ele foi empregado inúmeras vezes em produtos duráveis e não-duráveis, tangíveis e intangíveis, de consumo e industriais. E como se deve desenvolver um modelo ideal de plano de marketing? Sugerimos primeiro dominar o que está aqui proposto, para só então procurar adaptá-lo às necessidades e características da sua organização, assegurando as bases para chegar com sucesso ao formato ótimo, o mais adequado. Conhecendo bem o que está proposto neste livro, o planejador terá uma base para avaliar quais os elementos indispensáveis e os dispensáveis, decisão muito difícil se considerarmos que o plano de marketing é a chave para o sucesso de um empreendimento. Formato do plano O formato de plano de marketing sugerido neste livro é composto de quatro partes fundamentais: oportunidade, marketing estratégico, marketing tático e ação e controle. Oportunidade Nesta primeira parte são definidas a situação e os objetivos. Estes dois tópicos indicam o que está havendo, ou seja, para que serve o plano e em que contexto ele está inserido. Aqui se indica, também, a integração do plano de marketing com o plano estratégico da organização. Marketing estratégico Neste segundo item, o planejador depreende o mercado, o ambiente onde o plano de marketing será posto em prática. Ele deve segmentar o mercado, selecionar aquele que é seu alvo e posicionar o produto. É a etapa de levantamento de informações, fundamental para o planejamento estratégico de marketing. Os elementos básicos, quatro seções desse item, são o consumidor, o mercado, os aspectos legais e o posicionamento do produto. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 38 Marketing tático Ao chegar a este ponto, o planejador especificará em detalhes as características e o preço do produto, como sua existência será divulgada para o mercado-alvo e onde será distribuído. É a essência do planejamento tático de marketing. Deve-se ter o máximo de cuidado para que sejam desenvolvidas táticas realistas e que considerem curto, médio e longo prazos. Modelo de planejamento tático de marketing O modelo que adotamos neste livro é o dos 4Ps, o mais usado no mundo empresarial. Também chamado de marketing mix e de composto de marketing, foi idealizado por Jerome McCarthy, da Universidade de Michigan, EUA, no final da década de 1950 e início da de 60. O modelo - intrinsecamente completo - é formado por quatro elementos essenciais de marketing: produto (product), ponto-de- venda (place), promoção (promotion) e preço (price). Nestes elementos estão incluídas as inúmeras variáveis intervenientes em um negócio: pessoas, embalagem, lucro, política - dentre outras mais óbvias, como marcas, logística, propaganda e descontos. São, na realidade, muitos conceitos simplificados mnemonicamente em apenas quatro palavras. No centro de tudo está o consumidor, alvo de todos os esforços de marketing. Essa formação pode ser vista na Figura 2, que representa graficamente o modelo. Cada um dos 4Ps, assim como o C de consumidor, envolve muitas variáveis de marketing. As principais delas estão relacionadas no Quadro 2.1. PRODUTO PONTO PREÇO PROMO ÇÃO 1. PREÇO PROMOÇÃO C Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 39 Características especiais do modelo dos 4Ps. As características do modelo dos 4Ps citadas no Quadro 2.1 já seriam suficientes para justificar a escolha, mas há outras, muito especiais, que freqüentemente passam despercebidas. Apesar de existirem outros modelos de planejamento tático de marketing, o marketing mix é o único que se fundamenta em um pensamento estruturado, com bases filosóficas sólidas, centradas na realidade simples, mas absolutamente profunda, da natureza. Como mostrado na Figura 2, o modelo é descrito graficamente por um círculo dividido em quatro quadrantes, ou partes, com um ponto central. Cada elemento essencial de marketing ocupa um quadrantedo círculo e o consumidor ocupa o ponto central. Os componentes do símbolo são, portanto, o ponto, o círculo e a cruz quaternária. O ponto. Simboliza o centro, a origem, o lar. Ele designa o início e o fim de todas as coisas, o consumidor, ponto central do planejamento de marketing. O círculo. O círculo é um ponto expandido, perfeito como este. No centro do círculo, elemento de grande importância simbólica, todos os raios coexistem numa única C DE CONSUMIDOR - Perfil do consumidor - hábitos de uso e de costumes - Desejos e necessidades - papéis de compra P de Produto P de Ponto -Marca -Canais -Qualidade -Previsão de vendas -Design -Logística -Serviços -Embalagens -Garantias P de Promoção P de Preço -Público alvo -Nível de preço -Venda pessoal -Descontos -Propaganda -Margens -Promoção de Vendas -Financiamentos -Marketing direto Figura : algumas variáveis componentes de modelo dos 4 ps. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 40 unidade, juntos com relação ao princípio único do qual todos eles procedem. O círculo tem características marcantes: perfeição, homogeneidade, ausência de distinção ou de divisão. Devemos lembrar-nos também de que os planetas são esferas, visualizadas como círculos. Eles giram, criando o movimento, que propicia a vida, a evolução. Um liquidificador também gira e, quando colocamos diferentes substâncias em seu copo, temos a diversidade, muitas vezes a incoerência. Contudo, após funcionar, o aparelho produz um líquido de forma e cor homogêneas. Os quatro Ps precisam estar homogêneos, uniformes, para gerar a ação necessária, aquela que, coerente, cause o impacto adequado, esperado. Com suas propriedades críticas -perfeição, homogeneidade, ausência de distinção ou de divisão -o círculo significa a homogeneidade entre os quatro elementos de marketing. Além disso, o movimento do círculo traduz a natureza dinâmica do mercado e a conseqüente necessidade de evolução constante das estratégias de marketing. A cruz quaternária. Diferente da cruz cristã, com a haste vertical maior do que a horizontal, a cruz quaternária tem as quatro hastes iguais e simboliza a divisão do universo onde está inserida em quatro setores de dimensões iguais. A cruz simboliza a Terra, mas exprime também a orientação espacial com relação aos pontos cardeais, norte, sul, leste e oeste. A cruz é o símbolo do intermediário, do mediador, daquele que reúne. Ela é a grande via de comunicação. É a cruz que recorta, ordena e mede os espaços, como os templos e as praças. No modelo do marketing mix, a cruz estabelece a união entre os quatro elementos do marketing. Nenhum deles deve preponderar sobre o outro, de modo que haja a harmonia necessária ao sucesso da ação integrada, forte, dinâmica. O modelo dos 4Ps é simples e oferece todo o constructo teórico que a precisão exige. Afinal, um plano de marketing é tarefa de elevada responsabilidade. Não permite aventuras pueris resultantes de desejos egocentrados, distantes de fundações filosóficas construídas sobre terreno sólido. O Brasil do novo milênio é um novo país que está tomando forma. Francisco Gracioso alerta que "cada vez mais, as oportunidades e os problemas se assemelharão aos encontrados nos países mais avançados". Não é possível fazer negócios sem visar nada menos que Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 41 a excelência. O ambiente de mercado une mudança acelerada com qualidade crescente - e custos menores. Marketing é um complexo de detalhes. Para que se alcance sucesso nessa área, é imprescindível cercar tais detalhes com um planejamento ao mesmo tempo preciso e simples -e que permita ação rápida. Os outros Ps Críticos do modelo dos 4Ps defendem que deveria haver um quinto P para packaging (embalagem), um sexto para people (pessoas) e ainda um sétimo, para profit (lucro). Consideramos que os novos Ps propostos já estão integrados aos quatro originais: embalagem faz parte do P de produto e o lucro está no de preço; as pessoas permeiam todos os quatro Ps, especialmente os funcionários da empresa, que precisam receber atenção especial através do marketing interno, também chamado de endomarketing (ver Seção 9, Promoção). Devemos ainda lembrar que o consumidor é o centro de todo o esforço de marketing. Assim, preferimos manter a forma original e harmônica dos 4 Ps. Ação e controle Nesta parte estão incluídas as informações necessárias para a tomada de decisão, bem como para a implementação da ação decidida. Os elementos fundamentais, ou seções do plano, que permitirão o processo de controle do plano de marketing são os resultados financeiros, a análise de equilzôrio e a programação. Kotler informa acerca das opiniões de executivos referentes a limitações dos planos de marketing: “Falta de realismo, análise competitiva insuficiente e foco restrito no curto prazo.” Por isso o profissional de marketing, planejador, precisa cercar-se de cuidados ao desenvolver um plano de marketing, assegurando que o plano seja realmente um instrumento de ação vigorosa e bem-sucedida no mercado. Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 42 1. ROTEIRO RESUMIDO DO PLANO DE MARKETING Cada empresa tem características próprias, peculiaridades que devem se refletir no formato do seu plano de marketing. O roteiro aqui apresentado - resultado de muitos anos de experiência com diversos planos em várias empresas multinacionais voltadas para o mercado - é perfeitamente adaptável a essas situações particulares. Ele é aplicável em qualquer tipo de negócio, com ou sem fins lucrativos, para lançamento ou relançamento de produtos tangíveis, intangíveis, de consumo ou industriais. Deve-se ressaltar que o propósito deste roteiro resumido é constituir uma fonte de consulta rápida. Cada um dos tópicos estará descrito em pormenores, com exemplos, no Capítulo 6, Detalhamento do plano de marketing. Itens do roteiro resumido O roteiro é formado por quatro partes, englobando 13 seções: Parte I. Oportunidade Seção 1. Situação Seção 2. Objetivos Parte II. Marketing estratégico Seção 3. Consumidor Seção 4. Mercado Seção 5. Aspectos legais Seção 6. Posicionamento do produto Parte III. Marketing Tático Seção 7. Produto Seção 8. Ponto Seção 9. Promoção Seção 10. Preço Parte IV. Ação e controle Seção 11. Resultados financeiros Seção 12. Análise de equilíbrio Seção 13. Programação Planejamento Empresarial_____________________________________ _______________________________________________________________ Prof. M. SC. André Ximenes de Melo Msc.andreximenes@gmail.com 43 A Figura 5.1 descreve o roteiro em forma de fluxo. Observe que há uma indicação de feedback a partir da Parte IV, Ação e controle, que volta à Parte I, Oportunidade. Não se deve esquecer que o processo de elaboração de um plano de marketing é rigorosamente dinâmico. Muitas vezes, ao elaborar os resultados financeiros, o planejador vê que é necessário alterar o orçamento dos programas do P de promoção, por exemplo, para que os níveis de lucratividade do produto sejam aceitáveis pelos diretores da empresa. Da mesma forma, há inúmeras situações em que é preciso