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MicroagulhamentoMicroagulhamento https://hamonir.com.br/microagulhamento/ ht tp s: // na tu hc ap s. co m .b r/ g1 no tic ia s/ https://hamonir.com.br/microagulhamento/ Microagulhamento — 2 — Sobre a Faculdade Propósito • Transformar a vida do profissional da Saúde para o melhor. Missão • Nossa missão é impulsionar o desenvolvimento pessoal e profissional desses espe- cialistas, capacitando-os com conhecimentos avançados e técnicas inovadoras. Visão • Proporcionar educação de excelência nos campos da Saúde, Estética e Bem-Es- tar e Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e inter- nacional. Valores • Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e influenciando mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora. • Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da empresa, diferenciando nossos beneficiários no mercado competitivo. • Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as regu- lamentações e legislações vigentes. • Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons relacionamentos. • Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e capazes de justificar as nossas ações e decisões. Copyright© Nepuga – 2022 - Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada, reproduzida ou armazenada em qualquer forma ou meio, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc, sem a permissão por escrito da Instituição. Microagulhamento — 3 — Su m ár io Introdução .................................................................................................................................................4 1. História ......................................................................................................................................................4 2. Mecanismo de Ação ......................................................................................................................5 3. Características da Técnica no Microagulhamento ................................................9 3.1 Equipamentos .........................................................................................................................9 3.2 Comprimento da agulha ..............................................................................................12 3.3 Anestesia local ......................................................................................................................13 4. Técnica de Microagulhamento ........................................................................................... 14 4.1 Técnica de Aplicação ...................................................................................................... 14 4.2 Drug Delivery ......................................................................................................................... 15 4.3 Rítides e Drug Delivery .................................................................................................... 15 5. Alopecia ............................................................................................................................................... 16 6. Hipercromias e Melasma ......................................................................................................... 16 7. Cicatrizes de acne / Cicatrizes atróficas/ Estrias ....................................................17 8. Pós Imediato ......................................................................................................................................17 9. Efeitos Colaterais e Complicações ................................................................................... 18 TABELA SMART PEN .............................................................................................................................. 19 Referências bibliográficas ........................................................................................................... 20 Microagulhamento — 4 — Introdução O microagulhamento é um procedimento com indicações variadas, que tem como objetivo causar um processo inflamatório temporário no tecido cutâneo. É uma alternativa segura para tratamento de rejuvenescimento, tratamento de cicatrizes e manchas. Além disso, decorrente das perfurações há o aumento da permeabilidade cutânea pela criação de microcanais, assim ativos poderão potencializar o resultado da técnica. 1. História Foram Orentreich e Orentreith os primeiros a relatar a utilização de agulhas com o objetivo de estimular a produção de colágeno no tratamento de cicatrizes deprimidas e rugas, técnica difundida com o nome de Subcisão. Figura 1. Tratamento de cicatrizes e linhas de expressão com a técnica de subcisão. Em A, desenho representa- tivo da técnica de Subcisão. Em B, resultado de melhora da cicatriz de cesariana após subcisão. Em C, nota-se melhora de linhas estáticas na região frontais após subcisão. Fonte: Adaptado de ORENTREICH e ORENTREICH, 1995. Estes estudos foram confirmados por outros autores, que se basearam no mes- mo preceito de ruptura e remoção do colágeno subepidérmico danificado e seguido da substituição por novas fibras de colágeno e elastina (Figura 2). Os cirurgiões plásticos canadenses, Camirand e Doucet em 1997, descreveram o uso da pistola de tatuagem para tratar cicatrizes. Em pacientes com cicatrizes fa- ciais hipocrômicas, foi feita a camuflagem com tatuagem usando pigmento da cor da pele e se observou uma notável melhora, após um ou dois anos do procedimento. Camirand concluiu que a inserção das finas agulhas da pistola de tatuagem na ci- catriz conseguiu a ruptura e remoção do colágeno da cicatriz levando a uma síntese de novo colágeno saudável, bem como a reestruturação de melanogênese. Microagulhamento — 5 — Em 2006, em um congresso mundial Dr Fernandes propôs a utilização de um sis- tema de microagulhas aplicado à pele com o objetivo de gerar múltiplas micropun- turas longas o suficiente para atingir a derme e desencadear, com o sangramento, estímulo inflamatório que resultaria na produção de colágeno. O aparelho utilizado foi registrado com o nome de “Dermaroller”. Desde então, surgiu a técnica de micropuntura na derme, Microagulhamento, tornando-se um procedimento muito utilizado na área estética no tratamento para estimular a produção de colágeno no tecido tratado. 2. Mecanismo de Ação A indução percutânea de colágeno (IPC), como foi denominada, inicia-se com a perda da integridade da barreira cutânea ocasionada pelas micropunturas, tendo como alvo a dissociação dos queratinócitos, que resulta na liberação de citocinas como a interleucina1α, predominantemente, além da interleucina-8 (IL-8), interleu- cina-6 (IL-6), TNF-α e GM-CSF, resultando em vasodilatação dérmica e migração de queratinócitos para restaurar o dano epidérmico. As três fases do processo de cica- trização, seguido do trauma com as agulhas, podem ser bem delineadas didatica- mente: • I – Fase Inflamatória: Após a injúria do tecido, ocorre ruptura de vasos sanguíneos e o extravasamento de seus constituintes. Os eventos iniciais do processo de reparo estão voltados para o tamponamento desses vasos, assim ocorre liberação de plaquetas e a formação de um trombo rico em plaquetas, que provisoriamente tampona a le- são endotelial. Logo após, os eritrócitos são capturados pela rede de fibrina local e forma-se então o trombo vermelho, principal responsável pela oclusão do vaso sanguíneo rompido. Microagulhamento — 6 — Uma vez que os neutrófilos são as células mais abundantes no sangue, um nú- mero significativo deles é passivamente coletado pelo trombo provisório durante o rompimento dos vasos. Após este extravasamento passivo, os neutrófilos e macrófagos migram para a superfície da ferida para formar uma barreira contra a invasão de microrganis- mos e promover o recrutamento ativo de mais neutrófilos a partir dos vasos ad-jacentes não lesados. As plaquetas ativadas liberam fatores de crescimento como o TGF-b, TGF-α, o PDGF, quimiocinas como o CTAPIII (ativadora do tecido conjuntivo) e também ou- tras proteínas como fibrinogênio, fibronectina e tromboplastina, fatores estes que operam sua ação sobre os queratinócitos e os fibroblastos (Figura 2). Figura 2. Fase Inflamatória: injúria ocasionada após micropunturações no tecido cutâneo. Fonte: Adaptado de LIMA; LIMA; TAKANO, 2013. • II – Fase Proliferativa ou Cicatricial A fase proliferativa é constituída por quatro etapas fundamentais: • Epitelização; • Angiogênese; • formação de tecido de granulação; • deposição de colágeno. Microagulhamento — 7 — A epitelização ocorre precocemente. Se a membrana basal estiver intacta, as cé- lulas epiteliais migram em direção superior, e as camadas normais da epiderme são restauradas em três dias. Se a membrana basal for lesada, as células epi- teliais das bordas da ferida começam a proliferar na tentativa de restabelecer a barreira protetora. A angiogênese é estimulada pelo fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), sendo caracterizada pela migração de células endoteliais e formação de capilares, es- sencial para a cicatrização adequada. A parte final da fase proliferativa é a formação de tecido de granulação. Os fibro- blastos dos tecidos vizinhos migram para a ferida, porém precisam ser ativados para sair de seu estado de quiescência. O fator de crescimento mais importante na proliferação e ativação dos fibroblastos é o PDGF. Em seguida é liberado o TGF-b, que estimula os fibroblastos a produzirem colágeno tipo I e a transforma- rem-se em miofibroblastos, que promovem a contração da ferida. A deposição de colágeno nesta fase tem início ao redor do 4º dia após a lesão e se estende aproximadamente até o término da segunda semana. Fonte: https://www.misodor.com.br/CICATRIZACAO.html Microagulhamento — 8 — Tabela 1. Principais fatores de crescimento envolvidos no processo cicatricial. Fonte: Adaptado de Broughton; Janis; Attinger, 2006. Fator de crescimento Origem Função TNF-a Monócitos e linfócitos Proliferação de fibroblastos Quimiotaxia para neutrófilos e macró- fagos TGF-a Matriz extracelular da ferida cirúrgica Proliferação celular Estimula a epitelização TGF-b Plaquetas, matriz extracelu- lar da ferida cirúrgica Mitogênicos para fibroblastos Formação de tecido de granulação PDGF Plaquetas Quimiotaxia para neutrófilos, monóci- tos e fibroblastos Proliferação de fibroblastos e a produ- ção de matriz extracelular VEGF Queratinócitos e macrofágos Angiogênese e proliferação de células endoteliais IL-1 Mononucleares Proliferação de fibroblastos Legenda: TNF-a, fator de necrose tumoral alfa; TGF-a, fator de crescimento de trans- formação alfa; TGF-b, fator de crescimento de transformação beta; PDGF, fator de crescimento derivado das plaquetas; VEGF, fator de crescimento derivado do endo- télio vascular; IL-1, interleucina 1 • III – Fase de Maturação ou Remodelamento A característica mais importante desta fase é a deposição de colágeno de ma- neira organizada, por isso é a fase mais importante clinicamente. O colágeno produzido inicialmente é mais fino do que o colágeno (colágeno tipo III) presente na pele normal, e tem orientação paralela à pele. Com o tempo, o colágeno do tipo III é reabsorvido e um colágeno mais espesso (colágeno do tipo I) é produzi- do e organizado ao longo das linhas de tensão. Microagulhamento — 9 — Figura 3. Fase Proliferativa e Fase de Remodelamento. Fonte: Adaptado de LIMA; LIMA; TAKANO, 2013. Para que toda essa cascata inflamatória se instale, o trauma provocado pela agulha deve atingir profundidade na pele de um a 3,0 mm, com preservação da epiderme, que foi apenas perfurada e não removida. Centenas de microlesões são criadas, resultando em colunas de coleção de sangue na derme, acompa- nhadas de edema da área tratada e hemostasia praticamente imediata. A in- tensidade dessas reações é proporcional ao comprimento da agulha utilizada no procedimento. 3. Características da Técnica no Microagulhamento 3.1 Equipamentos Há uma grande variedade disponível de dispositivos cilíndricos mecânicos, o que os diferencia são o comprimento, a quantidade de agulhas, o diâmetro das agulhas e o material das agulhas. Eles agem rolando perpendicularmente sobre a superfície da pele (Figura 5). Marcas disponíveis no mercado são: Microagulhamento — 10 — • Dermaroller®: possui agulhas com comprimento inferior a 0,25 mm até 2,5 mm. A Se encontra quantidades diferentes de agulhas no cilindro (Figura 4). Figura 4. Dermaroller® da marca DermaSystem. Fonte: DERMA ROLLER SYSTEM – DRS. • Derma-stamp®: versão em miniatura do dermaroller, a aplicação é por pressão do dispositivo na pele, disponível em diferentes tamanhos, agulhas de 0,2 a 3,0 mm. • DermaFrac®: técnica que combina microagulhamento com microdermabrasão, terapia por diodo emissor de luz (LED) e infusão de ativos. • Radiofrequência fracionada: agulhas que penetram a pele e liberam ou não cor- rente elétrica, produzindo dano térmico na epiderme ou derme e consequente neocolagênese. • Dermapen®: instrumento que se assemelha a uma caneta, com capacidade de ajuste no comprimento das agulhas, utilizado para fazer micropunturas na pele ocasionada pela técnica de pilão (Figura 5). Microagulhamento — 11 — Figura 5. Caneta elétrica para microagulhamento - Smart DermaPen - Smart GR. Fonte: Smart GR. • Smart Infusion: sistema de infusão transcutânea, desenvolvido com o objetivo de aumentar o volume de ativos permeados instantaneamente na pele a uma pro- fundidade controlada, através de microagulhas (Figura 6). Figura 6. Sistema para entrega de ativos no tecido alvo Smart Infusion Drug delivery. Fonte: Smart GR. Microagulhamento — 12 — 3.2 Comprimento da agulha Para se obter resultados diferentes provocados pela injuria ao tecido cutâneo, existem diferentes comprimentos de agulhas utilizadas na técnica de microagulha- mento que variam de 0,25 mm à 2,5 mm (Figura 7). A intensidade das reações provocadas pelas micropunturas, quando utilizado ci- líndricos mecânicos, são proporcionais ao comprimento da agulha utilizada no pro- cedimento. Assim é necessário compreender que a agulha não penetra totalmente o processo de rolamento. O sangramento é natural, visto que derme que é altamente vascularizada, mas este deve ser um sangramento controlado e não excessivo. Assim, o sangramento é diretamente proporcional à injúria provocada e esta é classificada como leve, mode- rada e profunda, sendo provocada conforme o trauma planejado e estando relacio- nada ao tamanho da agulha e a pressão realizada durante o procedimento. Figura 7. Relação entre comprimento da agulha, perfuração na pele e injúria tecidual promovida. Fonte: Adaptado de LIMA; LIMA; TAKANO, 2013. Estima-se que 50% a 70% do comprimento da agulha penetre no tecido cutâneo. Portanto, quando o comprimento da agulha é de 1,0 mm o dano ficaria limitado à derme superficial, e consequentemente a resposta inflamatória seria bem mais limi- tada do que a provocada por agulha de comprimento maior. (Figura 8). Microagulhamento — 13 — Figura 8. Visão esquemática da penetração da agulha durante o procedimento. Fonte: LIMA; LIMA; TAKANO, 2013. O microagulhamento é procedimento técnico-dependente, e a familiarização com o aparelho usado e o domínio da técnica são fatores que influenciam direta- mente o resultado final. A fim de obter resultados diferentes provocados pela injuria ao tecido, são utiliza- dos diferentes cumprimentos de agulhas. • Injúria leve (agulhas até 0,5 mm), uso principalmente para rugas (RÍTIDES) finas; • Injúria moderada (agulhas de 1,0 e 1,5 mm), uso principalmente para rugas (RÍTI- DES) médias; • Injúria profunda (agulhas de 2,0 e 2,5 mm), uso principalmente para cicatrizes deprimidas e estrias. 3.3 Anestesia local Comumente a intervenção sob anestesia local é bem tolerada com agulha quenão ultrapasse 2,0 mm de comprimento. A lidocaína é um anestésico local e causa perda temporária de sensação na área onde é aplicada. Este fármaco em seu isso isolado ou em combinação com outro anestésico, é o anestésico tópico mais utilizado. Microagulhamento — 14 — Sua ação possui início rápido e duração média (de 20 a 120 minutos). Tem muitas aplicações clínicas como anestésico local e pode ser usada em quase todas as situ- ações onde for necessário produzir anestesia local de duração intermediária. É possível manipular a fórmula: Lidocaína 20% + Tetracaína 10% (uso tópico). É possível comprar as formulações de indústrias farmacêuticas, mas marcas mais co- nhecidas são: • Dermomax; • Xylocaína; • Medicaína; • Pliaglis. 4. Técnica de Microagulhamento 4.1 Técnica de Aplicação O aparelho deve ser posicionado entre os dedos indicador e polegar e controlar a força exercida com o polegar, com pressão moderada, exercendo muita força po- derá levar a danos em estruturas anatômicas mais profundas e causando mais dor que o esperado (LIMA, et al, 2013). A pele deve ser estendida suavemente com a mão livre, a face deve ser dividida em quadrantes, o aparelho deve ser rolado nas direções horizontais, verticais e oblí- quas, sempre levantando o aparelho para mudar o angulo das agulhas, isso impedi- rá que se criem furos idênticos na mesma área (Figura 9). Figura 9. Representação esquemática do tratamento com microagulhas. Observe as direções em que o movi- mento de deslizamento do roller deve ocorrer. Fonte: Adaptado de LIMA; LIMA; TAKANO, 2013. Microagulhamento — 15 — O aparecimento de petéquias varia com a espessura da pele tratada e o com- primento da agulha usada. As peles mais finas e frouxa, comumente fotoenvelheci- da, apresentará padrão uniforme de petéquias mais precocemente do que a pele espessa e fibrosada, observado em pacientes com cicatrizes de acne. 4.2 Drug Delivery O microagulhamento com drug delivery (entrega de ativos) possibilita o aumento da permeabilidade cutânea pela criação de microcanais, que estimula o transporte transepidérmico/transdérmico de ativos no tecido tratado (Figura 10). Estes canais permitem que a introdução e absorção de ativos de uso tópico, seja mais fácil e ra- pidamente depositada na camada mais profunda da pele. Figura 10. Representação esquemática do sistema da entrega de ativos pelos microcanais. Fonte: ALKILANI et al, 2015. O gotejamento do ativo pode ser feito antes, durante ou após o microagulhamen- to de cada quadrante. O profissional escolhe a melhor maneira de trabalhar, desde que não prejudique o deslizamento do equipamento. Com efeito potencializador, o ativo direcionará para uma resposta mais rápida e eficiente da pele. O tratamento home care também poderá ser utilizado pelo paciente. 4.3 Rítides e Drug Delivery O aumento do colágeno dérmico e das fibras elásticas explica o mecanismo pelo qual ocorre diminuição e suavização das rítides. Microagulhamento — 16 — Muitas empresas e farmácias especializadas em formulações estéreis tem trazi- dos infinitas variedades de substâncias a fim de auxiliar o profissional na escolha do melhor protocolo de tratamento. Assim o uso de substâncias eutróficas tem poten- cializado os resultados em tratamentos de rejuvenescimento e flacidez facial. Dentre as substâncias mais usadas são: • DMAE, Silício, Ácido Hialurônico, Colágeno, D-Pantenol, etc. 5. Alopecia Recentemente, o uso do microagulhamento no tratamento de doenças dos cabelos tem-se tornado frequente e com inúmeros estudos pu- blicados. Acredita-se que este procedimento esti- mule as células-tronco das papilas dérmicas, aumente o fluxo sanguíneo para os folículos pi- losos induzindo o recrutamento de fatores de crescimento e a sinalização de vias que indu- zem a restauração capilar. O uso de ativos potencializa o resultado, favorecendo o fortalecimento do pelo, do bulbo piloso, e melhorando a vascularização do local tratamento. Dentre as substân- cias usadas neste tratamento, as principais são: • Minoxidil, finasterida, Latonoprosta, D-Pantenol, Silício, Fatores de Crescimento (VEGF, PDGF, IGF), etc. 6. Hipercromias e Melasma O microagulhamento seguido da aplicação de ativos no tratamento de melasma demonstra bons resultados, porém o mecanismo de ação ainda não foi esclarecido. Sabe-se que o uso de inibidores de tirosinase é fundamental para o sucesso do tratamento. As substâncias comu- mente usadas neste este tipo de protocolo são: • Ácido tranexâmico, Ácido Kójico, Ácido Fítico, Vitamina C, etc. Microagulhamento — 17 — 7. Cicatrizes de acne / Cicatrizes atróficas/ Estrias O tratamento cutâneo com o uso de microagulhamento demonstra aumento significativo na produção de colágenos tipo I, III e VII, melhora na aparência da ci- catriz e na textura da pele. Apesar de ser notório a melhora da pele após uma sessão do microagulha- mento, neste tipo de tratamento, são ne- cessários no mínimo 4 sessões para obter-se resultado satisfatório. Dentre as substâncias usadas neste tratamento, as principais são: • Silício, Ácido Hialurônico, Colágeno, D-Pantenol, Fatores de Crescimento (VEGF, PDGF, IGF), etc. 8. Pós Imediato Imediatamente após o tratamento, a pele apresenta edema e eritema, que desa- parecem rapidamente (Figura 11). Figura 11. Pós imediato do microagulhamento. Fonte: Adaptado de LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; Imagem Núcleo de Estudos Ana Carolina Puga – NEPUGA, 2019. Microagulhamento — 18 — As contraindicações são limitadas e incluem acne inflamatória, herpes labial em atividade ou outra infecção na área a ser tratada, predisposição à formação de que- loides e imunossupressão. • Acne ativa; • Cicatrizes queloidianas; • Diabetes descompensado; • Doença neuromuscular; • Alterações em fatores de coagulação e/ou distúrbios hemorrágicos; • Uso de isotretinoína nos últimos 6 meses; • Uso de corticoides; • Uso de anticoagulantes; • Pacientes que fazem uso de aspirina diariamente; • Neoplasias de pele; • Pacientes em quimioterapia ou radioterapia; 9. Efeitos Colaterais e Complicações O microagulhamento é considerado procedimento minimamente invasivo e com poucos efeitos adversos associados. Os mais comuns e esperados incluem: 7,10,13 • Eritema moderado e edema localizado que geralmente se resolvem em período de 48 a 72 horas. • O sangramento tipo orvalho é limitado a minutos após o procedimento, com apli- cação de pressão manual suave e gaze com soro fisiológico gelado. • A ocorrência de despigmentação já foi uma complicação preocupante em foto- tipos mais altos. • Hiperpigmentação pós inflamatória poderá ser evitanda quando se faz trata- mento de preparação da pele antes do microagulhamento com despigmentan- tes orais e tópicos. Microagulhamento — 19 — TABELA SMART PEN Área de tratamento Pele fina Pele espessa Teste 0,25 – 0,5 mm 0,5 – 0,75 mm Glabela 0,25 – 0,5 mm 0,5 – 1,00 mm Nariz 0,25 mm 0,5 mm Periorbicular dos olhos 0,25 mm 0,5 – 0,5 mm Bochecha 0,5 mm 0,5 – 1,0 mm Queixo 0,5 – 1,0 mm 1,0 – 2,0 mm Lábio superior 0,25 mm 0,25 – 0,75 mm Cicatrizes faciais 1,0 – 1,25 mm 1,5 – 2,0 mm Estrias 1,5 – 2,0 mm 1,5 – 2,0 mm Cicatrizes 2,0 – 2,5 mm 2,0 – 2,5 mm Microagulhamento — 20 — Referências bibliográficas Fernandes D. Minimally invasive percutaneous collagen induction. Oral Maxillofac Surg Clin North Am. 2006;17(1):51-63. Orentreich DS, Orentreich N. Subcutaneous incisionless (subcision) surgery for the correction of depressed scars and wrinkles. Dermatol Surg. 1995;21(6):6543-9. Camirand A, Doucet J. Needle dermabrasion. Aesthetic Plast Surg. 1997;21(1):48-51. Fernandes D. Minimally invasive percutaneous collagen induction. Oral Maxillofac Surg Clin North Am. 2006;17(1):51-63. Singh A, Yadav S. Microneedling: Advances and widening horizons. Indian Dermatol Online J. 2016;7(4):244-54. Bal SM, Caussian J, Pavel S, Bouwstra J A. In vivo assessment of safety of microneedle arrays in human skin. Eur J of PharmSci. 2008; 35(3): 193-202. Lima EVA, Mima MA, Takano D. Microneedling experimental study and classification of the resulting injury. Surg Cosmet Dermatol 2013;5(2):1104. Fernandes D, Massimo S. Combating photoaging with percutaneuos collagen induction. Clin Dermatol. 2008;26(2): 192-9. Broughton G, 2nd, Janis JE, Attinger CE. Wound healing: an overview. Plast Reconstr Surg 2006; 117(7 Suppl):1e-S-32e-S. Aust MC. Percutaneuos Collagen Induction therapy (PCI)-minimally invasive skin rejuvation with risk of hyperpigmatation- fact or fiction? Plast Reconstr Surg. 2008;122(5):1553-63. Alster TS, Graham PM. Microneedling: A Review and Practical Guide. Dermatol Surg. 2018;44(3):397-404 Froes GC, Ottoni FA, Gontijo G. Topical Anesthetics. Surg Cosmet Dermatol. 2010;2(2)111-16. 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